Estrategia Geral Gestao Riscos PDF
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SOBANE
J. Malchaire
Universidade católica de Louvain,
Unidade de Higiene e Fisiologia do Trabalho
Clos Chapelle-aux-Champs 30-38,
B – 1200 Bruxelas
Tel. 32 2 764 32 29
Fax 32 2 764 39 54
email malchaire@hytr. ucl. ac. be
Web: www.md.ucl.ac.be/hytr/
Agradecimentos:
Malchaire_sobanedeparis_portugues240303.doc 31/03/03 1
RESUMO
A primeira parte do documento descreve uma estratégia de prevenção dos riscos em quatro
níveis, chamada SOBANE, com o objetivo de abordar progressivamente as situações de
trabalho em pequenas, assim como nas grandes empresas, de coordenar a colaboração entre
trabalhadores, chefias, médicos do trabalho, prevencionistas... e levando a realização de uma
prevenção mais rápida, mais eficaz e menos custosa.
Após a especificação da terminologia, o documento descreve estes quatro níveis:
• Diagnóstico preliminar, onde os fatores de risco são detectados (reconhecimento) e as
soluções evidentes são colocadas em prática.
• Observação, onde os problemas restantes (que não puderam ser resolvidos) são
aprofundados, para cada fator de risco separadamente, e as causas e as soluções são
discutidas de maneira detalhada.
• Análise, onde, quando necessário, se recorre a um prevencionista para realizar as
(quantificações) medições indispensáveis e desenvolver soluções específicas.
• Perícia, em casos raros onde um especialista se torna indispensável para estudar e
resolver um problema específico.
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INTRODUÇÃO A ESTRATÉGIA SOBANE
PR
EV
EN
Expertise TIO
N
Analysis
Observation
Screening
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INTRODUÇÃO
A lei do Bem-estar no trabalho publicada em 4 de agosto de 1996 [8] determina que o
empregador é responsável pela segurança e a saúde dos trabalhadores em todos os
aspectos ligados ao trabalho devendo colocar em prática os princípios gerais da prevenção,
a saber:
• Evitar os riscos
• Avaliar os riscos que não podem ser evitados
• Combater os riscos na fonte
• Adaptar o trabalho ao homem…
• …
O objetivo deste documento é de trazer elementos que permitam evitar, resolver ou minimizar
estes problemas.
Após o esclarecimento dos termos, este documento descreve uma estratégia geral de gestão
dos riscos que permite a prevenção dos riscos de maneira progressiva e eficaz, com
intervenção oportuna e adequada dos conselheiros em prevenção.
Na segunda parte, a metodologia Diagnóstico participativo dos riscos - Déparis, é
apresentada e ilustrada.
Este documento é dirigido não somente às pessoas que são responsáveis pela prevenção (ao
qual chamaremos abaixo de prevencionistas) que são os médicos do trabalho, engenheiros e
técnicos de segurança, ergonomistas, ... mas também aos empregadores que são os
responsáveis por colocar em prática a prevenção e aos trabalhadores que vivem esta
prevenção.
Malchaire_sobanedeparis_portugues240303.doc 31/03/03 4
CONCEITOS E DEFINIÇÕES
1. Postos e situações de trabalho
Por "posto de trabalho", entende-se geralmente, de maneira restritiva, o local e as
condições (ruído, calor, dimensões, espaços...) nas quais o operador está ligado a uma
tarefa estereotipada. Esta noção está ultrapassada, porque:
2. Os prevencionistas
Designamos por prevencionistas as pessoas, tais como os responsáveis pela segurança,
enfermeiros do trabalho, médicos do trabalho, higienistas industriais, ergonomistas...., que
possuem uma determinada formação em segurança e saúde e que desenvolveram uma
motivação particular para reconhecer, prevenir, avaliar e reduzir os riscos. A formação, a
competência destas pessoas pode ser variável, mas nós não faremos aqui distinções, pelo
fato que neste nível as diferenças individuais de competência são freqüentemente da
mesma ordem que as diferenças sistemáticas.
Os peritos
Chamamos de peritos as pessoas, que são originárias de laboratórios especializados, que
dispõem de competências e de meios metodológicos e técnicos para aprofundar um
problema particular. Em regra geral, entretanto, estas competências e meios são limitados
a um aspecto particular: eletricidade, toxicologia, acústica, problemas relacionais....
Os fatores de risco
São chamados fatores de risco todos os aspectos da situação de trabalho que possuem a
propriedade ou a capacidade de causar dano. Estes fatores podem estar relacionados com:
• a segurança: as máquinas, as escadas, a eletricidade…
• a saúde fisiológica: o calor, a poluição, os movimentos repetitivos…
• a saúde psicossocial: os problemas de relação, conteúdo do trabalho,
organização temporal …
Malchaire_sobanedeparis_portugues240303.doc 31/03/03 5
gênero, peso, sensibilidade pessoal,...) serão designadas pela expressão
co-fatores de risco.
3. Exposição
Um fator de risco para o trabalhador só existe quando o mesmo está exposto.
• No caso de um fator de risco ligado a segurança, a exposição pode
ser avaliada em termos de duração durante a qual ou de freqüência
a qual o trabalhador é confrontado.
• No caso dos agentes químicos e físicos, freqüentemente é
recomendado de quantificar a exposição através de medições do
nível médio equivalente de exposição: concentração média sobre 8
horas, nível pessoal de exposição sonora... [6, 20, 21]
Duração (% do
Exposição Freqüência
tempo)
• Rara 1 vez por ano < 0,1%
• Não habitual 1 vez por mês 0,1 - 1%
• Ocasional 1 vez por semana 1 a 5%
• Freqüente 1 vez por dia 5 a 10%
• Muito freqüente 1 vez a cada hora 10 a 50%
• Contínua > 50%
4. A gravidade do dano
A definição de fator de risco se refere à um dano, ou seja, a u efeito
negativo com uma certa gravidade. Pode-se tratar de:
• Lesões físicas (fraturas, cortes, …) que levam a uma incapacidade
para o trabalho temporária ou permanente, até mesmo a morte,
• Doenças profissionais (perdas auditivas, intoxicação, tendinites…)
mais ou menos a longo termo, reversíveis ou não,
• problemas psicossociais (fadiga, insatisfação, falta de motivação,
problemas psicossomáticos, depressão…),
• problemas de desconforto (de postura, iluminação, ruído, relações, …).
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Podemos caracterizar a gravidade por meio de uma escala qualitativa tal qual a apresentada
no quadro 2.
Desconforto
Ferimento leve sem incapacidade para o trabalho temporária
Leve gravidade
(ITT) ; interferência passageira…
ITT de 2 ou 3 dias; efeito sobre a saúde reversível;
Gravidade média
interferência sistemática com o trabalho…
ITT de mais de 3 dias, sem incapacidade permanente (IP) ;
Gravidade
efeito sobre a saúde reversível, mas grave; nocividade
importante
severa…
Gravidade elevada ITT e IP; efeito sobre a saúde irreversível…
Gravidade muito
Ameaça a vida de uma ou mais pessoas…
elevada
Outras escalas são propostas [4, 7], freqüentemente apropriadas para uma só categoria de
fatores de risco (segurança, agentes químicos,...). A maior parte são escalas quantitativas,
?
interessantes em estudos epidemiológicos, mas discutiremos a oportunidade do uso destas
escalas mais adiante dentro do contexto de prevenção.
A probabilidade do aparecimento deste dano durante a exposição
• O trabalhador pode subir em escadas 10 vezes por dia (exposição)
e corre o risco de morrer caindo (gravidade), mas o acidente depende
igualmente do estado da escada, da estabilidade do ponto de apoio...
• Ele pode trabalhar com um produto biológico de classe 2 (gravidade)
durante 2 horas por dia (exposição), mas o fato de ser contaminado
depende igualmente da ventilação, do confinamento do produto...
Logo, outros parâmetros da situação de trabalho intervem (natureza e
fiabilidade dos meios de proteção coletiva, condições climáticas, qualidade
dos equipamentos...) que determinam a probabilidade do aparecimento deste dano
durante a exposição.
Uma escala qualitativa tal qual a apresentada no quadro 3 pode ser utilizada para avaliar
esta probabilidade
Praticamente impossível
Possível mas pouco provável
Concurso das circunstâncias não habitual
Muito possível
Esperado
Esta probabilidade é também função das características do trabalhador: sua idade, seu
tamanho, sua sensibilidade pessoal. Estas características em si não são fatores de risco,
considerando que as mesmas não podem trazer danos. Entretanto elas são suscetíveis de
agravar o risco quando existem ao mesmo tempo (co-) que os fatores de risco. Portanto é
lógico e explícito chamá-las de co-fatores de risco.
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5. O risco
O risco ele próprio é a probabilidade (potencialidade) de um dano de uma certa gravidade,
considerando a exposição a um fator de risco e a probabilidade do aparecimento deste
dano durante esta exposição.
• É a probabilidade de se morrer caindo de uma escada, considerando o estado desta
escada e o fato do trabalhador subir 10 vezes por dia.
• É a probabilidade de uma contaminação manipulando um produto biológico de classe
2 durante 2 horas por dia, considerando que o trabalho é realizado em circuito
fechado, sob fluxo laminar …
Certos métodos existentes permitem uma quantificação deste risco. O mais conhecido o
método de Kinney e Wiruth [7] que será discutido adiante.
O risco residual é, como seu nome indica, o risco que subsiste após a adoção de medidas
de prevenção.
6. A prevenção
A prevenção é o conjunto de medidas técnicas psicológicas e organizacionais suscetíveis
de reduzir o risco para todos os trabalhadores. Trata-se portanto de medidas coletivas ao
contrário das medidas de proteção individual (calçados, luvas, cintos de segurança,
protetores auriculares...). Admite-se geralmente se falar de:
• prevenção primária para designar as medidas que eliminam o risco.
• prevenção secundária para designar as medidas que visam limitar o risco.
Utiliza-se às vezes o termo prevenção terciária, seja para designar medidas referentes à
medicina do trabalho, seja para designar as medidas de reavaliação – retorno ao trabalho –
reparação quando de um dano.
Não podemos falar nestes casos propriamente de prevenção e é preferível utilizar as
expressões próprias de controle médico e de reavaliação.
7. A aceitabilidade de um risco
As legislações falam pouco até quase nada, dos critérios de aceitabilidade dos riscos. Ao
contrário, elas fornecem valores limites de exposição acima dos quais, implicitamente, o
risco seria inaceitável.
Paradoxalmente entretanto, este risco geralmente não é conhecido: qual é o “risco”, ou seja
a probabilidade de um dano de uma certa gravidade, após três anos de exposição à uma
dada concentração de um solvente, por exemplo?
Ao contrário as legislações especificam que o risco deve ser reduzido ao valor mais baixo
possível, o que significa que, contrariamente aos hábitos correntes,
• reduzir a exposição ao valor limite não é suficiente, se é “possível” fazer melhor
• tudo deverá ser feito para reduzir a exposição, mesmo se os valores limites
continuam sendo ultrapassados.
O caráter aceitável ou não do risco deve, logo, ser apreciado em função, não somente do
risco em si, mas das possibilidades de redução
Uma tal escala qualitativa foi proposta pela norma inglesa BS 8800 [3] e, é apresentada no
quadro 4, com as ações a serem efetuadas.
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Quadro 4: Natureza e urgência das ações de prevenção em função do risco
Malchaire_sobanedeparis_portugues240303.doc 31/03/03 9
Isto é particularmente evidente no caso dos fatores de risco do ambiente : dosagens de
poluentes no ar, avaliação do nível de exposição pessoal ao ruído, avaliação da exposição
ao calor. Métodos extremamente sofisticados foram publicados sobre isto [5, 9, 19].
Eles são, na maioria das vezes, pouco ou mal utilizados porque são difíceis, pesados e
complexos.
De tais métodos e manuais, é necessário concluir que a quantificação representativa e
correta é muito difícil e onerosa e que a maioria das medições não tem nenhum ou tem
pouco valor.
A quantificação dos riscos para uma dada situação de trabalho é útil e necessária em
alguns casos:
• Pode ser necessária para conhecer melhor a fonte de um problema e encontrar a
solução de prevenção mais adaptada..
• Pode ser útil no futuro, no caso de desenvolvimento de certas patologias, por exemplo
para uma demanda de compensação a título de doença profissional.
• Permite comparar uma situação de trabalho à outras e a utilizar para estudos
epidemiológicos.
• É uma ferramenta indispensável aos pesquisadores para desenvolver as
recomendações que em seguida serão utilizadas rapidamente nas empresas.
• A discussão acima serve somente para desencorajar a quantificação sistemática e a
priori, que é suscetível de distrair do objetivo principal, a prevenção. Em cada caso,
fica portanto a critério do prevencionista de determinar se ele deve ou não realizar
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uma quantificação dos riscos e as razões (epidemiológicas, técnicas, políticas...) para
qual ele a faz.
A metodologia mais utilizada para tal fim é o método chamado Kinney-Wiruth [7] que
propõe escalas de apreciação da gravidade do dano (G), de exposição ao fator de risco (E)
e de probabilidade do aparecimento durante a exposição (P) e avalia o risco R pela
seguinte expressão:
R = G. E. P
Além disso a prevenção consiste em procurar os meios mais eficazes para redução dos
riscos, agindo sobre um ou vários dos seus componentes: redução da duração da
exposição, aumento da fiabilidade do sistema de trabalho...É portanto essencial que a
análise dos riscos não seja simplesmente uma constatação e uma avaliação rápida dos
componentes para se chegar ao risco R, mas que ela se constitua de uma reflexão
aprofundada sobre as razões desta exposição, desta probabilidade ou desta gravidade e
sobre os meios mais pertinentes e razoavelmente praticáveis de reduzi-los
A avaliação final e global do risco é secundária, o importante é o estudo dos componentes
e dos detalhes sobre os quais é possível agir. Ao invés de falar em risk assessment ou de
avaliação dos riscos, é mais desejável se falar em risk management, gestão dos riscos.
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ESTRATÉGIA SOBANE DE GESTÃO DOS RISCOS
A eliminação dos riscos ou sua redução a um limiar aceitável só pode ser feita no primeiro
exame da situação de trabalho se todas as competências e todos os meios estiverem
disponíveis. Entretanto, o número de fatores de risco e o número de situações de trabalho são
neste ponto podem ser tão grandes que seria utópico e impossível de querer estudar tudo e
todas, a priori, em detalhes.
Seria também inútil, por que, na maioria dos casos, medidas de prevenção podem ser
tomadas imediatamente a partir de simples observações pelas pessoas diretamente
envolvidas nas empresas e que conhecem em detalhes as situações de trabalho.
Somente em alguns casos e quando as soluções evidentes já foram tomadas, um estudo
detalhado pode ser necessário e apenas em alguns casos particularmente complexos que a
participação de especialistas torna-se indispensável.
É o que é logicamente realizado de maneira espontânea nas empresas.
• A partir de uma queixa ou de uma visita de rotina (Diagnóstico preliminar), um
problema é examinado com mais detalhes (Observação).
• Se isso não permite resolver o problema, um prevencionista é chamado (Análise).
• Em situações extremas e quando se torna indispensável, recorre-se a um especialista
para resolver um aspecto bem definido (Perícia)
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Figura 1: Esquema geral da estratégia SOBANE de gestão dos riscos
PR
Complexité EV
de la méthode, EN
Expertise TIO
de la démarche, N
… Analysis
Observation
Screening
PR
1. Nível 1, Diagnóstico preliminar EV
EN
Expertise TIO
Objetivo: N
Trata-se aqui somente de identificar os problemas principais e de Analysis
melhora-los. Erros flagrantes, tais como buracos no piso, Observation
recipientes contendo solventes deixados abandonados, visor
de computador virados na direção das janelas.... Screening
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Atores:
Esta identificação deve ser realizada internamente, pelas pessoas da empresa que
conhecem perfeitamente as situações de trabalho, mesmo não possuindo formação ou com
uma formação rudimentar com relação aos problemas de segurança, fisiologia, ergonomia.
São os próprios trabalhadores, seus supervisores técnicos imediatos, monitores, o próprio
empregador em pequenas empresas, um prevencionista interno com os trabalhadores em
empresas médias e grandes.
Método:
Para tanto é preciso uma ferramenta simples e rápida, tal como uma lista de controle
estabelecida para o setor de atividade. Neste estágio seria inútil o uso rigoroso de termos
tais como risco, dano, probabilidade de aparecimento... Fala-se em problemas dentro da
acepção geral da linguagem comum.
O método no nível 1, Diagnóstico preliminar, deve buscar a identificação das situações de
trabalho com problemas em todas as circunstâncias, durante o dia ou o ano e não apenas
em um dado instante. O método Deparis: Diagnóstico participativo dos riscos, que será
apresentado na segunda parte deste manual, serve para ajudar nestes critérios. No nível 1,
os problemas poderão já ser resolvidos. Outros serão identificados. Eles serão objeto de
estudo do nível 2, Observação.
2. Nível, Observação
Objetivo:
Os problemas não resolvidos no nível 1, Diagnóstico preliminar, devem ser aprofundados.
Método:
O método deve permanecer simples de ser assimilado e de utilizar, PR
EV
rápido e pouco oneroso, de maneira a poder ser utilizado o mais EN
Expertise TIO
sistematicamente possível pelos trabalhadores e seus supervisores Analysis N
com a colaboração de eventuais prevencionistas internos.
O essencial é novamente levar as pessoas a refletir sobre os Observation
diferentes aspectos da situação de trabalho e a identificar o mais
rápido possível as soluções de prevenção. Screening
As conclusões são:
• Quais fatores parecem constituir um risco importante e devem ser tratados
prioritariamente?
• Quais fatores são a priori satisfatórios e podem permanecer como estão?
Atores:
Este nível 2, Observação, requer um conhecimento íntimo da situação de trabalho sob
diferentes aspectos, suas variações, o funcionamento normal e anormal.
A profundidade do estudo neste nível 2, Observação, será variável em função do fator de
risco abordado e em função da empresa e da competência dos participantes.
• Em uma pequena empresa de menos de 20 pessoas, o próprio empregador deverá
poder identificar os principais fatores de risco através do método DEPARIS nível 1
Diagnóstico preliminar, mas para o nível 2, Observação, um prevencionista externo
é geralmente necessário.
• Em uma empresa média, uma parte mais importante do trabalho deverá ser efetuada
pela própria empresa. A empresa deverá dispor de um prevencionista interno, com
uma certa sensibilização para os fatores de risco e um determinado conhecimento da
abordagem ergonômica. Esta participação permitirá que a Observação possa ser
conduzida com maior profundidade e um serviço externo só irá intervir no nível
seguinte Análise, para efetuar estudos mais detalhados e mais específicos e /ou para
dar opiniões mais especializadas sobre os meios de prevenção e de proteção.
• Enfim, em uma grande empresa, em princípio, toda a gestão terá a tendência e o
interesse de se fazer internamente.
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Medições podem ser realizadas se o interventor o desejar e se o mesmo possuir
competência e meios. Entretanto, a metodologia não exige nenhuma quantificação e
portanto nenhuma medição, a fim de ser aplicável mesmo quando estas competências e
técnicas não estejam disponíveis.
3. Nível 3, Análise PR
EVE
Objetivo: Expertise NT
IO
Quando os níveis: Diagnóstico preliminar e Observação, N
Analysis
não permitirem a redução do risco a níveis aceitáveis ou
subsistirem dúvidas, é preciso ir mais a fundo e realizar a Observation
Análise destes componentes e a pesquisa de soluções.
Atores: Screening
Este aprofundamento deve ser realizado com a assistência
de prevencionistas que possuam a competência exigida e que disponham de
ferramentas e técnicas. Esta pessoas são em geral prevencionistas externos à empresa,
intervindo em estreita colaboração com os prevencionistas internos (e não no lugar dos
mesmos) para lhes aportar as competências e meios necessários.
Metodologia:
A metodologia requer maior rigor no uso dos termos dano, exposição, risco... Ela vai
envolver situações específicas de trabalho que foram determinadas no nível 2,
Observação.
Poderá ser exigida a realização de medições simples, com aparelhos comuns, sendo que
estas medições terão os objetivos explicitamente definidos de comprovação dos problemas,
de pesquisa das causas, de subsidiar o equacionamento das medidas de prevenção, de
otimização de soluções...
PR
EV
EN
Nível 4, Perícia especializada Expertise TIO
N
O estudo no nível 4, Perícia especializada, deve ser realizado Analysis
pelas mesmas pessoas da empresa e o prevencionista com a
assistência suplementar de um perito especialista. Será Observation
efetuada para situações particularmente complexas e que Screening
requeiram eventualmente medições especiais.
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Caso contrário, será necessário a assistência de um prevencionista com melhor formação
sobre o problema, vindo provavelmente de um serviço externo à empresa e que deve
pesquisar em conjunto com as pessoas da empresa as medidas de prevenção: é o nível 3,
Análise.
• riscos biológicos
• riscos químicos
• locais de trabalho
• riscos de incêndio e explosão
• segurança com eletricidade
• segurança com máquinas
• trabalho com monitores e vídeo
• locais sociais
DISCUSSÃO
A prevenção necessita não somente compreender a situação de trabalho, mas também de
conhece-la, e as pessoas que realmente conhecem a situação de trabalho são os próprios
trabalhadores. Esta estratégia se repousa portanto, no conhecimento da situação do trabalho
pelos trabalhadores e seus responsáveis, do que na compreensão desta situação por um
prevencionista. A pessoa central da ação de prevenção não é portanto o prevencionista e será
um erro falar neste momento em intervenção. Os trabalhadores e seus responsáveis
técnicos, em qualquer empresa, não importa o tamanho, são o centro da ação de prevenção,
Malchaire_sobanedeparis_portugues240303.doc 31/03/03 16
ajudados, quando necessário, pelos prevencionistas. É portanto preferível falar de gestão de
riscos realizada pelas pessoas diretamente envolvidas.
As preocupações sobre a saúde no trabalho nas pequenas empresas são ainda muito fracas
e poucas ações são realizadas diretamente pelos empregadores e pelos próprios
trabalhadores.
É preciso, entretanto ainda constatar que os métodos existentes, quando são disponibilizados,
desencorajam qualquer empresa de empreender o que quer que seja: muito longos, não
adaptados as suas situações de trabalho, orientados para a quantificação sem sugestões de
medidas preventivas ou ainda redigidos em um estilo incompreensível. Portanto, é muito
precipitado concluir que uma auto-gestão não possa funcionar: as experiências foram mal
realizadas, não sendo portanto conclusivas.
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Todo tipo de meio para dar partida ao processo deve ser explorado: sindicatos, grupos
setoriais, jornais sindicais, quadros de aviso...
As terceiras e quartas interrogações acima são temores que devem ser considerados
explicitamente na elaboração dos documentos de trabalho da estratégia. Os documentos do
nível 1, Diagnóstico preliminar e do nível 2, Observação, devem cada um :
Malchaire_sobanedeparis_portugues240303.doc 31/03/03 18
DIAGNÓSTICO PARTICIPATIVO RISCOS
De uma situação de trabalho
Método DEPARIS
PR
EV
EN
Expertise TIO
N
Analysis
Observation
Déparis
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CRITÉRIOS DE UMA FERRAMENTA DE DIAGNÓSTICO
GERAL DOS RISCOS
Com base na experiência adquirida em métodos existentes, podemos definir os seguintes
critérios para uma ferramenta geral de Diagnóstico preliminar dos riscos:
• Ser utilizável diretamente pelos trabalhadores e seus encarregados técnicos, com, se
possível, mas não de forma indispensável, a assistência de uma pessoa com formação em
segurança, ergonomia... Portanto a metodologia deve:
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4. Os riscos de acidentes
5. Os comandos e sinais
6. As ferramentas e materiais de trabalho
7. O trabalho repetitivo
8. Os manuseios (levantamento) de carga
9. A carga mental
10. A iluminação
11. O ruído
12. Os ambientes térmicos
13. Os riscos químicos e biológicos
14. As vibrações
15. As relações de trabalho entre trabalhadores
16. O ambiente social local e geral
17. O conteúdo do trabalho
18. O ambiente psicossocial
Enfim, o conjunto do grupo conduzindo o estudo terá um julgamento global (indicador final)
sobre as prioridades que as modificações serão efetuadas. A determinação de uma pontuação
numérica foi evitada escolhendo um esquema figurativo intuitivo de cores e sorrisos:
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• L sinal vermelho: situação insatisfatória, suscetível de ser perigosa, devendo ser
melhorada .
O processo não dará frutos se não for realizado dentro de um clima de franca colaboração.
Para tanto algumas condições devem ser observadas, a saber:
• Uma posição clara, não ambígua da direção, declarando seus objetivos sobre as
questões de segurança e saúde e se engajando a levar em consideração as opiniões.
• Um respeito escrupuloso dos órgãos de concertação social em geral e em matéria de
segurança e saúde em particular.
A comissão de prevenção – proteção da empresa, se existir, deve participar e ter um papel
importante e promover o acompanhamento geral e o bom desenvolvimento das
experiências locais.
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Um grupo de reflexão (de trabalho, de diagnóstico...) é então formado.
Deste grupo devem participar
• Trabalhadores - chave da situação de trabalho em estudo, designados por seus
colegas e seus representantes
• Pessoas da chefia técnica escolhida pela direção.
Em uma PME pode ser um grupo de 2 ou 3 pessoas somente. Em uma empresa maior, ao
contrário, pode ser um grupo bem maior compreendendo trabalhadores, contra-mestre,
engenheiro de produção, pessoas do escritório técnico, do serviço de compras ou de
manutenção, um técnico em prevenção...
O numero de pessoas que devem participar do grupo de reflexão deve ser em torno de 3 à
7, nem muito grande, para não se tornar caro – nem muito pequeno – para não se tornar
pouco representativo. Estas pessoas devem ser pessoas-chave da situação de trabalho,
que conhecem bem as atividades, as condições físicas e sociais do trabalho e aceitas
pelos seus colegas de trabalho. Elas não devem falar em seu próprio nome, mas poder
expressar, o máximo possível, a opinião e as expectativas do grupo de trabalhadores.
É também essencial que a escolha e a representatividade dos participantes seja aceita
tanto pelos trabalhadores que pela hierarquia.
O documento com as rubricas foi elaborado com o intuito de servir de suporte para facilitar
a discussão. O objetivo deste documento não é de preenchimento de quadros, mas de
criar uma estrutura para facilitar o debate.
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Mesmo que seja difícil e nem sempre totalmente confiável, os participantes são
convidados a refletir sobre os custos das soluções desejadas e sobre o impacto que elas
podem ter na qualidade do produto e na produtividade. Assim eles são convidados a
julgar rapidamente em termos de nada (0), pouco (€), médio (€€) ou muito (€€€) caros de
maneira global para os três critérios: custo direto, qualidade do trabalho e produtividade.
Da mesma forma, eles são convidados a pesquisar quem poderá concretizar as soluções,
como e em que prazo.
Para estas duas avaliações, a vantagem não reside somente na avaliação de custos ou na
determinação de responsáveis, mas no fato de se considerar os critérios econômicos e a
viabilidade de implementação. Desta forma o grupo de reflexão aprende a gerenciar suas
proposições de maneira realista e concreta e as mesmas não serão apenas votos ou
desejos que acabam não se realizando.
Durante a discussão, o coordenador deve estar atento e gerenciar o fato de que aspectos
oriundos de várias rubricas sejam abordados ao mesmo tempo: assim, por exemplo, o
debate sobre uma máquina pode abranger aspectos de comandos e sinais, equipamentos
e materiais de trabalho, ruído, vibrações. Se recusar a tratar estes aspectos ao mesmo
tempo para se manter estritamente na seqüência das rubricas será provavelmente um
erro. Inversamente, é necessário tratar os diferentes aspectos de maneira organizada.
8. A síntese é finalizada
Os planos de ação a curto, médio e longo prazos são decididos e colocados em prática. O
quadro anotando quem faz o que e quando assim como as implicações financeiras (0, €,
€€, €€€) permitem facilmente determinar o que pode ser realizado imediatamente, o que
deve ser planejado, o que deve ter orçamento. Eles permitem igualmente seguir a
evolução das ações no tempo e avaliar o andamento e os resultados
Malchaire_sobanedeparis_portugues240303.doc 31/03/03 24
Periodicamente a operação deve ser repetida.
A melhoria de uma situação de trabalho não se faz de uma só vez e não é definitiva.
• A primeira vez que um método tal como Deparis é utilizado, os problemas levantados
são na maioria das vezes pontuais: pisos desnivelados, máquinas muito ruidosas,
ferramentas estragadas, sinalizações mal colocadas, falta de autonomia no trabalho....
e a solução para um aspecto não tem influência sobre os outros.
• Quando da re-utilização, os problemas levantados atingem aspectos mais profundos:
a política de manutenção dos espaços de trabalho, a escolha de ferramentas mais
adaptadas, a natureza dos sinais, a organização temporal das atividades...
• Numa terceira utilização, é a organização do trabalho, a colaboração entre serviços, a
gestão de pessoal....
O PAPEL DO PREVENCIONISTA
O método Deparis, tal como foi apresentado no anexo 2, foi concebido para ser aplicado da
maneira a mais geral possível. É entretanto, obvio que os problemas não se apresentam da
nos mesmos termos em um escritório no setor terciário, em um setor de um hospital, numa
empresa siderúrgica ou num canteiro de obra. É portanto, desejável que, a partir do
documento em anexo, uma ferramenta mais apropriada seja preparada, sempre respeitando o
espírito da metodologia (participativo, estruturado, simples, econômico).
Os autores esperam desenvolver progressivamente, com as pessoas do chão de fábrica, um
conjunto de versões mais “setoriais” , a partir da qual os prevencionistas poderão facilmente
derivar uma ferramenta própria a ser utilizada em tal empresa.
Em alguns casos, e sobretudo na primeira utilização, uma reunião pode ser impossível ou
prematura. O prevencionista que desejar introduzir Deparis na empresa só, terá que recolher
a vivência, as opiniões e as propostas dos trabalhadores. A utilização, desta forma, será
participativa no sentido mais tradicional: o trabalhador participa do estudo conduzido pelo
prevencionista..
Malchaire_sobanedeparis_portugues240303.doc 31/03/03 25
O prevencionista tem aqui o papel de “motor”, no sentido próprio, iniciando o fenômeno,
aportando o combustível necessário (Deparis) e mantendo o movimento.
VALIDADE OPERACIONAL:
A validade do método Deparis deve ser avaliada em termos de custo e de resultado:
• Em termos de custo e de tempo necessário
• A preparação da intervenção ou de ação demanda tempo para convencer a direção e
a hierarquia de se engajar nesta via e para adquirir a colaboração dos trabalhadores.
• A preparação técnica da reunião Deparis não demanda nenhum tempo, a partir do
momento que o espírito do método for compreendido. .
• A duração da reunião deve ser de 2 horas para 3 a 7 pessoas.
• Após a reunião, o tempo necessário para formatar os resultados é de mais ou menos
2 horas.
O custo da utilização não é portanto nulo, mas parece razoável e nitidamente inferior ao
custo de intervenções de consultores externos.
• Em termos de resultado
Os resultados de Deparis são variáveis, em função da maneira a qual o coordenador
anima a reunião e segundo a “cultura” da empresa.
• Em alguns casos, os participantes se limitam a uma constatação, discutindo
essencialmente se tal aspecto é satisfatório ou não. Constatamos às vezes a
tendência dos trabalhadores a se auto-limitar nas apreciações.
• Em outros casos, a discussão se dá realmente sobre o porque das coisas, mas
soluções genéricas são formuladas de forma condicional “é necessário, poderíamos,
deveríamos... reorganizar o trabalho, rever os ciclos”...
• Em numerosos casos, entretanto, o objetivo foi atingido: soluções concretas foram
formuladas: plano de rearranjo dos espaços, mudança nos estoques ou máquinas,
repartições diferentes entre trabalhadores, maneiras diferentes de trabalhar,
concretamente determinadas. O quadro final de “quem” faz o que, quando e sobre o
que deverá ser efetuado o estudo complementar” é desta forma bem concreto,
permitindo o estabelecimento das prioridades e a definição dos planos a curto e a
longo prazos.
Malchaire_sobanedeparis_portugues240303.doc 31/03/03 26
de formação decididos por prevencionistas e dado aos trabalhadores que são a pena
os demandantes.
EXEMPLO DE UTILIZAÇÃO
Um exemplo de utilização do método Deparis é apresentado no anexo 1.
Trata-se do resultado de uma reunião com duração de 2 horas, realizada com 2
trabalhadores, sua chefia direta, o responsável pela manutenção e o médico do trabalho que
faz o papel de coordenador.
O estudo abrange 10 pessoas trabalhando em uma grande unidade de reprodução de
documentos.
O anexo 1 é determinado pelo quadro sinóptico entregue a empresa após ter sido realizado o
Diagnóstico Deparis em 3 postos de trabalho. Este quadro permite observar rapidamente
em quais campos as situações são mais desfavoráveis.
AGRADECIMENTOS
O desenvolvimento do método Deparis foi realizado dentro do projeto de pesquisa SOBANE
subsidiado pelo Fundo Social Europeu e o Ministério federal belga de Trabalho e Emprego.
REFERÊNCIAS
1. ANON, (1979), Les profils de postes, méthode d'analyse des conditions de travail.
Collection Hommes et Savoirs, Masson, Paris.
2. Bureau International du Travail, Principes directeurs concernant les systèmes de gestion de
la sécurité et de la santé au travail, ILO-OSH, Genève, 2001, pp 33.
3. BS 8800 - Guide to occupational health and safety management systems. BSI, 1996.
4. HAWKINS N. C. , NORWOOD S. K. , ROCK J. C. - A strategy for occupational exposure
assessment. American Industrial Hygiene Association, Akron, Ohio, 1991.
5. International Standard ISO 7933 - Hot environments - analytical determination and
interpretation of thermal stress using calculation of required sweat rates. , International
Standard Organisation, Geneva, Switzerland, 1991.
6. KAUPPINEN T. P. , Assessment of exposure in occupational epidemiology. Scand. J.
Work Environ. Health, 20, special issue, 19-29, 1994.
7. KINNEY G. F, WIRUTH A. D. - Practical risk analysis for safety management. Naval
Weapons Center, California, June 1976.
8. Loi sur le bien être 96 (Loi du 4.8.96 relative au bien-être des travailleurs lors de l'exécution
de leur travail, MB 18.9.96) reprenant les principes généraux de la Directive-cadre 89/391/CEE
"Sécurité et Santé" 12 juin 1989.
9. MALCHAIRE J. , PIETTE A. - A comprehensive strategy for the assessment of noise
exposure and risk of hearing impairment. The Annals of Occupational Hygiene, 1997, 41, 4,
467-484.
10. MALCHAIRE J. , PIETTE A. , COCK N. - Stratégie d'évaluation et de prévention des
risques liés aux ambiances thermiques. , Commissariat général à la Promotion du Travail,
Ministère de l'Emploi et du Travail, 1998.
Malchaire_sobanedeparis_portugues240303.doc 31/03/03 27
11. MALCHAIRE J. , PIETTE A. , COCK N. - Stratégie d'évaluation et de prévention des
risques liés au bruit. , Commissariat général à la Promotion du Travail, Ministère de l'Emploi et
du Travail, 1998.
12. MALCHAIRE J. , PIETTE A. , COCK N. - Stratégie d'évaluation et de prévention des
risques liés à l'éclairage. , Commissariat général à la Promotion du Travail, Ministère de
l'Emploi et du Travail, 1998.
13. MALCHAIRE J. , PIETTE A. , COCK N. - Stratégie d'évaluation et de prévention des
risques liés aux vibrations corps total, Commissariat général à la Promotion du Travail,
Ministère de l'Emploi et du Travail, 1998.
14. MALCHAIRE J. , PIETTE A. , COCK N. - Stratégie d'évaluation et de prévention des
risques liés aux vibrations mains-bras. , Commissariat général à la Promotion du Travail,
Ministère de l'Emploi et du Travail, 1998.
15. MALCHAIRE J. , PIETTE A. , COCK N. - Stratégie d'évaluation et de prévention des
risques liés aux troubles musculosquelettiques du dos et des membres supérieurs, Ministère
fédéral de l'Emploi et du Travail, 2002.
16. MALCHAIRE J. , GEBHARDT H. J. , PIETTE A. - Strategy for evaluation and prevention of
risk due to work in thermal environments . The Annals of Occupational Hygiene, 1999, 43, 5,
367-376.
17. MALCHAIRE J., PIETTE A. Stratégie de prévention des risques dus à l'utilisation de
machines vibrantes. Recueil des résumés du 9ème congrès international sur les vibrations
mains-bras, Nancy, France, 2001, 5-8 juin.
18. MALCHAIRE J., PIETTE A. Co-ordinated strategy of prevention and control of the
biomechanical factors associated with the risk of musculoskeletal disorders. Int. Arch. Occup.
Environ. Health, Springer, 2002, 75, 459-467.
19. RAPPAPORT S. M. - Assessment of long-term exposures to toxic substances in air. The
Annals of Occupational Hygiene, 1991, 35, 1, pp. 61-121.
20. TAIT K. - The workplace exposure assessment expert system (WORKSPERT). American
Industrial Hygiene Association Journal, 1992, 53, 2, pp. 84-98.
21. TAIT K. - The workplace exposure assessment workbook (WORKBOOK). Applied
Occupational Environmental
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ANEXO 1: ESTUDO DEPARIS EM UMA GRÁFICA
1. As zonas de trabalho
O que fazer de concreto para melhorar a situação?
• Evacuar as caixas, pallets, carrinhos inúteis que obstruem as zonas de trabalho
• Organizar os espaços de trabalho
• Limitar o material estocado estritamente ao mínimo.
• Deslocar o mobiliário a fim de aumentar a distancia de 0.70 m entre a prensa e o pallet de reserva de
papeis.
• Organizar um espaço reservado para as pausas perto das janelas, com vista para o exterior.
• Aspirar e limpar mais freqüentemente o local de trabalho para retirar a poeira e os resíduos de toner
• Reparar a laje e o revestimento do piso.
Aspectos a estudar com mais detalhes: Organização do local de trabalho. Recobrimento do
L
piso.
3. Os locais de trabalho
4. Os riscos de acidente
Gravidade Onde?, Quando?, Por Quem?, O que fazer?
Contra quinas ou do mobiliário, espaço insuficiente (0,70 m) – reorganizar o
Choque + local
Pé imprensado sob os pallets, quando dos deslocamentos com a empilhadeira.
Esmagamento ++ Prever calçados de segurança (bico reforçado)
Manuseando o papel e o estilete – cortes – prever luvas de algodão. Mudar de
Cortes ++ estilete.
No forno da máquina (+/-180°c) – na saída dos documentos colados – prever
Queimaduras ++ luvas.
Aspectos a estudar com mais detalhes: Estado do piso – juntas de dilatação. Luvas de
L
proteção. Sapatos de segurança. Estilete.
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5. Os comandos e sinais
O que fazer de concreto para melhorar a situação?
Nada a assinalar
Aspectos a estudar com mais detalhes: Nenhum. J
7. O trabalho repetitivo
O que fazer de concreto para melhorar a situação?
• O trabalho consiste no uso do mouse, teclar e manusear resmas de papeis.
Aspectos a estudar com mais detalhes: Nenhum. J
9. A carga mental
O que fazer de concreto para melhorar a situação?
• Nada a assinalar
Aspectos a estudar com mais detalhes: Nenhum. K
10. Iluminação
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11. O ruído
O que fazer de concreto para melhorar a situação?
• É impossível de se conversar normalmente por causa do ruído da fotocopiadora, de 3 outras máquinas, do
exaustor e da rua. Não existe risco de surdez , mas é muito desconfortável.
• O local reverbera muito: prever um recobrimento da parede com material absorvente.
Aspectos a estudar com mais detalhes: Redução do ruído na fonte, recobrir as paredes com material
L
absorvente;
14. As vibrações
O que fazer de concreto para melhorar a situação?
• A empilhadeira sacode muito: consertar o piso
Aspectos a estudar com mais detalhes: Nenhum. K
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17. O conteúdo do trabalho
O que fazer de concreto para melhorar a situação?
Nada a assinalar
Aspectos a estudar com mais detalhes: Nenhum. J
1. As zonas de trabalho L
2. A organização técnica entre postos K
3. Os locais de trabalho K
4. Os riscos de acidentes L
5. Os comandos e sinais J
6. As ferramentas e material de trabalho L
7. O Trabalho repetitivo J
8. Os manuseios / levantamento de peso K
9. A carga mental K
10. A iluminação L
11. O ruído L
12. Os ambientes térmicos K
13. Os riscos químicos e biológicos L
14. As vibrações K
15. As relações de trabalho entre trabalhadores K
16. O ambiente social local e geral K
17. O conteúdo do trabalho J
18. O ambiente psicossocial L
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Síntese das melhorias propostas
e dos aspectos a serem estudados com mais detalhes
QUANDO?
N° QUEM? O QUE? Custo Realizad
Projetado
o em
Estocar os móveis e outros equipamentos (paletts de
1 Trabalhadores papeis, caixas diversas, reserva de toner) em local 0 -/-/- -/-/-
contíguo ao local da gráfica
Organizar os carrinhos e a empilhadeira em um espaço
2 Trabalhadores 0 -/-/- -/-/-
previsto no local contíguo
Prever estoques de papeis mais importantes: 20 resmas
3 Manutenção 0 -/-/- -/-/-
próximo as fotocopiadoras
Regulamentar o acesso ao local de trabalho de maneira a
4 Direção 0 -/-/- -/-/-
ficar apenas os trabalhadores no mesmo
Manutenção +
5 Instalar um balcão na entrada da gráfica € -/-/- -/-/-
trabalhadores
6 Limpeza Limpar a água e aspirar a poeira 2 vezes por semana € -/-/- -/-/-
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QUANDO?
N° QUEM? O QUE? Custo Projeta Realizado
do em
A analisar antes
19 Manutenção Instalar um umidificador de ar no local de trabalho €
-/-/-
Ligar sistematicamente o exaustor nas operações de
20 Trabalhadores 0 -/-/- -/-/-
colagem
Desinfetar o ambiente de trabalho ao menos duas vezes
21 Manutenção € -/-/- -/-/-
ao ano
Realizar limpezas mais freqüentes dos sanitários
22 Limpeza Equipar os sanitários de sabão, lixeiras, papel para € -/-/- -/-/-
enxugo das mãos e lixeira para absorventes higiênicos.
23 Direção Separar os sanitários por sexo 0 -/-/- -/-/-
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Quadro sinóptico dos 3 estudos Deparis realizados na mesma
empresa de impressão
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Professeur J. Malchaire
Unité Hygiène et Physiologie du Travail
Clos Chapelle-aux-Champs, 30.38 1200 Bruxelles
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1. As zonas de trabalho
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3. Os locais de trabalho
4. Os riscos de acidente
Malchaire_sobanedeparis_portugues240303.doc 31/03/03 38
5. Os comandos e sinais
Malchaire_sobanedeparis_portugues240303.doc 31/03/03 39
7. O Trabalho repetitivo
Malchaire_sobanedeparis_portugues240303.doc 31/03/03 40
9. A carga mental
10. A iluminação
Malchaire_sobanedeparis_portugues240303.doc 31/03/03 41
11. O ruído
Malchaire_sobanedeparis_portugues240303.doc 31/03/03 42
13. Os riscos químicos e biológicos
14. As vibrações
Malchaire_sobanedeparis_portugues240303.doc 31/03/03 43
15. As relações de trabalho entre trabalhadores
Malchaire_sobanedeparis_portugues240303.doc 31/03/03 44
17. O conteúdo do trabalho
Situação desejada: O que fazer de concreto para melhorar a situação?
• O trabalho é interessante e diversificado (execução,
controle qualidade, retoque, manutenção…)
• Ele permite utilizar e desenvolver os conhecimentos e as
competências profissionais.
• Os trabalhadores apreciam as responsabilidades que lhe
são confiadas, eles tomam iniciativas, podem adaptar seu
modo de trabalho e desejam colaborar ativamente para a
melhoria do produto
A controlar:
• Onde se localiza este trabalho dentro do desenvolvimento
do produto final
• O valor e interesse do produto fabricado
• A diversidade das tarefas elementares a realizar e dos
papéis (execução, controle, retoques, manutenção…)
• As responsabilidades em caso de erros
• O grau de iniciativa: intervenções externas, mudanças de
modo operatório…
• A duração de adaptação e as capacidades técnicas e
intelectuais necessárias
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Síntese do estudo Deparis na gráfica Data:
1. As zonas de trabalho J K L
2. A organização técnica entre postos J K L
3. Os locais de trabalho J K L
4. Os riscos de acidentes J K L
5. Os comandos e sinais J K L
6. As ferramentas e material de trabalho J K L
7. O Trabalho repetitivo J K L
8. Os manuseios / levantamento de peso J K L
9. A carga mental J K L
10. A iluminação J K L
11. O ruído J K L
12. Os ambientes térmicos J K L
13. Os riscos químicos e biológicos J K L
14. As vibrações J K L
15. As relações de trabalho entre trabalhadores J K L
16. O ambiente social local e geral J K L
17. O conteúdo do trabalho J K L
18. O ambiente psicossocial J K L
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BALANÇO FINAL:
SÍNTESE DAS MELHORIAS PROPOSTAS
QUANDO?
QUEM? FAZ O QUE? Data Data de
programada realização
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