Transformador de Tensãp
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Elétricos
1 – Transformador de Potencial
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1 - INTRODUÇÃO
Os transformadores de potencial são equipamentos que permitem aos instrumentos de
medição e proteção funcionarem adequadamente sem que seja necessário possuir tensão de
isolamento de acordo com a da rede à qual estão ligados.
Transformador de corrente
Terminal
de
Anel de
equalização tensão
de potencial
Caixa do núcleo
Suporte de
concreto armado
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2 - CARACTERÍSTICAS CONSTRUTIVAS
Núcleo de ferro
X1
H1
Enrolamento Enrolamento
primário secundário
H2
X2
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Bucha
primária
Corpo de
fibra
DRM Placa de
Classe 15 kV
identificação
Tanque Base de
Terminal
de óleo apoio
secundário
Fig. 6.4 – TP de 15 kV, tipo óleo mineral Fig. 6.5 – TP de 15 kV, isolação a seco
Grupo 2 - são aqueles projetados para ligação entre fase e neutro de sistemas diretamente
Rz
aterrados, isto é: 1, sendo Rz o valor resistência de seqüência zero do sistema e X p o
Xp
valor reatância de seqüência positiva do sistema.
Grupo 3 - são aqueles projetados para ligação entre fase e neutro de sistemas onde não se
garanta a eficácia do aterramento.
Os transformadores enquadrados nos grupos 2 e 3 são construídos segundo a Fig. 6.6.
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Núcleo do ferro
X1
H1
Enrolamento
Enrolamento secundário
X2
Aterramento
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Terminal
primário
Tanques de
expansão
Núcleo de ferro
X1 Isolador
H1
coluna
115/ 3V
X2 Base
Aterramento
Enrolamento
secundário
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Anel de
efeito corona
Unidade capacitiva
Núcleo e
enrolamento
Isolador de porcelana
Diafrágma
Caminsa de alumínio
Conexão entre as de fechamento
Unidade capacitiva
duas unidades
Isolador de porcelana
Tanque
Isolador de porcelana
inferior
Caixa dos terminais
secundários Circuito contra ferro-rressonância
Base
Indutâncias série
3 - CARACTERÍSTICAS ELÉTRICAS
Este tipo de erro é registrado na medição de tensão com TP, onde a tensão primária não
corresponde exatamente ao produto da tensão lida no secundário pela relação de
transformação de potencial nominal. Este erro pode ser corrigido através do fator de correção
de relação FCR . O produto entre a relação de transformação de potencial nominal RTP e o
fator de correção de relação resulta na relação de transformação de potencial real RTPr , ou
seja:
RTPr
FCR r
RTP
Finalmente, o erro de relação pode ser calculado percentualmente através da Eq. (6.2).
RTP Vs V p
p 100%
Vp
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101,4
Classe 1,2
101,2
100,8
Classe 0,3
100,6
100,2
100,0
99,8
99,6
99,4
99,2
99,0
98,8
99,6
-70 -60 -50 -40 -30 -20 -10 0 +10 +20 +30 +40 +50 +60 +70
Atrasado Adiantado
Ângulo de Fase (ß) em Minutos
se o RTP RTPr , o fator de correção de relação percentual FCR p 100% e o erro de relação p 0%;
o valor real da tensão primária é maior que o produto RTP Vs .
EXEMPLO DE APLICAÇÃO
Uma medição efetuada por um voltímetro indicou que a tensão no secundário do transformador
de potencial é de 112,9 V. Calcular o valor real da tensão primária, sabendo-se que o TP é de
13.800 V, e que este apresenta um fator de correção de relação igual a 100,5%.
A relação de transformação nominal vale:
13.800
RTP 120
115
O valor da tensão não corrigida é de:
RTP Vs 120 112,9 13.548V
Para um fator de correção de relação FCR p 100,5% , tem-se:
p 100 100,5 0,5%
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FCT p - é o fator de correção de transformação que considera tanto o erro de relação de
transformação FCR p , como o erro do ângulo de fase, nos processos de medição de potência. A
relação entre o ângulo de fase e o fator de correção de relação é dado nos gráficos da Fig.
6.12, extraída da NBR 6855.
Os gráficos da Fig. 6.11 são determinados a partir da Eq. (6.5). Assim, fixando-se os valores de
FCT para cada classe de exatidão considerada e variando-se os valores de FCR , tem-se para
p p
a classe 0,6:
FCT = 100,6%
p
FCT = 99,4
p
(%) (min)
+0,6 +20
+0,3 EM VAZIO +10
0 EM VAZIO
0
-0,3 CARGA NOMINAL CARGA NOMINAL
-10
-0,6
10 50 90 100 110 150 190% Vn Ie
-20 -10corrente
50
de 90magnetização;
100 110 150 190% Vn
I - corrente magnetizante responsável
pelo fluxo ;
Fig. 6.12 – Erro de relação de transf. f - corrente
IFig. de perdas
6.13 – Erro no ferro;
de ângulo de fase
- ângulo de defasamento;
Com base na Fig. 6.14, as variáveis são assim reconhecidas:
E - força eletromotriz auto-induzida no primário;
p R e R - resistência p s
Tensão
Vp Rp x Ip
-Ep Xp x Ip
-Vs
Ip
Ie
Ie ø
Rs Xs
I Rp Xp
Ip Is
Is
Vp
Xs x Is Vs Np Ns
Vs
Rs x Is Ep
Es
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EXEMPLO DE APLICAÇÃO
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Classe 0,3
1.00300
10
400 VA
FP
FP = 0.
FP
=
0.6
=
0.7
8
1.00200
FP
0
=0
Fator de correção de relação FCR
.85
FP
1.00100
=0
200 VA
.94
1.00000
FP = 1,0
0.99900 75 VA
25 VA
0.99800 12,5 VA
0 VA
0.99700
Segundo a NBR 6855, um transformador de potencial deve manter a sua exatidão em vazio e
para todas cargas intermediária normalizadas, variando desde 12,5 VA até a sua potência
nominal. Dessa forma, um TP 0,3P200 deve manter a sua exatidão colocando-se cargas no
seu secundário de 12,5, 25 e 75 e 200 VA.
EXEMPLO DE APLICAÇÃO
Corrente de carga
Pc 378
Ic 3,28A
V s 115
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Lc 2 90 180m
(ida e retorno)
Obs.: desprezou-se a queda de tensão na reatância.
Percentualmente, a queda de tensão vele:
1,31
V % 100 1,391%
115
Quando se consideram os efeitos simultâneos da resistência e da reatância dos condutores
secundários de um circuito de um TP, é importante calcular o fator de correção de relação de
carga total secundária, através da Eq. (6.6) e do ângulo do fator de potência.
I c Lc
FCRct FCR r R c cos X c sen
Vs
EXEMPLO DE APLICAÇÃO
O fator de potência da carga exerce uma grande influência na exatidão de uma medida
efetuada com um transformador de potencial. Para comprovar esta afirmativa basta analisar a
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Fig. 6.16 em que se fez variar o fator de potência de uma carga padronizada de 400 VA ligada
a um TP de 0,3P400 entre 0 e 1,00. Pode-se observar que o TP mantém a sua classe de
exatidão no intervalo do fator de potência de 0,68 a 0,94. Já para uma carga menor, 200 VA,
ligada ao TP de 0,3P400, os limites do fator de potência que mantêm a classe de exatidão são
ampliados.
3.4 - Tensões nominais
Os transformadores de potencial, por norma, devem suportar tensões de serviço de 10% acima
de seu valor nominal, em regime contínuo, sem nenhum prejuízo a sua integridade.
Tensões nominais primárias devem ser compatíveis com as tensões de operação dos sistemas
primários aos quais os TPs estão ligados. A tensão secundária é padronizada em 115 V, para
TPs do grupo 1 e 115 3 V para TPs pertencentes aos grupos 2 e 3.
As tensões primárias e as relações nominais estão especificadas na Tabela 6.1. Estas últimas
estão representadas em ordem crescente, segundo a notação adotada pela NBR 6855, ou
seja:
sinal de dois pontos (:) deve ser usado para respresentar relações nominais como por
exemplo 120 : 1;
o hífen (-) deve ser usado para separar relações nominais e tensões primárias de
enrolamentos diferentes, como por exemplo: 13.800-115 V e 13.800 3 115 V ;
sinal deve ser usado para separar tensões primárias nominais e relações nominais de
enrolamentos destinados a serem ligados em série ou paralelo, como por exemplo:
6.900 13.800 115 V
a barra (/) deve ser usada para separar tensões primárias nominais e relações nominais
obtidas por meio de derivações, seja no enrolamento primário, seja no enrolamento
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secundário, como por exemplo: 13.800 3 115 115 3 , que corresponde a um TP do grupo ou
3, com um enrolamento primário e um enrolamento secundário com derivação.
6.3.5 - Cargas nominais
A soma das cargas que são acopladas a um transformador de potencial deve ser compatível
com a carga nominal deste equipamento padronizada pela NBR 6853 e dada na Tabela 6.2.
Tabela 6.1 – Tensões primárias nominais e relações nominais
Grupo 1 Grupos 2 e 3
Para ligação de Para ligação
fase para fase fase para neutro
Tensão Relação Relação nominal
primária nominal nominal Tensão Tensão secundária
nominal secundária de aproximada-
de 115/ mente 115 V
3
115 1:1 - - -
230 2:1 230/ 3 2:1 1,2:1
402,5 3,5:1 402,5/ 3,5:1 2:1
460 4:1 460/ 4:1 2,4:1
575 5:1 575/ 5:1 3:1
2.300 20:1 2300/ 20:1 12:1
3.475 30:1 3475/ 30:1 17,5:1
4.025 35:1 4025/ 35:1 20:1
4.600 40:1 4600/ 40:1 24:1
6.900 60:1 6900/ 60:1 35:1
8.050 70:1 8050/ 70:1 40:1
11.500 100:1 11500/ 100:1 60:1
13.800 120:1 13800/ 120:1 70:1
23.000 200:1 23000/ 200:1 120:1
34.500 300:1 34500/ 300:1 175:1
44.000 400:1 44000/ 400:1 240:1
69.000 600:1 69000/ 600:1 350:1
- - 88000/ 800:1 480:1
- - 115000/ 1000:1 600:1
- - 138000/ 1200:1 700:1
- - 161000/ 1400:1 800:1
- - 196000/ 1700:1 1700:1
- - 230000/ 2000:1 1200:1
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170V
Potência Fator de Resis- Indu- Impe- Resis- Indu- Impe-
Designação
aparente potência tência tância dância tência tância dância
380
V
ABNT ANSI VA - Ohm mH Ohm Ohm mH Ohm
380
V
P12,5 W 12,5 0,10 115,2 3.402 1.152 38,4 1.014 384 0V
25
P25 X 25 0,70 403,2 1.092 576 134,4 364 192
P75 Y 75 0,85 163,2 268 192 54,4 89,4 64
P200 Z 200 0,85 61,2 101 72 20,4 33,6 24
380V
P400 ZZ 400 0,85 30,6 50 36 10,2 16,8 12
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tensão:
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TP: constante;
TP: a corrente;
TP: em paralelo;
TP: em paralelo;
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Tabela 6.5 - Cargas admissíveis no secundário dos TPs em regime de curta duração
Fator de potência
0,3 0,4 0,5 0,6 0,7 0,8 1 Regime
Potências dos TP's em VA - curta-duração contínuo (VA)
60 50 50 50 40 40 30 20
110 90 80 70 70 60 60 40
180 150 140 120 110 100 80 60
310 260 230 200 180 160 140 100
530 450 390 340 300 270 250 150
890 750 640 570 500 500 430 230
1470 1240 1100 1000 900 850 740 370
2480 2060 1800 1700 1500 1400 1400 580
3300 2800 2400 2000 1900 1800 1500 930
5600 4700 4100 3600 3400 3000 1700 1500
9000 7600 6600 5900 5300 5000 4500 2400
13300 11600 11000 9400 8600 8000 7900 3700
17500 15700 15000 13900 13000 13000 13800 5900
26000 24000 23000 21300 21000 20000 24000 9300
EXEMPLO DE APLICAÇÃO
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X1
H1
Vp Vs Carga
H2
X2
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Potência térmica
Designação Grupos 1 e 2 Grupo 3
VA VA
P12,5 18 50
P25 36 100
P75 110 300
P200 295 800
P400 590 1600
EXEMPLO DE APLICAÇÃO
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