Aula 4 - Disjuntores de Alta Tensão e Fusíveis
Aula 4 - Disjuntores de Alta Tensão e Fusíveis
Aula 4 - Disjuntores de Alta Tensão e Fusíveis
Disciplina:
DISJUNTORES E FUSÍVEIS
Professor: Fiel Ribeiro Matola Filho
• S. O. Frontin, Equipamentos de alta tensão Prospecção e hierarquização de inovações tecnológicas , Goya Editora,
Brasília,
• A.C. C. Carvalho et al., Disjuntores e chaves: aplicação em sistemas de potência , EDUFF, Niterói, 1995;
• NBR - IEC 62271-100:2020 - High-voltage switchgear and controlgear - Part 100: Al-ternating current circuit-breakers
• NBR - IEC/IEEE 62271-37-013:2021 - High-voltage switchgear and controlgear - Part 37-013: Al-ternating-current
generator circuit-breakers;
• CIGRE WG 13.04, Asymmetrical current breaking tests , Electra, no. 132, pp. 109-125, 1990;
• Epaminondas de Souza Lage, Curso Técnico de Eletrotécnica, Disciplina: Prática de acionamentos elétricos I
Os ensaios de importância comercial realizados sobre disjuntores podem ser classificados como de tipo, de rotina e
especial.
Os ensaios de tipo são realizados sobre uma unidade escolhida em cada lote de disjuntores idênticos adquiridos pela
mesma ordem de compra, enquanto os ensaios de rotina são realizados sobre todas as unidades adquiridas, também
podem ser aceito ensaio de uma outra máquina com as mesmas características já testadas.
Os ensaios de rotina são realizados previamente pelo fabricante sobre os disjuntores de determinado tipo, que deve ser
equivalente ao que se deseja adquirir, mas sobre unidades não incluídas no fornecimento, com a finalidade de
demonstrar o desempenho dos disjuntores dessa linha face às solicitações usuais.
Os ensaios especiais são solicitados conforme aplicação especiais, sendo um ensaio de tipo.
A critério do comprador, relatórios de ensaios de tipo (certificados por laboratórios independentes) podem ser aceitos
em substituição a testes de tipo.
• Ensaios de Tipo
Ensaios dielétricos
Ensaios de tensão à frequência industrial.
Ensaios de tensão de impulso de manobra.
Aplicação com tensão de impulso atmosférico.
Ensaios de poluição artificial.
Ensaios de descargas parciais
Ensaios de circuitos auxiliares e de controle.
Ensaio de tensão como condição de verificação.
• Ensaios Especiais
Ensaios de radiointerferência.
Ensaios para verificação do grau de proteção.
Ensaios de compatibilidade eletromagnética (EMC).
Ensaios de durabilidade mecânica prolongada para condições especiais de serviço.
Ensaios em alta e baixa temperaturas.
Ensaios de umidade.
Ensaios de carga estática terminal.
Ensaios de corrente crítica
Ensaios de interrupção de falta quilométrica.
Ensaio de estabelecimento e interrupção em discordância de fases.
Ensaios de durabilidade elétrica (somente para disjuntores de tensão nominal ≤ 52)
Ensaios de operação sob condições severas de gelo.
Ensaios de falta a terra monofásica e bifásica.
Ensaios de manobra de correntes capacitivas.
Ensaios de chaveamento de reatores shunt e motores.
• Ensaios Especiais
• Ensaios de Rotina
• Ensaios de Rotina
A lista de ensaios de rotina da norma ANSI/IEEE C 37 09 1999 e seu suplemento
ANSI/IEEE C 37 09 a 2005 é um pouco mais extensa que a da norma IEC 62271 100 por
relacionar, juntamente com os ensaios nos disjuntores propriamente, ensaios em alguns
componentes, como buchas.
• Montagem
• Montagem
• Montagem
• Ensaios de Campo
Verificação visual;
Verificação dimensional com o projeto;
Controle de estanqueidade após montagem;
Ensaio de resistência de contato;
Ensaios dos circuitos elétricos;
Ensaio de operação mecânica (quando aplicável);
Ensaio de continuidade nos condutores de BT ligadas aos mecanismos;
Verificação da resistência de aquecimento;
• Operação Inicial
Com ajuda do manual deve-se tomar algumas medidas a serem observadas para
operação. Alguns clientes solicitam treinamentos para seus operados na especificação do
disjuntor, além disso, também pode ser contratado um supervisor do fabricante para o
acompanhamento da operação inicial.
Os trabalhos de manutenção necessárias podem ser divididas de acordo com alguns ponto:
Em referência as avarias, deverá verificar junto ao manual as soluções, caso não encontre deverá
entrar em contato com o suporte do fabricante.
O fusível é um corpo oco, como um cano de vidro ou plástico muito pequeno. Dentro
contém um elo condutor metálico, feito de chumbo ou estanho. O elo fica conectado a
duas cápsulas de metal, localizadas nas duas extremidades.
Corrente nominal: é o valor da corrente que o fusível aguenta sem se fundir. Esse valor
normalmente está indicado no corpo do fusível.
Corrente de ruptura: é o maior valor de uma corrente que o fusível tem capacidade
para interromper.
Corrente convencional de atuação: é o valor exato de uma corrente que faz o fusível
atuar em um tempo definido.
Elo fusível: o elo do fusível pode ser feito de chumbo ou estanho. O chumbo se funde a
327ºC e o estanho a 232ºC.
Base:
Porta fusível:
Anel de proteção:
Fusível
Indicador:
Ultra-rápidos: Os fusíveis de ação ultra rápida são uma excelente proteção contra curtos-circuitos, porém são
inadequados para a proteção contra sobrecargas. Projetados para a proteção de dispositivos semicondutores
de potência.
Rápidos: Os fusíveis de ação rápida são adequados para a utilização onde não há variações de corrente. São
destinados à atuação instantânea, sobe correntes elevadas ou anormais. Sua fusão ocorre imediatamente, ao
ato da circulação de correntes para valores acima das quais foi dimensionado. Os fusíveis de ação rápida são
utilizados em cargas que não há corrente de partidas, como cargas resistivas e em circuitos eletrônicos, na
proteção de componentes semicondutores, como o diodo e o tiristor em conversores estáticos de potência.
Esta categoria de fusíveis não possui a gota de estanho em seu elo-fusível.
Fusíveis Retardado: São utilizados em circuitos onde a corrente de partida atinge valores superiores à nominal.
Os fusíveis de ação retardada possuem uma gota de estanho no elo fusível. Esta gota absorve parte do calor
provocado pela corrente de partida dos motores elétricos (cargas indutivas). A corrente de partida dos
motores, apesar de elevada, não alcança os parâmetros das correntes de curto circuito. A corrente de partida
IP desaparece logo após o motor se aproximar de sua velocidade nominal, estabilizando o circuito aos valores
nominais de corrente. Caso a corrente de partida do motor não regrida, nos tempos determinado pelo
fabricante do fusível, ocorre a queima do fusível, sinalizando um problema na instalação.
Prof.: Fiel Matola - E-mail:1333623@sga.pucminas.br - Tel.: (21)971705110
FUSÍVEIS
A primeira letra, minúscula, indica a Faixa de Interrupção, isto é, para qual tipo de corrente excessiva, o fusível irá
atuar.
"g" - Atuação para correntes de sobrecarga e de curto circuito.
"a" - Atuação apenas para correntes de curto circuito.
A segunda letra, maiúscula, designa a categoria de Utilização, ou seja, que tipo de equipamento elétrico o fusível
irá proteger.
"L/G" - Proteção de linhas, cabos e uso geral.
"M" - Proteção de circuitos de motores.
"R" - Proteção de circuitos com semicondutores.
“Tr” - Proteção de transformadores.
Tipo Rolha: Tipo de fusível, atualmente pouco usado, mas que já foi muito
utilizado, geralmente em conjunto com um tipo de chave faca, também pouco
usada hoje em dia.
Tipo Diazed-D: É o modelo de fusível utilizado na proteção de curto-circuito em instalações elétricas comerciais e industriais, e
que, quando corretamente instalados, permitem o seu manuseio sem riscos de toque acidental. Destina-se a proteção de
motores, painéis de comando entre outros. Oferecem categoria de utilização gL/gG, em três tamanhos, com ações retardada,
rápida e ultra rápida. Seu elemento fusível é fabricado em liga de cobre ou de prata. As áreas de contato ou bases, em liga latão
com tratamento da superfície em níquel. Já seu corpo em material cerâmico (esteatita).
Oferece faixa de atuação 2A a 100A em 500VCA. Possui como indicador de atuação uma espoleta de aviso, que é expelida no
momento da ruptura do elo fusível. A espoleta de aviso segue o mesmo código de cores do parafuso de ajuste, que define a
corrente nominal da peça. Também possui fina areia de quartzo em seu interior, com a finalidade de abafar o arco elétrico formado
no momento da sua ruptura.
Tipo Sitor: São fusíveis que oferecem dupla proteção: proteção de circuitos
(gL/gG) e semicondutores (gR/aR), em uma mesma peça, atendendo as
correntes nominais de 32 a 710 A. São ideais para proteção em instalações
industriais de aparelhos equipados com semicondutores (tiristores e diodos)
em retificadores e conversores. É um fusível de ação rápida ou ultra rápida.
Construtivamente, seu aspecto físico é semelhante aos fusíveis NH.
Chaves fusíveis são dispositivos eletromecânicos que tem como função básica
interromper o circuito elétrico quando ocorrer a fusão do elo-fusível.
Chaves fusível de
porcelana
Chave fusível polimérica
1.Isolador suporte
2.Terminal de fonte
3.Terminal de carga
4.Porta fusível
5.Guia para o porta fusível
6.Olhal para manobra
7.Base de fixação
8.Articulação
9.Terminal de terra
O tempo entre a abertura dos porta-fusíveis são determinados para que caso seja
de origem passageira, o problema possa ser resolvido naturalmente. Por
exemplo, em caso de galhos de árvores empurrados pelo vento ou em pássaros
pousados nos cabos das linhas.
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CHAVES FUSÍVEIS
Para se evitar queimas desnecessárias ocasionadas pela passagem de correntes de surto, provocadas por
descargas atmosféricas, além da necessidade de coordenação com elos fusíveis de transformadores, o menor elo
fusível a ser usado na rede geralmente será o elo 10K.
DIMENSIONAMENTO:
1. A capacidade de interrupção do porta-fusível deve ser maior que a corrente de curto-circuito trifásico
(simétrico e assimétrico) do ponto de instalação
2. O elo fusível deve ser capaz de suportar a corrente de inrush do momento de energização do circuito
3. Condições de seletividade. (serão vistas na disciplina de Para-raios, Elos fusíveis, Muflas e Buchas)
Partindo do comportamento elétrico do fusível, podemos dizer que se ele estiver bom, deve apresentar uma baixa resistência,
uma resistência praticamente nula, com continuidade para a corrente, enquanto que um fusível queimado ou aberto não deixa
passar a corrente, ou seja, tem uma resistência infinita. Conhecendo este comportamento elétrico, o teste básico de um fusível
consiste em se verificar se ele deixa ou não passar a corrente. Se ele deixar passar a corrente, com uma resistência muito baixa
então ele está bom. Se não deixar, isso indica que o seu elemento está interrompido ou queimado e ele deve ser substituído, pois
está "aberto" ou queimado.
Interpretação do teste:
a) Se houver continuidade ou resistência muito baixa (inferior a 1 ohm) o fusível está em
bom estado.
b) Se não houver continuidade ou resistência infinita, então o fusível está aberto
(queimado). Substitua por um de mesma corrente.
c) Estados intermediários, ou seja, resistências altas podem indicar a presença de umidade,
mas de qualquer forma o fusível estará aberto, devendo ser substituído.