Apostila Rural 2013
Apostila Rural 2013
Apostila Rural 2013
CONTABILIDADE RURAL
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1) - ATIVIDADE RURAL:
É aquela que explora a capacidade produtiva do solo, cultivando a terra, criação de animais e da
transformação de determinados produtos agrícolas.
Arboricultura:
- florestamento (eucalipto, pinho...)
- pomares (manga, laranja...)
- vinhedos, olivais, seringais, etc...)
ATIVIDADE AGROINDUSTRIAL
A contabilidade pode ser estudada de um modo geral (para todas as empresas) ou em particular (aplicada a
certo ramo de atividade ou setor da economia)
Quando estudada de forma genérica ela é denominada de Contabilidade Geral ou Contabilidade Financeira.
Quando aplicada a um ramo específico, normalmente é denominada de acordo com a atividade daquele
ramo. Assim há:
contabilidade agrícola - é a contabilidade geral aplicada às empresas agrícolas;
contabilidade rural - é a contabilidade geral aplicada às empresas rurais;
contabilidade da zootécnica - é a contabilidade aplicada às empresas que exploram a zootécnica.
contabilidade da pecuária - é a contabilidade geral aplicada às empresas pecuárias;
contabilidade agropecuária - é a contabilidade geral aplicada às empresas agropecuárias;
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contabilidade da agroindústria - é a contabilidade geral aplicada às empresas agroindustriais.
1.3 - ANO AGRÍCOLA x EXERCÍCIO SOCIAL
A regra geral é de que as empresas encerrem seu exercício social coincidindo com o ano civil.
Na atividade agrícola, ao contrário de outras atividades em que a receita se distribui ao longo de
um período de 12 meses, a produção agrícola, que é sazonal, concentra-se num determinado período que
pode ser em alguns dias de um mês do ano.
O ano agrícola é o período em que se planta, colhe e, normalmente, comercializa a safra agrícola.
O encerramento do ano agrícola se dá portanto, quando terminada a comercialização. Algumas
empresas, desde que possível, armazenam a safra para obter melhor preço. Neste caso considera-se ano
agrícola o término da colheita. Apurar-se o resultado logo após a colheita e comercialização, contribui de
forma mais adequada na avaliação do desempenho da safra agrícola, não havendo porque esperar meses
para conhecer o resultado que é tão importante para a tomada de decisões, a respeito do novo ano agrícola.
Assim, se o ano agrícola terminar em março, o exercício social poderá ser encerrado em 31.03 ou
30.04, por exemplo.
Dessa forma, evita-se a cultura em formação, por ocasião do resultado do exercício. Se o exercício
social fosse encerrado antes da colheita, teríamos plantas em crescimento, o que seria difícil de avaliar, e
mesmo inadequado.
Há empresas que diversificam suas culturas e apresentam colheitas em períodos diferentes do ano.
Nesse caso, recomenda-se que o ano agrícola seja fixado em função da cultura que prevaleça
economicamente.
Assim, se a empresa planta feijão entre as ruas do café, certamente o período de colheita do café é
que determinará o ano agrícola, mesmo que no seu encerramento haja uma cultura secundária em formação
(o que é inevitável). Dessa forma, seria feita a avaliação da cultura em formação, e a avaliação, mesmo que
ainda não perfeita, não traria grandes distorções à contabilidade, pois o valor apurado não seria relevante à
cultura principal.
O mesmo raciocínio é válido para diversas culturas, mesmo que não conjugadas. Assim, se uma
atividade tivesse culturas de milho, soja e cana-de-açucar, simultaneamente, por exemplo, o ano agrícola
(conseqüentemente, o exercício social) seria fixado com base na cultura de maior representatividade
econômica.
Na atividade pecuária o período adequado para o encerramento do exercício social, assim como da
atividade agrícola, não é o ano civil. O ideal é realizá-lo logo após o nascimento dos bezerros.
De maneira geral, o nascimento dos bezerros concentra-se em determinado período do ano.
Há empresas pecuárias que planejam lotes de nascimento para determinados períodos do ano (em
virtude da seca e inverno), através da inseminação artificial.
O raciocínio que se deve utilizar aqui é o mesmo utilizado para a colheita agrícola. Nesse caso,
todavia, o bezerro será o “fruto”, o produto final que valoriza o patrimônio da empresa.
Outras empresas pecuárias tendem a fixar o exercício social com base no mês seguinte em que
concentram a venda de reses para o frigorífico. Esse critério é válido igualmente quanto ao nascimento de
bezerros.
Com o advento da Lei o imposto de renda tornou obrigatório, para todas as empresas, o exercício
social coincidindo com o ano civil, ou seja, de 01/01 a 31/12.
Esta imposição veio trazer sérios prejuízos à contabilidade rural, já que este setor, necessariamente,
deveria ter exercício social coincidente com o ano agrícola, para melhor avaliar o desempenho da empresa.
Ressaltamos que nada impede que se faça de acordo com o que descrevemos nos ítens anteriores, o
que gerencialmente será de extrema relevância.
Na atividade rural encontramos as duas formas jurídicas possíveis de exploração, com bastante
freqüência: pessoa física e pessoa jurídica.
Pessoa física é a pessoa natural, é todo ser humano, e todo indivíduo (sem qualquer exceção). A
existência da pessoa física termina com a morte.
Pessoa jurídica é a união de indivíduos que, através de um trato reconhecido por lei, formam uma
nova pessoa, com personalidade distinta da de seus membros. As pessoas jurídicas podem ter fins lucrativos
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(empresas industriais, comerciais, etc) ou não (cooperativas, associações culturais, religiosas, etc.)
Normalmente, as pessoas jurídicas denominam-se empresas.
No Brasil, prevalece a exploração na forma de pessoa física, por ser menos onerosa que a de
pessoa jurídica, além de proporcionar mais vantagens de ordem fiscal, principalmente em relação a
pequenas atividades.
As pessoas físicas tidas como pequeno e médio produtor rural não precisam, para fins de imposto
de renda, fazer escrituração regular em livros contábeis e podem utilizar apenas um livro caixa e efetuar
uma escrituração simplificada.
Todavia, as pessoas físicas tidas como grande produtor rural serão equiparadas às pessoas jurídicas
para fins contábeis, devendo fazer uma escrituração regular, por intermédio de profissional qualificado,
utilizando como base o método das partidas dobradas.
1.5.3.2 - Parceria
Ocorre parceria quando o proprietário da terra contribui no negócio com o capital
fundiário e o capital de exercício, associando-se a terceiros em forma de parceria. A parceria pode ser a
meia (o lucro da colheita é dividido, metade cabe ao proprietário e metade ao parceiro), à terça parte (2/3
para o proprietário e 1/3 para o parceiro), à quarta parte, etc.
Esse tipo de associação assemelha-se a uma sociedade de capital e indústria, em
que há duas espécies de sócios:
capitalista (proprietário): entra com o capital e geralmente com a gerência do negócio;
de trabalho (parceiro): entra com a execução do trabalho.
1.5.3.3 - Arrendamento
Quando o proprietário da terra aluga seu capital fundiário (dificilmente aluga o
capital de exercício) por determinado período a um empresário, tem-se o que se chama Sistema de
Arrendamento. O arrendador recebe do arrendatário uma retribuição certa, que é o aluguel.
1.5.3.4 - Comodato
Empréstimo gratuito em virtude do qual uma das partes cede por empréstimo,
para que se use pelo tempo e nas condições preestabelecidas. Nesse caso, o proprietário cede seu capital
sem nada receber do comodatário.
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1.5.3.5 - Condomínio
É a propriedade em comum, ou a co-propriedade, em que os condôminos
proprietários compartilham dos riscos e dos resultados, da mesma forma que a parceria, na proporção da
parte que lhes cabe no condomínio.
Culturas temporárias são aquelas sujeitas ao replantio após a colheita. Normalmente, o período de
vida é curto. Após a colheita, são arrancadas do solo para que seja realizado novo plantio. Exemplos: soja,
trigo, milho... Esse tipo de cultura é também conhecido como anual.
Esses produtos são contabilizados no ativo circulante, como se fossem um “Estoque em
andamento” numa indústria. Dessa forma, todos os custos serão acumulados numa subconta com o título
específico da cultura em formação (arroz, ou trigo, ou alho, cebola, etc...) da conta “Culturas temporárias”.
Os custos que compõem esta rubrica são: sementes, fertilizantes, mudas, demarcações, mão-de-obra,
encargos, energia elétrica, encargos sociais, combustível, seguro, serviços profissionais, inseticidas,
depreciação de tratores e outros imobilizados na cultura em apreço.
Observe-se que, em se tratando de uma única cultura (o que é muito mais raro de ocorrer), todos os
custos se tornam diretos à cultura, sendo apropriados diretamente. Todavia, existindo várias culturas, fato
que ocorre com maior freqüência, há a necessidade do rateio dos custos indiretos, proporcional a cada
cultura.
- Despesa do período entendem-se todos os gastos não identificáveis com a cultura, não
sendo, portanto, acumulados no estoque (culturas temporárias), mas apropriados como despesa do período.
São as despesas de venda (propaganda, comissões de vendedores...), despesas administrativas (honorários
dos diretores, pessoal de escritório...) e despesas financeiras (juros, correção monetária...).
2.1.2 - COLHEITA
Todo o custo da colheita será acumulado na conta “Cultura Temporária” e, após o término
da colheita, essa conta será baixada pelo seu valor de custo e transferida para uma nova conta, denominada
“Produtos agrícolas”, sendo especificado, como subconta, o tipo de produto (soja, milho, batata...).
Embora não se assemelhe a um estoque em formação, mas a um estoque acabado,
recolhido ao depósito ou ao armazém, essa conta também compõe o Ativo Circulante.
A essa conta de “Produtos agrícolas” serão somados todos os custos posteriores à colheita
(para acabamento do produto ou para deixá-lo em condições de ser vendido, consumido ou reaplicado, tais
como beneficiamentos, acondicionamentos, etc.) e todos os custos para manutenção desse estoque: silagem,
congelamento, etc.)
À medida que a produção agrícola for vendida, dá-se proporcionalmente baixa na conta de
“Produtos agrícolas” e transfere-se o valor do custo para a conta “Custo do produto vendido”(resultado),
especificando-se o tipo de produto agrícola(soja, trigo, abóbora...). Dessa forma, haverá o confronto entre a
receita e o custo do produto vendido, podendo-se apurar o lucro bruto.
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2.1.3 - CUSTO DE ARMAZENAMENTO Quando o produto agrícola estiver pronto para venda,
totalmente acabado, não devendo sofrer mais nenhuma alteração, é comum, em alguns casos, armazená-lo,
no sentido de vendê-lo em momento oportuno, esperando-se o preço oscilar para cima. Estes gastos são
normalmente tratados como despesa de vendas, no grupo despesa operacional, e não Custo do produto.
Dessa forma, são considerados custos do período e não do produto.
DEMONSTRATIVO DA CONTABILIZAÇÃO DE “CULTURA TEMPORÁRIA”
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2.2 - CULTURAS PERMANENTES
São aquelas que permanecem vinculadas ao solo e proporcionam mais de uma colheita ou
produção. Normalmente atribui-se às culturas permanentes uma duração mínima de quatro anos. Do ponto
de vista contábil, basta a cultura durar mais de 1 ano e propiciar mais de uma colheita para ser permanente.
Exemplos disso: cana-de-açucar, citricultura (laranjeira, limoeiro...), cafeicultura e praticamente todas as
frutas arbóreas (maçã, pera, jara, etc...).
No caso de cultura permanente, os custos necessários para a formação da cultura serão
considerados “Ativo Permanente”- imobilizado. Os principais custos são: adubação, formicidas, forragem,
fungicidas, herbicidas, mão-de-obra, encargos sociais, manutenção, arrendamento de equipamentos e terras,
seguro da cultura, preparo do solo, serviços de terceiros, sementes, mudas, irrigação, produtos químicos,
depreciação de equipamentos utilizados na cultura, etc.
É importante ressaltar que as despesas administrativas, de vendas e financeiras não
compõem o gasto de formação da cultura, mas são apropriadas diretamente como “despesa do período” e
não são, portanto, ativadas.
Os custos para formação da cultura são acumulados na conta “Cultura Permanente em
formação”, da mesma forma como acontece com a conta “Imobilização em andamento” numa indústria.
Dentro da conta “Cultura permanente em formação” há subcontas que indicam
especificamente o tipo de cultura: café, pastagem, florestamento, etc...). Logicamente, essas contas estão
sujeitas à correção monetária anual, e seus valores devem sempre ser atualizados, embora na atualidade não
há exigência de correção.
Após a formação da cultura, que pode levar vários anos (antes do primeiro ciclo de
produção ou maturidade, ou antes da primeira florada, ou da primeira produção), transfere-se o valor
acumulado na conta “Cultura permanente em formação” para a conta “Cultura permanente formada”,
identificando-se uma subconta por tipo de cultura específica. Comparando-se tal fato com uma indústria que
constrói máquinas para seu próprio uso, estaríamos no estágio em que a máquina está pronta para produzir.
Daí por diante, na fase produtiva, os custos já não compõem o imobilizado, mas são tratados como estoque
em formação e são acumulados ao produto que está sendo formado.
Há caso em que a cultura permanente não passa do estágio de cultura em formação para
cultura formada, pois, no momento de se considerar acabada, ela é ceifada. São, normalmente, a cana-de-
açucar, o palmito, o eucalipto, o pinho e outras culturas extirpadas do solo ou cortadas para brotarem
novamente.
Enquanto a cultura estiver em formação, não sofrerá depreciação (ou exaustão), já que,
nesse período, não existe perda da capacidade de proporcionar benefícios futuros, mas, muito pelo
contrário, essa potencialidade aumenta na proporção do crescimento da planta. A depreciação (ou exaustão),
portanto, pode ser iniciada por ocasião da primeira colheita ou primeira produção.
No que tange às culturas formadas, saliente-se que os gastos que beneficiam mais de uma
safra, ou que aumentam a vida útil da plantação, incrementando sua capacidade produtiva, devem ser
adicionados ao valor da cultura formada para serem depreciados até o final da vida útil da cultura.
Atualmente, de acordo com a Lei nº 9.249/95, fica revogada a Correção Monetária das
demonstrações financeiras, inclusive para fins societários.
Anteriormente, estavam sujeitos à correção monetária:
- As florestas que se destinam ao corte para comercialização, consumo ou
industrialização; - Os direitos contratuais de exploração de florestas com prazo de exploração
superior a
2 dois anos;
- As florestas destinadas à exploração dos respectivos frutos;
- As florestas destinadas à proteção do solo e à preservação do ambiente.
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DEMONSTRATIVO DA CONTABILIZAÇÃO DE “CULTURA PERMANENTE”
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CONTABILIZAÇÃO DA CULTURA PERMANENTE COLHEITA ATÉ A VENDA
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Receitas LLLLL
(-) Custo dos produtos vendidos XXXX (acima)
Lucro bruto SSSSS
(-) Despesas operacionais
Vendas AAAA
Administrativas BBBBB
Financeiras CCCCC
----------
Lucro Operacional LOLOLO
A conta “cultura permanente em formação” (ativo imobilizado) será evidenciada pelo seu valor de
custo histórico. Até 1995, era pelo seu valor corrigido monetariamente, ou seja, com o objetivo de se
apurarem valores atualizados, principalmente em virtude da depreciação após a formação da cultura (cultura
formada).
Numa atividade em operação, se houvesse correção monetária, o resultado seria apropriado como
adição (se houvesse ganho com a inflação) ou subtraído (se houvesse perda com a inflação) na D.R.E.,
aumentando ou diminuindo, respectivamente, o resultado.
Na fase de implantação, no plantio da primeira cultura, observa-se que o período de formação e
crescimento da cultura permanente, até sua maturidade, denominado período pré-operacional, é
relativamente longo, ao contrário do que acontece nas empresas industriais, de maneira geral.
Na primeira cultura, considerando que não existe outra receita operacional, a empresa não apurará
resultado; como não houve realização da receita, não haverá a apropriação das despesas, uma vez que não
há possibilidades de confronto para a apuração do resultado. Dessa forma, não haverá em período pré-
operacional a D.R.E.
Todas as despesas pagas ou incorridas pela empresa, durante o período que antecede o início de
suas operações e que não forem identificadas diretamente com a cultura, serão enquadradas como pré-
operacionais no Ativo Permanente - Diferido.
Observe-se que os gastos relativos à cultura (mão-de-obra, serviços de terceiros, preparação do
solo, sementes...) ou a qualquer item do imobilizado (prédio, galpões, pastos...) serão acumulados em suas
respectivas contas e não serão em gastos pré-operacionais.
Dessa forma, serão acumulados como gastos pré-operacionais: despesas operacionais (propaganda,
administrativas, financeiras...) despesas com constituição, despesas com pesquisas e estudos de viabilidade
econômica, saldo devedor de correção monetária de balanço (se for o caso) etc.
Pela teoria da contabilidade, toda receita obtida nesse período, como receitas financeiras, saldo
credor de correção monetária (se for o caso) etc., deve ser tratada como redução (diminuição) dos gastos
pré-operacionais.
Todavia, o Imposto de Renda proporciona uma legislação própria, conforme veremos adiante.
No que tange à amortização dos gastos pré-operacionais (distribuição das despesas diferidas ao
longo dos períodos), ela ocorrerá a partir da primeira colheita (inclusive), respeitando-se um limite máximo
de dez anos e um prazo mínimo de cinco anos, (com taxas de 10 a 20% ao ano, conseqüentemente).
Quando já existe uma atividade agropecuária em produção e um novo projeto referente a uma
cultura permanente é introduzido, há necessidade de alguns cuidados especiais.
A conta “cultura permanente em formação” relativa à nova cultura não sofre modificação quanto à
teoria já vista, ou seja, todos os custos de formação da cultura serão acumulados no Ativo Imobilizado.
No que tange ao resultado da correção monetária, até 1995, era normal apropriá-lo diretamente ao
resultado do exercício, já que existia resultado das operações normais para absorver o ganho ou as perdas
com a inflação.
Optando-se por manter a correção monetária para fins gerenciais, o raciocínio será o mesmo
descrito anteriormente.
As despesas operacionais da atividade em produção continuam sendo lançadas como despesas do
período. As despesas operacionais que se referem ao novo projeto, após sua identificação, serão acumuladas
e contabilizadas em Gastos pré-operacionais (ativo diferido). Ressalte-se, todavia, que a tarefa de separação
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dessas duas despesas, quando comuns a todos os projetos, é complexa. Em virtude disso, constatando-se
que as despesas referentes ao novo empreendimento não são relevantes, é normal apropriar tudo como
despesa do período. Ou, ainda, é razoável as despesas identificarem-se diretamente com o novo projeto
(pessoal administrativo que trabalha especificamente para esse projeto, encargos financeiros concernentes
ao financiamento do novo projeto, etc.), serem ativadas (diferido) e, as comuns e de difícil rateio, serem
apropriadas como despesa do período.
Normalmente, ao se preparar a terra bruta para a agricultura, ocorre uma série de gastos, tais como:
desmatamento, destocamento, terraplenagem, desvios de leitos de rios ou córregos para irrigação,
nivelamento do solo, etc.
Evidentemente, esses gastos não devem ser acumulados à conta “cultura em formação”, já que
sobrecarregaria indevidamente a primeira cultura ou a primeira safra, principalmente se se tratar de cultura
temporária.
Estes gastos, normalmente, são adicionados ao valor da terra, pois são entendidos como
valorização da terra, já que a tornam agricultável.
Todavia, há aqueles que preferem tratar como custo (ativado) amortizável em vários períodos,
podendo assim abater tais gastos para fins de imposto de renda.
Se a opção for pelo diferimento, sugere-se contabilizar o gasto em uma conta separada do ativo
permanente, distribuindo-se esse gasto entre as diversas culturas ou safras ao longo dos anos.
A classificação no ativo permanente é indiscutível, porquanto esses gastos beneficiam a atividade
agropecuária por diversos períodos. Além disso, a distribuição desses gastos (ou custos) entre as diversas
safras será de forma mais justa à medida que houver correção monetária (para efeitos gerenciais); caso
contrário, em virtude da inflação, penalizariam as primeiras safras e beneficiariam as últimas.
A dúvida que freqüentemente surge é quanto ao título e ao subgrupo em que essa conta deve ser
classificada: Imobilizado ou Diferido?
Não resta dúvida de que a classificação adequada é no Ativo Diferido, já que se trata de aplicações
de recursos em gastos que contribuirão para a formação do resultado de mais de um exercício social,
conforme disposição da Lei das sociedades por ações.
Quanto ao título da conta, há algumas divergências entre os contadores: Benfeitorias, melhorias,
Gastos com desmatamento, ou Destocamento, Gastos Pré-operacionais, etc.
O termo Melhorias, na contabilidade, significa incremento na capacidade produtiva, que envolve
reforma significativa no Ativo de propriedade da empresa, havendo alterações técnicas e de produtividade
naquele ativo.
Os outros termos estudados, embora também aplicáveis, não são tão abrangentes e adequados
como melhorias.
Como já foi abordado, aqueles gastos denominados Melhorias serão distribuídos como custos ao
longo dos anos. Essa baixa, legalmente falando, corresponde à distribuição do valor do capital aplicado
entre várias colheitas, e pode ser denominada amortização.
Conforme determina a legislação brasileira, os recursos aplicados no ativo diferido serão
amortizado em prazo não superior a dez anos, a partir da primeira cultura ou colheita, e em prazo não
inferior a cinco anos.
As melhorias serão totalmente baixadas como perda do período quando as culturas, projetos ou
empreendimentos não produzirem resultados suficientes para amortizá-lo.
5.2 - CORRETIVOS
Os corretivos, aplicados ao solo, que beneficiarão vários períodos (várias culturas), também serão
classificados no ativo diferido e serão amortizados (distribuídos como custo) de acordo com a quantidade de
períodos ou número de culturas que irão beneficiar.
Comumente a madeira que resulta do desmatamento é vendida. Esse resultado deve ser
contabilizado como recuperação de custo, abatendo (ou reduzindo) o gasto de melhorias.
Outros gastos referentes a cerca, instalação, bebedouros, etc., devem ser contabilizados
individualmente, e não fazem parte da conta “Melhorias”.
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No caso de culturas permanentes, em que haja grande número de colheitas (pelo menos cinco),
esse gasto denominado Melhorias poderia fazer parte do custo da “Cultura permanente em formação”.
Basicamente, as contas a serem utilizadas num plano de contas para a atividade agrícola são na
grande maioria as mesmas que são usadas pelas atividades comerciais ou industriais.
Apenas, alguns grupos tem tratamento diferenciado das outras atividades, pois, são específicos
para essa atividade. (agrícola).
Assim, abordaremos com mais enfase, por exemplo, aquelas grupos ou contas que evidenciam
variações na área agrícola, em relação a outras atividades. O Estoque, como exemplo, recebe roupagem
especial através das culturas temporárias (formadas ou em formação), das colheitas (em andamento ou
concluídas) etc.
Os pontos problemáticos na atividade agrícola são os grupos “Estoques” e “Imobilizado”, no
balanço patrimonial e os ítens “Receita” e “Custos de produção” na D.R.E.
ESTOQUES:
O grupo “Estoques” de uma empresa agrícola assemelha-se muito a uma empresa industrial.
Vejamos:
Matéria-prima: - na indústria, significa todo o material empregado na fabricação de um produto.
Na empresa agrícola, significa produtos que compõem a cultura, tais como sementes, adubos, inseticidas,
etc. No plano de contas de empresa agrícola esta conta é chamada “Insumo”.
Produtos em elaboração: - na indústria, significa a produção que está inacabada (em andamento)
por ocasião do encerramento do exercício social. Na empresa agrícola, significa uma cultura temporária em
formação (em andamento) ou uma colheita em andamento (ou safra em andamento) de uma cultura
permanente. Aqui, esta conta é denominada “Culturas temporárias em formação” para as culturas
temporárias, e “Colheita em andamento”, para as culturas permanentes.
Produto acabado: - Na indústria, significa o produto terminado e pronto para venda. Da mesma
forma, na empresa agrícola, significa produção colhida, ou seja, produtos agrícolas prontos para a venda.
No plano de contas esta conta é denominada “Produtos agrícolas”.
Almoxarifado: - Numa indústria, assim como numa empresa agrícola, significa um estoque de
consumo que compõe o produto (ou a cultura), mas é utilizado para outras finalidades.
Um dos principais aspectos para operacionalizar o plano de contas é considerar o tipo de inventário
que a empresa agrícola utiliza.
Inventário, é o processo de verificação do que existe na empresa. Não fica somente restrito ao
estoque. Podem ser inventariados o imobilizado, contas a receber, contas a pagar, enfim, todo e qualquer
ítem que se deseje ser conferido físicamente em comparação com a contabilidade.
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Logicamente, no sentido mais restrito, inventário refere-se à verificação dos “Estoques” em toda e
qualquer empresa, independente do ramo de atividades.
Como já foi verificado, o inventário permanente é o melhor meio de se apurar o custo ocorrido, já
que acumulam-se o resultado à medida que ocorrem.
Na contabilidade rural, recomenda-se um “Sistema auxiliar de Contas” para apuração de custo por
cultura ou colheita que consta no estoque.
Esse método assemelha-se em muito ao sistema de Custos numa indústria.
Quando do término da cultura ou colheita, dá-se baixa da conta “Cultura em andamento” pelo seu
valor de custo e o saldo é transferido para a conta “Produtos agrícolas”, sendo especificado o tipo de
produto. (arroz, milho, etc....)
Na conta “Produtos agrícolas” serão somados todos os custos posteriormente à colheita para
acabamento do produto e manutenção do estoque (silagem, congelamento, etc.)
Por fim, no momento da venda, baixa-se a conta “Produtos agrícolas” e debita-se a conta “Custo
do produto vendido”.
Na D.R.E. haverá destaque quanto ao tipo de produto que estiver sendo apurado o resultado. (Ex:
Vendas de trigo, Vendas de milho, etc...)
ATIVIDADE PECUÁRIA
Existem 3 fases distintas, na atividade pecuária de corte, pelas quais passa o animal que se destina
ao abate.
a) - Cria: a atividade básica é a produção de bezerros que só serão vendidos após o desmame.
b) - Recria: a atividade básica é, a partir do bezerro adquirido, a produção e a venda do novilho
magro para a engorda.
c) - Engorda: a atividade básica é, a partir do novilho magro adquirido, a produção e a venda do
novilho gordo.
GADO BOVINO:
O gado que será comercializado pela empresa, em forma de bezerro, novilho magro ou
movilho gordo, deverá ser classificado no estoque.
O gado destinado à procriação ou ao trabalho, que não será vendido (reprodutor-touro ou
matriz-vaca), será classificado no Ativo Permanente Imobilizado.
Compreendem eqüinos, suínos, ovinos, caprinos, coelhos, peixes e pequenos animais destinados à revenda,
ou a serem consumidos.
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Muitas propriedades destinam parte do rebanho em formação para a reprodução.
Normalmente, numa atividade bovina de corte, as fêmeas e, às vezes, alguns machos são separados para a
reprodução.
Todavia, a incorporação ao plantel permanente somente será possível quando o
gado demonstrar qualidade para tal: fertilidade, ardor sexual, carcaça, peso, etc.
Dessa forma recomenda-se classificar todo o rebanho nascido na fazenda como
Estoque e somente transferí-lo ao permanente quando tiver certeza de que o animal tem habilidade para
procriação.
Determinada empresa tinha tinha em seu estoque, no início de X1, dez cabeças de gado registradas
a R$ 900,00, totalizando R$ 9.000,00
Durante o ano X1, nada vendeu e nada comprou em termos de plantel bovino.
Gastou R$ 10.600,00 durante o ano para manutenção do rebanho.
O valor de mercado de cada cabeça no final de X1 era de R$ 2.100,00, totalizando R$ 21.000,00.
O crescimento biológico e o ganho de peso não são Reconhece o ganho econômico mostrando aos
reconhecidos como ganho econômico. usuários que valeu a pena manter o rebanho no ano, já
que trouxe lucro econômico para a empresa.
LANÇAMENTOS CONTÁBEIS:
P/CUSTO P/MERCADO
+ valorização - 12.000
(-) estorno custos - (10.600)
NOVO ESTOQUE 19.600 21.000 *
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MÉTODO DE CUSTO
NECESSIDADE DE CUSTO
Conhecer o custo real de cada lote ou do rebanho a qualquer momento é uma informação
imprescindível à gerência, não só para se apurar a rentabilidade após a venda, mas também (o que é mais
importante) para determinar o ponto ótimo de venda, ou seja, não manter o gado quando os custos passam a
ser maiores que o ganho de peso (ou mantê-lo se o preço de mercado está baixo).
Muitas outras informações colhidas no mapa de custo serão úteis para auxiliar a tomada de
decisões e o controle dos custos da empresa.
Para tanto, porém, há a necessidade de se apurar um custo real atualizado e não aquele custo
obtido, através da contabilidade, pelo custo histórico.
Através do confronto da receita com as despesas que contribuem para a aquisição daquela receita,
obtém-se o resultado (lucro ou prejuízo) de determinado período.
Dessa forma, após o reconhecimento da receita, procura-se associar a ela toda a despesa incorrida
para a sua consecução, mesmo que parte dessa despesa seja apenas uma estimativa, como é o caso de
Devedores Duvidosos.
Portanto, este item destaca, em primeiro lugar, o reconhecimento da receita e, em seguida, aborda a
despesa incorrida.
O ponto ideal para o reconhecimento da receita é exatamente o momento da transferência do bem
ou serviço ao cliente, ou seja, o momento da venda.
O ciclo operacional da atividade pecuária é relativamente longo e varia de três a cinco anos, desde
a concepção do bezerro, seu nascimento, seu crescimento, até sua venda (normalmente quando atinge o
ponto ótimo de venda, em estado adulto). Portanto, o rebanho permanece por longo período em estoque, até
a sua maturação.
A aceitação geral de reconhecimento da receita durante o período de produção, cujo ciclo
operacional seja longo (acima do exercício social), está baseada num conjunto de regras e formalidades que
se apóiam na Teoria da Contabilidade.
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O não-reconhecimento periódico da receita e, conseqüentemente, do lucro (resultado), antes da
transferência do produto, pode trazer prejuízos para os acionistas que se retirarem da empresa. Essa situação
inconveniente pode ainda ser mais acentuada em projetos novos em que as primeiras vendas se realizarão
após quatro ou cinco anos do seu início, ficando a empresa durante longo período sem apurar resultado,
embora haja despendido muito esforço e recursos para a composição do produto final (plantel) que
contribuirá para a obtenção do lucro.
Em projetos novos, principalmente, é justificável o reconhecimento da receita econômica (na
maturação do estoque), pois, antes mesmo de efetuar as primeiras vendas, a empresa já estará medindo a
viabilidade do esforço dispendido para a composição do produto final. Dessa forma, a contabilidade
evidencia se compensou a manutenção do rebanho.
Portanto, o ciclo operacional relativamente longo, em primeiro plano, justifica a necessidade de se
reconhecer a receita periodicamente (anualmente, pelo menos). Em segundo plano, mesmo que parte do
rebanho seja vendida, não se pode esquecer de que a maioria do gado permanecerá em formação e permitirá
um lucro final.
CRESCIMENTO NATURAL
Ao contrário dos estoques em elaboração das empresas industriais, o gado, a qualquer momento,
mesmo sem atingir a semelhança de produtos acabados (bezerros, novilhos, etc), tem um preço definido de
mercado.
Uma avaliação objetiva de mercado, em estágios distintos de maturação dos produtos, é condição
básica para reconhecer a receita antes da venda dos produtos em crescimento natural.
O Instituto de Economia Agrícola da Secretaria de Agricultura, do Estado de São Paulo, publica
mensalmente, na Revista Informações Econômicas, o preço médio do gado bovino, por categoria (bezerro,
garrote, novilha, boi magro, boi gordo, etc). Esses preços resultam de pesquisas junto a produtores,
frigoríficos, cooperativas agrícolas, bancos, etc.
Outras fontes de avaliação do gado são encontradas entre as diversas regiões pecuárias do país.
Em países em que a criação do gado ocorre em confinamento, é bastante simples acompanhar o
desenvolvimento do gado pelo peso. Dessa forma, a avaliação em época de inventário será realizada
considerando-se o peso (ganho de peso será Receita) e outras variáveis, tais como: raça, idade, aptidões, etc.
No Brasil, em virtude do prevalecente sistema de criação extensivo, tal prática seria difícil.
Observa-se, ainda, que, embora o preço médio de bezerros e novilhos não seja totalmente estável,
também não apresenta oscilações que possam prejudicar este método de avaliação.
AVALIAÇÃO DO BEZERRO
Por questão de coerência, aqui, o bezerro, na ocasião do seu nascimento, será avaliado a preço de
mercado. Dessa forma, todo o estoque vivo será avaliado a preço de mercado.
Como já foi visto, a contrapartida da conta “Bezerro” no Estoque, será uma conta de Receita
denominada “Variação Patrimonial” ou superveniências ativas.
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O reconhecimento da receita antes do ponto de venda resulta em ganho não realizado
financeiramente para a empresa. Daí a necessidade de analisar com rigor as influências no lucro
economicamente existente, mas não distribuível financeiramente.
DIVIDENDOS
No que diz respeito à distribuição de dividendos, não se deveria incluir como base de
cálculo de dividendos o ganho não realizado financeiramente, resultante do reconhecimento da receita pelo
crescimento do rebanho, pois poderia trazer sérios problemas para a empresa.
A constituição de Reservas de Lucros a Realizar, embora não prevista na Lei das
Sociedades por Ações, para tal operação, poderia aperfeiçoar o sistema de distribuição de dividendos
referente ao ganho não realizado em termos de Caixa. Na venda efetiva do rebanho ter-se-ía a realização
daquela Reserva, que seria revertida e passaria a compor a base de cálculo de dividendos.
Portanto, no que diz respeito à distribuição de dividendos, recomenda-se a inclusão desta
cláusula (sobre a forma de distribuição), quando da elaboração do contrato social ou estatuto.
MOMENTO DA AVALIAÇÃO
Um dos problemas encontrados é quanto ao momento em que se deve avaliar o estoque vivo a
valores de saída. O ideal seria, no encerramento do balanço patrimonial, evidenciar patrimônio (estoque)
corrente compatível com a data desse relatório. A prática, porém, é um pouco complicada, pois têm-se
bezerros e novilhos com idades diferentes naquela data, uma vez que os nascimentos acontecem durante o
ano.
O bezerro seria avaliado por ocasião do seu nascimento e, nos anos seguintes, no mês do seu
aniversário (já na categoria de novilho(a). No encerramento do balanço, seria relacionado no estoque,
conforme a avaliação recebida na mudança de categoria. Esse critério traria imperfeições ao estoque, com
valores desatualizados, principalmente para o rebanho nascido logo após a data do encerramento do
balanço. Embora os valroes fossem mais atuais que os do método de custo, seriam obtidos valores de poder
aquisitivo diferentes, de diversos meses do ano.
Admitindo-se 31.12 como data-base de encerramento do balanço, o rebanho nascido até 30.06 seria
considerado no encerramento do balanço, para efeito de avaliação, como pertencente à faixa etária seguinte
(13 a 24 meses ou 25 a 36 meses, etc...); o rebanho nascido após 30.06 seria mantido na faixa etária real,
não sendo avaliado no levantamento do balanço; manteria, no entanto, a avaliação na mudança de
categorias. Se a distribuição de nascimento for razoavelmente uniforme durante o ano, o estoque, em média,
refletirá monetariamente o seu potencial (salvo oscilações de preço relevantes no semestre). Este critério
será significativamente melhorado se as categorias forem divididas em faixa etária semestral.
Observe-se que, neste critério, os bezerros serão avaliados sempre a preço de mercado por ocasião
do seu nascimento, para compor os balancetes intermediários. O rebanho nascido até 30.06 é avaliado,
normalmente no encerramento do balanço, enquanto o nascido após 30.06, na mudança de categoria.
CONFRONTAÇÃO DA DESPESA
Após o reconhecimento da Receita, é imperativo que haja, para se apurar o resultado do período, o
confronto com as Despesas que contribuíram para a formação daquela receita. Assim, se se diferir uma
receita, todo o gasto correspondente também deverá ser diferido, o que proporciona a associação das
receitas com os respectivos gastos.
Reconhece-se aqui a receita antes do ponto de venda do gado. Assim, pelo menos uma vez por ano,
faz-se o reconhecimento da receita através da maturação dos estoques; conclui-se, portanto, que os custos
não transitarão pelos estoques, mas serão apropriados diretamente ao resultado, para o confronto com a
receita reconhecida.
- nascimentos
- mortes
- transferência de categorias
- vendas
2 - Custos da produção:
- insumos utilizados
- mão de obra aplicada em cada lavoura.
- rateio de despesas indiretas
3 - A administração geral deverá fornecer dados para que a contabilidade possa registrar
4 - O contador deverá orientar as atividades necessárias para que a contabilidade seja informada do que
ocorre na propriedade.
5 - Lembrar que dados contábeis são importantíssimos para o gerenciamento do negócio.
6 - Implantar todos os relatórios e outras formas de controle que a atividade exige.
7 - os custos serão lançados num determinado período (pode ser mensal, semestral, anual)
Numa atividade pecuária de corte, o leite produzido é lançado como recuperação de gastos
Numa atividade de pecuária de leite, é receita operacional
DEPRECIAÇÕES:
sobre o gado reprodutor / matriz: o cálculo é sobre o valor da compra (-) o valor residual X vida útil
estimada para o reprodutor / matriz
Sobre as pastagens: o cálculo é sobre a vida útil da pastagem.
EXAUSTÃO:
florestas: calcula-se pela quantidade extraída em relação ao total de árvores que compõem a floresta.
se a floresta rebrotar, multiplica-se o resultado encontrado pela % de cortes previstos.
na cana de açucar, o PLANALSUCAR em seu laudo prevê que a cana sofre exaustão decrescente, nos
seguintes percentuais/ano:
1º corte - 35.4% 2º corte - 25.1% 3º corte 21.4% e 4º corte 18.1%
ou medir a área extraída: ex: extraída 1.000 ha de 2.500 plantados, sabendo-se que em 3 anos deverá ser
replantada a área:
assim: 1.000 / 2.500 = 40% x 33,33% = 13,33 % de custo
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