Location via proxy:   [ UP ]  
[Report a bug]   [Manage cookies]                

Campello Simplicidade

Fazer download em pdf ou txt
Fazer download em pdf ou txt
Você está na página 1de 18

Deva o zmpulso yum escrever em lwm uu mmismz

mw W . _.<,z\. ‹,w,»u.z cmpúlz Wgmm

f
w ú.,«.\.,~ \›‹`.›.\«àzz$ ¢ pz«z‹zg›àzx pz1z1z;.;.ó.z de ›9 z.z‹,9â Quando dam apmldénm ,io Insmm do Pam-mmm,
mn z
\

\z `..\,.w|. .H Wz1\.qz› zum ou pmml. por ‹¡umz¡\.<f 1'-mz.


z.w.wW.\W.1u‹-.1.\zm.
,9;9. zzz .wpz-zzndzurmz zm 0 mm»-zzz pm zzzzlzzu-nz~
um muda sobre úpammâniú wlmml bvasxleno. e
w «f~×.M"›f»f zzlzzzu à mmmz dizpúâzçâú às mem nzómúvm Awm.
mm» W
pudeƒazew vwgevzs de rezmhzcimmm /L Lzzzzm disrnmm
rw.. H., z www mzzmzl pmzz pzzquúzzz M Awqmwz czmmz
HW z szõzzzzzzz àz 1_z›m.mâzfuz¿znzzzmznzz mnâwfzz.

n W M W Na apresenzaçàú prellmmar dz mzbzzlhø. em rezmmzf rw


«M \ .mm m W wm..z¢â .vƒzmâzémâ da Culrw-a pude morar algumas mlwzm
absewzzções.Acf›lhz. zmâú, mma um mwmvo espwmr.
Wwlu mf “him nl
'
z W M nwzz
\ ' W zmzmnzz âz Mmw s‹›uza‹ Da mesma mz›z1«.UW.
\¬ .. \
. .zó depois. azpzzwas «zmzwms âzmwzzz Pmzzzzzz.
\\~~\¬ ~¬f>~*"°W° NâUâzSpmâz‹ mmmz;zmbzzmzâwzwzmfúvzzâ.
.x ¬\› ~.m.¬~›¬w,‹32
mm mms. mm .
¬

* ' W HI ,H âzumgmpzpaza âzbzmzzs zz

algm zzmgzzâ. Em mz zzfzzm zzzmm zugzzrâzsv


Bznfzw Mzúzúms, Imzzz camPUfzúz1z@,Augzm0 súm
Telles, Vital Pessøa defvíelu ejurge de Souza Hue.
Amz mm xzlzznâfzz zzzzszzwzzçúzs av fem z. zm
mzza. z»zz»z¡z›Wzz.
Glauúw Cumpzlzz úlzâpúâ-se 11 vealzzaropmjeza gmw
Anâwéâlmzngz ajudzufmz «z wzzzzzw U mzzzzmz
HH .HW,MWW, \.,\z,,` W ízmgv-.z_f»z@, ozzzzmmâzfzzzzzpzm zzpubzmzçâv,
Hln Mw M uuvvVh‹¬u\¬u¡‹› :\1É\|:;Í;\l\\Z
‹\H\~\‹~›¬\v¡d!0s¿rib\'5 anw/És da Secrztana da Lwro E da Leuurm E Elmw,
U | \¬¬mw› m¬\\\u\um|I ÍÃ'u\ulr‹~ Wbun a
'*
mwú.
Í'
\W..\ K H, ` M,W \
Bwbzw. ao Dzpzmmzfzw Mzwwz dz LM» fz
W `, A W _.«\ wfww e/emw emparwm zúmaEdirma Casa da Pa!a\›m.
\¬\z1H,1~ ‹›
. \. W \m.,\H¬\¬m.\ «www.MWM \*\.‹u\:»“\¡.T»‹\.1z \ GMM, DE Olwmu CWMLLO
um \.¬\\¬\¬\¬.`|W \.\¡.m.\.m\.\.W¬,.»v‹W\z\.\,...
mm
\

7zú maio de war


SUMÁRIO

Introdução 13

cznâúzuçõzz fzzmziwmzzz no ›'zm1‹zâ‹e


ongznz e pfeâzzzàos 35
Um mzzzó â›mp1zz 4.3

Um nom mw com velhas pzmm ez


Uma arquitetura franuscana da Brasil 83

A arquíteiura da catedral Basílica de Salwulun-


Um produto ponugués 95
Um pmúuw da arquzzzwrz mzznumõmz1âz. Bz.›z¡z\ ~,z\

Referências bibliográficas 151

Fonnezizonogrâfizzz 155

índice mmâmw ×5é


0 bzzmzzzz Pmzzzo

mm mdúâ os seus ngm.

z 0 rm mv óúw-zw.

du-em ao que zmm.


Sâo zmguâgzns que mw
YYLEYLZE COEILSÍEM'

só as W na czpzza

Dzmâu do Rzczfz

Joäo Cabral de Melo Nem


‹.7

INTRODUÇÃO

Apresença de uma constante barroca na arte brasileira é


idéia mais ou menos frequente. ou de algum modo latente, entre
os estudos críticos da produçao artística em nosso pais. Apreof
cupação em privilegiar uma herança barroca levou alguns estu-
diosos de nossa arquitetura do passado. tanto os de casa quanto
os estrangeiros, a estenderem a denominação, sutilmente quali-
ficada de barroco lttsofbrasileiro. nao só as construções rnof
numentais do periodo colonial e a derivação rococó do ciclo
do ouro. mas tambem as construções rusticas e retilineas dos
primeiros séculos e a fase posterior de tendência clássica; nao
só as talhas e pinturas ou aos ornamentos das fachadas, mas
as próprias edificações, de estrutura tectônica conservadora.
mais proximas da tradiçao portuguesa. de fundo roniânico e
popular, do que das concepções barrocasz mais ligadas ao
Maneirismo dos tratados de Sérlio, do que as fachadas onduf
lantes e aos espaços fluidos de Borromini. Todavia, os estu-
dos mais rigorosos. preocupados em estabelecer referências
1-um os movimentos culturais europeus. distinguem. nessa
.i rquitetura colonial. um periodo nianeirista de um período

barroco, seguidos pelo estilo rococó, o qual viria a dar lugar,


por suavez, a uma fase neoclassica. Na verdade, tendo em vista
ti caráter conservador da arquitetura portuguesa na Colõniar
¬ muito problemática essa periodizaçãoz as influências inter-
nacionais manifestavamfse. entre nós. de forma pontual.
.Ir-scontinua e até simultânea. Os arcabouços de nossas sons'
tzvtçfies do passado so vieram a refletir as influências da arquif
mam barroca no final do século XVIII e alcançar expressão
|›|¬'ipi'ia Ja na fase rococó da arquitetura mineira. Contudo,
.I .uztszâa ao bšmzw, ou malhar. az amaúaâa bzmzzz de mtmz

«tn «steve sempre presente em nossa história. Ensaístas e


ti it-mlogos explicam melhor essa característica, ao descref

׬ rz-m os costumes, os rituais, as aspirações e o gosto por

I . w›graf'ias suntuosas e ilusórias, com que se expressavam o


pi ali-r material e religioso, naquela sociedade desigual; e como.
th ;›‹›i.~, elas se manifestaram. ou ainda se manifestam, em
hábitos arraigados. preferências e modos de expressão. No pe- i do período imperial. quando prevaleciam ainda aquelas
conf
`
riodo colonial. essa visao de mundo não se traduzia somente nas dições e persistiam os modos de afrontáflas. E mais; examif
talhas douradas. nas pinturas e ornamentos criid itos das igrejas iiando a produção arquitetônica de qualquer outra epoca.
em
e palácios. mesmo antes de atingirem os arcabouços das consf nosso pais, a partir da influência do ncoclassicismo trazido
truções. Ela se traduzia também nos sermões e na literatura. pela Missão Francesa, nas primeiras décadas do seculo
XIX,
no vestuário e nos estanrlartes. Ela tomou uma feição hrasif podemos reconhecer a presença desses predicados. que
pa'
leira nas manifestações artísticas de extração popular. dos ar' ircem terfse desenvolvido independentemente dos estilos em
tilices negros e indios aserviço das instituições poderosas. ou voga. Eles podem ser detectados, igualmente, tanto na
arquif
do povo mestiço, na produção de suas festas, seus cantos e dan' ictiira erudita quanto nas construções populares; tanto em
ças, mesclando influências étnicas e construindo o sincretismo .ilgumas edificaçoes menos presunçosas do ecletismo quanto
religioso. Essa herança barroco-brasileira é que fincou raizes iiiis conslruçt`›es rurais dos imigrantes europeus, do inicio
do
em nossa formação cultural. E desse ponto devista que sc pode st'-culo XX. Eles parecem se resumir a uma categoria
única,
falar de um substrato barroco na arte brasileira. iiiiintndo, sob um denomiiiador comum, os exemplos mais
Mas na arquitetura do periodo colonial, na qual essa vi' significativos da producao arquitetônica no Brasil. Sem em-
sao barroca de imundo só tardiamente veio se exprimir, e que liargo daquela constante barroca, inegavelmeiite presente na
se concentrava nos aspectos cenográficos e não em caractef iiillura brasileira, essa categoria, cujo principal atributo
é a
risticas construtivas ou planimétricas 4 ainda que os seus es' wi mplicida de. especificamente
relacionada com a nossa tra›
pacos. em decorrência daquela cenografia, ficassem inipreg- iliizão no campo da arquitetura. poderia ser identificada.
mef
nados de um irrecusâvel espirito barroco f, os atributos que Iliiii- compreendida e detalhada. ja em seu refinado estagio
lhe davam unidade, coerência e adesão ao meio, nao pareciam «lc ilesenvolviine rito. integrada a um movimento
renovador.
adstritos a um determinado estilo. As construções singelas e iiii vigorosa produção do periodo moderno.
pragmaticas daquele periodo podiam acolher influências culf Na arquitetura brasileira da fase áurea do niovimento
turais distintas. de origem erudita ou extração popular, sem iiiiirlcrnista 7 como se convencionou chamar c periodo inif
i iiiilo na década de i93o
que ii sentidounitârio e peculiar de sua evolução se perdesse. ¬ a força inventiva e a originali-
Isso certamente se devia a necessidade de adaptação ao meio iliiile de seus exemplos mais expressivos não se prendiam a
e as dificuldades materiais para a sua realização, o que valia oiicepçoes espaciais complexas ou soluções funcionais sofisf
i

até para os produtos transplantados, ja prontos. de Portugal. iiiuidas. nem se sujeitavam a sistemas construtivos imposf
Mas devia' se também a um modo de fazer e de se expressar iii» pcla estandardização e outros conceitos ortodoxos. Nosso
proprios daquela sociedade em formaçao, O que me parece iiiiicesso de industrialização era. então, incipiente e o mo-
É que, independentemente dos estilos arquitetônicos e dos i›ii~iiio social e politico contraditório. Os resultados alcanf
programas de construção, mais ou menos vastos e importantes, ‹ ,idos pela nova produção arquitetônica eram inovadores.
desenvolvidos na Colônia, a necessidade de atender as con› iiiiis o despojamento e o gosto pelos espaços simplificados.
diçoes do ineio, as dificuldades materiais e o anseio de exe iiiiic estávamos habituados, prevaleciam nas respostas mais
pressas própria. impiznzio zi utiiizaçâzi dos zmiztiizis pmpâf |›i~z›iiize›e, ioaaviz, izivemivaâz sem deixarem, contado,
de
cios a esse fim, foram impregnandofos de um valor próprio, aiiistêirem-se ao meio natural exuberante e ao teor de uma
de expressividade insuspeitada. ¬iii'ii:iladc de origem paradoxalmente barroca. tanto em
sua
Alguns desses atributos, independentemente de fases e i iiiiiplexidade quanto nas suas aspirações.
estilos arquitetônicos, é que parecem conferir uma caractef i\la assimilação do movimento racionalista, com que
se
ristica própria.pecu1iar,a arquitetura feita no Brasil. Não só .il iiiiziiwa criar uma imagem para o pais do futuro,
recusava
às construções do periodo colonial, também às construções ×i› seu rigor formal delimitativo. atenuava›se a inflexibilidadc
de seu caráter cientifico e não se dispensava a imaginação. i recorrentes, mesmo nos panos de vidro e !m`se7soleils. e por
A "máquina de morar” havia de scr telúrica e a forma havia uma adesão imediata ao anibiente. E é isso que neles seduz.
de seguir tanto a função quanto a fantasia. Como nas cons7 Mesmo que fossem objetos de feição não7usual, inesperada
truçõcs do periodo colonial, de persistente feição terrena. e, em muitos casos, rompessem com os traçados
convenciof
sóbria e retilinea, de origem renascentista. a qual se vieram nais, não eram estranhos ao lugar e ao meio; pareciam in7
sobrepor, com surpreendente unidade e coesão. os elementos iroduzidos naqueles sitios por direito dc ali estarem. Atraen7
da arquitetura barroca e rococó, a chave desta peculiar uni7 lt-s e ligados a terra. eram como flores raras desabrochando
dade e, a meu ver. desta caracteristica tipicamente brasileira. nu rnjardim silvestre.
foi e ainda é a simplicidade. Esse atributo. capaz de se ma- Essa fase áurea de nossa arquitetura moderna seguiu7se.
nifestar nas condições mais complexas e variadas. parece inef i-nino sabemos. a uma primeira reação ao ecletismo do 1ni7
rente ât nossa experiência cultural no campo da arquitetura, ‹iio do seculo XX. A essas construções ecléticas de origem
Aesse propósito. vale lembrar um comentário quase prosaico ili fusa, os nacionalistas conservadores quiseram contrapor o
de Ciedion sobre o periodo modernista: amaiorpzme dos ar' i si ilo neocolonial. Mas o rumo
de um novo caminho Já po7
quitetos lirasileirospurece ser capaz de resolver os diversosprolile- il ui ser vislurnhrado com o aparecimento de
construções art
mas de um programa complexo com uma planta baixa simples e zliico, com a vinda das primeiras estruturas de ferro para
tca7
i i... Wiàzia z Àfquirêfufa concisa e cones claros e inteligentes* liiis e estações de trens. e mesmo, nas construções correntes,
iiiiliiii 'i° 5'5'li “E Não obstante a entusiãstica receptividade aos principios com a difusão do uso do concreto armado, constituindo7se
M WM MWM' p 7 formulados por Le Corbusier e a permanente curiosidade em no que poderíamos chamar de fase protomodernista.
para nos
torno das ideias difundidas pelas vanguardas européias. ainter- .iltirinos àquela denominação convencionada. Essa reação ao
conceitos pelos arquitetos brasileiros i iilclismo tornou7se mais evidente
pretaçâo de novos a seguir, com o episódio
seguiu um caminho próprio, certamente influenciado pelos .olzido da arquitetura trazida a São Paulo por Warchavcliik
i

ç ,
movimentos de vanguarda no pais atuantes desde a década de imi arquiteto de origem russa que chegou ao Brasil vindo
igzo. Esse caminho, muito mais do que a especulação teóri7 il‹- lloiria 7 e com os projetos de inspiração futurista
dos ar7 /\'Í l

ca de questões sociais cu tecnológicas. buscava a expressão iiiiiliilos ligados ao movimento cultural paulistano de i922.
Yi» limiristas não chegaram
brasileira de uma nova situação material e social, simultanea7 I
a construir suas concepções ou7 - i|,l,§,. i

mente com a assimilação de novos temas culturais 7 reais ou .i‹l.i.s~. So Warchavchik realizou as primeiras
obras aclama7 l .Q

utópicos 7 e avalorizaçâo de uma inventiva local. Essa arqui7 il ii» iuilos intelectuais de vanguarda como algo inteiramen7
K Ui
tetura era ecologicamente realista. na medida em que os ob7 ii- iiiivo c diferente (1). Eram casas submetidas aos principios
i V M""" 1

Jem construídos nâo buscavam uma integração miméúca com .iii W i-sima, defendidos, sz›izretuafz,pofAso1fLoos fz pela pr¡›
*

a natureza mas se constituíam em artefatos idealivados para iiii-irii Bauhaus e, no entanto. algo parecia aclimata7las ao
aquele meio; eideologicamente romantica, na medida em que ii‹ii›¬i› meio. Isso se devia, em parte. à manifestação
de um
os seus produtos exprimiam as vantagens sociais e culturais pos' iii ii .I ii notável pela composição harmoniosa 7 onde nem
mes7
sihilitadas pelas novas concepções e novas maneiras de cons7 iii‹› I.il iziva a intenção programática especificamente local
e
truir. mas restringiarrrse aum campo limitado, isolado. como i›i.iirii iilo da simetria, como observou Hugo Segawa* 7 e, cer7 1 em Azquitzitm ii., W.. ii
paradigmas de uma situaçao ideal. Os exemplos mais notaveis i,i iii‹~m‹i, a preferência por uma feiçao tropical para
os seus
dessa produção arquitetônica atendiam um programa gover- i ii il i ns, mas se devia também. creio eu, as limitações mate-
namental de modernização do pais. No entanto. ainda que ii iii. i|u‹: impuseram adaptações e simplificações, como con7
concebidos segundo uma nova tecnica. e a par1ir de uma nova li .-›,i i izi depois o próprio arquiteto. As suas
primeiras casas
liberdade estética, caracterizavam7se por uma força expressiva i ii i i¬i:i.s traziam para o efervescente ambiente
i I i
do modernismo
simples e direta. pelo apego amateriais, gostos e modos de fazer I›i .iwi li-i ro os conceitos formulados pelas mais influentes
` `,`zj`
i~ ,iiiti i‹‹¬i¬.iii

;""`l "" ““"`“"


correntes de vanguarda da Europa central, mas surgiarn, ass
sim. de algum modo contaminadas. E. como observou Italo
Czunpofiorito, ...essa eraju stamevite a linha de vanguarda imerf
,

nacional que menos nos cmwinhdz impregnada do hmrorpuritano


de Loospor tudo 0 quefosse ornamental ou curvo. não poderia mes- l

mo ter pegado na solo tropical* O próprio Warchavchilc, um granf


de arquiteto, compreendeu o alcance desse impasse e em suas

'
T

, obras brasileiras posteriores (2) a sua arquitetura distanciouf l

tt” ' se ainda mais. dos principios ieosiziios úgió os tz frios. `

i š ~ i Como sabemos tambem ' . as figuras mais destacadas a os


~ Y

r ~ grupos de vanguarda de entao voltaram-se para as questoes


,Í›. (ff relacionadas com a formação cultural brasileira e para o es-
ti 'K tudo de suas manifestaçoes autênticas de origens populares
E " _ e étnicas diferentes. buscando uma valorização critica de ,

zT uk \Í V7 ¬ nossas raizes. Iunto a eles estavam os nacionalistas progresf


¿ 1 sistas inclusive arquitetos, contra os quais se iipuseram te»
'-"_ É rozmente os nacionalistas conservadores. No entanto, foram
V i ël aqueles arquitetos e intelectuais de vanguarda que vieram a
criar. em i936, o Sewiço do Patrimonio Histórico e Artis'
tico Nacional, onde predominou o estudo e a valorização de
nossa arquitetura do passado, Foi nesse meto que se acolhe'
ram as ideias. e mesmo apropria arquitetura de Le Corbusier. i

na década de 1930. ,

O capítulo corhusiano transcorreu no Rio de ]aneiro,


para onde se havia deslocado o eixo das preocupações mof
dernistas com a nova arquitetura, devido a atuação de um `

grupo dc arquitetos cariocas liderados por Lucio Costa.


Foi por iniciativa deste, c com o apoio oficial do ministro
Capanema. que se promoveu avirida ao Brasil do arquiteto iomiições locais. O mesmo edifício do Ministerio da Edu'
frances, 0 qual plantou aqui as suas sementes com algumas ‹,ii¿zio e Saúde (5) foifse irzipregiizndo de um mdü 0510
conferências e projetos. Sobretudo com o proieto du Minis' limsilciro e revelava. ao se concluir a obra o alcance iíuito
terio da Educaçao e Saúde. Mas antes mesmo que ficasse i›iiti‹›r da intervenção carioca em sua concepção ai' uitetôf
pronta a obra desse ministerio, em 194.2. refeita da copo pela ii ti-:|. A saber, uma certa elegância e harmonia obtidas
com P,
equipe brasileira reunida por Lúcio Costa, despontavam obras i ¬,t|"p1¡fj¿¿,Çã0 (105 Volumes' com B clareza mde endén E.

como o edificio da ABI (3), de Milton e Marcelo Roberto, e -om que se articulavam, e com os altospilotig dšjxados if
a Obra do Berço. de Oscar Niemeyer, ambas no Rio de Ia' ires. criando um espaço fluido, aberto. interligando os doi
zieiro; ou os pequenos edificios públicos construídos por Luiz tm tos em que se dividira a esplanada. Tal elegância feita dê
Nunes, no Recife (ti). UBS qlll os principios expostos nas izmrisoes. singclezas e transparências era de cunb o li rasif' ` ^ >
conferências realizadas pelo rnestre francês eramutilizados lwtm, diferente da elegância sofisticada do mestre frances.^
. . .
com iimz iiiigiizgem própio, nitidamente iriueiieisazi pelas
. _

i ,..t.., ao exemplo de seu pfziiew para a viiis sims


4
. Nas obras da Pampulha (7, 8, 9, io) e impossível não ver
ii iii*
um reflexo sublacente de um espirito barroco: na liberdade for'
im., .
mal, nas surpresas que dela decorrem, na fluidez dos espaços.
:www
ig,
no interesse pela linha curva. na criaçao de um clima onírico t›1~f},¬&#'«

w até no tratamento deslumbrante de alguns espaços


internos V
¬~

como o doƒayer do Cassino, com paredes de cspelho, mare ,,


iiiores raros e tapetes vermelhos. Certamente esses predicados
.ueeperaeies poderiam ser. eezii timidez de raeieeinie. iigadea
Ii tradição do barroco mineiro, ou mais especificamente ao
- I i,
iwrocó de suas ultimas igrelas. Poderiam ser ligados. em suma.

K
?§¿š(â%¡,¿¿ü¿h
,i um barroco brasileiro, singelo, espontâneo e terreno.
`

De faia, aa igreja da Pampuiiia (ii). a liberdade em que Y

,is possibilidades da nova técnica do concreto armado foram


‹-iploradas na obtenção de um arcabouço leve e sintético, mas
,ui mesmo tempo surpreendente. nao se limitou apenas a e›.~ V,*i ~ l
pi-imir. de um novo modo, os elementos definidores dos ese l '
|i.ii¿‹is das pequenas igrejas mineiras, com o coro sobre o átrio,
,i iuive separada do altar~mor pelo arcofcmzeiro e o campae III. _-
"'z'¡:.Í='lÊ'1'l ¡¡¿ -l- `

-
ii trio isolado; mas reeditava com uma nova linguagem 7 - = .›'›f
izi :it-ii. elegância e simplicidade com que se exprimia a esca›
"
l iimdiadora entre a terra. o homem e a fantasia. Na síntese
i
E

z lzil iorzida por Niemeyer os elementos tipológicos do programa,


,› ,ui ni como o vocabulário construtivo,
não se referiam a nef
iiliu in exemplo do passado, mas ao que se poderia chamar de i

ii‹iut'itipo da igreja rural brasileira. Aemoção estética que prof


~‹u zivzi não decorria de qualquer alusão a uma experiência ane
ii mir. ela náo estava condicionada ao desenvolvimento de um

Foi essa inusitada elegância brasileira que imediatamente i ›‹ .i hu Lírio já experimentado como nas igrejas ouropretanas
i

sempenhado o mais relevante papel na equipe


. ' C C 13 a P or i›iii›¬zi‹›i' iaf"eíâiiff““:r::.;*;*::ií;,fí::tz::*:::;:.1?:i
avam m i u i f i
m s obras da i ul‹ii¬.-i rusticidade com
Lucio Costa. na obra do ministerio. 'Ill e ovocahulario tradicional dasi ef
, . ' ¬
sua
Pampulha' no mich da ¿¿ca¿3 de 194o. Niemeyer* que iá
Q

ti riiirieiras fora ilitilizztdono seculo XVIII pelos construtof


.

havia revelado Q seu estilo pessoal no Pavilhão do Brasil na ›- it‹- mpclas nirais. em Minas. São Paulo e no Rio de Janeiro.
¬

Feira Mundial deND,,aY0r1< (6)‹ de 1938, realizadoluntamente i ii,i ilolicadeza com que ai linguagem do rococo fora inter~

"
com Lúcio Costa- inaugurava uma arquitetura na qual aquela iii i-t,i:t:i pclos mestres da civilização do ouro, Contudo, esses
1 `.;¿ :Á elegânm S¡mp1eS E concisa ganhava um novo encanto com ii i ilziiuis, eu¡e cerne e a simplicidade. que na arquitetura de ., ¿¿__.¡z° ,,,

.` . 'WM as curvas e a leveza de seus arcaliouços. que ao explorar a lli-›iiii~y‹~r 7 em face da inegavel presença dalsensualidade e z,"¬;›;~¬i,. :,~=z›zj›¬¡ gzl = ` *¬

-Ii i,‹-ii componente onirico, ligado ao espetaculo e a fantaf


i l tl;'fã 'af l Plasticidade do concreto armado P1`0Pí0ÍH\'ai'rio aparecimento = *fAfi‹!i,_'_` ¬ ,
, com clareza o conteudo iiziis prontamente a aproxima
d e fo rmas ineditas , aptas a eitprirriirem
, i . . f ..i do barroco . encontravam-
`
_
i '
f f ~

~
e s ignificado de cada um daqueles edificios. ii i|iI.| que toscamente expressos. nas construooes
i
simples
_

ii
os coridiçães sempre novas de um país sempre emjose deforrriziptio. ..
ii carater proprio que a arquitetura moderno brasileiro rapidamente
iissurriiu... também eszciva ligado a essti trudição Isso sem dúvida ^ Arquitetura ziizzziwti ii ii i ii
za verdade. mas é certo também que os projetos neoclâissicos “D °“' ” ”
Frazieesa e de seus discípulos ao-
f uenoia do ambiente natural e cultural,
v tido ela a ser resolvida, nos melhores exemplos de entao.
í
com
.i simplificação a partir da qual se viabilizavam. e da qual
def
:ÀZi~I\r/Êzšlaèpibem uma nova expressão. Qs projetos de Graridjea-iq

gn) Para 3 Praça dO c°m5TC10 (12) e a sua residencia


na Gávea. anotada no desenho de Debret (13), são exemplos
‹-xtiaordinários do ahrasileiramento de sua arquitetura refinada,
Iíšgeãpíoípâãäšidade. Ou melhor. atraves de sua interprez
i poetico de uma certa simplicidade.

e quase rudiinentares realizadas desde o tempo da Colôniai e

*^'»
_,

.
mesmo na arquitetura erudita. de tradição conservadora. trazida
pelos portugueses. atraves, sobretudo. das ordens religiosas.
Encontravamfse. mais precisamentei em estado latente. no “

abrasileiramento da arquitetura trazida pelo colonizador. E ¿" iv " . _

Entre outras questoes relevantes. obras do grande mestre


as H»-w‹»-«¿‹¡r a , ¡ »‹ 5 '^f`^.“^“°*'x'ä
pq
¬›

da arquitetura braaiieira, naPampuu1a.1aneavamama1uzreze-


;1;'{;¿z Y,-*'11 .;¬:.¿:~_¿.; ,_¿,

ladora tanto sobre o futuro do movimento modernista quanto sfišäñäm ` " `\,›¿¿_`Í¿i Ê.. L” *_ '

sobre os valores de nossa formaçao cultural e. ainda, sobre um %A,'*¿':;V


Y? U
em constante, tmifieaiier, na produçao arquitetônica do paaf l ' ' ¿ : , š `
J

j ~

sado. em torno do qual se adensararn questões diferentes. i d d ` lã” *

e até contraditórias. de uma sociedade complexa. desigual,


V
i

mas plasticamente aberta mistura racial e assimiladora de


à
influências étnicas e culturais. Os atributos desse eixo cons- W »» ‹ ›; ›~'~ ¿_ _

tante e unificador da produçao arquitetônica entre nós pare'


"
-

cem ter sido. desde sempre. a singeleza, a concisao e a ola- ___^^:”"'Í"' .'* 'M ” “
'Ly
reza. No ambiente eoizmiai. eiee aezomam da matieiaaâe .ie
V
0
.

< ,
il-"Í*¡l . 1
'Id ,I-E
meio e também de uma tradição a que estava aferrado o cof ' ` V ` A

lonizador. a qual nas obras de maior vulto, se traduzia em ¿f¿ "`”' “' il
;_ f'
AÍ?? I' .,
1“ff
.H 'V `

'I.›. * V
” .

simplicidade expressiva ou em comedida solenidade.


z
r = ' ~.›
=
_

ff.
i “st À

EmAfqiizeiwmzzaemzzzwmaéz.Henúqaeiiizzâ1if.ei›aer› f' .

va que a ...tradição mantida vivtipelos mestres de obra através de . ‹


«_i'
i.~ ~
_ ‹
a
2 ;','v;,_`¿í` `¡"fͶ.ÊÍ:Í':Í¡.>':,:"É~
zz»
É
'-1
;.z, .
i~-
Qzi
l
'
ii

todooséculoXiXÍparaleLarrierite tiotrcibalho sofisticado dos éirquif , i ¡_',,_¡§›`,_§¿¿)_ ' 2 ; ›¡


z , _.‹
'í _

tetos da Missão Francesa e de seus discípulos. em uma tradição ., ,_,z~ 4


~

de bom senso, de equilibrio e de constante mudmiçaporo se adaptar i i " ` “ *


24

z
" ,, _. fi HH l

...M `1.‹.?;f“'›~s=.-e

*
to ','“tz`f¿, ê‹.=

Apartir da Pampulha e em seu desdobramento, o alcance .ir «ui-cs e


texturas dos materiais naturais, no gosto pelas
da obra extraordinária de Niemeyer. que em sua longa W proteção contra a luz excessiva e o calor et por conf
Hius de
evolução extrapola os limites e significados da arquitetura or Im'›rio que pareça, na capacidade de adaptação de técnicas
""*^"›'=;'Lü¿‹" moderna brasileira. tendo ela mesma suscitado o desenvole om mis a uma nova exigência tipologica.
l vimento de importantes avanços tecnologicos no canipo da No Edificio daABI (21), de 1938. o acesso principal
1., - tc éum
construção. retém misteriosamente, no amago de sofisticadas t mm aberto, diretamente ligado à calçada, com as caracf
É' * âínteses eriadoras. a nobre transcendência dessa simphcif H tr» nas de um simples
terreiro de acesso. No Aeroporto
dade. Isso pode ser niais obviamente percebido na Casa tours I)urnont(22).também dos arquitetos
u MiltoneMarcelo
das Canoas (14). no projeto do Museu de Caracas (15). no \:nl›t~t to, o saguão aores~dofchão. desimpedido eapenas assif
Palacio do Congresso (16), na Catedral de Brasilia (17). na Sëd tt ttulo pt-l‹›spilutis,
é francamente ligado a rua. Algumas
do Partido Comunista Francês (18), no Memorial daArnérl- ri ulz-wiiis projetadas por Francisco
Bolonha (23) e Sérgio
it. C3 Lanna (19) ou no Museu deAr1e Contemporânea de Niterói
vw tn...-«tz-s (24). na
decada de 1950, apresentam, em muitos

A'
~
(20), para citar exemplos de momentos diferentes -.¬._ ‹-¬'pi\ços semifabertos
t t
e inteiramente despojados
of ` " Na produção geral da fase áurea do movimento moderno. tt rw thus de proteção
.¡i§
contra o sol dos edifícios para habif
I ep 0 atributo da simplicidade, em suas expressoes di*/õrslfl' tt to-t, wzilctivas, projetados
t
por Lúcio Costa para o Parque
=fÊ*=>-ë='5›= ,› nadas intrinsecamente brasileiras e no entanto universais. .mito (25) c por Eduardo Keidv para Pedregulho
,›,,§¿=* (26), não
1

V
na medida em que alcançavarn um significado poético, ese lt .two nvgar a influência de um gosto de extração popular,
t .
'
is tava presente desde o proleto do edificio daAB LE Eri mui-
V

H. M z mi :uso
»- ancestral, de cunho arnerindio e mourisco. t » - -

los casos ela se a imcntava e u in conteúdo de extra ao por


~
tm-tt Hotel de Fribur 'o (2-z ,construido or
ls' . Lúcio Costa.
pular, como no despojarn ento dos es P a Ç os internos. no uso
` ...mn ,ti ohra de Carlos Ferreira ara sua
rá ria residência. P
¬‹›

¬.
e . ,K .i ¡.¿.«zi.:;>§zz»~
também em Friburgo (28). ambos da década de 194.0, utili-
¿`
=1í ' ¿” -‹'š;-z-‹z;¡=>__'_.,
xaram-se tecnica tradicional. materiais rusticos e uma graf
V

" _ '
_` :Ê
`
»¿ 2.-zm
El I maiica modernista impecavel.
Esse conteúdo de extração popular vem de uma tradi_
Ê * *,¡=
W V
ção arcaiea. inerente a formação de nossa arquitetura. Desde
zg ^ 1
`
nesse puseuúo. O entrelaçamento entre culture popuiaf e
1, '

211 l M” , z>:=_.‹ *
v-rudita era um fato irrecusável. Seria quase impossivel de7
~ :Pe _¿¡ ›:¿‹ -_ . , Imir. para o periodo colonial. a fronteira entre essas duas
~'› ` '
7

zz tt-rtentes. Basta peiisar nas condições em que foram se ins7


liluindo os primeiros assentamentos e foram se realizando
`› _. z .is primeiras construções Bastapensar na mão7de-obra do

'”W
Ú' - :`>âz'=.'›§Í\ .
‹-srravo e do índio nas construções eruditas. mas improvi7
" I.
‹,-
7 ,._,z
`_
x Gxvm *miss de entao Ounos mestres pedreiros pintores e escul-
ones rnulatos e mamelucos das cidades do ouro e mesmo
‹I.|×v gr an des cidades do litoral. Basta pensar
*

na acao interativa
"“ } " "` ‹-me as duas vertentes 7 presente em qualquer desenvo1vi›
¬ ~= ; mento social e cultural 7 mas ue entre nos foi estimulada
Cl
í
|›‹-là necessidade de improvisação e de adaptação ao
meio.
H islzi lembrar. além do mais. que entre
za nós. o vigor das cria7
im-s populares foi, e continua sendo. alimentado por
im-
piikos étnicos e religiosos de importantes extratos culturais.
I›.¬ilc os índios e os negros de diferentes origens africanas
uz» colonos humildes das zonas rurais de Portugal.
F ;›
em
,,,..,›' z. 'lzilvez se possa dizer que, entre nós, esses impulsos por
..=*.`Í'
‹ i.§§'tR` pul.u-es 7 que a seguir foram alimentados até pelos colo-
Í /ff í`1»;.<." 45
ow. «iv imigração européia e asiática que se viram na con7
;~::~'
~. , :›;-‹ zé ~z
É
m|;;‹~›u:ia de acomodar suas concepções tradicionais
ao
14 W
if
iu ii zz meio 7 alirnentaram. em todos os tempos.
as criações
.mil ms ' iE stas foram se tornando genuinamente brasileiras
_ ~ ~

i ou-‹I|‹ia que os modelos trazidos de Portugal e da península


.W . t ilu ii‹¬;| em geral 7 modelos já impregnados das influencias
z u uziii-isms e européias antigas e recentes.
e sem duvida tam-
lu ui ih- uma anterior tradição popular 7 foram
` .fi se impro7
i mito. zidoçando e amaneirando
a partir da influencia
.li .imhiciite tropical e da participação dos artifices
de raizes
V

,›i›pul.|r‹~.s ou dos artistas mestiços que foram se impondo


7 ...ui -..›u gênio e eupzieiduele de assimilação. ti.. uu.
” "^“É”se“Y”
tem ""' uu...
tem“`“ri»-.tt
.

` L f\ :ii-quitetura erudita dos engenheiros militares do Reino


.cmo um -zâzzz mtrw. .otut
,. Muse dee padres jesuítas. fruneieeuuee, izeueâzúnes
i

:f~z‹~›.z<z;;f;. E
. .
jfzflfgz 5311 `*;*¡,;“;;|*z

. . ii mol iius foram se espraiando nas cidades do litoral, e por
de Afzúfsae
zv ze
toda parte. com raro senso de realismo e capacidade de adap- vai-se tornando mais complexa e permanente com o esta,
tação. Mas sobre elas refluia a capacidade criativa dos co- belecimento de uma sociedade desigual de senbores de ter
lonos rudes. dos indios. dos negros e sobretudo dos mesti- e de escravos negros e indios, com a forte presen 3 das of
ços. Refletindo-se na arquitetura dos franciscanos. mais dens religiosas umbilicalmente ligadas ao poder feal e
abertos ao traballio coletivo. Ou na contribuição dos índios meio aos conflitos entre a prepotënzia dos âhasmdos el a sff
escultores e entalliadores das rnissõesjesuíticas. E. defini- jcição dos humildes* esse amhumy wmradmmameme
tivamente. com a arte dos mestiços. no rococú mineiro e nas enriquece e, de algum modo. se impõe. Os cenários es led?
ilorosos de representação do poder material e espiritual ue
capelas das ordens terceiras. em toda parte.
sv poderiam esperar ostentatórios. distanciadoseexclusiigo
Em todo esse processo de desenvolvimento de uma
eram, por assim djz@1~,¿¡tenu¿¡dU5.e se wmavam mms Comil
arquitetura que. sem embargo de sua constituição híbrida,
guarda inegavelmente urn caráter intrinseco de coesão e uicativos sob a égide da simplicidade. Esse era o veícul
at raves do qual se manifestavam já não apenas a ersis?
unidade. o apanágio da simplicidade parece ter sido afcrça
aglutinadora ou. se quisermos. o veiculo redutor auma ex- Ivncia de uma tradição cultural portuguesa 7 ou seíeilefiz
pressao peculiar. tipicamente brasileira. Com certeza. foi r‹ tusticidade daquela sociedade, e de algum modo se abria

i› vzitninho também às influências étnicas e religiosas de afri-


esse atributo. ja tão arraigado na tradição lusitana. que
nas
circunstâncias em que se ia vivendo o processo da criação ‹.i|ms de origens diferentes ¬ mas todas de extra ão rur l
v ilv cultura animica, e mesmo dos amerindios aindça em e:~
de uma civilização nos trópicos. medrou livremente. diver-
sificou-se e tornou-se mais sutil. Facilitou o transito en- mgíu de nômades. Quanto a estes, poderíamos amd; ano,
tre a arquitetura vernacular e a erudita. entre as manifes- ir que as ocas e aldeias de nossos antepassados indí en”
i

taçoes culturais de origens étnicas e religiosas diferentes


um eram. e nem säo. constmçõespermanemeã Não íham
e as manifestações eruditas de cunho principalmente
ibe- -» ׋-nt ido da perenidade indispensável à arquitetura
Del
rico. cada vez mais híbridarnente influenciadas; tanto na poderiam apenas reter a tecnica rudimentar de sua con:-Ê

itu‹;.io, o alcance de sua utilidade e significado simbóüco


origem como em sua nova situação nos trópicos.
Nao se quer dizer com isso que seia esse o único atributo. l ‹-itnludo. a grande oca das tribos do alto Araguaia (2 )esta
nem mesmo o essencial. na formação de uma cultura arqui- tw ¬.‹-me. ainda hoje. em nosso imaginário na su 12

f
ul.t‹I‹- beleza. a Slmp
tetíinica brasileira. Todavia. o que se constata é que a sua t-
¬
V
1

presença pode ser anotada e. de certo modo. fruida como ex-


pressao poética. em todos os periodos da nossa historia. em
obras de estilo e de valores diferentes. Esse atributo. que chega
a alcançar um grau de significação elevada em algumas
obras
do passado e de transcendência estética nas obras atuais de
direto terra-
Niemeyer. afigura-se cada vez mais palpável. e
___
a-terra, talvez mesmo puro e congënito. sempre que nos vol-
tamos para examinar as origens da construçao de nosso meio
,
`~ I Í\ "` ._
ä
/~¡_,_/-L
físico e zuitufzi. Em suas raízes ele esta viazuiaziz z uma mi-
i

dição portuguesa de caráter conservador e de influência po- _ K

pular. a sua arquitetura cltã. as condições rudes e às dificul-


dades materiais e tecnicas do ambiente colonial, ao esforço
de adaptação ao meio tropical. as improvísações e a carên-
cia de rzwzsfzs. À medias que tz empfei‹zf1z ti» eoimuzzçâo
Não temeria dizer que esse atributo, cujos motivos inf tradição erudita. que em sua formação portuguesa era já de
dutores seriam. em principio. hmitativos, tem. nao obstante. influência italiana, souberam adaptarfse às condições da
o sentido de um valor estético em evolucao. no caso da ar- nova situaçao nos trópicos, aceitando o intercurso entre seus
quitetura desenvolvida no Brasil. O certo é que a simplicif produtos vernaculares e aqueles produzidos, na Colônia por
-»‹'us irmaos arquitetos.
dade. essa peculiar caracteristica trazida com a arquitetura
Y

do colonizador, senão com a sua cultura e a sua indole. enf Os estudos que se seguem não säo. todavia, análises

controu na Colônia e no ambiente por ele criado, favoráf Htilisticas. históricas ou sociolúgicas de nossa produçao arf
velas misturas raciais. étnicas e sincréticas, um arcabouço ‹|mtetônica do passado. Eles pretendem ser, simplesmente
social propício ao seu florescimento e transformação. Desde uma apreciação ou. melhor dizendo, uma leitura de alguns
logo adoçandofse e amaneirando, ou despontando depois objetos de reconhecido valor histórico e cultural. sob a ótica
‹|‹- um arquiteto. Esta leitura e que teve naturalmente de
em momentos, estilos e circunstâncias diferentes. Resplanf
decente. nas construções religiosas dos séculos e XVIII ‹›;›oi.arfse nas informações adquiridas através da análise da
igrejas dos aventureiros e mestiços da civilização do l›| Iiliografia corrente, assim como nas impressões cultivadas
ou nas
ouro. Pura, nas casas de fazendas dos bandeirantes. Concif pr-la memória, em decorrência de múltipla experiência prof
liadora, na arquitetura neoclassica da Missão Francesa. lwsional Portanto, não se espera oferecer nenhum dado novo
Adequada, nas obras do movimento modernista. Preciosa, do ponto de vista da história da arte. nem das origens ou do
rI‹ wnvolvimento da arquitetura analisada, nem sobre autores
na arquitetura de Niemeyer.
.vi ljuitetos ou artifices, nem sobre a historiografia pertinente
Apartir deste ponto de vista é que procurei escrever os
dois estudos aqui apresentados sobre arquitetura religiosa no I que se deseja apresentar é uma visao 7 tanto quanto posf
V

período colonial. Seus temas foram escolhidos mais por afif ¬w‹-l fundamentada. abrangente e crítica 7, mas uma visao

nidade eletiva do que por alguma razão cronológica ou sisf pf-ssoal dos objetos enfocad os, na ooncretucle em que eles se
temática. O primeiro estudo voltafse para as construções ~I‹¬rt:ccm aos nossos olhos. e também em sua relação com o
franciscanas no Nordeste e focaliza principalmente os conf M topo e o espaço a que estão ou estiveram integrados.

ventos mais importantes realizados entre os séculos XVII e Talvez seja por isso 7 por estes estudos fugirem 305 mu.
XVIII. Eles se caracterizam por um estilo de construção ref ‹l‹ I‹›¬ correntes de um ensaio ou de umapesquisa 7 que neste

gional a que Germain Bazin denominou de Escola Francisf lu to as esperadas conclusões vêmlogo no começo e não no
cana do Nordeste.Apropósito. confesso minha atração. de lim E que elas são, na verdade, reflexões que se foram
longa data, por essa arquitetura dos frades seráficosz sobref I-Ivlisxindo em convicções. É com elas e a partir delas que
ou dvbruço sobre os objetos em questão: construções franf
tudo pela composição de seus espaços a partir de elemenf
vn nas e jesuitioas no Brasil colonial.
tos convencionais dispostos em arranjos tao simples quanto I 1

inéditos e surpreendentes. O segundo estudo aborda a arf


quiteturzt dos padres jesuítas. estando seu enfoque na atual
catedral Basílica de Salvador, antiga igreja do Colégio da
Bahia. O que me atrai no vasto e diversificado programa braf
sileiro dos jesuítas, que tiveram a sua ação na Colonia brusf
camente interrompida na segunda metade do século XVIII.
e a coerência de suas intervenções, diversificadas em tipos
de construções. programas e objetivos; de configurações
concretas, ora improvisadas, ora de feição popular. ora prag-
maticas. ora monurnentais. Sendo eles portadores de uma
(ON CANAS
NO N
ORIGENS E rRFiilcAi›0s

No final de abril de i5oo. quando os marinheiros de iefefênzzâ izmmew

`
' As ze

|*eeireA1vares czbr-ai e ee frades- de freâ Henrique de cermbm, “E “*“'“í


ezrse em iztrrrztsr. im vinmii
rqiitlodos pelos indios, firmaram uma grande cruz com a me szi»zar››eF‹ei «ezimmm
zir carreiras, ami ao iàmia
madeira da mata local e prepararam o cenário para a Priniei
›‹‹›irer. A amem fzemmm
Missa em terra firme. estavam compondo um ambiente
vii mz ares'
.idaptado ao meio natural c organizando um espaço para o 1 A ____ ___o__D___Q_ MW ____

ilcndirnento de funções práticas e simbólicas. lsso não era ram-e izvzfer ae iamzie
.mão um cenário arquitetônico improvisado. a configuraf "° °°“_05 f“'“'5*?"°* ” ^`
fezmrgee ao ame, mirrmm
i-Jiu dc um recinto religioso eem me fmz nómees rir

os fredee frereieesree, que me dizer de eiiirez-ze Freyre j§§,1^§§§ §ÍÍ›ÍÊÊmlÍÍ75


ÍÍ
mad rugaram nos trópicos. foram portanto os mentores desse verme, notre me zimries

,.mrrre¡r‹› eerrérre rnerrtzete rie Brasil pare assimilar- um mo› '1@'f“°**“@"°f'= ”°"° SHW*
A mimeim em iõiõ. «ir rim»
iii‹-nto solene. de manifestação do poder terreno e espirif «see-5 portugueses, nim
iii.-il. E se dispuseram a fazeflo com meios simples, ajustando- d““°“¬° '°` °
zeaimiz, em
“""`”i J
ms, rm arm
.is circunstancias.
‹~ fizúer iiziizmr. temia um
Logo a seguir, em varios pontos do litoral brasileiro. W” 3“ '““W°, “l ""W“`“
de tm no. que mn «mio tz
r›me‹;aram as açoes isoladas dos ni tssionarios da Oi-dem dos
i no du em Supóñs W..

miles Menores. Não só frades portugueses. também espaf


l
“S *°""“"°5 **““" “°"“'“l““
e iqveiâ que eâ ârwmiei
mlmis e italianos. Ha noticias desses missionarios li-aneis- enermtfemm em mme¬ e
i.uns por estas bandas, desde 1503.' Sabefse de alguns que '*'“°'“°““'*'“
im :im tmcidados elos índios e são ho`e rememorad os como 1 meme a s feterezre ea tmimiim
,.i iii omártires do Evangelho. Entre eles os que construíram “EMS "““*°“'““ '”“““"'
nos em eanrâ eâzmzâ de sze
.ii Porto Seguro, parece que em i5i6, a primeira igre]a do \zrCa,,.e_ em sam de iggo

isil. de taipa de pilâo e cobertura de palliaf


i i

tl certo é que ao chegarem a Salvador. em i549, na are


tri alii de Tome de Sousa. os Jesuítas já encontraram muito
i.,‹I›.il hn feito no Brasil pelos incansaveis franciscanos. O paf
.Im Mziiiuel da Nobrega foi o primeiro a reconhecer issoxl
ms primeiras construções iniprovisadas durante o traf
I

ir .lho pioneiro dos missionários, nada se guardou. E no


4 .ii mio aquela primeira igrela de Porto Seguro. com um
. mi|i.iiiz'ti~io de alvenaria e coberta de telhas. estava sendo
ii 1-I:| por volta de i¶3oz algumas de suas paredes ainda es-
im nn de pe em 194.0. mas dela. hole. só restam os vestif
. to .-l¬ sua fundação. O primeiro convento fundado pelos frades
‹‹.

.ij
í i\ <›iit.âzi os zuâiozia mia menores foi o de Nossa Senhora das Neves de Olinda. em ' ,Qi 4ãfl .z as
zz.
;z.
e.z›z:› ¬
z“.1.››_¿¡¿¿E

«l
j 1 -
š
z
*'*‹`*'*'^"'“'°'°'““*'““; 1585_' apószicnaçaa ' em Pzmambiizade iimazasiódiaâiibz '
fã fiz
;. iiztsz, a iizizz miga ziz .,.
5 iiafi, i~.‹. taizitiiio Priiwiziai metida a provincia de Santo Antônio dos Currais. em Por'
e O """`5"° gml da “ld” la tugal A partir de então, muitas igrejas e conventos foram
i»‹ii<.itz, ia raio ››zi<-fiz,
rio Wiz .iiizi ea santa caiam construídos pelos frades seraficos. sobretudo no Nordeste.
“:*“°“° ° *@“'W° Nada restou iii feiçaa origmai dessas primitivas aims-
<.~.mizâ.iiio, mas esta se ziiêgzzii
z oiiiiria, zzampzrii-aaa az truçoes. Mas podemos ver algumas delas, tal como eram na
primeira metade do século XVII, nos quadros de Franz Post,
a:C“l
~.
vzea ssiieiz az; tizza,
"`^"l““'** “S “as”
iszaiii muito de em ““daria
Ninguem dira que a iconografia criada pelo pintor de Nassau
~ que produziu muitas de suas telas já de volta a Holanda com
^
'i , .ra
z .¡ -
`*'“
» À_

4* i- -
,....,...
"|*n.; R5”-
¿,~,.,,_¿;›_._
au.
._¿m_
rima, .

base em anotações cuidadosamente preparadas durante a sua , W ,¡_ .


to Raza, doadas eram

à

%,1,f7:Â"
estada nos trópicos não seja até enriquecida pela memóf
‹.,,
i,

”^"“` al se abwa' ° ”“"'E”° 1. g'
.iâiiiizwz ¬

ria e o afeto. O que faz de suas pinturas uma representaçao


importante não só do ponto de vista documental. mas tam~
bem do ponto de vista da iiguraçao sensível de um ambiente
natural e social. Suas vistas panorâmicas de vilas e peque-
nos aglomerados embebidos na paisagem do Nordeste braf ii i:iiig'iilar, o alpendre. o terreiro frontal e, ao lado da igre-
sileiro, captadas por um europeu de formaçao renascentista, i. ii campanário recuado e as alas conventuais em torno do
|

dizemfnos alguma coisa mais do que diria um frio documento ji ii io quadrangular z, a presença desses primeiros conven-

de epoca. Assim como a reconstituição do cenário da Pri' iii siilta avista quando examinamos um quadro do pintor hof
¬

meira Missa, segundo a visao de Victor Meirelles (i), um liiiilôs. As suas imagens são do período posterior a invasão
pintor do romantismo. que construiu a sua composição no iii incêndio de Olinda, e mesmo que algumas dessas consf

final do seculo XlX de acordo com modelos da pintura iiiiíics estejam sendo mostradas ainda incompletas ou
i i

européia. toca o nosso imaginário como uma verdade já conf il iiii I`icadas pelo fogo ateado. as reconhecemos (2>‹

sagrada. uma versao com a qual compactuamos. Somos le› Não é quase nada 0 que distingue essas construções
‹,=..*=-' ššif ¬ ' » vados pelo olhar afetuoso do artista a absorver a cena imaf li iiiriscanas de todas as demais, sobretudo das outras igrejas
il--¬» j‹-suitas e carmelitas, que também aparecem nessas pinf
jij ' ginada como a transcricao de um testemunho real.
Nos quadros de Franz Post, onde o toco da atençao esta ii‹i.i~., com seus frontões triangulares e suas portadas ma'
^¡” sempre a distancia, as construções franciscanas não aparef ii‹ iri×ias. abrindo diretamente para a rua. Mas na obra picf
`

'“ äz ,¡_~;_:¬«}š.f,,_¶¿¡» Íjy cem em primeiro plano. Elas fazem parte, quase anônimas, iiii iizi de Franz Post. sobretudo naquela produzida após o
" dos conjuntos de edificações dispersas na paisagem ou aglof ii ii-torno ii Holanda, a partir de anotações e amparadas
i
Y `

j meradas diante de um longínquo horizonte. Mesmo isoladas, iii-i iiiiia memória afetiva, essas construções tipicamente
como em alguns casos, elas são pane de uma composição cujo l iiii-iscanas aparecem até em lugares onde não é possivel
i

tema predominante continua a ser a paisagem. Dispostas assim, - ziiiiii imfar a sua existencial Numa de suas telas vêfse a igreja
ao lado de outras edificações 7 formando aqueles conjuntos ili iiiii convento franeiscano riãofidentificado com alpendre
homogêneos, quase uniformes, das construções brasileiras iii-ii» iilto. de elegantes colunas toscanas, cuja fachada é `êÃ' ~¬ ' -f
do começo do seculo XVll¬ elas não são reconhecidas aprimeira i‹Ii-iil iizzi de uma capela ao lado da casafgrande de engef
.ši *<I“f"¬-¡Í›'f '

vista, e um olhar desatento não as distingue das outras igref iiliii, representada em outra obra. sendo ai as colunas d O `
. JJ l

jzis. Mas na medida em que ficamos sabendo de suas caras'


j›.›i wii ainda mais cuidadosamente elaboradas em conf
i

lei-isticas peculiares 7 o bloco singelo da nave com o frontao ii i tw roin a construçao quase rústica da casa senlioril (3) , 3
fm

Sabemde due 0 alllendfe ffemal efa ffeddeme nas “Pelas ruivo meio e at novas inllueneias, numa acomodação espon-
Tdfale e Dee Íãfeiae daddele Pefídde- e eahemde tambem que i.mt:a, sem artificialidades, Em sua evolução, e tambem
ee erele enem às mae' sffide de esehe eram muitas r ri. sua eonstanria, esses prerlioed os vieram zt se constituir
\'E2eSfeT'~'0f05ameY1Ye Cuíddde edm dm lfdedmemd afddí' numa caracteristica inerente a boa parte da arquitetura rear
tetônico especial. Contudo é irresistível imaginar que na i,,¿,¡1¡r no pm-tudo ‹;010m31_que ao adaptapse às Condições

fememewzä de Cem* plsie H que ee feleef- e Pie' r iimatieas e aoolner inlluêneias étnicas e eulturais liibri-
tor holandês rcpetisse mais frequentemente, ou em situa' ‹I.i¬› não perdeu aquelas qualidades de simplicidade. de conf
ções especiais. as caracteristicâts peculiares das construções 4 ,gn E de eXpr¿Ss¡,,¡¿a¿¿ terrena' Chã, de semrdo W016.
franeíseene. zzu-ri. isso veio a se oonfigorar oonio uma vertente, ou ooino
Na verdade, essas características estavam presentes em ,, ,H r,3]0¡« Subjacenrey de algum modo presente em toda a

Pede dae ednemaëdee deddelee ednldmde hdmdtšeeee


É-'ifade mr uitetura lusofbrasileira e mesmo. a seguir, na arquiter
dos pririoipios do seeulo Xvll. sua oriirtarle visual deoorrie lord mrusmmenre bm,¡em
l“eÍdme"'e da Teldeçãd de “m meemd Vdeabdlafm Slnšelm Como sabemos. o grande impulso dado à arquitetura feita
deParedes ddaee Cet-'iaei Cem ,lanelae Tetegdlefee Pequenas oo lirztsil, nos primeiros séculos, deveu›se aos programas de
eeePaw1»e=°e°fr°m1elf° dee isfeiaevmeeuffnfãeffin- ¬‹›ristrooões das orzlerzs religiosas. Entre elas. foi a ordem
guiar e seus portais de pedraz u alpendre ou copiar: 0 telha* | riritziseana a que mais se manteve próxima dessa vertente.
de de dee eu ‹ii»aff° águas em grandes beirei- Esses poi» or risformanrlo aqueles atributos em virtudes sirigelas. de
cos elementos davam àquelas construções portuguesas nos rindo poético. que eram também inerentes il sua visã
z

trópicos, de arraigada tradição popular, salvo esta ou aquef ,ip mundo E até às própr-nos regras da ordem.
Í
la igrejajesuítioa ou earmelita. ou ate traneisoana eorn seus An; meados do Século XV11 O programa de eonstruçõos
cunhais e imalha de areit pørtds enwlhadas
e Suas f .iris traneisoariosjâ se estendia por todo o litoral. Sua maior
um serem eleee Uniforme de Simplicidade terrena exime- .oiir-oritraeâo era na regiao Nordeste. oorri destaque para os
sividade direta e afinidade com o ambiente natural, Mas os . ,,,,\r¿nmg de Salvador, Recife, Paraiba, Igaraçu, lpojuca e
conventos franciscanos reuniam essas características em conf t ii “dar O Primeiro a ser .zonezruírlo Mas [ora dessa área já
,

juntos liarmoioiosos e integrados a paisagem de forma mais ri elTe 0\1fTUe~ 05 e°YWeUf05 d° RÍ0 de lâ~
haviam inStlEl0 ni |
dfäâíea- AU aC01he¡”r expllelfamemer dddele Vdeabdláfíe de ›u¬iro. de São Paulo e. numa implantaçao tipicamente medieval l' lizäâ
efdfaead P°P“la1`i mazide dd Relnd dd adm hdbfldameme r› tipicamente franciscana, o convento da Penha, no Espirito fr

implementado, suas edificações impregnavam-se de atributos wrmrow enzasçladg no alto de um rocliedo (zp). Em todas ese 4 ¡ "M
Peeee wie ffetefie em uma fmidde male eeretãea os oonsn¬i‹;ões_ os prediearlos tia sirriplioiziztzle e da afinirloe
50111 3 terra e a geme da Íeffa tlt- com o meio ambiente estavam presentes e foram depois
Taís elríbuws vistos aí em Sw estado hrHi0.1ieil«1i> .irltiptandozse e desenvolvendorse de aoordo com novas solici»
nham Peffie H Sue faiz híetefie na tfadleãv refisvee r..t¡ões. novas eirounstânoias lnstórioas e novos estilos, sem
“ na Wa dfddítelma PdPd1a1` aderente ad embleme “auf wtintudq se afastarem do apego abeleza terrena, especifica de
ral e aos condicionamentos locais. na economia de meios ,N18 lugirry que OS framiwrnos ctrlzivavam.
e na simplicid :ide pragmática de suas construções, mesmo Esse programa 31-refcceu em muitos pontos no período de
aquelas de erâçãø emdltfn aferrada â permeneie dO o t-t-ssâo correspondente ao dominio espanhol e. no Nordeste.
g°5t° e modos de fazer A ade*l“3ea° deeeee Pfedledee ad ‹›tiegouapal'ar completamente, sendo alguns eonventos aban-
desenvelitimente das construções na Colónia devwse não riorratlos oorii a invasào dos holandeses. Mes a partir de ióó5,
somente it inevitável continuidade daquela tradição, mas rrr,r',5 8 Resrauração G A expulsão dos amerrgosa um áureo pe,

i=\"¬i›‹'~"i fi mlebiliflfle em Give elas drtrmfe a um ziorlo de obras rlesenvolveozse. até o final do séerilo xvlll.
Nessa fase, marcada pela descoberta do ouro que provocou
grande mobilidade da população, efervescência social. pros-
peridade econômica e uma "explosão do barroco". os fran-
cisoanos desenvolveram, no Nordeste, longe das areas de mine-
ração e fora da influência inais direta da Metrópole, um
programa de reconstnições e novas construções que surpre-
ende pela originalidade.
Essa originalidade decorria de muitos fatores, Entre eles.
o desejo de criar uma imagem nova para os conventos.
justificada pela conquista recente da independencia da pro-
víncia de Santo Antônio, em Portugal. com a criação de uma
custódia no Brasil. com sede no Recife. Mas, certamente,
a fidelidade àqueles predicados desde sempre cultivados
pelos frades seráficos de cultura liispânica, a sua atitude `

maleável diante de novas circunstancias. a sua doce incli-


nzeâo zz eeeimiizi iiiizezieiee éiziieze e eiiiiiiiziie. ae eme WS as igrejas de UWOS °fW@f°S ff°íS@2°S
ção emcma e püpularl O seu gueto pela expeúmemaçãow f=fiëíf1°S
im Nordeste. fora do centro dominante da Colonia, guarda-
mamendo Oemae de amees Para execução das obras' “_ mm integralmente os predicados dessa simplicidade poética
verarn um peso ainda maior na configuraçao dessas obras. l “' peculiar às °°“5tmÇÕeS da “Idem q'lg'm° uma Êmnde Pane
Elas assinalaram o desenvolvimento de uma tipologia in-
eonmdível e ¿e uma morfologia aderente ao ammeme mk
`l¬' ““l““eÍ““* fala 11° Brasil'Índependentememe d°_S Fm'
monumentais, do dese]o de criar uma cenografia bar-
izi .unas
mrel ev em todos ue Senúdosv fruto também do mem Soeml iiimi em correspondencia aos anseios daquela sociedade e ate
em que foram ree1¡Za¿aS_ Eram por “su inéditas no muyk «li cvoluçao dos estilos. E por outro lado. a atitude dos fra-
de luS0_¿mP¡e3l daquela eP0ea_ dos serálicos, fundamentada em sua tradição religiosa e filo-
Emre essas Obras reamades Pelos fmne¡eeanoS no Nov ‹›l`ica. de místico respeito a natureza e às manifestações vi-
deste. a igreja de São Francisco do convento de Salvador ` l* da nffmreza* M fmlma de louvar 3 Del” através
du 3_mÊr
e uma exeeeãm Por fugir um tente 3 eSea¿ípU10g]3_A “_
-
pi-los objetos de sua criação que se manifestava na assimi-
zâe principal deeee ezzeepeizmziizieiie fei e ein ieeziiizzçâe ' fl" de HOW* feíã E de °“*S 11°“ê“C1S éfws “1°”°“
H
na ddade que em um ünportame eemm da C01Õn¡3_ em ,i rzmstrução de conpintos o-rganicamente articulados e natu-
eomam (preto e permaneme com 3 Metrópole' A ¡greja de «il mente integrados ao ambiente, onde a complexidade e, em
São Frenúseo É do mesmo peodo em que Smngham as ¡gre_ iiumos casos, as fases diferentes da obra não afetavam o seu
ias menumenms da Bahle É uma igreja com nave amplaw ‹,¬i-ztterunitário. Isso permitiu além do mais que nesses con-
Pmda de Capelas iatemm com duas wrree na fachada e um iii ritos se fosse definindo uma tipologia original. específica e
pequeno fmmãn ledeado Por belas vümtes (5>_ Situada a iii‹:‹mfundi*vel, sob o predomínio desses predicados.
§~,ƒ,'j;[f¿ fg ,§§¿:j,j;Qfë° uma eez-ie ziinâiieie. mas iieziiziis em .i igieie .ie ceiegiz OS *ímã CXHHPIUS mais °×Pf€SS*V°S fim* “P°1}>ã*=* Sä° °S
i. i› z»z,,imiii em iioâ E foram Iesuitico, no mesmo espaço urbano por elas definido. com '“"`/ÊMÚS du Paraguaçu' na Bahla' re/ahZad°› “° Seoul? Xl/H'
`1;¡\*¿¿j;j¡;;_$;'; ;¿'¡';pf;,z[§¿W een, iiievizeveimeme, iivziizzzvii. Peiwiiee eeeee zziezivoe. °Vš"f°
i f1@J°i°1Í@Sãff~Pf=“b¬ Cuifdw de
.tio l/dl /i sua prnxinidade SCLI 11'lf€l"lOI' ÍIIÍEÍIBYXISHÍE !`€CCIl)61'É0 POI" d€Sl\¡IÍ|bI'BI1É€ “VAL” e Gula rec01:1s‹ruçaO` 13 na fase_de Pleno desenvulvlmenr
;¡4;;;«pj;*'zj;z§í§z§,§f§1a iziize âeiiieàii e piziiiiiee, zon inepiieeâo é z igi~e_i.zi de sâe “CW “P°1°ë1‹°°mEi°“ fl Päfflf de ??°1-f@d° H SW fj
HW; Fmne¡ee0_ no pOr¿0_5 i liiula concluída quando predominava a influencia do rococo.

Você também pode gostar