Futurism o
Futurism o
Futurism o
Em 20 de Fevereiro de 1909 foi lançado pelo poeta italiano Felippo Tommaso Marinetti, no
jornal francês Le Figaro, o Manifesto Futurista. Este foi o ponta pé inicial para dar início a
criação de um movimento de cunho artístico e literário denominado Futurismo. Sendo uma
das grandes Vanguardas artísticas da Europa do século XX.
Movimentos de Vanguarda
Foi um movimento literário artístico surgido na Europa, na primeira década do séc XX.
O movimento reivindicava uma ruptura com o passado, buscando novas formas, assuntos e
estilo, que melhor representaria a modernidade, era das máquinas, aeroplanos, fábricas e
da velocidade.
O lema central era “liberdade para a palavra” e, neste sentido, afirmava o
manifesto: “destruir a sintaxe”. Pretendiam defender o uso do verbo no infinito e abolir
advérbios e adjetivos, assim, acompanhar cada substantivo de outro com função de adjetivo.
Pretendiam buscar analogia cada vez mais simples e suprimir a pontuação.
(As vanguardas europeias marcaram o rumo das artes em todo mundo. Elas iam de encontro
com tudo que se pensava em torno do que era arte, sendo decisivas para o nascimento do
Modernismo no Brasil.
Vanguarda surgiu do termo avant-garde (“o que marcha na frente”, em francês), que remente ao
pioneirismo, estar sempre à frente. E é esse papel que os movimentos artísticos europeus assumiram
no início do século XX.
As vanguardas europeias derrubaram os paradigmas criados por outras tendências
artísticas apresentadas anos antes. O olhar dos artistas desse período era o futuro.)
FUTURISMO NO BRASIL
No Brasil, o futurismo teve uma ligação bastante forte com a Semana de Arte Moderna de 1922.
Os pensamentos do movimento – como o rompimento com o passado – serviram de guia para os
ideais de muitos artistas brasileiros, como é o caso de Oswald de Andrade e Anita Malfatti.
Para Oswald de Andrade, o Brasil tinha a capacidade de criar sua própria identidade, sem precisar
copiar as ideias europeias. Isso é notável no desenvolvimento da produção nacional de obras
futuristas sem qualquer cópia do padrão existente na Europa.
Importância do futurismo
O futurismo foi um importante movimento, por conta da sua relevância acerca de alguns conceitos,
entre os quais destacam-se o mito do progresso, a ideia evolucionista da arte, a concepção positiva do
desenvolvimento técnico e a própria percepção da efemeridade da vida.
Para o Brasil, o futurismo foi bastante importante para outro movimento: o modernismo. Os
futuristas mostraram, por meio de seus escritos, que se deve parar de olhar para atrás, pois isso seria
sinônimo de atraso e primitivismo.
Isso se deve justamente pela aplicação de materiais como o vidro e metal, que ajudam no
reflexo do ambiente ao redor da estrutura.
O Futurismo influenciou diversos artistas que mais tarde vieram a fundar outros estilos
artísticos como o Cubismo, o Surrealismo e o Dadaísmo. O movimento Futurista durou até
aproximadamente a década de 1930, quando foi se esvaziando com a Segunda Guerra
Mundial.
A PINTURA FUTURISTA
- Pinturas com uso de cores vivas e contrastes. Sobreposição de imagens, traços e pequenas
deformações para passar a ideia de movimento e dinamismo. Uso da multiplicação de detalhes
e linhas. A pintura futurista acabou incorporando elementos do expressionismo e do
abstracionismo, por meio da expressão de estados de espíritos e emoções, bem como
da retratação de objetos não identificáveis
- Poesias com uso de frases fragmentadas para passar a ideia de velocidade; - O futurismo buscava
representar uma impressão de movimento, isto é, uma retratação da velocidade.
- Uso de onomatopeias (palavras com sonoridade que imitam ruídos, vozes, sons de objetos) nas poesias;
Ex.: Tic-Tac Toc – Toc Sniff – Sniff ..... muito usado nas revistas em quadrinhos.
- Ligação ideológica com o fascismo - O futurismo com sua ideologia agressiva apoiava a guerra e
o fascismo da Itália.
ARQUITETURA
A arquitetura futurista apareceu no início do século XX (1909) como uma arquitetura anti-
histórica (nada de movimentos naturais como a art nouveau), caracterizada por longas linhas
horizontais. Está totalmente ligada aos novos tempos, já que desde a revolução industrial a
vida das pessoas mudou radicalmente. A arquitetura passa a se importar com o interesse
das massas e não ao interesse individual.
A arquitetura futurista aqui, e até hoje, deixou de caracterizar um estilo, se tornando um modelo
livre e desinibido que pode ser interpretado de uma maneira diferente por cada arquiteto e por
cada geração. Por exemplo, nos anos 50 e 60, os edifícios de arquitetura futurista eram
comumente erguidos em grandes formas de concreto, curvas ou retas, que eram o grande
destaque da obra, como podemos ver pelo edifício Copan em São Paulo, o Congresso
Federal, a Catedral de Brasília e o prédio do Banco Central, em Brasília.
.A arquitetura futurista brasileira tem nomes de peso, como Oscar Niemeyer. Tal movimento
nesse âmbito proporciona mais sustentabilidade às cidades, conservando áreas verdes e
ampliando a utilização de placas solares.
características:
Voltada para o mundo urbano e industrial;
Utilização das modernas tecnologias construtivas e dos novos materiais (ferro, vidro e
concreto armado);
Volumes arrojados, imaginativos e dinâmicos: linhas horizontais, oblíquas ou elípticas;
Aproximação de uma arquitetura funcionalista e racional pela abolição total da decoração.
ESCULTURA
O pintor Umberto Boccioni produziu apenas um pequeno número de esculturas, mas neste
manifesto, publicado em 11 de abril de 1912, e em outros textos importantes, ele definiu o
sentido da escultura futurista e das artes visuais em geral. O texto faz parte de uma coleção
de documentos futuristas mantida pela Biblioteca da Universidade de Pádua.
Foi inovador na escultura, rompendo com a tradição de Rodin e procurando solucionar todos
os aspectos da forma dinâmica na linguagem tridimensional. As suas esculturas
ultrapassaram a questão do movimento absoluto para um movimento relativo, estabelecendo
uma tensão e fusão da forma e do espaço, que se interpenetram. Realizou, ainda,
experiências com materiais não tradicionais da escultura, justapondo e articulando vidro,
madeira e couro, em trabalhos que chamou de polimaterici (polimatéricos).
Considerada, com “Formas Únicas da Continuidade no Espaço”, como a melhor resolução de
suas teorias, a pequena peça estrutura-se em torno da forma de um cilindro. O artista aplicou
o princípio da decomposição, mas não direcionada por um processo analítico desaglutinador,
ao contrário, articula os fragmentos da forma da garrafa, segundo as linhas-força que
inventara, fundindo-os numa síntese. Recusa estabelecer relações ortogonais, principalmente
no tocante ao uso de linhas horizontais. Assim, através desse propósito imprime um movimento
espiralado, ascensional energético, que disciplina a abertura da matéria, nela introduzindo o
espaço, estabelecendo em relação diagonal, uma integração ou síntese de tempo, espaço e
forma.
A peça em gesso é uma das poucas peças originais feitas pelo artista que se safaram da
destruição ocorrida em uma exposição póstuma realizadas na Itália. As circunstâncias da
destruição das outras peças permanecem obscuras.
Teatro
Introduz a tecnologia nos espetáculos e tenta interagir com o público. O manifesto de Marinetti
sobre teatro, de 1915, defende representações de apenas dois ou três minutos, um pequeno
texto, ou nenhum texto, vários objetos em cena e poucos atores.
POESIA
A “Ode Triunfal” é o poema mais representativo desta fase, que representa um elogio excessivo dado às
tecnologias. Segundo Fernando Pessoa, este heterónimo passa para a fase futurista, devido ao contacto que
teve com Alberto Caeiro, no Ribatejo, onde percebeu a importância das sensações. Contudo, enquanto Caeiro
sente as sensações de forma serena, Álvaro de Campos sente-a de modo excessivo e conturbado.
Comparando com o “real” de Caeiro, pode-se dizer que, em Campos, a Natureza é substituída pela visão do
mundo moderno e civilizado, com a qual o poeta estabelece uma relação estranha e eufórica.
Ode Triunfal
À dolorosa luz das grandes lâmpadas eléctricas da fábrica
Tenho febre e escrevo.
Escrevo rangendo os dentes, fera para a beleza disto,
Para a beleza disto totalmente desconhecida dos antigos.
(Ser tão alto que não pudesse entrar por nenhuma porta!
Ah, olhar é em mim uma perversão sexual!)
Z-z-z-z-z-z-z-z-z-z-z-z!
Oswald de Andrade ANDRADE, O. Obras completas. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1972.
Esse é um dos aspectos fundamentais da poesia fernandina: a diluição das fronteiras entre os
“tempos” que regem nossa vida concreta, para revelar o Tempo infinito que tudo engloba e que
permanece desconhecido dos homens.