Livro de Ouro Das Copas
Livro de Ouro Das Copas
Livro de Ouro Das Copas
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COPAS
edição
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Certa vez, num evento em Curitiba, Pelé foi questionado sobre quem era melhor: Messi
ou Maradona. A resposta do Rei: “O Messi só jogou no Barcelona. Assim é mais fá-
cil. O Maradona pegou mais pedreiras”. Eleito o melhor jogador do mundo em cinco
temporadas diferentes, Messi foi quem marcou mais gols e conquistou mais títulos.
Mas Maradona tem algo que Messi não tem e talvez nunca tenha: uma Copa do Mun-
do para chamar de sua. Entre as grandes pedreiras a que Pelé se referia, a Copa é sem
dúvidas a maior delas.
Essa comparação entre jogadores de épocas diferentes, ou de times de épocas di-
ferentes, alimenta o imaginário popular cada vez em que se fala de Copa do Mundo.
Afinal, quem era melhor, Messi ou Maradona? Ou Pelé? Ou Zidane? Da mesma for-
ma, a discussão sobre qual seleção brasileira deveria ser mais reverenciada, a de 1982
(que jogou bonito, mas não venceu) ou a de 1994 (que não jogou bonito, mas venceu)
perdura até hoje?A propósito, é verdade que em 1982 o Brasil perdeu por causa da sua
forma ofensiva de jogar? E é verdade que, em 1958, o Brasil venceu porque houve
uma pequena rebelião entre os jogadores, que pediam as inclusões de Pelé e Garrincha?
O Livro de Ouro das Copas passeia por essas e muitas outras questões ocorridas
desde 1930, quando um país sediou a primeira Copa do Mundo, o Uruguai. Sobre
épocas em que os jogadores não usavam camisas numeradas, nem havia transmissão
por tv, e as imagens das partidas – registradas em películas de cinema preto-e-bran-
co – são raríssimas. E cobre desse passado até hoje, quando se pode saber desde qual
jogador ficou mais tempo com a posse de bola, conferir com auxílio da tecnologia
acerca de um impedimento e captar os menores detalhes de cada partida: tudo em co-
res e em alta definição.
Apenas uma coisa não mudou nesses quase 90 anos de história: a Copa do Mundo
nunca foi simplesmente uma disputa acerca de números e resultados. Nem mais uma
busca por título internacional. Ela é a conquista, o topo da montanha, o esporte que,
isolado, consegue unir o mundo inteiro.
É paixão, história, um tipo de linguagem universal, algo que transcende o mundo
dos esportes, e o momento em que cada um de nós assume um hino, uma bandeira e
vive novamente um turbilhão de emoções.
isbn 978-85-9581-013-6
17-11435 cdd-796.334668
Índice para catálogo sistemát ico:
1. Copa do Mundo : Futebol : História 796.334668
6 Uruguai 1930
18 Itália 1934
30 França 1938
42 Brasil 1950
54 Suíça 1954
68 Suécia 1958
80 Chile 1962
92 Inglaterra 1966
106 México 1970
120 Alemanha 1974
132 Argentina 1978
144 Espanha 1982
160 México 1986
174 Itália 1990
188 Estados Unidos 1994
204 França 1998
220 Japão e Coreia do Sul 2002
236 Alemanha 2006
250 África do Sul 2010
266 Brasil 2014
284 Rússia 2018
“
construção de um superestádio e o pagamento de des-
pesas de viagem e alimentação para todas as seleções.
Cidades e estádios
No Uruguai, 1.500 operários arregaçaram as mangas na cons-
Os inscritos
Mas nada disso sensibilizou os europeus. Contrariada por
não ser a sede, a Itália anunciou o boicote ao torneio. Os ou-
tros europeus filiados à entidade até 1930 seguiram os italianos
e não se inscreveram ao fim do prazo, em 30 de Cidade Estádio Capacidade
abril de 1930. A desculpa era logística. Na época, Montevidéu Centenário 70.000
não havia voo regular entre Europa e América do Montevidéu Parque Central 25.000
Sul. Uma viagem de navio (só de ida) levava duas Montevidéu Pocitos 8.000
Sorteio e fórmula
Para evitar boicotes de última hora, a Fifa sorteou os grupos
apenas em 7 de julho, quando todas as seleções já deveriam estar
em solo uruguaio. Com 13 equipes, a entidade criou uma fórmu-
la que previa três grupos com três equipes e um com quatro. Ausência
Por considerarem que
Os primeiros colocados de cada grupo iriam às semifinais.
o Uruguai ficava muito longe,
De imediato, duas seleções apareciam como favori- quase nenhuma seleção europeia
tas: Uruguai e Argentina. Segundo as previsões da época, se interessou em participar da Copa
França, Bélgica, Romênia e Iugoslávia pertenciam ao se- do Mundo. Entre elas, as principais do
gundo escalão de qualidade técnica da Europa, atrás de continente, como Áustria, Espanha e
Itália — que liderou um boicote ao
Áustria, Espanha e Itália. A tendência era que os dois ri-
Mundial. Além disso, a Inglaterra
vais sul-americanos, que haviam decidido a Olimpíada de havia se desfiliado da Fifa
1928 – com vitória uruguaia – iriam se enfrentar também no em 1928.
dia 30 de julho, na primeira final da história da Copa do Mundo.
A Argentina
13/7 França 4 x 1 México
Chile França México B Bolívia
14/7 Iugoslávia 2 x 1 Brasil
Brasil Iugoslávia
Gols: Laurent (Fra, 19-1º), Langiller (Fra, 40-1º), Gols: Tirnanic (Iug, 21-1º), Bek (Iug, 30-1º), Preguinho
Maschinot (Fra, 42-1º), Carreño (Mex, 23-2º), Maschinot (Bra, 17-2º)
(Fra, 41-2º) 17/7 Iugoslávia 4 x 0 Bolívia
16/7 Argentina 1 x 0 França Gols: Bek (Iug, 15-2º), Marjanovic (Iug, 20-2º), Bek (Iug,
Gol: Monti (Arg, 36-2º) 22-2º), Vujadinovic (Iug, 40-2º)
16/7 Chile 3 x 0 México 20/7 Brasil 4 x 0 Bolívia
Gols: Subiabre (Chi, 3-1º), Manuel Rosas (contra, p/Chi, Gols: Moderato (Bra, 37-1º), Preguinho (Bra, 6-2º),
5-2º), Vidal (Chi, 20-2º) Moderato (Bra, 28-2º), Preguinho (Bra, 30-2º)
19/7 Chile 1 x 0 França Classificação PG J V E D GP GC SG
Gol: Subiabre (Chi, 19-2º) Iugoslávia 4 2 2 0 0 6 1 5
19/7 Argentina 6 x 3 México Brasil 2 2 1 0 1 5 2 3
Gols: Stábile (Arg, 8-1º), Zumelzu (Arg, 12-1º), Stábile Bolívia 0 2 0 0 2 0 8 -8
(Arg, 17-1º), Manuel Rosas (Mex, 38-1º), Varallo (Arg,
8-2º), Zumelzu (Arg, 10-2º), Felipe Rosas (Mex, 20-2º), Na prática, o jogo que decidiu o
Gayon (Mex, 30-2º), Stábile (Arg, 35-2º)
22/7 Argentina 3 x 1 Chile grupo foi o primeiro, entre Iugoslávia
Gols: Stábile (Arg, 12-1º), Stábile (Arg, 14-1º), Subiabre e Brasil. Na etapa inicial, os europeus
(Chi, 15-1º), Mario Evaristo (Arg, 6-2º) aproveitaram duas falhas da defesa bra-
Classificação PG J V E D GP GC SG
sileira e fizeram dois gols — e ainda
Argentina 6 3 3 0 0 10 4 6
Chile 4 3 2 0 1 5 3 2 tiveram um gol de Vujadinovic anu-
França 2 3 1 0 2 4 3 1 lado por impedimento. Na etapa final,
México 0 3 0 0 3 4 13 -9
o Brasil pressionou e descontou, com
O grupo A do Mundial teve vários Preguinho, mas não evitou a derrota.
registros que entraram para a história, Depois, os dois times golearam a Bolí-
como o primeiro gol em Mundiais via por 4 a 0. Os bolivianos, ao menos,
(do francês Lucien Laurent, con- Inusitado conseguiram agradar o país-sede
tra os mexicanos), a primeira No jogo entre Argentina nas duas partidas. No primeiro
goleada (França 4 x 1 Méxi- e México, fontes indicam jogo, os dirigentes tiveram a
que o árbitro Ulises Saucedo
co), o primeiro jogador que ideia de escrever “viva Uru
anotou cinco pênaltis. Porém, não
saiu machucado (o goleiro havia marca penal no campo e, em guay” na formação do time
francês Thepot, na mesma quatro deles, o árbitro teria colocado na foto antes do jogo. Cada
partida), o primeiro gol con- a bola além dos 11 metros. Só um dos jogador portava uma letra
tra (do mexicano Manuel 5 chutes resultou em gol: o cobrado na camisa. Porém, um dos
na distância certa, pelo mexicano
Rosas, a favor do Chile), a que levava uma letra “U”
Manuel Rosas. Nos outros,
primeira zebra (a França era o México errou 2 e a não fez a foto — que registra
favorita contra os chilenos), o Argentina errou 2. “urugay” nos seis jogadores em
primeiro pênalti perdido (o chi- pé e “viva” nos quatro agachados.
leno Vidal cobrou e o goleiro francês Contra o Brasil, os bolivianos usaram
Thepot defendeu) e a primeira briga ge- as camisas azuis do Uruguai. Isso por-
neralizada (entre chilenos e argentinos). que os dois times vestiam camisa branca
A Argentina venceu os três jogos e se na época. Os bolivianos perderam o sor-
classificou para as semifinais. teio, mas não tinham uniforme reserva.
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C Peru
14/7 Romênia 3 x 1 Peru
Romênia Uruguai
26/7 Argentina 6 x 1 Estados Unidos
Gols: Monti (Arg, 20-1º), Scopelli (Arg, 16-2º), Stábile
(Arg, 24-2º), Peucelle (Arg, 35-2º), Peucelle (Arg, 40-2º),
Stábile (Arg, 42-2º), Brown (EUA, 44-2º)
Gols: Desu (Rom, 1-1º), Souza (Peru, 29-2º), Barbu (Rom, 27/7 Uruguai 6 x 1 Iugoslávia
40-2º), Stanciu (Rom, 44-2º), Gols: Sekulic (Iug, 4-1º), Cea (Uru, 18-1º), Anselmo (Uru,
21-1º), Anselmo (Uru, 39-1º), Iriarte (Uru, 16-2º), Cea
17/7 Uruguai 1 x 0 Peru (Uru, 20-2º), Cea (Uru, 36-2º)
Gol: Castro (Uru, 15-2º)
20/7 Uruguai 4 x 0 Romênia Os duelos das semifinais foram definidos
Gols: Dorado (Uru, 7-1º), Scarone (Uru, 24-1º), Anselmo
(Uru, 30-1º), Cea (Uru, 35-1º) em sorteio no dia 23 de julho. Para sorte dos or-
Classificação PG J V E D GP GC SG ganizadores, argentinos e uruguaios, os grandes
Uruguai 4 2 2 0 0 5 0 5 favoritos, foram colocados em dois confron-
Romênia 2 2 1 0 1 3 5 -2
Peru 0 2 0 0 2 1 4 -3 tos diferentes. No dia 26,
Garfada a Argentina enfrentou
O Uruguai foi criticado pela estreia
O Uruguai pode ter os Estados Unidos.
considerada ruim e as críticas aumenta- sobrado na semifinal, mas Os norte-america-
ram quando o veterano Scarone entrou os iugoslavos reclamaram de nos perderam dois
no time para o 2º jogo. Mas, com ele, o três erros do árbitro brasileiro
Gilberto de Almeida Rego: um gol jogadores por le-
time da casa goleou a Romênia sem dó,
mal anulado aos 9 minutos, um são: Tracey, que
com quatro gols ainda no primeiro tem-
impedimento de Anselmo no 3º gol não voltou do in-
po, e se classificou para as semifinais. do Uruguai e uma bola que havia tervalo de jogo, e
saído de campo antes do o goleiro Douglas,
cruzamento para o gol
Grupo aos 15 minutos do
de Iriarte.
D
segundo tempo. Até en-
tão, os argentinos venciam
Bélgica Estados Unidos Paraguai
por 1 a 0. Depois, fizeram mais cinco gols e
13/7 Estados Unidos 3 x 0 Bélgica
Gols: McGhee (EUA, 23-1º), McGhee (EUA, 30-1º), venceram por 6 a 1. No dia seguinte, o Uru-
Patenaude (EUA, 23-2º) guai recebeu a Iugoslávia e tomou um susto:
17/7 Estados Unidos 3 x 0 Paraguai os europeus marcaram 1 a 0 logo aos 4 minutos
Gols: Patenaude (EUA, 10-1º), Patenaude (EUA, 18-1º),
Patenaude (EUA, 5-2º) e em seguida tiveram um gol anulado. Depois
20/7 Paraguai 1 x 0 Bélgica disso, o time da casa controlou o jogo e mar-
Gols: Vargas Peña (Par, 40-1º)
cou seis gols, explorando jogadas pelas pontas.
Classificação PG J V E D GP GC SG
Estados Unidos 4 2 2 0 0 6 0 6
Paraguai 2 2 1 0 1 1 3 -2
Bélgica 0 2 0 0 2 0 4 -4 DECISÃO DO TERCEIRO LUGAR
Os Estados Unidos venceram o O regulamento da Copa não previa a dis-
grupo com facilidade. O norte-ameri- puta de terceiro lugar. A ideia foi sugerida, mas
cano Bert Patenaude marcou o primeiro a Iugoslávia, ainda indignada com o árbitro
hat-trick (três ou mais gols num jogo) em Gilberto de Almeida Rego, não quis saber. A
Copas, mas o recorde só foi reconhecido Fifa considera os Estados Unidos em terceiro
pela Fifa em 2010. O 2º gol contra o Pa- lugar por causa do saldo de gols — mesmo que
raguai até então era creditado a Florie. na época não fosse um critério de desempate.
11
12
THÉPOT
França | goleiro
NASAZZI IVKOVIC
Uruguai | zagueiro
Iugoslávia | zagueiro
ANDRADE MONTI
Uruguai | médio Argentina | médio
FAUSTO
Brasil | médio
CASTRO CEA
Uruguai | atacante
Uruguai | atacante
SCARONE
Uruguai | atacante FERREIRA
Argentina | atacante
STÁBILE
Argentina | atacante
Obs.: Seleção da Fifa vigente até 2010. Em 2010, a entidade publicou outra lista:
Goleiro: Ballesteros (Uruguai)
Defesa: Nasazzi (Uruguai) e Ivkovic (Iugoslávia)
Meio-campo: Andrade (Uruguai), Monti (Argentina) e Gestido (Uruguai)
Ataque: Scarone (Uruguai), Castro (Uruguai), Stábile (Argentina), Cea (Uruguai) e Patenaude (Estados Unidos)
13
14
15
15
16
2 3 6
1998 4 1990
DF
1930
DF 2002 DF
ZANETTI DE LEÓN
DF LEANDRO ANDRADE
EL TRATOR RICARDO CORAZÓN DE LEÓN
HIERRO (“Ricardo Coração de MARAVILLA NEGRA
(“O Trator”) (“Maravilha Negra”)
HOMBRE DE HIERRO Leão”)
(“Homem de Ferro”)
5
1978 8
MC 2006
ARDILES MC
LA PÍTON GERRARD
(“A cobra píton”)
CAPTAIN FANTASTIC
(“Capitão Fantástico”)
10
2014
AT
ROONEY
SHREK
7 11
1930 2014
AT AT
SCARONE 9 ROBBEN
EL MAGO 1966 GLAS MAN
(“O Mago”) AT (“Homem de Vidro”)
EUSÉBIO
PANTERA-NEGRA
GK: Goleiro
DF: Defensor
MC: Meio-campista
AT: Atacante
Cidades e estádios
Claro que o planejamento de infraestrutura para a Copa não
escapou do crivo de propaganda fascista. O novo estádio de Tu-
rim, por exemplo, teria o nome “Stadio Mussolini”. O de Roma
“
foi rebatizado como Nazionale PNF (Partido Nacional Fascista,
em italiano). Florença também ganhou um estádio novinho, o
Communale. Obras também foram feitas nos estádios de Nápo-
les (Giorgio Ascarelli), Bolonha (Littorialle), Gênova (Marassi)
e Milão (San Siro). Este último era o primeiro estádio exclusivo
Que Deus o para futebol construído na Itália. Quem pagou a conta? O povo,
18
Maracanã
Maior do mundo
para a Copa
de 1950, com Wembley
capacidade de Primeiro estádio a ganhar
155 mil, foi tão a denominação de “templo
reformado que só do futebol”, recebeu a
sobrou a casca Copa de 1966. Foi demolido
(e 78 mil lugares) no século 21 para dar lugar
para 2014. a uma arena nova.
Centenário
O principal estádio da Copa do Mundo de 1930 foi batizado de Centenário, em homenagem ao 100 anos de
independência do Uruguai. Ficava afundado no solo e tinha arquibancadas assimétricas, de modo que o campo fica
protegido dos ventos pampeiros. Em 1983, a Fifa declarou que o estádio era um “monumento ao futebol mundial”.
232
Pontiac Silverdome
O estádio em Detroit (Estados Unidos) foi o
primeiro totalmente coberto em uma Copa.
Hoje está desativado e abandonado.
Olímpico
Sapporo Dome Na Copa de 1974, com a
Pináculo dos estádios Alemanha dividida, o estádio
cheios de tecnologia em Berlim — que por sorte
usados no Japão, em ficava no lado ocidental —
2002. O gramado saía recebeu apenas uma partida, a
do estádio (totalmente de abertura. Em 2006, já com
coberto) para tomar sol. a Alemanha unificada, recebeu
cinco, incluindo a final.
233
2 3 4
1998 1978
2002
6
DF DF 2014
DF DF
MAHDAVIKIA DANAYFARD
MUYNG BO-HONG POOLADI
Um dos dois únicos jogadores Fez o primeiro gol do Irã em
do Irã a estar em duas Copas do Mundo Disputou quatro Copas e foi o
treinador da Coreia do Chegou a ficar sem clube depois
Copas (1998 e da Copa do Mundo de
2006) Sul em 2014
2014
7 8 5 10
2002 2010 2002 1994
MC MC MC MC
PARK JI-SUNG HONDA HIDETOSHI NAKATA AL OWAIRAN
Disputou três Copas pela Coreia. Considerado um dos melhores Já foi citado como o melhor Marcou um dos gols mais
Foi cortado em 2014, jogadores japoneses da jogador da Ásia bonitos na história das
sem um bom história Copas
motivo
11 9
1966 1998
AT AT
PARK DOO-IK AL JABER
Marcou o gol da vitória da Coreia Fez gols em três Copas
do Norte sobre a Itália diferentes (1994, 1998
em 1966 e 2006)
GK: Goleiro
DF: Defensor
MC: Meio-campista
AT: Atacante
279
280
281
“
acabou eleito foi o suíço Gianni Infantino, secretário-geral da Fifa.
Cidades e estádios
Nos tempos em que a Rússia era uma das 15 repúblicas da
União Soviética, houve a candidatura soviética para a Copa de
Por que 1990, que acabou indo parar na Itália. Desta vez, sem o governo
eu deveria comunista, prometeu-se investir US$ 3,8 bilhões na construção
284
Eliminatórias
As Eliminatórias registraram 209 países em Cidade Estádio Capacidade
disputa e um punhado de surpresas, como as quedas Ekaterinburgo Ekaterinburg Arena 44.130
dos tradicionais Holanda, Itália e Estados Unidos. Kaliningrado Kaliningrad Stadium 35.212
Na América do Sul, o Brasil começou mal e, pas- Kazan Kazan Arena 45.105
Moscou Luzhniki 81.000
sadas algumas rodadas, chegou a figurar abaixo Moscou Spartak Stadium 45.360
da zona de classificação. Bastou a troca de Dunga Nizhni Novgorod Nizhny Novgorod Stadium 44.899
por Tite no comando para a equipe engatar uma Rostov Rostov Arena 43.702
Samara Samara Arena 44.918
sequência de nove vitórias e tornar-se a primeira São Petersburgo Saint Petersburg Stadium 68.134
a se classificar para a Rússia. A Argentina, por sua Saransk Mordovia 45.015
vez, só garantiu vaga na última rodada. O Chile, Sochi Fisht Stadium 47.659
Volgogrado Volgograd Arena 45.015
campeão das Copas Américas de 2015 e 2016, nem
isso. Ficou atrás do Peru, que conseguiu a última vaga em dispu-
ta ao derrotar a Nova Zelândia na repescagem intercontinental.
Os favoritos
O ranking que definiu os cabeças de chave não coincidia Ausência
A Itália ficou atrás da
muito com o grupo de favoritos, a seis meses da Copa. A
Espanha no grupo da Eliminatória
Alemanha virou a equipe a ser batida depois que ganhou a e caiu para a repescagem, diante
Copa das Confederações usando uma espécie de “time C” da Suécia. Os italianos levaram 1 a 0
e os adversários temiam o que aconteceria quando os ale- no primeiro jogo e, na partida de volta,
mães juntassem os jogadores campeões mundiais de 2014. não superaram a retranca sueca. O
empate em 0 a 0 deixou a Azzurra de
A França estava mais bem cotada que os favoritos de sem-
fora da Copa. A imprensa italiana
pre: o Brasil de Neymar, a Argentina de Messi, a Espanha chamou a eliminação de
de Iniesta e Portugal, campeão europeu e que tem Cristiano “apocalipse”.
Ronaldo, eleito o melhor jogador do mundo em 2016 e 2017.
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O autor
Graduado em Publicidade e em Jornalismo, Lycio
Vellozo Ribas é jornalista esportivo desde 1998,
ano em que começou a trabalhar no Jornal do Esta-
do (atual Bem Paraná), em Curitiba. Era subeditor
de esportes durante a Copa do Mundo de 1998.
Depois, chegou aos cargos de editor e esportes e
secretário de redação, que ocupou durante as Co-
pas de 2002, 2006 , 2010 e 2014. Mas o gosto por
pesquisar informações sobre futebol começou em
1982. Como tantos outros milhões de brasileiros,
chorou em 1982, assim como festejou em 2002 e
ficou indignado em 2014.
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