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Livro de Ouro Das Copas

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COPAS

edição
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Lycio Vellozo R ibas


As curiosidades e os momentos históricos do
maior espetáculo do esporte mundial

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Apresentação

Certa vez, num evento em Curitiba, Pelé foi questionado sobre quem era melhor: Messi
ou Maradona. A resposta do Rei: “O Messi só jogou no Barcelona. Assim é mais fá-
cil. O Maradona pegou mais pedreiras”. Eleito o melhor jogador do mundo em cinco
temporadas diferentes, Messi foi quem marcou mais gols e conquistou mais títulos.
Mas Maradona tem algo que Messi não tem e talvez nunca tenha: uma Copa do Mun-
do para chamar de sua. Entre as grandes pedreiras a que Pelé se referia, a Copa é sem
dúvidas a maior delas.
Essa comparação entre jogadores de épocas diferentes, ou de times de épocas di-
ferentes, alimenta o imaginário popular cada vez em que se fala de Copa do Mundo.
Afinal, quem era melhor, Messi ou Maradona? Ou Pelé? Ou Zidane? Da mesma for-
ma, a discussão sobre qual seleção brasileira deveria ser mais reverenciada, a de 1982
(que jogou bonito, mas não venceu) ou a de 1994 (que não jogou bonito, mas venceu)
perdura até hoje?A propósito, é verdade que em 1982 o Brasil perdeu por causa da sua
forma ofensiva de jogar? E é verdade que, em 1958, o Brasil venceu porque houve
uma pequena rebelião entre os jogadores, que pediam as inclusões de Pelé e Garrincha?
O Livro de Ouro das Copas passeia por essas e muitas outras questões ocorridas
desde 1930, quando um país sediou a primeira Copa do Mundo, o Uruguai. Sobre
épocas em que os jogadores não usavam camisas numeradas, nem havia transmissão
por tv, e as imagens das partidas – registradas em películas de cinema preto-e-bran-
co – são raríssimas. E cobre desse passado até hoje, quando se pode saber desde qual
jogador ficou mais tempo com a posse de bola, conferir com auxílio da tecnologia
acerca de um impedimento e captar os menores detalhes de cada partida: tudo em co-
res e em alta definição.
Apenas uma coisa não mudou nesses quase 90 anos de história: a Copa do Mundo
nunca foi simplesmente uma disputa acerca de números e resultados. Nem mais uma
busca por título internacional. Ela é a conquista, o topo da montanha, o esporte que,
isolado, consegue unir o mundo inteiro.
É paixão, história, um tipo de linguagem universal, algo que transcende o mundo
dos esportes, e o momento em que cada um de nós assume um hino, uma bandeira e
vive novamente um turbilhão de emoções.

Lycio Vellozo Ribas

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copyright © faro editorial , 2018

Todos os direitos reservados.


Nenhuma parte deste livro pode ser reproduzida sob quaisquer
meios existentes sem autorização por escrito do editor.

Diretor editorial pedro almeida

Preparação barbara parente

Revisão gabriela de ávila

Capa osmane garcia filho

Imagem de capa paperboxshop | creative market

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (cip)


(Câmara Brasileira do Livro, sp, Brasil)
Ribas, Lycio Vellozo
O livro de ouro das copas / Lycio Vellozo Ribas. —
1a ed. — Barueri, SP : Faro Editorial, 2018.

isbn 978-85-9581-013-6

1. Copa do Mundo (Futebol) 2. Copa do Mundo (Futebol)


– História i. Título.

17-11435 cdd-796.334668
Índice para catá­logo sis­te­má­t ico:
1. Copa do Mundo : Futebol : História  796.334668

1a edição brasileira: 2018


Direitos de edição em língua portuguesa, para o Brasil,
adquiridos por faro editorial

Alameda Madeira, 162 – Sala 1702


Alphaville – Barueri – sp – Brasil
cep: 06454-010 – Tel.: +55 11 4196-6699
www.faroeditorial.com.br

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Sumário

6 Uruguai 1930
18 Itália 1934
30 França 1938
42 Brasil 1950
54 Suíça 1954
68 Suécia 1958
80 Chile 1962
92 Inglaterra 1966
106 México 1970
120 Alemanha 1974
132 Argentina 1978
144 Espanha 1982
160 México 1986
174 Itália 1990
188 Estados Unidos 1994
204 França 1998
220 Japão e Coreia do Sul 2002
236 Alemanha 2006
250 África do Sul 2010
266 Brasil 2014
284 Rússia 2018

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Uruguai 1930
Vinte e um de maio de 1904. Neste dia, dirigentes de Bélgica,
Dinamarca, Espanha, França, Holanda, Suécia e Suíça fundaram
a Fédération Internationale of Football Association (Federação
Internacional das Associações de Futebol), que se tornou conhe-
cida por sua sigla: Fifa. Alemanha, Áustria, Hungria e Itália se
filiaram em seguida. Quando a Inglaterra, considerada a
pátria-mãe do futebol, alinhou-se em 1905, falou-se pela
primeira vez em fazer uma Copa do Mundo.
Mas o mundo não colaborou com a Copa. Em 1914,
as nações europeias fizeram eclodir a Primeira Guer-
ra Mundial, que só acabou em 1918. Assim, a ideia de
um torneio internacional de futebol ficou no limbo e só
saiu de lá nos anos 1920, quando Jules Rimet assumiu o
comando da Fifa. Em 26 de maio de 1928, em um con-
gresso em Amsterdã, a entidade aprovou por 23 votos a
3 o primeiro embrião para a Copa. Em 8 de setembro de
1928, na Suíça, decidiu-se que o torneio seria realizado
de quatro em quatro anos, nos anos pares entre as Olim-
píadas, com início em 1930.
De cara, Espanha, Holanda, Hungria, Itália e Suécia
se dispuseram a receber a Copa. Mas, num congresso em
maio de 1929, a Fifa aprovou o Uruguai como país-sede.
Um embaixador uruguaio, Enrique Buero, convenceu a
entidade ao afirmar que o país comemorava o centenário
da independência nacional (em 1928) e era o bicampeão
olímpico de futebol (em 1924 e 1928). E prometeu a


construção de um superestádio e o pagamento de des-
pesas de viagem e alimentação para todas as seleções.

Cidades e estádios
No Uruguai, 1.500 operários arregaçaram as mangas na cons-

Por que é trução do estádio prometido à Fifa. O projeto, do arquiteto Juan


Scasso, previa uma capacidade para 102 mil pessoas. O estádio
que a gente foi batizado de Centenário, em homenagem aos 100 anos de in-
não faz dependência do país. Mas as obras, iniciadas em dezembro de
um torneio 1929, atrasaram. Por isso, a capacidade prevista inicialmente foi
aberto de reduzida para 70 mil. E os críticos afirmavam que o estádio só
futebol, entre ficaria pronto após o fim do Mundial. De fato, no dia da aber-

países?” tura — 13 de julho — ainda não estava totalmente pronto. Os


primeiros jogos da Copa viriam a ser disputados em dois outros
Ideia que se tornou a pedra estádios, o Pocitos e o Parque Central. Apesar disso, a conclu-
fundamental para a Copa são do Centenário aconteceu em tempo hábil para o Mundial.

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A BOLA
T-Model

Os inscritos
Mas nada disso sensibilizou os europeus. Contrariada por
não ser a sede, a Itália anunciou o boicote ao torneio. Os ou-
tros europeus filiados à entidade até 1930 seguiram os italianos
e não se inscreveram ao fim do prazo, em 30 de Cidade Estádio Capacidade
abril de 1930. A desculpa era logística. Na época, Montevidéu Centenário 70.000
não havia voo regular entre Europa e América do Montevidéu Parque Central 25.000
Sul. Uma viagem de navio (só de ida) levava duas Montevidéu Pocitos 8.000

semanas. Nem empresas (nas quais trabalhavam


os jogadores amadores) nem os clubes (que tinham os jogadores
profissionais) queriam correr risco de levar prejuízo.
Para que os europeus estivessem na Copa, Rimet se empe- Estreantes
nhou pessoalmente. Francês de nascimento, ele convenceu a Argentina
França a participar. Também intercedeu na Romênia e contou Bélgica
com a boa vontade do rei Carol II, que adorava futebol e sele- Bolívia
Brasil
cionou pessoalmente os jogadores. Se a Romênia iria, a rival
Chile
Iugoslávia não queria ficar de fora, e também aceitou ir ao Uru-
Estados Unidos
guai. Por fim, Rodolphe Seeldrayers, vice-presidente da Fifa e
França
presidente da federação belga, fez o país confirmar presença.
Iugoslávia
No dia 20 de junho de 1930, um navio italiano chamado Con- México
te Verde zarpou de Gênova (Itália) com a delegação da Romênia Paraguai
a bordo. O navio recolheu os jogadores franceses e dirigentes da Peru
Fifa na França. Depois apanhou a delegação belga em Barcelo- Romênia
na. E ainda deu carona à seleção brasileira no dia 2 de julho, até Uruguai
desembarcar em Montevidéu no dia 5 de julho. A Iugoslávia, por
sua vez, preferiu viajar num navio chamado Florida.

Sorteio e fórmula
Para evitar boicotes de última hora, a Fifa sorteou os grupos
apenas em 7 de julho, quando todas as seleções já deveriam estar
em solo uruguaio. Com 13 equipes, a entidade criou uma fórmu-
la que previa três grupos com três equipes e um com quatro. Ausência
Por considerarem que
Os primeiros colocados de cada grupo iriam às semifinais.
o Uruguai ficava muito longe,
De imediato, duas seleções apareciam como favori- quase nenhuma seleção europeia
tas: Uruguai e Argentina. Segundo as previsões da época, se interessou em participar da Copa
França, Bélgica, Romênia e Iugoslávia pertenciam ao se- do Mundo. Entre elas, as principais do
gundo escalão de qualidade técnica da Europa, atrás de continente, como Áustria, Espanha e
Itália — que liderou um boicote ao
Áustria, Espanha e Itália. A tendência era que os dois ri-
Mundial. Além disso, a Inglaterra
vais sul-americanos, que haviam decidido a Olimpíada de havia se desfiliado da Fifa
1928 – com vitória uruguaia – iriam se enfrentar também no em 1928.
dia 30 de julho, na primeira final da história da Copa do Mundo.

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A preparação do Brasil
Competições disputadas pelo Brasil Vinte anos se passaram entre o dia 18 de fevereiro de 1894
até 1930 – quando um certo Charles William Miller chegava ao Brasil,
Sul-Americano Extra 1916
FU Brasil 1 x 1 Chile vindo da Inglaterra, com duas bolas e regras de futebol – até a
FU Brasil 1 x 1 Argentina fundação da Federação Brasileira de Sports (FBS), no Rio de
FU Brasil 1 x 2 Uruguai Janeiro, em 8 de junho de 1914. Foi sob o jugo da FBS que se
Brasil ficou em 3º lugar
Sul-Americano 1917 realizou o que hoje é considerado o primeiro jogo oficial de uma
FU Brasil 2 x 4 Argentina seleção brasileira. O time venceu por 2 a 0 o Exeter City, da In-
FU Brasil 0 x 4 Uruguai glaterra, em 21 de junho.
FU Brasil 5 x 0 Chile
Brasil ficou em 3º lugar E passaram-se mais dois anos para que a primeira intriga
Sul-Americano 1919 entre dirigentes esportivos no Brasil tivesse fim. O surgimento
1F Brasil 6 x 0 Chile da FBS no Rio de Janeiro conflitava com a Federação Brasileira
1F Brasil 3 x 1 Argentina
1F Brasil 2 x 2 Uruguai de Futebol (FBF), criada em São Paulo e que estava associada à
F Brasil 1 x 0 Uruguai Federação Sul-Americana de Futebol. A paz foi selada somente
Brasil sagrou-se campeão em 21 de junho de 1916, com a extinção das duas associações
Sul-Americano 1920
FU Brasil 1 x 0 Chile
e a fundação da Confederação Brasileira de Desportos (CBD).
FU Brasil 0 x 6 Uruguai Foi a CBD, presidida por Álvaro Zamith, quem colocou o
FU Brasil 0 x 2 Argentina Brasil no mapa-múndi do futebol, ao assinar a filiação à Confe-
Brasil ficou em 3º lugar
deração Sul-Americana de Futebol em 1916. Nesse mesmo ano,
Sul-Americano 1921
FU Brasil 0 x 1 Argentina Arnaldo Guinle sucedeu Zamith e registrou a CBD na Fifa — a
FU Brasil 3 x 0 Paraguai entidade, porém, só aceitou em 1923. Uma vez filiado à Con-
FU Brasil 1 x 2 Uruguai
federação Sul-Americana, o Brasil pôde participar do primeiro
Brasil ficou em 2º lugar
Sul-Americano 1922 Sul-Americano de Seleções (a atual Copa América), na Argen-
1F Brasil 1 x 1 Chile tina. E aí já começava a politicagem. Os jogadores iriam viajar
1F Brasil 1 x 1 Paraguai de carona em um navio fretado para levar uma comitiva brasi-
1F Brasil 0 x 0 Uruguai
1F Brasil 2 x 0 Argentina leira ao Congresso do Centenário de Tucumán. Só que o chefe
F Brasil 3 x 0 Paraguai da comitiva, Ruy Barbosa, simplesmente negou a carona, apesar
Brasil sagrou-se campeão de haver espaço mais que suficiente no navio. “Para mim, fute-
Sul-Americano 1923
FU Brasil 0 x 1 Paraguai bolista é sinônimo de vagabundo”, disse ele. A seleção teve que
FU Brasil 1 x 2 Argentina ir de trem e, desgastada, não venceu nenhum jogo no torneio.
FU Brasil 1 x 2 Uruguai A seleção novamente foi mal no Sul-Americano de 1917,
Brasil ficou em 4º lugar
Sul-Americano 1925 disputado no Uruguai, e a edição de 1918 foi adiada por causa
1F Brasil 5 x 2 Paraguai de um surto de gripe no Rio de Janeiro, que iria receber os jogos.
1F Brasil 1 x 4 Argentina Quando o Brasil foi sede pela primeira vez, em 1919, sagrou-se
1F Brasil 3 x 1 Paraguai
F Brasil 2 x 2 Argentina campeão, ao bater o Uruguai na final, com um gol de Frieden-
Brasil ficou em 2º lugar reich na segunda prorrogação, após um placar de 0 a 0 no tempo
FU: Fase única (todos contra todos) normal e na prorrogação. Em 1922, o Brasil voltou a conquistar
1F: Primeira fase o Sul-Americano. O torneio terminou com Uruguai, Brasil e Pa-
F: Final
raguai empatados em primeiro lugar, todos com cinco pontos. O
Uruguai largou a disputa, em protesto contra as arbitragens —
que eles chamaram de horrorosas. Brasil e Paraguai decidiram
o título em um jogo-desempate, com vitória brasileira por 3 a 0.
O Brasil, porém, só ganhava quando jogava em casa. Perdeu

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os títulos de 1920, 1921, 1923 e 1925. E, depois, ficou cinco anos
sem disputar nenhuma partida contra seleções estrangeiras. Não
participou dos Sul-Americanos de 1926, 1927 e 1929.
Pior que isso, a pretensa paz entre cariocas e paulistas não
existia de fato. Na época em que o Brasil estava se mobilizando
para a Copa do Mundo de 1930, os jornais do Rio – Todos os convocados
onde ficava a CBD – diziam que os cariocas deveriam Goleiros idade clube
ser maioria na seleção. Em São Paulo, havia a Asso- Joel 26 América-RJ
Velloso 22 Fluminense
ciação Paulista de Esportes Atléticos (Apea) e uma
Zagueiros idade clube
imprensa pedindo mais paulistas na equipe. Fernando 24 Fluminense
As brigas se estendiam aos dirigentes. No dia 26 de Brilhante 26 Vasco
Itália 23 Vasco
maio, o presidente da Apea, Elpídio de Paiva Azevedo,
Zé Luiz 25 São Cristóvão
enviou um ofício pedindo mais dirigentes paulistas na Oscarino 23 Ypiranga -RJ
comitiva que iria ao Uruguai. A resposta da CBD foi um Meio-campistas idade clube
ofício chamando 15 jogadores — De Maria, Del Deb- Ivan Mariz 20 Fluminense
Fortes 28 Fluminense
bio, Filó, Grané (Corinthians), Amílcar, Heitor, Pepe, Pamplona 26 Botafogo
Serafini (Palestra Itália), Araken, Athié (Santos), Clodô, Fausto 25 Vasco
Friedenreich, Luizinho, Nestor (São Paulo da Floresta) Benevenuto 26 Flamengo
Hermógenes 21 América-RJ
e Petronilho de Brito (Sírio) — para se apresentarem Atacantes idade clube
no Rio até o dia 12 de junho. Lá, eles iriam se juntar Preguinho 25 Fluminense
a outros oito cariocas: Joel (América), Carvalho Leite Nilo 27 Botafogo
Benedicto 23 Botafogo
e Nilo (Botafogo), Moderato (Flamengo), Preguinho Carvalho Leite 18 Botafogo
(Fluminense), Fausto, Itália e Russinho (Vasco). Nem Russinho 28 Vasco
uma palavra sobre dirigentes. Houve uma grande di- Theóphilo 23 São Cristóvão
Doca 27 São Cristóvão
vergência sobre as datas, mas o fato é que nenhum Moderato 27 Flamengo
paulista se apresentou. E os cariocas os acusaram de Poly 22 Americano
antipatrióticos. No único contato telefônico entre os Manoelzinho 22 Goytacaz
Araken 23 Flamengo
chefes das entidades, Elpídio Azevedo voltou a insistir
na inclusão de um paulista na comissão técnica. Pache- Obs.: Idades
computadas
co negou. Fim de papo. até 13/07/1930,
Na lista final, havia apenas um paulista, Araken Patusca. data da abertura
da Copa
Ele estava sem contrato com o Santos – portanto, desvincula-
do da Apea – e aceitou a convocação por conta própria. Vários
nomes de peso ficaram de fora, como Friedenreich, que ainda
jogava bem aos 38 anos, e Feitiço, considerado o melhor joga-
dor brasileiro na época. Claro que ainda seria possível mudar a
lista. No dia 27 de junho, a Fifa perguntou se a relação era aque-
la mesma. Ainda dava para incluir paulistas. Ou até jogadores
de outros estados, como Minas Gerais ou Rio Grande do Sul, já
bem desenvolvidos no futebol. Mas os dirigentes não procuraram
PÍNDARO DE
se entender a respeito. Restava esperar que os cariocas fizessem CARVALHO
um papel digno na Copa. técnico

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Jogos da fase
Jogos
deda
grupos
fase de grupos
Grupo Grupo

A Argentina
13/7 França 4 x 1 México
Chile França México B Bolívia
14/7 Iugoslávia 2 x 1 Brasil
Brasil Iugoslávia

Gols: Laurent (Fra, 19-1º), Langiller (Fra, 40-1º), Gols: Tirnanic (Iug, 21-1º), Bek (Iug, 30-1º), Preguinho
Maschinot (Fra, 42-1º), Carreño (Mex, 23-2º), Maschinot (Bra, 17-2º)
(Fra, 41-2º) 17/7 Iugoslávia 4 x 0 Bolívia
16/7 Argentina 1 x 0 França Gols: Bek (Iug, 15-2º), Marjanovic (Iug, 20-2º), Bek (Iug,
Gol: Monti (Arg, 36-2º) 22-2º), Vujadinovic (Iug, 40-2º)
16/7 Chile 3 x 0 México 20/7 Brasil 4 x 0 Bolívia
Gols: Subiabre (Chi, 3-1º), Manuel Rosas (contra, p/Chi, Gols: Moderato (Bra, 37-1º), Preguinho (Bra, 6-2º),
5-2º), Vidal (Chi, 20-2º) Moderato (Bra, 28-2º), Preguinho (Bra, 30-2º)
19/7 Chile 1 x 0 França Classificação PG J V E D GP GC SG
Gol: Subiabre (Chi, 19-2º) Iugoslávia 4 2 2 0 0 6 1 5
19/7 Argentina 6 x 3 México Brasil 2 2 1 0 1 5 2 3
Gols: Stábile (Arg, 8-1º), Zumelzu (Arg, 12-1º), Stábile Bolívia 0 2 0 0 2 0 8 -8
(Arg, 17-1º), Manuel Rosas (Mex, 38-1º), Varallo (Arg,
8-2º), Zumelzu (Arg, 10-2º), Felipe Rosas (Mex, 20-2º), Na prática, o jogo que decidiu o
Gayon (Mex, 30-2º), Stábile (Arg, 35-2º)
22/7 Argentina 3 x 1 Chile grupo foi o primeiro, entre Iugoslávia
Gols: Stábile (Arg, 12-1º), Stábile (Arg, 14-1º), Subiabre e Brasil. Na etapa inicial, os europeus
(Chi, 15-1º), Mario Evaristo (Arg, 6-2º) aproveitaram duas falhas da defesa bra-
Classificação PG J V E D GP GC SG
sileira e fizeram dois gols — e ainda
Argentina 6 3 3 0 0 10 4 6
Chile 4 3 2 0 1 5 3 2 tiveram um gol de Vujadinovic anu-
França 2 3 1 0 2 4 3 1 lado por impedimento. Na etapa final,
México 0 3 0 0 3 4 13 -9
o Brasil pressionou e descontou, com
O grupo A do Mundial teve vários Preguinho, mas não evitou a derrota.
registros que entraram para a história, Depois, os dois times golearam a Bolí-
como o primeiro gol em Mundiais via por 4 a 0. Os bolivianos, ao menos,
(do francês Lucien Laurent, con- Inusitado conseguiram agradar o país-sede
tra os mexicanos), a primeira No jogo entre Argentina nas duas partidas. No primeiro
goleada (França 4 x 1 Méxi- e México, fontes indicam jogo, os dirigentes tiveram a
que o árbitro Ulises Saucedo
co), o primeiro jogador que ideia de escrever “viva Uru­
anotou cinco pênaltis. Porém, não
saiu machucado (o goleiro havia marca penal no campo e, em guay” na formação do time
francês Thepot, na mesma quatro deles, o árbitro teria colocado na foto antes do jogo. Cada
partida), o primeiro gol con- a bola além dos 11 metros. Só um dos jogador portava uma letra
tra (do mexicano Manuel 5 chutes resultou em gol: o cobrado na camisa. Porém, um dos
na distância certa, pelo mexicano
Rosas, a favor do Chile), a que levava uma letra “U”
Manuel Rosas. Nos outros,
primeira zebra (a França era o México errou 2 e a não fez a foto — que registra
favorita contra os chilenos), o Argentina errou 2. “urugay” nos seis jogadores em
primeiro pênalti perdido (o chi- pé e “viva” nos quatro agachados.
leno Vidal cobrou e o goleiro francês Contra o Brasil, os bolivianos usaram
Thepot defendeu) e a primeira briga ge- as camisas azuis do Uruguai. Isso por-
neralizada (entre chilenos e argentinos). que os dois times vestiam camisa branca
A Argentina venceu os três jogos e se na época. Os bolivianos perderam o sor-
classificou para as semifinais. teio, mas não tinham uniforme reserva.

10

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Fase de grupos e semifinais
Grupo SEMIFINAIS

C Peru
14/7 Romênia 3 x 1 Peru
Romênia Uruguai
26/7 Argentina 6 x 1 Estados Unidos
Gols: Monti (Arg, 20-1º), Scopelli (Arg, 16-2º), Stábile
(Arg, 24-2º), Peucelle (Arg, 35-2º), Peucelle (Arg, 40-2º),
Stábile (Arg, 42-2º), Brown (EUA, 44-2º)
Gols: Desu (Rom, 1-1º), Souza (Peru, 29-2º), Barbu (Rom, 27/7 Uruguai 6 x 1 Iugoslávia
40-2º), Stanciu (Rom, 44-2º), Gols: Sekulic (Iug, 4-1º), Cea (Uru, 18-1º), Anselmo (Uru,
21-1º), Anselmo (Uru, 39-1º), Iriarte (Uru, 16-2º), Cea
17/7 Uruguai 1 x 0 Peru (Uru, 20-2º), Cea (Uru, 36-2º)
Gol: Castro (Uru, 15-2º)
20/7 Uruguai 4 x 0 Romênia Os duelos das semifinais foram definidos
Gols: Dorado (Uru, 7-1º), Scarone (Uru, 24-1º), Anselmo
(Uru, 30-1º), Cea (Uru, 35-1º) em sorteio no dia 23 de julho. Para sorte dos or-
Classificação PG J V E D GP GC SG ganizadores, argentinos e uruguaios, os grandes
Uruguai 4 2 2 0 0 5 0 5 favoritos, foram colocados em dois confron-
Romênia 2 2 1 0 1 3 5 -2
Peru 0 2 0 0 2 1 4 -3 tos diferentes. No dia 26,
Garfada a Argentina enfrentou
O Uruguai foi criticado pela estreia
O Uruguai pode ter os Estados Unidos.
considerada ruim e as críticas aumenta- sobrado na semifinal, mas Os norte-america-
ram quando o veterano Scarone entrou os iugoslavos reclamaram de nos perderam dois
no time para o 2º jogo. Mas, com ele, o três erros do árbitro brasileiro
Gilberto de Almeida Rego: um gol jogadores por le-
time da casa goleou a Romênia sem dó,
mal anulado aos 9 minutos, um são: Tracey, que
com quatro gols ainda no primeiro tem-
impedimento de Anselmo no 3º gol não voltou do in-
po, e se classificou para as semifinais. do Uruguai e uma bola que havia tervalo de jogo, e
saído de campo antes do o goleiro Douglas,
cruzamento para o gol
Grupo aos 15 minutos do
de Iriarte.

D
segundo tempo. Até en-
tão, os argentinos venciam
Bélgica Estados Unidos Paraguai
por 1 a 0. Depois, fizeram mais cinco gols e
13/7 Estados Unidos 3 x 0 Bélgica
Gols: McGhee (EUA, 23-1º), McGhee (EUA, 30-1º), venceram por 6 a 1. No dia seguinte, o Uru-
Patenaude (EUA, 23-2º) guai recebeu a Iugoslávia e tomou um susto:
17/7 Estados Unidos 3 x 0 Paraguai os europeus marcaram 1 a 0 logo aos 4 minutos
Gols: Patenaude (EUA, 10-1º), Patenaude (EUA, 18-1º),
Patenaude (EUA, 5-2º) e em seguida tiveram um gol anulado. Depois
20/7 Paraguai 1 x 0 Bélgica disso, o time da casa controlou o jogo e mar-
Gols: Vargas Peña (Par, 40-1º)
cou seis gols, explorando jogadas pelas pontas.
Classificação PG J V E D GP GC SG
Estados Unidos 4 2 2 0 0 6 0 6
Paraguai 2 2 1 0 1 1 3 -2
Bélgica 0 2 0 0 2 0 4 -4 DECISÃO DO TERCEIRO LUGAR
Os Estados Unidos venceram o O regulamento da Copa não previa a dis-
grupo com facilidade. O norte-ameri- puta de terceiro lugar. A ideia foi sugerida, mas
cano Bert Patenaude marcou o primeiro a Iugoslávia, ainda indignada com o árbitro
hat-trick (três ou mais gols num jogo) em Gilberto de Almeida Rego, não quis saber. A
Copas, mas o recorde só foi reconhecido Fifa considera os Estados Unidos em terceiro
pela Fifa em 2010. O 2º gol contra o Pa- lugar por causa do saldo de gols — mesmo que
raguai até então era creditado a Florie. na época não fosse um critério de desempate.

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Jogos da fase de grupos
A final da Copa
URUGUAI 4
ARGENTINA 2
Gols: Dorado (Uru, 12-1º), Peucelle
(Arg, 20-1º), Stábile (Arg, 37-1º),
Cea (Uru, 12-2º), Iriarte (Uru, 23-
2º), Castro (Uru, 44-2º)
Data: 30/07/1930
Horário: 14 horas
Local: Estádio Centenário
(Montevidéu)
Público: 68.346
Árbitro: Jan Langenus (BEL)

Uruguaios comemoram o 4º gol, marcado por Castro

Como esperado, Uruguai e Argentina chegaram à final. A


tensão entre os dois países era tanta que o árbitro belga Jan Lan-
genus só apitou a final amparado por um seguro de vida. E havia
Uruguai
tensão também antes de a bola rolar. A Argentina queria usar a Técnico: Alberto Suppici
sua bola, mais leve. E o Uruguai queria usar a
sua, maior e mais pesada. Para evitar polêmicas,
Ballesteros
a comissão organizadora determinou que o pri-
meiro tempo seria jogado com a bola argentina e Nasazzi Mascheroni
o segundo, com a dos donos da casa. O Uruguai
começou melhor e abriu o placar aos 12 minutos, Leandro Andrade Fernandez Gestido
com Dorado, num “frango” do goleiro Botasso. A
Argentina reagiu e virou, gols de Peucelle e Stá-
bile — os uruguaios reclamaram de impedimento Scarone Cea
Dorado Castro Iriarte
no segundo gol, mas Langenus validou. No fim da
etapa, Gestido entrou forte no argentino Varallo
e o deixou sem condições de jogar. No segundo Mario Evaristo
Ferreira Stábile Varallo Peucelle
tempo, com uma certa superioridade numérica e
a sua bola, os uruguaios cresceram. Cea empa-
tou e em seguida Leandro Andrade salvou um gol
Suarez Juan Evaristo
certo dos argentinos ao afastar de carrinho, quase Monti
em cima da risca. Aos 23 minutos, Iriarte colocou
os anfitriões na frente, num chute de longe. A Ar- Paternoster Della Torre
gentina foi para cima. Acuou o Uruguai, mandou
Botasso
uma bola na trave e, quando o empate parecia
Argentina
iminente, Manco Castro fez o quarto gol. A festa de entrega de
Técnico: Francisco Olazar
troféu para os donos da casa resumiu-se a um ato no vestiário
uruguaio, em que o presidente da Fifa, Jules Rimet, passou a taça
ao presidente da Associação Uruguaia de Futebol, Raúl Jude.

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Os melhores da Copa

THÉPOT
França | goleiro

NASAZZI IVKOVIC
Uruguai | zagueiro
Iugoslávia | zagueiro

ANDRADE MONTI
Uruguai | médio Argentina | médio
FAUSTO
Brasil | médio

CASTRO CEA
Uruguai | atacante
Uruguai | atacante

SCARONE
Uruguai | atacante FERREIRA
Argentina | atacante
STÁBILE
Argentina | atacante

Obs.: Seleção da Fifa vigente até 2010. Em 2010, a entidade publicou outra lista:
Goleiro: Ballesteros (Uruguai)
Defesa: Nasazzi (Uruguai) e Ivkovic (Iugoslávia)
Meio-campo: Andrade (Uruguai), Monti (Argentina) e Gestido (Uruguai)
Ataque: Scarone (Uruguai), Castro (Uruguai), Stábile (Argentina), Cea (Uruguai) e Patenaude (Estados Unidos)

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Numeralha
Maior público: 79.867 ARTILHEIRO
(Uruguai x Iugoslávia)
STÁBILE
Menor público: 300 Nome: Guillermo Stábile
(Romênia x Peru) Seleção: Argentina
8 gols em 4 jogos
Gols pró: 69 Posição: atacante
Gols contra: 1 Idade: 24 anos
Média por jogo: 3,88 Nascimento:
17/01/1906, em Buenos Aires
Melhor ataque: Altura: Não disponível
Argentina, 18 gols Peso: Não disponível
Goleiro menos vazado: Clube: Huracán
Thépot (França), 2 gols
em 3 jogos (0,66 por jogo, 8 gols
mínino de 2 jogos) Stábile (Argentina)
5 gols
Maior goleada: Cea (Uruguai)
Argentina 6 x 1 EUA e 4 gols
Uruguai 6 x 1 Iugoslávia Patenaude (Estados Unidos)
3 gols
Primeiro jogador expulso Peucelle (Argentina),
na história: Galindo Preguinho (Brasil), Subiabre (Chile),
(Peru), contra a Romênia Bek (Iugoslávia), Anselmo (Uruguai)
O CRAQUE Colocações finais PG J % V E D GP GC SG
1º Uruguai 8 4 100 4 0 0 15 3 12 0 0
2º Argentina 8 5 80 4 0 1 18 9 9 0 0
3º Estados Unidos 4 3 67 2 0 1 7 6 1 0 0
4º Iugoslávia 4 3 67 2 0 1 7 7 0 0 0
5º Chile 4 3 67 2 0 1 5 3 2 0 0
6º Brasil 2 2 50 1 0 1 5 2 3 0 0
7º França 2 3 33 1 0 2 4 3 1 0 0
SCARONE 8º Romênia 2 2 50 1 0 1 3 5 -2 0 0
Uruguai | atacante 9º Paraguai 2 2 50 1 0 1 1 3 -2 0 0
10º Peru 0 2 0 0 0 2 1 4 -3 0 1
“Manco” Castro 11º Bélgica 0 2 0 0 0 2 0 4 -4 0 0
foi herói na final e 12º Bolívia 0 2 0 0 0 2 0 8 -8 0 0
13º México 0 3 0 0 0 3 4 13 -9 0 0
Leandro Andrade era
a “Maravilha Negra”.
Contudo, os analistas Controvérsia
diziam que o astro da Polêmica O número de pessoas
Copa foi o atacante O meia-atacante na arquibancada
Hector “El Mago” argentino Francisco Varallo na final da Copa
Scarone, veterano do admitiu, em 1995, que seu é um mistério
ouro olímpico em 1924 time sentiu medo na final de que talvez jamais
e 1928. Nascido em 1930. “No vestiário, no intervalo seja solucionado.
26/11/1898, ele era (quando a Argentina ganhava por 2 a A Fifa diz, desde
o jogador mais velho 1), escutei coisas raras: ‘Se ganhamos 2010, que havia
em campo na final aqui, nos matam’, disse um de meus 68.346 pessoas.
— e um dos nove do companheiros. ‘El Conejo’ Scopelli Mas admite-se que
Mundial a ter nascido não queria jogar, tinha medo. E 90 mil estiveram
antes de 1900. O mais outros também”, relatou presentes, já que
velho da Copa era o Varallo à revista El muitos entraram sem
goleiro belga De Bie Gráfico. pagar, burlando o
(18/5/1892). policiamento.

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A Jules Rimet
O troféu que estaria em disputa a
partir da Copa no Uruguai foi criado
pelo escultor francês Abel Lafleur.
Originalmente, tinha uma base qua-
drada, que apoiava uma figura alada
representando Nice, a deusa grega
da vitória (em grego, lê-se Nique).
Era chamado de “Vitória das Asas de
Ouro”. Posteriormente, a taça levaria
o nome de Jules Rimet, idealizador da
Copa. O troféu tinha 30 cm e pesava 4 kg,
sendo 1,8 kg de ouro maciço. Na época, cus-
tou US$ 14,5 mil (hoje, só o peso em ouro sairia
por US$ 74 mil). Lafleur, funcionário do Museu
de Rodez, levou sete meses na confecção da peça.
A posse da taça seria transitória. O campeão fi-
caria com ela por quatro anos e a devolveria antes
do Mundial seguinte, até que um país conquistasse
o título três vezes. Em troca, ganharia uma réplica.
Quando o Brasil sagrou-se tricampeão em 1970,
ganhou o direito de ficar com a Jules Rimet para
sempre. Ou pelo menos assim se pensava. Em 19 de
dezembro de 1983, ladrões levaram o troféu da sede
da CBF. A taça estava em uma vitrine com vidro à
prova de balas, mas o fundo da vitrine era facilmen-
te removível. Curiosamente, uma réplica dormia em
um cofre. O argentino Carlos Hernandez, radicado no
Rio de Janeiro, foi o receptador. Quebrou a taça em
pedaços e derreteu o 1,8 kg de ouro. Ele e os compar-
sas acabaram presos, mas fugiram e praticamente não
cumpriram a pena. Em 1984, a Fifa fez uma réplica
da taça e deu-a de presente ao Brasil.
Em 2016, descobriu-se que a base original
da taça, feita de lazulita (uma rocha azul), es-
tava na sede da Fifa, perdida em meio a coisas
sem importância. A base havia sido trocada de-
pois que os alemães ganharam a Copa de 1954
— no lugar da quadrada, foi colocada uma
maior, octogonal e 5 cm mais alta, com espaço
para mais placas com os nomes dos vencedores.

15
15

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Uniformes “alternativos”
Bolívia (1930) Áustria (1934) Itália (1938)
Diante do Contra França,
Brasil, que os alemães, les bleus, de azul.
também jogava também de branco, Itália, azzurra,
de branco, os a Áustria pegou de azul? Nada
bolivianos tiveram emprestada a disso. Os italianos
que mudar de cor camisa azul do mudaram de cor
e usaram a camisa Nápoli. Ganharam por opção própria
da seleção do a simpatia da e ficaram como
Uruguai. torcida local, mas homens de preto, a
perderam o jogo. cor do fascismo.

México (1950) Inglaterra (1970)


Na época, a Pela
camisa do México primeira vez em
era vermelha uma Copa, uma
escura. Não podia seleção usou
ser usada contra a camisas de três
Suíça (vermelha). cores diferentes
Os mexicanos (além de três
vestiram a camisa meias diferentes).
do Cruzeiro de
Porto Alegre.

Argentina (1958) França (1978) Iraque (1986)


Para o jogo Franceses As cores do
com a Alemanha, e húngaros Iraque são verde,
os argentinos entraram de vermelho, preto
usaram a camisa camisa branca. A e branco. Assim,
amarela do IFK França perdeu o chamou atenção
Malmö, da 6ª sorteio e pegou o uniforme todo
divisão sueca (e a camisa do amarelo visto
não a do Malmö FF, Kimberley, da 3ª diante do Paraguai
azul). Pareciam a divisão argentina. (e o todo azul, nos
seleção brasileira. outros dois jogos).

México (2014) Espanha (2014)


Por causa A Fúria tinha
dos protocolos um uniforme preto
Fifa, o México teve e um vermelho.
que enfrentar a A Fifa mandou
Croácia com uma usar branco – cor
camisa verde (até que os espanhóis
aí, tudo bem), um acham que dá
calção preto e um azar. Deu mesmo:
par de meias entre Espanha 1 x 5
vermelho e laranja. Holanda.

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Apelidos
poderosos 1
1958
GK
YASHIN
TCHORNII PAUK
(“Aranha-negra”)

2 3 6
1998 4 1990
DF
1930
DF 2002 DF
ZANETTI DE LEÓN
DF LEANDRO ANDRADE
EL TRATOR RICARDO CORAZÓN DE LEÓN
HIERRO (“Ricardo Coração de MARAVILLA NEGRA
(“O Trator”) (“Maravilha Negra”)
HOMBRE DE HIERRO Leão”)
(“Homem de Ferro”)

5
1978 8
MC 2006
ARDILES MC
LA PÍTON GERRARD
(“A cobra píton”)
CAPTAIN FANTASTIC
(“Capitão Fantástico”)

10
2014
AT
ROONEY
SHREK

7 11
1930 2014
AT AT
SCARONE 9 ROBBEN
EL MAGO 1966 GLAS MAN
(“O Mago”) AT (“Homem de Vidro”)
EUSÉBIO
PANTERA-NEGRA
GK: Goleiro
DF: Defensor
MC: Meio-campista
AT: Atacante

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Itália 1934
A segunda Copa do Mundo saiu do papel antes mesmo da
primeira Copa ser realizada de fato. Em 1929, a Itália ficou con-
trariada porque acabou preterida como sede do primeiro Mundial,
em 1930. Por um lado, boicotou o torneio, no Uruguai. Por outro,
começou a mexer seus pauzinhos para receber a Copa seguinte.
Havia motivos para isso: em 1929, com o primeiro cam-
peonato italiano de futebol, o calcio passava o ciclismo
como esporte número um do país. Além disso, a Itália
era governada pelo primeiro-ministro Benito Mussolini,
que via no futebol um excelente instrumento de propa-
ganda do totalitário regime fascista.
A única ameaça às pretensões da Itália era a Suécia,
que em 1932 se interessou em sediar a Copa. Porém, no
congresso da Fifa, em Estocolmo, os suecos desistiram,
alegando falta de condições financeiras. E a Itália tor-
nou-se país-sede em uma decisão oficializada no dia 8 de
outubro de 1932, em Zurique (Suíça). Estavam abertas
as portas para o ditador Benito Mussolini usar o esporte
para divulgar o regime fascista. Tanto que o ditador “re-
comendou” à imprensa para que se publicassem somente
notícias positivas para a equipe. Críticas não estavam
exatamente proibidas, mas seriam respondidas com atos
como depredar a redação.

Cidades e estádios
Claro que o planejamento de infraestrutura para a Copa não
escapou do crivo de propaganda fascista. O novo estádio de Tu-
rim, por exemplo, teria o nome “Stadio Mussolini”. O de Roma


foi rebatizado como Nazionale PNF (Partido Nacional Fascista,
em italiano). Florença também ganhou um estádio novinho, o
Communale. Obras também foram feitas nos estádios de Nápo-
les (Giorgio Ascarelli), Bolonha (Littorialle), Gênova (Marassi)
e Milão (San Siro). Este último era o primeiro estádio exclusivo
Que Deus o para futebol construído na Itália. Quem pagou a conta? O povo,

proteja se claro. O Partido Fascista arrecadou um bom dinheiro através de


uma loteria nacional e aumentou impostos sobre vários produtos.
essa seleção
fracassar” Eliminatórias
Como o número de inscritos – 32, dentre os 45 países filia-
Do ditador italiano
dos à Fifa na época – era maior que o número de vagas para a
Benito Mussolini ao técnico
Vittorio Pozzo, pouco antes da Copa (16), a Fifa criou um sistema eliminatório, que perdura até
Copa de 1934 começar hoje. Curiosamente, a própria Itália teve que disputar o classi-

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Estádios históricos

Maracanã
Maior do mundo
para a Copa
de 1950, com Wembley
capacidade de Primeiro estádio a ganhar
155 mil, foi tão a denominação de “templo
reformado que só do futebol”, recebeu a
sobrou a casca Copa de 1966. Foi demolido
(e 78 mil lugares) no século 21 para dar lugar
para 2014. a uma arena nova.

Centenário
O principal estádio da Copa do Mundo de 1930 foi batizado de Centenário, em homenagem ao 100 anos de
independência do Uruguai. Ficava afundado no solo e tinha arquibancadas assimétricas, de modo que o campo fica
protegido dos ventos pampeiros. Em 1983, a Fifa declarou que o estádio era um “monumento ao futebol mundial”.

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San Siro
O estádio em Milão,
na Itália, tornou-se
o mais “ampliado” da Ellis Park
história das Copas: de Azteca Erguido em 1903 em Pretória,
35 mil pessoas (em 1934) O estádio na Cidade do México foi o na África do Sul, e palco na
para 76 mil (em 1990). primeiro na história a receber duas Copa de 2010, é o estádio mais
Também é chamado de finais de Copa do Mundo. E em alto antigo já usado em um Mundial.
Giusepe Meazza. estilo: em 1970, viu Pelé sagrar-se
campeão. Em 1986, foi a vez de
Maradona levantar a taça.

Pontiac Silverdome
O estádio em Detroit (Estados Unidos) foi o
primeiro totalmente coberto em uma Copa.
Hoje está desativado e abandonado.
Olímpico
Sapporo Dome Na Copa de 1974, com a
Pináculo dos estádios Alemanha dividida, o estádio
cheios de tecnologia em Berlim — que por sorte
usados no Japão, em ficava no lado ocidental —
2002. O gramado saía recebeu apenas uma partida, a
do estádio (totalmente de abertura. Em 2006, já com
coberto) para tomar sol. a Alemanha unificada, recebeu
cinco, incluindo a final.

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Os 1
asiáticos 2006
GK
KAWAGUCHI
Defendeu um pênalti contra a
Croácia

2 3 4
1998 1978
2002
6
DF DF 2014
DF DF
MAHDAVIKIA DANAYFARD
MUYNG BO-HONG POOLADI
Um dos dois únicos jogadores Fez o primeiro gol do Irã em
do Irã a estar em duas Copas do Mundo Disputou quatro Copas e foi o
treinador da Coreia do Chegou a ficar sem clube depois
Copas (1998 e da Copa do Mundo de
2006) Sul em 2014
2014

7 8 5 10
2002 2010 2002 1994
MC MC MC MC
PARK JI-SUNG HONDA HIDETOSHI NAKATA AL OWAIRAN
Disputou três Copas pela Coreia. Considerado um dos melhores Já foi citado como o melhor Marcou um dos gols mais
Foi cortado em 2014, jogadores japoneses da jogador da Ásia bonitos na história das
sem um bom história Copas
motivo

11 9
1966 1998
AT AT
PARK DOO-IK AL JABER
Marcou o gol da vitória da Coreia Fez gols em três Copas
do Norte sobre a Itália diferentes (1994, 1998
em 1966 e 2006)

GK: Goleiro
DF: Defensor
MC: Meio-campista
AT: Atacante

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Jogos históricos
Brasil 1 x 7 Alemanha (2014)
BRASIL 1
ALEMANHA 7
Gols: Müller (Ale, 11-1º), Klose
(Ale, 23-1º), Kroos (Ale, 24 e 26-
1º), Khedira (Ale, 29-1º), Schürrle
(Ale, 24 e 34-2º), Oscar (Bra, 45-2º)
Data: 08/07/2014
Horário: 17 horas
Local: Mineirão (Belo Horizonte)
Público: 58.141
Árbitro: Marco Rodríguez (MEX)
Cartões amarelos:
Dante
Fernandinho lamenta um dos gols sofridos pelo Brasil

O Brasil entrou na semifinal da Copa de 2014 sem seu prin-


cipal craque (Neymar, machucado) e sem seu capitão (Thiago
Silva, suspenso). Mas até que se mostrou animado. Cantou o
Brasil
hino à capela e começou melhor o duelo. Mas, então, a Ale- Técnico: Luiz Felipe Scolari
manha conseguiu um escanteio. Kroos bateu. E
12
Müller, sem marcação, chutou no meio do gol. A
Júlio César
bola passou por Júlio César. Gol da Alemanha. O 4 13
Brasil, mesmo com 59% de posse de bola àque- David Luiz Dante
23 6
la altura, não conseguiu jogar mais. Os alemães 5 17
Maicon Marcelo
sufocavam a saída de bola no campo de ataque. Fernandinho Luiz Gustavo
8. Paulinho, int
E tiraram extremo proveito do nervosismo bra-
11
sileiro: marcaram quatro gols em seis minutos,
7 Oscar 20
um recorde absoluto em Copas do Mundo. Os 9
Hulk Bernard
estrangeiros no estádio Mineirão olhavam para 16. Ramires, int Fred
19. Willian, 25-2º
os brasileiros com uma cara de “o que está acon- 11 13
tecendo?”. Os brasileiros retrucavam com outro 8 Klose Müller
olhar, que dizia: “O que vocês estão olhando? Özil 9.Schürrle, 13-2º

Também não sabemos o que está acontecendo”. 8 6


Kroos Khedira
E assim terminou o primeiro tempo. No interva- 7 14.Draxler, 31-2º
lo, soube-se depois, os alemães resolveram tirar o Schweinsteiger 16
4
pé, em respeito ao time brasileiro. Mesmo assim, 5 Lahm
Höwedes 20
Schürrle, que havia entrado no segundo tempo, Hummels Boateng
17.Mertesacker, int
marcou mais dois gols. O Brasil descontou aos 1
Neuer
45 minutos, com Oscar. A goleada de 7 a 1 foi
justificada pelo técnico Luiz Felipe Scolari e pelo time como Alemanha
Técnico: Joachim Löw
um “apagão coletivo”. Para o Brasil, virou sinônimo de piada,
de vexame, de povo fracassado. Uma versão século XXI para o
“complexo de vira-lata” de Nelson Rodrigues.

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Todas as decisões por pênaltis
A decisão por pênaltis foi uma invenção do árbitro alemão Karl Wald, em 1970. Ela
chegou a ser usada em outros torneios internacionais, como a Eurocopa — na ocasião, a Tche-
coslováquia ficou com o título ao bater a Alemanha por 5 a 3 nas cobranças, após empate em
2 a 2. A estreia em uma Copa do Mundo foi em 1982.

França 4 x 5 Alemanha Brasil 3 x 4 França Alemanha 4 x 1 México


Semifinal de 1982 Quartas de final de 1986 Quartas de final de 1986
Com bola rolando: 3 x 3 Com bola rolando: 1 x 1 Com bola rolando: 0 x 0
Giresse (gol) Kaltz (gol) Socrates (defesa) Stopyra (gol) Allofs (gol) Negrete (gol)
Amoros (gol) Breitner (gol) Alemão (gol) Amoros (gol) Brehme (gol) Quirarte (defesa)
Rocheteau (gol) Stielike (defesa) Zico (gol) Bellone (gol) Matthäus (gol) Servin (defesa)
Six (defesa) Littbarski (gol) Branco (gol) Platini (fora) Littbarski (gol)
Platini (gol) Rummenigge (gol) Júlio César (trave) Fernandez (gol) No gol: Schumacher No gol: Larios
Bossis (defesa) Hrubesch (gol) No gol: Carlos No gol: Bats
No gol: Ettori No gol: Schumacher

Espanha 4 x 5 Bélgica Romênia 4 x 5 Irlanda Argentina 3 x 2 Iugoslávia


Quartas de final de 1986 Oitavas de final de 1990 Quartas de final de 1990
Com bola rolando: 1 x 1 Com bola rolando: 0 x 0 Com bola rolando: 0 x 0
Señor (gol) Claesen (gol) Hagi (gol) Sheedy (gol) Serrizuela (gol) Stojkovic (trave)
Eloy (defesa) Scifo (gol) Lupu (gol) Houghton (gol) Burruchaga (gol) Prosinecki (gol)
Chendo (gol) Broos (gol) Rotariu (gol) Townsend (gol) Maradona (defesa) Savicevic (gol)
Butragueño (gol) Vervoort (gol) Lupescu (gol) Cascarino (gol) Troglio (trave) Brnovic (defesa)
Victor (gol) Leo van der Elst (gol) Timofte (defesa) O’Leary (gol) Dezotti (gol) Hadzibegic (defesa)
No gol: Zubizarreta No gol: Pfaff No gol: Lung No gol: Bonner No gol: Goycochea No gol: Ivkovic

Itália 3 x 4 Argentina Inglaterra 3 x 4 Alemanha México 1 x 3 Bulgária


Semifinal de 1990 Semifinal de 1990 Oitavas de final de 1994
Com bola rolando: 1 x 1 Com bola rolando: 1 x 1 Com bola rolando: 1 x 1
Baresi (gol) Serrizuela (gol) Lineker (gol) Brehme (gol) García Aspe (trave) Balakov (trave)
Roberto Baggio (gol) Burruchaga (gol) Beardsley (gol) Matthäus (gol) Bernal (defesa) Guentchev (gol)
De Agostini (gol) Olarticoechea (gol) Platt (gol) Riedle (gol) Rodriguez (defesa) Borimirov (gol)
Donadoni (defesa) Maradona (gol) Pearce (defesa) Thon (gol) Suarez (gol) Letchkov (gol)
Serena (defesa) Waddle (fora) No gol: J. Campos No gol: Mihailov
No gol: Zenga No gol: Goycochea No gol: Shilton No gol: Illgner

Suécia 5 x 4 Romênia Itália 2 x 3 Brasil Argentina 4 x 3 Inglaterra


Quartas de final de 1994 Final de 1994 Oitavas de final de 1998
Com bola rolando: 2 x 2 Com bola rolando: 0 x 0 Com bola rolando: 2 x 2
Mild (fora) Raducioiu (gol) Baresi (fora) M. Santos (defesa) Berti (gol) Shearer (gol)
K.Andersson (gol) Hagi (gol) Albertini (gol) Romário (gol) Crespo (defesa) Ince (defesa)
Brolin (gol) Lupescu (gol) Evani (gol) Branco (gol) Verón (gol) Merson (gol)
Ingesson (gol) Petrescu (defesa) Massaro (defesa) Dunga (gol) Gallardo (gol) Owen (gol)
Nilsson (gol) Dumitrescu (gol) R. Baggio (fora) No gol: Taffarel Ayala (gol) Batty (defesa)
Larsson (gol) Belodedici (defesa) No gol: Pagliuca No gol: Roa No gol: Seaman
No gol: Ravelli No gol: Prunea

280

O livro de ouro das copas_05.indd 280 19/02/2018 09:29


França 4 x 3 Itália Brasil 4 x 2 Holanda Irlanda 2 x 3 Espanha
Quartas de final de 1998 Semifinal de 1998 Oitavas de final de 2002
Com bola rolando: 0 x 0 Com bola rolando: 1 x 1 Com bola rolando: 1 x 1
Zidane (gol) Roberto Baggio (gol) Ronaldo (gol) Frank de Boer (gol) Robbie Keane (gol) Hierro (gol)
Lizarazu (defesa) Albertini (defesa) Rivaldo (gol) Bergkamp (gol) Holland (trave) Baraja (gol)
Trezeguet (gol) Costacurta (gol) Emerson (gol) Cocu (defesa) Connolly (defesa) Juanfran (fora)
Henry (gol) Vieri (gol) Dunga (gol) R. de Boer (defesa) Kilbane (defesa) Valeron (fora)
Blanc (gol) Di Biagio (trave) No gol: Taffarel No gol: Van der Sar Finnan (gol) Mendieta (gol)
No gol: Barthez No gol: Pagliuca No gol: Given No gol: Casillas

Coreia 5 x 3 Espanha Ucrânia 3 x 0 Suíça Alemanha 4 x 2 Argentina


Quartas de final de 2002 Oitavas de final de 2006 Quartas de final de 2006
Com bola rolando: 0 x 0 Com bola rolando: 0 x 0 Com bola rolando: 1 x 1
Sun-Hong (gol) Hierro (gol) Shevchenko (defesa) Streller (defesa) Neuville (gol) Julio Cruz (gol)
Park Ji-Sung (gol) Baraja (gol) Milevskyi (gol) Barnetta (trave) Ballack (gol) Ayala (defesa)
Seol Ki-Hyeon (gol) Xavi (gol) Rebrov (gol) Cabanas (defesa) Podolski (gol) Maxi Rodríguez (gol)
Jung-Hwan (gol) Joaquín (defesa) Gusev (gol) Borowski (gol) Cambiasso (defesa)
Myung-Bo (gol) No gol: Shovkovski No gol: Zuberbühler No gol: Lehmann No gol: Abbondanzieri
No gol: Won-Jae No gol: Casillas

Portugal 3 x 1 Inglaterra Itália 5 x 3 França Paraguai 5 x 3 Japão


Quartas de final de 2006 Final de 2006 Oitavas de final de 2010
Com bola rolando: 0 x 0 Com bola rolando: 1 x 1 Com bola rolando: 0 x 0
Simão (gol) Lampard (defesa) Pirlo (gol) Wiltord (gol) Barreto (gol) Endo (gol)
Hugo Viana (trave) Hargreaves (gol) Materazzi (gol) Trezeguet (trave) Barrios (gol) Hasebe (gol)
Petit (fora) Gerrard (defesa) De Rossi (gol) Abidal (gol) Riveros (gol) Komano (travessão)
Postiga (gol) Carragher (defesa) Del Piero (gol) Sagnol (gol) Valdez (gol) Honda (gol)
C.Ronaldo (gol) Grosso (gol) Cardozo (gol)
No gol: Ricardo No gol: Robinson No gol: Buffon No gol: Barthez No gol: Villar No gol: Kawashima

Uruguai 4 x 2 Gana Brasil 3 x 2 Chile Costa Rica 5 x 3 Grécia


Quartas de final de 2010 Oitavas de final de 2014 Oitavas de final de 2014
Com bola rolando: 1 x 1 Com bola rolando: 1 x 1 Com bola rolando: 1 x 1
Forlan (gol) Gyan (gol) David Luiz (gol) Pinilla (defesa) Borges (gol) Mitroglou (gol)
Victorino (gol) Appiah (gol) Willian (fora) Sánchez (defesa) Ruiz (gol) Christod. (gol)
Scotti (gol) J. Mensah (defesa) Marcelo (gol) Aránguiz (gol) González (gol) Holebas (gol)
Maxi (fora) Adiyiah (defesa) Hulk (defesa) Díaz (gol) Campbell (gol) Gekas (defesa)
Abreu (gol) Neymar (gol) Jara (trave) Umaña (gol)
No gol: Muslera No gol: Kingston No gol: Júlio César No gol: Bravo No gol: Navas No gol: Karnezis

Costa Rica 3 x 4 Holanda Holanda 2 x 4 Argentina


Quartas de final de 2014 Semifinal de 2014
Com bola rolando: 0 x 0 Com bola rolando: 0 x 0
Borges (gol) Van Persie (gol) Vlaar (defesa) Messi (gol)
Ruiz (defesa) Robben (gol) Robben (gol) Garay (gol)
González (gol) Sneijder (gol) Sneijder (defesa) Agüero (gol)
Bolaños (gol) Kuyt (gol) Kuyt (defesa) Maxi Rodríguez (gol)
Umaña (defesa) No gol: Cillessen No gol: Romero
No gol: Navas No gol: Krul

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Rússia 2018
A Copa de 2018 tinha nada menos que nove candidaturas: Aus-
trália, Coreia do Sul, Espanha/Portugal (juntos), Estados Unidos,
Holanda/Bélgica (juntos), Inglaterra, Japão, Qatar e Rússia. Isso
em 2010. Com tantos candidatos, a Fifa teve a ideia de escolher,
de uma vez só, as sedes para 2018 e 2022 — os europeus concor-
reriam pela Copa de 2018 e os outros, pelo mundial de
quatro anos depois. No dia 2 de dezembro de 2010, Rússia
e Qatar foram os eleitos. Contudo, a eleição dupla ficou
manchada. Havia suspeitas de lobbies entre dirigentes e
de compra de votos. De forma geral, as denúncias atin-
giam bem mais a candidatura do Qatar que a da Rússia.
A Fifa levou essas e outras denúncias em banho-ma-
ria até 28 de maio de 2015, quando foi surpreendida por
uma investigação geral, envolvendo o FBI, a polícia fe-
deral norte-americana. O momento não podia ser mais
impróprio: véspera da eleição para presidente da Fifa, na
qual o suíço Joseph Blatter tinha tudo para conquistar um
quinto mandato. Blatter escapou da investigação em um
primeiro momento. E, em 29 de maio, derrotou Ali bin Al-
-Hussein, príncipe da Jordânia, na eleição para presidente.
Mas, pressionado, renunciou quatro dias depois. Prometeu
apenas ficar no cargo até a realização de uma nova elei-
ção, que ocorreu em 26 de fevereiro de 2016. Nesse dia, quem


acabou eleito foi o suíço Gianni Infantino, secretário-geral da Fifa.

Cidades e estádios
Nos tempos em que a Rússia era uma das 15 repúblicas da
União Soviética, houve a candidatura soviética para a Copa de
Por que 1990, que acabou indo parar na Itália. Desta vez, sem o governo
eu deveria comunista, prometeu-se investir US$ 3,8 bilhões na construção

renunciar? e reforma de estádios, US$ 2,2 bilhões no futebol do país e US$


11,5 bilhões apenas em infraestrutura. Na prática, o orçamento
Isso seria total ficou em US$ 11,8 bilhões, após vários cortes. O número de
admitir cidades-sede acabou reduzido para 11, sendo que Moscou teria
que fiz algo dois estádios. Um deles, o tradicional Luzhniki, palco da Olimpíada
errado” de 1980, ficou quatro anos em reformas e a obra não terminou a
tempo da Copa das Confederações de 2017. A Fifa não gostou.
De Joseph Blatter, em 30 de Sem o Luzhniki, a final da Copa das Confederações foi para
maio de 2015, um dia após o São Petersburgo Stadium. Lá, a Alemanha venceu o Chile por
ser eleito para mais mum
mandato como presidente 1 a 0 e conquistou o título. Mas o grande vencedor da Copa das
da Fifa. No dia 3 de junho, Confederações foi o árbitro de vídeo (VAR, na sigla em inglês).
pressionado, ele renunciou Lances polêmicos, como impedimentos, pênaltis e bolas que

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A BOLA
Telstar 18

passam ou não a risca de gol, seriam analisados por vídeo para


haver um veredicto 100% correto. Houve contratempos e a Fifa
admitiu que o sistema ainda precisaria de ajustes para a Copa.

Eliminatórias
As Eliminatórias registraram 209 países em Cidade Estádio Capacidade
disputa e um punhado de surpresas, como as quedas Ekaterinburgo Ekaterinburg Arena 44.130
dos tradicionais Holanda, Itália e Estados Unidos. Kaliningrado Kaliningrad Stadium 35.212
Na América do Sul, o Brasil começou mal e, pas- Kazan Kazan Arena 45.105
Moscou Luzhniki 81.000
sadas algumas rodadas, chegou a figurar abaixo Moscou Spartak Stadium 45.360
da zona de classificação. Bastou a troca de Dunga Nizhni Novgorod Nizhny Novgorod Stadium 44.899
por Tite no comando para a equipe engatar uma Rostov Rostov Arena 43.702
Samara Samara Arena 44.918
sequência de nove vitórias e tornar-se a primeira São Petersburgo Saint Petersburg Stadium 68.134
a se classificar para a Rússia. A Argentina, por sua Saransk Mordovia 45.015
vez, só garantiu vaga na última rodada. O Chile, Sochi Fisht Stadium 47.659
Volgogrado Volgograd Arena 45.015
campeão das Copas Américas de 2015 e 2016, nem
isso. Ficou atrás do Peru, que conseguiu a última vaga em dispu-
ta ao derrotar a Nova Zelândia na repescagem intercontinental.

Sorteio e fórmula Estreantes em Copas


Islândia
O ranking da Fifa foi usado para definir Alemanha, Brasil,
Panamá
Portugal, Argentina, Bélgica, Polônia e França como cabeças de
chave – o oitavo era a Rússia, país-sede. Assim como em 2014,
seleções tradicionais perderam espaço para outras menos cotadas.
A Espanha, presente em todos os Mundiais desde 1978 e cam-
peã em 2010, não foi cabeça de chave, ao contrário da Polônia.
No sorteio das chaves, em 1º de dezembro, nenhum grupo ficou
muito forte, mas alguns ficaram mais fracos, como o A (Rússia,
Uruguai, Egito e Arábia) e o C (França, Austrália, Peru e Dina-
marca). O Brasil caiu com Suíça, Costa Rica e Sérvia.

Os favoritos
O ranking que definiu os cabeças de chave não coincidia Ausência
A Itália ficou atrás da
muito com o grupo de favoritos, a seis meses da Copa. A
Espanha no grupo da Eliminatória
Alemanha virou a equipe a ser batida depois que ganhou a e caiu para a repescagem, diante
Copa das Confederações usando uma espécie de “time C” da Suécia. Os italianos levaram 1 a 0
e os adversários temiam o que aconteceria quando os ale- no primeiro jogo e, na partida de volta,
mães juntassem os jogadores campeões mundiais de 2014. não superaram a retranca sueca. O
empate em 0 a 0 deixou a Azzurra de
A França estava mais bem cotada que os favoritos de sem-
fora da Copa. A imprensa italiana
pre: o Brasil de Neymar, a Argentina de Messi, a Espanha chamou a eliminação de
de Iniesta e Portugal, campeão europeu e que tem Cristiano “apocalipse”.
Ronaldo, eleito o melhor jogador do mundo em 2016 e 2017.

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Campanhas históricas somadas
Países Copas PG J % V E D GP MGP GC MGC SG CA CV VP
1º Brasil 20 230 104 74 70 17 17 221 2,13 102 0,98 119 97 11 3
2º Alemanha 18 222 106 70 66 20 20 224 2,11 121 1,14 103 112 7 4
3º Itália 18 157 83 63 45 21 17 128 1,54 77 0,93 51 91 8 1
4º Argentina 16 144 77 62 42 14 21 131 1,70 84 1,09 47 110 10 4
5º Espanha 14 100 59 56 29 12 18 92 1,56 66 1,12 26 64 1 1
6º França 14 98 59 55 28 12 19 106 1,80 71 1,20 35 56 6 2
7º Inglaterra 14 98 62 53 26 20 16 78 1,26 55 0,89 23 51 3
8º Holanda 10 94 50 63 27 12 11 86 1,72 48 0,96 38 94 7 1
9º Uruguai 12 73 51 48 20 12 19 80 1,57 71 1,39 9 60 9 1
10º Suécia 11 62 46 45 16 13 17 74 1,61 69 1,50 5 40 3 1
11º Rússia (1) 10 59 40 49 17 8 15 66 1,65 47 1,18 19 39 3
12º Sérvia (2) 11 59 43 46 17 8 18 64 1,49 59 1,37 5 47 5
13º México 15 56 53 35 14 14 25 57 1,08 92 1,74 -35 72 6
14º Bélgica 12 52 41 42 14 9 18 52 1,27 66 1,61 -14 36 3 1
15º Polônia 7 50 31 54 15 5 11 44 1,42 40 1,29 4 41 1
16º Hungria 9 48 32 50 15 3 14 87 2,72 57 1,78 30 6 5
17º Portugal 6 44 26 56 13 4 9 43 1,65 29 1,12 14 44 6 1
18º Rep. Tcheca (3) 9 41 33 41 12 5 16 47 1,42 49 1,48 -2 24 6
19º Áustria 7 40 29 46 12 4 13 43 1,48 47 1,62 -4 23 1
20º Chile 9 40 33 40 11 7 15 40 1,21 49 1,48 -9 43 3
21º Suíça 10 39 33 39 11 6 16 45 1,36 59 1,79 -14 30 1
22º Paraguai 8 32 27 40 7 10 10 30 1,11 38 1,41 -8 40 2 1
23º Estados Unidos 10 30 33 30 8 6 19 37 1,12 62 1,88 -25 50 4
24º Romênia 7 29 21 46 8 5 8 30 1,43 32 1,52 -2 32 1
25º Dinamarca 4 26 16 54 8 2 6 27 1,69 24 1,5 3 31 3
26º Coreia do Sul 9 25 31 27 5 9 17 31 1,00 67 2,16 -36 62 2 1
27º Croácia 4 23 16 48 7 2 7 21 1,31 17 1,06 4 35 4
28º Colômbia 5 23 18 43 7 2 9 26 1,44 27 1,50 -1 22 0
29º Costa Rica 4 20 15 44 5 4 6 17 1,13 23 1,53 -6 31 1 1
30º Escócia 8 19 23 28 4 7 12 25 1,09 41 1,78 -16 17 1
31º Camarões 7 19 23 28 4 7 12 18 0,78 43 1,87 -25 47 8
32º Nigéria 5 18 18 33 5 3 10 20 1,11 26 1,44 -6 27 1
33º Bulgária 7 18 26 23 3 8 15 22 0,85 53 2,04 -31 36 3 1
34º Turquia 2 16 10 53 5 1 4 20 2,00 17 1,70 3 18 2
35º Japão 5 16 17 31 4 4 9 14 0,82 22 1,29 -8 31 0
36º Irlanda 3 15 13 38 2 8 3 10 0,77 10 0,77 0 16 0 1
37º Gana 3 15 12 42 4 3 5 13 1,08 16 1,33 -3 34 1
38º Peru 4 15 15 33 4 3 8 19 1,27 31 2,07 -12 9 1
39º Irlanda do Norte 3 14 13 36 3 5 5 13 1,00 23 1,77 -10 9 1
40º Equador 3 13 10 43 4 1 5 10 1,00 11 1,10 -1 23 1

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41º Argélia 4 12 13 31 3 3 7 12 0,92 17 1,31 -5 16 2
42º Costa do Marfim 3 10 9 37 3 1 5 13 1,44 14 1,56 -1 20 1
43º África do Sul 3 10 9 37 2 4 3 11 1,22 16 1,78 -5 20 2
44º Marrocos 4 10 13 26 2 4 7 12 0,92 18 1,38 -6 19 0
45º Noruega 3 9 8 38 2 3 3 7 0,88 8 1,00 -1 13 0
46º Austrália 4 9 13 23 2 3 8 11 0,85 26 2,00 -15 25 4
47º Senegal 1 8 5 53 2 2 1 7 1,40 6 1,20 1 14 1
48º Alem.Oriental 1 8 6 44 2 2 2 5 0,83 5 0,83 0 10 0
49º Ucrânia 1 8 5 53 2 1 2 5 1,00 7 1,40 -2 12 1 1
50º Grécia 3 8 10 27 2 2 6 5 0,5 20 2,00 -15 20 1
51º Arábia Saudita 4 8 13 21 2 2 9 9 0,69 32 2,46 -23 23 1
52º Tunísia 4 7 12 19 1 4 7 8 0,67 17 1,42 -9 29 1
53º País de Gales 1 6 5 40 1 3 1 4 0,80 4 0,80 0 0 0
54º Irã 4 6 12 17 1 3 8 7 0,58 22 1,83 -15 18 0
55º Eslováquia 1 4 4 33 1 1 2 5 1,25 7 1,75 -2 11 0
56º Eslovênia 2 4 6 22 1 1 4 5 0,83 10 1,67 -5 19 1
57º Cuba 1 4 3 44 1 1 1 5 1,67 12 4,00 -7 0 0
58º Coreia do Norte 2 4 7 19 1 1 5 6 0,86 21 3,00 -15 2 0
59º Bósnia-Herzegovina 1 3 3 33 1 0 2 4 1,33 4 1,33 0 3 0
60º Jamaica 1 3 3 33 1 0 2 3 1,00 9 3,00 -6 5 1
61º Nova Zelândia 1 3 6 17 0 3 3 4 0,67 14 2,33 -10 6 0
62º Honduras 3 3 9 11 0 3 6 3 0,33 14 1,56 -11 14 2
63º Angola 1 2 3 22 0 2 1 1 0,33 2 0,67 -1 9 1
64º Israel 3 2 3 22 0 2 1 1 0,33 3 1,00 -2 4 0
65º Egito 2 2 4 17 0 2 2 3 0,75 6 1,50 -3 4 0
66º Kuwait 1 1 3 11 0 1 2 2 0,67 6 2,00 -4 3 0
67º Trinidad e Tobago 1 1 3 11 0 1 2 0 0 4 1,33 -4 9 1
68º Bolívia 3 1 6 6 0 1 5 1 0,17 20 3,33 -19 7 2
69º Iraque 1 0 3 0 0 0 3 1 0,33 4 1,33 -3 9 1
70º Togo 1 0 3 0 0 0 3 1 0,33 6 2,00 -5 9 1
71º Canadá 1 0 3 0 0 0 3 0 0 5 1,67 -5 2 1
72º Indonésia (4) 1 0 1 0 0 0 1 0 0 6 6,00 -6 0 0
73º Emirados Árabes 1 0 3 0 0 0 3 2 0,67 11 3,67 -9 6 1
74º China 1 0 3 0 0 0 3 0 0 9 3,00 -9 5 1
75º Haiti 1 0 3 0 0 0 3 2 0,67 14 4,67 -12 3 0
76º Rep. D. Congo (5) 1 0 3 0 0 0 3 0 0 14 4,67 -14 2 1
77º El Salvador 2 0 6 0 0 0 6 1 0,17 22 3,67 -21 9 0
(1) Inclui União Soviética; (2) Inclui Iugoslávia; (3) Inclui Tchecoslováquia; (4) antigamente, Índias Holandesas; (5) antigamente, Zaire

PG: Pontos ganhos; J: Jogos; %: Aproveitamento de pontos; V: Vitórias; E: Empates; D:


Derrotas; GP: Gols pró; MGP: Média de gols pró; GC: Gols contra; MGC: Média de gols con-
tra; SG: Saldo de gols; CA: Cartões amarelos; CV: Cartões vermelhos; VP: Vitórias nos pênaltis.
Este ranking computa o desempenho global de todas as seleções em Copas do Mundo, se-
guindo dois critérios. O primeiro: todas as vitórias valem três pontos, independentemente do ano.
O segundo: cada time que venceu um jogo nos pênaltis ganha um ponto extra.

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Agradecimentos
Rachel, minha mulher, companheira no primeiro tempo, no segundo tempo, na prorrogação e
na disputa de pênaltis.
Kael e Iago, meus filhos, a quem pretendo passar o amor pelo futebol e pelas Copas do Mundo.
Elisa da Mota Vellozo, minha mãe, que fomentou o gosto pelas palavras.
Jaceguay Feuerschuette de Laurindo Ribas, meu pai, que fomentou o gosto pelo futebol.
Silvio Rauth Filho, meu amigo, pela discussão de ideias.
Rafael Maia, Henrique Leinig, Ayrton Tartuce Correia, Ayrton Baptista Júnior, Pedro Luis Woiski
Franco, Rafael Favoreto, Felipe Dutra, Guilherme de Paula Batista, Moacir Máximo da Silva,
Agueda Magalhães da Silva, Eduardo Monsanto, Eduardo Elias, Luciano Borges, Márcia Gatti,
Thiago Tufano, Bianca Menelli Cardoso Tepassé, Fernando Pitanga e a todos que, de um jeito
ou outro, ajudaram na elaboração desta obra.

O autor
Graduado em Publicidade e em Jornalismo, Lycio
Vellozo Ribas é jornalista esportivo desde 1998,
ano em que começou a trabalhar no Jornal do Esta-
do (atual Bem Paraná), em Curitiba. Era subeditor
de esportes durante a Copa do Mundo de 1998.
Depois, chegou aos cargos de editor e esportes e
secretário de redação, que ocupou durante as Co-
pas de 2002, 2006 , 2010 e 2014. Mas o gosto por
pesquisar informações sobre futebol começou em
1982. Como tantos outros milhões de brasileiros,
chorou em 1982, assim como festejou em 2002 e
ficou indignado em 2014.

Créditos das fotos


Reprodução de cartazes das Copas (4, 16, 28, 40, 52, 66, 78, 90, 104, 118, 130, 142, 158, 172, 186, 202, 218, 234, 248, 264, 284),
Reprodução de bolas das Copas (5, 17, 29, 41, 53, 67, 79, 91, 105, 119, 131, 143, 159, 173, 187, 203, 219, 235, 249, 265, 285),
Reprodução de painel no estádio Centenário (10, 46), Lycio Vellozo Ribas (13, 117, 230-231), Popperphoto / Getty Images (22, 34,
85, 111, 115), STAFF/AFP/Getty Images (37, 157), Dpa/Corbis (59, 125, 137), Haynes Archive/Popperfoto/Getty Images (63), Domínio
publico (73, 230a), Keystone/Getty Images (77), Hulton Archive/Getty Images (97), Reprodução/EA Sports (100), Reprodução de
video (102, 201, 243), Bob Thomas/Getty Images (150), Reprodução (153), Sven Simon /dpa/Corbis (166), Bongarts/Getty Images
(180), Mark Leech/Getty Images (194, 197), Christian Liewig/TempSport/Sygma/Corbis (211), Nilton Santos/Agência Guaraná (227),
Daniel Basil / Portal da Copa (230b), Ryan Pierse - FIFA/FIFA via Getty Images (257), Roberto Schmidt /AFP/Getty Images (263),
Jamie McDonald/Getty Images for Sony (273), Jefferson Bernardes/ Vipcomm (277), Rachel Ribas (288)

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