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Seminario VI Modulo 1

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1) Que é regra-matriz de incidência tributária?

Qual a sua funcionalidade


operacional no Direito Positivo?
A regra-matriz de incidência tributária é a norma jurídica tributária em sentido
estrito, sendo essencialmente a definição de uma norma geral e abstrata e
genérica que define as normas do tipo tributário, definindo seus critérios: (i)
material, (ii) temporal, (iii) espacial, (iv) subjetivo e (v) quantitativo, de forma a
compor a regra de conduta tributária a ser inserida no ordenamento e a ser
aplicada no dia-a-dia. Assim, também nos define a conduta tributária a ser
observada pelo Fisco e pelo contribuinte, informando-lhe em razão do quê,
quando e onde um dado sujeito passivo, ou seu substituto, deve prestar para
determinado sujeito ativo determinada quantia apurada, mediante delimitação de
uma base de cálculo e respectiva alíquota, o "quantum" da obrigação de natureza
tributária. Neste enfoque, então, temos que a regra-matriz de incidência tributária
é uma norma jurídica gerale abstrata que descreve: dada 'x' hipótese, deve ser o
conseqüente 'y', dispondo sobre condutas. Tendo por compreendido, pois, o juízo
hipotético condicional que prevê um fato social (relativo à incidência) e liga a ele
uma conseqüência (nascimento da relação jurídica tributária).

2) Que é hipótese de incidência Tributária? Qual sua função na composição RMIT?


Vamos, primeiramente, estabelecer a conceituação de hipótese de incidência
tributária, que é a descrição legal de um fato, ou seja, é a formulação hipotética,
prévia e genérica, contida na lei, de um fato. Resumidamente, é a previsão legal
de um fato.
A hipótese é una e indivisível, não havendo possibilidade de se falar em tipo. Cada
tributo possui uma hipótese de incidência, sendo a mesma explorada ao máximo
para que seja aplicável somente àquele tributo.

Neste sentido, pode-se dizer que a hipótese de incidência tributária é a descrição


hipotética, contida na lei, do fato apto a dar nascimento à obrigação.
Cabe, agora, ressaltar o conceito de fato imponível, diferenciando-lhe da hipótese
de incidência. Segundo o professor Paulo de Barros Carvalho: “Quanto a fato
imponível, ainda que corresponda, razoavelmente, àsituação do mundo exterior
que pretende simbolizar, traz um pequeno obstáculo de ordem semântica. Em
princípio, fato imponível seria aquela ocorrência que estivesse sujeita à imposição
tributária, por isso imponível, quer dizer, passível de sofrer imposição. Não é,
propriamente, o que se passa. Apenas surge o fato, constituído pela linguagem
competente, e a incidência se dá, automática e infalível,fazendo desabrochar a
relação jurídica. Não existe o fato anteriormente à incidência, de tal modo que,
enquanto imponível, não é ainda fato e, após a incidência, de modo, concomitante
com seu nascimento, já assumiu, plenitude, os dons da sua jurisprudência.” ( Curso
de Direito Tributário, Paulo de Barros Carvalho – página .
Pois bem, a Hipótese de Incidência Tributária, nada mais é que aformulação
prévia, hipotética e genérica, contida na lei, de um fato. É o espelho de um fato,
seu desenho, a imagem conceitual que temos dele. Já quanto a sua sua função na
composição RMIT, Paulo de Barros Carvalho preleciona que o tipo tributário é
definido por dois fatores: hipótese de incidência e base de cálculo. E completa
dizendo que tal binômio tem a propriedade de diferençar as espécies
tributáriasentre si, sendo também operativo dentro das próprias subespécies.
Sendo assim, por meio de tal binômio, é possivel classificar o tributo, dizendo se o
mesmo é um imposto, taxa ou contribuição, bem como anunciar a modalidade
Seminário vi – regra-matriz de incidência - hipótese tributária
Páginas: 7 (1503 palavras) Publicado: 9 de agosto de 2012

Curso de Especialização em Direito Tributário – IBET


Módulo 1 - Tributo e Segurança Jurídica
Aluno: Gustavo Fernandes de Carvalho (turma de 3.ª feira)
Professora: Renata Bilhin

SEMINÁRIO VI

Questões:

1. Que é regra-matriz de incidência tributária? Qual sua funcionalidade


operacional no direito positivo?
R: Regra-matriz de incidência tributária pode ser vista de duas formas, como a
regra que marca o núcleo da incidência fiscal, ou seja, aquela que institui o tributo,
ou como o esquema lógico que serve para interpretar os textos jurídicos.
De acordo com Aurora Tomazini [1], duas são as funções do esquema lógico da
regra-matriz, quais sejam: 1) delimitar o âmbito da incidência normativa, e 2)
controlar a constitucionalidade e legalidade normativa.

2. Que é hipótese de incidência tributária? Qual sua função na composição da


RMIT? Por que?
R: É a descrição de uma situação futura que virá a ser considerada fato jurídico,
capaz de ocasionar a incidência do tributo. Sua função é estabelecer critérios de
uma situação objetiva, que se observada terá relevância para o mundo jurídico
acarretando a incidência do tributo. Ou seja, a ela cabe oferecer informações
necessárias para que se possa identificar o fato sempre que ele ocorrer, sendo
certo que as informações básicas que devem estar presentes na RMIT são aquelas
referentes a ação, tempo e lugar, que são os critérios denominados por Paulo de
Barros como material, espacial e temporal.

3. Há necessidade de um critério pessoal compor a hipótese da RMIT? Por que?


R: Não. O critério pessoal consiste eminformações mínimas necessárias para
identificar o vínculo jurídico a ser instaurado com a verificação do fato descrito na
hipótese.[2] Tal informação não importa para o fato descrito na hipótese, eis que
o direito tributário não delimita quem será a pessoa específica que irá pagar o
tributo, motivo pelo qual, segundo Paulo de Barros, não precisa nela constar,
devendo sim ser encontrada no consequente daRMIT.

4. Cotejar os conceitos de “critério espacial da hipótese tributária” e “vigência


territorial da lei”; “critério temporal da hipótese tributária” e “vigência da lei no
tempo”.
R: O critério espacial da hipótese e campo de eficácia da lei tributária são
entidades ontologicamente distintas, assim como critério temporal da hipótese
tributária e vigência da lei no tempo não se confundindo.
Ocritério espacial da hipótese tributária é a indicação de circunstância de lugar,
contidas explícita ou implicitamente na hipótese de incidência, relevantes para a
configuração do fato imponível[3], ou seja, é o local da ação. Por sua vez, como
vigência territorial da lei, tem-se o âmbito territorial de validade da lei, isto é, na
área espacial a que estende a competência do legislador tributário.Por sua vez, o
critério temporal da hipótese tributária, é o momento em que se completam os
requisitos legais para produção dos efeitos jurídicos em que se dá a incidência da
norma e criação da obrigação tributária, o que nada tem a ver vigência da lei no
tempo.

5. Que é incidência? Descrever, com suas palavras, a fenomenologia da incidência


tributária, diferenciando, se possível, incidência de aplicação do direito.
R: Incidência é a imputação de efeitos na ordem jurídica a determinado fato a que
se atribui juridicidade com a aplicação da norma.
A fenomenologia pode ser descrita da seguinte forma: O aplicador, ao verificar a
ocorrência de um evento que se enquadra na hipótese normativa de uma
determinada norma jurídica geral e abstrata que construiu através da
interpretação dalinguagem jurídica, o relata para o direito através de uma
linguagem jurídica própria, mediante uma norma individual e concreta,
constituindo o fato jurídico, sendo a ele imputado a relação jurídica
correspondente, instituída com base nos critérios do consequente da norma geral
e abstrata.

Regra matriz de incidência tributária


Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
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A regra-matriz de incidência tributária é uma norma de conduta que visa
disciplinar a relação jurídico-tributária entre o fisco e o contribuinte.
A lei prevê um determinado fato jurídico tributário como hipótese de incidência
tributária e, uma vez ocorrido o fato previsto, aparece a relação jurídica entre sujeito
ativo e sujeito passivo. Concretizando-se os fatos descritos na hipótese, ocorre a
consequência, e esta, por sua vez, prescreve uma obrigação patrimonial. Nela,
encontraremos uma pessoa (sujeito passivo) obrigada a cumprir uma prestação em
dinheiro.[1]
A hipótese de incidência descreve a situação necessária e suficiente ao nascimento
da obrigação tributária.[2]
Os elementos da regra matriz são a hipótese e a consequência. Elas se desdobram
em critérios.[3]
Os critérios da hipótese são:

 Critério material (como);


 Critério espacial (onde);
 Critério temporal (quando).
Os critérios da consequência são:

 Critério pessoal, que se subdivide em sujeito ativo e sujeito passivo;


 Critério quantitativo, que se subdivide em base de cálculo e alíquota.

Índice

Critério da Consequência
Os critérios da consequência se subdividem em duas partes.
1 Critério pessoal
O critério pessoal é o critério que nos mostra quem são os sujeitos da relação.
Subdivide-se em duas partes.
1.1 sujeito ativo
O sujeito ativo é sempre o credor, ou seja, o Estado. Entretanto devemos lembrar
que existem os sujeitos ativos indiretos que são outros credores que não os entes
federados. Por exemplo: uma entidade de classe (CRC, CRM...).
1.2 sujeito passivo
Sujeito passivo é o devedor do tributo.
2 Critério quantitativo
O critério quantitativo é o critério que nos indica qual o montante do tributo será
devido. Subdivide-se em duas partes.
2.1 Base de Cálculo
Trata-se o disposto em lei como sendo o objeto de incidência tributária. Por exemplo,
no caso do ICMS, trata-se do valor da operação, e no caso de imposto sobre a
renda, trata-se da renda auferida pela pessoa física ou jurídica.
2.2 Alíquota
É o percentual de incidência do tributo sobre a base de cálculo. Por exemplo, no
caso da contribuição previdenciária a critério do empregador, a alíquota é de 20%
sobre a "folha de salários".

Critérios da Hipótese
Os critérios da hipótese se subdividem em três.
1. Critério Material
O critério material é o verbo mais o complemento da norma. Por exemplo: Ser
proprietário de veículo automotor. Em outras palavras o critério material é justamente
o enunciado que delimita o núcleo do acontecimento a ser promovido à categoria de
fato jurídico.[4]
2. Critério Espacial
O critério espacial é justamente o critério que delimita o espaço físico em que a
norma incidirá.
3. Critério Temporal
O critério temporal é o que delimita o tempo em que a norma ocorrerá. Por exemplo:
"Primeiro dia do ano", "Todo mês", "A cada trinta dias", etc.

Referências
1. CARVALHO, Paulo de Barros. Curso de Direito Tributário. 21. ed. São Paulo: Saraiva, 2009,
p. 378.
2. AMARO, Luciano. Direito Tributário Brasileiro. 14. ed. São Paulo: Saraiva, 2008, p. 512.
3. MEDEIROS, André. Curso de Direito Financeiro e Tributário Arquivado em 12 de fevereiro de
2013, no Wayback Machine.. Acesso em 21.jun.2013.
4. CARVALHO, Aurora. Curso de Teoria Geral do Direito. 3. ed. São Paulo: Noeses, 2013, p.
386

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