Kundalini
Kundalini
Kundalini
O que é a KUNDALINI?
É considerada uma energia que, em geral está adormecida na base da espinha,
quando despertada, essa energia se eleva lentamente pelo canal espinhal na direção
do topo da cabeça. Isso pode marcar o inicio de um processo de iluminação.
Em sua subida, Kundalini faz o sistema nervoso central livrar-se da tensão. Os pontos
de tensão geralmente provocam dor durante a meditação. Quando encontra estes
blocos de tensão, a Kundalini começa a agir por vontade própria, passando por vários
blocos de tensão. A Kundalini se difunde em sua jornada. Quando termina o percurso
volta a se encontrar na cabeça. Ao remover os blocos de tensão ela vai despertando a
consciência. Logo, este processo pode ser considerado de purificação ou de
equilibração. É um processo sutil e complexo. O mais notável é o fato de observarmos
e, de várias posições, que esta energia se eleva dos pés e das pernas, pelas costas
pela espinha e chega à cabeça, mas então desce pelo rosto, passando pela garganta
para terminar no abdômen (3º chakra – plexo solar) chamada, por isto, energia
serpentina.
É necessário frisar que a kundalini não se sujeita a comandos, ela ascende-se com os
méritos do coração, e isto pode ser considerado um presente de Deus visto a
embriaguez de certos seres em busca do poder e da subjugação dos próprios
semelhantes.
Em sânscrito tais condutos energéticos são denominados "nadis". Os nadis são canais
invisíveis para o fluxo de forças psíquicas cujos agentes são os ares vitais (Vayu),
"nad", significa fluir e os nadis se tornam responsáveis pela transmissão das
impressões físicas ao corpo psíquico.
Resta realçar que - YAYU (AR): Prana Yayu. É o ar que respiramos; é rico na doação de
íons negativos portadores de vida. Ar é Prana, a respiração vital. Auxilia o
funcionamento dos pulmões e do coração, fornecendo oxigênio fresco e força vital, isto
é, a energia prânica.
Para a tradição hindu, essa complicada rede vital é possuidora de três nadis principais
a seguir:
IDA - Também conhecido por chandra, a lua, ou o rio Ganges. Partindo da narina
esquerda este nadi percorre a região cervical, dorsal e lombar do corpo humano,
paralelamente à coluna vertebral até unir-se a Sushumna na região sacra.
PINGALA - Também conhecido como surya, o sol ou rio Yamuna, Pingala parte da
narina direita, percorre o mesmo caminho de Ida paralelamente à coluna vertebral até
unir-se a Sushumna na região sacra.
Algumas autoridades no assunto declaram que os dois nadis, Ida e Pingala formam um
padrão que envolve os chakras, outros porém, dizem que os chakras emergem das
junções onde Ida e Pingala atravessam o Sushumna.
Segundo os registros o Ida, à esquerda, e o Pingala, à direita enroscam-se em
Sushumna como as duas serpentes se enroscam no caduceu do deus-mensageiro
Hermes.
O lótus, a flor exótica floresce na água, mas suas raízes estão profundamente
enterradas no lodo, bem abaixo da superfície. Ela passou a representar a condição
humana. Está enraizada no lodo e nas trevas das profundezas, mas por fim floresce
sob a luz do sol.
No antigo Egito o poder e influência da cor eram pesquisados em salas coloridas nos
grandes templos como o de Karnak e Tebas. Antigos manuscritos relatam que na
China, Índia e Egito, os taumaturgos baseavam-se na lei de correspondência entre a
natureza septenária do homem e a divisão septenária do espectro solar, e, com bases
nessa correspondência eram possuidores de um sistema completo de cromologia.
A ciência esotérica confere ao ser humano uma natureza septenária de corpos subtis,
seus sete aspectos não reportam-nos aspectos separados distintos entre si, e sim
correntes de pensamento e sentimento em toda a sua concepção de consciência
freqüentemente se superpondo, sendo assim um ser septenário.
Da mesma forma que as cores, o som possui uma influência regeneradora e curativa
proporcionando também a elevação gradual dos poderes espirituais do homem através
do aumento do nível vibratório do corpo e limpeza e estímulo dos chacras.
Cientificamente, todo o problema pode ser entendido pela compreensão da lei da
vibração. Cada organismo apresenta sua própria freqüência vibratória, e devido à essa
própria freqüência vibratória, cada organismo responde à um mantra pessoal e à uma
entonação particular, e o mesmo ocorre com todo objeto inanimado, desde o grão de
areia até a montanha e mesmo todo planeta ou Sol, tudo, universo ou grão de areia, é
um campo de forças em perpétuo estado vibratório. Um paralelo pode ser encontrado
na antiga teoria musical dos gregos.
Cada chakra possui seu som, ou seu mantra específico, cada organismo possui sua
própria vibração, e cada qual responde à uma determinada freqüência sonora e
freqüência luminosa.
A Meloterapia reporta-nos que cada som emite uma certa cor e assume uma forma
definida, assim como qualquer forma é possuidora de um som associado, desta forma
tudo que existe, da molécula ao homem, do planeta ao sistema solar possui sua nota-
chave, sendo que, a somatória dessas notas compõe a música das esferas, assim
sendo, tudo pulsa mediante um ritmo definido, inclusive o próprio universo, do mesmo
modo que os órgãos do ser humano emitem suas notas e em conjunto perfazem a
nota vital fundamental do homem.
Há sete centros correspondentes aos sete chacras e à música heptatonal, sendo que a
música contribui para o seu desenvolvimento gradual capacitando-os ao
desenvolvimento de seus poderes. O valor terapêutico da música foi reconhecido desde
tempos remotos. Paracelso prescrevia certas composições no intuito de sanar
moléstias.
Com relação aos mantras, o que parece ninguém ter considerado pela ciência, porém
de grande relevância é a dinâmica dos fonemas, do sintagma e da articulação da
expressão ritual, em cujos comentários identificamos vários aspectos da expressão
ritual de grandioso significado, falamos do uso da linguagem arcana, em que nas
orações e rituais os parâmetros sintáticos e semânticos não estão acoplados, e falamos
da repetição das cadências religiosas como auxiliar da concentração, demonstrados na
enunciação dos mantras e da sublimação de esquemas da fala na música, tanto
cantada como instrumental, como fator central no gestalt do culto. Isto tudo adquire
um significado supremo ao esclarecimento do conhecimento atual da produção e
percepção da fala, agora revelados como efeitos de amplificação que fornecem sinais
acústicos para a imagem de modo a que esta se acople com a rede interna. Desta
forma podemos colocar-nos em posição de prever que um estudo minucioso da relação
intercultural dessa expressão ritual pode revelar padrões de ativação insuspeitados cuja
força não possui paralelos, pois o fornecimento de sinais acústicos para a rede neural
humana provoca um estímulo forte ao qual o cérebro tem de responder ao mesmo
tempo em que se estabelece uma onda de pressão que vai acionar a força do ídolo.
Isso implica de que essa expressão ritual aciona uma reação do cérebro, talvez por um
acoplamento de taxas de pulsação de uma descarga nervosa e da produção de
fonemas, sugerindo a possibilidade de ser libertado um sinergismo devastador, um
sinergismo do qual o cérebro participa em todos os níveis, partindo do ritual, passando
pela satisfação e chegando à cerebração mais refinada.
Nas escolas sérias do Tibet o adepto é colocado a prova durante um ano, e, se mostra-
se um receptáculo digno lhe é conferido o mantra capaz de despertar o poder da
serpente. Há outras escolas em que só tornam-se receptáculos dignos após sete anos
de aprendizado.
Os próprios chacras fazem parte de uma rede maior de energias sutis. Cada chakra
corresponde a determinados sistemas físicos e a seus respectivos órgãos e produzem
seus efeitos mediante o trabalho sobre estes, como se segue:
"A matéria de Fohat circula... a roda que não é vislumbrada move-se em rápidas
revoluções dentro do invólucro exterior mais lento".
Para acelerar o processo evolucionário dos chacras podemos utilizá-la de forma correta
o que resultaria em uma transformação de todo o ser, entretanto quando entregamo-
nos à práticas de controle dessa energia, devemos evitar seu desperdício, o que nos
retiraria do processo evolucionário.
Na condição sexual-mental, Kundalini se encontra em seu aspecto horizontal,
simbolizada pela serpente que rasteja, ao passo que Kundalini espiritual coloca o
indivíduo em uma evolução psico-espiritual, simbolizando a serpente verticalizada.
Em primeiro plano Kundalini revela-se como força procriadora, impelida pela libido que
domina todos os seres vivos. O homem primitivo deitava-se unicamente à esse plano
ignorando a possível discórdia entre seu poder vital, o seu querer mental e o seu futuro
compreender racional. O senso de pudor sexual tem origem nesse conflito entre
instinto e intelecto, entre um primitivo poder corporal e um subseqüente dever moral.
Resta frisar que despertar a kundalini é algo de muita responsabilidade, não se deve
confundir sabedoria com intelectualismo, intelectualismo, nas mãos do ego é o caos, a
inteligência produz quase tudo aquilo que quebra as leis da natureza colocando em
risco a própria vida; armas, veículos, aviões, bombas, foguetes, edifícios..., Em
detrimento da sabedoria que atuada no amor segue as leis naturais pelo livre-arbítrio
de cada um, na consciência de um mundo mais belo e natural, onde o intelectual e o
emocional voltam-se ao superior em correspondência com a própria Essência Divina
presente no âmago humano.