Aula 07 Micro:EPP Patentes
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Aula 07
Alessandro Sanchez
SUMÁRIO
Sumário .......................................................................................................................1
Direito Empresarial Para Concursos ............................................................................2
Apresentação Pessoal ........................................................................................................ 2
1-Considerações Iniciais .............................................................................................. 3
2- MICROEMPRESÁ RIOS E EMPRESÁ RIOS DE PEQUENO PORTE .................................3
2.1 - Exclusões ao regime do tratamento diferenciado ...................................................... 5
2.2 - Tratamento diferenciado ........................................................................................... 6
13501
3 - Microempreendedor Individual – MEI ................................................................. 10
4-Resumo .................................................................................................................. 10
Microempresá rios E Empresá rios De Pequeno Porte........................................................ 11
Microempreendedor Individual – MEI .............................................................................. 11
5-Questões ................................................................................................................ 11
5.1- Questões Sem Comentário ........................................................................................ 11
5.2- Gabarito ................................................................................................................... 25
5.3- Questões Comentadas .............................................................................................. 25
6– Considerações Finais ............................................................................................ 63
1
Direito Empresarial p/ SEFAZ-DF (Auditor Fiscal) - Pós-Edital
63
www.estrategiaconcursos.com.br
APRESENTAÇÃO DO CURSO
DIREITO EMPRESARIAL PARA CONCURSOS
APRESENTAÇÃO PESSOAL
1-CONSIDERAÇÕES INICIAIS
Na aula de hoje iremos tratar dos assuntos iniciais de Direito Empresarial. Em termos de
estrutura, a aula será composta dos seguintes capítulos:
Micro Empresários e
Empresários de
Pequeno Porte
A Lei Complementar 123/2006 enquadra as microempresas naquelas cuja receita bruta anual
seja igual ou inferior a R$ 360.000,00 e empresas de pequeno porte naquelas em que o
faturamento supera R$ 360.000,00, porém nã o ultrapassa R$ 3.600.000,00 (R$ 4.800.000,00
a partir de janeiro de 2018). A receita bruta anual corresponde ao produto da venda de bens
ou serviços nas operações de conta própria, ao preço dos serviços prestados e ao resultado
nas operações em conta alheia, exclui ́das as vendas canceladas.
Dentro desta raciocínio, meios para simplificação de rotinas tributárias, acesso a crédito,
assim como benefícios para que o poder público fosse obrigado a contratar
preferencialmente as micro e pequenas empresas foram criados pelo legislador.
Essa conduta do legislador se alicerciou na CF/88, que consagrou, em várias de suas
passagens, a necessidade de um tratamento diferenciado e que trouxesse benefícios para
as microempresas e empresas de pequeno porte:
Art. 170. A ordem econômica, fundada na valorização do trabalho humano e na livre iniciativa, tem por
fim assegurar a todos existência digna, conforme os ditames da justiça social, observados os seguintes
princípios:
(...)
IX - tratamento favorecido para as empresas de pequeno porte constituídas sob as leis brasileiras e que
tenham sua sede e administração no País. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 6, de 1995)
Art. 179. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios dispensarão à s microempresas e à s
empresas de pequeno porte, assim definidas em lei, tratamento jurídico diferenciado, visando a
incentivá -las pela simplificação de suas obrigações administrativas, tributárias, previdenciárias e
creditícias, ou pela eliminação ou redução destas por meio de lei.
Art. 219. O mercado interno integra o patrimônio nacional e será incentivado de modo a viabilizar o
desenvolvimento cultural e sócio- econômico, o bem-estar da população e a autonomia tecnológica do
País, nos termos de lei federal.
a) pessoa juri ́dica que tenha por sócio outra pessoa juri ́dica;
c) sociedade que tenha sócio que seja inscrito como empresário individual ou sociedade
enquadrada no tratamento diferenciado;
d) sociedade em que o sócio participe como titular de mais de 10% do capital de outra
sociedade;
e) pessoa juri ́dica na qual o titular ou sócio seja administrador de sociedade cuja receita
somada ultrapasse os limites de enquadramento;
g) sociedade que seja resultante ou remanescente de cisão ocorrida nos cinco últimos anos;
Neste tó pico, nos servimos a explicar que as microempresas e empresas de pequeno porte
representam uma classificação para conferir tratamento diferenciado aos tipos econô micos
(empresários e intelectuais) que se enquadram nos critérios também econô micos definidos
́
pelo legislador quanto ao faturamento do beneficiado, e agora trataremos os beneficios da
classificação.
O tratamento se estende à s licitações quando há determinação para que, nas licitações
públicas, a comprovação da regularidade fiscal e trabalhista das microem- presas e empresas
de pequeno porte somente seja exigida quando da assinatura do contrato, que, inclusive,
terá preferê ncia como critério de desempate, entre outros benefi ́cios no decorrer do
certame.
Tais espécies também terã o o benefi ́cio da facilitação da inscrição no registro público de
empresas mercantis ou registro civil das pessoas juri ́dicas, já que as alterações poderã o ser
realizadas independentemente de apresentação de certidõ es negativas de débitos
tributários.
Tributário. Agravo regimental no recurso especial. Débitos tributá rios. Regime de recolhimento
denominado Simples. Adesã o ao parcelamento previsto pela Lei 11.941/2009. Impossibilidade.
1. O Regime Especial Unificado de Arrecadação de Tributos e Contribuições devidos pelas
Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Simples Nacional), foi instituído pela Lei Complementar
123, de 2006, estabelecendo tratamento tributário diferenciado e favorecido a empresas no âmbito da
Uniã o, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, mediante regime único de arrecadação dos
tributos.
2. O Simples Nacional é administrado pela Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional e pela Receita
Federal, sendo regulado pelo Comitê Gestor do Simples Nacional (CGSN), instituído pelo Decreto 6.038,
de 07.02.2007, vinculado ao Ministério da Fazenda e composto por representantes da Uniã o, dos
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.
3. Na hipótese, o Tribunal de origem consignou que “no caso, os débitos foram parcelados nos termos
do art. 79 da LC 123/2006 com vistas ao ingresso no Simples Nacional (...). O fato de esses débitos
constituírem saldo remanescente do parcelamento para ingresso no Simples Nacional não obsta a
pretensã o da impetrante de sua inclusã o no parcelamento da Lei 11.941/09 (...)”.
4. Esta Corte já se pronunciou no sentido da legalidade da Portaria Conjunta PGFN/RFB 06/2009, a qual
vedou a inclusã o das empresas optantes pelo Simples Nacional no parcelamento previsto na Lei
11.941/2009, por entender que apenas Lei Complementar pode criar parcelamento de débitos que
englobam tributos de outros entes da federação, nos termos do art. 146 da Constituição Federal. Assim,
em nã o havendo a referida lei, nã o se pode autorizar a inclusã o dos optantes pelo Simples Nacional no
referido parcelamento.
5. Ademais, a jurisprudência do STJ firmou-se no sentido de que as Leis 10.522/2002 e 11.941/2009 nã o
permitem o parcelamento de débitos apurados sob o regime de recolhimento denominado SIMPLES,
seja o Federal, anterior- mente regulado pela Lei 9.317/1996, a qual expressamente vedava a concessã o
do benefício; seja o nacional, que substituiu o anterior, regulado pela LC 123/2006, a qual abrange tanto
tributos federais quanto outros não alcançados pelos re- feridos parcelamentos.
6. Agravo Regimental nã o provido (AgRg no REsp 1.565.979/RS, 2a Turma, Rel. Min. Herman Benjamin,
j. 16.02.2016, DJe 23.05.2016).
Além de termos a receita bruta e o registro como forma de exclusã o ao regime das
microempresas e empresas de pequeno porte, há uma lista de exclusõ es elencadas pelo art.
3o, § 4o, da Lei Complementar 123/2006.2
Também está exclui ́da do tratamento diferenciado a sociedade que tenha como sócio
empresário individual, enquadrado como microempresa ou empresa de pe- queno porte, ou
que participe de outra sociedade já beneficiada pelo tratamento diferenciado das
microempresas e empresas de pequeno porte, cuja receita bruta global, ou seja, cuja soma
da receita da primeira sociedade com a da atividade do empresário individual ou da outra
sociedade de que participe ultrapasse os R$ 4.800.000,00 (quatro milhõ es e oitocentos mil
reais). Isso porque nã o é possi ́vel di- vidir a atividade da sociedade para enquadrá-la em uma
faixa à qual nã o pertence, na realidade, ou seja, para ludibriar o regime de enquadramento
estabelecido para as pequenas empresas e empresas de pequeno porte.
A pessoa juri ́dica em que o titular ou sócio seja administrador ou equiparado de outra
sociedade, cuja receita extrapole os limites de enquadramento, não faz jus ao regime
diferenciado, porque a condição de administrador de outra socieda- de evidencia a
participação importante nas atividades da empresa, o que poderia representar fraude ao
regime de enquadramento.
I – seja optante pelo Simples Nacional – adesã o voluntá ria ao sistema simplificado de arrecadação de
tributos;
II – exerça tã o somente atividades constantes do Anexo Ú nico da Resolução 58/2009 – Comitê Gestor
de Tributação das Microempresas e Empresas de Pe- queno Porte – CGSN;
III – possua um único estabelecimento;
IV – nã o seja empresário individual em outra atividade, nem seja sócio ou admi- nistrador de sociedade;
V – contrate, no má ximo, um empregado que receba exclusivamente 1 (um) salá rio mínimo ou o piso
salarial da categoria profissional.
4-RESUMO
Para finalizar o estudo da matéria, trazemos um resumo
dos principais aspectos estudados ao longo da aula.
Sugerimos que esse resumo seja estudado sempre
previamente ao início da aula seguinte, como forma de
“refrescar” a memória. Além disso, segundo a organização de estudos de vocês, a cada ciclo
Quem é? Aquele que tenha receita bruta anual não superior a R$ 60.000,00. Conforme a LC 155/2016,
a partir de janeiro de 2018 o valor será alterado para R$ 81.000,00.
5-QUESTÕES
1.(VUNESP - ContJ (TJ SP)/TJ SP/2019) Órgão da Administração estadual direta precisa
realizar procedimento licitatório para a aquisição de cadeiras para substituir aquelas
que se deterioram com o tempo. O valor estimado da licitação é de R$ 55.000,00
(cinquenta e cinco mil reais). Considerando as disposições da Lei Estadual no 13.122/08,
é correto afirmar que a Administração Pública
a) poderá realizar procedimento licitatório destinado exclusivamente às
microempresas e empresas de pequeno porte desde que demonstrada a vantagem ou
economia de escala para a Administração Pública.
b) deverá realizar procedimento licitatório destinado exclusivamente à participação de
microempresas e de empresas de pequeno porte.
c) deverá exigir que os licitantes subcontratem até 50% (cinquenta por cento) do total
licitado para microempresa ou de empresa de pequeno porte.
d) poderá estabelecer cota de até 30% (trinta por cento) do objeto para a contratação
de microempresas e de empresas de pequeno porte, pois se trata de aquisição de bens
e serviços de natureza divisível.
e) não poderá realizar procedimento licitatório destinado à participação exclusiva de
microempresas e de empresas de pequeno porte se a contratação das cadeiras for
destinada à área da educação.
e) Lei delegada
b) As licitações para contratações cujo valor seja de até R$ 80.000,00 deverão ser
destinadas exclusivamente à participação de microempresas e empresas de pequeno
porte.
c) Para fins de dispensa de licitação em razão do valor, às microempresas e empresas
de pequeno porte será considerado o dobro do valor previsto no Art. 24, I da Lei nº
8.666/93.
d) Ressalvados os contratos que envolvam a concessão de serviços públicos, ao menos
10% dos contratos administrativos para aquisição de bens e serviços pela Administração
Pública devem ser celebrados com microempresas e empresas de pequeno porte.
Nessa situação hipotética, à luz da Lei Complementar n.º 123/2006, Lia será
desenquadrada do atual regime de recolhimento caso
contra a União, uma vez que o Comitê Gestor do Simples Nacional vincula-se ao
Ministério da Fazenda do Governo Federal.
c) O Simples Nacional implica o recolhimento mensal, mediante documento único de
arrecadação, dentre outros tributos, do Imposto sobre a Renda da Pessoa Jurídica - IRPJ
e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido - CSLL.
d) Não são recolhidos por meio do Simples Nacional, devendo ser observada a
legislação aplicável às demais pessoas jurídicas, a Contribuição para o Fundo de
Garantia do Tempo de Serviço - FGTS e o Imposto de Renda relativo aos ganhos de
capital auferidos na alienação de bens do ativo permanente.
e) A opção pelo Simples Nacional da pessoa jurídica enquadrada na condição de
microempresa e empresa de pequeno porte dar-se-á na forma a ser estabelecida em
ato do Comitê Gestor, sendo irretratável para todo o ano-calendário.
18.(CEBRASPE (CESPE) - Proc (PGM Manaus)/Pref Manaus/2018) Tendo por base o que
dispõem as Leis Complementares n.º 116/2003 e n.º 123/2006 e a Lei municipal n.º
1.628/2011, do município de Manaus, julgue o seguinte item.
I. As empresas de pequeno porte podem aderir ao Simples Nacional desde que não
possuam receita bruta anual igual ou superior a R$ 3.600.000,00 (três milhões e
seiscentos mil reais).
IV. O MEI poderá utilizar sua residência como sede do estabelecimento, quando for
indispensável a existência de local próprio para o exercício da atividade empresarial.
b) PIS.
c) IRPF.
d) IRPJ
5.2- GABARITO
1) B
2) E 17) B
3) E 18) Errado
4) E 19) A
5) C 20) B
6) D 21) E
7) D 22) D
8) C 23) A
9) B 24) E
10) B 25) C
11) A 26) D
12) C 27) D
13) B 28) A
14) B 29) C
15) E 30) C
16) E
1.(VUNESP - ContJ (TJ SP)/TJ SP/2019) Órgão da Administração estadual direta precisa
realizar procedimento licitatório para a aquisição de cadeiras para substituir aquelas
que se deterioram com o tempo. O valor estimado da licitação é de R$ 55.000,00
(cinquenta e cinco mil reais). Considerando as disposições da Lei Estadual no 13.122/08,
é correto afirmar que a Administração Pública
b) retirada de documentos
c) seleção de propostas
d) comprovação de aprovação
e) assinatura do contrato
Gabarito: E
Comentário: O art. 42 da LC 123 exige a comprovação de regularidade fiscal e
trabalhista por parte da ME e da EPP somente para efeitos de assinatura do contrato,
ou seja, permite às empresas, por exemplo, a participação nas licitações promovidas
pelo Poder Público, ainda que se encontrem em débito junto aos fiscos. Poderão
contratar com a Administração ainda que sujeitas a restrições? Obviamente, não.
Sendo assim, a alternativa correta é a letra E, a qual afirma ser apenas o item I correto.
c) CORRETA: Art. 44. Nas licitações será assegurada, como critério de desempate,
preferência de contratação para as microempresas e empresas de pequeno porte.
d) ERRADA. Esse valor é de até R$ 80.000,00 (oitenta mil reais): Art. 48. Para o
cumprimento do disposto no art. 47 desta Lei Complementar, a administração pública:
I - deverá realizar processo licitatório destinado exclusivamente à participação de
microempresas e empresas de pequeno porte nos itens de contratação cujo valor seja
de até R$ 80.000,00 (oitenta mil reais);
d) ERRADA -Ao analisar a própria Lei 8.666/93 que trata sobre licitações e contratos e
o Estatuto das microempresas e empresas de pequeno porte – LC 123/06, é possível
constatar que não há essa exigência em nenhuma delas. Portanto, item incorreto.
que se falar em garantia de contratação anual em 25% das licitações do órgão público,
pelo que está incorreta a alternativa.
e) ERRADA - Em verdade, a exigência de subcontratação de microempresa ou empresa
de pequeno porte em processos licitatórios destinados à aquisição de obras e serviço é
uma faculdade da Administração Pública (art.48, II), e não um dever, razão pela qual
está incorreta a alternativa.
III. ERRADA - Art. 3º. § 4º Não poderá se beneficiar do tratamento jurídico diferenciado
previsto nesta Lei Complementar, incluído o regime de que trata o art. 12 desta Lei
Complementar, para nenhum efeito legal, a pessoa jurídica:
I - de cujo capital participe outra pessoa jurídica;
II - que seja filial, sucursal, agência ou representação, no País, de pessoa jurídica com
sede no exterior;
III - de cujo capital participe pessoa física que seja inscrita como empresário ou seja sócia
de outra empresa que receba tratamento jurídico diferenciado nos termos desta Lei
Complementar, desde que a receita bruta global ultrapasse o limite de que trata o inciso
II do caput deste artigo;
IV - cujo titular ou sócio participe com mais de 10% (dez por cento) do capital de outra
empresa não beneficiada por esta Lei Complementar, desde que a receita bruta global
ultrapasse o limite de que trata o inciso II do caput deste artigo;
V - cujo sócio ou titular seja administrador ou equiparado de outra pessoa jurídica com
fins lucrativos, desde que a receita bruta global ultrapasse o limite de que trata o inciso
II do caput deste artigo;
VI - constituída sob a forma de cooperativas, salvo as de consumo;
VII - que participe do capital de outra pessoa jurídica;
VIII - que exerça atividade de banco comercial, de investimentos e de desenvolvimento,
de caixa econômica, de sociedade de crédito, financiamento e investimento ou de
crédito imobiliário, de corretora ou de distribuidora de títulos, valores mobiliários e
câmbio, de empresa de arrendamento mercantil, de seguros privados e de capitalização
ou de previdência complementar;
IX - resultante ou remanescente de cisão ou qualquer outra forma de desmembramento
de pessoa jurídica que tenha ocorrido em um dos 5 (cinco) anos-calendário anteriores;
==34bd==
IV.CERTO. Conforme disposto no inciso XI, do art. 3º, §4º exposto acima.
Letra B – ERRADA. Não há que se falar em isenção relativa a impostos sobre patrimônio
ou contribuições de melhoria na Lei do Simples Nacional.
Letra C – ERRADA. Semelhante à letra A, não há na Lei do Simples Nacional qualquer
menção dispensa de cadastramento ou emissão de documentos fiscais, independente
da faixa de faturamento.
Letra D – ERRADA. Novamente, não há na Lei do Simples Nacional qualquer menção
dispensa de cadastramento ou emissão de documentos fiscais, independente da faixa
de faturamento.
Nessa situação hipotética, à luz da Lei Complementar n.º 123/2006, Lia será
desenquadrada do atual regime de recolhimento caso
III - CERTO: Trata-se de outra limitação do Art. 18-A § 4o, assim, é vedado ao MEI
possuir mais de um estabelecimento.
18.(CEBRASPE (CESPE) - Proc (PGM Manaus)/Pref Manaus/2018) Tendo por base o que
dispõem as Leis Complementares n.º 116/2003 e n.º 123/2006 e a Lei municipal n.º
1.628/2011, do município de Manaus, julgue o seguinte item.
Gabarito: ERRADO
Comentário: O SIMPLES nacional é a lei destinada a implementar o regime unificado de
pagamento de impostos e contribuições, cumprimento de obrigações acessórias e o
cumprimento de obrigações principais e acessórias trabalhistas e previdenciárias. A
questão teve como base na isenção prevista no art. 14 da LC 123/2006: Art.
14. Consideram-se isentos do imposto de renda, na fonte e na declaração de ajuste do
beneficiário, os valores efetivamente pagos ou distribuídos ao titular ou sócio da
microempresa ou empresa de pequeno porte optante pelo Simples Nacional, salvo os
que corresponderem a pró-labore, aluguéis ou serviços prestados. § 1o A isenção de
que trata o caput deste artigo fica limitada ao valor resultante da aplicação dos
percentuais de que trata o art. 15 da Lei no 9.249, de 26 de dezembro de 1995, sobre a
receita bruta mensal, no caso de antecipação de fonte, ou da receita bruta total anual,
tratando-se de declaração de ajuste, subtraído do valor devido na forma do Simples
Nacional no período. § 2o O disposto no § 1o deste artigo não se aplica na hipótese de a
pessoa jurídica manter escrituração contábil e evidenciar lucro superior àquele limite.
Portanto, goza de isenção de IR os valores pagos ao titular e sócio às ME e EPP, tais
como dividendos.
Contudo, NÃO ESTÁ abrangida pela isenção os seguintes pagamentos:
pró-labore
aluguéis
I. As empresas de pequeno porte podem aderir ao Simples Nacional desde que não
possuam receita bruta anual igual ou superior a R$ 3.600.000,00 (três milhões e
seiscentos mil reais).
porte, aufira receita bruta superior a R$ 380.000,00 (trezentos e oitenta mil reais) e
igual ou inferior a R$ 4.800.000,00 (quatro milhões e oitocentos mil reais).
d) no caso da microempresa, aufira em cada ano-calendário, receita bruta igual ou
inferior a R$ 360.000,00 (trezentos e sessenta mil reais); no caso de empresa de
pequeno porte, aufira receita bruta superior a R$ 360.000,00 (trezentos e sessenta mil
reais) e igual ou inferior a R$ 5.000.000,00 (cinco milhões de reais).
e) no caso da microempresa, aufira em cada ano-calendário, receita bruta igual ou
inferior a R$ 400.000,00 (quatrocentos mil reais); no caso de empresa de pequeno porte
aufira receita bruta superior a R$ 400.000,00 (quatrocentos mil reais) e igual ou inferior
a R$ 5.000.000,00 (cinco milhões de reais).
Gabarito: B
Comentário: a) ERRADA -A assertiva está incorreta por deturpar o conceito legal de
microempresa e empresa de pequeno porte previsto no art. 3º da Lei Complementar nº
123/06: Art. 3º da Lei Complementar nº 123/06. Para os efeitos desta Lei
Complementar, consideram-se microempresas ou empresas de pequeno porte, a
sociedade empresária, a sociedade simples, a empresa individual de responsabilidade
limitada e o empresário a que se refere o art. 966 da Lei no 10.406, de 10 de janeiro de
2002 (Código Civil), devidamente registrados no Registro de Empresas Mercantis ou no
Registro Civil de Pessoas Jurídicas, conforme o caso, desde que: I – no caso da
microempresa, aufira, em cada ano-calendário, receita bruta igual ou inferior
a R$360.000,00 (trezentos e sessenta mil reais); II – no caso de empresa de pequeno
porte, aufira, em cada ano-calendário, receita bruta superior a R$360.000,00 (trezentos
e sessenta mil reais) e igual ou inferior a R$4.800.000,00 (quatro milhões e oitocentos
mil reais). (Redação dada pela Lei Complementar nº 155, de 2016) (…).
b) CORRETA. A assertiva está correta por reproduzir o conceito legal de microempresa
e empresa de pequeno porte previsto no art. 3º da Lei Complementar nº 123/06: Art.
3º da Lei Complementar nº 123/06. Para os efeitos desta Lei Complementar,
consideram-se microempresas ou empresas de pequeno porte, a sociedade empresária,
a sociedade simples, a empresa individual de responsabilidade limitada e o empresário
a que se refere o art. 966 da Lei no 10.406, de 10 de janeiro de 2002 (Código Civil),
devidamente registrados no Registro de Empresas Mercantis ou no Registro Civil de
Pessoas Jurídicas, conforme o caso, desde que: I – no caso da microempresa, aufira, em
cada ano-calendário, receita bruta igual ou inferior a R$360.000,00 (trezentos e
sessenta mil reais); II – no caso de empresa de pequeno porte, aufira, em cada ano-
calendário, receita bruta superior a R$360.000,00 (trezentos e sessenta mil reais) e igual
ou inferior a R$4.800.000,00 (quatro milhões e oitocentos mil reais). (Redação dada
pela Lei Complementar nº 155, de 2016) (…).
c) ERRADA - A assertiva está incorreta por deturpar o conceito legal de microempresa e
empresa de pequeno porte previsto no art. 3º da Lei Complementar nº 123/06: Art. 3º
da Lei Complementar nº 123/06. Para os efeitos desta Lei Complementar, consideram-
se microempresas ou empresas de pequeno porte, a sociedade empresária, a sociedade
c) ERRADA - o ITBI e ITCMD são tributos que estão fora da sistemática do SIMPLES (ver
Art. 13). Com efeito, não poderia o município fiscalizá-los com fulcro na LC 123/06. Por
fim, a fiscalização municipal restringe-se aos estabelecimentos aos que prestam
serviços incluídos na competência tributária municipal, no entanto, após iniciada essa
fiscalização, ela poderá abranger todos os demais estabelecimentos da ME ou EPP,
independentemente da atividade por eles exercida ou de sua localização: Art. 33 § 1o-
B. A fiscalização de que trata o caput, após iniciada, poderá abranger todos os demais
estabelecimentos da microempresa ou da empresa de pequeno porte,
independentemente da atividade por eles exercida ou de sua localização, na forma e
condições estabelecidas pelo CGSN.§ 1o-C. As autoridades fiscais de que trata o caput
têm competência para efetuar o lançamento de todos os tributos previstos nos incisos
I a VIII do art. 13, apurados na forma do Simples Nacional, relativamente a todos os
estabelecimentos da empresa, independentemente do ente federado instituidor.
IV. O MEI poderá utilizar sua residência como sede do estabelecimento, quando for
indispensável a existência de local próprio para o exercício da atividade empresarial.
Gabarito: A
Comentário: I. CORRETO. Literalidade da Lei Complementar 123/2006:
Art. 18-A, § 19-A O MEI inscrito no conselho profissional de sua categoria na qualidade
de pessoa física é dispensado de realizar nova inscrição no mesmo conselho na
qualidade de empresário individual.
O dispositivo é autoexplicativo, se o microempreendedor já está inscrito como Pessoa
Física no respectivo conselho profissional, não haverá a necessidade de se inscrever no
mesmo conselho como MEI.
II. ERRADA -Literalidade da Lei Complementar 123/2006:
Art. 18-A, § 19-B. São vedadas aos conselhos profissionais, sob pena de
responsabilidade, a exigência de inscrição e a execução de qualquer tipo de ação
fiscalizadora quando a ocupação do MEI não exigir registro profissional da pessoa física.
Aqui a lógica é a seguinte: se a ocupação do MEI dispensar o registro profissional de
pessoa física, não será permitido que os conselhos profissionais exijam a inscrição e
executem ações fiscalizatórias nesse sentido, sob pena de responsabilidade.
III. CERTO. Literalidade da Lei Complementar 123/2006:
Art. 18-A, § 20. Os documentos fiscais das microempresas e empresas de pequeno porte
poderão ser emitidos diretamente por sistema nacional informatizado e pela internet,
sem custos para o empreendedor, na forma regulamentada pelo Comitê Gestor do
Simples Nacional.
A ideia sempre será aquela da redução do ônus e da simplificação das obrigações. Nesse
sentido, o dispositivo em questão vem facilitar a emissão dos documentos fiscais por
parte das ME e EPPs, as quais poderão fazer isso pela internet e sem custos.
IV. ERRADA -Literalidade da Lei Complementar 123/2006
Art. 18-A, § 25. O MEI poderá utilizar sua residência como sede do estabelecimento,
quando não for indispensável a existência de local próprio para o exercício da atividade.
Será possível que o MEI utilize sua residência como sede do estabelecimento nos casos
em que atividade exercida dispense a existência de local próprio.
e) CERTO: Aqui está a alternativa que apresenta a hipótese de haver crédito no âmbito
das operações do SN com contribuintes do ICMS: Art. 23 § 1º As pessoas jurídicas e
aquelas a elas equiparadas pela legislação tributária não optantes pelo Simples
Nacional terão direito a crédito correspondente ao ICMS incidente sobre as suas
aquisições de mercadorias de microempresa ou empresa de pequeno porte optante pelo
Simples Nacional, desde que destinadas à comercialização ou industrialização e
observado, como limite, o ICMS efetivamente devido pelas optantes pelo Simples
Nacional em relação a essas aquisições.
Gabarito: C
Comentário: A LC 123/06 traz 2 grupos de empresas que não poderão se beneficiar do
Simples Nacional:
Para nenhum efeito legal (art. 3º, §4º) - vedação plena
Poderão gozar dos benefícios não tributários, porém não poderão recolher os impostos
e contribuições na forma do Simples Nacional (art. 17) - vedação parcial
Pode se beneficiar do tratamento jurídico diferenciado previsto para a Microempresa a
pessoa jurídica. Desse modo, no §5º do art. 3º o legislador traz ressalva ("participação
no capital de cooperativa de crédito") aos casos de vedação plena dos benefícios
decorrentes do Simples Nacional.
Letra B – ERRADA. No caso das microempresas ou EPP optantes pelos Simples Nacional,
com o disposto pela LC 128/2008, a retenção do ISS deixa de observar as alíquotas
municipais, passando a ser utilizados os percentuais previstos nos Anexos III, IV e V da
Lei do Simples Nacional. Segundo a Lei Complementar nº 123/2006:
Art. 21, § 4º A retenção na fonte de ISS das microempresas ou das empresas de pequeno
porte optantes pelo Simples Nacional somente será permitida se observado o disposto
no art. 3º da Lei Complementar no 116, de 31 de julho de 2003, e deverá observar as
seguintes normas:
I - a alíquota aplicável na retenção na fonte deverá ser informada no documento fiscal
e corresponderá à alíquota efetiva de ISS a que a microempresa ou a empresa de
pequeno porte estiver sujeita no mês anterior ao da prestação;
II - na hipótese de o serviço sujeito à retenção ser prestado no mês
de início de atividades da microempresa ou da empresa de pequeno
porte, deverá ser aplicada pelo tomador a alíquota efetiva de 2% (dois por cento);
III – na hipótese do inciso II deste parágrafo, constatando-se que houve diferença entre
a alíquota utilizada e a efetivamente apurada, caberá à microempresa ou empresa de
pequeno porte prestadora dos serviços efetuar o recolhimento dessa diferença no mês
subsequente ao do início de atividade em guia própria do Município;
IV – na hipótese de a microempresa ou empresa de pequeno porte estar sujeita à
tributação do ISS no Simples Nacional por valores fixos mensais, não caberá a retenção
a que se refere o caput deste parágrafo;
V - na hipótese de a microempresa ou a empresa de pequeno porte não informar a
alíquota de que tratam os incisos I e II deste parágrafo no documento fiscal, aplicar-se-
á a alíquota efetiva de 5% (cinco por cento);
VI – não será eximida a responsabilidade do prestador de serviços quando a alíquota do
ISS informada no documento fiscal for inferior à devida, hipótese em que o recolhimento
dessa diferença será realizado em guia própria do Município;
VII – o valor retido, devidamente recolhido, será definitivo, não sendo objeto de partilha
com os municípios, e sobre a receita de prestação de serviços que sofreu a retenção não
haverá incidência de ISS a ser recolhido no Simples Nacional.
A alíquota de 5% aplicada ao ISS representa um valor máximo, valendo para os casos
estabelecidos na lei ou para os quais a empresa não informar a alíquota aplicada. Ou
seja, nem sempre será aplicada a alíquota de 5%.
II- Correta, conforme § 1º do art. 3º da lei: Art. 3º (...) § 1º Considera-se receita bruta,
para fins do disposto no caput deste artigo, o produto da venda de bens e serviços nas
operações de conta própria, o preço dos serviços prestados e o resultado nas operações
d) ERRADA - Essa é uma hipótese em que as causas de vedação total ao SIMPLES são
aplicadas.
Art. 3 § 4º Não poderá se beneficiar do tratamento jurídico diferenciado previsto nesta
Lei Complementar, incluído o regime de que trata o art. 12 desta Lei Complementar,
para nenhum efeito legal, a pessoa jurídica:
(...) VII - que participe do capital de outra pessoa jurídica;
6– CONSIDERAÇÕES FINAIS
Chegamos ao final da nossa aula inaugural! Vimos uma pequena parte da matéria, a qual é,
sobremaneira, um assunto muito relevante para a compreensão da disciplina como um todo.
A pretensão desta aula é a de situá-los no mundo do Direito Empresarial, a fim de que não
tenham dificuldades em assimilar os conteúdos relevantes que virão na sequência.
Além disso, procuramos demonstrar como será desenvolvido nosso trabalho ao longo do
Curso.
Um grande abraço,
Alessandro Sanchez
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