Estatística Aplicada A Segurança Do Trabalho - Sst-Cepa 2017
Estatística Aplicada A Segurança Do Trabalho - Sst-Cepa 2017
Estatística Aplicada A Segurança Do Trabalho - Sst-Cepa 2017
hi = Li − li .
Todos as outras classes do exemplo também tem intervalo de 4 cm, pois este é o
intervalo entre cada um dos limites inferiores e os limites superiores corresponden-
tes.
AT = Lk − l1 .
1
Instituto Brasileiro de Geografi a e Estatística
14
Ainda no nosso exemplo, temos seis classes (k = 6). O limite superior da última
classe (i = 6) vale L6 = 174, enquanto o limite inferior da primeira classe (i = 1)
vale l1 = 150. Portanto,
AT = L6 − l1 = 174 − 150 = 24 cm.
Numa distribuição em que as classes que possuem o mesmo intervalo, a ampli-
tude total pode ser escrita como o intervalo de classe multiplicado pelo número de
classes
AT = hi k.
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Quando não há dúvidas, podemos escrever simplesmente:
X
fi = n
P6
No nosso exemplo, escrever i=1 fi é como escrever f1 + f2 + f3 + f4 + f5 + f6 ,
ou seja:
6
X
fi = f1 + f2 + f3 + f4 + f5 + f6 = 4 + 9 + 11 + 8 + 5 + 3 = 40.
i=1
k ≃ 1 + 3.3 log(n)
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Nas equações acima foi usado o símbolo de aproximadamente (≃) ao invés de
igualdade (=) porque estas fórmulas representam valores típicos a serem usados
mas que podem ser alterados ligeiramente de acordo com o objetivo da distribuição
ou para evitar classes com frequências nulas enquanto outras tem valores muito
altos. Com relação ao intervalo de classe, lembre-se que a amplitude total (AT )
deve ser ligeiramente maior que a amplitude amostral (AA) para que a distribuição
tenha intervalos para incluir todos os valores da amostra.
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6.5.4 Frequência Acumulada Relativa
Frequência acumulada relativa (F ri ) é a frequência acumulada da classe dividida
pela frequência total da distribuição:
Fi Fi
F ri = P = .
fi n
F3 24
F r3 = = = 0.6
n 40
que significa que a fração de 0.6 alunos (ou 60%) tem estaturas inferiores à 162 cm
(limite superior da terceira classe.)
Examinando a tabela, vemos por exemplo que a terceira classe corresponde a maior
fração de alunos (f r3 = 0.275), isto é, a maioria dos alunos tem estatura entre 158
cm (inclusive) e 162 cm (exclusive). Também e’possível ver que 80% dos alunos
têm estatura inferior a 166 cm pois a frequência acumulada até a quarta classe
(L4 = 166) é 0.800 que corresponde a 80%.
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19
Parte III
7 Medidas de Posição
7.1 Média Aritmética
A média aritmética, simbolizada por x̄, é o quociente entre a soma dos valores de
uma variável pelo número de valores
di = xi − x̄
7.1.1 Propriedades
Desvios A soma dos desvios é nula:
n
X
di = 0
i=1
valores: xi → média: x̄
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Constante multiplicativa Multiplicando uma constante C a todos os valores de
uma variável, a média do conjunto fica multiplicada desta constante 3 :
valores: xi → média: x̄
E XEMPLOS :
1. A média do conjunto xi = {1, 2, 3, 4, 5} é x̄ = 3, enquanto a média do
conjunto yi = xi + 10 = {11, 12, 13, 14, 15} é ȳ = x̄ + 10 = 13
3. A média simples de uma vaca cuja produção ao longo de 7 dias é 10, 14, 13, 15, 16, 18, 12
litros cada dia vale:
n
1X 10 + 14 + 13 + 15 + 16 + 18 + 12 98
x̄ = xi = = = 14.
n 7 7
i=1
Assim, uma outra vaca que produzisse 14 litros de leite em todos os 7 dias teria pro-
duzido, no final, o mesmo que esta vaca cuja produção tenha sido 10, 14, 13, 15, 16, 18, 12.
4. O desvio da média dos valores 10, 14, 13, 15, 16, 18, 12 da produção de leite
de uma determinada vaca são:
d1 = x1 − x̄ = 10 − 14 = −4
d2 = x2 − x̄ = 14 − 14 = 0
d3 = x3 − x̄ = 13 − 14 = −1
d4 = x4 − x̄ = 15 − 14 = 1
d5 = x5 − x̄ = 16 − 14 = 2
d6 = x6 − x̄ = 18 − 14 = 4
d7 = x7 − x̄ = 12 − 14 = −2.
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Núm. alunos 0 1 2 3 4
P
fi 2 6 10 12 4 = 34
A média vale:
n
1X 2 · 0 + 6 · 1 + 10 · 2 + 12 · 3 + 4 · 4 78
x̄ = fi xi = = = = 2.29.
n 34 34
i=1
P
Note que n = i fi .
7.2 Moda
A moda (M o) é o valor que ocorre com mais frequência na distribuição.
Quando os dados estão agrupados em classes, a moda correponde a frequência
simples mais alta e o valor da moda é tomado como o ponto médio do intervalo
da classe. Se os limites inferior e superior da classe mais frequente são l ∗ e L∗ , a
moda será (l∗ + L∗ )/2
E XEMPLO : Considere os seguintes salários: 100, 90, 110, 100, 100, 2500. A moda
é o valor que mais ocorre, M o = 100. Neste caso a média é x̄ = 500.
7.3 Mediana
A mediana ou valor mediano (Md) é o valor que divide a série ordenada em dois
conjuntos com o mesmo número de valores. Se a série tem um número ímpar de
valores, a mediana é o valor que está no meio (ponto mediano) da série. Se a série
tem um número par de valores, então utiliza-se como mediana o valor médio entre
os dois valores que estão no meio da série.
E XEMPLO :
Na série ordenada {2, 5, 6, 8, 10, 13, 15, 16, 18}, temos que Md = 10 pois
abaixo de 10 temos 4 números (2, 5, 6, 8) e acima de 10 também 4 (13, 15, 16, 18).
Na série ordenada {1, 3, 6, 8, 9, 10}, temos que Md = (6 + 8)/2 = 7, pois não
há um só número no centro da série, assim utilizamos o valor médio dois números
centrais.
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7.4 Posição relativa da média, mediana e moda
No caso de um distribuição simétrica (caso (a) na figura abaixo), as média, a me-
diana e a moda tem o mesmo valor. Entretanto, se a distribuição apresenta alguma
tendência para valores positivos ou negativos, as medidas de posição poderão di-
ferir. No caso de uma distribuição assimétrica positiva (caso b abaixo) tem-se que
M o < M d < x̄. No caso de um distribuição assimétrica negativa, tem-se que
x̄ < M d < M o.
8 Medidas de dispersão
8.1 Variância e desvio padrão
Para determinar a dispersão de uma série de medidas poder-se-ia usar a soma de
todos os desvios di = xi − x̄ dos valores com relação a média dividido pelo número
de valores,
P assim obtendo uma média dos desvios. Entretanto, como esta soma
é nula ( i di = 0), usa-se a soma dos desvios ao quadrado, pois elevando-se ao
quadrado, perde-se a informação do sinal. Deste modo, define-se a variância como
n
1 X
s2 = (xi − x̄)2 .
n−1
i=1
Além disso, como a variância é uma medida que envolve o quadrado das quantida-
des, é comum usar a raiz quadrada da variância, chamado de desvio padrão:
v
u n
u 1 X
s=t (xi − x̄)2
n−1
i=1
E XEMPLO :
23
Considere a série a seguir: xi = {8, 10, 12, 9, 11, 7, 13}, para a qual x̄ = 10.
Para calcular a variância e o desvio padrão é útil construirmos uma tabela com os
desvios:
xi di = xi − x̄ d2i
8 -2 4
10 0 0
12 2 4
9 -1 1
11 1 1
7 -3 9
13 3 9
d2i = 28
P P
di = 0
média: x̄ = 10
desvio padrão: s ≃ 2.16
Do mesmo modo, considere a série y i = {10, 11, 9, 10, 10, 9, 11}, que tem a
mesma média ȳ = 10. e para cuja tabela de desvios tem-se:
xi di = xi − x̄ d2i
10 0 0
11 1 1
9 -1 1
10 0 0
10 0 0
9 -1 1
11 1 1
d2i = 4
P P
di = 0
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8.2 Interpretação do desvio padrão
O desvio padrão indica a dispersão dos dados dentro da amostra, isto é, o quanto os
dados em geral diferem da média. Quanto menor o desvio padrão, mais parecidos
são os valores da série estatística. Nos exemplos acima, nota-se que tanto a série x i
quanto yi têm o mesmo número de dados e ambas tem a mesma média, entretanto
o desvio padrão de xi é bem maior que de yi , que indica que os dados em xi estão
mais afastados da média que em yi . De fato, se examinamos as séries, vemos que
em xi há valores que estão até 3 unidades afastadas da média (7 e 13), enquanto na
série yi o maior afastamento é de 1 unidade (9 e 11).
Numa distribuição normal e simétrica, o desvio padrão é calculado dá uma
ideia de onde estão localizados os valores da amostra, em torno da média, da se-
guinte maneira:
• 68% dos valores da série estão até 1 desvio padrão de distância da média,
isto é, estão entre x̄ − s e x̄ + s.
• 95% dos valores da série estão até 2 desvios padrão de distância da média,
isto é, estão entre x̄ − 2s e x̄ + 2s.
• 99.7% dos valores da série estão até 3 desvios padrão de distância da média,
isto é, estão entre x̄ − 3s e x̄ + 3s.
Assim, para simplificar, assuma uma série estatística relativa a alguma medida
de uma população e cujos valores tem média x̄ = 100 e desvio padrão s = 10. De
acordo com as afirmações acima, podemos dizer que 68% da amostra tem valores
entre 90 (100-10) e 110 (100+10); da mesma forma, podemos dizer que 95% da
amostra tem valores que se situam entre 80 (100 − 2 · 10) e 120 (100 + 2 · 10);
finalmente, 99.7% situa-se entre 70 (100 − 3 · 10) e 130 (100 − 3 · 10).
A média de uma série estatística frequentemente é especificada mostrando-se
o desvio padrão junto, da seguinte forma:
x̄ ± s
25
escrever a média até a mesma casa do desvio padrão, isto é, x̄ ± s = 15.9 ± 0.2, e
assim por diante.
26
TIPOS MAIS COMUNS DE ACIDENTES DE TRABALHO EM CONSTRUÇÃO CIVIL - 2015 - BELÉM DO PARÁ
N.
Tipos de Acedentes Acidentes/ fi fr fr% Fac Fr%
Ano
fr = 52 = 0,0955 fr% = 0,0955 x 100 = 9,55 Fr% = 52 x 100 = 9,55
Queda de nível 52 52 544
52
544
fr = 32 = 0,0588 fr% = 0,0588 x 100 = 5,88 Fr% = 84 x 100 = 15,44
Choques elétricos 32 32 544
Fac =52+32 = 84
544
Queda de materiais 15 15 Fac =84+15=99
Violência e Brigas no Ambiente Trabalho 24 24
Distensões Musculares 26 26
Exposição a Ruídos Intensos 18 18
Impacto por veículos 65 65
LER (Lesões por Esforços Repetitivos) 51 51
Corte e Lacerações 44 44
Alergias e Complicações 62 62
Tombos 48 48
Picadas de Insetos e Animais Peçonhentos 25 25
Exposição a vibrações 19 19
Esmagamento por ou entre objetos 17 17
Exposição a substâncias nocivas ou tóxicas 46 46
Total 544
Fonte: Dados.com
2.2 ACIDENTE SEM LESÃO É o acidente que não causa lesão pessoal;
2
2.8.1 FATOR PESSOAL DE INSEGURANÇA (fator pessoal) Causa relativa
ao comportamento humano, que pode levar à ocorrência do acidente ou a
pratica do ato inseguro.
3
2.9.1.2 LOCALIZAÇÃO DA LESÃO Indicação da sede da lesão
75.30.00.000 - CABEÇA
75.30.50.200 - OUVIDO EXTERNO
75.30.70.700 - MANDÍBULA (inclusive queixo)
4
2.9.3 INCAPACIDADE PERMANENTE TOTAL Perda total da capacidade de
trabalho, em caráter permanente, sem morte;
a) ambos os olhos;
b) um olho e uma das mãos ou, um olho e um pé;
c) ambas as mãos ou ambos os pés ou uma das mãos e um pé.
5
2.14 TAXA DE GRAVIDADE Tempo computado por milhão de horas-homem de
exposição ao risco, em determinado período;
2.22.2 CUSTO NÃO SEGURADO Total das despesas não cobertas pelo
seguro de acidente do trabalho e, em geral, não facilmente computáveis,
tais como as resultantes da interrupção do trabalho, do afastamento do
6
empregado de sua ocupação habitual, de danos causados a
equipamentos e materiais, da perturbação do trabalho normal e de
atividades assistências não seguradas;
3. Requisitos Gerais
7
3.2.4 HORAS DE TRABALHO DE EMPREGADO RESIDENTE EM PROPRIE-
DADE DA EMPRESA Só devem ser computadas as horas durante as
quais o empregado estiver realmente a serviço do empregador;
8
Ex: Lesão no indicador resultante da perda da articulação da 2 a
falange com a 3a falange, estimada pela entidade seguradora em 25%
da redução da função: os dias a debitar devem ser 25% de 200 dias,
isto é, 50 dias.
9
3.6 MEDIDAS DE AVALIAÇÃO DE FREQÜÊNCIA E GRAVIDADE
FA = N x
1.000.000
H
Onde: FA taxa de freqüência de acidentes
N número de acidentes
H horas-homem de exposição ao risco
FL = N x
1.000.000
H
Onde: FL taxa de freqüência de acidentados com lesão com afastamento
N número de acidentados com lesão com afastamento
H horas-homem de exposição ao risco
3.6.1.3 TAXA DE FREQÜÊNCIA DE ACIDENTADOS COM LESÃO SEM
AFASTAMENTO Deve-se fazer o levantamento do número de
acidentes vítimas de lesão, sem afastamento, calculando a
respectiva taxa de freqüência;
G = T x 1.000.000
H
10
Onde: G taxa de gravidade
T tempo computado
H horas-homem de exposição ao risco
Mo = D__
N
Md = d__
N
11
3.6.3.3 TEMPO COMPUTADO MÉDIO Resultado da divisão do tempo
computado pelo número de acidentados correspondente.
Tm = T__
N
Tm = G__
FL
3.7.1 PERÍODOS O cálculo das taxas deve ser realizado períodos mensais e
anuais, podendo-se usar outros períodos quando houver conveniência;
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4. Requisitos Específicos
4.8 OUTRAS LESÕES Deve ser considerada lesão pessoal, se ocorrer por força do
trabalho e durante este:
- lesão infligida propositadamente por outra pessoa;
- lesão provocada por animal (como mordedura, picada ou contusão)
- lesão resultante de condição térmica ambiente;
- lesão cutânea, tal como dermatite de contato produzido por substância química ou
planta venenosa;
- incapacidade muscular ou esquelética (como bursite, tenossinovite, etc..)
14
TABELA DE DIAS DEBITADOS
15
ATIVIDADE 2
TAXA DE GRAVIDADE – TAXA DE FREQUÊNCIA
1) - Em uma empresa em que trabalham 100 trabalhadores, ocorreram três acidentes com três
acidentados no último ano, sendo debitados 100 dias para o prime iro acidente, 200 dias para o
segundo e no último foram debitados 60 dias. De acordo com a legislação vigente, deve -se
determinar e encaminhar ao INSS as taxas de frequência e gravidade. Baseado nos dados
apresentados e, considerando a jornada mensal por trabalhador de 200 horas, a taxa de frequência e
a taxa de gravidade anuais são, respectivamente,
A) 12,5 e 1500.
B) 150 e 18000.
C) 25 e 3000.
D) 30 e 360.
E) 360 e 15000.
2) (Centrais Elétricas S.A. (ELETROSUL) 2016. Cargo: Técnico de Segurança do Trabalho / Questão 53
Banca: Fundação Carlos Chagas (FCC). Nível: Médio)
Em uma empresa do setor elétrico trabalham 25 homens como horistas. 18 deles trabalham, cada um, 200
horas/mês; 4 trabalham 182 horas/mês, cada um; 3 trabalham apenas 160 horas/mês cada. É permitido
um tempo máximo de horas extras de 10% por mês. De acordo com a NBR 14280 − Cadastro de
Acidentes, o tempo total de exposição dos trabalhadores ao risco em horas/mês será de
A) 4327,2
B) 5769,6
C) 4808,0
D) 5288,8
E) 542,0
A) 5 – 10 – 15
B) 10 – 15 – 20
C) 15 – 20 – 25
D) 20 – 25 – 30
E) 25 – 30 – 35
4) (FCC 2014 - TRF 3ª - Técnico Judiciário - Área Segurança do Trabalho /. Nível: Médio)
Em uma determinada empresa do setor da construção civil, com 200 funcionários, ocorreram 2 acidentes
do trabalho no ano de 2012, sendo o primeiro acidente de trajeto e o segundo acidente típico de trabalho
que provocou uma lesão no trabalhador afastando-o por 200 dias. Os dias debitados, de acordo com a
NBR 14.280, equivalem a 1.800 dias. Sabendo-se que naquele ano os empregados trabalharam 250 dias
úteis e a jornada de trabalho é de 8 horas diárias, a taxa de gravidade (Tg) e frequência (Tf),
respectivamente, desta empresa são:
A) Tg = 40.000 e Tf = 20,0.
B) Tg = 5.000 e Tf = 5,0.
C) Tg = 10.000 e Tf = 2,5.
D) Tg = 10.000 e Tf = 5,0.
E) Tg = 5.000 e Tf = 2,5.