Modelos Curriculares
Modelos Curriculares
Modelos Curriculares
Alejandra Cardini
Belén Sanchez
Fernão Bracher
Presidente do Conselho do Instituto Acaia, membro do
Conselho do Todos pela Educação e da Parceiros da Educação
e ex-presidente do Itaú BBA
NOTA DAS AUTORAS
Alejandra Cardini
Belén Sanchez
6
SUMÁRIO
1.1. Apresentação 10
1.2. Introdução 14
1.3. Pontos de partida 24
1.3.1. Sobre o objeto de estudo: o que entendemos por currículo?
Por que devemos estudá-lo? 25
1.3.2. O currículo como canal de política educacional 28
1.3.3. As trajetórias escolares: possíveis percursos 31
1.3.4. Sobre a seleção e a análise dos casos 33
1.3.4.1. Tradições educacionais e curriculares 34
1.3.4.2. Flexibilidade e eletividade curricular 34
1.3.4.3. Disponibilidade de documentos e viabilidade da análise do caso 35
1.3.5. Sobre as dimensões da análise 38
1.3.6. Pontos de reflexão 42
1.3.6.1. A complexidade de designar o nível
secundário: acordos terminológicos 42
1.3.7. Limitações do estudo 46
1.3.8. Sobre os casos pesquisados e a diversidade de seus contextos 47
1.4. Nível secundário e currículo em contexto: tradições educacionais e
modelos de governança 58
1.4.1. Tradições educacionais 60
1.4.2. Esquemas de governança da educação e do currículo 65
1.5. Forma e conteúdo do currículo secundário no mundo: os instrumentos
curriculares e suas propostas de organização do conhecimento 70
1.5.1. Mosaico de instrumentos curriculares 71
1.5.2. Modelos de organização do conhecimento 77
1.6. O trânsito pelo currículo: eletividade, promoção, certificação e avaliação 90
1.6.1. Arquiteturas do nível secundário 94
1.6.2. Eletividade curricular e trajetórias estudantis 104
1.6.2.1. Notas sobre os desafios associados à implantação
dos modelos de eletividade curricular 124
1.6.3. Promoção, avaliação e certificação 127
1.7. Reflexões finais 136
1.8. Referências 142
1.9. Anexos 150
1.9.1. Anexo I 151
1.9.2. Anexo II 152
2. O ESQUEMA DE CRÉDITOS EM FOCO: O CASO DO
CURRÍCULO DA EDUCAÇÃO SECUNDÁRIA EM ONTÁRIO 157
Belén Sanchez
1.1.APRESENTAÇÃO
11
1.2.INTRODUÇÃO
15
2 A pesquisa foi realizada com base em 111 países. Para saber mais, ver Lee e Lee
(2016) Human capital in the long run, Journal of Development Economics.
3 De acordo com a mesma pesquisa, de 1870 a 1950, a média de anos de escolari-
zação da população aumentou de 0,49 a 3,2 e a população que ingressava no ensino
secundário cresceu de 1% a aproximadamente 15%.
17
5 Dado calculado para o ano de 2012, baseado unicamente em sete países: Ar-
gentina, Brasil, Chile, Colômbia, México, Peru e Uruguai. Fonte: Scasso e Rivas, na
imprensa.
6 Dados da Unidade de Estatísticas Educacionais da UNESCO (UIS-UNESCO).
Corresponde à quantidade de jovens em idade escolar que não cursam nem a edu-
cação secundária inferior nem a superior (últimos anos do ensino fundamental e
ensino secundário).
7 Estudo que sistematiza e analisa alguns países na Europa, e na América Latina
avalia 26 políticas ou programas vinculados à evasão e ao reingresso, a sustentação
19
1.3.PONTOS DE PARTIDA
25
O conceito de currículo
Nesse sentido, vale a pena lembrar mais uma vez que este estu-
do aborda unicamente o domínio do prescrito, e que a realidade
educacional dos países pesquisados exige outras metodologias de
análise e outras fontes de informação para ser compreendida em
toda sua complexidade. Parafraseando os termos do clássico deba-
te curricular, podemos dizer que este estudo encontra seus limites
nas fronteiras do currículo prescrito – e não engloba tudo aquilo
que fica entre o prescrito e o que de fato acontece em classe.
28
Quadro 1
CASOS
SIMILARES COMENTÁRIOS
CRITÉRIO 1: CRITÉRIO 2: CRITÉRIO 3: CRITÉRIO 4:
CASO (QUE TAMBÉM ADICIONAIS
TRADIÇÃO ELETIVIDADE EDUCAÇÃO E INFORMAÇÃO
ESCOLHIDOS PODERIAM JUSTIFICATIVOS
EDUCACIONAL CURRICULAR TRABALHO DISPONÍVEL
TER SIDO DA SELEÇÃO
ESCOLHIDOS)
Ensino
secundário Cingapura, País com altos
Coreia técnico Japão, resultados
Asiática Ramificada Média
do Sul com alto províncias da em avaliações
conteúdo China etc. internacionais
acadêmico
País que
Argentina, recentemente
Latino- Modelo
Equador Ramificada Média Chile, México, reformou
americana binário
Peru, outros o ensino
secundário
País com altos
resultados
Modelo Dinamarca, e ampla
Finlândia Escandinava Por créditos Alta
binário Suécia disponibilidade
de informação
em Inglês
País inspirador
Francesa Modelo Itália,
França Ramificada Alta da tradição
(europeia) binário Espanha
latino-americana
37
CASOS
SIMILARES COMENTÁRIOS
CRITÉRIO 1: CRITÉRIO 2: CRITÉRIO 3: CRITÉRIO 4:
CASO (QUE TAMBÉM ADICIONAIS
TRADIÇÃO ELETIVIDADE EDUCAÇÃO E INFORMAÇÃO
ESCOLHIDOS PODERIAM JUSTIFICATIVOS
EDUCACIONAL CURRICULAR TRABALHO DISPONÍVEL
TER SIDO DA SELEÇÃO
ESCOLHIDOS)
País com
Escócia, País reformas
Inglesa Modelo
Inglaterra Por créditos Alta de Gales, constantes e
(europeia) integrado
Irlanda sistema regulado
pelo mercado
País com
Cingapura,
Modelo tradição asiática
Japão Asiática Ramificada Média -baixa províncias da
integrado pouco estudada
China
no Ocidente
Outros Estados Jurisdição com
do Canadá, altos resultados
Norte- Modelo
Ontário Por créditos Alta Estados e modelo
americana integrado
Unidos, de créditos
Austrália diferenciado
País menos
estudado do
Média Alemanha,
Germânica Sistema que a Alemanha,
Suíça Ramificada (dificuldades Áustria,
(europeia) dual com reformas
idiomáticas) Luxemburgo
recentes
interessantes
Fonte: CIPPECFonte:
(2017)CIPPEC
10
(2017)10
Diagrama 1
CONTEXTOS SOCIODEMOGRÁFICOS,
EDUCATIVOS, ECONÔMICOS CONDICIONAM
TRADIÇÕES GOVERNANÇA
EDUCATIVAS DA EDUCAÇÃO
governança do
marcas na
incide na
deixam
MOSAICO DE
expressa-se em um
INSTRUMENTOS
ORGANIZAÇÃO DO
segue um modelo de
CONHECIMENTO
é implantado segundo
um conjunto de
REGRAS
ELETIVIDADE
referentes à
PROMOÇÃO
AVALIAÇÃO
CERTIFICAÇÃO
Quadro 2
Quadro 3
Gráfico 1
250
208
200
150
127
100
67 66
51 49
50 44
36
24
16
8 5
0
Brasil
Japão
França
Reino Unido
Coreia do Sul
Colômbia
Argentina
Canadá
Austrália
Equador
Suíça
Finlândia
Gráfico 2
80 79
70
60
50
50
43 42
40 39
40 37
30 28
20
12
10 9
6 6
0
Suíça
Austrália
Finlândia
Canadá
Reino Unido
Japão
França
Coreia do Sul
Argentina
Brasil
Equador
Colômbia
Fonte: CIPPEC (2017)16
Mas não devemos esquecer que o PIB per capita é apenas uma
média e não explica como é distribuída socialmente essa produ-
ção bruta. Portanto, é necessário considerar outros indicadores
que permitam observar como é distribuída a riqueza dos países.
O Índice de Gini mede o nível de desigualdade existente em ter-
mos de distribuição de riqueza entre a população, de acordo com
Gráfico 3
20
10
0
Colômbia
Brasil
Equador
Argentina
Austrália
Canadá
França
Reino Unido
Japão
Suíça
Finlândia
Fonte: CIPPEC (2017)17
Gráfico 4
8
7,2
7
5,99
6 5,7
5,5
5,33 5,3 5,3 5,2 5,1
5 4,7 4,6
4 3,6
0
Finlândia
Brasil
Reino Unido
França
Argentina
Equador
Canadá
Austrália
Suíça
Colômbia
Coreia do Sul
Japão
Gráfico 5
99 99 98
100 97 95
88 88
85 85
81
80 78
60
40
20
0
Japão
França
Reino Unido
Coreia do Sul
Finlândia
Argentina
Austrália
Equador
Suíça
Brasil
Colômbia
1.4.NÍVEL SECUNDÁRIO E
CURRÍCULO EM CONTEXTO:
TRADIÇÕES EDUCACIONAIS E
MODELOS DE GOVERNANÇA
59
Por último, temos a tradição asiática, não tratada nos artigos aqui
citados, já que este estudo tem um viés predominantemente oci-
dental da história da educação. Cabe mencionar que, embora na
Ásia convivam tradições educacionais muito heterogêneas, a cul-
tura do esforço, a meritocracia, a educação baseada em valores e
o respeito pela figura do docente são alguns dos traços constituti-
vos dos sistemas educacionais na região.
Quadro 4
TRADIÇÃO TRADIÇÃO
TRADIÇÃO TRADIÇÃO
LATINO- NORTE-
EUROPÉIA ASIÁTICA
AMERICANA AMERICANA
França
(francesa),
Finlândia
Argentina, Austrália,
(escandinava), Coreia do Sul,
Colômbia, Canadá
Inglaterra Japão
Equador (Ontário)
(inglesa),
Suíça
(germânica)
Quadro 5
SISTEMA DE GOVERNANÇA
DA EDUCAÇÃO
Federativo Unitário
Equador,
Nacional
Japão, França
NÍVEL DE
GOVERNO COM Argentina,
MAIOR PESO Subnacional Canadá, Suíça,
NA DEFINIÇÃO Austrália
CURRICULAR
Colômbia, Coreia
Local do Sul, Finlândia,
Inglaterra
1.5.FORMA E CONTEÚDO DO
CURRÍCULO SECUNDÁRIO NO
MUNDO: OS INSTRUMENTOS
CURRICULARES E SUAS
PROPOSTAS DE ORGANIZAÇÃO
DO CONHECIMENTO
71
20 É claro que não se trata de modelos fechados e que não existe um acordo so-
bre os componentes e características que cada documento deve ter. Sendo assim,
ao passo que os marcos curriculares tendem a se manter ancorados em padrões
e objetivos e os programas de estudo no detalhamento dos conteúdos e as chaves
de sua transmissão, no plano dos documentos existe uma grande variedade, com
documentos que integram todos os componentes, ou documentos sem coerência
entre si, ou que combinam de forma não sistemática diferentes tipos de definição
curricular nas diferentes áreas ou disciplinas de estudo.
21 No caso de Ontário, não existe algo parecido com um documento curricular
único e geral: essa província canadense desenvolveu um documento chamado “Es-
colas em Ontário: requerimentos de políticas e programas”, que desenvolve cada
política (incluída a curricular) que deve ser aplicada nas escolas de educação primá-
ria e secundária do distrito.
73
Quadro 6
INSTRUMENTOS CURRICULARES
CASO
DEFINIDOS NO NÍVEL NACIONAL
Quadro 7
que esses são apenas alguns aspectos que exigem atenção e que
nosso estudo não pode verificar por não fazer parte de sua pro-
posta analisar as reformas curriculares, mas unicamente os docu-
mentos curriculares vigentes.
Quadro 8
Relevância da disciplina
Objetivos
Ideias principais
Papéis e responsabilidades na implantação do currículo
Resumo do programa
Expectativas curriculares
Ramificações – strands –
Critérios de avaliação
Orientações para o ensino
Considerações transversais (ex.: educação financeira)
Resumo – overview –
Glossário de termos
Resumo – overview –
Expectativas gerais
Expectativas específicas
Grandes ideias
Perguntas macro/Exemplos de consignas (para docentes)
Quadro 9
Figura 1
1.6.1. ARQUITETURAS DO
NÍVEL SECUNDÁRIO
Diagrama 2
Doutorados
Licenciaturas de
6
pós-graduação
Universidades
Licenciaturas de Escola
Licenciaturas
1-1.5
Superior Profissional
2
Universidades
Escolas superiores profissionais
5A
Diplomas de Escola
Diplomas
3.5-4
Superior Profissional
3
Universidade
Escolas superiores profissionais
Titulações
profissionais
4
especializadas
Experiência
profissional
Titulações
profissionais
3
3
superior geral *Também por contrato de aprendizagem
Ano complementar
voluntário de
educação básica
1e2
Educação básica
7 a 16 anos de idade
9
Escolas primárias
0-5
Diagrama 3
Argentina
5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18
Educación primaria Educación secundaria
Nota: o ano corresponde à idade teórica de 12 anos está colorido de laranja e azul porque em
algumas jurisdições corresponde ao último ano de educação primária e em outras corresponde
ao primeiro ano da educação secundária.
O ano correspondente à idade teórica de 18 anos está colorido de cinza escuro e claro porque a
modalidade orientada nesse ano não está incluída, mas está na modalidade técnico-profissional
e na modalidade artística.
97
Austrália
5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18
Primary school Secondary school
Nota: o ano corresponde à idade teórica de 5 anos está colorido de laranja escuro e claro porque
em algumas jurisdições é um ano obrigatório e, em outras, não. Nos estudos de equivalência
entre a estrutura vertical da Austrália e os níveis CINE, o ano não está incluído no nível CINE 1
(educação primária).
O ano correspondente à idade teórica de 16 a 17 anos está colorido de cinza escuro e claro
porque em algumas jurisdições estes anos são obrigatórios e em outras, não.
Colômbia
5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18
Educación primaria Educación básica Educación media
Coreia do Sul
5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18
Chodeung hakgyo Jung hakgyo Godeung hakgyo
Equador
5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18
Ciclo general básica Bachillerato
general unificado
Finlândia
5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18
Peruskoulu Toisen asteen kouloutus/oppilaitos
Nota: os anos correspondentes à idade teórica de 17 a 18 anos estão coloridos de cinza escuro
e claro porque a política curricular determina que a educação secundária superior pode ser
realizada de 2 a 4 anos, de acordo com as escolhas dos estudantes.
França
5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18
École Collége Lycée
Inglaterra
5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18
Key stage 1 Key stage 2 Key stage 3 Key stage 4
Nota: o ano correspondente à idade teórica de 17 e 18 anos não possui um nome e duração
definidos na política educacional, mas dependem da oferta de cursos e certificações do mercado
(por exemplo, A Levels).
98
Japão
5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18
Shogakko Chugakko Kotogakko
Ontario
5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18
Elementary school Secondary school
Suíça
5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18
Primarschule Sekundarschule
Nota: os anos correspondentes à idade teórica de 15 a 18 anos não possuem nome porque o
nível adquire denominações diferentes, de acordo com a modalidade de estudo.
Quadro 10
ESTRUTURA HORIZONTAL
SECUNDÁRIA BAIXA,
INFERIOR OU ÚLTIMOS SECUNDÁRIA ALTA, SUPERIOR
ANOS DO ENSINO OU ENSINO SECUNDÁRIO
FUNDAMENTAL
Argentina
Austrália
Colômbia
Coreia
do Sul
Equador
Finlândia
França
Inglaterra
Japão
Ontário
Suíça
30 Nota: na Suíça, alguns cantões propõem que os últimos anos do ensino fundamental
sejam comuns, enquanto outros oferecem modalidades diversificadas por desempenho.
102
Diagrama 4
+ eletividade
Quadro 11
31 Nota: não foi realizada uma busca exaustiva por informações sobre os disposi-
tivos de orientação para a escolha, apenas foram incluídas as informações sobre os
dispositivos de orientação para a escolha quando estavam destacadas nos currículos.
110
Diagrama 5
? ? ?
Quadro 12
Procedimentos condicionantes da
escolha no sistema ramificado da França
A escolha do trajeto após o collège por parte do estudante é intermediada por um processo no qual parti-
cipam os docentes, o diretor, o aluno e a família do aluno (ou ele próprio, caso seja adulto). A decisão final
sobre a orientação que cada aluno seguirá é do diretor do centro.
Durante o último ano do collège, o conselho de classe avalia se o aluno alcançou os objetivos do ciclo em
questão. O professor principal comunica o resultado dessa avaliação ao aluno e a seus pais. Dependendo
da avaliação, a informação obtida e os resultados do diálogo com os membros da equipe educativa, os
pais do estudante ou o estudante adulto formulam pedidos de orientação. Esses pedidos de orientação
são examinados pelo conselho de classe, levando em consideração todas as informações levantadas pelos
seus membros sobre cada aluno, bem como os elementos proporcionados pela equipe pedagógica. O
conselho de classe emite propostas de orientação. Quando essas propostas coincidem com o que foi soli-
citado, o responsável pela escola toma suas decisões de acordo com as propostas do conselho de classe e
as comunica aos pais do estudante ou ao estudante adulto. Se as propostas não estiverem de acordo com
o solicitado, o diretor ou seu representante receberão o aluno e seus pais ou o aluno maior de idade para
informá-los sobre as propostas do conselho de classe e escutar suas observações. Com base em tudo isso,
o diretor da escola tomará uma decisão que será comunicada aos pais do estudante ou ao estudante adul-
to. Também pode aconselhar ao aluno e a seus representantes legais, principalmente quando o conselho
de classe assim o recomendar, que faça algum tipo de curso de nivelamento. A decisão adotada deve ser
acompanhada de um relatório que a justifique considerando todos os elementos objetivos informados
que conduziram àquela decisão. Os pais do aluno ou o aluno adulto dispõe de 3 dias para recorrer da
decisão após terem sido notificados.
A escolha da orientação do lycée é feita com base no nível de desempenho do estudante, sua motivação
quanto a uma orientação em particular e suas possibilidades de sucesso nas matérias centrais. A decisão
é tomada pelo diretor da escola com a ajuda do conselho de classe. Se a proposta não coincidir com os
desejos do estudante ou sua família, o diretor deve convocá-los para conhecer suas observações antes de
tomar a decisão final (as famílias têm um prazo de 3 dias para recorrer da decisão, e nesse caso, aqueles
que analisarem o recurso de apelação tomarão a decisão final).
motivo pelo qual a ordem de escolha não pode ser aleatória. Além
do mais, os sistemas de correlação limitam as possíveis trajetó-
rias, nas quais as primeiras opções condicionam de alguma forma
as escolhas posteriores.
Quadro 13
Requisito
30 créditos de leitura
e escrita
12 créditos
18 créditos obrigatórios
optativos
• 4 Língua
• 3 Matemática Atividades
• 2 Ciências comunitárias
• 1 Artes (40 horas)
A serem
• 1 Geografia Canadense
escolhidos
• 1 História Canadense
entre cursos
• 1 Segunda Língua (Francês)
oferecidos
• 1 Saúde e Ed. Física
pela escola.
• 0.5 Carreiras e Estudos
• 0.5 Estudos Cívicos
• 3 Créditos a escolher entre
3 grupos de cursos
Quadro 14
20 créditos (mínimo)
12 créditos
8 créditos (6 preparatórios no máximo)
como mínimo
34 O número de créditos não deve ser utilizado para realizar comparações entre
os casos porque o valor de um crédito, em termos de carga horária e desempenho
nos cursos, varia em cada um dos países/Estados.
35 Centro de Implementação de Políticas Públicas para Equidade e Crescimento,
sobre a base de Currículo de Queensland.
119
Quadro 15
36 Sobre a base de National Core Curriculum for General Upper Secondary Scho-
ols 2015 (2016).
121
Quadro 16
37 Nota: a Coreia do Sul e o Japão não foram incluídos porque não foi encontrada
nenhuma informação a respeito. A Austrália não foi incluída porque a promoção é
definida em nível subnacional.
130
Quadro 17
CONSEQUÊNCIAS SOBRE AS
TIPO DE AVALIAÇÃO
TRAJETÓRIAS DOS ALUNOS
38 Nota: a Austrália não foi incluída porque a avaliação é definida em nível subnacional.
133
Quadro 18
INTERMEDIÁRIOS
DE DE
OU DE CONCLUSÃO
CONHECIMENTOS COMPETÊNCIAS
DOS ÚLTIMOS FINAL
ADQUIRIDOS FORA TÉCNICO-
ANOS DO ENSINO
DA ESCOLA PROFISSIONAIS
FUNDAMENTAL
Argentina
Austrália
Colômbia
Equador
Finlândia
França
Inglaterra
Ontário
Suíça*
39 Nota: a Coreia do Sul e o Japão não foram incluídos porque não foi encontrada
informação a esse respeito.
134
Como foi dito no início, esperamos que este trabalho seja uma fer-
ramenta de reflexão útil para aqueles que devem levar adiante pro-
cessos de reforma educacional na República Federativa do Brasil.
141
142
1.8. REFERÊNCIAS
143
Jackson, P.W. La vida en las aulas (2nd ed.). Nueva York: Teachers
College, Columbia University, 1990.
Tedesco, J.C., Opertti, R., Amadio, M. Por qué importa hoy el de-
bate curricular. Working Papers on Curriculum Issues no. 10, 2013.
Gênova.
147
1.9. ANEXOS
151
Anexo I
BIBLIOGRAFIA
PAÍSES ANALISADOS
CONSULTADA
Creese et al.
Austrália, Canadá, China, Finlândia, Japão, Singapura, Estados Unidos.
(2016)
Anexo II
Quadro 20
Governança do
Conjunto de instrumentos normativos que regulam o currí-
currículo: mosaico
culo da escola secundária. Explicita se existem leis a serem
de instrumentos
aplicadas (leis que regulam aspectos gerais do sistema edu-
normativos e
cacional ou de algum nível ou subsistema).
curriculares
154
Nível e forma
de integração
Explica em que medida e de que forma a educação concebida
da educação
especificamente para o desempenho no mundo do trabalho é
para o trabalho
integrada à educação secundária geral.
Educação com a educação
secundária secundária geral
e mundo do
trabalho Dispositivos de
articulação entre o Descreve acordos institucionais que buscam e conseguem
sistema educacional construir pontes entre o sistema educacional do nível secun-
e o mundo do dário e o mundo do trabalho.
trabalho
2.
O ESQUEMA DE
CRÉDITOS EM FOCO:
O CASO DO CURRÍCULO
DA EDUCAÇÃO
SECUNDÁRIA EM
ONTÁRIO
BELÉN SANCHEZ
2.1.APRESENTAÇÃO
159
2.2.INTRODUÇÃO:
A PROVÍNCIA DE ONTÁRIO
161
2.3.SISTEMA EDUCACIONAL:
GOVERNANÇA E
CARACTERÍSTICAS BÁSICAS
163
48 Para ver uma infografia detalhada das atribuições nos diversos órgãos de
governança da educação de Ontário, acessar https://www.oct.ca/-/media/PDF/
Who%20does%20what%20in%20Education%20PDF/2017WhoDoesWhatInfogra-
phicENweb_ACCESSIBLE.pdf
166
2.4.DESAFIOS ATUAIS DA
EDUCAÇÃO EM ONTÁRIO:
PRINCIPAIS LINHAS DA
POLÍTICA EDUCACIONAL
167
Diagrama 1
Mercado de
18-21+ anos Estágios College Universidade
trabalho
teachers/studentsuccess/transition.html.
52 Os estudantes podem permanecer na escola secundária até completar 21 anos
de idade. Esse caso é frequente em estudantes com necessidades especiais, que cur-
sam um programa de 7 anos. Depois dos 21 anos, as pessoas devem incorporar-se
a programas de educação para adultos. Para conhecer mais sobre as implicações e
políticas associadas à obrigatoriedade escolar, pode-se acessar: http://www.edu.gov.
on.ca/eng/policyfunding/memos/Bill52Implementation.pdf (em inglês).
53 CIPPEC
171
• Cursos universitários.
Quadro 1
50%
40%
76,30%
79,6%
30%
78,3%
56%
60%
63%
66%
69%
70%
72%
73%
74%
75%
20%
10%
0%
2003-04
2004-05
2005-06
2006-07
2007-08
2008-09
2009-10
2010-11
2011-12
2012-13
2013-14
2014-15
2015-16
Graduados em 4 anos Graduados em 5 anos
2.6.O CURRÍCULO DO
NÍVEL SECUNDÁRIO
177
Figura 1
• Prefácio:
> sobre as escolas no século XXI;
• Programa:
Diagrama 2
Diagrama 3
Análise e Interpretação
2.6.3. A ORGANIZAÇÃO DO
CONHECIMENTO NO CURRÍCULO
2.6.4. PROCESSO DE
REVISÃO CURRICULAR
Diagrama 4
PESQUISA
CONSULTAS
Estudantes Pais
ESCRITA
Stakeholders Educadores
REVISÃO DE
TERCEIROS
EDIÇÃO
APROVAÇÃO
Análise
técnica
Recursos + Treinamento
Primeiras
nações,
Métis e Equidade,
FNMI Inuis
LANÇAMENTO inclusão e
educação
Escrita Revisão
ONGs
MACSE
Faculdades Associações
de Educação por disciplinas/
divisões
Outros ramos
e ministérios
Benchmarking
Quadro 2
CRÉDITOS CURSO
2 Ciências
1 História do Canadá
1 Geografia do Canadá
1 Artes
Diagrama 5
Siglas:
73 CIPPEC
191
Diagrama 6
S1 S2 S1 S2 S1 S2 S1 S2
Cs
Ef G1 G2 E G3 E E
Ec
+OSSL
E E E E E +40h E
T/C
Siglas:
74 Idem.
192
Diagrama 7
Siglas:
75 Idem.
193
Diagrama 8
Cálculo e
vetores
G12
Universidade
Funções
avançadas
G12
Universidade
Matemática de
Funções
Gestão de Dados
G11
G12
Universidade
Princípios de Princípios de Universidade
matemática matemática
G9 G10
Acadêmico Acadêmico
Funções e Matemática
aplicações para Tecnologia
G11 do College
Universidade/ G12
Fundamentos
Fundamentos College College
de
de matemática matemática
G9 G10
Aplicado Aplicado Fundamentos de Fundamentos
Matemática de Matemática
para o College para o College
G11 G12
College College
78 The Ontario Curriculum Grades 9 and 10. Mathematics, revised, 2007 y The On-
tario Curriculum Grades 11 and 12. Mathematics, revised, 2007
198
Diagrama 9
Preparação universitária
ACADÊMICO
Preparação college/univ.
OPEN (ABERTO)
79 CIPPEC (2017)
199
Figura 2
80 Fotografia tirada pela equipe do CIPPEC durante uma visita a uma escola
secundária de Ontário (2017). J. Clarke Richardson Collegiate, Durham District
School Board, Ontario.
203
a) Educação Cooperativa
Figura 3
c) Crédito Dual
Além disso, o estudo deste caso joga luz sobre uma questão es-
pecialmente interessante na hora de refletir sobre a flexibilidade
curricular no contexto de países em desenvolvimento: sua in-
teração com padrões preexistentes de desigualdade social. Os
estudos da organização People for Education (2013) registram a
ideia de que a existência de opções acadêmicas e aplicadas dos
cursos nos primeiros anos do nível secundário e as consequên-
cias futuras dessas primeiras escolhas (que restringem as ver-
sões dos cursos que podem ser realizados nos anos posteriores
e, consequentemente, limitam as opções em matéria de âmbitos
de inserção pós-secundária) poderia estar estimulando a repro-
dução das desigualdades de origem entre os estudantes. A esco-
lha de cursos aplicados é mais comum entre estudantes menos
privilegiados, que, posteriormente, acabam vendo suas opções
restringidas à realização de outros cursos aplicados e ao ingresso
em âmbitos pós-secundários de menor prestígio (como o mer-
cado de trabalho, em lugar de poder continuar seus estudos em
instituições universitárias ou terciárias).
curricular dialoga com a justiça social, aspecto que não pode ser
descuidado, especialmente em países com estruturas sociais for-
temente desiguais.
2.8.REFERÊNCIAS
225
2.9.ANEXO
227
http://www.edu.gov.on.ca/
9-10 2010 eng/curriculum/secondary/
arts910curr2010.pdf
Artes
http://www.edu.gov.on.ca/
11-12 2010 eng/curriculum/secondary/
arts1112curr2010.pdf
http://www.edu.gov.on.ca/
9-10 2008 eng/curriculum/secondary/
science910_2008.pdf
Ciências
http://www.edu.gov.
11-12 2008 on.ca/eng/curriculum/
secondary/2009science11_12.pdf
http://www.edu.gov.on.ca/
9-10 2009 eng/curriculum/secondary/
teched910curr09.pdf
Educação
Tecnológica
http://www.edu.gov.
11-12 2009 on.ca/eng/curriculum/
secondary/2009teched1112curr.pdf
http://www.edu.gov.on.ca/
9-10 2013 eng/curriculum/secondary/
Estudos canworld910curr2013.pdf
Canadenses
e Globais http://www.edu.gov.
11-12 2015 on.ca/eng/curriculum/
secondary/2015cws11and12.pdf
http://www.edu.gov.on.ca/
Estudos da
10-12 2008 eng/curriculum/secondary/
Computação
computer10to12_2008.pdf
http://www.edu.gov.on.ca/
Estudos
11-12 2002 eng/curriculum/secondary/
Interdisciplinares
interdisciplinary1112curr.pdf
http://www.edu.gov.on.ca/
9-10 1999 eng/curriculum/secondary/
nativestudies910curr.pdf
Estudos Nativos
http://www.edu.gov.on.ca/
11-12 2000 eng/curriculum/secondary/
nativestudies1112curr.pdf
228
Francês como
Segunda Língua http://www.edu.gov.on.ca/
e Programa 9-12 2014 eng/curriculum/secondary/
de Imersão na fsl912curr2014.pdf
Língua Francesa
http://www.edu.gov.on.ca/
Humanidades e
9-12 2013 eng/curriculum/secondary/
Ciências Sociais
ssciences9to122013.pdf
http://www.edu.gov.on.ca/
9-10 2007 eng/curriculum/secondary/
english910currb.pdf
Inglês
http://www.edu.gov.on.ca/
10-12 2007 eng/curriculum/secondary/
english1112currb.pdf
http://www.edu.gov.on.ca/eng/
Inglês como
9-12 2007 curriculum/secondary/esl912currb.
Segunda Língua
pdf
http://www.edu.gov.on.ca/
Línguas Clássicas
9-12 2016 eng/curriculum/secondary/
e Internacionais
classiclang912curr.pdf
http://www.edu.gov.on.ca/
9-10 1999 eng/curriculum/secondary/
nativelang910curr.pdf
Línguas Nativas
http://www.edu.gov.on.ca/
11-12 2000 eng/curriculum/secondary/
nativelang1112curr.pdf
http://www.edu.gov.on.ca/eng/
9-10 2005 curriculum/secondary/math910curr.
pdf
Matemática
http://www.edu.gov.on.ca/
11-12 2007 eng/curriculum/secondary/
math1112currb.pdf
Matemática:
http://www.edu.gov.on.ca/eng/
curso ponte
9 2006 curriculum/secondary/mathtr9curr.
aplicado-
pdf
acadêmico
229
http://www.edu.gov.on.ca/
9-10 2006 eng/curriculum/secondary/
business910currb.pdf
Negócios
http://www.edu.gov.on.ca/
11-12 2006 eng/curriculum/secondary/
business1112currb.pdf
http://www.edu.gov.on.ca/
9-10 2006 eng/curriculum/secondary/
Orientação guidance910currb.pdf
e Educação
Vocacional http://www.edu.gov.on.ca/
11-12 2006 eng/curriculum/secondary/
guidance1112currb.pdf
Saúde e http://www.edu.gov.on.ca/eng/
9-12 2015
Educação Física curriculum/secondary/health9to12.pdf
230
Fernão Bracher
Ana Inoue
Beatriz Ferraz
Carla Chiamareli
Diogo Jamra Tsukumo
Márcia Leal
231
CRÉDITOS EDITORIAIS
Coordenação Geral
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Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
(Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)
Cardini, Alejandra
Modelos curriculares para o ensino médio :
desafios e respostas em onze sistemas educacionais/
Alejandra Cardini, Belén Sanchez. -- São Paulo :
Metalivros, 2018.
Bibliografia.
ISBN 978-85-8220-023-0
18-20019 CDD-370
Índices para catálogo sistemático:
1. Sistemas de ensino : Educação 370
2. Sistemas educacionais 370
Esta obra foi composta com as fontes Archer, Eau Douce e Rotis Sans Serif Std,
impressa na Ogra Oficina Gráfica em papel Offset 90 g/m2, em setembro de 2018
Uma publicação
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