Aula 01 - Finanças Corporativas
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Retorno %
Ret %
1,05
6,75%
A inclinação dessa reta, que representa a relação entre o beta e o
retorno
da carteira, indica qual o percentual de risco “por unidade de beta”
seria exigido
daquele ativo A.
𝐼𝑛𝑐𝑙𝑖𝑛𝑎çã𝑜 =
𝐸(𝑅𝐴) − 𝑅𝑓
𝛽𝐴
=
12,75% − 6%
1,05
= 6,43%
Isso significa que, para cada unidade de risco sistemático (beta), o
portfólio exigiria um retorno de 6,43% a mais.
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Mas há a opção de um ativo B!
Ativo B: E(RB) = 12%; βB = 1,2
Fazendo os mesmo cálculos que fizemos para o portfólio com o ativo
A,
um portfólio contendo o Ativo B e o ativo livre de risco teria os
seguintes
resultados:
Carteira Ret % Beta
0%B/100%Rf 6,00% 0,00
25%B/75%Rf 7,50% 0,30
50%B/50%Rf 9,00% 0,60
75%B/25%Rf 10,50% 0,90
100%B/0%Rf 12,00% 1,20
150%B/-50%Rf 15,00% 1,80
200%B/-100%Rf 18,00% 2,40
Combinando o gráfico do portfólio com A com o Gráfico do portfólio
com
B, temos:
0,00%
5,00%
10,00%
15,00%
20,00%
25,00%
30,00%
0 0,5 1 1,5 2 2,5 3
Retorno %
Portfólio com o Ativo B
Beta= 1,8, Retorno = 15%
150% Rb (-50% Rf)
Portfólio com o Ativo A
Beta= 1,8, Retorno = 17,59%
128,75% Ra (-28,75% Rf)
Em princípio o ativo A dá mais retorno do que B, porém tem mais
risco,
representado por seu beta mais elevado.
Porém dá para inferir que o ativo A será SEMPRE melhor do que ativo
B,
pois para qualquer valor de risco de portfólio colocado, SEMPRE será
possível
fazer um portfólio combinando A e o ativo livro de risco que trará
retorno maior
do que o portfólio de B com o ativo de risco, para o mesmo risco.
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Na figura vemos que, para o beta do portfólio em 1,8, se utilizarmos
o
ativo B teríamos retorno esperado de 15%, com um portfólio de
150% no Ativo
B e -50% no Ativo livre de risco.
Mas se montarmos um portfólio (ou carteira) com o ativo A em
128,75%
e o ativo livre de risco em -28,75%, esse portfólio terá o mesmo beta
(1,8),
porém retorno esperado de 17,59%.
Isso não é consistente com os princípios de eficiência do mercado e
ausência de oportunidades de arbitragem.
Isso NÃO aconteceria, pois nenhum investidor racional utilizaria B
para
compor seus portfólios. Todos correriam para A, que faria o preço de
A aumentar
e seu retorno diminuir, até se extinguirem as possibilidades de
arbitragem.
O que a teoria nos indica é que os preços dos ativos se ajustariam
para
que aquele “prêmio de risco” fosse o mesmo.
Não significa, em hipótese alguma, que os ativos todos têm o mesmo
risco. Significa que aquele retorno adicional por unidade de risco
sistemático (o
beta), que é calculado pela inclinação da curva do portfólio, é o
mesmo para
todo o mercado.
A inclinação da reta A e da reta B seria a mesma:
𝐸(𝑅𝐴) − 𝑅𝑓
𝛽𝐴
=
𝐸(𝑅𝐵) − 𝑅𝑓
𝛽𝐵
O resultado faz todo o sentido, pois se um ativo de 2 vezes mais risco
sistemático do que outro, seu prêmio de risco deve ser o dobro.
Importante entender que não estamos falando do dobro do retorno
total,
mas do dobro do retorno associado ao risco sistemático.
A linha do mercado de capitais – SML
Em tese, todos os ativos (ou portfólios de ativos) deverão estar nesta
mesma linha, ainda que cada um tenha seu próprio beta. Isso porque
o ativo de
risco é idêntico para todos.
Essa é a Securities Market Line – SML, um dos conceitos mais
relevantes em finanças.
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Imaginemos agora um portfólio com todos os ativos do mercado (isso
não é possível na prática, mas é aproximado para os índices de
bolsa). Teremos
RM, o retorno médio do mercado, e βM=1, pois como temos todos os
ativos do
mercado nessa carteira, ele deverá ter risco sistemático médio.
A inclinação da SML é:
𝐼𝑛𝑐𝑙𝑖𝑛𝑎çã𝑜 𝑑𝑎 𝑆𝑀𝐿 =
𝐸(𝑅𝑀) − 𝑅𝑓
𝛽𝑀
=
𝐸(𝑅𝑀) − 𝑅𝑓
1
= 𝑃𝑟ê𝑚𝑖𝑜 𝑑𝑒 𝑅𝑖𝑠𝑐𝑜 𝑑𝑜 𝑀𝑒𝑟𝑐𝑎𝑑𝑜
CAPM – Capital Asset Pricing Model
Para um ativo qualquer com Retorno esperado E(Ri) e βi, temos o
seguinte:
𝐸(𝑅𝑖 ) − 𝑅𝑓
𝛽𝑖
= 𝐸(𝑅𝑀) − 𝑅𝑓
Logo,
𝐸(𝑅𝑖 ) = 𝑅𝑓 + (𝐸(𝑅𝑀) − 𝑅𝑓) × 𝛽𝑖
Esse resultado é o famoso modelo de apreçamento de ativos de
capital
(CAPM).
O retorno de um ativo de capital depende de três coisas:
A taxa livre de risco, que é apenas a remuneração por esperar seu
dinheiro voltar, sem correr qualquer risco.
O prêmio de risco, por se arriscar.
A quantidade de risco sistemático tomado, indicado pelo beta.
O mundo “real”
Em termos teóricos, o que foi discutido até o presente é o que se
encontra
na maioria dos livros didáticos. A maioria deles estrangeiros.
Na prática não temos como montar uma carteira de todos os ativos
do
mercado. Não existe “índice” que se baseie em todas as ações
simultaneamente.
O mais comum é haver algum índice representativo do mercado. O
Beta
vai ser calculado em relação a esses índices.
E ele vai se referir a estes índices e a um determinado período.
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O Beta tem a seguinte fórmula:
𝛽𝑎𝑡𝑖𝑣𝑜 =
𝐶𝑜𝑣𝑎𝑟𝑖â𝑛𝑐𝑖𝑎(𝐴𝑡𝑖𝑣𝑜; 𝐶𝑎𝑟𝑡𝑒𝑖𝑟𝑎)
𝑉𝑎𝑟𝑖â𝑛𝑐𝑖𝑎(𝐶𝑎𝑟𝑡𝑒𝑖𝑟𝑎)
Ou:
𝛽𝑎𝑡𝑖𝑣𝑜 =
𝜎𝑎𝑡𝑖𝑣𝑜
𝜎𝑐𝑎𝑟𝑡𝑒𝑖𝑟𝑎
× 𝐶𝑜𝑟𝑟𝑒𝑙𝑎çã𝑜(𝐴𝑡𝑖𝑣𝑜; 𝐶𝑎𝑟𝑡𝑒𝑖𝑟𝑎)
Veja um exemplo:
Data Ibovespa Ativo
Dia 1 -2,45% -1,23%
Dia 2 1,20% 0,68%
Dia 3 0,55% 0,44%
Dia 4 -1,40% -0,60%
Dia 5 0,02% 0,80%
Dia 6 1,33% 0,80%
Dia 7 0,90% 0,50%
Temos as variações diárias do índice Bovespa e do ativo para o qual
queremos calcular o beta.
A variância da carteira (do universo) é 0,01754%, a Covariância
entre
IBOV e o ativo é 0,00914%. O desvio padrão (universo ou população)
do IBOV
é 1,325% e do ativo é 0,7337%.
Com base nesses números, tente usar as fórmulas acima e calcular o
resultado para o beta. O gabarito é 0,52.
Quando algum site apresenta o beta calculado para as ações
brasileiras,
costuma indicar tanto a periodicidade do retorno (às vezes não é
diário, pode
ser semanal) quanto a extensão do período de comparação (2, 3 anos
etc.).
É muito, muito importante que o aluno entenda que o Beta é algo
calculado com dados do mercado. Isso significa que os retornos
calculados a
partir dos betas são retornos que se baseiam em ações ou portfólios
de mercado.
Não há nada teórico nisso.
E aqui temos um problema...
Quando calculamos o beta de uma empresa, que é a sensibilidade
dela
ao risco sistemático, esse beta (que é calculado com dados REAIS de
mercado)
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inclui o risco da estrutura de capital da empresa. Ou seja, empresas
do mesmo
setor, com alavancagem maior (mais dívida em relação ao capital
próprio) terão
betas diferentes. A empresa mais alavancada terá beta maior.
O Professor Damodaran traz alguns insights sobre como o beta varia
diante de vários aspectos:
Alavancagem financeira: Firmas mais alavancadas costumam ter
betas maiores (em comparação com empresas do mesmo setor)
Alavancagem operacional (Custos fixos menos representativos):
Quanto mais representativos os custos fixos, mais arriscada é a
empresa e maior seu beta.
Quanto mais específico o produto que ela vende (produtos de luxo,
de alto preço etc.) maior o beta.
Empresa com grande perspectiva de crescimento (Facebook,
Google etc.) maior o beta.
Custo de Oportunidade
O custo de oportunidade normalmente vem indicado por uma taxa de
juros. Isso porque para tratarmos de montantes, precisamos saber o
quanto
será investido.
Custo de oportunidade é quanto se “deixa” de ganhar por alocar os
recursos em determinado investimento.
Mas não é apenas o que se deixa de ganhar. É o MÁXIMO que se
deixaria
de ganhar.
Exemplificando, se você tem R$ 1 milhão para aplicar e consegue
investir
por 13% ao ano, seu custo de oportunidade não será a poupança
(6% ao ano,
mas o investimento imediatamente inferior, por exemplo, um fundo
de mesma
classe de risco que dê 12,80%).
Alguns textos falam que o custo de oportunidade deveria ser
compensado
pelo risco, ou seja, não podemos falar que a “oportunidade perdida”
de quem
investe em renda fixa seja o investimento em ações.
Isso faz sentido, pois a lógica do custo de oportunidade é tratar do
“custo
do dinheiro” se ele não estivesse alocado no ativo que está.
Mas há outros significados menos diretos.
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Se você vai montar um negócio e, para isso, vai precisar retirar seu
inquilino do seu imóvel comercial para ocupá-lo, o valor do aluguel
(nesse ponto
não é taxa) será o custo de oportunidade daquele ativo.
E isso é claro, pois se o seu negócio não render o suficiente para
cobrir
aquele aluguel, seria melhor deixar o imóvel alugado.
Taxa livre de risco na prática
Como já visto, a taxa livre de risco de uma economia é a taxa paga
pelo
ativo menos arriscado dessa economia.
É bem verdade que na prática do valuation é comum que se utilize
como
taxa livre de risco a dos EUA, e depois se faça ajustes de risco Brasil,
expectativa
inflacionária etc., para chegar à taxa exigida para investir em um
ativo.
No Brasil deveríamos considerar como taxa livre de risco a taxa
pósfixada
paga por títulos públicos. Por que pós-fixada?
Porque títulos pós-fixados tem cálculo diário não oscilam
significativamente. Títulos prefixados tem grande oscilação com as
mudanças
de taxas de juros.
Se oscilam muito mais, é porque tem risco mais elevado.
A taxa de referência da economia é a taxa SELIC (ou o DI),
atualmente
em 7% (03/01/2018)
Em outras aulas, quanto tratarmos de valuation, aprofundarão esses
conceitos, vamos tratar aqui apenas do seu significado.
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4. WACC – CUSTO MÉDIO PONDERADO DE CAPITAL
Esse seria o custo de capital da firma como um todo, considerando
custo
do capital próprio e custo da dívida.
Não podemos esquecer de que o interesse é calcular uma taxa de
desconto para o fluxo de caixa previsto para um ativo (ou empresa).
Isso significa achar algo que represente verdadeiramente o nível de
risco
daquele fluxo de caixa, de forma que, ao descontarmos esse fluxo por
essa taxa,
tenhamos o “valor justo” do ativo.
Ter o “valor justo” é algo importantíssimo, pois podemos decidir se
compramos ou não o ativo.
Investidores e credores
Ambos decidem aportar recursos na empresa. Os investidores podem
comprar novas ações emitidas pelas empresas, os credores decidem
financiar
suas atividades.
Sabemos que há diferença entre investimento de capital e
investimento
em capital de giro (não é investimento de longo prazo). Decisões de
investimento, normalmente, são decisões sobre capital de longo
prazo.
Coloque-se no lugar de um empresário. Ele tem uma empresa com
valor
de mercado de R$ 1 bilhão e dívida (registrada no balanço) de R$
100 milhões.
Se ele precisar de mais 100 milhões de reais, poderia emitir ações ou
pegar
empréstimo.
Se aquele R$ 1 bilhão de valor de mercado é fruto da multiplicação
de
100.000.000 de ações a R$ 10 cada, valor negociado no mercado,
quantas ações
precisaríamos emitir para captar R$ 100 milhões?
Como o mercado parece avaliar a empresa em R$ 10 por ação,
precisaríamos emitir 10.000.000 de ações.
Se o empresário achasse que as ações estão muito abaixo do valor
justo
e quisesse emitir por R$ 20,00, o que aconteceria?
Em tese não conseguiria captar, pois não faria sentido (sem
considerar o
destino dos recursos) comprar por R$ 20,00 o que se pode comprar
no mercado
por R$ 10,00.
Para o empresário seria ótimo captar a R$ 20 por ação, pois ele
precisaria
emitir apenas metade das ações e sua diluição seria menor.
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Como não interessa ao empresário, ele busca o mercado para tomar
empréstimo.
Ele olha seu balanço e vê que aqueles R$ 100 milhões registrados,
foram
de debêntures lançadas no ano passado, com taxa de juros de 10%
ao ano.
Ocorre que o mercado piorou, aumentaram as taxa de juros da
economia,
o setor da empresa também não está bem.
Quando o empresário procura a cotação de sua dívida no mercado
secundário (negociação das debêntures entre terceiros), vê que as
taxas de
juros estão na faixa de 20% e o valor de mercado das debêntures é
de R$ 50
milhões.
Ele vai conseguir empréstimo pagando 10%? Certamente que não.
Perceba que, numa perspectiva de capitalização da empresa, não faz
sentido pensar em termos teóricos ou de balanço. Ainda que as ações
valham,
no patrimônio líquido, R$ 15,00 ou que a dívida tenha custo de 10%
ao ano no
livro (balanço), não será possível captar FORA das condições de
mercado.
Mais adiante veremos no cálculo do WACC que os percentuais de
participação do capital próprio e do capital de terceiros deve ser
calculado em
termos de valores de MERCADO.
Não devemos tratar a relação Dívida/Equity como sendo a dívida
registrada no balanço e o patrimônio líquido contábil.
Não é assim, por um motivo óbvio. Como a lógica do WACC é buscar
NOVOS financiamentos (ou comprar ações ou dívida), não há motivo
para se
trabalhar com valores que não sejam de mercado.
Custo do capital próprio e Discounted Dividend Model (DDM)
Antes de tratarmos do modelo mais utilizado (beta), vale descrever
rapidamente o método do crescimento dos dividendos.
Em tese, o valor a ser pago por uma ação poderia estar baseado nos
dividendos que ela paga (dinheiro no bolso do acionista). Para o caso
de o
dividendo não ter crescimento, imagine a situação.
A empresa pagou um dividendo hoje de R$ 3,00 por ação. A ação
está
valendo no mercado R$ 30,00. Não há expectativa de crescimento
dos
dividendos.
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Qual o custo do capital próprio para essa empresa? Qual taxa um
investidor exigiria para investir nesta ação?
Como está sendo negociada a R$ 30,00 e têm perspectiva de pagar
R$
3,00 eternamente, basta a aplicação da fórmula do Valor Presente da
Perpetuidade:
𝑉𝑃 =
𝐷𝑖𝑣1
𝑅𝑒
= 30 =
3
𝑅𝑒
Naturalmente a taxa exigida seria de 10%.
Agora imagine que a empresa acabou de pagar R$ 3,00 e há
expectativa
de que os dividendos cresçam 2% ao ano. Está sendo negociada aos
mesmos
R$ 30,00.
𝑉𝑃 =
𝐷𝑖𝑣0(1 + 𝑔)
𝑅𝑒 − 𝑔
= 30 =
3,06
𝑅𝑒 − 2%
𝑅𝑒 =
3,06
30
+ 2% = 12,20%
Para empresas com histórico comportado de dividendos não é tão
difícil
estimar o dividendo do ano 1 e a perspectiva de crescimento.
Mas esse método é mais usado para peripércias teóricas. Não é muito
usado na prática.
Nós vamos tratar agora do método mais utilizado pelo mercado para
medir o “risco” do capital próprio, que é o beta.
Para calcular o risco de um ativo específico, precisamos do seu Beta,
que
mede seu risco em relação ao risco do mercado (como já visto), do
retorno do
ativo livre de risco e do prêmio de risco do mercado.
Se, por hipótese, o retorno do ativo livre de risco for de 7%, o
retorno da
carteira de mercado (com base no histórico do Ibovespa) for de 14%
e o Beta
do ativo for 2, temos o seguinte:
𝐸(𝑅𝑖 ) = 𝑅𝑓 + (𝐸(𝑅𝑀) − 𝑅𝑓) × 𝛽𝑖
𝐸(𝑅𝑖 ) = 7% + (14% − 7%) × 2 = 21%
Há imperfeições no modelo. Tanto o prêmio de risco quanto o Beta se
referem ao passado, às vezes com dados de 100 anos, e vamos
projetar o futuro.
O beta pode variar. Mas, ainda assim, é o método mais utilizado pelo
mercado.
É quase impossível ver um laudo de avaliação de empresas que não
tenha, no mínimo, números calculados pelo CAPM e pelo WACC.
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Custo da dívida
O custo da dívida também poderia ser calculado por um método
semelhante ao do beta, desde que utilizássemos o retorno esperado
do credor
como parâmetro. Mas é uma complicação desnecessária.
O custo da dívida, como já dito, refere-se a NOVAS EMISSÕES de
dívida.
E essas novas emissões, normalmente, já têm precificação no
mercado.
Aquele nosso exemplo em que o empresário tomou empréstimo a
10%,
algum tempo atrás, mas hoje só conseguiria emitir por 20% é bem
comum.
As empresas X do Eike Batista, pouco antes da derrocada,
conseguiram
captar US$ 2,5 bilhões a 8,5% ao ano (em dólar). Pouco mais de 1
ano depois,
o valor de mercado desses títulos era de R$ 1 bilhão e a taxa 35% ao
ano.
Essa taxa “de mercado” é conhecida como YTM, yield to maturity,
seria o
retorno que um comprador, ao preço atual, receberia se a empresa
pagasse
integralmente o compromisso.
Essa taxa está, normalmente, disponível para consulta em mercados
desenvolvidos.
Outra forma bem simples de estimar o custo de dívida nova para a
empresa é ver o rating dos papéis a serem emitidos. As empresas de
rating
(S&P, Moody´s etc.) avaliam o risco e classificam como AAA, AA, BB,
BBB+ etc.
O mercado já tem um padrão para retorno desses títulos. Por
exemplo,
se a taxa de juros livre de risco está em 4% ao ano (em dólar) e os
títulos AA
estão pagando um prêmio de risco de 1,5%, basta adicionar esse
prêmio à taxa
livre de risco, o que resultaria em um custo de emissão de 5,5%.
É tão simples quanto isso.
Se não há nenhum dado disponível, se a dívida não tem rating etc.,
podese
usar os custos históricos da dívida, que estão nos balanços. Mas é
bastante
incomum, apesar de alguns livros de finanças, menos práticos,
utilizarem esse
approach do balanço.
Custo Médio Ponderado de Capital – WACC – CMPC
Como vimos, os custos de capital próprio e de terceiros são
relativamente
fáceis de conseguir com dados de mercado. Quando a empresa não
acessa
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nenhum mercado organizado, nem o de ações, nem o de dívida, fica
um pouco
mais complicado, mas sempre será possível estimar esses custos.
O que veremos neste tópico é a ponderação desses custos.
Como já dissemos, os “pesos” do capital próprio e da dívida, na
estrutura
de capital da empresa, devem estar baseados no valor de
mercado dessas
fontes de financiamento.
Capital próprio é calculado pelo valor de mercado das ações emitidas
e
integralizadas. Dívida é calculada pelo seu VALOR DE MERCADO. Não
trataremos
da questão das ações preferenciais, pois no Brasil são tratadas como
instrumento patrimonial (equity). Nos EUA são tratadas como
instrumentos
híbridos ou de dívida.
A estrutura de capital da empresa é dada pela seguinte equação:
𝐸𝑠𝑡𝑟𝑢𝑡𝑢𝑟𝑎 𝑑𝑒 𝐶𝑎𝑝𝑖𝑡𝑎𝑙 = 100% =
𝐸𝑞𝑢𝑖𝑡𝑦
𝐷í𝑣𝑖𝑑𝑎 + 𝐸𝑞𝑢𝑖𝑡𝑦
+
𝐷í𝑣𝑖𝑑𝑎
𝐷í𝑣𝑖𝑑𝑎 + 𝐸𝑞𝑢𝑖𝑡𝑦
Veja que usamos Equity e não Patrimônio líquido, para não confundir
com
os dados de balanço. Equity é valor de mercado do capital próprio.
Interessante notar que, normalmente, essa estrutura de capital de
MERCADO, raramente é igual à estrutura de capital do balanço.
Benefício fiscal da dívida
Pagar juros é ruim, mas nem todos os efeitos são redutores do lucro
líquido. Veja:
LAJIR Juros IR 34% L Líquido
Sem dívida 1.000.000 - 340.000 660.000
Com dívida 1.000.000 200.000 272.000 528.000
Diferença 68.000 132.000
Perceba que pagamos R$ 200.000 de juros, porém nosso lucro líquido
só
caiu R$ 132.000. Isso porque deixamos de pagar R$ 68.000 de
imposto.
Isso significa que os juros da dívida não impactam o lucro líquido
integralmente, há um benefício fiscal.
Imagine que esses 200.000 reais de juros sejam provenientes de R$
2
milhões a 10% ao ano. Qual o verdadeiro impacto no lucro líquido?
10%? Não,
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seriam R$ 132.000, portanto, em relação à dívida, o impacto seria de
6,6%. Que
nada mais é do que:
𝐼𝑚𝑝𝑎𝑐𝑡𝑜 𝑑𝑎 𝑑í𝑣𝑖𝑑𝑎 = (1 − 𝐼𝑅)𝑅𝑑 = (1 − 0,34) ∗ 10% = 6,6%
Dessa forma, já podemos enunciar o WACC:
𝑊𝐴𝐶𝐶 =
𝐸𝑞𝑢𝑖𝑡𝑦
𝐷í𝑣𝑖𝑑𝑎 + 𝐸𝑞𝑢𝑖𝑡𝑦
× 𝑅𝑒 +
𝐷í𝑣𝑖𝑑𝑎
𝐷í𝑣𝑖𝑑𝑎 + 𝐸𝑞𝑢𝑖𝑡𝑦
× 𝑅𝑑 × (1 − 𝐼𝑅)
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5. QUESTÕES RELACIONADAS AOS TEMAS
As questões desse curso de Finanças fazem parte de um extenso e
quase
exaustivo banco de dados de questões de concursos dos últimos 15
anos, das
mais diversas bancas, complexidades e carreiras.
A sugestão é tentar resolver as questões nessa parte e ver as
respostas
comentadas no capítulo seguinte.
Questão 1
CESGRANRIO - Engenheiro (PETROBRAS)/Produção
Júnior/2012/
Uma empresa financiada pelo patrimônio líquido de R$ 800.000 e
com dívidas
de R$ 200.000 tem a remuneração de 20% requerida pelos acionistas
e Custo
Médio Ponderado de Capital (Weighted Average Cost Of Capital – do
inglês
WACC) de 18%.
O custo da dívida é de
a) 10%
b) 12%
c) 14%
d) 16%
e) 18%
Questão 2
CESGRANRIO - Analista de Gestão Corporativa (EPE)/Finanças
e
Orçamento/2014/
Uma empresa vai ser constituída para realizar um projeto de
investimento cuja
taxa de retorno esperada é de 10% ao ano. A estrutura do capital da
empresa
será tal que uma dívida de longo prazo, à taxa de juros de 5% ao
ano, será a
origem de 2/3 dos recursos necessários. O 1/3 restante será
proveniente de
capital próprio.
Supondo que não haja impostos, a taxa anual de retorno esperada
sobre o
capital próprio é de
a) 5%
b) 10%
c) 15%
d) 20%
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e) 25%
Questão 3
CESGRANRIO - Analista (FINEP)/Finanças/2011/
A figura acima mostra a relação entre o percentual de capital próprio
usado pela
empresa, para se financiar, e o custo médio ponderado de capital
(WACC) para
a mesma empresa. Essa figura
a) mostra que o mínimo WACC é obtido com 40% de capital próprio,
sendo esta
a estrutura ótima de capital.
b) mostra que o máximo WACC é obtido com 100% de capital
próprio, sendo
esta a estrutura ótima de capital.
c) mostra que o risco financeiro da empresa diminui se o seu
percentual de
endividamento aumentar.
d) omite os custos operacionais e, em consequência, não permite
nenhuma
conclusão sobre a estrutura adequada de capital.
e) reflete as hipóteses e a proposição de Modigliani-Miller sobre a
relação entre
o WACC e a estrutura de capital.
Questão 4
CESGRANRIO - Analista do Banco Central do Brasil/Área
2/2009
Usando o Capital Asset Pricing Model (CAPM) e considerando- se dois
ativos de
risco, com retornos esperados iguais e desvios padrões iguais, seus
preços serão
a) diferentes, se os investidores forem neutros em relação ao risco.
b) diferentes, pois os ativos podem ter covariâncias diferentes com a
carteira de
mercado.
c) iguais, pois é o mesmo retorno e o mesmo risco.
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d) iguais, se os investidores apresentarem aversão relativa constante
em relação
a risco.
e) crescentes, caso aumente a aversão a risco entre os investidores.
Questão 5
FCC - Analista (DPE RS)/Economia/2013/
A Companhia Gama apresenta os seguintes dados:
Valor de mercado do Capital de Terceiros: R$ 200.000,00.
Valor de mercado do Capital Próprio: R$ 300.000,00.
Taxa de juros paga pelo uso de capital de terceiros: 20% ao ano.
Taxa de juros livre de risco: 8% ao ano.
Prêmio por risco: 2% ao ano.
Beta da empresa: 4.
Utilizando-se o modelo CAPM para calcular o custo do capital próprio
e supondose
que a alíquota marginal dos tributos sobre o lucro da companhia é de
34%,
o custo médio ponderado do capital (ao ano), em %, é igual a
a) 17,60.
b) 16,00.
c) 13,28.
d) 15,25.
e) 14,88.
Questão 6
FCC - Analista do Banco Central do Brasil/Área 3/2006
Uma empresa produtora de lingotes de aços especiais apresenta Beta
(ββ) de
1,3. A taxa livre de risco é de 8% e o retorno sobre a carteira de
ativos de
mercado é de 10%.
Considerando o modelo CAPM, o retorno exigido para adquirir ações
dessa
empresa é de
a) 9,6%
b) 8,6%
c) 10,6%
d) 11,6%
e) 12,6%
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Questão 7
FUNRIO - Analista de Desenvolvimento
(AgeRIO)/Economia/2010/
A empresa GRAVA DISCOS S.A. enfrenta sérios problemas e vê suas
vendas
despencarem nos últimos anos. Analistas esperam que seus
dividendos
decresçam a uma taxa constante de 6% a.a.. Considerando que seu
último
dividendo anual pago foi de R$ 2 e que a taxa de desconto requerida
sobre a
ação seja de 20% a.a., o preço da ação da GRAVA DISCOS S.A.
atualmente é
de
a) R$ 15,14
b) R$ 7,23
c) R$ 8,15
d) R$ 13,42
e) R$ 14,01
Questão 8
CESPE - Especialista em Regulação de Serviços de Transporte
Aquaviário/Economia/2009/
Com relação à avaliação econômica de projetos, julgue o item que se
segue.
Se uma empresa realiza empréstimo de longo prazo por meio do
lançamento de
debêntures ao custo de 20% ao ano, e as alíquotas de imposto de
renda e
contribuição social, somadas, atingem 34%, supondo-se que não haja
outros
empréstimos, conclui-se que o custo efetivo do capital de terceiros
depois dos
impostos será de 26,8%.
Certo
Errado
Questão 9
CESGRANRIO - Profissional Básico (BNDES)/Contabilidade
(Ciências
Contábeis)/2011
Dados extraídos da contabilidade de uma companhia no final do
exercício de
2010:
• Ações ordinárias - 5.000.000 de ações no valor de R$ 2,00 cada
• Ações preferenciais - 8.000.000 de ações no valor de R$ 1,50 cada
• Financiamento de terceiros - R$ 3.000.000,00
• Custo do capital ordinário - 24% ao ano
• Custo do capital preferencial - 20% ao ano
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• Custo de capital de terceiros - 21% ao ano
Considerando exclusivamente as informações acima, o Weighted
Average Cost
of Capital (WACC) também conhecido como Custo Médio Ponderado
de Capital
(CMPC) da companhia, em percentual, é
a) 19,58%
b) 19,87%
c) 20,12%
d) 21,08%
e) 21,72%
Questão 10
CESGRANRIO - Engenheiro (PETROBRAS)/Produção
Júnior/2012/
Uma empresa financiada pelo patrimônio líquido de R$ 800.000 e
com dívidas
de R$ 200.000 tem a remuneração de 20% requerida pelos acionistas
e Custo
Médio Ponderado de Capital (Weighted Average Cost Of Capital – do
inglês
WACC) de 18%.
O custo da dívida é de
a) 10%
b) 12%
c) 14%
d) 16%
e) 18%
Questão 11
FCC - Analista do Banco Central do Brasil/Área 3/2006
Considere:
I. O risco diversificável representa a parte do risco de um ativo
associada a
causas aleatórias que podem ser eliminadas por meio da
diversificação.
II. O coeficiente Beta (ββ) é uma medida relativa de risco
diversificável.
III. O CAPM pode ser dividido em duas partes: (1) A taxa livre de
risco; (2) o
prêmio de risco.
IV. O coeficiente de variação (CV) é uma medida de dispersão
relativa que é útil
na comparação do risco de ativos com diferentes retornos esperados.
É correto o que consta em
a) I e II, somente.
b) I, II, III e IV.
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c) I, III e IV, somente.
d) II e III, somente.
e) III e IV, somente.
Questão 12
ESAF - Analista do Banco Central do Brasil/Supervisão/2002
Segundo o capital asset pricing model (CAPM), um ativo com beta
negativo:
a) terá necessariamente risco sistemático maior que o da carteira
teórica de
mercado.
b) terá necessariamente risco total menor que o da carteira teórica
de mercado.
c) deverá oferecer retorno esperado inferior ao do ativo livre de risco.
d) deverá oferecer retorno esperado negativo.
e) deverá oferecer retorno esperado igual ao do ativo livre de risco.
Questão 13
ESAF - Analista Técnico da SUSEP/Controle e Fiscalização -
Atuária/2006
De acordo com o CAPM (capital asset pricing model), o retorno
esperado de um
ativo financeiro tem relação direta com
a) a estimativa de retorno esperado, feita por um investidor bem
informado.
b) o nível de risco não-diversificável desse ativo.
c) o nível de risco da carteira de mercado.
d) o grau de tolerância a risco do investidor médio.
e) a liquidez do ativo financeiro em questão.
Questão 14
ESAF - Analista de Finanças e Controle (STN)/Economico-
Financeira/2002
Segundo o CAPM, uma ação cujo beta é igual a 1,2 tem o mesmo
risco de
mercado e o mesmo retorno esperado que uma carteira formada
pelas seguintes
proporções:
a) 20% aplicados no ativo livre de risco e 120% aplicados na carteira
de
mercado.
b) 50% captados à taxa de juros do ativo livre de risco e 150%
aplicados na
carteira de mercado.
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c) 20% captados à taxa de juros do ativo livre de risco e 120%
aplicados na
carteira de mercado.
d) 20% captados à taxa de juros do ativo livre de risco e 120%
aplicados na
própria ação.
e) 100% aplicados na carteira de mercado.
Questão 15
CESGRANRIO - Profissional Básico
(BNDES)/Administração/2007
Considerando o modelo de CAPM e a realidade de um determinado
país, sabese
que a ação de uma fábrica de tratores tem um Beta de 1,50 e o custo
de
capital do acionista é de 17% ao ano. Sabe-se, ainda, que a
poupança, que é
considerada a aplicação sem risco, paga, em média, 8% ao ano, e
que a Cia. de
Saneamento possui um custo de capital próprio de 14% a.a..
Com base no exposto, o Beta da Cia. de Saneamento será
a) 1,00
b) 1,25
c) 1,33
d) 1,75
e) 2,25
Questão 16
FUNRIO - Economista (MJ)/2009/
O último dividendo pago pela Cia NOTECH foi de $ 3,00. Espera-se
que seus
dividendos cresçam a uma taxa constante de 6% a.a. Considerando
um taxa de
retorno exigido de 10%a.a , quanto um investidor estaria disposto a
pagar pelas
ações da NOTECH?
a) $ 79,50
b) $ 2,89
c) $ 31,80
d) $ 53,00
e) $ 75,00
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Questão 17
FUNRIO - Analista de Desenvolvimento
(AgeRIO)/Economia/2010/
A corretora DINHEIRO CERTO pretende estimar a taxa de retorno
exigida de
uma ação por meio do modelo CAPM e para isso determinou o seu
beta a partir
de uma regressão entre os retornos da carteira de mercado e os
retornos da
ação. A equação encontrada pelo modelo de regressão é fornecida
abaixo:
Y = 1,25 X + 0,067
Adicionalmente, a partir de dados dos títulos públicos de curto prazo
e do Índice
de ações local, a corretora encontrou uma taxa livre de risco de 6%
a.a. e uma
taxa de retorno de mercado de 14% a.a, respectivamente. Assim,
pode-se
afirmar que a taxa de retorno anual encontrada pela corretora será
de
a) 16,0%
b) 6,54%
c) 6,94%
d) 23,5%
e) 12,0%
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