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Partida Compensadora

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CAPÍTULO-I: INTRODUÇÃO

1.1 Introdução
Como já abordada nas secções anteriores da disciplina de Acionamentos elétricos, que
de um modo geral os rotores dos motores elétricos são massas girantes, portanto armazenam
energia na forma cinética.

Assim sendo, essa energia cinética provoca variações de velocidade, como ocorre na
partida de um motor elétrico, são acompanhadas de variações de energia cinética. Quanto
mais rápida a variação de energia cinética, tanto maior será a potência necessária para a
mudança. Assim sendo, os tempos de partida de motores elétricos precisam em geral ser
controlados para evitar valores elevados de corrente para uma determinada alimentação de
tensão.

Cujo escopo da elaboração do presente trabalho tem como calcanhar o traçado e o


dimensionamento dos sistemas de acionamento elétrico de um motor de indução trifásica por
autotransformador (partida compensadora), cuja partida tem em mirra a redução da corrente
de partida do motor e proporcionando uma partida mais suave em relação ao seu grupo de
partidas analógicas direitas e estrela-triangulo.

1.2 Objetivos

Os objetivos que norteiam a pesquisa deste presente trabalho técnico e cientifico são
divididos em objetivos gerais e específicos.

1.2.1 Objectivo Geral;

 Partida compensadora em motores de indução trifásica.

1.2.1 Objectivos Específicos;

 Apresentar as generalidades dos motores de indução trifásica;


 Apresentar as generalidades dos dispositivos de proteção e comando;
 Difundir a partida compensadora em motores de indução trifásica;
 Difundir o processo de elaboração dos diagramas de potência e comando com
sinalização de funcionamento normal e sinalização de defeito no sistema;
 Apresentar algoritmos de dimensionamento dos dispositivos de proteção e de
manobras.
CAPÍTULO-II: REVISÃO BILBLIOGRAFICA

2.1 MOTOR DE INDUÇÃO


Motor elétrico é um dispositivo que transforma energia elétrica em energia
mecânica, que é a energia cinética, ou seja, num motor, a simples presença da corrente
elétrica, seja corrente contínua ou alternada, garante movimento em um eixo, que pode ser
aproveitado de diversas maneiras, dependendo da aplicação do motor. (SOUZA, José de)

O acionamento de máquinas e equipamentos mecânico por motores elétricos é um


assunto de grande importância econômica. E se tratando de acionamentos industriais, estima-
se que cerca de 70% a 80% da energia elétrica consumida pelo conjunto de todas as indústrias
seja transformada em energia mecânica por motores elétricos.

2.1.1 Motores de Indução Trifásica


De acordo com FITZGERALD e KINGSLEY (2014), o motor de indução é uma
maquina elétrica rotativa que dispõem-se parte rotativa (rotor) e parte estática (estator), e a
corrente alternada é fornecida diretamente ao estator, ao passo que o rotor recebe a corrente
por indução (rotor a gaiola) como em um transformador, ou a partir do estator por via de
escovas (rotor bobinado).

2.1.2 Estator
O estator é a parte fixa da máquina. É constituído por uma carcaça que suporta um
núcleo em geral de chapa magnética. Este núcleo é munido de cavas (em ranhura) onde é
montado um conjunto de enrolamentos dispostos simetricamente. O número de enrolamentos
é igual ao número de fases da máquina. Que mediante ligação apropriada, produzem o campo
magnético girante; (Figura 1).

2.1.3 Rotor
O Rotor é a parte móvel da máquina. É colocado no interior do estator, tendo para o
efeito, a forma de um cilindro. Tal como o estator, o rotor é constituído por um empilhamento
de chapas magnéticas que constituem o núcleo magnético e por enrolamentos colocados em
cavas.
Este núcleo magnético encontra-se apoiado sob o veio, normalmente em aço. O
rotor de uma máquina de indução polifásica pode ser de dois tipos:
2.1.3.1 Rotor Enrolado ou Bobinado
É construído na forma de um enrolamento polifásico semelhante ao estator tendo o
mesmo número de polos. Os terminais do enrolamento do rotor são conectados a anéis
deslizantes isolados montados sobre o eixo. Escovas de carvão apoiadas sobre esses anéis
permitem que os terminais do rotor tornem-se disponíveis externamente ao motor. As
máquinas de indução de rotor bobinado são relativamente incomuns, encontradas apenas em
um número limitado de aplicações especializadas. Por outro lado, o rotor de um motor de
indução polifásico, mostrado em vista longitudinal na (Figura 2).

2.1.3.2 Rotor de gaiola


No qual o enrolamento consiste em barras condutoras encaixadas em ranhuras no
ferro do rotor e curto-circuitadas em cada lado por anéis condutores. A extrema simplicidade
e a robustez da construção em gaiola de esquilo representam vantagens notáveis para esse tipo
de motor de indução e, de longe, fazem dele o tipo de motor mais usado, partindo dos motores
fracionários até os de grande porte. A (Figura 3) mostra um corte de um motor de indução
trifásico, de rotor tipo gaiola.
2.2 PARTIDA
DE MOTORES
DE INDUÇÃO
Durante a partida, os
motores elétricos
absorvem uma
corrente bem acima da nominal, principalmente os motores do tipo rotor gaiola de esquilo.
Esta corrente costuma girar na faixa de 6 à 8 vezes a corrente nominal do motor. Após a
partida a corrente tende a retornar ao seu valor normal, mas o problema é que o pico de
corrente pode causar uma queda de tensão relativamente excessiva capaz de prejudicar o
funcionamento das outras cargas da instalação elétrica durante o momento da partida.
Por isso estas corrente normalmente precisam ser limitadas a fim de evitar tal
transtorno, assim precisamos usar um método que reduz a corrente de partida até que o motor
saia da inércia (com rotor parado o motor é como um curto-circuito para a fonte). Após
atingir 90% da rotação nominal, o sistema de partida é desativado e o motor trabalha em
regime nominal (corrente, tensão e velocidade nominal).
Para motores pequenos, até 5 CV (3675 Watts), podem ser acionados diretamente
na fonte de alimentação trifásica ou monofásica.

2.2.1 Tipos de Partidas de Motores de Indução


As altas correntes de partida causam inconvenientes, pois, exige dimensionamento
de cabos com diâmetros bem maiores do que o necessário. Além disso, pode ocorrer quedas
momentâneas do fator de potência, que é monitorado pela concessionária de energia elétrica,
causando elevação das contas de energia.

Para evitar estas altas correntes na partida, existem métodos de acionamentos de


motores elétricos que proporcionam uma redução no valor da corrente de partida dessas
máquinas, tais como:
 Partidas Analógicas;
 Partidas Eletrónicas.

Porem, neste presente trabalho técnico e cientifico ira poderar simplesmente a


partida analógicas de motores de indução, as sendo que o método de contro de fluxo de
corrente e velocidade de partida por variações de frequência (partidas eletrónicas), não vem
ao escopo deste trabalho.

2.2.1.1 Partidas Analógicas


A ligação dos motores a uma rede elétrica pública deve observar as prescrições para
este fim, estabelecido por norma. Normalmente, procura-se arrancar um motor a plena tensão
a fim de se aproveitar ao máximo o binário de partida. Quando o arranque a plena tensão de
um motor elétrico provoca uma queda de tensão superior à máxima admissível, deve-se
recorrer a um artifício de partida com tensão reduzida, tendo porém o cuidado de verificar se
o torque é suficiente para acionar a carga.
Há quatro métodos de partida analógicas de motores de indução trifásico
comumente aplicadas:
 Partida direta;
 Resistores de partida;
 Partida estrela-triângulo;
 Partida por Autotransformador (Compensadora).

Porém, neste presente apontamento pôr-se-á a amamentar simplesmente a partida


analógica de motores de indução por arranque compensada. Mais adiante será desenvolvida.
É de frisar que os motores de indução podem ser adquiridos com 3, 6, 9 ou 12 terminais
externos.

CAPÍTULO-III: DISPOSITIVOS DE CIRCUITOS DE COMANDOS


ELÉTRICOS

Este capítulo o objetivo é o de conhecer os dispositivos utilizados nos painéis de


comandos elétricos. Assim como para trocar uma simples roda de carro, quando o pneu fura,
necessita-se conhecer as ferramentas próprias, em comandos elétricos, para entender o
funcionamento de um circuito e posteriormente para desenhar o mesmo, necessita-se
conhecer os elementos apropriados.
A diferença está no fato de que em grandes painéis existem barramentos de elevada
capacidade que podem submeter as pessoas a situações de riscos.
Um comentário importante neste ponto é que por via de regra os circuitos de
manobra são divididos em “Circuito Comando” e “Circuito Potência”, possibilitando em
primeiro lugar a segurança do operador e em segundo a automação do circuito. Embora não
pareça clara esta divisão no presente momento, ela tornar-se-á comum a medida em que os
circuitos forem sendo apresentados.

O motor de indução tem características próprias de funcionamento, que são


interessantes ao entendimento dos comandos elétricos e serão vistos no capítulo IV.

Um dos pontos fundamentais para o entendimento dos comandos elétricos é a


noção de que “os objetivos principais dos elementos em um painel elétrico (Centro de
Controle de Motores) ” são:

1. Proteger o operador;
2. Propiciar uma lógica de comando.

Partindo do princípio da proteção do operador uma sequência genérica dos


elementos necessários a partida e manobra de motores é mostrada na (Figura 4). Nela podem-
se distinguir os seguintes
elementos:

Figura 4– Sequência genérica para o acionamento de um motor

3.1 DISPOSITIVOS ELÉCTRICOS


Componentes de um sistema automatizado que recebem os comandos do circuito
elétrico e acionam máquinas elétricas e os que operam a proteção dela, são os dispositivos
elétricos.
Conforme (ULIANA), um sistema de acionamento elétrico é composta pelos
seguintes dispositivos básicos:

 Dispositivos de Proteção: Fusível, Rele Térmico, Disjuntor Motor;


 Dispositivos de Comando (manobra): Botão, Contator, Temporizador;
 Dispositivos de Sinalização: Sinaleiro, Voltímetro, Amperímetro.

Em comandos elétricos trabalhar-se-á bastante com um elemento simples que é o


contato. A partir da mesmo é que se forma toda lógica de um circuito e também é ele quem dá
ou não a condução de corrente. Basicamente existem dois tipos de contatos, listados a seguir:

1. Contato Normalmente Aberto (NA):


Não há passagem de corrente elétrica na posição de repouso, como pode ser
observado na (Figura 5a). Desta forma a carga não estará acionada.

2. Contato Normalmente Fechado (NF):


Há passagem de corrente elétrica na posição de repouso, como pode ser observado
na (Figura 5b). Desta forma a carga estará acionada.
Figura 5– Representação dos contatos NA e NF

3.1.1 Botões
Botões não são usados geralmente para alimentação de máquinas e motores, eles
são usados para alimentar contatores, relés, bobinas, sinalizadores, lâmpadas, etc, devido a
sua frágil estrutura, pois não suportariam grande passagem de corrente através de seus
contatos. Sempre aparece junto a estes dispositivos para Start, início de comando e Stop,
interrupção.

Elas trabalham sob a pressão de uma mola. Os contatos podem ser normalmente
abertos (NA) ou normalmente fechados (NF). Pode aparecer junto a estes dispositivos para
Start, início de comando e Stop, interrupção.

3.1.2 Disjuntores
Os disjuntores também estão presentes em algumas instalações residenciais,
embora sejam
menos comuns do
que os fusíveis.
Sua aplicação
determinadas vezes
interfere com aplicação
dos fusíveis, pois são
elementos que também
destinam-se a proteção
do circuito contra correntes de curto-circuito. Em alguns casos, quando há o elemento térmico
os disjuntores também podem se destinar a proteção contra correntes de sobrecarga.
A corrente de sobrecarga pode ser causada por uma súbita elevação na carga
mecânica, ou mesmo pela operação do motor em determinados ambientes fabris, onde a
temperatura é elevada. A vantagem dos disjuntores é que permitem a re-ligação do sistema
após a ocorrência da elevação da corrente, enquanto os fusíveis devem ser substituídos antes
de uma nova operação.
Para a proteção contra a sobrecarga existe um elemento térmico (bi-metálico). Para
a proteção contra curto-circuito existe um elemento magnético. O disjuntor precisa ser
caracterizado, além dos valores nominais de tensão, corrente e freqüência, ainda pela sua
capacidade de interrupção, e pelas demais indicações de temperatura e altitude segundo a
respectiva norma, e agrupamento de disjuntores, segundo informações do fabricante, e outros,
que podem influir no seu dimensionamento.

3.1.2 Rele Térmico


O Relé Térmico tem objetivo principal a proteção do sistema quando ha elevação
da temperatura nos condutores a ele ligado de forma a evitar a degradação dos condutores
e/ou equipamentos. Dispositivo elétrico destinado a produzir modificações súbitas e
predeterminadas em um ou mais circuitos elétricos de saída, quando certas condições são
satisfeitas no circuito de entrada que controlam o dispositivo.
O relé seja de que tipo for não interrompe o circuito principal, mas sim faz atuar o
dispositivo de manobra desse circuito principal. Assim, por exemplo, existem relés que atuam
em correntes de sobrecarga ou de curto-

circuito, ou de relés que atuam perante uma variação inadmissível de tensão.


Os relés de sobrecarga são especificados por uma classe de disparo, que define o
período de tempo necessário para o relé disparar em uma condição de sobrecarga. As classes
de disparo mais comuns são Classe 10, Classe 20 e Classe 30. O relé de sobrecarga de Classe
10, por exemplo, desliga o motor da linha em 10 segundos ou menos a 600% da corrente a
plena carga.
3.1.3 Rele Temporizador
Os Relés temporizadores Nas figuras abaixo, são dispositivos eletrônicos que
permitem, em função de tempos ajustados, comutar um sinal de saída de acordo com a sua
função. Muito utilizados em automação de máquinas e processos industriais como partidas de
motores, quadros de comando, fornos industriais, injetoras, entre outros. Possui eletrônica
digital que proporciona elevada precisão, repetibilidade e imunidade a ruídos.
Em um circuito de comando podemos usar um dispositivo de retardo, para atrasar
atuação no tempo, esse dispositivo também chamada abreviadamente de temporizador. Ele é
utilizado em comandos que necessitam de um retardo no acionamento subsequente para
garantir a segurança do equipamento ou
dispositivo.
3.1.4 Contator
São dispositivos Nas figuras abaixo de
manobra mecânica, acionado electro- magneticamente,
construídos para uma elevada frequência de operação, e
cujo arco elétrico é extinto no ar, sem afetar o seu
funcionamento.

3.1.5 Fusível
Os fusíveis são dispositivos usados com o objetivo de limitar a corrente de um
circuito, proporcionando sua interrupção em casos de curtos-circuitos ou sobrecargas de longa
duração. O curto-circuito é uma ligação, praticamente sem resistência, entre condutores sob
tensão ou, pode ser também, uma ligação intencional ou acidental entre dois pontos de um
sistema ou equipamento elétrico, ou de um componente, através de uma impedância
desprezível.
O elemento fusível tem propriedades físicas tais que o seu ponto de fusão é inferior
ao ponto de fusão do cobre. Este último é o material mais utilizado em condutores de aplicação
geral.

3.2 SIMBOLOGIA GRÁFICA


Até o presente momento
mostrou-se a presença de diversos
elementos constituintes de um
painel elétrico. Em um comando,
para saber como estes elementos
são ligados entre si é necessário
consultar um desenho chamado de esquema elétrico. No desenho elétrico cada um dos
elementos é representado através de um símbolo. A simbologia é padronizada através da norma
IEC. Na tabela 1 apresenta-se alguns símbolos a aplicar no presente trabalho.

Tabela 1 – Simbologia em comandos elétricos


CAPÍTULO-IV: PARTIDA COMPENSADORA EM MOTORES DE INDUÇÃO
De acordo com (Petruzella, 2013), na partida, cada motor age como um gerador. Esta
ação geradora produz uma tensão oposta, ou contrária, à tensão aplicada que reduz a intensidade
da corrente fornecida ao motor. A tensão gerada no motor é denominada força contraelectromotriz
( F CEM ) e resulta de o rotor cortar as linhas de força magnéticas.
Na partida do motor, entretanto, antes de ele começar a girar, não há nenhuma F CEM
para limitar a corrente, de modo que inicialmente há uma corrente de partida alta, ou de rotor
bloqueado. O termo corrente de rotor bloqueado deriva do fato de que o seu valor é determinado
bloqueando o eixo do motor, de modo que ele não pode girar e, em seguida, aplicando a tensão
nominal do motor e medindo a corrente. Embora a corrente de partida possa ser até 6 vezes a
corrente nominal, ela dura apenas uma fração de segundo.

“O principal fator na determinação dos valores da tensão e corrente opostas geradas


no motor é a sua velocidade”. (Petruzella, 2013)

Portanto, todos os motores tendem a absorver muito mais corrente durante a partida
(corrente de partida) do que quando estão girando na velocidade de operação (corrente de
trabalho).
Se a carga colocada no motor diminui a velocidade, menos corrente é gerada e haverá
mais fluxo de corrente aplicada. Isto é, quanto maior a carga sobre o motor, mais lentamente o
motor girará e mais corrente aplicada percorrerá seus enrolamentos.
Se o motor estiver bloqueado ou impedido de girar de alguma forma, a condição de
rotor travado é criada e a corrente aplicada se torna muito elevada. Esta corrente elevada
provocará a queima do motor rapidamente ou desgaste prematuro da máquina.

4.1 PARTIDA DE MOTORES DE INDUCAO COM TENSAO REDUZIDA


Há duas razões principais para usar uma partida analógica em um motor de indução
trifásica por via de redução da tensão de alimentação do estator na partida da máquina rotativa:

i. Ela limita as perturbações da linha.


ii. Ela reduz o torque excessivo no equipamento acionado.

Na partida de um motor com tensão máxima, a corrente absorvida a partir da linha de


alimentação é comumente 600% da corrente a plena carga. O pico de elevada corrente de
partida de um motor de grande porte poderia causar quedas de tensão de linha e blecaute
(apagão), (Petruzella, 2013).
Além de altas correntes de partida, o motor também produz torques de partida que são
maiores que o torque a plena carga. Em muitas aplicações, o torque de partida pode causar
danos mecânicos, como ruptura de correia, corrente ou acoplamento.

Quando uma tensão reduzida é aplicada a um motor em repouso, tanto a corrente


absorvida pelo motor quanto o torque produzido são reduzidos.
Entre os dispositivos de partida com tensão reduzida estão as resistências no primário,
os autotransformadores, a partida estrela-triângulo, a partida com enrolamento parcial e
os dispositivos de estado sólido. Estes dispositivos podem ser usados apenas quando um torque
de partida baixo for aceitável.
4.1.0 Transição de Aberto para Fechado entre a Partida e a Operação Normal
Os sistemas de partida eletromecânicos com tensão reduzida devem fazer uma
transição da tensão reduzida para a total em algum ponto no ciclo de partida. Neste ponto,
comumente há um surto de corrente na linha. A dimensão do surto depende do tipo de transição
utilizado e da velocidade do motor no ponto de transição.
A Figura abaixo mostra as curvas de corrente de transição para sistemas de partida
com tensão reduzida. Existem dois métodos de transição da tensão reduzida para a tensão total:

i. Transição de Circuito Aberto;


ii. Transição de Circuito Fechado.

A Transição de Circuito Aberto- significa que o motor é realmente desconectado da


linha por um breve período quando ocorre a transição.
A Transição de Circuito Fechado- o motor permanece conectado à linha durante a
transição.

A transição aberta produz um surto maior de corrente, pois o motor é


momentaneamente desconectado da linha. A transição fechada é preferível em relação à
transição aberta porque provoca menos distúrbios elétricos. No entanto, a comutação é mais
cara e complexa.
4.1.1 Partida Compensadora
A partida com autotransformador usa um autotransformador (transformador de um
enrolamento) abaixador para reduzir a tensão da linha. Esse tipo de partida oferece maior
redução da corrente de linha que qualquer método de partida com redução de tensão.

As múltiplas derivações no transformador permitem que tensão, corrente e torque sejam


ajustados para satisfazer diversas condições de partida. Próximo da transição, na partida, o
motor nunca é desconectado da linha durante a aceleração, denominado também denominado
também de transição em circuito fechado.

O ponto estrela do autotransformador fica acessível e, durante a partida, é curto-


circuitado e esta ligação se desfaz logo que o motor é conectado diretamente à rede.

TAP A redução da corrente de partida

65 % Redução para 42% do seu valor de partida direta


80 % Redução para 64% do seu valor de partida direta

Tabela 2: Relação de redução em função do TAP

4.1.1.1 Condições Relevantes a Compatibilidades


Na aplicação do da partida de um motor de indução trifásica por uma chave
compensador, há de ter-se a atenção nos seguintes aspetos fundamentais:

i. O autotransformador deverá ter potência igual ou superior a do motor;


ii. O conjugado resistente de partida da carga deve ser inferior à metade do conjugado de
partida do motor;
iii. É indicada para motores de potência elevada, que acionam cargas com alto índice de
atrito.

A chave compensadora (Fig. 6a e comando Fig. 6b) é composta, basicamente, de um


autotransformador com várias derivações, destinadas a regular o processo de partida. Este
autotransformador é ligado ao circuito do estator.

A abaixo representa, esquematicamente, uma chave compensadora construída a partir


de três autotransformadores.
4.1.1.2 Diagrama de Potencia
4.1.1.3 Diagrama de Comando com Sinalização de Funcionamento
4.1.1.4 Etapas de Operações dos Dispositivos de Comandos
O arranque, neste caso, efetua-se a três etapas principais e 2 etapas auxiliares, cuja as
etapas auxiliares interligam as etapas principais, realizando uma análise em três tempos (etapas
principais), teremos:

1 ° Tempo : Mantendo o contator K 1 em aberto, fechando o contator K 3 e em seguida o contator


K 2. Deste modo fica aplicada ao motor uma tensão U ' <U N , devido ao facto de o
autotransformador estar ligado, provocando uma queda de tensão na alimentação do motor.

2 ° Tempo : Abrimos o contator K 3 , mantendo os cotatores ( K 1 e K 2) em suas posições


anteriores. O motor fica em serie com uma parte das bobinas do autotransformador ( o qual
deixa de induzir tensão, por estar o contator K 3 desligado). A queda de tensão no enrolamento
do autotransformador é agora muito pequena, tal que: U ' ≅ U N .

3 ° Tempo : Fechando agora o contator K 1 , mantendo os cotatores ( K 3 e K 2) em suas posições


anteriores. Isto é, contator K 1 ligado e contator K 3 desligado. Portanto, curto-circuitamos
completamente o autotransformador. Por esta situação, temos, rigorosamente, que: U ' =U N .

Etapa-1:
Etapa-2:
Etapa-3:
Etapa-4:
Etapa-5:
4.1.2 Aplicações da Partida Compensadora
Normalmente, este tipo de partida é empregado em motores de potência elevada,
acionando cargas com alto índice de atrito, tais como britadores, máquinas acionadas por
correias, calandras e semelhantes.
A abaixo representa, esquematicamente, uma chave compensadora construída a partir
de três autotransformadores. As derivações, normalmente encontradas nos autotransformadores
de chaves compensadoras, são de 50%, 65% e 80%.
.
4.1.3 As Vantagens e Desvantagens da Partida Compensadora
Relativamente às chaves estrela-triângulo são de eficiência e suavidade ótima em
relação a partida direita e reostática, porem, levantando as relações existentes da partida Y-∆,
pode-se enumerar algumas vantagens e desvantagens da chave compensadora em relação a ela.

a) Vantagens:
i. Na derivação 65%, a corrente de partida na linha se aproxima do valor da corrente de
acionamento, utilizando chave estrela-triângulo;
ii. A comutação da derivação de tensão reduzida para a tensão de suprimento não acarreta
elevação da corrente, já que o autotransformador se comporta, neste instante,
semelhantemente a uma reatância que impede o crescimento da mesma;
iii. Variações gradativas de tape, para que se possa aplicar a chave adequadamente à
capacidade do sistema de suprimento.
iv. Ser aplicável para quaisquer numero de terminais disponíveis,
v. Partida mais suave;
vi. Aplicação para motores com e sem dupla tensão nominal e que disponham ou não
disponha de seis terminais acessíveis.

b) Desvantagens:
i. Custo superior ao da chave estrela-triângulo;
ii. Dimensões normalmente superiores às chaves estrela-triângulo, acarretando o aumento
no volume dos Centros de Controle de Motores (CCM);
iii. Limitação no nº de partidas.
vii.
4.4 DIMENSIONAMENTO DOS DISPOSITIVOS DE COMANDO E PROTEÇÃO.

4.4.1 Roteiro de Cálculo

i. Contatores:

K 1 → I K ≥ I N x (1.15)
1

K 2 → I K ≥ (Tap 2 x I N )x (1.15)
2

K 3 → I K ≥ (Tap – Tap 2) x ¿ ¿)x (1.15)


3

ii. Relé de Sobrecarga:

FT 1→ ¿ ¿)

iii. Fusíveis de Força: F (1,2,3):

Com a corrente de partida ¿ = ( I p / I N )x ¿)¿e o tempo de partida (t P =15 s), consultar a curva
característica do fusível e obter o fusível indicado pela referida curva.
 I F ≥ I N x (1.20)
 I F ≤ I F ( Máx K 1)
 I F ≤ I F ( M á x FT 1)
Autotransformador Com Fator de Redução ( K ) Correntes nos Contatores
TAP %De U N IK 2
IK 3

85 0.85 (0.72)x I N (0.12)x I N


80 0.80 (0.64) x I N (0.16) x I N
65 0.65 (0.42)x I N (0.23) x I N
50 0.50 (0.25) x I N (0.25) x I N

Tabela 3: Relação de correntes em função do TAP

Autotransformador de Fator de Redução ( K ) Correntes de Partidas


K I P =¿

Tabela 4: Relação de correntes de partidas do motor em função do TAP


5.0 CONCLUSÃO
Após a conclusão do trabalho e seus cálculos é possível analisar claramente o ponto
que as altas correntes de partida causam inconvenientes pois exigem um dimensionamento de
cabos com diâmetros bem maiores do que o necessário. Além disso podem haver quedas
momentâneas do fator de potência, que é monitorado pela concessionária de energia elétrica,
causando multas a indústria. Para evitar estas altas correntes na partida, existem algumas
estratégias em comandos. Uma delas é alimentar o motor com 50% ou 65% da tensão
nominal, é o caso da por autotransformador, ou partida compensadora.
6.0 BIBLIOGRAFIA

Fundamentos de máquinas eléctricas, Steven J. Chapman -5.ed – Porto


Alegre: AMGH, 2013

Conversão electromecânica de energia, vol I, A.G.Falcone, Edgar Blucher,


S.Paulo,1985

Maquinas eléctricas, Fitzgerald e Kingsley -7.ed – Porto Alegre : AMGH,


2014
Apostila de Comando e Motores Eletricos. ULIANA, J.E. Curso Tecnico em
Plasticos.
Irving L. Máquinas Elétricas e transformadores, KOSOV, 8. ed. São Paulo,
Globo, 1989.
Motores elétricos e acionamentos, Petruzella, Frank D.– Porto Alegre:
AMGH, 2013.
INDICE
RESUMO…………………………………………………………………………………………I
i
ii
CAPÍTULO-I: INTRODUÇÃO.................................................................................................1
1.1 Introdução...........................................................................................................................1
1.2 Objetivos.............................................................................................................................1
1.2.1 Objectivo Geral;..........................................................................................................1
1.2.1 Objectivos Específicos;...............................................................................................1
CAPÍTULO-II: REVISÃO BILBLIOGRAFICA.....................................................................2
2.1 MOTOR DE INDUÇÃO.....................................................................................................2
2.1.1 Motores de Indução Trifásica......................................................................................2
2.1.2 Estator..........................................................................................................................2
2.1.3 Rotor............................................................................................................................2
2.2 PARTIDA DE MOTORES DE INDUÇÃO.......................................................................4
2.2.1 Tipos de Partidas de Motores de Indução...................................................................4
CAPÍTULO-III: DISPOSITIVOS DE CIRCUITOS DE COMANDOS ELÉTRICOS........5
3.1 DISPOSITIVOS ELÉCTRICOS.........................................................................................6
3.1.1 Botões..........................................................................................................................6
3.1.2 Disjuntores..................................................................................................................7
3.1.2 Rele Térmico...............................................................................................................7
3.1.3 Rele Temporizador......................................................................................................8
3.1.4 Contator.......................................................................................................................8
3.2 SIMBOLOGIA GRÁFICA.................................................................................................9
CAPÍTULO-IV: PARTIDA COMPENSADORA EM MOTORES DE INDUÇÃO...........10
4.1 PARTIDA DE MOTORES DE INDUCAO COM TENSAO REDUZIDA.....................10
4.1.0 Transição de Aberto para Fechado entre a Partida e a Operação Normal.................11
4.1.1 Partida Compensadora...............................................................................................12
4.1.2 Aplicações da Partida Compensadora.......................................................................20
4.1.3 As Vantagens e Desvantagens da Partida Compensadora........................................20
4.4 DIMENSIONAMENTO DOS DISPOSITIVOS DE COMANDO E PROTEÇÃO.........21
4.4.1 Roteiro de Cálculo.....................................................................................................21
5.0 CONCLUSÃO......................................................................................................................23
6.0 BIBLIOGRAFIA.................................................................................................................24

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