The Hunter's P4ge
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Táticas e técnicas para o serviço policial
ARMAMENTO E MUNIÇÃO
Shotguns Submetralhadoras
TÉCNICAS DE TIRO
Drogas Coldres
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(2ª volta)
Pistolas semi-automáticas
As pistolas semi-automáticas tiveram suas raízes
nos experimentos de Hiram Maxim que, em 1883,
desenvolveu a primeira arma automática de que se
tem notícia, uma metralhadora que usava a ação dos
gases no momento do disparo para ciclar a ação e
colocar outro cartucho na câmara.
Com uma pistola de ação dupla o primeiro disparo pode ser efetuado
após um longo puxar de gatilho, não sendo necessário o
engatilhamento manual do cão. Os disparos seguintes são efetuados
como nas pistolas de ação simples, com o cão sendo naturalmente
armado pelo movimento do ferrolho após o disparo.
São armas que transmitem maior segurança no porte, uma vez que
dificilmente dão ensejo a um disparo acidental.
Seu projétil pesa entre 5,8 e 6,1 gramas, de acordo com o tipo e
fabricante. Sua velocidade média é de 256 metros por segundo e
produz uma energia de 20,39 kgm.
Seu projétil tem cerca de 14,9 gramas e alcança a velocidade média de 246
metros por segundo. Transmite uma energia ao alvo de cerca de 46 kgm.
Revólveres
De acordo com as definições que encontramos em
dicionários, revólver é uma arma de fogo
portátil, com várias câmaras num cilindro
giratório, podendo dar tantos tiros quanto as
cargas que contém esse cilindro. O cano dessa
arma possui em seu interior pequenos sulcos
escavados, conhecidos por raias, em círculos,
que imprimem um movimento rotativo ao
projétil, fazendo com que esse tenha maior
alcance e precisão.
O primeiro revólver de que se tem notícia foi patenteado pelo Coronel Samuel Colt em 1836, tendo
sido um enorme avanço para a época, uma vez que aparecera como uma arma curta
realmente prática, em comparação com as garruchas de se carregar pela boca. Era um
revólver que tinha de ser municiado câmara por câmara com pólvora (Pólvora Negra),
projétil e espoleta.
A Smith&Wesson, fundada em 1854, era a fábrica que fazia frente aos revólveres Colt, sendo seu
único concorrente na América. Seus revólveres, os .44 American e .44 Russian tinham
boa qualidade e eram fabricados no poderoso calibre .44, porém não tiveram aceitação
tão grande quanto os Colts entre os "cowboys". Eram armas de escanhoar, para serem
municiadas tinham que ter seu cano e tambor basculados para baixo, sendo que assim
expeliam todos os cartuchos de uma só vez, vazios ou não (municiamento extremamente
difícil para quem está à cavalo). Tal característica também era encontrada nos
revólveres ingleses da época, o que tornou os Colts uma unanimidade.
Em 1899 a Smith&Wesson lançou o primeiro revólver de ação dupla e tambor basculante, modelo
que foi copiado por quase todas as fábricas e que deu origem ao revólver tal como
conhecemos hoje. Era o modelo que ficou mundialmente famoso como "Militar-
Policial". O tambor basculante propiciava um remuniciamento rápido de um, dois ou
todos os cartuchos deflagrados, já que saia para o lado de sua armação.
De lá para cá quase nada mudou, exceto por novas empunhaduras, miras ajustáveis, diversos
calibres e outras inovações que só serviram como melhoramentos adicionais, em nada
alterando o desenho básico do revólver Smith&Wesson Militar-Policial.
A classificação dos revólveres aqui disposta foi feita de acordo com uma escala criada pela
Smith&Wesson que utilizou as letras "J", "K", "L" e "N", baseada no tamanho do
chassi da arma (o menor é o de letra "J").
1) Revólveres Pequenos
Deixamos de lado os revólveres de calibre inferior ao .32 por ser este o mínimo a ser aceito nos
meios policiais (mínimo do mínimo).
Os revólveres pequenos são aqueles que têm um cano de 2 a 3 polegadas e geralmente um tambor
com capacidade para 5 cartuchos; geralmente, porque existem os pequenos com tambor
para 6 cartuchos.
Por sua portabilidade esses revólveres são considerados excepcionais back-up guns (armas de apoio
ou segundas armas), é óbvio, dependendo do calibre a ser adotado. Podem ter sua
performance aumentada se quem os usar escolher a munição adequada.
São armas que não possuem precisão de disparo, sendo assim recomendadas para combates em
curtas distâncias, comumente corpo a corpo; uma vez que possuem um cano
extremamente curto, não permitem que o projétil alcance um grande velocidade.
Faltam-lhe, portanto, precisão e velocidade devido às raias internas do cano serem de
pequena dimensão.
Dotadas de tais caraterísticas, a munição aconselhável para esse tipo de armas é a .38
Special canto-vivo de baixa velocidade (ver Tipos de Munição). Também
podem ser utilizadas, com bons resultados, as munições de tipo Hydra-
Shock, Glaser e semi-canto-vivo. Além do calibre .38 Special, encontramos
também revólveres pequenos de calibre .357 Magnum, um pequeno gigante
onde a potência supera qualquer debilidade física da arma.
A maior desvantagem dos revólveres pequenos está no impacto psicológico que eles causam.
Dificilmente um policial armado apenas com uma arma dessas fará uma detenção sem
oposição. Desvantagem ? Para quem ?
2) Revólveres Médios
Esses revólveres são os que têm o tambor com capacidade para 6 cartuchos e cano de 4 polegadas.
São os mais usados e apropriados para o serviço policial.
Existem revólveres com cano de 6 polegadas que possuem o chassi com as mesmas dimensões dos de
4 polegadas. Não são classificados como médios, apesar do mesmo tamanho de chassi,
porque o bom senso e a visão não nos permite tal classificação. Ora, um revólver com
cano de 6 polegadas não pode ser classificado, pelo tamanho, como um de 4 polegadas, a
diferença é aparente.
Como são os mais utilizados em serviço policial, o calibre adequado para esses
revólveres é o .357 Magnum, um calibre altamente eficiente que
aumenta as chances de sobrevivência de quem o usa. Revólveres de
calibre .357 Magnum têm enorme vantagem, além da potência, pois
podem disparar sem qualquer restrição todos os tipos de munição .38
Special, .38 Special+P e .38 Special+P+, tornando-se uma arma
extremamente versátil. Outra vantagem desse calibre é que existem
variados tipos de munições, cada qual para um determinado fim, p.
ex., munição ponta oca de alta velocidade, ou Glaser, para uso em
áreas urbanas (expansiva e fragmentária) e munição Black Talon de
Teflon para uso em perseguições a automóveis (perfurante).
3) Revólveres Grandes
Todo e qualquer revólver, mesmo os de chassi médio, que tenha o cano de 6 polegadas ou mais deve
ser considerado grande para o uso policial. Da mesma forma os verdadeiramente
grandes, como os .41 e .44 Magnum, revólveres que não têm uma grande aceitação no
meio policial, pois possuem forte recuo e estampido, tornando difícil o seu manejo.
São revólveres muito grandes para serem portados com conforto, por isso pouco utilizados por
policiais.
Porém são armas que possuem vantagens, como a precisão e alcance do disparo, devido a maior
dimensão das raias internas do cano e a distância entre alça e massa de mira, sendo que
o alinhamento entre as miras em um revólver com cano de 6 polegadas permite ao
atirador a certeza de atingir certos alvos os quais com revólveres menores não atingiria.
O calibre adequado não poderia ser diferente, .357 Magnum, por tudo o que já foi dito no tópico
anterior e porque não faz sentido algum carregar um revólver de cano longo se ele não
puder disparar, em caso de necessidade, munições de maior penetração e alcance.
São armas que por suas características devem ser utilizadas apenas em situações especiais e não
como arma diária.
Como com o revólver estamos limitados a apenas seis disparos, é importante fazê-los valer. Se for
necessário o remuniciamento em uma troca de tiros é melhor fazê-lo por trás de algum
obstáculo e fazendo uso de "speed-loaders", que são pequenos aparelhos que permitem
a colocação dos seis cartuchos de uma só vez no tambor.
Talvez o momento mais crítico para se remuniciar um revólver seja o de tirar as cápsulas
deflagradas do tambor. Isso deve ser feito corretamente, pois há a possibilidade de uma
ou duas dessas cápsulas entrarem embaixo da estrela do extrator, o que torna o
remuniciamento lento e trabalhoso. Para evitar isso, devemos virar a boca do cano para
cima, abrir o tambor e fazer com que as cápsulas sejam ejetadas com um movimento
rápido e forte com a mão esquerda sobre o extrator.
Existem instrutores que afirmam ser melhor não disparar todos os seis cartuchos de uma só vez em
meio a um tiroteio, mas sim remuniciar o revólver a cada dois disparos efetuados. Isto é
fácil desde que se esteja protegido por uma sólida cobertura. Após haver disparado dois
tiros, vire a boca do cano para baixo e aperte um pouco o extrator, isso fará com que as
cápsulas deflagradas se sobressaiam sobre as outras, porque quando você cessar a
pressão sobre o extrator os cartuchos ainda cheios voltarão a descansar contra o
tambor, devido ao peso de seus projéteis, e os dois deflagrados tendem a permanecer
meio extraídos, o que facilita arrancá-los do tambor e jogá-los fora.
Quem usa um revólver, em um mundo que é cada vez mais das pistolas semi-automáticas, tem a
obrigação de carregar consigo alguns "speed-loaders" carregados, se quiser aumentar
suas chances de sobrevivência. Só assim o revólver terá suas possibilidades como arma
de combate ampliadas.
Shotguns
O revólver e a pistola são armas de porte, para uso diário e possuem suas
limitações. Sempre que possível, quando o policial sabe que
vai desempenhar uma missão de alto risco, deve usar uma
arma pesada e deixar a de porte no coldre, pronta para uma
emergência.
Armas pesadas no meio policial, diferentemente dos militares, que usam esse termo para coisas
realmente grandes, são as espingardas de combate (shotguns) e as submetralhadoras,
Carabinas e fuzis de grande precisão e alta potência também têm um importante papel
no arsenal de polícia.
Essa forma de referir às espingardas e submetralhadoras é por causa da evidente vantagem que
elas têm sobre as pistolas e revólveres como armas de combate. Então, nessa relação de
valores, elas são na verdade armas pesadas.
Para fazermos o emprego tático adequado de qualquer que seja a arma, é necessário conhecermos
todo o seu potencial e limitações.
Durante a Primeira Grande Guerra (1914 - 1918), onde os combatentes lutavam com uma
tenacidade singular por cada metro de terreno, graças à estupidez de seus generais,
tornou-se comum o uso de trincheiras.
Nesse ataques contra soldados inimigos entrincheirados, ganhou fama a espingarda que nesse
combate a curta distância com o inimigo, "embolado" um por cima do outro, fazia um
estrago muito maior que o fuzil de ferrolho convencional e as armas curtas de dotação
entre os exércitos em conflito.
Nessa época tornou-se famosa a Winchester Modelo 1897 em calibre 12, de ação de bombar
adotada pelos norte-americanos. Ainda hoje essa arma é conhecida por "trench-gun"
(arma de trincheira) devido ao seu formidável desempenho na época.
Atualmente, as espingardas estão tendo cada vez menor emprego militar. Isso ocorre por várias
razões, dentre as quais o tamanho dos cartuchos que por serem muito grandes
impedem o combatente de carregar consigo munição suficiente, a falta de alcance e
penetração de seus disparos e a fragilidade inerente a esse tipo de arma.
Contudo, para o uso policial, a velha shotgun ainda tem algo a oferecer.
Classificação
Tanto as espingardas quanto as submetralhadoras foram subdivididas pelos "experts" em armas
de 1ª, 2ª, 3ª e 4ª geração, para facilitar sua classificação dentro de certos padrões
pertinentes às características, materiais, cuidados de fabricação e melhoramentos
incorporados.
As espingardas de 1ª geração são aqueles modelos mais antigos, fabricados com dois canos,
paralelos ou sobrepostos, com cães externos ou mochas.
Como espingardas de 3ª geração, podemos citar todas as semi-automáticas das mais diversas
procedências; entre elas, a Remington 1100 e a Browning A-5.
A já citada SPAS-15, apesar de seu carregador destacável, ainda assim é uma arma de 4ª geração,
pois seu sistema de funcionamento também é "pump" e semi.
Espingardas de combate
É necessário considerarmos certas qualidades como essenciais a uma boa espingarda de combate.
Essas qualidades são muito diferentes daquelas necessárias a uma espingarda adequada
para a prática do Tiro Esportivo, seja o "Trap", o "Skeet" ou a Fossa Olímpica.
Mesmo as espingardas de caça não são recomendáveis para o trabalho policial se não
possuírem certas características.
As espingardas de dois canos, por motivos óbvios, não podem ser levadas a sério como armas de
combate e as semi-automáticas não são confiáveis o suficiente, já que os cartuchos de
ponta chata - próprios às espingardas - não alimentam tão facilmente quanto os de
projéteis ogivais inerentes às outras armas, sendo comum acontecerem "engasgos"
mesmo com armas de boa qualidade. Além do que uma "pump", em mãos treinadas,
pode ser disparada tão rapidamente quanto uma semi-automática.
Em resumo, se quer confiabilidade, opte por uma "pump", de preferência algum modelo que
possua um extrator grande e forte como a Fabarm e faça uso somente de munição de
boa qualidade.
Coronhas de metal dobráveis não são adequadas pois quando estão distendidas, além de quase
sempre apresentarem um certo jogo - elas não são muito firmes - podem machucar o
rosto do atirador no momento do disparo devido ao recuo da arma. E quando estão
dobradas sobre a culatra cobrem totalmente a mira.
"Pistol grip" (cabo de pistola) é um modismo que também deve ser evitado porque tira a precisão
da arma. Dizem que é para tiros a curtíssimas distâncias, mas em meio a um tiroteio
não podemos contar com isso, pois um adversário correndo pode percorrer muitos
metros em segundos, ou aparecer subitamente a uns trinta metros à nossa frente.
Em relação à resistência da arma, os modelos que possuem coronhas de polímero são muito
resistentes e quanto ao acabamento de suas partes metálicas, o fosfatizado ou acetinado
são mais duráveis do que o oxidado, no entanto, aquelas são mais facilmente visíveis do
que estas.
Espingardas de combate devem ser sempre em calibre 12 - de preferência 12 Magnum, com câmara
de 3" - e ter uma capacidade de, no mínimo, 5 disparos.
Se as miras de sua espingarda forem ao estilo das carabinas - com alça e massa de mira - podem
atrasar o atirador em algumas frações de segundos até ele conseguir fazer o
alinhamento correto delas. Essa pequena demora em seu alinhamento pode ser um
longo tempo em uma situação crítica. Só faz sentido seu uso se a espingarda vai ser
municiada exclusivamente com balotes. As miras comuns às espingardas, somente com
a massa, são de visada rápida e plenamente satisfatórias.
Munição e tática
Quando um policial é chamado a enfrentar alguma "barra pesada" e leva consigo uma espingarda,
é bom não esquecer que as principais limitações dessa arma são o curto alcance de seus
disparos e a pouca penetração de seus projéteis.
Mesmo municiada com balotes, é bom lembrar que esses projéteis, devido ao seu grande
tamanho e peso e ao fato de serem disparados em um cano de alma lisa (sem
raias), não possuem alcance com precisão muito além de 50 metros.
Mesmo com chumbo grosso, do tipo "O Buck" ou "OO Buck", o alcance ideal de uma
espingarda não passa de 35 metros porque o chumbo grosso se dispersa
rapidamente.
É bom ter em conta que o alcance EFETIVO da espingarda está diretamente
relacionado com a quantidade de balins que o seu disparo coloca no alvo.
A carga deve atingir o oponente o mais embolada possível para produzir
o efeito traumático desejado. Cada balim individualmente não pode ser
visto, como alguns erroneamente afirmam, como equivalente a um
projétil de pistola ou submetralhadora por causa de seu pobre formato
balístico e falta de força e consistência, o que limita sua eficácia.
Balotes, por sua vez, podem exibir a curta distância uma penetração surpreendente.
Táticas
Para operações policiais do tipo "arrastão", ou seja, o policial se vê obrigado a manter vários
elementos sob a mira de sua arma, fazendo a cobertura de seus colegas enquanto dão
uma revista geral em locais suspeitos, a espingarda desempenha um papel soberbo. Por
causa de sua aparência ameaçadora (assusta mais do que a submetralhadora), de sua
grande potência que pode manifestar-se plenamente, já que ambientes fechados as
distâncias são curtas e (principalmente) por sua facilidade em atingir um alvo. O efeito
de se portar uma espingarda nessas circunstâncias é benéfico até mesmo porque pode
evitar que alguém se torne agressivo, já que a boca do cano de uma 12 não é algo fácil
de se encarar.
Mesmo que sua efetividade anti-veículo esteja longe do ideal, pois se os seus balotes têm penetração
por outro lado não possuem alcance, e seus cartuchos carregados com balins não
possuem nem alcance nem penetração, ainda assim ela poderá ser útil.
No caso de barreiras policiais, muitas vezes quando um carro força passagem, o policial não sabe se
ao volante está um perigoso marginal ou um moleque irresponsável. Nesse caso, antes
de usar força plena, faz sentido alguns disparos com uma 12, de preferência carregada
com chumbo mais fino, contra o pára-brisas, para quebrar o vidro e forçar o motorista
parar e pensar no que fez. Se a coisa engrossar... bem, a decisão será dele.
O policial que faz a cobertura do colega que aborda o veículo - depois que este parou - faz bem se
estiver usando uma espingarda já que, em caso de alguma ameaça, dois ou três disparos
bem colocados podem acertar todos que estão no carro devido aos vários projéteis
contidos em cada cartucho.
Para correrias e trocas de tiros atrás de marginais, tanto a pé quanto em automóveis, a espingarda
12 é uma arma adequada, principalmente se a coisa ocorrer em locais urbanos já que
diminui o risco de uma bala perdida.
Em uma perseguição a pé, em locais de pouca luz, com uma espingarda se torna mais fácil atingir o
marginal, mesmo se ele estiver disparando contra nós. Nesse caso, o truque é enrolar
um esparadrapo branco em torno da boca do cano, sobre a massa de mira, para termos
uma noção de para onde estamos apontando, mantermos a cabeça fria e "apertar" sem
dó.
Se a troca de tiros acontece entre veículos, o melhor é fazer com que o motorista da equipe diminua
a distância entre os carros e quem estiver com a espingarda - de preferência o policial
que estiver sentado ao lado do motorista - execute uma série de disparos, o mais rápido
possível contra os marginais em fuga. Uma "barragem" de seis ou sete disparos calibre
12 com carga Magnum "OO Buck" contra o pára-brisa do veículo pode fazer um bom
estrago dentro do carro e em seus ocupantes.
Observações
Já deu para se perceber que a espingarda é uma arma policial por excelência. Toda e qualquer
equipe deve portar ao menos uma shotgun em seu arsenal.
Porém, o uso deste tipo de arma torna-se restrito, pois devido ao seu forte recuo e ao seu excessivo
peso, uma espingarda deve ser portada por policiais que tenham uma compleição física
adequada. Imagine o que acontecerá se for efetuado um disparo de calibre 12 por um
policial que tenha cerca de 1,65 metros de altura e 65 quilos. Certamente ele não
conseguirá obter a eficiência adequada da shotgun.
Portanto, ao se determinar quem deverá carregar consigo a espingarda será necessário analisar
todos esses aspectos.
Submetralhadoras
Podemos definir a submetralhadora como uma arma automática que atira com cartuchos de
pistola, suficientemente leve para ser disparada do ombro ou da cintura, com ambas as
mãos sem a necessidade de outro apoio. Por causa dessa sua facilidade de manuseio ela
é, às vezes, denominada metralhadora de mão.
Essa é uma arma que pode ser vista em mãos de agentes secretos fazendo a
guarda de altos dignitários e presidentes, nas mãos de policiais de
elite e em mãos de policiais de toda parte. Tanto na selva de
concreto de São Paulo, nas favelas do Rio de Janeiro ou nas regiões
mais inóspitas e afastadas de nosso país, as submetralhadoras têm
servido de conforto e demonstrado ser um confiável instrumento de
trabalho ao policial que dela necessita.
Origem e história
Todas as inovações e desenvolvimentos em armas de fogo tiveram, como não poderia deixar de ser,
sua origem durante os períodos de guerra ou nos anos que as antecederam.
A submetralhadora, por sua vez, não foi exceção e sua origem data da Primeira Guerra Mundial.
Começaram como armas desajeitadas, mal elaboradas para propósitos especiais
durante o primeiro conflito mundial, e se tornaram uma das armas mais usadas na
Segunda Grande Guerra. Ainda hoje, seriam de emprego militar, não fosse o
surgimento dos modernos fuzis de assalto que com sua maior potência e muito maior
alcance, as relegaram ao segundo plano.
A primeira submetralhadora, a Villar Perosa - que tinha esse nome por causa do local onde era
fabricada e não por causa do nome de seu inventor, que se chamava Bethel Abiel
Ravelli - tinha uma aparência estranha, com seus dois canos e seus dois carregadores
colocados por cima da culatra.
Ravelli desenhou esse "trambolho", que disparava o fraco cartucho 9 mm Glisenti (equivalente ao .
380 ACP) - por incrível que possa parecer - como arma anti-aérea.
O exército italiano achou que essa arma seria de uma terrível eficiência se fosse instalada nos
guidões de bicicletas de seus "Bersaglieris de elite".
Os alemães, por sua vez, gostaram da idéia de armar suas tropas com submetralhadoras (mas não
gostaram da Villar Perosa nem das bicicletas) e resolveram criar a sua própria. A
primeira submetralhadora alemã foi a MP-18, desenhada por Hugo Schmeisser. Não
era grande coisa, mas nos anos que se seguiram os germânicos refinaram de tal forma a
idéia que, à época da Segunda Grande Guerra, tinham a melhor submetralhadora do
mundo, a MP-40.
Os alemães previram que o conflito seria uma guerra de massas e sabiam que seria impossível
treinar milhões de homens para atirar com o fuzil regulamentar como atiradores de
elite. Qualquer um pode ser treinado para utilizar uma submetralhadora de forma
efetiva em pouco tempo. Um soldado que não pode atingir uma casa com seu fuzil a 100
metros ainda assim pode ser extremamente perigoso com uma submetralhadora. Basta
lembrar o que os finlandeses e suas submetralhadoras Suomis fizeram com os russos
nos combates de 1939 e 40.
Classificação
Considerada por muitos como a rainha das submetralhadoras, e exemplar típico das de 4ª geração,
é a H&K MP-5. Essa arma, por disparar com sistema de ferrolho fechado, possui uma
enorme precisão.
Já as submetralhadoras de tamanho normal são armas de simples aprendizado, e podem ter seu
emprego de forma mais generalizada, tanto quanto as espingardas e carabinas.
Seja qual for o modelo adotado, é de fundamental importância que venha equipado com coronha.
No caso das submetralhadoras - diferente das espingardas - sua coronha (mesmo modelos de metal,
retrátil) não machucam o rosto do atirador no momento do disparo, graças ao seu
pequeno retrocesso e aumentam (e muito) a precisão.
É possível afirmar que, como armas de combate, as "subs" são mais efetivas e versáteis que as
espingardas (shotguns).
Potencial e tática
Sua efetividade anti-veículo é adequada; seus projéteis em calibre 9 mm (ou .45 ACP) têm força
suficiente para penetrar a lataria de um veículo e ferir seriamente quem estiver por
dentro. Assim, podem perfurar portas e janelas de esconderijos de marginais e outros
obstáculos semelhantes.
Apesar de dispararem cartuchos de pistolas nos calibres 9 mm e .45 ACP, seu cano mais longo lhes
dá maior poder de penetração e um bom acréscimo em potência. Isso faz com que seu
alcance efetivo exceda, com algumas exceções, os 100 metros, desde que as técnicas
corretas sejam empregadas.
A submetralhadora não possui alcance e penetração excessivos; ela os tem na medida certa. Não há
excesso como os fuzis de assalto e não há falta de penetração em seus disparos como as
espingardas.
Essa é a arma adequada para as operações policiais, tanto nas grande cidades quanto nas áreas
rurais.
Imagine uma situação - que infelizmente é muito comum nos grande centros - onde policiais têm a
obrigação de invadir uma residência, já que em seu interior seqüestradores armados
estão na iminência de executar seus reféns.
Nessas ocasiões, mais do que nunca, se faz necessário o uso de submetralhadoras, com emprego de
rajadas curtas de dois ou três disparos por vez. Quem não consegue manejá-la assim,
pode fazer uso do tiro intermitente ou selecionar um modelo que tenha ajuste para
"BURSTS" (rajadas de três disparos) e a escolha da munição adequada para evitar
ferir pessoas inocentes.
Não é difícil treinar alguém no emprego correto da submetralhadora. Essa arma pode ser usada
com precisão por qualquer pessoa regularmente treinada. Elas podem ser manejadas
tão bem por alguém de pequena estatura quanto por indivíduos maiores e mais fortes.
Certos modelos, quando usados no sistema de disparo intermitente (tiro a tiro), são tão precisos
quanto uma carabina .38 Special; mas elas brilham realmente é no uso de rajadas
curtas. Aí mostram todo o seu potencial.
Para ocasiões onde se faz necessário disparos em ambientes fechados ("Close Quarter Battle" -
CQB), é importante o emprego de projéteis de ponta oca ou de fragmentação como a
"Glaser", para diminuir o perigo de ricochete e aumentar seu impacto contra o
marginal, provocando a sua incapacitação rápida de forma a impedi-lo de ferir ou
matar a sua vítima.
Para o trabalho policial em áreas remotas, esse tipo de arma é também altamente recomendável,
seja para uso em locais de espessa vegetação ou em campos abertos.
A submetralhadora pode ser empregada em rajadas longas somente a uma distância muito curta e,
se isso for feito, a forma mais adequada de usá-la é fazendo disparos instintivos, sem o
uso das miras.
Uma rajada dessas a curta distância, é tão efetiva (ou mais) quanto o disparo de uma espingarda 12
carregada com chumbo grosso.
Sempre que o alvo estiver a mais de 7 ou 8 metros, esse tipo de disparo deve ser evitado e o atirador
faz melhor se fizer uso das miras.
Por todas as suas qualidades já mencionadas, é fácil perceber que a "sub" é uma das armas mais
funcionais para o emprego em ações policiais de alto risco e é uma grande aliada do
policial operacional.
Termo criado por norte-americanos, "stoping power" possui uma tradução que deve ser levada em
consideração em sua literalidade, ou seja, "poder de parada".
Desenvolvido por especialistas em armas leves que buscavam uma perfeita combinação entre
calibre e munição capaz de interromper as ações ofensivas de um adversário com um só
disparo, o termo "stoping power" passou a ter extrema relevância em pesquisas e
estudos que tratam de técnicas e táticas policiais, uma vez que é de suma importância,
em uma ação policial, interromper as ações de um adversário antes que alguém mais
seja ferido.
Ainda hoje é impossível apontar com precisão milimétrica o "poder de parada" de uma
determinada arma, calibre e munição, uma vez que não bastam estudos
matemáticos para se chegar a uma conclusão definitiva. Outros fatores, não
científicos, fazem com que todos os estudos feitos acerca do "stopping
power" não tenham um valor absoluto. Podemos citar, como exemplo, casos
reais em que pessoas foram atingidas inúmeras vezes por projéteis calibre .
45 ACP e permaneceram vivas, algumas inclusive continuando com suas
ações ofensivas; por outro lado, existem casos em que um simples disparo de
um projétil calibre .38 SPL para instantaneamente o ofensor. Tratam-se de
fatores humanos, absolutamente diferentes em cada indivíduo.
Ora, se isso é possível acontecer, por que realizar tantos estudos visando determinar qual seria a
arma, calibre e munição mais efetiva no combate ao crime ?
Ocorre que esses casos acima citados fazem parte de uma minoria, onde os fatores humanos
comentados se faziam presente. Porém, na grande maioria dos casos, podemos
determinar, até com certa facilidade, qual a arma, calibre e munição com maior "poder
de parada", sendo assim a mais eficaz para interromper a ação ofensiva.
A partir de 1973, ante insistentes pedidos de vários departamentos de polícia dos EUA, novos
estudos foram realizados pelo Instituto Nacional de Justiça, através de seu programa de
assistência a Administração Policial, desta vez baseados em conhecimentos científicos
onde os técnicos utilizavam gelatina balística ligada a um computador. A gelatina
balística simulava a consistência de um corpo humano e o computador registrava o
impacto do projétil sobre ela. Porém, tais testes também não se mostravam totalmente
confiáveis, havendo, inclusive, quem afirmasse que a gelatina balística utilizada nos
teste não possuía a fórmula adequada a simular o corpo humano.
Dentre os especialistas no assunto, a forma empregada por Marshall é tida como a mais confiável
de todos os meios criados até o momento para se medir o "stopping power" de armas,
calibres e munições. Desta forma, seguindo a corrente dominante de especialistas,
decidi inserir uma tabela que exibe os resultados obtidos por Evan Marshall.
Calibres 7,65 mm .380 ACP .38 SPL 9 mm .357 Magnum .45 ACP
Chumbo
Winchester Winchester Jaquetada Jaquetada
Munição de Ponta Semijaquetada
Silvertip 60 Silvertip 85 Ponta Oca Ponta Oca
mais Oca 158 Ponta Oca 125
"grains" "grains" 147 "grains" 200 "grains"
efetiva "grains" "grains" (91%)
(58%) (61%) (80%) (74%)
(65%)
Tipos de Munições
O que na prática acontece no país é a recarga de munição, sendo que academias de polícia e outros
órgãos das Secretarias de Segurança Pública comumente a realizam. Porém, nos
abstemos aqui a analisar as munições originais de fábrica.
Elmer Keith, falecido escritor de armas e munições, afirmava que as melhores munições para
revólveres eram as de chumbo, de desenho semi-canto-vivo que ele próprio
desenvolveu. Dizia que os revólveres não necessitavam das munições jaquetadas, mas
sim das de chumbo endurecido, mais tradicionais e econômicas.
Dentre os projéteis feitos de chumbo, os mais comuns são os de ponta ogival. Esses projéteis
não possuem facilidade de expansão. Também não possuem uma boa penetração,
sendo os que transmitem menos impacto contra o alvo. Dessa forma, são
considerados os menos adequados ao serviço policial.
Outro tipo de projétil de chumbo é o canto-vivo, muito mais eficaz do que o ogival. São
munições comumente utilizadas para a prática de tiro ao alvo e, mesmo possuindo
pouca velocidade, provocam ferimentos terríveis, devido ao seu formato. Não
possuem um grande poder de penetração, não sendo, portanto, eficazes quando se
quer atingir alguém que esteja atrás de algum "escudo".
Um terceiro tipo de projétil de chumbo é o semi-canto-vivo, que une as qualidades de
penetração ao corte deixado pelo projétil de tipo canto-vivo. A primeira força
policial a utilizar esse tipo de munição foi o FBI. Esses projéteis de tipo semi-
canto-vivo são os mais eficazes dentre os projéteis de chumbo endurecido.
2) Pontas jaquetadas
São projéteis de chumbo, envolvidos por uma carapaça de cobre ou alumínio. Comumente
são empregados em arma automáticas e semi-automáticas, devido a sua maior
confiabilidade no que diz respeito à alimentação. Seu desenho é geralmente
ogival, permitindo-lhe uma boa penetração, porém o corte deixado no corpo de
um indivíduo por esse tipo de projétil possui uma baixa carga traumática, já que
a ferida possui um canal estreito.
Existem munições jaquetadas que possuem as pontas perfuradas, proporcionando uma
maior transmissão de energia ao alvo. Esses projéteis já contam com uma maior
expansividade, criando um estrago considerável no alvo atingido. É de se
salientar que esse tipos de projéteis, jaquetados de ponta oca, não podem ter uma
jaqueta muito dura, o que prejudicaria sua expansão. As melhores munições com
esse tipo de projétil são as Winchester Silvertip (para os calibres menos velozes -
ex: 7,65mm e .380 ACP) e as Hydra-Shock, fabricadas pala Federal (para
calibres mais velozes - ex: 9mm).
Façamos algumas considerações importantes acerca desta última, a Hydra-Shock. Essa munição
possui uma grande cavidade em sua ponta, sendo que em seu centro existe um pino.
Quando o projétil atinge alguém, ocorre uma boa expansão aliada a uma penetração
adequada. Essa expansão se dá porque os fluidos do corpo, ao entrarem na cavidade,
são impulsionados pelo pino central a exercerem forte pressão contra as bordas laterais
que circundam o projétil. Ao mesmo tempo, o pino ajuda na penetração, pois mantém a
aerodinâmica do projétil, mesmo após sua expansão. Especialistas no assunto afirmam,
com razão, ser esta a munição mais eficaz para o calibre 9mm.
3) Projéteis semi-encamisados
São aqueles em que a jaqueta de cobre (ou alumínio) não chega a cobrir todo o projétil, deixando
sua ponta de chumbo exposta.
Podem ser de ponta oca ou de ponta macia, possuindo maior expansão e maior penetração,
respectivamente.
4) Munições especiais
Existem munições que por suas particularidades únicas são classificadas de forma especial. São as
munições de fragmentação, as explosivas e as perfurantes.
O segredo da Glaser está em seu projétil, constituído por uma jaqueta de cobre oca, em cujo
interior existem pequenos grânulos de chumbo. Por fim o projétil é selado por uma
capa de plástico, cuja cor indica o poder da munição. As de ponta azul são carregadas
com pressão normal e as de ponta preta são mais potentes e de uso privativo da polícia
dos EUA.
São projéteis muito leves que atingem uma velocidade muito maior do que os projéteis
convencionais.
Quando o projétil atinge o alvo ele o penetra espatifando-se em seu interior, em inúmeros
fragmentos, transmitindo toda a sua força no impacto.
Trata-se de uma boa munição, com bom "stopping power" e extremamente adequada para uso em
locais de grande aglomeração, já que esses projéteis não atravessam um corpo e não
ricocheteiam.
São aquela em que, em sua ponta oca, existe uma pequena carga de pólvora selada com uma
espoleta.
Trata-se de uma munição extremamente perigosa, visto que pode estragar a arma que a dispara,
explodindo em seu cano (do que aliás já se tem notícias).
Seus projéteis são fabricados com aço extremamente duro, cobertos com uma fina carapaça de
Teflon, reduzindo assim sua fricção no interior do cano durante o disparo. São capazes
de atravessar sem qualquer problema obstáculos leves, como latarias de automóveis.
São munições que devam ser utilizadas com cautela, visto que facilmente transpõem o
alvo, podendo atingir o que se encontra atrás.
Regras de Segurança
Jamais aponte uma arma para alguém, mesmo que por brincadeira,
carregada ou não, a não ser em legítima defesa ou em estrito
cumprimento de um dever legal;
Ao sacar ou coldrear uma arma, faça-o sempre com o dedo fora da tecla
do gatilho;
Obtenha informações sobre o manuseio de sua arma com um competente instrutor, antes de utilizá-
la;
As travas de segurança de uma arma são apenas dispositivos mecânicos e não um substituto do bom
senso;
Mantenha seu dedo fora da tecla do gatilho até que você esteja realmente apontando para o
objetivo e pronto para o disparo;
Ao guardar uma arma por longo tempo, guarde separadamente arma e munição, sempre longe do
alcance de crianças;
Certifique-se de que seu alvo e a zona que o circunda é capaz de receber os impactos com toda
segurança;
Carregue e descarregue uma arma com o cano apontado para uma direção segura;
Nunca atire em superfícies planas e duras, ou em água, pois as balas podem ricochetear;
A arma deve sempre ser transportada no coldre, salvo quando houver a consciente necessidade de
utilizá-la;
A munição velha ou recarregada pode ser perigosa, não sendo recomendado o seu uso;
Tome cuidado com obstruções no cano quando estiver atirando, caso ouça ou sinta algo de anormal
com o recuo ou a detonação, interrompa imediatamente os disparos e verifique
cuidadosamente se há ou não a presença de obstruções no cano;
Sempre trate sua arma como instrumento de precisão, o que ela realmente é;
Nunca transporte uma arma no bolso, bolsa ou pochete, use a embalagem ou um coldre
apropriado;
Armas de fogo desprendem lateralmente gases e alguns resíduos de chumbo, mantenha as pessoas
afastadas de sua vizinhança, bem como as mãos distantes dessas zonas quando em um
disparo; e
Não tente modificar o peso do gatilho de sua arma sem a ajuda de um armeiro qualificado, uma vez
que isso afeta o engajamento da armadilha do cão, facilitando o disparo acidental.
Operação de busca
1) Postura
O primeiro ponto a ser abordado é o que diz
respeito à postura do policial quando em meio a
uma busca interna. Comumente toma-se uma
postura defensiva, p.ex. deixando a arma dentro do
coldre ou, quando fora deste, mantendo-a apontada
para baixo aguardando o momento certo de reagir.
Adotando uma postura como esta, dificilmente o
policial terá tempo para reagir a uma agressão
armada. Assim sendo, o correto é adotar uma
postura ofensiva que permita uma reação imediata.
O policial deve manter a arma fora do coldre, na
altura dos ombros e direcionada à frente, na
posição Weaver ou Isósceles, de acordo com a
melhor adaptação (ver Tiro Visado). Utilizando esta
postura, o policial poderá aplicar a tática chamada
"Terceiro Olho", que lhe permite olhar para todos
os lados com a certeza de que sua reação será
imediata, uma vez que a arma acompanha o foco de
visão do policial.
É importante salientar, que ao passar por vãos e aberturas, o policial
deve recolher a arma junto ao corpo para que ela não lhe seja
arrancada das mãos por um oponente escondido do outro lado.
2) Movimentação
Tiro Instintivo
O tiro instintivo é aquele que é disparado sem o auxílio das miras da arma. Pode ser feito usando-se
a arma na altura da cintura ou dos ombros, onde o atirador está com sua atenção
voltada inteiramente para o alvo e a arma é disparada como quem aponta com o dedo,
instintivamente.
Trata-se de um tipo de tiro que deve ser usado em curtas distâncias, que dificultam o uso das miras.
É um tiro normalmente efetuado quando o atirador está sob pressão, em que a ameaça é próxima e
iminente, sendo comum o não uso das miras, uma vez que o atirador está com sua
atenção voltada para o que o ameaça.
Deve ser praticado por todos que estão preocupados em desenvolver uma eficiente forma de defesa
armada.
Técnica desenvolvida pelo sargento Willem Ewart Fayrbain, instrutor de tiro da polícia de Shangai
e pelo instrutor do Exército Britânico Eric Anthony Sykes, em meados de 1910.
O método desenvolvido por Fayrbain e Sykes consiste em efetuar o disparo com uma mão
empunhando a arma e levando-a até a altura do ombro, com o braço estendido, corpo
reto e pernas semi-dobradas. A Arma é disparada rapidamente sem o auxílio das miras.
Essa posição é adotada com as pernas e o corpo semi-curvados, porque Fayrbain e Sykes sentiam
que essa é uma reação natural do corpo em situação de ameaça iminente.
2) D.B. (Déuxième Bureau)
Técnica desenvolvida pela elite da polícia francesa, semelhante ao de Sykes e Fayrbain, sendo que a
mais notável diferença é que o braço esquerdo, no caso de um atirador destro, é
estendido com o dedo indicador da mão esquerda também apontando para o alvo.
A precisão do disparo pode ser maior já que ambas as mãos apontam na mesma direção.
3) F.B.I.
Técnica adotada pela polícia federal norte-americana, onde a arma é disparada à altura dos
quadris com o corpo e as pernas semi-curvados e o braço esquerdo cruzado sobre o
peito, na forma de "proteger" o coração.
4) Bill Jordan
O famoso policial e escritor de arma norte-americano Bill Jordan divulgou seu próprio método de
tiro instintivo.
Jordan atira com o corpo e as pernas retas, empunhando a arma e a disparando à altura dos
quadris, movimentando, portanto, apenas os braços e o resultado dessa economia de
movimentos é uma maior rapidez no disparo.
Tiro Visado
Porém, para que o tiro seja realmente eficaz é necessário que seja feito um
cuidadoso alinhamento entre a alça e a massa de mira e o alvo.
Em 1950, um xerife californiano de nome Jack Weaver desenvolveu uma técnica que até os dias de
hoje é a mais usada para se efetuar disparos visados. Essa técnica está incorporada ao
treinamento de policiais em todo o mundo. Está presente inclusive em Hollywood, sendo
a técnica mais utilizada pelos atores de filmes de ação.
A posição Weaver permite que se efetue disparos com muita rapidez e precisão.
Eis a técnica: a) posicione seu pé esquerdo à frente do direito uns 20 a 30 cm, fazendo com que seu
corpo naturalmente assuma uma posição lateral em relação ao alvo, ficando seu ombro
esquerdo ligeiramente à frente do direito; b) segure a arma com a mão direita e a apoie
com a esquerda, sendo que a mão esquerda deve fazer uma leve pressão para trás e a
direita resistir; c) mantenha o corpo ereto e os braços um pouco dobrados; e d) use as
miras. Essa posição faz com que mesmo armas de grosso calibre sejam mais facilmente
dominadas, apesar de seu maior recuo.
2) Weaver modificada
Em 1975, Ray Chapman, campeão de tiro prático, modificou ligeiramente a posição Weaver
original, mantendo o braço direito totalmente esticado e o esquerdo dobrado.
Trata-se de outra técnica que traz excelentes resultados, dependendo apenas da melhor adaptação
do atirador a esta, ou a genuína Weaver.
3) Posição isósceles
Posição assumida com o corpo um tanto curvado e de frente para o alvo. As pernas ficam um pouco
dobradas com os pés paralelos e ambos os braços esticados para frente, formando assim
um triângulo cuja base seriam os ombros. Uma das mãos empunha e efetua o disparo e
a outra apenas apóia.
4) Isósceles Ayoob
Ayoob apenas alterou a posição das pernas, flexionando a esquerda mais à frente, enquanto que a
direita permanece esticada para trás.
O corpo adquire uma maior inclinação frontal, fazendo com que o atirador obtenha um maior
controle da arma.
Também desenvolvido por Massad Ayoob, para se efetuar esse tipo de disparo, o atirador deve
manter a perna esquerda mais à frente do corpo, meio flexionada e a direita para trás,
assim como na posição Isósceles Ayoob.
Porém, o braço esquerdo fica com o punho fechado, dobrado contra o peito e o braço direito, quem
empunha a arma permanece estendido enquanto aponta e dispara.
Com essa posição, o atirador sente mais firmeza na mão que empunha a arma.
Tiro no Escuro
As lanternas, segundo Massad Ayoob, servem a 5 funções principais: a) achar o caminho no escuro;
b) identificar o alvo antes do disparo; c) cegar momentaneamente o opositor; d) uso
como instrumento de autodefesa (cassetete), se for resistente; e e) iluminar o alvo para
um disparo de precisão
Foram criadas algumas técnicas de tiro, onde o uso de arma é combinado com o emprego da
lanterna.
1) Método F.B.I.
Consiste em manter a mão que segura a lanterna longe do corpo. O atirador deve manter o braço
esticado lateralmente enquanto empunha a arma com a outra mão.
Trata-se de um método eficaz, no entanto, segurar a lanterna nessa posição, além de ser cansativo,
não permite que se efetue um disparo com precisão.
Atualmente não é mais adotado no treinamento dos futuros agentes da Polícia Federal norte-
americana.
2) Método Harries
Criado pelo instrutor norte-americano Mike Harries, baseado na posição de tiro criada por Jack
Weaver (ver Tiro Visado).
O atirador mantém-se virado em direção ao alvo, com os braços um tanto dobrados. As costas das
mãos se encontram e se apoiam mutuamente, criando pelo sistema de pressões
contrárias a inércia e a firmeza, necessárias para um disparo preciso. A mão que segura
a lanterna passa por baixo do braço que empunha a arma e se encontram firmemente
apoiando-se uma mão à outra.
3) Método Chapman
Método desenvolvido pelo ex-campeão mundial de tiro prático Ray Chapman, baseado na posição
de tiro Weaver modificada (ver Tiro Visado).
O atirador empunha a lanterna, segurando-a com apenas os dedos polegar e indicador. Os três
dedos restantes seguram firmemente a mão que empunha a arma. Dessa forma os
braços não se cruzam, como no Método Harries, nem as mãos ficam encostadas, mas
sim a mão da lanterna procura envolver a da arma.
Muito eficaz para quem tem mãos grandes ou possui uma lanterna muito fina.
4) Método Ayoob
Massad Ayoob criou essa posição baseando-se na posição isósceles de tiro visado (ver Tiro Visado).
Nesse método, tanto a mão que segura a lanterna quanto a mão que empunha a arma são mantidas
juntas, polegar ao lado de polegar, e ambos os braços esticados retos são levantados
juntos em direção ao alvo.
Além de permitir um disparo preciso, é possível cegar o oponente com a luz da lanterna.
Ao levantar os braços, o facho de luz tende a ter uma inclinação para cima, portanto é uma técnica
recomendada para curtas distâncias.
Armas e equipamentos da SWAT
Todos os equipamentos já vem para cada policial, vc escolhe apenas uma mais a
Backup-gun (arma de apoio que é a pistola Springfield 1911-A1).
Armas
Obs.: todas as armas vem com lanternas acopladas
Equipamentos
Arma pesada – arma que, devido ao seu poderoso efeito destrutivo sobre o alvo e,
geralmente, ao uso de poderosos meios de lançamento ou de cargas de projeção, é
empregada em operações militares em proveito da ação de um grupo de homens.
Observação:
A ONU, em vários documentos de seus programas internacionais de Desarmamento
Civil, usa como padrão de separação o calibre .50 BMG (12,7 X 99 mm): este calibre
e qualquer um superior é considerado pesado. A OTAN usa a mesma classificação,
quase sempre classificando-se como arma não-portátil ou semi-portátil, embora
possa incluir arma portátil (fuzis anti-material, p.e.). Assim, calibres como o 5,56 X
45 mm, 7,62 X 51 mm e 9 X 19 mm são leves. Armas que os disparam também,
como o AR-15, o FAL, a submetralhadora Uzi ou a pistola Glock.
Arma Leve – é aquela que não se encaixa no conceito de arma pesada, definido
acima; normalmente, está incluída nas categorias de arma não-portátil, semi-
portátil, portátil ou e porte (curta), conforme definido anteriormente.
Couro e nylon
Coldres de nylon podem ser uma boa opção no que concerne a conforto
de porte. São macios e leves mas, para os mais tradicionalistas, o couro
será sempre a primeira escolha.
Segurança ou rapidez ?
Coldres de cintura
São os mais usados e conhecidos. Permitem
uma grande variedade de opção: por dentro
das calças, "panquecas", saque cruzado, nas
costas etc., mas podem ser classificados em
duas categorias, como todos os outros tipos,
aliás: ostensivos e dissimulados.
Coldres de cintura usados por dentro das calças são os mais usados por
policiais que procuram o porte dissimulado. Colocados por dentro das
calças, tanto sobre o apêndice, quanto sobre os rins, permitem o
melhor compromisso entre a dissimulação de porte e a rapidez do
saque.
Currículo do Autor
O autor da TheHunter's Page, Rodrigo Pereira Larizzatti, é
Delegado de Polícia Civil do Distrito Federal
(Matrícula n.º 57.404-X), exercendo atualmente a
função de Delegado Cartorário da Delegacia de
Homicídios, do Departamento de Polícia
Especializada. Antes, foi Plantonista na 15ª
Delegacia de Polícia Circunscricional, localizada
na cidade de Ceilândia/DF; Plantonista na 13ª
Delegacia de Polícia, sediada em Sobradinho/DF;
Assistente na 16ª Delegacia de Polícia
Circunscricional, localizada em Planaltina/DF;
Plantonista na 6ª Delegacia de Polícia
Circunscricional, situada no Paranoá/DF; e
Cartorário na Delegacia de Tóxicos e
Entorpecentes - DTE.
Desde o início do projeto em disponibilizar pela Internet informações importantes para o dia-a-dia
do policial, sempre teve por intenção o aprimoramento do profissional em segurança
pública, visando a excelência deste fundamental segmento estatal