Mito e Naturaleza Nos Straub: Pavese, Hölderlin, Cézanne
Mito e Naturaleza Nos Straub: Pavese, Hölderlin, Cézanne
Mito e Naturaleza Nos Straub: Pavese, Hölderlin, Cézanne
João Dumans
Pesquisador e realizador de cinema, mestre em comunicação pela UFMG.
Abstract: The article investigates the relations between the films of Jean-Marie
Straub and Danièle Huillet and the literary works of Cesare Pavese, especially within
the films From the cloud to resistance (1978) and These encounters of theirs (2005).
Key words: Jean-Marie Straub. Danièle Huillet. Cesare Pavese. Film and literature.
Myth. Greek Mythology.
140 Mito e natureza nos Straub: Pavese, Hölderlin e Cézanne / João Dumans
De todos os autores com que os Straub trabalharam
ao longo de sua trajetória, nenhum outro teve tantos filmes
dedicados à sua obra quanto o escritor italiano Cesare Pavese.
Se nos detivermos sobre esse arco de tempo que cobre mais de
trinta anos – inaugurado com Da nuvem à resistência, em 1978,
passando por Aqueles encontros com eles, em 2005, até os curtas
realizados por Jean-Marie Straub após a morte de Danièlle
Huillet, em 2006 – fica evidente também que nenhum outro
livro serviu a propósitos tão distintos na filmografia dos cineastas
quanto Diálogos com Leucó. Isso não significa que Pavese seja
o artista mais importante para os Straub, ou aquele com quem
eles mais se identificaram – título que caberia melhor a Brecht
ou a Cézanne, por exemplo. Significa simplesmente que a obra
de Pavese foi capaz, ao longo de todos esses anos, de encarnar
diferentes faces da consciência artística e política dos Straub, e de
expressar certos paradoxos e contradições fundamentais do seu
cinema.
Qualquer um que tenha se familiarizado com a obra de
Pavese através do cinema dos Straub, e que se dedique a ler o
último romance do escritor italiano, – A lua e as fogueiras, em
que se baseia a segunda parte de Da nuvem à resistência –, se
surpreenderá, por exemplo, com a infidelidade do filme à
intriga do romance, e com o abandono do sentimento geral de
nostalgia que o atravessa, em prol de uma assertividade política
que o livro original contempla de maneira muito embrionária, e
mesmo, poderíamos dizer, bastante hesitante. A rememoração e a
fascinação com os momentos míticos da infância, que constituem
o centro da ficção pavesiana, dão lugar no filme dos Straub a
um aspecto relevante, mas, pelo menos numa primeira leitura,
relativamente secundário na estrutura do livro: a resistência dos
partisans e a sobrevivência do fascismo no pós-guerra.
A outra face desse paradoxo é igualmente intrigante.
Se não são exatamente fiéis ao “espírito” da obra, os Straub
conseguem, por uma curiosa operação de remontagem
e associação, por um movimento ambicioso de cortes e
remodelagens nos textos – sem falar da própria encenação –,
trazer à tona significados latentes, não explícitos, não realizados
plenamente pelo texto; significados que, no caso específico de Da
nuvem à resistência, parecem dar à consciência política do autor
italiano um vigor e uma energia que ele mesmo teria desejado,
142 Mito e natureza nos Straub: Pavese, Hölderlin e Cézanne / João Dumans
Quase trinta anos depois, no entanto, os Straub voltam
a esse mesmo livro para escutá-lo com outros ouvidos e para
fazê-lo ressoar de uma outra maneira. Junto com Fortini/Cani,
justamente, o primeiro filme de um autor italiano realizado
pelos Straub, Da nuvem à resistência estaria destinado a se
tornar um dos manifestos mais violentos dos cineastas contra
os abusos do fascismo e contra a progressiva segregação
econômica, social e política entre os homens, fazendo uma
crítica aguda aos novos regimes “democráticos” e aos avanços
do capitalismo. Mais do que salvar Pavese do seu “pessimismo”,
os Straub procurariam reconhecer e intensificar a dimensão
política – sem dúvida pré-existente nos textos – das disputas
por ele figuradas, oferecendo uma leitura muito original de
um autor que, no fim dos anos 1970, parecia poder contribuir
muito pouco para a reversão do clima de desencanto político
que então se anunciava.
Por meio de Diálogos com Leucó, de Pavese, os Straub
descobririam uma das mais antigas representações do conflito
entre o homens e os poderes que procuraram, ao longo dos séculos,
limitar sua liberdade de pensamento e de ação: quando uma nova
geração de deuses, os senhores do Olimpo, impuseram sobre o
mundo dos primórdios (o mundo titânico) as suas leis, os antigos
heróis foram punidos ou relegados ao esquecimento. Enquanto
isso, os mortais, os homens comuns, se veriam às voltas com a
perda de um antigo direito: o de misturar-se, indistintamente,
com os deuses e com as coisas. Esse é, essencialmente, o tema
dos três primeiros diálogos que os Straub levariam à cena em Da
nuvem à resistência: “A nuvem”, “A Quimera” e “Os cegos”. Todos
os três consistem em variações poéticas desse tema essencial
da mitologia grega, e que se encontra no coração da Teogonia
hesiódica, livro esse que narra, como sugeriu Jean-Pierre Vernant,
“de que forma, e por que combates, contra que inimigos, por
que meios e com que aliados Zeus conseguiu estabelecer sobre
todo o universo uma supremacia de realeza que fundamenta
a ordem presente do mundo e que assegura sua permanência”
(VERNANT, 2001: 242). Ao contrastar o universo dos conflitos
mitológicos de Leucò com o último romance do autor, A lua e
as fogueiras, os Straub produzem uma transformação poderosa
em ambos, sobretudo no sentido de ressaltar a continuidade das
experiências de transgressão e resistência narradas nos mitos
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dos anos pelo avanço do capitalismo despertou alguns novos
interesses no cinema dos Straub, entre eles uma curiosidade
crescente pela figuração da natureza. Como a própria Huillet
reconheceria numa entrevista concedida a Benoît Goez em 1998,
a percepção das transformações físicas da natureza e do espaço
na Itália, para onde o casal havia se mudado em 1969, trouxe de
fato ao seu cinema uma nova interrogação em relação aos rumos
do mundo contemporâneo: na Itália, segundo ela, “vemos em
processo uma destruição que não era aquela da guerra, da última
grande guerra europeia, mas aquela de uma guerra cotidiana
que destrói tudo aquilo que já estava destruído na Alemanha e
na França. Então, forçosamente nos colocamos certas questões,
questões que já nos colocávamos antes e que se precipitaram.”
(STRAUB; HUILLET, 2005).
Até a primeira metade dos anos 1980, é possível dizer que
toda a relação do cinema dos Straub com a natureza será mediada
por uma preocupação política muito clara com as marcas e com
os vestígios históricos inscritos no espaço. Essa preocupação não
desaparecerá nunca do cinema dos Straub – nem poderia, já que
ela é um princípio ético e formal de sua mise-en-scène, e mais, da
sua forma de pensar e de conceber o cinema – mas é possível dizer
que uma maior abertura à “questão da natureza” irá se manifestar
descontinuamente ao longo dos anos 1980 e 1990. Por “abertura”
pode-se entender, justamente, uma maior receptividade à beleza,
à intensidade e aos movimentos próprios às forças naturais,
intensidade essa que parece resistir, em seu caráter selvagem e
irracional, à domesticação do homem, aos avanços do progresso
e à exploração econômica e industrial.
Como veremos mais adiante, em filmes como Aqueles
encontros com eles, essa preocupação recoloca, no interior da
obra dos Straub, a própria concepção do mito e das narrativas
mitológicas, que passam a servir não apenas como alegorias
de conflitos históricos, mas como uma prova, ou melhor, como
a evidência histórica de um saber e de uma sensibilidade que
existiram um dia, mas que se ausentaram da relação do homem
moderno com as forças da natureza. Os mitos seriam assim, para
lembrar a expressão de Danièle Huillet, a reminiscência histórica
de uma época remota em que a inteligência ainda vinha dos
sentidos.
Se é possível dizer que Cedo demais/Tarde demais (1980-
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misturar, se deixar envolver pelo ambiente. A relação pouco natural
dos corpos com o espaço no filme de 1978 – o “efeito de proscênio”
característico da encenação straubiana (GALLAGHER, 2005) – é
substituído nesse último filme por uma configuração muito mais
harmônica e suave, em que esse mesmo corpo já não parece recusar
o contato, o toque e a intimidade com o mundo que o cerca. Nos
diálogos em que essa relação é mais evidente, como O mistério e
As musas, o corpo dos atores parece não apenas acomodar-se à
natureza, mas prolongá-la; suas posturas encaixam-se nas curvas
das árvores, corrigem o equilíbrio do espaço, completam seus
ângulos e ondulações. Além disso, as posturas e os gestos dos atores
puxam com frequência as formas do quadro para o alto, de modo
que a cena pareça ao mesmo tempo enraizada no solo e movida por
um ímpeto suspensivo, ascensional (imagem bem representativa,
aliás, do paradoxo que ilustra a dualidade do poeta hölderliniano).
O mesmo vale para o som desse último filme. O ritmo
cadenciado dos diálogos e as longas pausas entre as falas dos
atores fazem com que os sons naturais, captados com um nível de
detalhamento bem superior a Da nuvem à resistência, participem
da cena de uma maneira muito mais rica e penetrante. De maneira
quase inversa a Othon, em que o rumor surdo da Roma moderna
ameaçava a inteligibilidade dos diálogos, provocando um
estranhamento que ressaltava a “distância” da peça em relação
ao contexto em que era encenada, em Aqueles encontros com eles
o barulho do vento, o canto dos pássaros e o ruídos dos insetos
parecem acolher com naturalidade as falas dos personagens.
Um outro tema presente, tanto em A morte de
Empédocles, quanto em Aqueles encontros com eles, diz respeito
ao papel de mediação do poeta e da palavra poética no contexto
do “afastamento dos deuses”. Para Hölderlin, caberia à poesia
despertar no homem a consciência do divino que, em função da
violência e da insensatez do mundo, o teria abandonado. Como
diria José Paulo Paes sobre o poeta alemão: “os deuses se tornam
visíveis quando o homem lhes dá nome, e na conexão do nomear
com o divino se entremostra a sacralidade da palavra” (PAES,
1991: 46). Nomear o divino é reconhecê-lo, é tentar trazê-lo à
terra, é apresentá-lo novamente aos homens.
Não é trivial, portanto, que os cineastas tenham escolhido
em Aqueles encontros com eles justamente os cinco últimos
encontros de Diálogos com Leucó. Do ponto de vista da arquitetura
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os homens, ao longo dos séculos, pensaram e compreenderam a
sua realidade. Ora, o que os próprios cineastas colocaram de pé
ao longo de toda a sua filmografia não foi senão uma verdadeira
“máquina de guerra” contra o adormecimento, a domesticação e
a burocratização da palavra. Todo o seu cinema, além disso, é um
esforço concentrado no sentido de restaurar (e de demonstrar) o
potencial de embelezamento, sensibilização e transformação da
palavra. Tanto Aqueles encontros com eles quanto Gente da Sicília
(pensemos na belíssima cena do encontro final com o amolador
de facas) funcionam, nesse sentido, como uma afirmação literal,
maravilhosamente didática, desse programa.
Ao contrário de Da nuvem à resistência, portanto, onde
a alegoria marxista fazia com que os deuses antigos fossem
identificados aos patrões modernos – situando-os do lado do
poder que aliena, disciplina e viola a liberdade do homem –
em Hölderlin, bem como no Straub-Pavese tardio, o estado de
indigência do mundo se deve, ao menos em parte, ao afastamento
dos homens e dos deuses – ou, se quisermos, a uma espécie de
“desencantamento do mundo”. Nenhum outro filme, nenhuma
outra imagem dos Straub foi capaz de sintetizar com mais precisão
essa consciência do que o plano final de Aqueles encontros com eles.
Com um movimento vertical, a câmera percorre o córrego imundo
de uma vila moderna, até encontrar, um pouco depois, um fio de
eletricidade que separa a tela em duas partes: do lado de cima, o
céu azul, ocupando dois terços do quadro e, do lado de baixo, o
cume de uma montanha. Não é preciso saber que na antiguidade os
topos das montanhas eram o lugar privilegiado de encontro entre
os homens e os deuses para entender a “mensagem” desse plano
final: os homens separaram-se dos deuses, ou melhor, da terra e
da natureza, abdicando da necessidade vital e da sensibilidade
poética que permitiam experimentá-los de um outro modo.
São esses, justamente, os “encontros” a que o título se
refere, ao apropriar-se de uma belíssima passagem do último
diálogo do filme, Os deuses, em que dois caçadores conversam no
topo de uma montanha:
150 Mito e natureza nos Straub: Pavese, Hölderlin e Cézanne / João Dumans
ao homem – à beleza da palavra e da poesia, à efemeridade e à
esperança; de outro, ele expõem esse mesmo homem em toda a
sua mediocridade, fadado a sucumbir a um destino que na verdade
ele mesmo desenhou para si. É essa convergência sublime e
paradoxal, num mesmo filme, do entusiasmo e do pessimismo, do
determinismo e da liberdade, da beleza e da miséria, que coloca
o cinema straubiano no rastro da linha que vem dos grandes
cineastas do passado – Griffith, Lang, Ford, Mizoguchi – até os
dias de hoje.
Mas quando
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a encarnação do sol através do mundo. Quem jamais pintará
isso? Quem o contará? Isso seria a história física, a psicologia da
terra”. Colocando lado a lado Hölderlin, Empédocles e Cézanne,
os cineastas parecem indicar justamente os artistas que poderiam
fazê-lo. Todos eles, aliás, levaram até as últimas consequências as
exigências do seu ofício, exilando-se, de uma forma ou de outra,
do mundo em que viveram. Caberia, sem dúvida, acrescentar aqui
o nome de Pavese, não apenas por ter sido ele mesmo um “exilado”
do seu tempo, mas pela maneira como sua obra cristalizou uma
reflexão importante sobre a natureza. Não seriam os personagens
mitológicos, afinal, formas de pensar as forças e os fenômenos
naturais? Não seriam as narrativas mitológicas, por isso mesmo,
uma espécie de história física, de estudo psicológico da terra?
Se os Straub manifestam de fato, em A morte de
Empédocles ou Aqueles encontros com eles, uma fascinação
por uma sensibilidade “primitiva”, no entanto, é apenas na
medida em que o próprio Cézanne poderia ser considerado um
“primitivo”,7 na sua busca obstinada pela simplicidade, bem como 7. “Eu não sou, talvez, outra
coisa que o primitivo de
na sua devoção artística ao real. É essa devoção que leva o pintor
uma arte nova”. GASQUET,
francês a sugerir a imagem do cérebro do artista como uma “placa Joachim. Cézanne. Paris:
sensível”, preparado previamente por meio de conhecimentos Encre Marine, 2002, p.372
154 Mito e natureza nos Straub: Pavese, Hölderlin e Cézanne / João Dumans
E não prolongam esses corpos as formas da natureza, numa
disposição que opta pelo despojamento cenográfico no lugar
dos motivos e das vestimentas antigas, que favorece muito mais
a harmonia e o contraste das massas de cores do que as linhas
rígidas do desenho?
8. Cézanne em GASQUET,
É com um olho nas reflexões e nas obras do pintor Joachim. Cézanne, p. 271.
francês que os Straub parecem colocar em cena os diálogos
míticos de Pavese em Aqueles encontros com eles. Amparados por
9. Ver o artigo de Jean-Pierre
sua afinidade com os princípios pictóricos de Cézanne, os Straub Oudart “Le fascisme, les
“objetivam” e “simplificam” nesse último filme os mitos de Pavese paysans, Nicolas Poussin”.
Cahiers du Cinéma, nº 302,
sem destituí-los de uma “vaga religiosidade cósmica”8 ligada,
julho/agosto de 1979, p. 43.
sobretudo, à matéria, aos corpos e à natureza. Se os adereços de
Da nuvem a resistência trazem à memória a pintura de Nicolas
10. Citemos a esse respeito
Poussin,9 não seria enganoso sugerir que o próprio Cézanne –
a notável passagem em que
que o admirava profundamente – seja a fonte responsável por Joachim Gasquet interroga
irradiar a serenidade e a simplicidade luminosas que pairam Cézanne sobre o seu conceito
de “clássico”: “Gasquet: Mas
sobre a encenação de Aqueles encontros com eles.10 Se mais não no fundo, o que você entende
fosse, bastaria pensar na palpitação e na “ambivalência rítmica” por clássico? Cézanne: Não
sei...Tudo e nada. Gasquet:
(PEDROSA, 2000: 122) vibrante das paisagens desse último filme. Eu o ouvi dizer que você era
Vale lembrar ainda que ao final de Uma visita ao Louvre (2004), clássico, que você queria ser.
Cézanne: Imagine Poussin
segundo filme dedicado pelos Straub a Cézanne (e imediatamente refeito inteiramente sobre
anterior a Aqueles encontros com eles), uma longa panorâmica a natureza, aí está o que
eu entendo por clássico”.
percorria a floresta de Buti, na Itália, justamente onde os cinco GASQUET, Joachim. Cézanne,
últimos diálogos de Pavese seriam filmados. p. 344.
REFERÊNCIAS
156 Mito e natureza nos Straub: Pavese, Hölderlin e Cézanne / João Dumans
FRAZER, James George. O Ramo de Ouro. São Paulo: Círculo do
Livro, 1978.
GALLAGHER, Tag. Lacrimae Rerum Materialized. Senses of
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sensesofcinema.com/2005/feature-articles/straubs/>. Acesso
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Gasquet, Joachim. Cézanne. Rééd. Paris: Encre Marine, 2002, 377p.
HÖLDERLIN, Friedrich. A morte de Empédocles. São Paulo:
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LAFOSSE, Philippe (org.). L’Étrange cas de Madame Huillet et
Monsieur Straub. Toulouse/Ivry-sur-Seine: Ombres/À Propos,
2007.
OUDART, Jean-Pierre. Le fascisme, les paysans, Nicolas Poussin.
Cahiers du Cinéma, nº 302, julho/agosto de 1979, p. 43.
PAES, José Paulo. O regresso dos deuses: uma introdução à poesia
de Hölderlin. In: HÖLDERLIN, Friedrich. Poemas. São Paulo:
Companhia das Letras, 1991. p. 11-54.
PAÏNI, Dominique. Le cinéma, un art moderne. Paris: Cahiers du
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______. A lua e as fogueiras. São Paulo: Berlendis & Vertecchia,
2002.
______. La literatura norteamericana y otros ensayos (edição em
formato digital). Barcelona: Lumen, 2011.
PEDROSA, Mario. Modernidade Cá e Lá. Textos escolhidos (vol.
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SEGUIN, Louis. “Aux distraitements désespérés que nous
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Cahiers du Cinéma, Petite bibliothèque des Cahiers du
Cinéma, 2007.
STRAUB, Jean-Marie; HUILLET, Danièle. Entretien avec Jean-
Marie Straub et Danièle Huillet (De la nuée a la resistance).
158 Mito e natureza nos Straub: Pavese, Hölderlin e Cézanne / João Dumans
DEVIRES, BELO HORIZONTE, V. 10, N. 1, P. 138-159 JAN/JUN 2013 159