Resumo de Processo Civil
Resumo de Processo Civil
Resumo de Processo Civil
Autor:
Ricardo Torques
Aula 16
16 de Março de 2020
Sumário
Competência ..................................................................................................................................................... 16
Partes e Procuradores....................................................................................................................................... 22
1274933
Atos Processuais ................................................................................................................................................ 40
Procedimento Comum........................................................................................................................................ 58
Sentença ........................................................................................................................................................... 78
Recursos ............................................................................................................................................................ 88
COMPILADO DE RESUMOS
CONSIDERAÇÕES INICIAIS
Na aula de hoje, traremos um compilado de todos os resumos. Além de termos resumos vinculados em cada
vídeo conforme o conteúdo, lançamos essa aula extra para aqueles alunos que queiram fazer uma revisão
rápida ou imprimir o material.
Vamos lá!?
O Estado Juiz é uma das formas de solução dos conflitos que podem ocorrer em sociedade. Paralelamente temos a
arbitragem, a conciliação, a mediação.
é definitiva; e
Processo
o processo é uma série de atos processuais (ex. petição inicial, contestação, sentença);
o processo é o conjunto de relações que se estabelece entre as partes (autor, réu, juiz);
caráter instrumental do processo: significa dizer que o direito processual serve ao direito material, é instrumento
deste. Decorre do caráter instrumental a ideia de complementariedade (ou relação circular) do processo:
formalismo processual:
a atividade fim do Poder Judiciário, que é pacificar conflitos de interesses, pela entrega da prestação
jurisdicional; e
Tão importante como conhecer do direito é criar condições concretas para aplicá-lo, satisfazendo o direito tal qual
conhecido, por isso, fala-se em tutela jurisdicional satisfativa.
O Poder é estruturado com vários órgãos e instâncias, a partir das matérias que tratam.
No ápice dessa estrutura temos o STF, a partir daí são estruturadas as demais instâncias do Poder Judiciário:
STJ
Ministério Público;
Advocacia pública;
Advocacia privada;
Defensoria pública.
A Constituição estrutura em linhas gerais algumas ações específicas como a ação de mandado de segurança, a ação
popular, a ação de improbidade administrativa, as ações do controle de constitucionalidade, entre outras.
Princípio da inércia da jurisdição: o processo começa por iniciativa da parte e se desenvolve por impulso oficial.
Esses princípios evidenciam que o nosso modelo de processo é misto, pois engloba em um único
procedimento, o princípio dispositivo e o princípio inquisitivo.
Princípio da inafastabilidade da atuação jurisdicional: não se excluirá da apreciação jurisdicional ameaça ou lesão a
direito.
Embora seja inafastável a jurisdição, permite-se a utilização da arbitragem e o Estado incentivará a solução
consensual dos conflitos (conciliação e mediação).
Depósito prévio para admissibilidade de ação judicial: é inconstitucional a exigência de depósito prévio
como requisito de admissibilidade de ação judicial na qual se pretenda discutir a exigibilidade de crédito
tributário.
princípio da inevitabilidade: diz respeito à vinculação obrigatória das partes ao processo, que
passam a integrar a relação processual em um estado de sujeição aos efeitos da decisão jurisdicional.
Princípio da celeridade: no processo deve-se buscar um resultado adequado com o menor número de atos
processuais.
Cuidado, que o princípio da celeridade não se confunde com celeridade, sob pena de violação de outros
princípios.
Na condução do processo o juiz deverá buscar a solução integral do mérito, resolvendo o conflito existente
entre as partes.
A prestação jurisdicional deve ser satisfativa, buscando dar efetividade ao que foi definido pela sentença.
Princípio da boa-fé processual: o comportamento dos sujeitos no processo deverá estar em conformidade com um
padrão ético de conduta.
A boa-fé que se exige no processo é a objetiva, não a subjetiva (que diz respeito à intimidade da pessoa).
Esse princípio aplica-se às partes, ao juiz, às testemunhas, aos peritos, aos servidores e aos advogados.
dever de prevenção: o juiz deverá apontar falhas processuais, de modo não comprometer a
prestação jurisdicional.
Princípio da igualdade no processo: às partes são asseguradas paridade de tratamento em relação ao exercício de
direitos e faculdades processuais, aos meios de defesa, aos ônus, aos deveres de sanções processuais.
a proporcionalidade;
a razoabilidade;
a legalidade;
a publicidade;
a eficiência.
Princípio do contraditório: não se proferirá decisão contra uma das partes sem que ela seja previamente ouvida.
tutela de evidência:
Dever de consulta: O juiz não pode decidir, em grau algum de jurisdição, com base em fundamento a respeito do
qual não se tenha dado às partes oportunidade de se manifestar, AINDA QUE se trate de matéria sobre a qual deva
decidir de ofício.
1º sentido: são vedados julgamentos secretos. Assim, em regra, todos os julgamentos devem ser acessíveis a
quem quiser acompanhá-los.
2º sentido: as decisões devem ser publicizadas. Todas as decisões proferidas devem ser publicadas, a fim de
cientificar as partes.
exceções:
A norma processual não retroagirá e será aplicável imediatamente aos processos em curso, respeitados os atos
processuais praticados e as situações jurídicas consolidadas sob a vigência da norma revogada.
Os processos que se iniciaram antes de 17/3/2016, porém, serão concluídos após, observam até essa data
o CPC/73 e, após, o NCPC.
Na ausência de normas que regulem processos eleitorais, trabalhistas ou administrativos, as disposições deste
Código lhes serão aplicadas supletiva e subsidiariamente.
Princípios Processuais
princípio do devido processo legal: o Estado poderá impor restrições a direitos das pessoas, desde que o faça por
intermédio de um processo regular, que observe todas regras processuais.
princípio do contraditório:
o direito que a parte tem de se defender utilizando todos os meios de defesa lícitos e disponíveis
JURISDIÇÃO E AÇÃO
⚫ ESTÁGIOS DE EVOLUÇÃO:
primeiro estágio: imanentistas, para os quais o processo civil é visto como parte integrante do Direito
Civil.
segundo estágio: autônoma, que possui regras e princípios próprios e está TOTALMENTE desvinculada do
Direito Civil.
⚫ NEOCONCRETISTAS: o Direito Processual Civil e o Direito Civil estão muito próximos um do outro, o Direito
Processual Civil tem um único sentido, o de prestar a tutela jurisdicional a quem fizer jus a ela no plano material.
⚫ JURISDIÇÃO: Jurisdição constitui parcela do Poder Estatal, voltada para a função jurisdicional, que é executada como
uma atividade, composta por um complexo de atos para a prestação efetiva da tutela jurisdicional.
• JURISDIÇÃO COMO PODER - Poder Estatal de interferir na esfera jurídica dos jurisdicionados.
• JURISDIÇÃO COMO FUNÇÃO - Encargo atribuído pela CF ao Poder Judiciário (em regra).
• JURISDIÇÃO COMO ATIVIDADE - Conjunto de atos praticados pelos agentes estatais investidos de jurisdição.
⚫ CARACTERÍSTICAS:
a) Caráter substitutivo - caracteriza-se a jurisdição por substituir a vontade da parte pela vontade da Lei aplicada
ao caso concreto, como forma de colocar fim ao conflito.
b) Lide – caracteriza-se a jurisdição por atuar quando há um conflito de interesses em decorrência de uma
pretensão resistida.
c) Inércia – caracteriza-se a jurisdição por ficar subordinada à provocação pela parte (princípio da demanda); e
d) Definitividade – caracteriza-se a jurisdição por decidir o conflito de interesses de forma incontestável,
definitiva e imutável.
⚫ EQUIVALENTES JURISDICIONAIS
AUTOTUTELA: Solução de conflitos pelo uso da força, por intermédio do qual a parte vencedora sacrifica o
interesse da outra.
CONCILIAÇÃO: Solução de conflitos pela vontade das partes, por intermédio da conciliação (transação), da
submissão ou da renúncia.
MEDIAÇÃO: Solução de conflitos fundada no exercício da vontade das partes, sem a existência de um
sacrifício de interesses, mas na investigação das causas que levaram ao conflito, com a finalidade de assegurar
o real interesse de ambas as partes.
ARBITRAGEM: Solução de conflitos por intermédio da nomeação consensual (prévia ou posterior ao conflito)
de árbitros que tenham a confiança das partes para a solução do conflito de interesses. Essa solução decorre
da imposição da decisão pelo terceiro (árbitro), independentemente da vontade das partes.
⚫ PRINCÍPIO
Princípio da investidura: necessidade de que a jurisdição seja exercida pela pessoa legitimamente investida na
função jurisdicional.
Princípio da territorialidade: apenas poderá ser exercida a jurisdição dentro dos limites territoriais brasileiros, em
razão da soberania do nosso Estado.
Pela perspectiva externa, o princípio da indelegabilidade remete à ideia de que o Poder Judiciário não poderá
outorgar a sua competência a outros poderes. Dito de forma simples, não pode o Poder Judiciário delegar a
atribuição de julgar os processos aos poderes Executivo ou Legislativo.
Pela perspectiva interna, o princípio da indelegabilidade entende que a jurisdição é fixada por intermédio de
um conjunto de normas gerais, abstratas e impessoais, não sendo admissível a delegação da competência
para julgar de um Juiz para outro.
Princípio da inafastabilidade: a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça de lesão a
direito.
Princípio do juiz natural: ninguém será julgado a não ser pela autoridade competente.
⚫ ESPÉCIES DE JURISDIÇÃO
EM RELAÇÃO À MATÉRIA
EM RAZÃO DA LITIGIOSIDADE
- obrigatória
- caráter inquisitivo
⚫ AÇÃO
Teorias da ação
TEORIA IMANENTISTA
- ação é direito contra o Estado (para obter uma tutela favorável) e contra o adversário (para obter o direito material)
- direito potestativo
TEORIA ECLÉTICA
TEORIA DA ASSERÇÃO
- avaliação das condições da ação à vista das afirmações do demandante em cognição sumária, que pode levar à
carência da ação (avaliação das condições d ação "in status assertionis".
- avaliação do interesse e legitimidade como matéria de mérito que pode conduzir à rejeição do pedido
⚫ INTERESSE E LEGITIMIDADE
Essa cognição é prévia, é sumária e exercida in status assertionis (em asserção). Superada a cognição sumária, se
o magistrado decidir pela citação da parte ré, preclui a possibilidade da sentença terminativa pela não caracterização
de interesse e legitimidade.
Interesse:
➢ necessário toda vez que o autor não tiver outro meio para obter o bem da vida pretendido, a não ser por
intermédio do Poder Judiciário.
➢ adequado se, em razão dos pedidos deduzidos, o processo for apto a resolver o conflito de interesses.
Legitimidade: pertinência subjetiva da ação, ou seja, refere-se à titularidade para promover ativa ou passivamente
a ação.
LEGITIMAÇÃO
Legitimação extraordinária não se confunde com a legitimação ad processum, ou seja, a capacidade para estar em
Juízo.
Ainda em relação à legitimação extraordinária, cumpre observar que o substituto detém, em regra, todos os poderes
inerentes à ação, como a capacidade de alegar, de postular e de produzir provas etc. Contudo, não poderá: a) fazer
depoimento pessoal; b) praticar atos de disposição do direito material do titular do direito, como renunciar ou
reconhecer o pedido e transicionar. Para esses atos é necessária a anuência expressa do substituído.
⚫ ELEMENTOS DA AÇÃO:
➢ parte
➢ pedido
➢ causa de pedir
Partes
➢ Parte processual: aquela que está em uma relação jurídica processual, que exerce o contraditório, atua com
parcialidade e pode sofrer consequências com a decisão.
➢ Parte material: é o sujeito da relação jurídica discutida em Juízo, podendo (legitimação ordinária) ou não
(legitimação extraordinária) ser parte processual.
Causa de pedir
➢ causa de pedir remota (ou fática)- constitui a descrição do fato que deu origem a lide
➢ causa de pedir próxima (ou jurídica)
o é o próprio direito, aplicado a partir da descrição fática
o envolve a concretização da norma, conferindo substância ao pedido do autor
➢ TEORIA DA INDIVIDUAÇÃO: a) causa de pedir composta tão somente pela relação jurídica afirmada pelo autor;
b) caráter meramente histórico.
➢ TEORIA DA SUBSTANCIAÇÃO: a) causa de pedir formada apenas pelos fatos jurídicos narrados pelo autor; b)
aplicada ao Direito Processual Civil brasileiro.
Pedido: objeto da ação, consiste na pretensão do autor que é levada ao Estado-Juiz, que irá prestar a tutela
jurisdicional sobre essa pretensão.
⚫ ESPÉCIES DE AÇÃO
Classificação segundo o tipo de tutela jurisdicional: conhecimento, cautelar e executiva (ações sincréticas)
➢ ação condenatória: aquela em que se afirma a titularidade de um direito a uma prestação e pela qual se busca
a certificação e a efetivação desse mesmo direito, com a condenação do réu ao cumprimento da prestação
devida.
➢ ações constitutivas: aquela que tem por objetivo obter uma certificação e efetivação de um direito potestativo.
➢ ações declaratórias: aquela que tem o objetivo de certificar a existência, a inexistência ou o modo de ser de
uma relação jurídica.
a) ação executiva em sentido amplo: é aquela pela qual se afirma um direito e se busca a efetivação e a
certificação desse direito por intermédio de medidas de coerção direta.
b) ação mandamental: é aquela pela qual se afirma um direito e se busca a efetivação e a certificação desse
direito por intermédio de medidas de coerção indireta.
Princípios:
1 – efetividade – os países irão delimitar a jurisdição sobre processos que eles entendem que poderão,
posteriormente, cumprir.
2 – interesse – os países delimitam a jurisdição sobre processos que entendem que é de interesse do Estado.
3 – submissão – os países respeitam a decisão das partes na eleição da jurisdição internacional (contratos
internacionais).
⚫ COOPERAÇÃO INTERNACIONAL
CARTA ROGATÓRIA
➢ Sempre que o ato possuir conteúdo decisório, devendo passar pela homologação perante o STJ.
➢ Para atos sem conteúdo decisório (como um intimação), quando não houver regra expressa adotando o auxílio
direto.
Atos processuais poderão ser objeto de cooperação internacional para a efetividade dos processos:
AUXÍLIO DIRETO
COMPETÊNCIA
Competência Interna
As causas cíveis serão processadas e decididas pelo juiz nos limites de sua competência, RESSALVADO às partes o
direito de instituir juízo arbitral, na forma da lei.
Obedecidos os limites estabelecidos pela Constituição Federal, a competência é determinada pelas normas previstas
neste Código ou em legislação especial, pelas normas de organização judiciária e, ainda, no que couber, pelas
constituições dos Estados.
⚫ CLASSIFICAÇÃO DA COMPETÊNCIA
⚫ CRITÉRIOS
⚫ COMPETÊNCIA OBJETIVA
⚫ CRITÉRIO TERRITORIAL
Servirão para definir, dentro da competência da justiça comum estadual ou federal, onde a demanda será
proposta.
⚫ CRITÉRIO FUNCIONAL
competência em razão de assunção de competência, instituto próprio do NCPC, que está previsto no art.
947;
⚫ JUSTIÇAS CÍVEIS
Justiça Eleitoral: a definição da competência da Justiça Eleitoral é feita pela causa de pedir (os fundamentos de fato
e de direito), abrangendo o que envolver o sufrágio (eleições, plebiscito e referendos) e questões político-partidárias.
Justiça do Trabalho: novamente com base na causa de pedir, será da competência da Justiça do Trabalho os
processos que envolverem as relações de trabalho.
⚫ JUSTIÇA FEDERAL: a competência da Justiça Federal é assentada em dois elementos da ação: em razão das partes
no processo ou em razão da causa de pedir.
PARTE: ações que tenha como parte a União, autarquias federais e empresas públicas federais.
Quatro exceções:
matéria eleitoral (por exemplo, autuação irregular efetuada pelo Correios no bojo de processo
eleitoral cível);
CAUSA DE PEDIR:
➢ as causas entre Estado estrangeiro ou organismo internacional e Município ou pessoa domiciliada ou residente
no País;
➢ as causas fundadas em tratado ou contrato da União com Estado estrangeiro ou organismo internacional;
➢ os crimes políticos e as infrações penais praticadas em detrimento de bens, serviços ou interesses da União ou
de suas entidades autárquicas ou empresas públicas, excluídas as contravenções e ressalvada a competência
da Justiça Militar e da Justiça Eleitoral;
➢ os crimes previstos em tratado ou convenção internacional, quando, iniciada a execução no País, o resultado
tenha ou devesse ter ocorrido no estrangeiro, ou reciprocamente;
➢ as causas relativas a direitos humanos a que se refere o § 5º deste artigo;
➢ os crimes contra a organização do trabalho e, nos casos determinados por lei, contra o sistema financeiro e a
ordem econômico-financeira;
➢ os habeas corpus, em matéria criminal de sua competência ou quando o constrangimento provier de
autoridade cujos atos não estejam diretamente sujeitos a outra jurisdição;
➢ os mandados de segurança e os habeas data contra ato de autoridade federal, excetuados os casos de
competência dos tribunais federais;
➢ os crimes cometidos a bordo de navios ou aeronaves, ressalvada a competência da Justiça Militar;
➢ os crimes de ingresso ou permanência irregular de estrangeiro, a execução de carta rogatória, após o
"exequatur", e de sentença estrangeira, após a homologação, as causas referentes à nacionalidade, inclusive
a respectiva opção, e à naturalização;
➢ a disputa sobre direitos indígenas.
⚫ JUSTIÇA COMUM
A competência da justiça estadual é determinada por exclusão. Se não for da competência das “justiças especiais”
ou da Justiça Federal, será atribuída ao poder judiciário comum estadual.
ESPECIFICIDADES:
Execuções Fiscais
Ações fundadas em direito real sobre imóveis DEVEM SER AJUIZADAS NO FORO DA SITUAÇAO DA COISA
2ª regra: se não tiver domicílio certo, será o local da situação dos bens imóveis;
3ª regra: se tiver bens em domicílios em vários locais, poderá ser ajuizado em qualquer foro;
4ª regra: se não tiver domicílio, nem bens imóveis, a ação poderá ser ajuizada em qualquer local dos bens
móveis do espólio.
1º - domicílio do responsável pelo incapaz (que coincide, em regra, com o domicílio do incapaz);
3º - se residirem em domicílios distintos do domicílio do casal, a competência será do foro do domicílio do réu.
Ação em que a ré for pessoa jurídica: foro do lugar onde está a sede.
Ação relativa às obrigações que a pessoa jurídica contraiu: local onde está a agência ou sucursal.
Ação contra ré sociedade ou associação sem personalidade jurídica: local onde exerce suas atividades.
Ação em que se lhe exigir o cumprimento: local onde a obrigação deve ser satisfeita.
Ação que verse sobre direito previsto o estatuto: local de residência do idoso.
Ação de reparação de dano por ato praticado em razão do ofício: local da serventia notarial ou de registro.
Ação de reparação de dano ou cujo réu administrador ou gestor de negócios alheios: foro do lugar do ato ou do fato.
Ação de reparação de dano sofrido em razão de delito ou acidente de veículos, inclusive aeronaves: foro do domicílio
do autor do local do fato.
b) se for, investigar se é caso de competência originária de Tribunal ou de órgão jurisdicional atípico (Senado Federal
– art. 52, I e II, da CF; Câmara dos Deputados – art. 51, da CF; Assembleia Legislativa estadual para julgar governador
de Estado)
c) não sendo o caso, verificar se é afeto à justiça especial (eleitoral, trabalhista ou militar) ou justiça comum;
d) sendo competência da justiça comum, verificar se é da justiça federal (arts. 108 e 109, da CF), pois, não sendo, será
residualmente da estadual;
e) sendo da justiça estadual, deve-se buscar o foro competente, segundo os critérios do CPC (competência absoluta e
relativa, material, funcional, valor da causa e territorial); f) determinado o foro competente, verifica-se o juízo
competente, de acordo com o sistema do CPC (prevenção, p. ex.) das normas de organização judiciária.
⚫ MODIFICAÇÃO DA COMPETÊNCIA
⚫ PRORROGAÇÃO DE COMPETÊNCIA:
➢ Hipóteses
o Identidade da relação material, ainda que o pedido ou a causa de pedir não sejam idênticos,
porém, semelhantes.
o Execuções fundadas no mesmo título executivo.
➢ Consequência
o Reunião, exceto se um processo já estiver sido julgado.
Na continência, há identidade entre as partes, causa de pedir, mas o pedido de uma é mais amplo que o da outra.
E qual será o Juiz competente para julgar as ações conexas ou contingentes? O juízo prevento, ou seja, define-
se a competência pela propositura da ação, no momento em que houver registro ou distribuição da petição inicial.
foro de eleição
➢ A regra deve constar de instrumento escrito e se referir expressamente a determinado negócio jurídico
específico
➢ O foro contratual se transmite aos herdeiros e sucessores das partes contratantes
➢ Se abusiva a cláusula de eleição de foro, poderá ser reputada ineficaz pelo magistrado, com determinação de
remessa dos Autos ao foro de domicílio do réu.
➢ Se não declarada abusiva pelo magistrado de ofício, cabe à parte alegar a abusividade na contestação, sob
pena de preclusão.
➢ Ocorre também a modificação da competência por intermédio do foro de eleição. Para eleição do foro devem
ser observadas algumas regras que constam do art. 63, do NCPC.
⚫ INCOMPETÊNCIA
A incompetência absoluta deve ser alegada em Deve ser alegada pelo réu em preliminar de contestação,
preliminar de contestação. Contudo, a incompetência sob pena de precluir e, em decorrência disso, prorrogar
poderá ser alegada a qualquer tempo, por qualquer das a competência.
partes.
Agora, a incompetência relativa será feita em preliminar
em contestação, NÃO existindo mais a exceção de
incompetência.
Pode ser reconhecida de ofício. NÃO pode ser reconhecida de ofício.
NÃO pode ser alterada por vontade das partes. As partes têm a prerrogativa de eleger o foro.
NÃO pode ser alterada por conexão ou continência. Pode ser modificada por conexão ou continência.
Se houver violação à regra de competência absoluta, são preservados os atos decisórios, pois, embora não haja
competência, há jurisdição, e os atos são preservados até a análise ser feita pelo juiz efetivamente competente.
Se a ação transitar em julgado é cabível a ação rescisória. NÃO cabe ação rescisória, pois há prorrogação da
competência.
⚫ CONFLITO DE COMPETÊNCIA
PARTES E PROCURADORES
Pressupostos processuais
● CONCEITO: Pressupostos processuais são todos os elementos de existência, os requisitos de validade e as condições
de eficácia do procedimento.
● PRESSUPOSTOS PROCESSUAIS
elementos de existência
requisitos de validade
• pressupostos de existência
• subjetivos
• juiz - investido de jurisdição
• parte - capacidade de ser parte
• objetivos
• existência de demanda
• requisitos de validade
• subjetivos
Partes e procuradores
● CAPACIDADES
● CAPACIDADE DE SER PARTE (também conhecida como capacidade processual ou judiciária) remete ao conceito de
capacidade civil.
● CAPACIDADE DE ESTAR EM JUÍZO (de capacidade processual em sentido estrito, ou legitimatio ad processum) refere-
se ao modo como se exerce a ação e a defesa no curso do processo em relação à prática de atos processuais.
TODA pessoa que se encontre no exercício de seus direitos tem capacidade para estar em juízo.
O incapaz será representado ou assistido por seus pais, por tutor ou por curador, na forma da lei.
O NCPC prevê a designação de curador especial para o réu preso revel e para aqueles que foram citados por edital
ou por hora certa.
União AGU
autarquias e fundações públicas quem tiver essa prerrogativa de acordo com lei específica.
espólio inventariante
sociedade e associações sem personalidade jurídica pessoa que for responsável pela administração dos bens
Quando o inventariante for dativo, os sucessores do falecido serão intimados no processo no qual o espólio seja
parte.
A sociedade ou a associação sem personalidade jurídica NÃO poderá opor a irregularidade de sua constituição
quando demandada.
O gerente de filial ou agência presume-se autorizado pela pessoa jurídica estrangeira a receber citação para
qualquer processo.
● CAPACIDADES PROCESSUAIS (OU POSTULATÓRIA): atributo para que determinada pessoa possa praticar
validamente atos processuais.
Atributo conferido ao advogado regular perante a OAB e, em situações específicas, à própria parte.
Na fase recursal
Para encerrar a primeira parte, é importante deixar claro que as capacidades que estudamos acima não se confundem
com a legitimação.
A pessoa, pela simples existência, tem capacidade de ser parte. Digamos que seja plenamente capaz, não esteja presa
e tenha sido citada regularmente, logo, terá também capacidade de estar em Juízo. Vamos supor, ainda, que essa
pessoa tenha constituído advogado de forma regular, que juntou a documentação nos autos de forma que não há
qualquer vício da capacidade postulatória. Na situação acima, ainda que atendidas as regras relativas à capacidade,
pode ocorrer de a parte não ter legitimação para agir sozinha no processo.
São situações, portanto, que, para além da capacidade, exige-se que duas ou mais pessoa atuem juntas no processo
ou, pelo menos, que ambas as partes (com capacidade de ser parte, de estar em juízo e postulatória) sejam intimadas.
Essas situações envolvem a denominada legitimação para agir, que está disciplinada nos arts. 73 e 74, do NCPC.
Conforme o art. 73, os cônjuges somente poderão propor ações que envolvam os bens do casal conjuntamente. Do
mesmo modo, quando demandados em lide que envolva bens do casal, ambos os cônjuges devem ser citados.
Antes de iniciar, é importante registrar que as regras que veremos abaixo aplicam-se tanto aos cônjuges (casado por
intermédio de contrato solene) como àqueles que convivem em união estável, conforme expõe o §3º do art. 73:
O caput do art. 73 estabelece que os cônjuges somente terão legitimidade para agir se estiverem juntos nas ações
que envolvam direito real imobiliário, a não ser que o casamento se dê em regime de bens de separação absoluta.
Art. 73. O cônjuge necessitará do consentimento do outro para propor ação que verse
sobre direito real imobiliário, SALVO quando casados sob o regime de separação absoluta
de bens.
Deste modo, cabe destacar que não é necessário formar litisconsórcio no polo ativo, basta o consentimento do
cônjuge. Dito de outra forma, a parte poderá agir sozinha desde que tenha obtido o consentimento do outro cônjuge
e isso reste provado no processo.
Não é caso de litisconsórcio necessário. Trata-se de norma que tem o objetivo de integrar
a capacidade processual ativa do cônjuge demandante. Dado consentimento inequívoco,
somente o cônjuge que ingressa com a ação é parte ativa; o que outorgou o consentimento
não é parte na causa. Nada impede, porém, a formação do litisconsórcio ativo, que é
facultativo.
Quando estiverem no polo passivo da ação, ambos os cônjuges devem ser citados nas ações que envolverem as
hipóteses citadas nos incisos do §1º, do art. 73:
I - que verse sobre direito real imobiliário, SALVO quando casados sob o regime de
separação absoluta de bens;
II - resultante de fato que diga respeito a ambos os cônjuges ou de ato praticado por eles;
1
DIDIER JR., Fredie. Curso de Direito Processual Civil, 18ª edição, Bahia. Editora Jus Podvim, 2016,
2016, p. 324.
Nas ações possessórias, a participação do cônjuge do autor, ou do réu, SOMENTE é indispensável nas hipóteses de
composse ou de ato praticado por ambos.
A ação de suprimento de vontade de um dos cônjuges poderá ser proposta em duas situações:
LITIGÂNCIA DE MÁ-FÉ
Despesas:
Honorário do advogado
• CRITÉRIOS PARA DEFINIÇÃO DO PERCENTUAL DE HONORÁRIOS: a) zelo profissional; b) lugar da prestação dos
serviços; c) natureza e importância da causa; e d) trabalho realizado e tempo dedicado.
• PERCENTUAIS MÍNIMOS E MÁXIMOS: 10 e 20% do valor da condenação, do proveito econômico obtido com a
ação ou sobre o valor da causa.
• AÇÃO DE VALOR INESTIMÁVEL/IRRISÓRIO: caberá ao juiz arbitrar, segundo critérios utilizados para aferir os
percentuais.
• AÇÃO DE INDENIZAÇÃO CONTRA PESSOA POR ATO ILÍCITO: para o cálculo do montante da condenação,
consideram-se os valores já devidos (prestações vencidas) e as primeiras 12 parcelas vincendas.
• PERDA DO OBJETO DA AÇÃO: responde pelos honorários a parte que deu causa ao processo.
• HONORÁRIOS EM RECURSO: caberá ao Tribunal majorar o valor dos honorários, levando em consideração os
percentuais máximos (em regra, de 10 a 20%).
• CUMULATIVIDADE: os honorários são cumulativos com multas e outras sanções aplicáveis.
• NATUREZA JURÍDICA DA VERBA: caráter alimentar com preferência creditória.
• PAGAMENTO: o advogado pode requerer que o pagamento seja feito diretamente à sociedade de advogados
e, caso não fixado o valor em sentença, poderá ingressar com ação autônoma para definição do valor e
pagamento.
• JUROS MORATÓRIOS: contam do trânsito em julgado.
• ATUAÇÃO EM CAUSA PRÓPRIA: são devidos, do mesmo modo, os honorários do advogado.
• CAUÇÃO DO NÃO RESIDENTE (BRASILEIRO OU ESTRANGEIRO) QUANDO FOR PARTE AUTORA (para custas e
honorários advocatícios). Não exigem caução: a) em face de acordo, ou de tratado internacional, os Estados
signatários dispensarem a exigência; b) nas ações de execução de título extrajudicial e no cumprimento de
sentenças; c) nas ações de reconvenção.
• CAUÇÃO DO ESTRANGEIRO RESIDENTE, QUANDO FOR PARTE AUTORA: em regra, será exigido para fazer frente
às despesas e aos honorários de advogado. Não se exige caução: a) em face de acordo ou tratado
internacional, os Estados signatários dispensarem a exigência; b) nas ações de execução de título
extrajudicial e no cumprimento de sentenças; e c) nas ações de reconvenção.
• LITISCONSORTES: havendo vários autores ou réus vencidos, responderão proporcionalmente pelas despesas e
pelos honorários.
• DESISTÊNCIA, DENÚNCIA e RECONHECIMENTO DO PEDIDO: serão pagos pela parte que desistiu, renunciou ou
reconheceu. Se houver vários, calcula-se o valor proporcionalmente.
• RECONHECIMENTO DA PROCEDÊNCIA DO PEDIDO E CUMPRIMENTO: são reduzidos os honorários pela metade
(não se aplica às despesas).
• TRANSAÇÃO: as partes podem estipular quem pagará despesas processuais e, se nada disserem, será dividido.
• SENTENÇA SEM RESOLUÇÃO DE MÉRITO: somente poderá ser proposta nova ação se pago ou depositado o
valor referente às despesas e aos honorários.
• SUCUMBÊNCIA MÍNIMA: honorários e despesas serão devidos na integralidade pela parte que sucumbir em
praticamente todo o objeto da demanda.
Gratuidade da Justiça
• A parte ou terceiro deve requerer na primeira vez que tiver oportunidade de se manifestar nos Autos (petição
inicial, contestação, ingresso de terceiro ou por petição, se superveniente).
• Pressupõe-se a insuficiência alegada pela pessoa natural.
• A parte contrária pode impugnar e o juiz decidirá a respeito de acordo com elementos constantes dos autos.
• Trata-se de benefício de caráter pessoal (não extensível ao litisconsorte ou sucessor).
• Recurso formulado por beneficiário dispensa preparo, exceto se esse recurso tratar exclusivamente de
honorários advocatícios, a não ser que o advogado também seja beneficiário da Justiça gratuita.
• A assistência do beneficiário por advogado não impede a concessão do benefício.
● PROCURADORES
A parte será representada em juízo por advogado regularmente inscrito na Ordem dos Advogados do Brasil.
PROCURAÇÃO
... GERAL DE FORO ... ESPECÍFICA
Habilita o advogado para a prática de todos os Exige-se menção específica na procuração para:
atos do processo. citar
confessar
reconhecer a procedência do pedido
transigir
desistir
renunciar ao direito sobre o qual se funda a ação
receber
dar quitação, firmar compromisso e assinar declaração de
hipossuficiência econômica.
Pode ser assinada digitalmente.
Deve conter: nome do advogado, número e endereço. Se o advogado integrar sociedade de advogados será
necessário indicar o nome, o número e o endereço da sociedade.
A procuração constituída na fase de conhecimento será válida para todo o processo, exceto se houver
alguma restrição estipulada contratualmente.
2º DIREITO: requerer vista do processo pelo prazo de 5 dias, quando tiver procuração.
Denúncia do mandato
● SUCESSÃO DAS PARTES E DOS PROCURADORES: No curso do processo, somente é lícita a sucessão voluntária das
partes nos casos expressos em lei.
O adquirente ou cessionário não poderá ingressar em juízo, sucedendo o alienante ou cedente, sem que o consinta
a parte contrária.
O adquirente ou cessionário poderá intervir no processo como assistente litisconsorcial do alienante ou cedente.
Litisconsórcio
● CONCEITO: Litisconsórcio há apenas quando, no mesmo polo do processo, existe uma pluralidade de partes ligadas
por uma afinidade de interesses.
● CLASSIFICAÇÃO
➢ Facultativo:
o entre elas houver comunhão de direitos ou de obrigações relativamente à lide;
o entre as causas houver conexão pelo pedido ou pela causa de pedir;
o ocorrer afinidade de questões por ponto comum de fato ou de direito.
➢ Obrigatório: por disposição de lei ou quando, pela natureza da relação jurídica controvertida, a eficácia da
sentença depender da citação de todos que devam ser litisconsortes.
A sentença será nula se for caso de litisconsórcio unitário, ou seja, se a decisão deveria ser uniforme para
todos aqueles que deveriam ter integrado o polo da ação.
Agora, se o litisconsórcio for necessário, mas simples, a sentença será ineficaz em relação àqueles que não
foram integrados à lide. Dito de outra forma, a sentença não produzirá efeitos em relação a essas outras partes.
Benéficos Prejudiciais
Como a decisão pode ser diferente para cada Como a decisão pode ser diferente para cada
Litisconsórcio
um dos litisconsortes, os atos benéficos não um dos litisconsortes, os atos benéficos não
Simples
beneficiarão os demais litisconsortes. prejudicarão os demais litisconsortes.
Não, inclusive quanto ao praticante do ato
Litisconsórcio
Sim, os atos benéficos estendem-se a todos. prejudicial. Nesse caso, dependerá da
Unitário
concordância de todos os litisconsortes.
Intervenção de Terceiros
Introdução
Toda vez que o terceiro for atingido direta ou reflexamente pela decisão proferida em processo alheio, ele se
tornará parte legítima para ingressar no processo. Trata-se, portanto, de um fato jurídico processual que implica a
modificação de processo que já existe.
Terceiro é quem não pede e não tem pedidos formulados contra si. Desse modo, é parte quem pede ou quem tem
pedido formulado contra si.
Com o Novo CPC, a nomeação à autoria deixa de existir, dando lugar à técnica da correção da legitimidade passiva,
disciplinada nos arts. 338 e 339, ambos do NCPC, que será estudada em outra oportunidade.
A oposição não consta mais como intervenção de terceiro típica, tornando-se um procedimento especial, previsto
no art. 682 a 686, do NCPC. A oposição em termos gerais é o instituto por intermédio do qual o terceiro reclama o bem
ou o direito disputado em processo alheio.
Foram acrescentadas duas novas hipótese de intervenção de terceiros: o amicus curie e a desconsideração de
personalidade jurídica.
Classificação
• assistência
• denunciação da lide
• chamamento ao processo
• amicus curie
• incidente de desconsideração da personalidade jurídica
A intervenção de terceiros por inserção é aquela que ocorre dentro da mesma relação jurídica processual primitiva.
No outro caso, a intervenção de terceiro se dá por intermédio do ajuizamento de uma ação pelo terceiro ou contra
ele.
Assistência
● HIPÓTESES DE CABIMENTO
terceiro com interesse jurídico que uma das partes processuais seja a vencedora da demanda.
assistência em decorrência da intervenção anódina: intervenção da União nas causas em que figurarem, no polo
ativo ou passivo da demanda, autarquias, fundações públicas, sociedades de economia mista ou empresas públicas
federais, quando for proprietária ou acionista majoritária.
● ESPÉCIES
ASSISTÊNCIA
SIMPLES LITISCONSORCIAL
A parte ingressa em juízo para auxiliar uma das partes por Sempre que a sentença influir na relação jurídica
possuir interesse jurídico no deslinde da demanda. entre ele e o adversário do assistido.
Relação jurídica do terceiro assistente com ambas
Relação jurídica do terceiro assistente apenas com o assistido.
as partes na ação.
O assistente é um coadjuvante no processo (atividade
O assistente recebe tratamento de parte.
subordinada).
se não for o caso de rejeição, o magistrado deverá intimar as partes para que, no prazo de 15 dias,
apresentem impugnação.
Denunciação da lide
Constitui uma demanda, pois ela envolve o direito de ação. Essa demanda se caracteriza por ser: a) incidente; b)
regressiva; c) eventual; e d) antecipada.
ao alienante imediato, no processo relativo à coisa cujo domínio foi transferido ao denunciante, a fim de que possa
exercer os direitos que da evicção lhe resultam;
àquele que estiver obrigado, por lei ou pelo contrato, a indenizar, em ação regressiva, o prejuízo de quem for
vencido no processo.
● Procedimento e formação
Feita a denunciação pelo AUTOR, o denunciado poderá assumir a posição de litisconsorte do denunciante e
acrescentar novos argumentos à petição inicial, procedendo-se em seguida à citação do réu.
• se o denunciado contestar o pedido formulado pelo autor, o processo prosseguirá tendo, na ação principal,
em litisconsórcio, denunciante e denunciado;
• se o denunciado for revel, o denunciante pode deixar de prosseguir com sua defesa, eventualmente oferecida,
e abster-se de recorrer, restringindo sua atuação à ação regressiva;
• se o denunciado confessar os fatos alegados pelo autor na ação principal, o denunciante poderá prosseguir
com sua defesa ou, aderindo a tal reconhecimento, pedir apenas a procedência da ação de regresso.
Chamamento ao processo
● HIPÓTESES
Admite-se o chamamento ao processo dos demais fiadores quando a ação for proposta apenas contra um deles.
Admite-se o chamamento ao processo dos demais devedores solidários quando o credor ingressar contra um deles
apenas.
● PROCEDIMENTO
• citado, o réu poderá chamar o afiançado, demais fiadores ou devedores solidários no prazo de:
• 30 dias, se residir na mesma comarca, seção ou subseção; ou
• 2 meses, se residir em comarca, seção ou subseção distintas ou estiver em LINS.
● Formação do título executivo: finalidade do chamamento ao processo é a formação do título executivo contra os
demais devedores solidários do processo.
● LEGITIMIDADE: será instaurado a pedido da parte ou do Ministério Público, quando lhe couber intervir no
processo.
● PROCEDIMENTO
CABÍVEL:
• fase de conhecimento
• cumprimento de sentença
• execução de título extrajudicial
Instaurado o incidente, o sócio ou a pessoa jurídica será citado para manifestar-se e requerer as provas cabíveis no
PRAZO DE 15 (QUINZE) DIAS.
Amicus Curiae
● CONCEITO: terceiro que, espontaneamente, a pedido da parte ou por provocação do órgão jurisdicional, intervém
no processo para fornecer subsídios que possam aprimorar a qualidade da decisão.
• matéria relevante
• tema específico
• repercussão social da controvérsia
O amicus curie não se confunde com a atuação do Ministério Público como fiscal da ordem jurídica, pois a figura
interventiva não tem qualquer interesse no julgamento da ação. O amicus curie atua como um órgão meramente
opinativo e não tem tantos poderes quanto o MP.
O amicus curie não se confunde com o assistente, pois esse tem interesse no resultado do julgamento, tendo
poderes mais amplos que a figura interventiva.
Os poderes do amicus curie serão fixados pelo magistrado na decisão que determina o ingresso. Desse modo, em
regra, o amicus curie irá se manifestar sobre os fatos discutidos no processo.
O amicus curie poderá opor embargos de declaração e interpor recursos que julgue os incidentes de resolução de
demandas repetitivas. Outras possibilidades recursais somente serão admitidas se o juiz permitir.
prevenir e reprimir atos contrários à dignidade da justiça e indeferir postulações meramente protelatórias;
promover a autocomposição;
dilatar prazos e alterar a ordem produção dos meios de provas de acordo com as necessidades do conflito;
● PROIBIÇÃO DO NON LIQUET → o juiz NÃO se exime de decidir sob a alegação de lacuna ou obscuridade do
ordenamento jurídico.
● PRINCÍPIO DA CONGRUÊNCIA - o juiz decidirá o mérito nos limites propostos pelas partes, sendo-lhe VEDADO
conhecer questões não suscitadas, a cujo respeito a lei exige iniciativa da parte.
● IMPEDIMENTOS E DA SUSPEIÇÃO
IMPEDIMENTO SUSPEIÇÃO
Arguição por incidente a qualquer tempo Arguição por incidente no prazo de 15 dias a contar do
conhecimento do fato
● Quando 2 ou mais juízes forem parentes, consanguíneos ou afins, em linha reta ou colateral, até o terceiro grau,
inclusive, o primeiro que conhecer do processo impede que o outro nele atue, caso em que o segundo se escusará,
remetendo os autos ao seu substituto legal.
• aplica-se
• magistrado
• MP
• auxiliares de justiça
• sujeitos imparciais do processo
• não aplica
• testemunha
● AUXILIARES DA JUSTIÇA
• Fornecimento de certidões.
• Prática de atos meramente ordinatórios.
• cronológica
• preferência
• atos declarados urgentes
• preferências legais
Perito
• Auxiliar ocasional que atuará apenas quando necessária a produção de prova técnica.
• Para a definição do perito temos dois modos:
2º - na hipótese de não haver perito inscrito para a localidade no cadastro, o magistrado poderá nomear
livremente profissional ou órgão técnico ou científico para realização da perícia.
Depositário e Administrador
O depositário ou administrador é uma figura comum no processo civil. Sempre que houver apreensão judicial de bens,
o juiz poderá nomeá-los para a guarda e conservação. Embora não seja objeto do estudo da aula de hoje, é possível
que o próprio executado ou o demandado assuma a guarda dos bens.
Intérprete e Tradutor
• ATUAÇÕES:
o Para traduzir documento escrito em língua estrangeira;
o Para traduzir depoimentos colhidos em língua estrangeira dos depoentes que não
conhecerem o idioma nacional; e
o Para realizar interpretação simultânea dos depoimentos quando a parte ou a
testemunha se comunique por intermédio de LIBRAS.
• NÃO PODEM ATUAR COMO INTÉRPRETES OU TRADUTORES
o caso se enquadrem nas hipóteses de impedimento (art. 144) ou de suspeição (art. 145)
o se não tiver a livre administração dos bens
o se for arrolado como testemunha ou se atuar como perito no processo
o se estiver inabilitado para o exercício da profissão, em face de sentença penal condenatória, pelo
período que durar os efeitos da pena
• O conciliador atua preferencialmente em casos em que não haja vínculo entre as partes, podendo sugerir
solução (sem intimidar ou constranger).
• O mediador atua preferencialmente em casos em que haja vínculo entre as partes, atuando como
facilitador para que as partes identifiquem a solução consensual.
• Princípios: a) imparcialidade; b) autonomia da vontade; c) confidencialidade; d) oralidade; e)
informalidade; f) decisão informada.
• Aos conciliadores e mediadores: a) aplicam-se as regras de impedimento e de suspeição; b) advogado não
pode atuar como conciliador ou mediador perante o juízo que atua como procurador; c) uma vez atuado
como conciliador ou mediador da parte não pode ser assessor, representante ou procurador das partes
pelo prazo de 1 ano;
• afastamento de conciliador/mediador:
• Exclusão
• Dolo ou culpa na condução do trabalho
• Violação do dever de confidencialidade
• Atuação quando impedido ou suspenso
• Suspensão, por até 180 dias por atuação inadequada
• Atividade, em regra, remunerada, exceto: a) trabalho voluntário; b) mínimo exigido das câmaras privadas
para gratuidade da justiça; c) servidores públicos mediadores e conciliadores, cuja remuneração se dá por
intermédio dos cofres públicos.
• As partes podem escolher entre mediadores e conciliadores: a) pessoas naturais cadastradas; b) câmaras
privadas; ou c) servidores, se houver.
• A fim de subsidiar a escolha são divulgados (ao menos anualmente): a) número de processos que atuou;
b) desempenho; e c) áreas de atuação.
Prerrogativa do prazo em dobro para todas as manifestações processuais, a não ser quando a lei prever prazo
específico, contando-se o prazo da intimação pessoal (carga, remessa ou meio eletrônico).
ATOS PROCESSUAIS
● CONCEITO: fato jurídico voluntário em que as partes regulam, dentro dos limites fixados no próprio ordenamento
jurídico, certas situações jurídicas processuais ou alteram o procedimento.
As partes podem estipular regras procedimentais ou dispor sobre posições processuais (ônus, poderes, faculdades
e deveres).
Não há necessidade de participação do Juiz, muito menos de homologação judicial, contudo, o magistrado deverá
controlar a legalidade, anulando cláusula de adesão abusiva e quando o negócio for estipulado com parte em situação
de vulnerabilidade.
Trata-se de uma cláusula geral, de forma que as partes possuem liberdade para estabelecer negócios jurídicos
processuais.
Calendário Procedimental
● CONCEITO: técnica processual voltada para a gestão eficiente do tempo no processo, NO QUAL o juiz e as partes, em
regime de diálogo, podem acertar datas para a realização dos atos processuais.
Possibilidade de as partes e o juiz fixarem calendário para a prática dos atos processuais.
Regra de efetividade e celeridade processual, que implica a desburocratização do processo e segurança jurídica.
Somente é possível alterar a data do calendário previamente fixado, em situações excepcionais e mediante
justificativa.
Atos processuais
EXCEÇÕES
Nas hipóteses de exceções: acessam-se os autos apenas as partes e os respectivos procuradores; e o terceiro
juridicamente interessado terá acesso apenas ao dispositivo da sentença e, se for o caso, do inventário e da
partilha.
consequências:
Veda-se o uso de cotas marginais e interlineares. O juiz mandará riscar e multará a parte em ½ salário mínimo.
● PRONUNCIAMENTOS DO JUIZ
A SENTENÇA e a decisão que colocam fim à fase de conhecimento, extingue a execução ou o que for previsto
como sentença em procedimento especial.
A DECISÃO INTERLOCUTÓRIA constitui decisão que resolve incidente sem pôr fim ao processo.
O ACÓRDÃO constitui decisão que põe fim à fase de conhecimento, que extingue a execução e que resolve
incidentes no processo no âmbito dos tribunais.
Todos as peças e documentos devem ser numerados e rubricados, inclusive termos, vistas e conclusão.
Admite-se o uso de formas abreviadas (taquigrafia e estenotipia) para o registro de atos processuais.
● REGRA: praticados entre as 6 e 20 horas, em dias úteis (de segunda a sexta). Há possibilidade de prorrogação para
além das 20 horas quando houver possibilidade de prejudicar a diligência ou resultar em grave dano.
● Citações, intimações, penhoras e atos relativos a tutelas de urgência podem ser realizadas fora do horário e,
inclusive, em dias não úteis.
● FÉRIAS FORENSES: em regra, suspende o prazo. Não há suspensão excepcionalmente nos casos de jurisdição
voluntária, de atos necessários à conservação de direitos quando causar prejuízos em face do adiamento, de ação de
alimentos, e processos de nomeação ou remoção de tutor e curador e quando a lei prever.
● São considerados FERIADOS os dias declarados em lei, sábados, domingos e dias sem expediente forense.
● EXCEÇÕES:
deferência;
interesse da justiça;
natureza do ato;
Prazos
● CONCEITO: lapsos temporais que existem entre dois termos (termo inicial, dies a quo, e termo final, dies ad quem)
dentro dos quais se prevê a oportunidade para uma ação ou omissão.
● CLASSIFICAÇÃO
A classificação entre prazos dilatórios e peremptórios não faz mais sentido no NCPC.
● ATO PROCESSUAL PREMATURO: será considerado tempestivo o ato praticado antes do termo inicial do prazo.
Os prazos são contados apenas de segunda a sexta-feira. Essa modalidade de contagem não se aplica a prazos
materiais.
Haverá a suspensão do prazo em sábados, domingos, feriados e em dias sem expediente forense.
Haverá suspensão dos prazos entre os dias 20/dez a 20/jan. E não haverá audiência ou sessão de julgamento.
Haverá suspensão do prazo por obstáculo criado pela parte ou pela suspensão do processo (art. 313, do CPC).
Haverá suspensão do prazo quando houver instituição de programa de autocomposição pelo Poder Judiciário.
Haverá prorrogação do prazo, por até 2 meses, quando se tratar de unidade judiciária de difícil acesso.
Haverá prorrogação do prazo em situação de calamidade, podendo ultrapassar os 2 meses, a depender da situação
concreta.
A citação, a notificação ou a intimação podem ocorrer de diversas formas no processo. Em razão disso, temos
momentos distintos para que o prazo se inicie:
● RENÚNCIA DO PRAZO
somente é possível a renúncia quando se tratar de prazo estabelecido exclusivamente a seu favor.
● PRAZOS DO JUIZ
DESPACHOS: 5 dias
SENTENÇA: 30 dias
EXECUTAR: 5 dias
1 – preclusão; e
perda do direito de vista fora do cartório. Dito de outro modo, a parte não poderá retirar os autos físicos
em carga.
comunicação ao órgão de classe para apuração disciplinar (por exemplo, OAB, Conselho Superior do
Ministério Público, entre outros).
representação ao CNJ.
procedimento da representação:
4º - instauração do procedimento;
5º - intimação do representado (no caso, o juiz supostamente incorreu em excesso de prazo) para se
manifestar no prazo de 15 dias;
7º - determinação para que o juiz pratique o ato processual que gerou a representação no prazo de 10 dias;
8º - não praticado o ato no prazo de 10 dias, será determinado que o substituto o faça em 10 dias.
Preclusão
● CONCEITO: “preclusão é definida como a perda de uma situação jurídica processual ativa”.
● PRINCÍPIOS:
2 - Preclusão Lógica: perda do poder processual em razão da prática anterior de um ato incompatível com ele.
3 - Preclusão Consumativa: perda de um poder processual em razão do seu exercício. A ideia é simples: veda-se à parte
repetir ato processual já praticado.
CITAÇÃO
INTIMAÇÃO
NOTIFICAÇÃO
● CITAÇÃO
Desnecessidade
• induzimento da litispendência
• litigiosidade da coisa
• constituição em mora do devedor
Formas de citação
CITANDO AUSENTE: se estiver ausente a pessoa a ser citada, considera-se válida a citação efetuada na pessoa
que recebeu o mandado, que é administradora, preposta ou gerente em nome do ausente.
LOCADOR AUSENTE: nos contratos de locação, se o locador se ausentar do país sem informar a quem compete
receber intimações, será considerada válida a citação que for encaminhada à pessoa responsável por receber
os aluguéis.
CITAÇÃO DA FAZENDA PÚBLICA: no caso da União, Estados-membros, Distrito Federal, Municípios e respectivas
autarquias e fundações, a citação deverá ser dirigida ao órgão da advocacia pública competente.
• NÃO SERÁ EFETUADA A CITAÇÃO (exceto se necessário para evitar o perecimento do direito): a) de quem
estiver participando de culto religioso; b) daquele que tiver cônjuge/companheiro, parente em linha reta
(consanguíneo ou afim) ou parente em linha colateral até 2º grau (consanguíneo ou afim) do dia do
falecimento até os 7 dias seguintes; c) de noivo, do dia do casamento até os 3 dias seguintes; e d) de doente,
enquanto for grave o seu estado de saúde.
• NÃO SERÁ EFETUADA A CITAÇÃO DO INCAPAZ OU DE QUEM ESTIVER INCAPACITADO DE RECEBÊ-LA. A
incapacidade deve ser atestada por médico nomeado (laudo no prazo de 5 dias) ou por declaração de médico
da família. Comprovada a incapacidade, nomeia-se curador para representar seus bens e interesses.
• Obrigatoriedade de empresas públicas e privadas manterem cadastro nos sistemas processuais eletrônicos.
• A obrigatoriedade estende-se à União, aos estados-membros, ao Distrito Federal e aos Municípios.
• A obrigatoriedade não se aplica às microempresas e às empresas de pequeno porte.
• Não se aplica às ações de estados, às demandas contra incapaz, contra pessoa de direito público, quando o
demandado residir em local não atendido pelos Correios e quando o autor requerer motivadamente a utilização
de outra forma.
• O oficial poderá se valer da citação por hora certa se for o caso e também pode cumprir o ato em comarcas
contíguas e em regiões metropolitanas.
• Subsidiário
PRINCIPAIS INFORMAÇÕES
• utilizada para citar empresas privadas (com exceção de microempresas e empresas de pequeno porte);
• utilizada para citação da Fazenda Pública (federal, estadual, distrital ou municipal);
• exige prévio cadastro no sistema eletrônico processual para que seja viabilizada; e
• considera-se citação pessoal.
• regra;
• não pode ser utilizada: ações de estado, ação contra incapaz, contra pessoa jurídica de direito público,
contra pessoa que reside em local não atendido pelos Correios ou quando o autor requerer,
justificadamente, outra modalidade;
• requisitos da carta: cópia da inicial e do despacho/decisão do juiz, referência ao prazo para a resposta,
endereço do juízo e indicação do cartório; e
• será encaminhada por aviso de recebimento; e
• considera-se citação pessoal.
CITAÇÃO POR OFICIAL DE JUSTIÇA
• requisitos do mandado: nome e endereço das partes, finalidade da ação, referência ao prazo para
contestar/embargar, consequência (sanção) pelo descumprimento da ordem, se houver, intimação para
comparecer em juízo para audiência, se houver, cópia da petição inicial e do despacho/decisão que
determina a citação, assinatura do chefe de cartório;
• deve-se colher assinatura e entregar contrafé (no caso de recurso de assinar ou receber contrafé, deve-se
certificar);
• considera-se citação pessoal, em regra;
• citação ficta por hora certa, quando houver suspeita de ocultação. Nesse caso, o oficial deverá comparecer
por duas vezes, oportunidade em que avisará da intimação no dia útil seguinte em hora marcada, sob pena
de citar o réu em nome de familiar, vizinho ou porteiro.
CITAÇÃO POR EDITAL
• feita subsidiariamente;
• hipóteses: desconhecido ou incerto o citando, ignorado, incerto e inacessível o domicílio/residência do
citando e nos casos expressos em lei.
• requisitos do edital: circunstâncias que o autorizam, publicação na internet (Tribunal e CNJ) e certidão nos
autos, prazo de 20 a 60 dias e advertência de nomeação de curador caso o réu seja revel.
• multa: ao autor que, dolosamente, provocar a citação por edital quando conhecido ou acessível o
endereço (reverte a multa em favor do citando)
● CARTAS
ESPÉCIES:
• CARTA DE ORDEM - Prática de ato processual pelo juízo imediatamente inferior vinculado ao tribunal
• CARTA ROGATÓRIA - Prática de ato de cooperação internacional entre poderes judiciários de Estados distintos
• CARTA PRECATÓRIA - Prática de ato de cooperação interna por intermédio do qual o juízo deprecante solicita
a prática de ato processual pelo juízo deprecado
• CARTA ARBITRAL - Prática de ato judicial a pedido do juízo arbitral
• REQUISITOS: indicação dos juízes (de origem e de cumprimento); petição, despacho e procuração; menção do
ato processual; e assinatura do juiz emitente.
• É NECESSÁRIO fixar prazo.
• A carta tem CARÁTER ITINERANTE. Se houve remessa, deve-se informar imediatamente o juízo na origem.
• Devem ser cumpridas, preferencialmente, por MEIO ELETRÔNICO.
• Caso cumpridas por MEIO ELETRÔNICO, TELEFONE ou TELEGRAMA, devem conter o resumo dos requisitos
acima.
• DEVOLUÇÃO DA CARTA: faltar requisito legal, incompetência em razão da matéria ou da hierarquia e dúvida
acerca da autenticidade.
• CUMPRIDA deve ser devolvida no prazo de 10 dias.
● INTIMAÇÕES
• o advogado da parte poderá requerer que a intimação seja dirigida apenas à sociedade de advogados (desde
que registrada na OAB);
• na intimação deve constar o nome das partes e dos advogados ou sociedade de advogados com o número de
registro na OAB;
• o nome da parte deve ser inteiro, sem abreviatura;
• o nome do advogado deve constar tal como está na procuração ou no registro da OAB;
• o advogado poderá requerer que a intimação seja feita em nome de um dos advogados quando houver mais
de um advogado na procuração, se não observada pelos servidores, implicará a nulidade da intimação;
1º - meio eletrônico;
5º - por oficial de justiça se domiciliado na sede do juízo ou por carta registrada com aviso de recebimento se
domiciliado fora do juízo;
7º - por edital.
Nulidades
● A finalidade do processo é prestar a tutela jurisdicional de forma efetiva, de modo que a declaração de nulidade por
aspectos processuais dependerá da constatação do prejuízo à parte.
● Veda-se à parte atuar contraditoriamente alegando nulidade de ato ao qual deu causa (venire contra factum
proprium).
● Não há nulidade sem prejuízo (pas de nulitté sans grief), de modo que devem ser observados os princípio da
instrumentalidade das formas e da fungibilidade dos atos praticados.
● Nulo o ato por decisão judicial, consideram-se de nenhum efeito todos os subsequentes que dele dependam,
conforme extensão delimitada pelo magistrado, caso não seja possível aproveitá-los.
● A nulidade deve ser alegada, em regra, na primeira oportunidade que a parte tiver para se manifestar nos autos,
com exceção de nulidade declaráveis de ofício e em caso de legítimo impedimento da parte.
● São nulos os atos praticados posteriormente à intimação do Ministério Público quando, em razão da qualidade de
fiscal da ordem jurídica, o parquet não foi intimado. Para tanto, antes do pronunciamento judicial faz-se necessário
colher manifestação do Ministério Público para certificar-se de que houver prejuízo.
Distribuição e do Registro
● O REGISTRO constitui a certificação da existência, que possui diversas finalidades: processual, histórica, estatística,
administrativa, fiscal.
● A DISTRIBUIÇÃO constitui o rateio alternado, aleatório e igual entre os juízes com igual competência.
● Ocorre DISTRIBUIÇÃO POR DEPENDÊNCIA nas hipóteses de a) conexão ou continência; b) extinção anterior sem
julgamento do mérito, quando houver reiteração do pedido; e c) risco de que a haja decisões conflitantes ou
contraditórias se decididas de forma separada, ainda que não haja conexão entre essas duas ações.
● A PROCURAÇÃO é indispensável, exceto para a) postular, com urgência, para evitar preclusão, prescrição, decadência
ou praticar ato urgente (juntar no prazo de 15 dias, prorrogáveis por mais 15); b) representação pela Defensoria
Pública; e c) representação decorrer de norma prevista na CF ou em lei (membro do Ministério Público, advogados
públicos etc.).
● O CANCELAMENTO DA DISTRIBUIÇÃO caso, após intimação, o procurador da parte NÃO realizar o pagamento das
custas e despesas no prazo de 15 dias.
Valor da Causa
● A toda causa será atribuído valor certo, ainda que não tenha conteúdo econômico imediatamente aferível.
TUTELA PROVISÓRIA
● TUTELA DEFINITIVA: aquela obtida com base em cognição exauriente, com profundo debate acerca do objeto da
decisão, garantindo-se o devido processo legal, o contraditório e a ampla defesa.
● TUTELA PROVISÓRIA: tem por finalidade antecipar o gozo de determinado direito ou assegurá-lo a fim de que possa
ser gozado em momento oportuno.
tutela antecipada: é satisfativa e urgente. Além de ser provisória, nessa tutela antecipa-se a concessão da prestação
jurisdicional à parte em razão de alguma situação urgente.
tutela cautelar: é provisória e fundada na urgência. A diferença dessa tutela é que nesse caso ela é conservativa.
Assim, não há concessão da tutela jurisdicional, mas conservação do interesse da parte a fim de que ela possa ser
beneficiada posteriormente com a tutela jurisdicional.
tutela de evidência: caracteriza-se pela provisoriedade e por ser satisfativa. A grande distinção em relação à tutela
antecipada é que não há urgência. Nesse caso, a cessão antecipada da tutela jurisdicional não se funda na urgência,
mas na evidência do direito pleiteado pelo autor.
● SÍNTESE
• antecipada
• provisória
• satisfativa
• urgente
• cautelar
• provisória
• conservativa
• urgente
• evidência
• provisória
• satisfativa
● TUTELA PROVISÓRIA:
tutela de evidência
● A tutela provisória de urgência, cautelar ou antecipada, pode ser concedida em caráter antecedente ou incidental.
● REGRAS GERAIS:
A tutela provisória divide-se em tutela de urgência (que engloba a tutela antecipada e cautelar) e as tutelas e
evidência.
As tutelas provisórias conservam a eficácia durante o período de suspensão do processo, exceto decisão judicial em
sentido contrário.
O juiz poderá determinar as medidas necessárias para efetivação de tutelas provisórias concedidas, inclusive, os
instrumentos previstos para o cumprimento provisório de sentença.
As decisões que envolvem tutela provisórias devem ser claras e precisas (princípio da cooperação).
● FUNGIBILIDADE: no NCPC não temos essa regra, tal como disposta no Código anterior. Observe-se que a
fungibilidade ainda é aplicada de forma específica tão somente para as tutelas de urgência de caráter antecedente,
com base no parágrafo único do art. 305, conforme veremos adiante.
● LEGITIMIDADE: o autor, o réu, os terceiros intervenientes e o Ministério Público (como parte ou fiscal da ordem
jurídica) possuem legitimidade para requerer tais tutelas.
Tutelas de Urgência
plausibilidade do direito
● CAUÇÃO: como a concessão de tutela antecipada implica riscos, pois a cognição é sumária, poderá o magistrado
exigir caução.
com a notificação da parte contrária para apresentar pedido de justificação em face do requerimento
provisório deduzido.
● A tutela de urgência de natureza antecipada NÃO será concedida quando houver perigo de irreversibilidade dos
efeitos da decisão.
registro de protesto contra alimentação de bem - EVITAR TRANSFERÊNCIA supostamente indevida de bem sujeito
a registro
● RESPONSABILIDADE:
Não fornecimento de meios suficientes à citação do requerido no prazo de 5 dias, após a concessão
OBJETIVA da tutela de urgência.
Cassação da tutela provisória de urgência.
Sentença desfavorável.
SUBJETIVA
Sentença resolutória com mérito, em razão do acolhimento de prescrição ou decadência.
ação inicial sumarizada (simplificada) cujo pedido principal é a concessão da tutela antecipada.
● PROCEDIMENTO:
1ª – CONCESSÃO DA TUTELA - Com a concessão da tutela, o autor será intimado para complementar a
argumentação, juntar novos documentos e confirmar o pedido da tutela inicial no prazo de 15 dias.
Em seguida, cita-se o réu para comparecer à audiência de conciliação e mediação. Se frutífera, o termo da
autocomposição será homologado e o processo extinto com resolução de mérito.
Caso não haja autocomposição, o réu sairá intimado da audiência para apresentar a contestação no prazo de
15 dias.
O autor será intimado para emendar a petição inicial no prazo de 5 dias, a fim de que seja dada continuidade
à ação na forma regular.
Caso não haja aditamento, o processo será extinto sem julgamento do mérito.
extingue o processo
com julgamento de
mérito
O recurso impede a estabilização. Literalmente, o recurso cabível dessa decisão interlocutória que concede a tutela
antecipada antecedente é o agravo de instrumento.
A decisão que concede a tutela antecipada não faz coisa julgada, pois fica sujeita à ação revisional pelo prazo de
dois anos. Decorrido esse prazo, há a imutabilização da ação. Dito de outra forma, a decisão que era estável torna-se
imutável e somente poderá ser rescindível nos dois anos seguintes, por ação rescisória.
● PEDIDO:
● Concedida a tutela, a parte autora tem o prazo de 30 dias para ajuizar a ação principal, sem necessidade de
adiantamento de custas processuais, podendo, inclusive, aditar pedidos na forma do §2º, do art. 308, do NCPC.
não impede o ajuizamento da ação principal, exceto no caso de reconhecimento de prescrição ou decadência;
Tutela de Evidência
● CONCEITO: É técnica que serve à tutela provisória, fundada em cognição sumária: a antecipação provisória dos
efeitos da tutela satisfativa. Aqui surge a chamada tutela provisória de evidência. Nestes casos, a evidência se
caracteriza com conjugação de dois pressupostos: prova das alegações de fato e probabilidade de acolhimento da
pretensão processual.
Alegações de fato comprovadas apenas com documentos e tese firmada em julgamento de casos repetitivos ou em
súmula vinculante (liminar).
Ação de depósito, quando quem está com algum bem em razão de contrato de depósito e não a entrega a quem de
direito na forma e nos prazos devidos, poderá a parte demandar tutela de evidência com a cominação de multa em
caso de não devolução no prazo fixado (liminar).
Petição instruída com prova documental suficiente dos fatos constitutivos sem oposição razoável do réu (liminar)
PROCEDIMENTO COMUM
● FORMAÇÃO
● SUSPENSÃO
conceito: suspensão do curso do procedimento, a paralisação da marcha processual, com o veto a que se pratiquem
atos processuais.
hipóteses:
• Suspende-se o processo quando houver morte ou perda da capacidade processual das partes, do
representante legal ou do advogado.
• Suspende-se o processo por convenção das partes (máximo de 6 meses, podendo ser sucessivamente
convencionado).
• Suspende-se o processo por questões preliminares, por, no máximo, 1 ano (verificação de fato ou produção
de provas).
• Suspende-se o processo em razão de força maior.
• Suspende-se o processo quando se discutir questão decorrente de acidente e fatos da navegação de
competência do Tribunal Marítimo.
• Suspende-se o processo nas demais hipóteses previstas no NCPC.
No período de suspensão do processo é vedada a prática de quaisquer atos processuais. Excepcionalmente, alguns
atos podem ser praticados. Isso ocorrerá quando envolver a realização de atos urgentes para evitar danos
irreparáveis.
Quando a análise de processo civil depender de averiguação de fato delituoso, ou seja, de conduta apurada no
âmbito criminal, é possível a suspensão do processo para aguardar a decisão da Justiça Criminal.
● EXTINÇÃO: a sentença extingue o processo, com ou sem resolução de mérito. No caso de a decisão se dar sem
análise de mérito, dada a norma fundamental que impõe o dever de o magistrado perseguir uma solução integral de
mérito, é necessário que se intime a parte prejudicada para que, se possível, possa corrigir o vício.
Procedimento Comum
● INTRODUÇÃO
Fases do processo:
b) organizatória – eventuais diálogos com as partes a fim de emendar ou de complementar a inicial, indeferi-
la, julgar liminarmente o pedido, citação do réu, conciliação e mediação, defesa e reconvenção.
d) decisória - sentença; e
● Petição Inicial
Efeitos:
2º EFEITO: prevenção
Requisitos:
E se não estiverem todos presentes? SERÁ DETERMINADA A EMENDA OU A COMPLEMENTAÇÃO DA PETIÇÃO INICIAL
• HIPÓTESES
• Faltar requisito da petição inicial
Espécies
Interpretação dos pedidos e pedidos implícitos: na interpretação do pedido levar-se-á em consideração o conjunto
da postulação e observar-se-á o princípio da boa-fé.
pedido implícito: aquele que, embora não explicitado no instrumento da postulação, compõe o objeto litigioso do
processo (mérito) em razão de determinação legal. Mesmo que a parte não peça, deve o magistrado examiná-lo e
decidi-lo. São pedidos implícitos:
➢ juros legais;
➢ ressarcimento de despesas processuais e honorários de sucumbência; e
➢ correção monetária.
Pedido em obrigação indivisível: aquele que NÃO participou do processo receberá sua parte, deduzidas as despesas
na proporção de seu crédito.
Modificação do pedido:
● ADMISSIBILIDADE DA AÇÃO
Indeferimento:
Se a petição inicial não for indeferida e se, eventualmente, não for caso de improcedência liminar, com ou sem
resolução de mérito, o juiz designará audiência de conciliação e mediação com antecedência mínima de 30 dias,
devendo ser citado o réu com, pelo menos, 20 dias de antecedência.
● RESPOSTAS DO RÉU
O RÉU PODE:
Contestação
• PRINCÍPIO DA EVENTUALIDADE
• CONCEITO
• o réu deve concentrar toda a matéria de defesa na contestação.
• EXCEÇÕES
• direito ou fato superveniente
• matéria cognoscível de ofício
• litispendência
• coisa julgada
• conexão
Forma e prazo
• Os requisitos da contestação são semelhantes aos da petição inicial. Deve conter, portanto, nome e prenome
das partes, sem necessidade de qualificação, pois já fora feita na inicial. Deve conter, ainda, endereçamento
ao juízo da causa, documentos indispensáveis, requerimento de provas, apresentação dos fatos e
fundamentos jurídicos da defesa.
• O prazo para contestar é de 15 dias (úteis). REGRAS DE CONTAGEM:
2ª REGRA: não houve audiência porque o réu peticionou informando que não deseja participar
da sessão de conciliação e de mediação.
Nos casos em que o direito não admitir composição, o réu será citado na forma tradicional,
por carta ou por mandato, situação em que o prazo irá iniciar a partir da juntada aos Autos do
mandato de citação.
Reconvenção
• A reconvenção é uma ação inversa, em que o demandado propõe contra a parte autora um pedido próprio,
que irá ampliar o objeto da demanda.
• a reconvenção deve ter:
o conexão com a ação principal; ou
o com o fundamento da defesa.
• Segundo a doutrina, são requisitos para a reconvenção:
o Existência de uma causa pendente;
o Apresentação da reconvenção no prazo da contestação;
o O juízo da causa principal deve ser também competente para analisar a reconvenção;
o Os procedimentos da ação e da reconvenção devem ser compatíveis, uma vez que são processados
conjuntamente; e
o Há necessidade de identificação de conexão ou correlação com os fundamentos da defesa.
Revelia
• A revelia também é considerada uma forma de defesa. Trata-se de defesa pela não manifestação do réu que
foi citado.
• Efeitos:
o efeito material: presunção de veracidade das alegações feitas pelo demandante. Trata-se de
presunção relativa contra a qual é possível a produção de provas.
o prazos: em decorrência da revelia, os prazos do réu serão informados com a publicação da decisão,
conforme expressamente disciplina o art. 346, do NCPC:
o preclusão: com a não apresentação da defesa, o réu não poderá mais alegar direitos ou fatos, exceto
se supervenientes, se envolver questões que podem ser conhecidas de ofícios ou que haja expressa
autorização legal para que sejam alegadas em outro momento.
o julgamento antecipado: a revelia traz a possibilidade de julgamento antecipado do processo.
• NÃO SE APLICA A PRESUNÇÃO DE VERACIDADE:
o quando houver pluralidade de réu e um deles contestar a ação (a contestação de um aproveita a
todos);
o quando a demanda envolver direitos indisponíveis;
o quando a petição inicial estiver desacompanhada de documento que a lei considere indispensável para
provar os fatos alegados; e
o quando as alegações de fato formuladas pelo autores forem inverossímeis ou estiverem em
contradição com as provas produzidas nos autos.
Fato Impeditivo, Modificativo ou Extintivo do Direito do Autor: se o réu alegar fato impeditivo, modificativo ou
extintivo do direito do autor, este será ouvido no PRAZO DE 15 (QUINZE) DIAS, permitindo-lhe o juiz a produção de
prova.
➢ FATOS CONSTITUTIVOS: são aqueles que dão vida a um efeito jurídico e à expectativa de um bem por parte de
alguém.
➢ FATOS MODIFICATIVOS: são aqueles que não negam a válida constituição do direito, mas tem por objetivo
alterá-lo.
➢ FATOS EXTINTIVOS: são aqueles que fazem cessar um efeito jurídico e a consequente expectativa sobre um
bem.
Alegações do Réu
➢ Se o réu alegar qualquer das matérias preliminares de contestação, o juiz determinará a oitiva do autor no
prazo de 15 (QUINZE) DIAS, permitindo-lhe a produção de prova.
➢ Verificando a existência de irregularidades ou de vícios sanáveis, o juiz determinará sua correção em PRAZO
NUNCA SUPERIOR A 30 (TRINTA) DIAS.
➢ Cumpridas as providências preliminares ou não havendo necessidade delas, o juiz proferirá julgamento
conforme o estado do processo.
• DECIDE-SE:
o questões processuais pendentes, se houver;
o delimitar as questões de fato sobre as quais recairá a atividade probatória, especificando os meios de
prova admitidos;
o definir a distribuição do ônus da prova;
o delimitar as questões de direito relevantes para a decisão do mérito;
o designar, se necessário, audiência de instrução e julgamento.
▪ despacho para indicar no prazo de 15 dias
▪ 10 testemunhas ao total
▪ 3 testemunhas por fato
Hipóteses de cabimento
• TOTAL:
o NÃO houver necessidade de produção de outras provas;
o o réu for revel.
• PARCIAL:
a) incontrovérsia.
b) hipóteses do art. 355, do NCPC, abrangendo situações em que é desnecessário produzir outras provas ou
quando houver contumácia ou revelia.
PROVAS – PARTE 01
● FASES: abertura > tentativa de conciliação > instrução > debates > decisão > documentação.
● DEMAIS REGRAS
poder de polícia pelo magistrado (manutenção da ordem e do decoro, determinação para retirada em caso de
comportamento inconveniente, possibilidade de requisição policial, tratamento com urbanidade e registro em ata dos
requerimentos).
adiamento da audiência:
Provas
● CONCEITO: a prova constitui um instrumento para a formação do convencimento do juiz sobre os fatos que são
objeto da atuação jurisdicional.
● PRINCÍPIO DA ATIPICIDADE DOS MEIOS DE PROVA: as partes têm o direito de empregar todos os meios legais, bem
como os moralmente legítimos, AINDA QUE não especificados neste Código, para provar a verdade dos fatos em que
se funda o pedido ou a defesa e influir eficazmente na convicção do juiz.
A parte poderá requerer a prova, contudo, o magistrado poderá indeferir as provas que entender inúteis ou
protelatórias.
O juiz também poderá, de ofício, determinar a relação de provas, ainda que não requeridas pelas partes.
O primeiro deles é o princípio do convencimento motivado, que destaca o sistema da persuasão racional do juiz,
ao conferir ao magistrado liberdade para apreciar a prova.
O segundo é o princípio da comunhão das provas, segundo o qual entende-se que as provas produzidas no processo
são compartilhadas entre as partes envolvidas, embora seja dirigida principalmente ao magistrado para que ele possa
formar a convicção e proferir a sentença de forma fundamentada.
● PROVAS EMPRESTADAS
conceito: transporte da prova do primeiro para o segundo processo a fim de que sejam utilizadas como provas
documentais.
requisitos:
O magistrado é livre para apreciar a prova emprestada, atribuindo fundamentadamente o valor que entender
razoável;
Deve ser observado o contraditório antes da decisão que admite a prova emprestada.
Fatos notórios são aqueles que não dependem de prova para serem admitidos como verdadeiros no processo.
Fatos afirmados por uma das partes e confessado pela parte contrária.
• direito municipal
• direito estadual
• direito estrangeiro
• direito consuetudinário
● A COMPETÊNCIA para a ação de produção de provas antecipada é: a) juiz do foro do local em que deve ser produzida
a prova ou o foro do domicílio do réu.
● A ação de produção antecipada de provas NÃO PREVINE a ação decorrente em que a prova produzida
antecipadamente possa ser utilizada.
● NÃO será admitido recurso, EXCETO no caso de indeferimento TOTAL do requerimento originário de produção
antecipada de provas.
● Deve constar da petição de prova antecipada a: a) indicação da razão que justifica o pedido; b) indicação dos fatos
sobre os quais recairá a prova.
● Realizada a prova, os autos permanecerão em cartório para que os interessados possam extrair cópia ou certidão
pelo período de 1 mês, após, os autos serão entregues ao promovente da ação.
Provas em espécie
● ATA NOTARIAL
Dotado de fé pública.
No depoimento pessoal, que depende de requerimento da parte contrária, haverá incidência da pena de confesso
quando a parte adversa:
Regras do depoimento:
• A parte não é obrigada a depor sobre fatos criminosos ou torpes que forem imputados ao depoente.
• A parte não é obrigada a depor sobre fatos que deve guardar sigilo em razão do estado ou profissional.
• A parte não é obrigada a depor sobre fatos que possam implicar desonra à pessoa depoente ou de seus
familiares.
• A parte não é obrigada a depor sobre fatos que impliquem perigo de vida ao depoente ou a sua família.
• As exceções acima NÃO SE APLICAM ÀS AÇÕES DE ESTADO OU DE FAMÍLIA.
● CONFISSÃO
Conceito e elementos
• CONCEITO: está intimamente ligada ao depoimento pessoal, pois a confissão nada mais é do que o próprio
reconhecimento voluntário da ocorrência de um fato contrário ao interesse da parte que confessa e, por
conta disso, favorável à parte contrária.
• Elementos da confissão:
Confissão espontânea ou provocada: a confissão é intencional, ou seja, a parte deve pretender a confissão.
Contudo, a parte pode confessar espontaneamente ou por intermédio de provocações argumentativas.
Confissão e litisconsórcio: a confissão é um ato individual de forma que eventuais pessoas que estejam no mesmo
polo da parte que confessa não serão afetados. Temos aqui a manifestação da autonomia dos litisconsortes.
A confissão é irrevogável, mas PODE SER ANULADA se decorreu de erro de fato ou de coação.
A confissão é, em regra, indivisível, não podendo a parte que a quiser invocar como prova aceitá-la no tópico que
a beneficiar e rejeitá-la no que lhe for desfavorável, porém cindir-se-á quando o confitente a ela aduzir fatos novos,
capazes de constituir fundamento de defesa de direito material ou de reconvenção.
Conceito: sempre que for imprescindível a juntada desse documento ou coisa é possível se valer desse instrumento
de prova, por determinação do juiz.
• Pedido:
finalidade de prova.
circunstâncias do requerimento.
PROVAS – PARTE 02
Prova Documental
Documento público feito por oficial público INCOMPETENTE ou SEM a observância das FORMALIDADES legais tem
eficácia de documento privado.
DOCUMENTO PÚBLICO, com declaração de ciência, prova a ciência e o fato; ao passo que DOCUMENTO PRIVADO,
com declaração de ciência, prova APENAS a ciência.
Considera-se AUTÊNTICO o documento com reconhecimento de firma, com autoria identificada mediante
certificado e, quando apresentado o documento, não restar impugnado pela parte contrária.
REGISTROS DOMÉSTICOS (diários e agendas) e CARTAS somente podem ser utilizados como meio de prova para
certificar recebimento de crédito, anotações que tenham por finalidade suprir a falta de algum título em favor de quem
é apontado como credor e para esclarecer ciência de fatos para os quais não se exige prova determinada.
NOTA ESCRITA pelo credor em qualquer parte do documento quanto à quitação, ainda que não assinada, prova em
benefício do devedor.
LIVROS EMPRESARIAIS provam contra o autor e, em lides entre empresários, a favor do autor.
c) certidões emitidas a partir de documentos e fatos registrados que estão sob o poder de oficiais públicos.
e) cópias dos autos do processo quando atestadas a autenticidade do documento pelo advogado.
f) extratos digitais emitidos de bancos de dados públicos ou privados desde que atestado pelo emitente.
g) reproduções digitalizadas de documentos públicos ou privados quando juntados aos autos pelo: i) auxiliar
de justiça; ii) órgão da justiça ou auxiliares; iii) Ministério Público e auxiliares; iv) Defensoria Pública e seus
auxiliares; v) procuradorias; vi) repartições públicas e respectivos advogados.
O juiz apreciará fundamentadamente, dentro daquilo que o documento permitir, caso contenha ENTRELINHA,
EMENDA, BORRÃO ou CANCELAMENTO.
● CESSAÇÃO DA FÉ DO DOCUMENTO
Em relação aos documentos públicos, eles perdem a fé quando declarada judicialmente a falsidade do documento
não verdadeiro ou alterado.
c) for assinado em branco e o seu conteúdo for impugnado por preenchimento abusivo.
Em relação ao ônus da prova, em ARGUIÇÃO DE FALSIDADE, a prova deve ser feita por quem arguir o preenchimento
abusivo e, em impugnação de autenticidade, compete provar que produziu o documento.
A fé de determinado documento a princípio aceito e, portanto, dotado de fé, ou seja, dotado de caráter de prova,
poderá cessar de diversas formas.
● ARGUIÇÃO DE FALSIDADE
MOMENTOS: a) na contestação (quando juntado com a inicial); b) na réplica (quando juntado com a contestação);
e no prazo de 15 dias contados da intimação, quando juntados no curso do procedimento.
RETIRADA DOS AUTOS: na hipótese de a parte que juntou o documento concordar que o documento não é válido.
DECISÃO: a) interlocutória (se suscitada como questão preliminar); ou b) sentença (se admitida suscitadas como
questão principal).
MOMENTO: o AUTOR produz a prova documental na INICIAL; o RÉU na CONTESTAÇÃO. Após, PRECLUSÃO.
A JUNTADA POSTERIOR é admitida excepcionalmente quando destinada a provar: a) fatos novos; b) fatos antigos,
cuja ciência à possibilidade de juntada ocorreu após a inicial/contestação; c) documentos necessários para contrapor
provas da outra parte, desde que seja igualmente nova, ou seja, após a inicial/contestação.
CONTRADITÓRIO: juntado o documento a parte adversa será intimada para: a) rejeitar a admissibilidade; b)
impugnar a autenticidade; c) arguir a falsidade (com ou sem incidente); d) manifestar-se sobre o documento que foi
adulterado.
MOMENTO DO CONTRADITÓRIO: a) réu manifesta-se na contestação quanto aos documentos juntados na inicial;
b) autor manifesta-se na réplica quanto aos documentos juntados na contestação; e c) quanto aos documentos
juntados em outros momentos do procedimento, intima-se a parte contrária para se manifestar em 15 dias.
DILATAÇÃO do prazo para manifestação: quantidade ou complexidade dos documentos acostados pela parte
contrária.
REQUISIÇÃO de documentos ou processo administrativo de repartições públicas, com envio do original para cópias
ou em meio digital.
● DOCUMENTOS ELETRÔNICOS
A utilização de documentos eletrônicos no processo convencional dependerá de sua conversão à forma impressa e
da verificação de sua autenticidade, na forma da lei.
O juiz apreciará o valor probante do documento eletrônico NÃO CONVERTIDO, assegurado às partes o acesso ao
seu teor.
Serão admitidos documentos eletrônicos produzidos e conservados com a observância da legislação específica.
Prova Testemunhal
fatos já provados ou que possam ser comprovados por intermédio de exame pericial ou por provas documentais
PROVA DE CONTRATO
excepcionalmente admite-se prova testemunhal: quando não pode ou não tem como efetuar a prova (exemplos:
parentesco, depósito necessário e hospedagem).
• menor de 16 anos.
• cego e surdo, quando a ciência do fato depender dos sentidos que lhes faltam.
• cônjuge/companheiro, ascendente ou descendente em qualquer grau e o colateral até 3º grau da parte (não
se aplica quando: a) interesse público exigir b) em causas relativas ao estado da pessoa, quando a prova não
possa ser obtida de outra forma necessária ao julgamento do mérito.
• parte na causa.
• quem intervém em nome da parte como tutor, representante da pessoa jurídica, juiz, advogado ou que
tenham assistido a parte.
são suspeitos
• interesse no litígio
● SUBSTITUIÇÃO DE TESTEMUNHA
a) falecimento;
a) se ele entender que realmente tem conhecimento dos fatos, não poderá atuar na causa. Nesse caso, o magistrado
deve se declarar impedido para julgar o feito, permanecendo como testemunha nos autos.
b) se nada souber sobre os fatos, determinará a retirada do seu nome do rol de testemunhas.
a) Presidente/vice;
b) Min. de Estado;
c) Min. STF, conselheiro do CNJ, Min. STJ, STM, TSE, TST e TCU;
g) Governadores;
h) Prefeito;
●PROCEDIMENTO
juiz solicita a autoridade que indique dia/hora/local e envia cópia da inicial ou da contestação a depender de quem
a arrolou como testemunha
se intimada pelo advogado e juntada o AR nos autos a parte não comparecer, haverá determinação da intimação
judicial.
quando for necessária a oitiva pela via judicial a requerimento da parte e aceita por decisão do juiz.
quando se pretender a oitiva de servidor público ou militar, teremos a requisição para a chefia.
quando se pretender a oitiva de testemunha arrolada pelo Ministério Público ou pela Defensoria.
quando se pretender a oitiva de autoridade com prerrogativa de definir dia, hora e local do ato.
● INTIMAÇÃO
• formas:
• 1ª - intimação por carta com AR pelo advogado, que juntará o comprovante de intimação 3 dias antes
da audiência.
• 2ª – advogado leva a testemunha independentemente de intimação (inviabiliza a intimação judicial
em caso de não comparecimento)
• 3ª – intimação judicial: a) parte intimada por AR pelo advogado não comparecer; b) requerimento
fundamentado do advogado; c) requisição de servidor público ou militar; d) oitiva de MP e DP; e e)
oitiva de autoridade com prerrogativa de definir dia, hora e local.
• No caso de intimação judicial o não comparecimento implica:
• a) condução coercitiva
1º - a testemunha é admitida e será ouvida na forma regular, conforme a ordem de oitiva acima analisada.
2º - constata-se que a testemunha incorre em algum dos impedimentos para testemunhar (incapacidade, suspeição
ou impedimento). Nesse caso, identificada algumas dessas situações – seja de ofício pelo magistrado seja por
contradita das partes – o juiz poderá:
a) dispensar a testemunha; ou
3º - testemunha poderá se escusar a depor quando o fato puder acarretar grave dano a si próprio ou ao seu
cônjuge/companheiro ou parentes até 3º grau ou se tiver o dever de sigilo em face do estado ou profissão.
O juiz exerce poder de polícia no ato processual e, além disso, não admitirá questionamentos indutivos e que não
tenham relação com as questões objeto da prova.
Admite-se, por decisão de ofício ou a requerimento, a acareação que será realizada com a finalidade de esclarecer
manifestações divergentes das partes.
Perícia
Será INDEFERIDA a perícia quando os fatos não dependerem de conhecimento especial técnico, for desnecessária em
face de outras provas já produzidas nos autos ou quando impraticável a produção de provas técnicas.
A PERÍCIA poderá ser SIMPLIFICADA para prova técnica de menor complexidade e consiste tão somente na inquirição
do especialista em audiência.
Quanto ao PROCEDIMENTO, temos: a) nomeação do perito pelo juiz com a fixação do prazo para entrega do laudo; b)
intimação das partes para, em 15 dias, arguir impedimento ou suspeição do perito, indicar assistente técnico e
apresentar quesitos; c) intimação do perito para, em 5 dias, propor honorários, apresentar currículo e especificar
contatos profissionais; d) intimação das partes para manifestação; e) fixação do honorários pelo magistrado; f)
adiantamento dos honorários com a possibilidade de determinação de levantamento de até 50% de adiantamento.
Será SUBSTITUÍDO o perito quando faltar conhecimento técnico ou científico ou quando deixar de cumprir o encargo
no prazo assinalado (injustificadamente).
A prova pericial pode ser DISPENSADA quando houver pareceres técnicos ou documentos elucidativos que considerar
suficientes.
DEVE CONSTAR DA PERÍCIA (em linguagem simples e com coerência lógica): a) exposição da pessoa/coisa objeto da
perícia; b) análise técnica/científica; c) método de trabalho; e d) responsa conclusiva dos quesitos.
O perito deve PROTOCOLAR o laudo, pelo menos, 20 dias antes da audiência. Após, as partes são intimadas para, no
prazo de 15 dias, se manifestarem. Se houver requerimento, o perito será intimado a prestar esclarecimentos.
REALIZAÇÃO DE NOVA PERÍCIA será determinada quando o esclarecimento for insuficiente da primeira perícia. Essa
nova perícia: a) rege-se pelas regras da primeira perícia; e b) não substitui a primeira perícia atuando como instrumento
probatório completar.
INSPEÇÃO JUDICIAL
Volta-se para o exame de pessoas ou coisas para esclarecer ponto controvertido do processo.
A inspeção judicial pode ocorrer no juízo ou no local da coisa ou da pessoa se necessário à elucidação, se difícil
apresentação ou se for determinada a reconstituição dos fatos.
SENTENÇA
Disposições Gerais
CONCEITO DOUTRINÁRIO DE SENTENÇA: ato jurídico do qual decorre uma norma jurídica individualizada, ou
simplesmente norma individual, que se diferencia das demais normas jurídicas (leis, por exemplo) em razão da
possibilidade de tornar-se indiscutível pela coisa julgada.
▪ PRAZO DE 15 DIAS
▪ RETRATAÇÃO do juiz sentenciante NO PRAZO DE 5 DIAS.
A sentença que põe fim à fase de conhecimento sem análise do mérito não impede que a parte possa novamente
propor a mesma demanda. PARA REPROPOSITURA DE NOVA AÇÃO EM FACE DE PRONUNCIAMENTO SEM RESOLUÇÃO
DO MÉRITO
PEREMPÇÃO
➢ três abandonos da causa (deixar de dar andamento ao processo por mais de 30 dias quando lhe competia
dar andamento ou cumprir diligências determinadas pelo juiz).
➢ implica a impossibilidade de discutir o mesmo objeto contra as mesmas partes
➢ não impede que o objeto seja utilizado como matéria de defesa
A fundamentação é o ponto central da sentença, pois é o local em que o magistrado analisa o problema jurídico
posto pelas partes.
▪ Apenas indicar, reproduzir ou parafrasear o ato normativo sem relacioná-lo com as questões a serem
decididas.
▪ Empregar conceitos jurídicos indeterminados sem explicar a incidência no caso concreto.
▪ Invocar motivos genéricos, que possam justificar qualquer outra decisão no processo.
▪ Não enfrentar todos os argumentos apresentados pelas partes capazes de contrariar a tese adotada pelo
julgador.
▪ Apenas fizer referência a determinado precedente ou súmula, sem demonstrar que o caso concreto se amolda
aos fundamentos do julgado ou súmula.
SENTENÇA LÍQUIDA
o a taxa de juros
o a periodicidade de capitalização dos juros
▪ exceções:
sentença infra petita - ocorre quando o juiz não aprecia um dos pedidos formulados (esquece)
sentença extra petita - ocorre quando o juiz aprecia um pedido fora daquilo que foi demandado (inventa)
sentença ultra petita - ocorre quando o juiz decide para além daquilo que foi demandado (ultra)
Remessa Necessária
CONCEITO: constitui eficácia da sentença e um óbice para a formação da coisa julgada. NÃO se trata de recurso,
uma vez que independe da manifestação de irresignação da parte prejudicada pela sentença.
HIPÓTESES
• REGRA
• condenações contra a União, DF, Estados e Municípios (+ autarquias e fundações públicas)
• julgamento procedente de embargos à Execução
• EXCEÇÕES
• Condenação contrária à União (+ autarquias/fundações) inferior a 1000 salários-mínimos.
• Condenação contrária ao Estado, DF ou município de capital inferior a 500 salários-mínimos.
NAS PRESTAÇÕES DE FAZER OU DE NÃO FAZER: a sentença irá determinar providência específica ou assegurar o resultado
prático pretendido.
Além da possibilidade de tutela específica de fazer ou não fazer (prevista no caput) temos a tutela inibitória e de
remoção de ilícito.
➢ A tutela inibitória tem por finalidade, como o próprio nome indica, de inibir determinada prática, repetição
ou continuidade de ilícito.
➢ A tutela de remoção de ilícito, por sua vez, tem a finalidade de eliminar eventual situação de ilicitude ou
de remoção dos efeitos concretos que derivam de determinada situação ilícita. Aqui, a prática ilícita implica
a produção de efeitos concretos continuados.
NAS PRESTAÇÕES DE ENTREGAR COISA: SOMENTE haverá conversão da tutela específica em perdas e danos em duas
hipóteses:
Coisa Julgada
formal: preclusão temporal que não permite mais a discussão daquele processo
material: qualidade da sentença que torna imutável e indiscutível a decisão de mérito não mais sujeita a recurso
A sentença de mérito tem força de lei nos limites daquilo que foi decido e em relação às questões expressamente
decididas pelo juiz. Assim, é possível que tenhamos questões que dizem respeito ao mérito de determinado processo,
mas que não foram decididas expressamente e, em razão disso, não são qualificadas pela coisa julgada material.
Apenas fará coisa julgada material aquilo que constar do dispositivo da sentença.
COISA JULGADA
• FAZ - o dispositivo, inclusive as questões prejudiciais, se necessárias para o julgamento do mérito, com efetivo
contraditório e competente o magistrado (em razão da matéria e da pessoa)
• NÃO FAZEM
• motivos
• verdade dos fatos
É VEDADO à parte discutir, no curso do processo, as questões já decididas a cujo respeito se operou a preclusão.
• PRECLUSÃO
• Temporal - perda da prerrogativa de praticar ato processual em face do tempo
• Lógica - perda da prerrogativa de praticar ato processual pela prática de ato incompatível
• Consumativa - perda da prerrogativa de praticar ato processual pelo exercício da referida faculdade.
Liquidação de Sentença
CONCEITO: incidente processual, que tem por finalidade apurar quantias ilíquidas fixadas na sentença (apuração
do quantum debeatur).
ESPÉCIE:
➢ LIQUIDAÇÃO POR ARBITRAMENTO - apuração do valor devido pelo arbitramento do juiz ou por perícia.
➢ LIQUIDAÇÃO POR ARTIGOS - apuração do valor devido com procedimento comum
➢ LIQUIDAÇÃO POR CÁLCULOS - apuração do valor devido por cálculo aritmético
liquidação pelo procedimento comum (por artigos) a apuração do valor devido depende de provar fatos novos.
liquidação por cálculos será utilizada quando necessário tão somente cálculo aritmético para apuração do valor
devido.
Cumprimento da Sentença
DISPOSIÇÕES GERAIS
INTIMADO:
por carta com AR quando o réu for representado pela Defensoria Pública ou quando não tiver procurador
constituído no processo, a não ser na hipótese de réu revel, cuja intimação ocorre por edital;
por meio eletrônico em relação às empresas que são obrigadas a manter cadastro perante os órgãos
judiciários.
por edital, quando o réu for citado por edital (desconhecido ou incerto o citando, quando ignorado, incerto
ou inacessível o lugar em que se encontrar o citando) no processo de conhecimento e permaneceu revel ao
longo do procedimento.
As decisões homologatórias de autocomposição são também espécies de título executivo judicial. Esses acordos de
homologação podem ser executados no bojo do processo (autocomposição judicial) ou independentemente da
existência do processo (autocomposição extrajudicial).
O formal e a certidão de partilha também são considerados títulos executivos judiciais, pois constituem a sentença
de inventário.
O crédito de auxiliar da justiça referente às despesas do processo (custas, emolumentos ou honorários), concedido
==137435==
Do mesmo modo, a sentença arbitral poderá ser levada ao Poder Judiciário a fim de que seja efetivada
judicialmente. É importante destacar que essa sentença produz título executivo judicial!
As decisões estrangeiras possuem, também, natureza de título executivo judicial. Tanto as sentenças como as
decisões interlocutórias podem ser consideradas título executivo judicial.
São três hipóteses de competência para o cumprimento de sentença e uma regra de flexibilização.
➢ Caso se trate de processo que esteja tramitando originariamente no tribunal, será o próprio tribunal o órgão
competente para o cumprimento.
➢ Caso se trate de processo que tramite no primeiro grau de jurisdição, a competência será, em regra, do órgão
que sentenciou o processo.
➢ Caso se trate de processo cujo título executivo se formou no juízo penal, arbitral, no estrangeiro ou em tribunal
marítimo, o cumprimento de sentença tramitará no juízo competente para analisar a matéria cível, caso o
processo fosse ajuizado diretamente no juízo cível.
Em relação às duas últimas hipóteses, há a possibilidade de que o cumprimento da sentença seja promovido:
no domicílio do executado;
no juízo do local onde deve ser cumprida a obrigação de fazer ou de não fazer.
PROTESTO
Da prolação da sentença transitada em julgado o exequente (credor) poderá requerer ao juiz a intimação do
executado (devedor) para efetuar o cumprimento da sentença no prazo de 15 dias. Decorrido esse prazo sem o
pagamento, temos a possibilidade de utilização do protesto da sentença judicial.
REGRAS ESPECÍFICAS
Hipóteses:
Se o condenado não efetuar o pagamento no prazo de 15 dias, o juiz determinará a expedição de mandado de
penhora e a avaliação dos bens do executado a fim de quitar o valor devido.
No caso de alegação de excesso de execução, deverá o executado, ao impugnar, informar o valor que entende
correto, mediante apresentação de um demonstrativo descriminado e atualizado dos valores.
A impugnação não possui, em regra, efeito suspensivo. Isso significa dizer que uma vez protocolada a petição de
impugnação ao cumprimento de sentença, o prosseguirá. Nesse contexto, o §6º prevê que a apresentação da
impugnação não impede a prática de atos executivos, inclusive atos de expropriação de bens do executado.
➢ Admite-se que, no caso concreto, o magistrado conceda efeito suspensivo à impugnação, que depende de:
1º – requerimento do executado;
A impugnação somente poderá ser apresentada até o trânsito em julgado da decisão exequenda. Após o trânsito,
e em razão da imutabilidade da decisão no corpo do processo, a parte deverá ajuizar uma ação rescisória.
Uma vez determinado pelo juiz o pagamento de verba alimentícia, o réu tem três possibilidades:
Nesse caso, o juiz irá avaliar a escusa, deferindo ou não a impossibilidade de pagamento.
3ª – nada fazer.
➢ Protesto
➢ Prisão civil
A prisão civil será decretada, em regime fechado, pelo prazo de 1 a 3 meses, que não eximirá o executado do
cumprimento da prestação alimentícia.
Se o réu estiver preso e, durante o período recluso, houver o pagamento, será suspensa a prisão civil.
Às condenações contra a Fazenda Pública não se aplicam a multa de 10% em caso de não pagamento espontâneo
no prazo de 15 dias.
ilegitimidade da parte
No caso de obrigações de fazer ou não fazer, a condenação será para a prática da tutela específica (ou seja, fazer
ou não fazer) ou obtenção de tutela pelo resultado prático equivalente.
Se necessário, o juiz poderá determinar a expedição de mandado de busca e apreensão para cumprimento da
obrigação, devendo ser cumprido por dois oficiais de justiça.
O não atendimento à determinação judicial no mandado de busca e apreensão implica litigância de má fé.
astreintes: multa pecuniária pelo não cumprimento da obrigação de fazer ou não fazer. Pode ser aplicada em
qualquer momento do procedimento (fase de conhecimento ou execução). O magistrado deverá fixar a multa em valor
compatível, suficiente e por prazo razoável a fim de compelir o devedor a cumprir a obrigação.
Quando se tratar de bem móvel expede-se o mandado de busca e apreensão para, conforme o nome já nos indica,
apreender o bem imóvel e entregá-lo a quem é de direito.
Quando se tratar de bem imóvel, haverá expedição de mandado de imissão na posse do réu a fim de reparar o
esbulho na posse. O esbulho é o ato por meio do qual a pessoa é privada de bem do qual seja proprietário ou tenha a
posse.
RECURSOS
● PRESSUPOSTOS RECURSAIS: são requisitos formais dos recursos, analisados no juízo de admissibilidade do recurso,
que implicam, caso algum deles esteja ausente, a não admissão do recurso.
requisitos intrínsecos
requisitos extrínsecos
Disposições Gerais
● CONCEITO: O recurso é um remédio voluntário e idôneo, apto a ensejar, dentro do mesmo processo, a reforma, a
invalidação, a integração ou o esclarecimento da decisão judicial que se impugna.
● ESPÉCIES
apelação
agravo de instrumento
agravo interno
embargos de declaração
recurso ordinário
recurso extraordinário
embargos de divergência
● EFEITOS
EFEITO DEVOLUTIVO: Será devolvida ao conhecimento do tribunal toda a matéria efetivamente impugnada pela parte
em seu recurso (tantum devolutum quantum appellatum).
➢ EXTENSÃO DO EFEITO DEVOLTIVO: delimitação do objeto do recurso pela parte recorrente (horizontal)
➢ PROFUNDIDADE DO EFEITO DEVOLUTIVO: possibilidade de reanálise de todas as questões suscitadas ou de
ordem pública (vertical)
EFEITO TRANSLATIVO: Efeito que viabiliza a análise a qualquer tempo de matérias cognoscíveis de ofício, ainda que não
tenham sido analisadas pelo juiz ou alegadas pela parte.
EFEITO SUSPENSIVO: forma de evitar a produção de efeitos da decisão atacada enquanto estiver pendente o julgamento
do recurso.
➢ pode ser:
o ope legis: quando expressamente previsto na legislação.
o ope judicis: concedido pelo relator quando houver:
▪ risco de dano grave, de difícil ou impossível reparação; E
▪ demonstração de probabilidade de provimento do recurso.
EFEITO REGRESSIVO: possibilidade de o juiz prolator da decisão recorrida (sentença ou interlocutória) “voltar atrás” e
modificar a sentença, retratando-se.
EFEITO EXPANSIVO: o recurso terá efeito para além dos limites das partes (subjetivo) e de outros atos processuais ao
longo do processo (objetivo).
● LEGITIMIDADE RECURSAL
a parte vencida;
o terceiro prejudicado; ou
● RECURSO ADESIVO:
➢ recurso de apelação;
➢ RExt;
➢ REsp.
O recurso adesivo deve ser dirigido ao órgão perante o qual o recurso independente fora interposto, no prazo de
que a parte dispõe para responder.
O recurso adesivo não será conhecido se houver desistência do recurso principal ou se ele for considerado
inadmissível.
● DESISTÊNCIA
independe de aceitação
sentença homologatória
● RENÚNCIA
independe de aceitação
Se proferida a decisão e as partes forem intimadas por carta registrada, considera-se o dia do começo do prazo a
data de juntada aos autos do aviso de recebimento.
Se proferida a decisão e as partes forem intimadas por oficial de justiça, considera-se dia do começo do prazo a data
de juntada aos autos do mandado cumprido.
Se proferida a decisão e as partes forem intimadas por ato do escrivão ou do chefe de secretaria, considera-se
intimada na data de ocorrência da citação ou da intimação.
Se proferida a decisão e as partes forem intimadas por edital, considera-se dia do começo do prazo o dia útil seguinte
ao fim da dilação assinada pelo juiz.
Se proferida a decisão e as partes forem intimadas de forma eletrônica, considera-se dia do começo do prazo o dia
útil seguinte à consulta ao teor da citação ou da intimação ou ao término do prazo para que a consulta ocorra.
Se proferida a decisão e as partes forem intimadas por cumprimento de carta (precatória, de ordem ou rogatória),
considera-se o dia do começo do prazo a data de juntada da carta aos autos de origem devidamente cumprida.
● PREPARO
CONCEITO: custas do recurso + valor de porte e de remessa (esse último não tem se o recurso for eletrônico)
DISPENSADOS DO PREPARO:
➢ MP
➢ Administração Direta (União, DF, Estados e Municípios)
➢ Autarquias
Insuficiência/ausência:
➢ NÃO PAGAMENTO DO PREPARO NO PRAZO: a parte será intimada para pagar o preparo em dobro, sob pena
de deserção;
➢ PAGAMENTO A MENOR: a parte será intimada para complementar o preparo no prazo de 5 dias, sob pena de
deserção.
Não admissão do recurso por falta de preparo poderá ser relevada quando a parte demonstrar a impossibilidade de
efetuar o preparo (reconhecido esse justo motivo, a parte será intimada para, no prazo de 5 cinco dias, efetuar o
preparo);
O equívoco no preenchimento da guia também não gerará deserção (sanar o vício, no prazo de 5 dias, em caso de
dúvida).
Independem de Preparo
➢ embargos de declaração
➢ agravo em REsp e RExt
➢ embargos infringentes na LEF
➢ recursos do ECA
Apelação
● CONCEITO: o recurso que se interpõe das sentenças dos juízes de primeiro grau de jurisdição para levar a causa ao
reexame dos tribunais de segundo grau, visando à obtenção de uma reforma total ou parcial da decisão impugnada,
ou mesmo a sua invalidação.
● CABIMENTO:
de sentença;
indeferimento de inicial
sentenças terminativas
● PRAZO: 15 dias
➢ não admitir o recurso por ausência dos pressupostos de admissibilidade do recurso ou quando prejudicado ou
que não tiver impugnado especificamente os fundamentos da decisão recorrida.
➢ negar provimento a recurso que for contrário:
➢ depois de facultada a apresentação de contrarrazões, dar provimento ao recurso se a decisão recorrida for
contrária:
elaborar seu voto para julgamento do recurso pelo órgão colegiado do tribunal.
condenação em alimentos
decreto de interdição
● EFEITO DEVOLUTIVO: todas as questões suscitadas e discutidas no processo, ainda que não tenham sido
solucionadas, desde que relativas ao capítulo impugnado (profundidade).
falta de fundamentação
Agravo de Instrumento
● CONCEITO: é o recurso adequado para atacar decisões interlocutórias proferidas no curso do processo.
● HIPÓTESES DE CABIMENTO
tutelas provisórias
exclusão de litisconsorte
● FORMAÇÃO DO INSTRUMENTO
peças obrigatórias:
➢ petição inicial
➢ petição que ensejou a decisão agravada
➢ decisão agravada
➢ certidão de intimação das partes da decisão agravada ou outro documento que comprove a tempestividade
➢ procurações outorgadas aos advogados das partes
facultativas + declaração: a parte poderá juntar outras peças e deverá declarar se não existir nos autos algumas das
peças obrigatórias.
● NÃO HÁ PRECLUSÃO CONSUMATIVA PELA NÃO JUNTADA DE ALGUM DOS DOCUMENTOS OBRIGATÓRIOS: parte deve
ser intimada para se manifestar.
● INTERPOSIÇÃO:
1ª hipótese: uma das partes agrava diretamente no tribunal e comunica o juízo na origem. Nesse caso, se
presentes os requisitos, o agravo será admitido. Nada poderá fazer a parte contra quem se agravou.
2ª hipótese: uma das partes agrava diretamente no tribunal, não comunica o juízo na origem e a parte
agravada nada alega. Nesse caso, devido à inércia do agravado, o recurso de agravo de instrumento será
admitido (se presentes os demais requisitos).
3ª hipótese: uma das partes agrava diretamente no tribunal, não comunica o juízo na origem e a parte
agravada prova a não comunicação no prazo de 3 dias. Nesse caso, o recurso de agravo de instrumento não
será admitido.
● CONHECIMENTO DO AGRAVO:
NEGATIVO: não conhecer de recurso inadmissível, prejudicado ou que não tenha impugnado especificamente os
fundamentos da decisão recorrida.
POSITIVO: Se não verificar uma das hipóteses acima, o relator terá prazo de 5 dias para:
Agravo Interno
● CONCEITO: expediente recursal utilizado para se insurgir contra decisões interlocutórias do relator de processos
que tramitam em tribunais.
● PRAZO: 15 dias
● CONCEITO: expediente recursal voltado a forçar a admissibilidade do RExt ou REsp no juízo “ad quem”.
● PRAZO: 15 dias
● PROCEDIMENTO:
O agravo poderá ser julgado, conforme o caso, conjuntamente com o recurso especial ou extraordinário, assegurada,
neste caso, a sustentação oral, observando-se, ainda, o disposto no regimento interno do tribunal respectivo.
Embargos de Declaração
● CONCEITO: não tem por finalidade cassar ou reformar a decisão proferida. Pretende-se, com os embargos de
declaração, esclarecer, integrar, corrigir e completar a decisão prolatada.
● PRAZO: 5 dias
esclarecer obscuridade: falta clareza na redação da decisão, afetando a compreensão da ideia exposta.
suprir omissão: verificação de omissão na análise de algum dos pedidos formulados. Considera-se omissa a decisão
que
➢ deixar de se manifestar em relação a teses trazidas por uma das partes em julgados de casos repetitivos ou de
incidentes de assunção de competência.
➢ Faltar fundamentação, que:
o apenas indicar, reproduzir ou parafrasear o ato normativo sem relacioná-lo com as questões a serem
decididas.
o empregar conceitos jurídicos indeterminados sem explicar a incidência no caso concreto.
o invocar motivos genéricos, que possam justificar qualquer outra decisão no processo.
o não enfrentar todos os argumentos apresentados pelas partes capazes de contrariar a tese adotada
pelo julgador.
o apenas fizer referência a determinado precedente ou súmula, sem demonstrar que o caso concreto
se amolda aos fundamentos do julgado ou súmula.
o pelo contrário, deixar de seguir súmula, jurisprudência ou precedentes invocados pela parte sem
demonstrar a inaplicabilidade ao caso concreto ou a superação do entendimento anteriormente
adotado.
● INTERRUPÇÃO DO PRAZO: oposto o recurso de embargos de declaração, o prazo para interposição de outros
recursos é INTERROMPIDO e, após o julgamento, o prazo será integralmente devolvido à parte para apresentação do
recurso
● 5 DIAS
prazo para a parte contrária se manifestar quanto aos embargos opostos (se infringentes)
● DECISÃO
para que o recurso especial ou extraordinário sejam conhecidos, deve constar pré-análise e julgamento prévio pelos
tribunais de segunda instância da matéria que se pretende recorrer.
a mera interposição dos embargos de declaração já é suficiente para prequestionar a matéria, independentemente
de rejeição dos embargos pelo tribunal de segundo grau.
CONTRADITÓRIO: necessidade de intimar o embargado para complementar as razões (no prazo de 15 dias) e a
parte contrária para se manifestar (prazo de 5 dias).
● HIPÓTESES DE CABIMENTO:
STF:
➢ o habeas corpus, o mandado de segurança, o habeas data e o mandado de injunção decididos em única
instância pelos Tribunais Superiores, se denegatória a decisão.
➢ o crime político.
STJ:
➢ habeas corpus e mandados de segurança decididos em única instância pelos Tribunais Regionais Federais ou
pelos tribunais dos Estados, do Distrito Federal e Territórios, quando denegatória a decisão;
➢ as causas em que forem partes Estado estrangeiro ou organismo internacional, de um lado, e, do outro,
Município ou pessoa residente ou domiciliada no País.
● PRAZO: 15 dias
● HIPÓTESES DE CABIMENTO
em recurso extraordinário ou em recurso especial, divergir do julgamento de qualquer outro órgão do mesmo
tribunal, sendo os acórdãos, embargado e paradigma, de mérito.
em recurso extraordinário ou em recurso especial, divergir do julgamento de qualquer outro órgão do mesmo
tribunal, sendo um acórdão de mérito e outro que não tenha conhecido do recurso, embora tenha apreciado a
controvérsia.
● DEMONSTRAÇÃO DA DIVERGÊNCIA: com a juntada da petição de embargos do acórdão paradigma, seja por certidão,
cópia, referência à repositório de jurisprudência, mídia eletrônica que contenha a publicação ou a reprodução nos
autos do julgado com indicação precisa da fonte (meio mais comum).
● CONCEITO: espécies recursais que não estão voltadas para o reexame de matéria já decidida no contexto interpartes.
Não se colocam para analisar a justiça da decisão de segundo grau. São recursos voltados para tutelar o sistema, o
direito objetivo, não diretamente o direito das partes.
● CARACTERÍSTICAS:
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não são providos de efeito suspensivo (ope legis), mas admitem concessão judicial (ope judicis)
exigem prequestionamento.
● CABIMENTO
cabimento do RExt:
cabimento do REsp:
a) Se o RExt discutir questão constitucional sobre a qual não foi reconhecida a repercussão geral ou
esteja contrário à repercussão geral já reconhecida.
b) Se o RExt ou REsp estiverem em contradição com acórdão do STF ou do STF decidido em IRDR.
4ª POSSIBILIDADE: selecionar o recurso para envio ao STF ou STJ como processos paradigma de recursos especiais
ou extraordinários repetitivos
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A) Se o juízo de admissibilidade for positivo (houve conhecimento do recurso), os autos serão enviados
ao tribunal superior para processamento.
B) Se o juízo de admissibilidade for negativo (não for conhecido o recurso por ausência dos
pressupostos processuais), a parte poderá agravar de instrumento na forma do art. 1.042, do NCPC,
que já estudamos.
● REPERCUSSÃO GERAL: questões relevantes do ponto de vista econômico, político, social ou jurídico que ultrapassem
os interesses subjetivos do processo.
AÇÕES CONSTITUCIONAIS
Noções Constitucionais
● CABIMENTO CONSTITUCIONAL: conceder-se-á mandado de segurança para proteger direito líquido e certo, NÃO
amparado por “habeas-corpus” ou “habeas-data”, quando o responsável pela ilegalidade ou abuso de poder for
autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no exercício de atribuições do Poder Público.
● FINALIDADE: proteger o direito líquido e certo contra a ilegalidade ou o abuso de poder do Estado.
● AÇÃO SUBSIDIÁRIA: ajuizável apenas se não couber habeas corpus ou habeas data.
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Lei nº 12.016/2009
● DIREITO LÍQUIDO E CERTO: direito que não gera dúvidas, que pode ser demonstrado com os documentos constantes
do processo, sem a necessidade de instrução probatória.
autoridade coatora federal: se a consequência do ato abusivo ou ilegal houver de ser suportado pela União ou por
entidade controlada pela União.
●LEGITIMIDADE ATIVA
MS Coletivo:
• partido político com representação no Congresso Nacional, para defesa dos interesses dos filiados ou em
defesa da finalidade partidária
• organização sindical
• entidade de classe
• associação, regulamente constituída há mais de 1 ano, para defesa de parte ou de todos os seus membros,
sem a necessidade de concessão de autorização especial para agir
● LEGITIMAÇÃO EXTRAORDINÁRIA: o titular de direito líquido e certo decorrente de direito, em condições idênticas,
de terceiro poderá impetrar mandado de segurança a favor do direito originário, se o seu titular não o fizer, no prazo
de 30 (TRINTA) DIAS, quando notificado judicialmente.
● PROCEDIMENTO
Petição Inicial
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• Petição inicial, que deverá preencher os requisitos estabelecidos pela lei processual, será apresentada em 2
(duas) vias com os documentos que instruírem a primeira reproduzidos na segunda e indicará, além da
autoridade coatora, a pessoa jurídica que esta integra, a qual se acha vinculada ou da qual exerce atribuições.
• Providências iniciais
o determinar a notificação da autoridade coatora para que preste informações no prazo de 10 dias;
o cientificar o órgão de representação judicial da pessoa jurídica vinculada para integrar no feito; e
o determinar a suspensão liminar do ato que deu origem ao pedido.
• NÃO SERÁ CONCEDIDA MEDIDA LIMINAR
o compensação de créditos tributários.
o entrega de mercadorias e bens proveniente do exterior.
o reclassificação ou equiparação de servidores públicos.
o concessão de aumento ou a extensão de vantagens ou pagamento de qualquer natureza.
• TUTELA PROVISÓRIA ANTECIPADA EM MANDADO DE SEGURANÇA
o Regra: admissível.
o Requisitos: a) relevância do fundamento; e b) ineficácia da medida, se concedida apenas ao final.
o Decisão interlocutória: da qual cabe agravo de instrumento, seja concessivo ou negativo.
o Tramitação preferencial: se concedida.
o Não será concedida em: a) compensação de créditos tributários; b) entrega de mercadorias e bens
proveniente do exterior; c) reclassificação ou equiparação de servidores públicos; e d) concessão de
aumento ou a extensão de vantagens ou pagamento de qualquer natureza
INDEFERIMENTO LIMINAR
• Indefere-se liminarmente a petição de mandado de segurança quando não for hipótese de cabimento da ação.
• Indefere-se liminarmente a petição de mandado de segurança quando faltar algum dos requisitos legais da
ação.
• Indefere-se liminarmente a petição de mandado de segurança quando já houver decaído o direito de impetrar
o mandado (cujo prazo é de 120 dias).
MANIFESTAÇÃO DO MP E SENTENÇA
RECURSO
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devem ser levados a julgamento na instância superior na primeira sessão seguinte à data em que forem conclusos.
● PRAZO PARA O MANDADO DE SEGURANÇA: é decadencial e de 120 dias, a contar da ciência do ato impugnado
INTRODUÇÃO
A ACP e a AP podem ser utilizadas tanto para proteção do patrimônio público como para a defesa do meio
ambiente.
FUNDAMENTO
ACP
AP
➢ moralidade administrativa
➢ meio ambiente
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PRINCÍPIOS
Lei nº 4.717/1965
ação constitucional
visa tutelar liberdades públicas (patrimônio público e violações à moralidade e ao meio ambiente)
NATUREZA JURÍDICA
ação especial
ação constitucional
LEGITIMIDADE
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Legitimidade Ativa
É legitimado: Não tem legitimidade:
Cidadão
Brasileiro equiparado (ou quase nacional) Menor de 16 anos
* prova da reciprocidade Estrangeiros e apátridas, ainda que residentes.
Maior de 16 e menor de 18, se estiver no pleno Pessoa jurídica
gozo dos direitos políticos Ministério Público
* necessita de assistência em razão da * atua como fiscal da ordem jurídica
incapacidade de estar em juízo
É hipótese de substituição processual
Legitimidade Passiva
Administração Pública de uma forma geral, direta ou indireta, e pessoas jurídicas que administrarem ou
receberem verbas de natureza pública podem ser demandas como rés na ação popular.
* se o patrimônio público da PJ representar menos de 50% do patrimônio da empresa ou da receita anual, a
responsabilidade patrimonial é limitada à repercussão sobre a contribuição pública.
Objeto:
COMPETÊNCIA: conforme a origem do ato impugnado, é competente para conhecer da ação, processá-la e julgá-
la, o juiz que, de acordo com a organização judiciária de cada Estado, o for para as causas que interessem à União, ao
Distrito Federal, ao Estado ou ao Município.
PROCESSO
• CONTESTAÇÃO - prazo de 20 dias (prorrogação por mais 20 dias, QUANDO difícil a produção da prova
documental)
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Da sentença que implicar a extinção sem julgamento de mérito ou improcedência haverá DUPLO GRAU DE
JURISDIÇÃO OBRIGATÓRIO.
Lei nº 7.347/1985
➢ Interesse Difuso
➢ Interesse Coletivo
LEGITIMIDADE
Ativa: legitimação para a ação civil pública é disjuntiva e concorrente. É denominada de concorrente pois qualquer
pessoa poderá agir em defesa de direito próprio. Por outro lado, denomina-se disjuntiva porque, na medida em que
uma parte legítima ingressa com a ACP, os demais não poderão mais ingressar em juízo com a mesma ação, sob pena
de caracterização da litispendência.
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Ministério Público
Defensoria Pública
associação constituída há, pelo menos, 1 ano e que tenha, entre suas finalidades, a proteção ao patrimônio público
e social, ao meio ambiente, ao consumidor, à ordem econômica, à livre concorrência, aos direitos de grupos raciais,
étnicos ou religiosos ou ao patrimônio artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico
Passiva: podem ser demandadas tanto pessoas naturais quanto pessoas jurídicas, de direito público ou de direito
privado.
OBJETO
meio-ambiente
consumidor
ordem urbanística
ordem urbanística
tributos
contribuições previdenciárias
FGTS
COMPETÊNCIA: a competência para a propositura da ACP é funcional e leva em consideração o local de ocorrência
do dano.
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PROCEDIMENTO
EFEITO SUSPENSIVO DO RECURSO EM AÇÃO CIVIL PÚBLICA: o juiz conceder efeito suspensivo ao recurso DESDE
QUE seja demonstrada a possibilidade de dano irreparável à parte.
Execução de sentença
COISA JULGADA ERGA OMNES: a indivisibilidade do objeto confere à coisa julgada, em ações coletivas sobre
direitos difusos, efeitos erga omnes, ou seja, a sentença que versar sobre tais direitos emanará sua eficácia para além
das partes do processo, beneficiando a todos os que, mesmo não tendo composto um dos polos processuais, tiverem
ameaçado ou lesado o direito.
LITIGÂNCIA DE MÁ-FÉ: condenação em honorários advocatícios e multa no valor de 10 vezes o montante devido
de custas, além da condenação por perdas e danos.
Introdução
VANTAGENS:
NCPC
Eventual confronto de normas deverá prevalecer o Novo Código de Processo Civil frente à Lei nº 11.419/2006.
O sistema de automação processual deve ser compatível com o princípio do acesso à justiça.
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Assegura-se o amplo acesso das partes e de seus procuradores aos autos eletrônicos, especialmente no caso das
audiências e sessões de julgamento e todos os atos orais neles realizados.
a disponibilidade
a acessibilidade
a interoperabilidade dos sistemas, serviços, dados e informações que o Poder Judiciário administre no exercício de
suas funções
O STJ entende que a falha operacional do serviço eletrônico no dia cabal do prazo processual acarreta a
consideração de tempestividade do ato praticado no primeiro dia útil subsequente.
“padrões abertos”: sistema utilizado não poderá ter custo ou qualquer forma de limitação de uso.
Requisitos do registro:
autenticidade
integridade
temporalidade
não repúdio
conservação
confidencialidade, se necessário
Confere-se a competência suplementar aos tribunais para regulamentar os atos processuais eletrônicos no âmbito
de sua competência territorial.
Cada Tribunal deverá possuir página própria para a divulgação das informações constantes no sistema eletrônico.
As informações presentes na página gozarão de presunção de veracidade e de confiabilidade.
Devem as unidades do Poder Judiciário fornecer meios técnicos para a prática desses atos.
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Caso a unidade do Poder Judiciário não disponibilize os equipamentos necessários, será admitida a prática de ato
processual por meio não eletrônico.
a assinatura eletrônica.
Lei nº 11.419/2006
A assinatura eletrônica pode se dar de duas formas: a) mediante assinatura digital; ou b) mediante cadastro do
usuário perante o órgão do Poder Judiciário.
➢ PRIMEIRO CASO: a autoridade certificadora emite os certificados digitais que são utilizados para a prática de
atos processuais.
Trata-se de um arquivo de computador que identifica um usuário. Pode-se comparar a uma carteira de
identidade virtual, contendo informações pessoais do usuário, sendo que sua principal informação é sua chave
pública.
➢ SEGUNDO CASO: independentemente de o usuário ter um certificado digital, ele comparece perante o órgão
específico do Poder Judiciário para efetuar um cadastro, mediante emissão de login e senha, que permitirão
acesso seguro e restrito à plataforma digital para a prática de atos processuais na forma eletrônica.
momento de realização do ato praticado por meio eletrônico: envio (registrado o dia e o horário, com
fornecimento de protocolo eletrônico)
➢ são consideradas tempestivas as publicações que ocorrerem até as 24 horas do termo do prazo.
➢ Se protocolizadas até o limite para finalizar o dia, será considerada tempestiva.
➢ Ao chegar às 00h, o protocolo será considerado intempestivo.
➢ NÃO IMPORTA, PORTANTO, O HORÁRIO DE TÉRMINO DO EXPEDIENTE DO FÓRUM.
➢ É importante registrar que, se a questão mencionar que o ato deverá ser praticado até as 23h e 59min do
último dia do prazo, estará tecnicamente incorreta, pois, a rigor, a parte terá até o final desse último minuto
para a prática do ato de forma válida.
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Será considerado protocolizado no dia e na hora da data de envio, mediante fornecimento de protocolo eletrônico.
pelos DJe: são assinados digitalmente, fato que substitui qualquer outra forma de intimação, COM EXCEÇÃO de
eventuais situações nas quais é necessária a intimação pessoal ou via postal.
Uma vez disponibilizado o diário eletrônico, será considerado como data de publicação o dia seguinte.
No momento que o advogado da parte acessar os autos do processo ele será considerado intimado. Ato contínuo,
o sistema emite uma certidão que constará dos autos, informando que a parte consultou a informação. No dia
seguinte, começará a correr o prazo.
Após o envio da intimação pelo Juiz, se a parte não consultar os autos no prazo de 10 dias, ela será considerada
automaticamente intimada. No 11ª dia, inicia a contagem do prazo.
Mitigações:
casos urgentes
evidência de burla ao
sistema
A INTIMAÇÃO ELETRÔNICA SERÁ CONSIDERADA COMO PESSOAL. A citação eletrônica somente será admitida caso
esteja disponível o acesso integral dos autos. Há, entretanto, duas exceções: NÃO PODEM SER EFETUADAS AS
CITAÇÕES DE FORMA ELETRÔNICA NO CASO DE PROCESSOS CRIMINAIS E INFRACIONAIS.
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CITAÇÃO ELETRÔNICA
processos criminais
processos infracionais
➢ cartas precatórias
➢ cartas rogatórias
➢ cartas de ordem
➢ comunicações oficiais
⚫ PROCESSO ELETRÔNICO
Os órgãos do Poder Judiciário podem criar sistemas eletrônicos próprios para processamento das ações judiciais.
Essas ações judiciais podem ser parcial ou totalmente eletrônicas e o meio de comunicação a ser utilizado deverá
ser a internet ou até mesmo a intranet.
O que irá garantir a validade e a autenticidade do documento será a assinatura eletrônica que se dá por intermédio
da certificação digital.
O termo do prazo encerra no último dia do prazo até as 24h, independentemente do horário de funcionamento do
órgão judicial.
Caso o sistema fique indisponível por algum motivo de ordem técnica, o prazo será prorrogado de forma automática,
sem a necessidade despacho do Juiz competente ou de ato normativo do órgão.
É dispensada a formação de autos suplementares dos processos digitais. Vale dizer, não é necessária a impressão
dos documentos como forma de garanti-los.
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Quando for necessária a remessa dos autos para outro órgão judiciário que não adote o sistema eletrônico, deverão
ser impressos os autos em papel.
OS SISTEMAS ELETRÔNICOS
estar acessíveis a todos,
DEVEM,
ininterruptamente
PREFERENCIALMENTE,
utilizar de padronização
➢ é possível, EXCEPCIONALMENTE, não informar o número do CPF/CNPJ. Isso ocorrerá quando houver
possibilidade de comprometer o acesso à Justiça. Assim, se a parte não dispuser de cadastro perante a Receita
Federal não poderá ser impossibilitada de ingressar em Juízo.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
É isso pessoal.
Quaisquer dúvidas, sugestões ou críticas entrem em contato conosco. Estou disponível no fórum no Curso e
por e-mail.
rst.estrategia@gmail.com
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