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Apostila de Farmacologia

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FARMACOLOGIA BÁSICA E

CALCULO DE MEDICAMENTO

Macau/RN
INTRODUÇÃO A FARMACOLOGIA

FARMACOLOGIA – HISTÓRICO E EVOLUÇÃO

Na antiguidade, a origem das doenças, até os filósofos gregos, era quase


sempre atribuída às causas sobrenaturais como castigo dos deuses ou
infringida por outrem sob a forma de intenções ruins como ―mau-olhado ou
outros meios semelhantes. A preocupação com a explicação da saúde e da
doença, sem ser em bases sobrenaturais, nasceu com a filosofia grega, e, sua
busca de uma explicação da constituição da natureza.

Teorias foram desenvolvidas em várias escolas médicas gregas, Na escola


de Kos, onde Hipócrates seria aluno, desenvolveu-se, pela primeira vez, a ideia
de uma patologia geral, oposta à ideia original, que prevalecia anteriormente,
de que as doenças eram sempre limitadas a um único órgão.

Desde seus primórdios, o ser humano percebeu os efeitos curativos das


plantas medicinais, notando que de alguma forma sob a qual o vegetal
medicinal era administrado (pó, chá, banho e outros) proporcionava a
recuperação da saúde do indivíduo.

As plantas medicinais, utilizadas há milhares de anos, servem de base


para estudos na produção de novos medicamentos. A cultura brasileira sofreu
sérias influências desta mistura de etnias, tanto no aspecto espiritual, como
material, fundindo-se aos conhecimentos existentes no país.

Provavelmente, as plantas tiveram influência importante na alimentação,


para alívio, e, também para casos de envenenamento do homem primitivo.
Algumas plantas e animais com características tóxicas, já eram utilizados para
a guerra, execuções de indivíduos, e, para a caça.

Farmacologia é a ciência que estuda as drogas e suas ações (absorção,


mecanismo de ação, excreção e efeitos adversos) no organismo. A palavra
Farmacologia é derivada de pharmakon, de origem grega, com vários
significados desde uma substância de uso terapêutico ou como veneno, de uso
místico ou sobrenatural, sendo utilizados na antiguidade como remédios (ou
com estes objetivos) até mesmo insetos, vermes e húmus. É definida como a
ciência que estuda a natureza e as propriedades dos fármacos e
principalmente ação dos medicamentos.
A disciplina Farmacologia envolve os conhecimentos necessários para o
profissional de saúde, pois, consiste no estudo do mecanismo pelo qual os
agentes químicos afetam as funções dos sistemas biológicos, portanto, de
forma ampla, pois, envolve o estudo da interação dos compostos químicos
(drogas) com os organismos vivos atuando, em maioria, através da influência
das moléculas das drogas em constituintes das células.

A Farmacologia é utilizada com os objetivos:

Profilática: O medicamento tem ação preventiva contra doenças. Exemplo: As


vacinas podem atuar na prevenção de doenças.

Terapêutica: O medicamento tem ação curativa, pode curar a patologia.


Exemplo: Os antibióticos têm ação terapêutica, curando as doenças.

Paliativo: O medicamento tem capacidade de diminuir os sinais e sintomas da


doença, mas não promove a cura. Exemplo: Os anti-hipertensivos diminuem a
pressão arterial, mas não curam a hipertensão arterial; os antitérmicos e
analgésicos diminuem a febre e a dor, porém não curam a patologia causadora
dos sinais e sintomas.

Diagnóstica: O medicamento auxilia no diagnóstico, elucidando exames


radiográficos. Exemplo: Os contrastes são medicamentos que, associado aos
exames radiográficos, auxiliam em diagnósticos de patologias

RÉMEDIO: Qualquer tipo de recurso utilizado para aliviar ou curar doenças,


desconforto, sintomas ou mal-estar.

Exemplos de Remédios:
 Fé ou crença;
 Chá ou compressa;
 Rádio terapia ou massagem;
 Tratamento psicológico.

 CHÁS - EXEMPLOS:
 Erva cidreira: insônia, nervosismo, cólicas e gases.
 Hortelã: atenua azia, cólicas e gases. Alívia asma e bronquite

 FRUTAS – EXEMPLO:
 Ameixa: purgativa e depurativa.
 Maracujá: é calmante e emoliente.
MEDICAMENTO: Produto farmacêutico, tecnicamente obtido ou elaborado,
com finalidade profilática, curativa, paliativa ou para fins de diagnóstico.
MEDICAÇÃO: Ato ou efeito de medicar
PRÍNCIPIO ATIVO: Substância encontrada num medicamento responsável
pelo efeito terapêutico.
DOSE: É a quantidade a ser administrada ser administrada de uma vez a fim
de produzir efeito terapêutico.
EFEITO ADVERSO: É qualquer resposta a um medicamento que seja
prejudicial, não intencional, e que ocorra nas doses normalmente utilizadas em
seres humanos para profilaxia, diagnóstico e tratamento de doenças, ou para a
modificação de uma função fisiológica.
REAÇÃO ALERGICA: É uma reação que está intimamente relacionada com a
sensibilidade alérgica de cada indivíduo.

CLASSIFICAÇÃO DOS MEDICAMENTOS

TIPOS DE MEDICAMENTOS
REFERÊNCIA: São medicamentos que possuem eficácia terapêutica,
segurança e qualidade comprovadas cientificamente no momento do registro,
junto à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA).

Os laboratórios farmacêuticos investem anos em pesquisas para


desenvolver medicamentos e, por isso, possuem a exclusividade sobre a
comercialização da fórmula durante um determinado período, que pode chegar
a 20 anos. Estes medicamentos são denominados de referência ou de marca.
Após a expiração da patente, há a liberação para produção de medicamentos
genéricos e similares.

GÉNERICO: São aqueles que possuem equivalência farmacêutica e


bioequivalência com os produtos inovadores.
É aquele que contém o mesmo fármaco (princípio ativo), na mesma dose e
forma farmacêutica, é administrado pela mesma via e com a mesma indicação
terapêutica do medicamento de referência no país, apresentando a mesma
segurança que o medicamento de referência no país. É mais barato porque os
fabricantes de genéricos, ao produzirem medicamentos após ter terminado o
período de proteção de patente dos originais, não precisam investir em
pesquisas e refazer os estudos clínicos que dão cobertura aos efeitos
colaterais, que são os custos inerentes à investigação e descoberta de novos
medicamentos, visto que estes estudos já foram realizados para a aprovação
do medicamento pela indústria que primeiramente obtinha a patente. Assim,
podem vender medicamentos genéricos com a mesma qualidade do original
que detinha a patente a um preço mais baixo. Na embalagem dos genéricos
deve estar escrito "Medicamento Genérico" dentro de uma tarja amarela. Como
os genéricos não têm marca, o que você lê na embalagem é o princípio ativo
do medicamento.

SIMILAR: Possuem o mesmo princípio ativo, na mesma forma farmacêutica e


via de administração dos medicamentos de referência. Aprovados nos testes
de qualidade da ANVISA Podem diferir: prazo de validade do medicamento,
embalagem, rotulagem, no tamanho e forma do produto. Um medicamento
referência vendido somente sob a forma de comprimido pode possuir um
similar na forma líquida. Representados por meio de uma marca comercial
própria, esses medicamentos são uma opção ao medicamento de marca.

Medicamentos - intercambialidade

Vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=fNla9ClXggY

TARJAS DE MEDICAMENTOS
Classificam os medicamentos conforme o grau de risco que podem
oferecer à saúde do paciente.
Classificação das tarjas de medicamentos:
 Não tarjados
 Targa vermelha
 Tarja preta
 Tarja amarela

NÃO TARJADOS – Venda livre Apresentam poucos efeitos colaterais ou contra-


indicações, desde que usados corretamente e sem abusos, por isso podem ser
dispensados sem a prescrição médica.
TARJA VERMELHA - SEM RETENÇÃO DA RECEITA Medicamentos vendidos
mediante a apresentação da receita, que não fica retida na farmácia. Esses
medicamentos têm contra-indicações e podem provocar efeitos colaterais
graves. "VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA”

TARJA VERMELHA COM RETENÇÃO DA RECEITA - Representa os


medicamentos que necessitam de retenção da receita, conhecidos como
medicamentos psicotrópicos. "VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA - SÓ
PODE SER VENDIDO COM RETENÇÃO DE RECEITA“

TARJA PRETA - Medicamentos que exercem ação sedativa ou que ativam o


sistema nervoso central e que, portanto, também fazem parte dos chamados
psicotrópicos. "VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA – O ABUSO DESTE
MEDICAMENTO PODE CAUSAR DEPENDÊNCIA".
Os rótulos devem apresentar informações adequadas para a dispensação
e uso do medicamentos, armazenamento e rastreamento.
BULAS DE MEDICAMENTOS

Bula – Exemplo:

Descreve de forma mais detalhada as informações necessárias para a


utilização mais segura do medicamento pelo paciente.

As novas bulas dos pacientes estarão em forma de perguntas e respostas:


 Como este medicamento funciona?
 Por que este medicamento foi indicado?
 Quando não devo usar este medicamento?
 Como devo usar este medicamento?
 Quais os males que este medicamento pode causar?
 O que fazer se alguém usar uma grande quantidade deste medicamento
de uma só vez?
 Onde e como devo guardar este medicamento?

LEGISLAÇÃO NO PREPARO E NA ADMINISTRAÇÃO DOS


MEDICAMENTOS
De acordo com a resolução COFEN 311/2007, o código de ética dos
profissionais de Enfermagem traz aspectos que direcionam a atuação frente à
execução do preparo e da administração dos medicamentos.

Dos princípios fundamentais

A enfermagem é uma profissão comprometida com a saúde e qualidade de


vida do indivíduo ser humano, da família, sociedade e da coletividade. O
profissional de enfermagem atua na promoção, prevenção, recuperação e
reabilitação da saúde, com autonomia e de acordo com as normas éticas e
legais.

Seção I

Das relações com as pessoas, família, sociedade e coletividade

Direitos

Artigo 10° Recusar-se a executar atividades que não sejam de sua


competência técnica, científica, ética e legal ou que não ofereçam segurança
ao profissional, à pessoa, família, sociedade e coletividade.

Responsabilidades e Deveres

Artigo12°

Assegurar à pessoa, família, sociedade e coletividade a assistência de


enfermagem livre de danos decorrentes de imperícia, negligência ou
imprudência.

Artigo 13°

Avaliar criteriosamente sua competência técnica, científica, ética e legal e


somente aceitar encargos ou atribuições, quando capaz de desempenho
seguro para si e para outrem.

Artigo 14°

Aprimorar os conhecimentos técnicos, científicos, éticos e culturais, em


benefício da pessoa, família, sociedade e coletividade e do desenvolvimento da
profissão.

Artigo 21°
Proteger a pessoa, família, sociedade e coletividade contra danos
decorrentes de imperícia, negligência ou imprudência por parte de qualquer
membro da equipe de saúde.

Artigo 25°

Registrar no prontuário do paciente as informações inerentes a


indispensáveis ao processo de cuidar.

Proibições

Artigo 30°

Administrar medicamentos sem conhecer a ação da droga e sem certificar-


se das possibilidades de danos.

Artigo 31°

Prescrever medicamentos e praticar ato cirúrgico, exceto nos caso


previstos na legislação vigente e em situação de emergência.

Artigo 32°

Executar prescrições de qualquer natureza, que comprometa a segurança


da pessoa.

Seção II

Das relações com os trabalhadores de enfermagem, saúde e outros

Artigo 37°

Recusar-se a executar prescrições medicamentosas e terapêuticas, onde


não conste a assinatura e o número de registro do profissional, exceto em
situações de urgência e emergência.

Parágrafo único – O profissional de enfermagem poderá recusar-se a


executar prescrição medicamentosa e terapêutica em caso de
identificação de erro ou ilegibilidade.

Proibições

Artigo 42°
Assinar as ações de enfermagem que não executou, bem como permitir
que suas ações sejam assinadas por outro profissional.

Das relações com as organizações da categoria

Responsabilidades e deveres

Artigo 48°

Cumprir e fazer cumprir os preceitos éticos e legais da profissão.

O profissional da equipe de enfermagem que prepara e administra uma


medicação deve conhecer a legislação que regulamenta o exercício de sua
profissão, as normas da instituição em que trabalha, realizando a medicação
conforme a Prescrição Médica garantindo a segurança e bem estar de sua
clientela.

NOÇÕES SOBRE FARMACOLOGIA

DEFINIÇÕES:

Droga: É toda substância originada do reino animal e vegetal que poderá ser
transformada em medicamento.

Dose: É uma determinada quantidade de medicamento introduzida no


organismo para produzir efeito terapêutico e promover alterações ou
modificações das funções do organismo ou do metabolismo celular.

Fórmula farmacêutica: é o conjunto de substâncias que compõem a forma


pela qual os medicamentos são apresentados e possui os seguintes
componentes: princípio ativo (agente químico), o corretivo (sabor, corantes,
açúcares) e o veículo (dá volume, em forma de talco, pós).

Forma farmacêutica: é a maneira física pela qual o medicamento se


apresenta. Ex: Lasix comprimido, Binotal suspensão.

Remédio: Todo meio usado com fim de prevenir ou de curar as doenças.

Prescrição medicamentosa: é o documento ou a principal fonte de


informações. Nela deve constar o nome do paciente, a data da prescrição, o
registro e o nome do medicamento, a dose, a frequência e horário da
administração e a assinatura e carimbo do profissional. Só poderá ser verbal
em situação de emergência.
Princípio Ativo: É a substância que existe na composição do medicamento,
responsável por seu efeito terapêutico. Também pode ser chamado fármaco.

Medicamentos Simples: Aqueles usados a partir de um único fármaco. Ex.


Xarope de Vitamina C.

Medicamento Composto: São aqueles preparados a partir de vários


fármacos. Ex.: Comprimido de Ácido Salicílico+ Cafeína. Medicamento de Uso
Externo: São aqueles aplicáveis na superfície do corpo ou nas mucosas. Ex.:
Cremes, shampoo.

Medicamentos de Uso Interno: São aqueles que se destinam à administração


no interior do organismo por via bucal e pelas cavidades naturais (vagina, nariz,
ânus, ouvidos, olhos etc.)

Medicamentos de Manipulação: São aqueles preparados na própria farmácia,


de acordo com normas e doses estabelecidas por farmacopeia ou formulários e
com uma designação uniforme.

Adição: Efeito combinado de dois fármacos.

Efeito Adverso ou Indesejado: Ação diferente do efeito planejado.

Potencialização: Efeito que ocorre quando um fármaco aumenta ou prolonga


a ação de outro fármaco.

Efeito Colateral: Efeito imprevisível que não está relacionado à principal ação
do fármaco.

Medicamentos Placebos: São substâncias ou preparações inativas,


administradas para satisfazer a necessidade psicológica do paciente de tomar
drogas.

Medicamentos Homeopáticos: são preparados a partir de substâncias


naturais provenientes dos reinos animal, vegetal e mineral, e não apenas
plantas como muitos acreditam.

Medicamento Fitoterápico: São medicamentos obtidos a partir de plantas


medicinais. Eles são obtidos empregando-se exclusivamente derivados de
droga vegetal (extrato, tintura, óleo, cera, exsudato, suco, e outros).

ORIGEM DOS MEDICAMENTOS:

Segundo a sua origem os medicamentos podem ser:

Naturais: extraídos de órgãos, glândulas, plantas ou peçonhas de animais. Ex:


Insulinas
Sintéticos: preparados com o auxílio de matéria-prima natural, são resultados
exclusivamente do trabalho de laboratórios. Ex: alguns antibióticos.

Semi-Sintéticos: resultam de alterações produzidas em substâncias naturais,


com a finalidade de modificarem as características das ações por elas
exercidas.

AÇÃO DOS MEDICAMENTOS:

Os medicamentos agem no organismo vivo sob várias maneiras,


produzindo efeito ou ação.

Ação Local: Aquele que exerce seu efeito no local da aplicação, sem passar
pela corrente sanguínea (pomadas e colírios).

Tipos de ação local:

a) Anti-séptico: Impede o desenvolvimento de microorganismos. Ex: álcool


iodado, clorexedina.

b) Adstringente: Medicamento que contrai o tecido. Ex: loção para fechar os


poros.

c) Irritante: Medicamentos que irritam os tecidos.

d) Paliativo: Aplicado no local para alívio da dor.

e) Emoliente: Lubrifica e amolece o tecido.

f) Anestésico: Paralisa as terminações nervosas sensoriais.

Ação Geral ou Sistêmica: A medicação é primeiramente absorvida, depois


entra na corrente sanguínea para atuar no local de ação desejado. Para
produzir um efeito geral, é necessário que o medicamento caia na corrente
sanguínea, pois através dela o medicamento atinge o órgão ou tecido sobre o
qual tem ação específica.

Tipos de ação geral ou sistêmica

a) Estimulante: aumentam a atividade de um órgão ou tecido. Ex: Cafeína


estimula o SNC.

b) Depressor: diminuem as funções de um tecido ou órgão. Ex.: Morfina


deprime o SNC.

c) Cumulativo: medicamento cuja a eliminação é mais lenta do que sua


absorção, e a concentração do mesmo vai aumentando no organismo. Ex..
Digitalina.
d) Anti-infeccioso: Capaz de destruir os microrganismos responsáveis por uma
infecção.

e) Antagônicos: Quando as duas ou mais substâncias administradas têm efeito


contrário.

Ação Remota: Ocorre em partes distantes do organismo. Uma droga pode


estimular um órgão que por sua vez estimula outro. (digitalina = coração =
aumenta a circulação = maior atividade diurética).

Ação Local Geral: Uma droga aplicada poderá produzir um efeito local, ser
absorvida e provocar um efeito geral. Ex: Epinefrina aplicada na mucosa nasal
= estanca a hemorragia = absorção da corrente circulatória = aumento da
pressão arterial.

FORMAS FARMACÊUTICAS

É a forma na qual o medicamento é apresentado, podendo ser: líquida,


sólida, semi-sólida, gasosa.

 Desenvolvidaspara:
 Facilitar a administração de medicamentos a pacientes de faixas etárias
diferentes ou em condições especiais.
 Para permitir seu melhor aproveitamento.

FORMA FARMACÊUTICA SÓLIDA

o PÓS - Fármaco em pó acrescido de outros adjuvantes


pulverizadospara produzir o produto final.

o CÁPSULA - Invólucros moles ou duros que contém substâncias


líquidas ou pulverizadas, respectivamente, que podem ou não
receber revestimento. Existem dois tipos de cápsulas: cápsula
dura e cápsula mole.

o COMPRIMIDOS - Formas sólidas obtidas por compressão de pós


ou granulados que podem ou não receber revestimento.

o DRÁGEAS - São comprimidos com revestimento especial.

o SUPOSITÓRIO-Formas sólidas, obtidas por moldagem,


destinadas a se fundirem ou dissolverem nos fluidos retais.
o OVÚLOS - Formas sólidas, obtidas por moldagem, destinadas a
se fundirem ou dissolverem nos fluidos vaginais.

FORMA FARMACÊUTICA LÍQUIDA

o SOLUÇÕES - São mistura de duas ou mais substâncias, do ponto de


vista químico e físico, homogêneas.

o XAROPES - Formas farmacêuticas contendo cerca de dois terços de


seu peso em sacarose ou outros açucares.

o EMULSÃO - Mistura de substâncias oleosas e aquosas com a ajuda de


tensoativo.

o SUSPENSÃO - Fármaco insolúvel disperso em uma fase líquida

FORMA FARMACÊUTICA SEMI – SÓLIDAS

o POMADAS - Preparações pastosas de excipientes gordurosos ou


hidrofílicos (polietilenoglicol).

o CREME - Dissolução do fármaco em duas fases (oleosas e aquosas)


com a ajuda de tensoativo.

o GÉIS - Dispersões poliméricas em água

FARMACOCINÉTICA E FARMACODINÂMICA

Do ponto de vista operacional, esses termos podem ser definidos:

FARMACOCINÉTICA: é o caminho que o medicamento faz no organismo.

FARMACODINÂMICA: é como a droga age no organismo.

Farmacocinética: É o caminho que o medicamento faz no organismo. Não se


trata do estudo do seu mecanismo de ação mais sim as etapas que o
medicamento sofre desde a administração até a excreção, que são: absorção,
distribuição, bio-transformação e excreção. Note também que uma vez que o
medicamento entra no organismo, essas etapas ocorrem de forma simultânea
sendo essa divisão apenas de caráter didático.

As fases da farmacocinética são:

1- Absorção
Absorção farmacológica: A absorção, é a primeira etapa que começa com a
escolha da via de administração até o momento que a droga entra na corrente
sanguínea. Vias de administração como intra-venosa e intra-arterial não
passam por essa etapa, entram direto na circulação sanguínea. Existem
fatores que interferem nessa etapa, dentre estes temos: o pH do meio, forma
farmacêutica e patologias (úlceras por exemplo), dose da droga a ser
administrada, concentração da droga na circulação sistêmica, concentração da
droga no local de ação, distribuição da droga. Temos ainda um fator a ser
relevado que é a característica química da droga pois esta interfere no
processo de absorção.

Efeito de primeira passagem É a metabolização do medicamento pelo fígado e


pela microbiota intestinal, antes que o fármaco chegue à circulação sistêmica.
As vias de administração que estão sujeitas a esse efeito são: via oral e via
retal (em proporções bem reduzidas).

2- Distribuição farmacológica Nesta etapa a droga é distribuída no


organismo através da circulação. O processamento da droga no organismo
passa em primeiramente nos órgãos de maior vascularização (como SNC,
pulmão, coração) e depois sofre redistribuição aos tecidos de menos
irrigação (tecido adiposo por exemplo). É nessa etapa em que a droga
chega ao ponto onde vai atuar. Nessa fase poderá ocorrer: baixa
concentração de proteínas plasmáticas como desnutrição, hepatite e
cirrose, que destroem hepatócitos, que são células produtoras de proteínas
plasmáticas, reduzindo assim o nível destas no sangue.

3- Bio-transformação Fase onde a droga é transformada em um composto


mais hidrossolúvel para a posterior excreção. A Bio - transformação ocorre
em duas fases: Fase 1: etapas de oxidação, redução e hidrólise; Fase 2:
conjugação com o ácido glicurônico. A fase 1 não é um processo
obrigatório, variando de droga para droga é diferente da fase 2, obrigatória
a todas as drogas. O fígado é o órgão que prepara a droga para a
excreção. Essa é a fase que prepara a droga para a excreção.

4- Excreção Pela excreção, os compostos são removidos do organismo para


o meio externo. Fármacos hidrossolúveis, são filtrados nos glomérulos ou
secretados nos túbulos renais, não sofrendoreabsorção tubular, pois têm
dificuldade em atravessar membranas. Excretam-se, portanto, na forma
ativa do fármaco. Os sítios de excreção denominam-se emunctórios e,
além do rim, incluem: pulmões, fezes, secreção biliar, suor, lágrimas, saliva
e leite materno.

Farmacodinâmica: É o estudo dos mecanismos relacionados às drogas, que


produzem alterações bioquímicas ou fisiológicas no organismo. A interação, a
nível celular, entre um medicamento e certos componentes celulares –
proteínas, enzimas ou receptores-alvo, representa a ação do fármaco. A
resposta decorrente dessa ação é o efeito do medicamento.
DOSAGEM DOS MEDICAMENTOS

Dose: é a quantidade de medicamento que deve ser administrado e posologia


é a dose de medicamento, por dia ou período, para obtenção de efeito
terapêutico desejado. As doses dos medicamentos podem ser classificadas
em:

Dose mínima: é a menor quantidade de um medicamento capaz de produzir


efeito terapêutico.

Dose máxima: é a dose maior capaz de produzir efeito terapêutico sem


apresentar efeitos indesejáveis.

Dose de manutenção: dose necessária para manter os níveis desejáveis de


medicamento na corrente sanguínea e nos tecidos durante o tratamento.

Dose letal: é a quantidade de um medicamento capaz de produzir a morte do


indivíduo.

Fatores que Modificam a Dosagem

1- Idade
2- Sexo
3- Condições do paciente
4- Fatores psicológicos
5- Temperatura
6- Método de administração
7- Fatores genéticos
8- Peso corporal

VIAS DE ADMINISTRAÇÃO

É o caminho pelo qual uma droga é colocada em contato com o


organismo.

Via Oral: Os medicamentos são absorvidos pela mucosa do trato


gastrointestinal.

Vantagens: Maior segurança, comodidade e economia; Estabelecimento de


esquemas terapêuticos fáceis de serem cumprido pelos paciente; Absorção
intestinal favorecida pela grande superfícies de vilosidade intestinal.
Desvantagens: Apresentação de efeitos adversos (náuseas, vômitos e
diarreias), pela irritação da mucosa; Variações do grau de absorção conforme:
a) ação da enzima digestiva; b) plenitude ou não gástrica; c) tipo da formulação
farmacêutica; d) pH.

- Necessidade da cooperação do paciente. Fatores como outros medicamentos


e a alimentação, afetam a forma de absorção dos medicamentos depois de sua
ingestão oral. Assim, há alguns medicamentos que devem ser tomados com o
estômago vazio, e há outros que devem ser ingeridos com o alimento ou
simplesmente não podem ser tomados por via oral, pois serão inativados por
enzimas digestivas. A absorção começa na boca e no estômago, mas ocorre
principalmente no intestino delgado.

Via Sublingual

Os medicamentos são absorvidos pela mucosa oral.

Vantagens:

- Absorção rápida de substâncias hidrossolúveis;

-Redução de biotransformação do princípio ativo do fígado, por atingir


diretamente a circulação sistêmica.

Desvantagens:

- Imprópria para substâncias irritantes ou de sabores desagradáveis.

O medicamento ingressa diretamente na circulação geral, sem passar


através da parede intestinal e pelo fígado.

Cuidados de enfermagem na administração de medicamentos por via


sublingual:

 Siga os 9 certos do preparo;


 Peça para o cliente abrir a boca e coloque o medicamento sob a língua;
 Oriente o cliente para não engolir o medicamento;
 Não coloque a mão na medicação, utilize uma gaze para realizar o
procedimento;
 Oriente o cliente para não tomar água até que o medicamento esteja
totalmente dissolvido.

Retal

Os medicamentos são absorvidos pela mucosa retal.

Vantagens:
- Administração de medicamentos a pacientes inconscientes ou com náuseas e
vômitos, particularmente em lactantes;

-Redução da biotransformação do princípio ativo pelo fígado, por atingir


diretamente a circulação sistêmica.

Desvantagens:

- Absorção irregular e incompleta;

- Irritação da mucosa retal.

Muitos medicamentos que são administrados por via oral podem ser
administrados por via retal, em forma de supositório. Em razão do revestimento
delgado e da abundante irrigação sanguínea do reto, o medicamento é
rapidamente absorvido.

 Com o cliente em decúbito lateral esquerdo, com a perna superior


fletida, insira o supositório retal, segurando sua extremidade com gaze;
 Com auxilio de uma luva introduza o supositório logo além do esfincter
anal, evitando assim sua expulsão;
 Oriente o cliente para permanecer deitado por alguns minutos;
 Anote no prontuário do cliente o procedimento realizado.

Via parenteral

As vias parenterais, não utilizam o tubo digestivo, e compreendem as


acessadas por injeção (intravenosa, intramuscular, subcutânea, entre outras).

A menos que um fármaco seja administrado para produzir um efeito local


ou seja injetado diretamente na corrente circulatória, necessita fazer um
primeiro movimento de aproximação do sítio de ação, indo do local de
aplicação até a corrente circulatória.

Esse movimento denomina-se absorção. A absorção influencia o início e a


magnitude do efeito farmacológico e é um dos determinantes de escolha de
vias de administração e doses.

A absorção depende também do fluxo sanguíneo no sítio absortivo,


extensão e espessura da superfície de absorção e vias de administração
escolhidas.

Vias parenterais mais utilizadas: intramuscular, endovenosa, subcutânea e


intradérmica.

Vias parenterais de competência médica: intratecal (intraraquidiana);


intraperitoneal, intraóssea, epidural, intra-cardíaca e endotraqueal.
Via Intramuscular

Os medicamentos são absorvidos pelo endotélio dos capilares vasculares


e linfáticos.

Vantagens:

- Absorção rápida;

- Administração em pacientes mesmo inconscientes;

- Adequada para volumes moderados, veículos aquosos, não aquosos e


suspensões.

Desvantagens:

- Dor;

- Aparecimento de lesões musculares pela aplicação de substâncias irritantes


ou substâncias de pH distante da neutralidade;

- Aparecimento de processos inflamatórios pela injeção de substâncias


irritantes ou mal absorvidas.

A via intramuscular é muito utilizada, pois a velocidade de absorção da


solução administrada é rápida. A solução deve ser administrada no tecido
muscular, obedecendo rigorosamente a técnica. O tecido muscular está
localizado logo abaixo da tela subcutânea. São vários os músculos do nosso
corpo, porém nem todos podem ser utilizados para a administração de
medicamentos.

Injeções intramusculares depositam a medicação profundamente no tecido


muscular, o qual é bastante vascularizado podendo absorver rapidamente.

O músculo escolhido deve ser bem desenvolvido, ser de fácil acesso e não
possuir vasos de grosso calibre e nervos superficiais. O volume máximo que
devemos administrar pela via intramuscular deve ser compatível com a
estrutura muscular.

ATENÇÃO:

Pelo fato de possuir uma ação rápida, esta via é utilizada em quadros de
reação anafilática, através da administração intramuscular de Betametazona ou
Dexametasona (Disprospan R ou Decadron R), como conduta emergencial. As
injeções intramusculares são recomendadas para os pacientes não
cooperativos ou aqueles que não podem tomar a medicação via oral e para as
medicações que são alteradas pelo suco digestivo.
Os tecidos musculares possuem poucos nervos sensoriais, permitindo na
injeção uma administração menos dolorosa de medicações irritantes. O local
de uma injeção intramuscular deve ser escolhido cuidadosamente, levando em
consideração o estado físico geral do cliente e a proposta da injeção.

As injeções intramusculares são contra-indicadas em clientes com


mecanismo de coagulação prejudicados, em pacientes com doença vascular
periférica oclusiva, edema e choque, porque estas moléstias prejudicam a
absorção periférica. Além de não serem administrado em locais inflamado,
edemaciado ou irritado ou ainda em locais com manchas de nascença, tecido
cicatrizado ou outras lesões.

REGIÃO DO DELTÓIDE – 2 ML;


REGIÃO GLÚTEA – 4 ML;
REGIÃO DA COXA – 3 ML;
REGIÃO VENTROGLÚTEA – ATÉ 5 ML.

Qual agulha devemos utilizar?

Faixa etária Espessura cutânea Solução aguosa Solução oleosa


ou suspensão
Adulto Magro 25x7mm 25x8mm
Normal 30x7mm 30x8mm
Obeso 40x7mm 40x8mm
Criança Magro 20x6mm 20x7mm
Normal 25x7mm 25x8mm
Obeso 30x8mm 30x8mm

Orientações gerais:

 Escolher um local adequado para a injeção;


 Os músculos glúteos são geralmente utilizados em adultos sadios,
embora o músculo deltóide possa ser utilizado para uma injeção de
pequeno volume (2ml ou menos);
 Para neonatos e crianças, o músculo vasto lateral da coxa é mais
utilizado porque é geralmente mais desenvolvido e não contém nervos
grandes ou vasos sanguíneos calibrosos, minimizando o risco de uma
lesão grave;
 Realizar anti-sepsia da pele com algodão e álcool a 70% e aguardar a
pele secar;
 Com os dedos polegar e indicador da mão não dominante, segure
suavemente a pele do local da injeção;
 Posicionar a seringa em um ângulo de 90 graus em relação à epiderme;
 Inserir a agulha rápida e firmemente através das camadas dérmicas,
profundamente até o músculo;
 Após a injeção, remover a agulha em um ângulo de 90 graus;
 Quando indicado massagear o músculo relaxado para ajudar a distribuir
a medicação e ajudar a promover a absorção.

Região Deltóide:

 Segure a bola de algodão entre os dedos da mão esquerda e retire o


protetor da agulha;
 Faça localização exata da aplicação (traçar uma linha imaginária
horizontal através da axila e outra vertical ao nível da borda inferior do
acrômio, a localização será no cruzamento das duas linhas imaginárias);
 Introduza a agulha, obedecendo em ângulo de 90º, na parte central;
 Aspire, para verificar se acidentalmente você não puncionou um vaso;
 Ao aspirar, se não retornar sangue, injete o medicamento em velocidade
moderada;
 Retire a agulha e pressione o local com a bola de algodão.

As complicações podem ser:

– Vasculares: causando lesão de vaso;

– Nervosas: causando lesão de nervos.

Está contra-indicada em:

- Criança de 0 a 10 anos; Desenvolvimento muscular inadequado; Injeções


consecutivas; Clientes vítimas de AVC com parestesia ou paralisia dos
braços; Clientes submetidos a mastectomia.

Região dorso-glútea:

 Durante a aplicação, a posição de decúbito ventral, é a mais


aconselhada para o paciente, uma vez que ocorre um maior
relaxamento dos músculos da região;
 O cliente deverá ser orientado a permanecer em decúbito ventral, com
os braços ao longo do corpo e os pés virados para dentro, o que
promoverá um relaxamento dos músculos glúteos;
 Decúbito lateral não é mais adequado porque, nesta posição, ocorre
distorção dos limites anatômicos da região, o que pode levar a punções
mal localizadas da agulha;
 Essa posição é permitida desde que o joelho esteja flexionado para
proporcionar maior relaxamento no músculo glúteo;
 A posição em pé é a menos aconselhada, uma vez que os músculos se
encontram contraídos. Caso este decúbito seja necessário, posicione o
cliente como na figura abaixo:
 Examine sempre a pele em busca de edema, rubor, abscessos ou
outras alterações;
 Faça a palpação do local buscando encontrar nódulos e para avaliar a
textura da pele;
 Use agulha longa, para ultrapassar a camada adiposa;
 Sempre que possível utilize a técnica em Z, com a finalidade de agir
como um tampão, selando o ponto de introdução da agulha no músculo,
evitando assim o refluxo da medicação pelo trajeto da punção para não
causar irritação ou lesão do tecido subcutâneo.

Técnica em Z

É a técnica ideal para evitar o refluxo do medicamento para a camada


subcutânea, evitando o aparecimento de nódulos doloridos por reação
inflamatória, principalmente no caso de aplicações feitas com soluções oleosas
(como Perlutan) e à base de ferro como Noripurum, este podendo deixar
manchas escuras na pele. Pode ser usada em qualquer local de administração
intramuscular sendo, entretanto, mais utilizada na região glútea.

 Após fazer a anti-sepsia da pele, puxe-a firmemente para o lado ou para


baixo com a parte lateral da mão esquerda (se for canhoto faça com a
mão oposta);
 Introduza a agulha. Sempre mantendo a pele puxada, segure a seringa
com o polegar e o dedo indicador da mão esquerda;
 Puxe o êmbolo discretamente para trás e observe se há refluxo de
sangue. Caso isso não ocorra, faça a aplicação;
 Aguarde aproximadamente 10 segundos antes de retirar a agulha e só
então solte a pele.

Técnica de aplicação:

 Lave as mãos;
 Confira a prescrição médica;
 Reúna os materiais;
 Oriente o cliente sobre o procedimento a ser realizado;
 Posicione o cliente;
 Delimite o ângulo e o quadrante externo;
 Faça a anti-sepsia do local;
 Segure a bola de algodão com a mão esquerda e retire o protetor da
agulha;
 Faça a punção, utilizando um ângulo de 90º;
 Puxe o êmbolo, caso não haja sangue, injete o medicamento em
velocidade média;
 Retire a agulha e faça compressão no local, utilizando movimentos
circulares;
 Despreze a agulha e a seringa em recipientes apropriados para
materiais pérfurocortantes, sem reencapar as agulhas e lave as mãos;
 Faça as anotações que se fizerem necessárias e cheque o horário
prescrito.

Quando não devemos utilizar esta via

: • Crianças menores de 2 anos;

• Pessoas que possuem atrofia dos músculos desta região;

• Pessoas que possuem parestesia ou paralisia dos membros inferiores;

• Pessoas que possuem lesões vasculares dos membros inferiores.

Região ventro-glútea

É utilizado um outro local da região glútea, a região ventroglútea, formada


pelos glúteos médio e mínimo, não apresenta contra-indicações e é bastante
segura para qualquer faixa etária, uma vez que a irrigação e a inervação desta
região localizam-se a uma certa profundidade.

Localização: Deve-se colocar a mão esquerda no quadril direito do paciente,


localizar com a falange distal do dedo indicador a espinha ilíaca
anterossuperior direita, estender o dedo médio ao longo da crista ilíaca,
espalmando a mão sobre a base do grande trocânter do fêmur e formando com
o indicador um triângulo.

Deve-se localizar a punção nesse triângulo com a agulha dirigida


ligeiramente para crista ilíaca em um ângulo de 90°. Se a aplicação for do lado
esquerdo do paciente, colocar o dedo médio na espinha ilíaca anterossuperior
e depois afastar o dedo indicador para formar o triângulo.

Técnica de aplicação:

 Decúbito do cliente: poderá permanecer em qualquer decúbito (sentado,


lateral, ventral, dorsal, de pé);
 Lavar as mãos;
 Preparar o material;
 Orientar o cliente quanto ao procedimento;
 Delimitar o local da aplicação;
 Fazer anti-sepsia do local, usando bolas de algodão embebido em
álcool 70%;
 Posicionar a seringa ligeiramente na direção da crista ilíaca
(praticamente em ângulo de 90°);
 Puxar o êmbolo da seringa. Se houver sangue, fazer nova punção;
 Após, retirar a agulha.
Vantagens: A região VG é indicada para todas as faixas etárias e, em
especial, para clientes magros, podendo ser acessada em qualquer
decúbito: ventral, dorsal, lateral, sentado e em pé.

Região vasto lateral da coxa:

O músculo vasto lateral, é o maior dos que compõem o músculo


quadríceps femoral, localizado na face anterolateral da coxa, é desprovido
de grandes nervos ou vasos, diminuindo assim as complicações após a
aplicação.

Esta região é muito segura para a aplicação de qualquer medicação.


Poderá ser utilizada para qualquer faixa etária, mas principalmente para
menores de um ano de idade, idosos magros e com pouca massa
muscular.

Técnica de aplicação:

 Lave bem as mãos;


 Prepare o material;
 Atenção ao cumprimento da agulha veja: recém-nascido (13x4,5,
25x5,5), lactentes (25x5,5, 25x7) e crianças até 10 anos (25x7,
25x8), crianças maiores de 10 anos, adolescente e adultos (25x8,
30x8, 40x8) - o importante é avaliar a estrutura física do cliente. 
Oriente e posicione o cliente;
 Deixe o cliente o mais confortável possível.
 Observe e delimite bem o local da aplicação;
 Dividir a região em três partes, utilize o terço médio do vasto lateral.
 Faça a anti-sepsia com bolas de algodão com álcool a 70%;  Faça
prega muscular para fazer a punção obedecendo um ângulo de 45º
para lactentes e crianças jovens, posicionando a agulha inclinada
em direção podálica. Para adultos, usar ângulo de 90°.
 Aspire, se não refluir sangue injetar o medicamento lentamente;
 Retire a agulha e faça pressão no local;
 Coloque ordem no ambiente;
 Lave as mãos;
 Checar o medicamento no prontuário do cliente.

ATENÇÃO: A posição ideal é com o cliente sentado ou em decúbito dorsal


com os MMII em extensão.

Via Endovenosa

Vantagens:

- Obtenção rápida dos efeitos;


- Administração de grandes volumes em infusões lentas;

- Aplicação de substâncias irritantes, diluídas;

- Possibilidade de controle de doses, para prevenção de efeitos tóxicos.

Desvantagens:

- Superdosagem relativa em injeções rápidas;

-Riscos de embolia, irritação do endotélio vascular, infecções por


contaminações bacterianas ou viróticas e reações anafiláticas;

- Impróprio para solventes oleosos e substâncias insolúveis.

É a administração de uma droga diretamente na veia, a fim de obter uma


ação imediata do medicamento. A medicação poderá ser administrada em
qualquer veia periférica acessível, mas com preferência para:

- Dobra do Cotovelo: Basílica, Mediana e Cefálica;

- Antebraço;

- Dorso das mãos.

A medicação poderá ser administrada ainda em veias profundas, por meio


de cateteres endovenosos introduzidos por punção ou flebotomia. Esta via é
utilizada em casos de emergência na qual o paciente se encontra inconsciente,
como por exemplo, nos casos de Crise Hipoglicêmica, onde a conduta seria a
administração de Glicose 50% por via intra-venosa.

Modo de aplicação:

 Após o preparo da medicação, pedir ao cliente para abrir e fechar a


mão diversas vezes, com o braço voltado para baixo (para melhorar a
visualização das veias);
 Escolher a veia, garrotear sem compressão exagerada, acima do local
escolhido;
 Pedir ao cliente para fechar a mão e manter o braço imóvel;
 Fazer uma antissepsia ampla no sentido de baixo para cima;
 Expelir todo o ar da seringa, com a mão não dominante, esticar a pele,
fixar a veia e segurar o algodão embebido em álcool;
 Colocar o bisel voltado para cima, segurar o canhão da agulha com o
dedo indicador da mão direita, e a seringa com os demais dedos;
 Introduzir a agulha e após o refluxo de sangue na seringa, pedir para o
cliente abrir a mão, e com a mão esquerda retirar o garrote;
 Administrar a medicação, retirar a agulha e comprimir com algodão,
sem massagear.

Considerações importantes:
 A solução deve ser cristalina e não conter flocos em suspensão;
 Retirar todo ar da seringa, para não deixar entrar ar na circulação;
 Aplicar lentamente, observando as reações do cliente;
 Verificar se a agulha permanece na veia durante a aplicação;
 Retirar a agulha na presença de hematoma, infiltração ou dor;
 A nova picada deverá ser em outro local, de preferência em outro
membro. O cateter jelco intravenoso periférico, cada um tem a sua
numeração e se apresentam de forma decrescente, as numerações são:
14, 16, 18, 20, 22, 24, sendo que os mais usados são:
 18, 22, 24 quanto mais aumenta a numeração mais finos são. Os scalps
são utilizados em medicações rápidas, quanto menor o número maior o
calibre, possui as seguintes numerações: 19, 21, 23, 25, 27.

Soroterapia: É a administração de soluções e eletrólitos por via endovenosa,


esta via é de absorção rápida, porém com maiores complicações, espera-se a
eficácia do procedimento evitando erros técnicos e complicações inerentes à
via.

Passos do procedimento:

 Checar a prescrição médica;


 Conferir as soluções prescritas;
 Dose;
 Horário;
 Frequência;
 Volume;
 Velocidade;
 Via de administração;
 Lavar as mãos;
 Atentar para os 9 certos.

Acidentes que podem ocorrer por imperícia ou negligência

 Posição inadequada do bisel (líquido fora da veia);


 Hematomas (extravasamento de sangue);
 Flebites (solução injetada é irritante);
 Esclerose (injeções frequentes na mesma veia);
 Choques (injeção de substâncias alérgicas e fatores emocionais);
 Êmbolos (introdução de ar na veia).

Considerações importantes:

 Antibióticos são rediluídos, evitando ação vesicante dos mesmos; 


 Acessos heparinizados checar permeabilidade com SF, antes de
administrar medicamentos;
 Acesso venoso pode ser mantido com solução heparinizada ou
salinizada;
Via Subcutânea

Os medicamentos são absorvidos pelo endotélio dos capilares vasculares e


linfáticos.

Vantagens:

- Absorção boa e constante para soluções;

- Absorção lenta para suspenções.

Desvantagens:

- Facilidade de sensibilização dos pacientes;

- Dor e necrose por substâncias irritantes.

Uma medicação injetada nos tecidos adiposos (gordura), abaixo da pele, se


move mais rapidamente para a corrente sanguínea do que por via oral. A
injeção subcutânea permite uma administração medicamentosa mais lenta e
gradual que a injeção intramuscular, ela também provoca um mínimo
traumatismo tecidual e comporta um pequeno risco de atingir vasos
sanguíneos de grande calibre e nervos. Absorvida principalmente através dos
capilares, as medicações recomendadas para injeção subcutânea incluem
soluções aquosas e suspensões não irritantes contidas em 0,5 a 2,0 ml de
líquido. A heparina e a insulina, por exemplo, são geralmente administradas via
subcutânea. Para os casos emergências de reação anafilática, pode-se
administrar adrenalina 1:1000pm via subcutânea. Os locais mais comuns de
injeção subcutânea são a face externa da porção superior do braço, face
anterior da coxa, tecido frouxo do abdômen inferior, região glútea e dorso
superior.

A injeção é contra-indicada em locais inflamados, edemaciados,


cicatrizados ou cobertos por uma mancha, marca de nascença ou outra lesão.
Elas também podem ser contra-indicadas em pacientes com alteração nos
mecanismos de coagulação.

Modo de aplicação:

 Lave as mãos;
 Prepare os materiais;
 Reúna os seguintes materiais: bolas de algodão com álcool, seringas de
1ml ou de 3ml, agulhas para aspiração e para aplicação, medicamento
ou vacina;
 Proceda a aspiração com técnica asséptica;
 Oriente o paciente;
 Após escolher o local, fazer a anti-sepsia da região, utilizando uma bola
de algodão com álcool;
 Pinçar o tecido subcutâneo, utilizando dedo indicador e o polegar,
mantendo a região firme, para que a agulha penetre no mesmo;
 Introduzir a agulha com bisel voltado para cima, com firmeza e rapidez;
 Solte a prega e mantenha a agulha no tecido e aspire para verificar se
acidentalmente você não puncionou nenhum vaso;
 Caso acidentalmente tenha atingido um vaso sanguíneo, troque a
agulha e reinicie o procedimento. As soluções oleosas ou em
suspensão, se administradas por via venosa (acidental), podem causar
embolias;
 Caso não houver sangue, introduzir o medicamento. Retire a seringa e
não faça massagem no local, pois a massagem pode acelerar a
absorção do medicamento.
– Se a agulha for hipodérmica (13x4,5mm ou 13x3,8mm): ângulo de 90
graus;
– Indivíduos normais e magros usar a agulha hipodérmica;
– Agulhas mais longas como 25x5,5: ângulo de 45 graus.

ATENÇÃO

• Podem ocorrer infecções inespecíficas ou abscessos;

• Pode ocorrer lesão de nervos;

• Se administrado medicamentos que não seja específico desta via, poderá


ocorrer úlceras ou necroses de tecidos;

• Podem ocorrer embolias;

• Formação de tecido fibrótico.

Cuidados gerais na administração de medicamentos por via parenteral:

Via muito utilizada, principalmente em hospitais e unidades de saúde.


Precisamos saber manipular muito bem as seringas, saber sua capacidade e
graduação - 1cc = 1ml.

o Seringa de 20 ml

• É dividida em 20 risquinhos que representam a escala desta seringa;

• Portanto cada risquinho equivale 1 ml, é dividida em números inteiros.

o Seringa de 10 ml
• É dividida em 20 risquinhos, isso significa que entre um risquinho e
outro equivale 0,5 ml, ela não é dividida em número inteiro.
o Seringa de 5ml
• É dividida em 25 risquinhos, portanto cada espaço entre os risquinhos
vale 0,2 ml.
o Seringa de 3ml
• É dividida em 30 risquinhos, portanto cada espaço entre os risquinhos
equivale a 0,1 ml.
o Seringa de 1ml
• Pode ser graduada em ml ou UI;
• Em ml cada risquinho corresponde a 0,02ml pois ela foi dividida em 50;
• Em UI cada risquinho corresponde 2 UI.

Padronizações de cor do canhão das agulhas mais utilizadas:

Cor do canhão Calibre da agulha


Rosa 40x12
Verde 25x8, 30x8, 40x8
Preto 25x7, 30x7, 40x7
Roxo 25x5,5
Marrom 13x4,5

O preparo do material é realizado da seguinte forma:

1 - Abra a seringa no local indicado;

2- Reserve a seringa. Abra a agulha utilizando a mesma técnica;

3- Acople o canhão da agulha ao bico da seringa. Empurre o êmbolo no sentido


do bico da seringa, para facilitar o manejo;

4 – Faça a desinfecção do gargalo da ampola, utilizando uma bola de algodão


embebida em álcool 70%;

5 – Para abrir a ampola, proteja o gargalo com uma gaze e force para trás para
quebrar;

6 – Retire o protetor da agulha e o deixe sobre a embalagem. Faça a aspiração


do medicamento;

7 – Aspire o conteúdo do medicamento contido na agulha, retire o ar e bolhas.


Troque a agulha pela agulha correta de aplicação, e proceda a aplicação.

OBSERVAÇÕES:

• Qualquer injeção dói e ninguém gosta de tomá-las;

• Respeite a reação do paciente;

• Solicite auxilio para contenção de crianças;

• Deixe o cliente participar escolhendo o local;


Orientações Gerais:

 Lavar corretamente as mãos antes do preparo e após a administração


dos medicamentos;
 Oriente o cliente sobre o procedimento, usando linguagem acessível; 
 Responda os questionamentos do cliente, estimule a verbalizar seus
sentimentos;
 Escolha o local respeitando as solicitações do cliente;
 Determine a diluição e o horário conforme rotina da instituição;
 Troque a agulha que foi aspirado o medicamento se o produto for
irritante: Ex. vacina antitetânica ou medicamento de frasco ampola;
 Exponha o cliente, somente a área necessária;
 Manuseio de todo o procedimento com técnica asséptica;
 Descarte o lixo em recipiente específico;
 Execute a técnica com rapidez para diminuir a ansiedade do cliente;
 Faça a anti-sepsia com álcool a 70% ou álcool iodado a 2%, aguarde por
alguns instantes para que o álcool não penetre junto da agulha, isto
causará sensação de ardor;
 Avise o cliente quando for introduzir a agulha e peça que o paciente
relaxe;
 Utilize agulha com o tamanho adequado;
 Aspire sempre antes de injetar a medicação intramuscular, certificando-
se que não atingiu vaso sanguíneo, caso isto ocorra, prepare nova
medicação com novo material;
 Injete a medicação com calma;
 Observe o cliente após a administração do medicamento;
 Anote no prontuário o procedimento realizado e as observações.

Via cutânea

Local de aplicação Superfície da pele. Formas farmacêuticas; Creme, Gel,


Pomada Loção.

VIA CUTÂNEA POMADA CREME

 Excipiente gorduroso  Excipiente óleo –água

 Mais resíduos  Menos resíduos

 Difícil de remover  Fácil de remover


Cuidados na aplicação de medicamentos tópico:

 Após abrir a pomada coloque a tampa virada para cima, dentro da


bandeja;
 Despreze a primeira porção da pomada, antes de usá-la;
 Coloque a pomada sobre uma espátula sem contaminá-la;
 Nunca recoloque a espátula dentro do pote, se for necessário mais
pomada deixe uma espátula dentro do pote para ir retirando e colocando
sobre gaze estéril;
 Use somente o necessário, não desperdice;
 Registre o procedimento e o aspecto da lesão.

Via nasal

Local de aplicação nariz. Formas farmacêuticas: Spray e Solução.

 Coloque o cliente de preferência deitado com a cabeça bem inclinada


para trás, permitindo que o medicamento penetre profundamente;
 Não encoste o conta-gotas no nariz do cliente;
 Segure o conta-gotas ligeiramente acima das narinas, para introduzir as
gotas, dirigindo sua extremidade para a parte média da concha superior
do etmóide;
 Instrua o cliente a permanecer deitado de costas por alguns minutos,
para que o medicamento seja absorvido;
 Anote no prontuário o procedimento realizado.

Via oftálmica

Local de aplicação Olho. Formas farmacêuticas: Colírios e Pomadas.

Cuidados de enfermagem na aplicação de colírio:

 Coloque o paciente sentado, com a cabeça hiperestendida;


 Limpe os olhos com água boricada, soro fisiológico ou água destilada;
 Não encostar o frasco do colírio no olho do paciente;
 Pingar a gota sobre o fórnix do olho, não deixar a gota cair sobre a
córnea para não provocar sensação desagradável;
 Após a aplicação peça ao paciente para fechar os olhos e a seguir que
os abra, permitindo que o medicamento se espalhe no olho;
 Ofereça uma gaze para o paciente secar os olhos, sem esfregar;
 Fechar logo o frasco;
 Não colocar colírios em geladeira, exceto se por orientação do
fabricante;
 Rotular o frasco ao ser aberto com data, hora e nome do responsável,
porque em média a validade é de 15 dias;
 Proteger o frasco da ação da luz;
 Registrar no prontuário logo após a realização do procedimento.

Cuidados de enfermagem na aplicação de pomadas:

 Proceda a limpeza do olho;


 Afaste a pálpebra e introduza pequena quantidade no saco conjuntival,
usando a própria bisnaga da pomada;
 Não encostar o tubo da pomada no cliente;
 Peça ao cliente que feche as pálpebras e mova o globo ocular,
permitindo que o medicamento se espalhe;
 Limpe a abertura da bisnaga, com gaze limpa, feche e guarde;
 De preferência que seja de uso individual a pomada;
 Anote logo após o procedimento no prontuário do cliente.

Via auricular

Local de aplicação Ouvido. Formas farmacêuticas: Soluções, Pomadas e


Suspensão.

Cuidados de enfermagem:

 Não utilize soluções geladas elas são desconfortáveis e podem causar


náuseas ou tontura;
 O aquecimento pode ser dentro da mão ou em banho maria;
 Na presença de secreção, usar luvas de procedimento;
 Colocar o cliente sentado, com a cabeça ligeiramente inclinada para o
lado ou posicioná-lo deitado de lado. Distenda o meato acústico externo
da orelha do cliente para facilitar que a medicação alcance o tímpano;
 No adulto, puxe suavemente para cima e para trás;
 Na criança, puxe para baixo e para trás;
 Instilar a quantidade de gotas prescritas sem contaminar o frasco do
medicamento.
 Solicitar ao paciente que permaneça em decúbito lateral por 2 a 3
minutos;
 Repetir o procedimento no lado oposto se houver prescrição;
 Recolher o material utilizado, deixando a unidade do cliente em ordem;
 Desprezar os resíduos;
 O conta-gota não pode entrar em contato com o ouvido;
 Coloque um pequeno chumaço de algodão no ouvido (cuidar para que
não entre no canal auditivo), após a aplicação do medicamento – ver
rotina da instituição;
 Anote no prontuário o procedimento.
Via vaginal

Local de aplicação canal vaginal. Formas farmacêuticas: óvulos, Pomadas,


Cremes, Géis e Cápsula.

ERRO DE MEDICAÇÃO: É definido como um evento evitável, ocorrido em


qualquer fase da terapia medicamentosa, que pode ou não causar danos ao
paciente.

ERRO DE PRESCRIÇÃO: Escolha incorreta do medicamento, erro de cálculo


na dose, via de administração, forma farmacêutica, velocidade de infusão ou
prescrições ilegíveis.

ERRO DE DISPENSAÇÃO: Considera-se erro de dispensação a distribuição


incorreta do medicamento prescrito para o paciente

Exemplos 1:

 A prescrição de medicamentos do paciente foi enviada a farmácia para


a dispensação de ampolas de epinefrina. Porem foram dispensadas
ampolas de efedrina.
 No carro de emergência da unidade, no local destinado a adrenalina se
encontrava atropina.
Exemplos 2:

A prescrição de medicamentos do paciente foi enviada a farmácia para a


dispensação de ampolas de epinefrina. Porem foram dispensadas ampolas de
efedrina.

No carro de emergência da unidade, no local destinado a adrenalina se


encontrava atropina.

O paciente precisaria receber 250mg de cloridrato de ciprofloxacino por via


oral. A farmácia enviou o medicamento em cápsulas de 500mg.

Estratégias de Prevenção:

 Padronizar armazenamento adequado, estruturado e identificação


completa e clara de todos os medicamentos utilizados na instituição.
 Desenvolver e implementar programas de educação centrados nos
princípios gerais da segurança do paciente que incluam informações
sobre uso de novos medicamentos.

Estratégias de Prevenção:

 Treinamento da equipe multiprofissional


 Efetuar a identificação dos medicamentos nos carros de emergência
com o nome genérico.
ERRO DE OMISSÃO: Não administração de um medicamento prescrito para o
paciente.

Exemplos:

 No horário da administração de um medicamento por via oral, o paciente


estava realizando um exame de imagem fora da unidade. O
medicamento não foi administrado.
 Ausência de registro da execução da medicação.

Exemplo: O medicamento sulfato de morfina foi administrado às 13h30, mas


não foi checado na prescrição. Às 14h30, ao avaliar a necessidade de
analgesia do paciente, a enfermeira do plantão foi comunicada pela família
que o medicamento havia sido administrado.

ERRO DE HORÁRIO: Considera-se erro de horário a administração do


medicamento fora do intervalo de tempo estabelecido pela instituição, ou
pela prescrição.

Exemplo:

 O anti-hipertensivo das 14h foi administrado às 15h30 devido ao


atraso na dispensação pela farmácia.

ERRO DE ADMINISTRAÇÃO NÃO AUTORIZADA DE MEDICAMENTO

Administração de medicamento não prescrito.

Exemplo: O profissional administrou medicamento que não constava na


prescrição do paciente naquele dia.

Utilização de prescrição desatualizada.

Exemplo: Pela prescrição do dia anterior, no horário das 12h o paciente


deveria receber uma dose de anfotericina B, sendo iniciada a infusão. Às
14h, ao conferir a prescrição vigente, observou-se que o medicamento
havia sido suspenso.

ERRO DE DOSE:

 Administração de uma dose extra do medicamento.


Exemplo: O antibiótico foi suspenso na prescrição médica. O profissional de
enfermagem não foi comunicado e não conferiu a prescrição antes de
administrar o medicamento. O paciente recebeu uma dose extra do antibiótico.
Exceto: em casos que o paciente faz hemodiálise.

 Administração de dose duplicada do medicamento.


Exemplo: Medicação prescrita para administração às 14h foi realizada no
pronto-socorro. Logo após o paciente foi transferido para a UTI, onde recebeu
a dose das 14h novamente, conforme prescrição da unidade.

ERRO DE APRESENTAÇÃO:

 Considera-se erro de apresentação a administração de um


medicamento em apresentação diferente da prescrita.
Exemplo: Administração da apresentação intravenosa de Cloreto de Potássio
19,1% por via enteral. Para administração da dose prescrita de nifedipina via
sublingual, foi aspirado o conteúdo de dentro da cápsula.

ERRO DE PREPARO:

 Medicamento incorretamente formulado ou manipulado antes da


administração (reconstituição ou diluição incorreta, associação de
medicamentos física ou quimicamente incompatíveis).
Exemplo: O medicamento Anfotericina B foi diluído em soro fisiológico. A
Anfotericina B é incompatível com soro fisiológico, devendo ser diluída em soro
glicosado 5%.

 Armazenamento inadequado do medicamento


Exemplo: Antibiótico reconstituído foi armazenado na gaveta de medicamento
do paciente, sendo que deveria ser mantido sob refrigeração.

 Falha na técnica de assepsia


Exemplo: Ao preparar o soro de manutenção, não foi realizada a assepsia das
ampolas de eletrólitos a serem adicionados na solução.

Exemplo: Ao preparar o soro de manutenção, não foi realizada a assepsia das


ampolas de eletrólitos a serem adicionados na solução

ERRO DE ADMINISTRAÇÃO:

 Falha na técnica de administração do medicamento


Exemplo: Foi administrado o volume de 5ml de medicamento na região do
músculo deltoide.

 Administração do medicamento por via diferente da prescrita


Exemplo: O medicamento cloridrato de prometazina prescrito por via
intramuscular foi administrado por via intravenosa.

 Administração do medicamento em local errado


Exemplo: O medicamento que deveria ser administrado no olho direito foi
administrado no olho esquerdo.

 Associação de medicamentos física ou quimicamente incompatíveis


Exemplo: O medicamento fenitoína sódica foi infundido na mesma via do
cateter intravenoso na qual estava sendo administrado soro de manutenção
com glicose e eletrólitos. Ocorreu a precipitação do medicamento.

ERRO COM MEDICAMENTOS DETERIORADOS:

 Administração de medicamento com data de validade expirada


Exemplo: Insulina com data de validade expirada estava armazenada na
geladeira e foi administrada ao paciente.

 Administração de medicamento com integridade física ou química


comprometida
Exemplo: Antibiótico preparado às 13h30 para administração às 18h. Foi
mantido fora da refrigeração. A estabilidade do medicamento em temperatura
ambiente era de 4 horas.

ERRO DE MONITORIZAÇÃO:

 Falha em rever um esquema prescrito para devida adequação ou


detecção de problemas
Exemplos: Paciente desenvolveu insuficiência renal aguda durante tratamento
com antibióticos, mas as doses não foram ajustadas adequadamente.

 Falha em monitorar dados clínicos e laboratoriais antes, durante e


após a administração de um medicamento, para avaliar a resposta
do paciente à terapia prescrita
Exemplos: A dose de insulina prescrita foi administrada sem prévia verificação
da glicemia do paciente.

ERRO EM RAZÃO A NÃO ADERÊNCIA DO PACIENTE E FAMÍLIA:

 Considera-se erro em razão da não aderência do paciente e família o


comportamento inadequado do paciente ou cuidador quanto a sua
participação na proposta terapêutica.
Exemplos: Adolescente tetraplégico, com internação prolongada, em
acompanhamento com as equipes de psiquiatria e psicologia, recusa-se a
aceitar ansiolítico prescrito.
CÁLCULOS DE MEDICAMENTOS

CÁLCULO

 Ter habilidade na realização de cálculos e na


mensuraçãodasdoses,com exatidão.

CONCEITOS BÁSICOS ENVOLVIDOS NO CÁLCULO DE MEDICAMENTOS

 Soluto: é a porção sólida da solução.


 Solvente: é a porção líquida da solução.
 Solução: mistura homogênea composta de soluto e solvente.

PROPORÇÕES E EQUIVALÊNCIAS

 1ml contém 20 gotas


 1 gota equivale a 3 microgotas
 1ml contém 60 microgotas
 1g = 1000 mg
 1L = 1000 ml

FÓRMULA DE MILLER N° gotas/min = V____

Tx3

Onde: V= volume em ml

T= Tempo em horas
ANTIMICROBIANOS

Conceito

A) Antibióticos: são medicamentos que inibem o crescimento ou destroem


bactérias.
Classificam-se em:

• bactericidas: causam a destruição das bactérias por desencadear


alterações incompatíveis com a vida do microorganismo.

• bacteriostáticos: inibem o crescimento e a reprodução bacteriana, sem


provocar sua morte imediata. Vale ressaltar que se pode ter um efeito
reversível se o antibiótico for retirado antes do tempo ideal de utilização.

1. Origem dos antibióticos

Apesar dos antibióticos serem encontrados na forma natural e semi-


sintética, a grande maioria hoje são produzidos sinteticamente.

2. Ação dos antibióticos

Os antibióticos vão atuar nas seguintes estruturas bacterianas: - parede


celular: prejudicando a sua formação; - membrana citoplasmática:
promovendo a desorganização e rupturas das estruturas do citoplasma ou
alterando a sua permeabilidade, não permitindo trocas; - inibindo a divisão
de cromossomos, impossibilitando a transferência de características de
células-mãe para as células-filhas; - inibindo a síntese de proteínas.

3. Resistência bacteriana

As bactérias são microorganismos capazes de adquirir resistência aos


antibióticos, de maneira que muitos destes medicamentos antes eficazes,
com o tempo acabam não tendo efeito sobre elas. Isso se deve aos
seguintes fatores: - uso indiscriminado;

- tempo de uso inadequado;

- escolha do antibiótico inadequada. Por este motivo a obediência na


terapêutica prescrita é de fundamental importância para se obter resultados
satisfatórios no uso de antibióticos, isto inclui, também, o preparo e a
administração dentro dos horários prescritos pelo médico.

4. Efeitos colaterais dos antibióticos


Os efeitos indesejáveis na utilização dos antibióticos se devem a sua
toxicidade e capacidade de irritabilidade própria da droga, devem-se,
também, as manifestações de hipersensibilidade do paciente, podendo
levar a quadros graves.

5. Principais grupos de antibióticos

a) Penicilinas

A Penicilina é originária do fungo Penicillium notatum, descoberta em


1928 pelo cientista Alexander Fleming. A penicilina é utilizada apenas para
alguns casos em nosso meio, tanto na forma natural ou semi-sintética,
devido a resistência bacteriana.

A penicilina é uma droga bactericida, nos dias atuais possui baixa


toxidade renal (principal via de excreção), e por desencadear reações de
alérgicas, faz-se necessário estar atento às manifestações desta natureza.

Principais Penicilinas:

• Penicilina G cristalina injetável (Penicilina cristalina® )

• Penicilina G procaina injetável (Wycillin® )

• Penicilina G benzatina injetável (Benzetacil® )

• Oxacilina injetável e cápsulas (Oxacilina® , Staficilin N® )

• Ampicilina comprimidos, suspensão e injetável (Ampicilina® , Ampicil® ,


Binotal® ).

• Amoxicilina cápsulas e suspensão (Amoxil® , Clavulin® , Novocilin® )

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