Catálogo Artéria 40 Anos
Catálogo Artéria 40 Anos
Catálogo Artéria 40 Anos
2ª edição
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sumário
vida longa à artéria!
7 bruna callegari e rafael buosi
poesia no muque
42 julio mendonça
136 colaboradores
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apresentação
A revista Artéria começou a ser pensada por Artéria nasceu sob o impacto de Código, Polem
Omar Khouri e Paulo Miranda no ano de 1974, em e Navilouca, revistas que vieram retomar a linha
Pirajuí, interior do Estado de São Paulo, aos quais se experimental da Poesia em periódicos no Brasil
juntaram os irmãos Figueiredo, da vizinha cidade de (muito embora nenhuma, dentre as que ultrapas-
Presidente Alves: Luiz Antônio, Carlos e José Luiz. A saram o primeiro número, tenha tido periodicidade
de número 1 saiu em meados de 1975, já congregan- regular) e dadas certas facilidades apresentadas,
do um conjunto significativo de poetas, incluindo os à época, com relação aos meios de reprodução, no
concretistas históricos do Grupo Noigandres em sua âmbito gráfico. As revistas proliferaram nos anos
formação inicial: Haroldo de Campos, Augusto de 1970, mas poucas tiveram longa vida como Artéria.
Campos e Décio Pignatari. De Pirajuí, Artéria transferiu-se para São Paulo,
Artéria já nasceu com as vocações intersemió- com quem já estabelecia uma espécie de simbiose e
tica (interdisciplinar) e mutante (proteica) e assim seu quadro de editores/organizadores foi-se modi-
foi abrigando poesia com forte visualidade e trans- ficando, saindo uns e entrando outros, como Walter
formando-se ao longo desses 40 anos: mudança de Silveira, Sonia Fontanezi, Tadeu Jungle, porém, man-
formato, de processos de impressão, de mídia, e até tendo o núcleo inicial com O. Khouri e P. Miranda.
de nome (Balalaica, Zero à Esquerda integram o con- Nessas 4 décadas, foram impressos apenas 10
junto) e congregando, cada vez mais, um número números + 2. Porém, há planos para próximas edi-
ampliado de colaboradores: poetas, artistas plásti- ções. A alegria de fazer e de vir a público com um
cos, artistas gráficos, músicos, fotógrafos. time numeroso de criadores garantiu a continuidade
Dentre as revistas experimentais que proliferaram da revista, sempre independente e livre de patrocí-
nos anos 1970, Artéria foi a que mais se metamorfor- nios, que não é propriamente uma revista, mas que
seou: foi caderno, sacola, fita cassete, caixa-de-poe- é uma Revista. Mutante, com alguma permanência,
Zero à Esquerda, 1981 mas-exposição-portátil, website e até caixa de fósforos! Artéria comemora os seus 40 anos. Auguri!
Revista em serigrafia, offset, tipografia e carimbo
Magazine – Screen printing, offset typography and stamp
51,6 x 28,2 cm / 500 exemplares copies Omar Khouri e Paulo Miranda
Coleção Omar Khouri Collection São Paulo, março de 2015
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o fenômeno artéria
Muito já se falou sobre a importância das revis- dos que com ela se envolvem verdadeiramente, como fixa, um formato regular, uma única mídia utilizada, mais que editora, a Nomuque é gráfica e, além da se-
tas para a divulgação de trabalhos poéticos, artísticos já escreveu Mário da Silva Brito abordando o caso um nome único. A questão de classificar a publicação rigrafia, utilizou, ao longo de seus mais de 40 anos de
e teóricos, no Brasil e no mundo, desde antes, mas Klaxon. Portanto, as revistas que resistem e insistem, nunca nos deixou preocupados, muito embora mais existência, outros processos artesanais de impressão
principalmente a partir da eclosão dos Modernismos, mesmo depois de décadas de seu 1º número, é porque adequado fosse chamá-la “antologia”, como lembrou e, também, processos industriais.
inícios do século XX, até à atualidade, e das dificul- os que se envolvem intimamente com a sua feitura várias vezes Augusto de Campos. Artéria e tantas ou- A Nomuque Edições (“nomuque, edições”, na ori-
dades de se editarem essas publicações, mesmo em ainda acreditam em trabalhos coletivos. Artéria é um tras publicações similares, que circularam a partir da gem) nasceu em Pirajuí, interior de São Paulo, trans-
época mais recente em que, dados os progressos de caso especial, pois, até hoje teve apenas 10 números 1ª metade dos anos 1970, sempre foram chamadas ferindo-se, a seguir, para a capital, onde ainda opera.
ordem técnica, verificou-se um barateamento de cus- + 2 com outros nomes e se foi metamorfoseando, e “revistas” por seus idealizadores e colaboradores, po- Há vantagens e desvantagens nessa estrutura de fun-
tos, o que fez com que houvesse uma proliferação de houve números em que teve nomes duplo e triplo (as rém, escapam à noção tradicional de revista. No caso cionamento da editora: por um lado tem-se liberdade
“jornaizinhos”, periódicos (sem propriamente periodi- de nº 5 e 6) e houve as que receberam, na ânsia de específico de Artéria, mais ainda, pois o ser mutante plena para tudo e não há o perigo de ficar insolvente
cidade regular), poemas em edições autônomas, fan- transformação, outros nomes, como a fita Balalaica foi uma de suas principais características: configurou- ou mesmo o de ir à falência, já que, legalmente, não
zines etc. Isto, considerando apenas o suporte papel, e a caixa-de-poemas Zero à Esquerda, o que nos faz -se caderno com encarte, sacola, caixa, fita cassete, existe. Por outro, os custos acabam por onerar os
sem que adentremos o terreno das novas tecnologias considerar ter chegado Artéria, já, ao nº 12. site na REDE, de novo caderno, e até chegou a trocar poucos que se dispõem a reservar parte de seu salá-
com suportes não-materiais e as facilidades de se ter Mesmo considerando a vontade de mudança, a de nome no percurso. rio para os gastos da editora e, o mais grave: o crôni-
um blog, por exemplo, que pode, na maior parte das não-repetição possível, Artéria conservou um núcleo Para falar sobre Artéria, temos de vinculá-la à co problema da distribuição do pouco material que é
vezes, abrigar materiais de um único indivíduo. de colaboradores, como poucas revistas, congregan- Nomuque Edições, editora fundada por nós, há 41 editado e que, fatalmente, fica em parte encalhado na
Revista ou suposta revista - porque aqui, em sua do experimentadores experientes e jovens poetas. anos (1974), em Pirajuí, e que sempre funcionou à casa de alguém, que se dispõe a guardá-lo.
maior parte as revistas não conseguiram manter algo Artéria pertence àquela leva de revistas que brota- margem do sistema editorial brasileiro, carecendo de Artéria começou a ser pensada em 1974, a partir
fundamental, que é a periocidade regular e muitas de- ram a partir da 1ª metade dos anos 1970, em parte registro como empresa editorial, o que a fez correr o do momento em que sentimos a necessidade de uma
las, quando saíam do nº 1, mal chegavam ao 3 – é sinô- herdeiras de Noigandres e Invenção dos concretistas, risco de perder legalmente o nome. Nomuque = no publicação coletiva (até hoje, temos muito mais pra-
nimo de publicação coletiva e é aí que a denominação em parte abertas para outras pesquisas, numa época muque (no braço, na força muscular) existe à medida zer em veicular nossos trabalhos em publicações co-
se fixa. Raros são os exemplos das que conseguiram que se convencionou chamar Pós-Modernidade e que que existam trabalhos que ela venha a editar e gra- letivas, que em separado: poemas reunidos em livro
chegar ao 10º número e até ultrapassá-lo, como foi Haroldo de Campos ponderou pelo Pós-Utópico. E, ças aos recursos provindos dos próprios editores-co- ou veiculados autonomamente). O nome: um achado
o caso de Código-Bahia e de Artéria. Uma das coisas dessas revistas, convém mencionar Navilouca, Polem, laboradores (a editora nunca contou com patrocínios (pronto), pois, além de tudo o que traz de positivo a
que Julio Plaza sempre dizia, chamava, mesmo, a Código, Invenção Bahia, Artéria, Poesia em Greve, de fora – antes, por princípio, depois, por força do há- palavra Artéria, contém Arte! Tendo, naquele ano, visto
atenção, era para a questão das facilidades que pas- Qorpo Estranho, Muda, Viva Há Poesia, Atlas e algumas bito). Essa atividade editorial ocorria mais ou menos Polem e Código (Navilouca, pouco depois), percebemos
saram a existir a partir de um certo momento e que outras poucas. Vivia-se ainda, naquele começo, a épo- esporadicamente, bem porque, não visando a lucros e que o projeto de uma revista de poesia seria viável.
propiciaram, de fato, a multiplicação de publicações ca da Ditadura Militar, o que implicava censura, que se não dispondo de infraestrutura empresarial, só pode- Daí, conversando e travando contato com os irmãos
à margem do sistema editorial brasileiro, em nosso abateu quase-nada sobre essas revistas experimen- ria mesmo funcionar assim, às vezes acontecendo de Figueiredo (Luiz Antônio, Carlos e Zéluiz), configurou-
caso. E, do início dos anos 1970 até os 90, assistiu-se tais, mas mais sobre publicações de uma vanguarda uma publicação ser lançada dez anos após o início de -se a possibilidade, e, o número 1, já com colaboração
a toda uma série de inovações de cunho tecnológico, a política. De qualquer modo, o medo pairava sobre to- sua impressão que, por sinal, em algumas ocasiões, dos poetas concretos (que prontamente se dispuseram
que especificamente Artéria não ficou indiferente, ao dos, nós de Artéria, inclusive. foi feita por seus editores que, além de poetas, eram a nos enviar trabalhos inéditos) – Augusto de Campos,
mesmo tempo em que antigas tecnologias, no campo Artéria, assim como outras publicações da mes- (são) técnicos em serigrafia, programadores visuais Décio Pignatari e Haroldo de Campos - saiu em 1975
das Artes Gráficas, continuaram a existir e a prestar ma estirpe, seria “revista” ou “antologia”? Esta é a etc. (os poucos que se dispuseram e se dispõem a este (lançamento em 15/07, em São Paulo, numa peque-
serviços, com bastante eficiência. primeira questão que surge quando examinada, em tipo de trabalho artesanal). Se bem que, atualmente, o na reunião no Krystal Chopps, no Bairro das Perdizes,
Uma revista existe (dessas que não recebem sub- seu conjunto – do 1º número (1975) ao 10º + Balalaica trabalho artesanal tem sido deixado de lado, cedendo com as nossas presenças, mais as de Luiz Antônio de
venções e que primam pela ousadia e experimenta- (1979) e Zero à Esquerda (1981) - já que não hou- espaço ao offset que, de qualquer modo, esteve pre- Figueiredo, Carlos Valero, Hermelindo Fiaminghi, Décio
ção) enquanto existe um certo entusiasmo por parte ve uma periodicidade regular, tampouco uma forma sente desde o primeiro número de Artéria. Portanto, Pignatari, Haroldo e Augusto de Campos).
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Paulo Miranda
Che move il sole
Objeto luminoso, Luminous object, 80 x 15 cm
Publicado em Published in Zero à Esquerda, 1981
Coleção Paulo Miranda Collection
Regina Vater
Abaixo do Equador, 1978 - 2002
Série de fotografias, 132 x 30 cm
Publicado em Published in Artéria 9, 2007
Coleção Paulo Miranda Collection
Artéria 2 já viveu uma crise entre os organizado- cassete C60, sendo as datas de lançamento 1979-80 e, da Universidade – IA-UNESP, FACOM-FAAP e PUC-SP).
res, posto que uns queriam algo arrojado em termos diga-se, isto tudo ocorreu antes da febre da dita “poe- Na REDE não é preciso fazer números 1, 2, 3 etc., pois a
de mídia e outros ponderavam pelo que seria possí- sia sonora”, no Brasil. A novidade nas fitas não estava publicação é, por natureza, crescente e mutante.
vel, em termos de viabilidade econômica, e a revista no fato de se gravarem poemas, coisa que acontecia A questão da visualidade sempre apareceu em
foi feita, com alguma modificação do projeto inicial, há décadas, mas de ser um trabalho de poesia sonora/ Artéria (que tem mantido um núcleo de editores, com
mas mantendo o arrojo. Saiu em 1977, mas consta a sonorizada coletivo: uma revista sonora, contendo até evasões e adesões, ao longo do tempo) e com o passar
data de 76, ano em que praticamente ficou pronta, o que se poderia chamar de ‘radionovela’. dos anos, foi-se acentuando, até culminar com as re-
só faltando alguns detalhes (o invólucro, uma sacola, Nesta altura, já faziam parte da equipe de pro- vistas de números 5 e 6. Fizemos a de nº 9 mantendo
causou alguns transtornos até ficar pronto, já que o dução, também, Walter Silveira, Sonia Fontanezi, o formato aproximado da de nº 7 e preparamos a de nº
trabalho de Julio Plaza – Alechinsky-Lichtenstein – foi Tadeu Jungle, Júlio Mendonça e, mais tarde, 10, que foi lançada no ano de 2011. E não descartamos
visto como perigoso por gráficos-impressores e sua Arnaldo Antunes (que se ocupou de outras publica- a feitura dos números 11 e 12 de Artéria.
publicação teve de ser adiada e a capa do envelope ções e atuava, também, em outro campo: o da mú- Artéria se insere na tradição de revistas que pri-
ser refeita): a revista mostrou, nesse número, seu ca- sica popular, como se sabe). Em 6 de maio de 1981 maram por veicular uma produção poética mais ex-
ráter mutante (já indiciado na de número 1, em que foi lançada uma grande caixa, com poemas soltos perimental, mais construtivo-formalista (e aí não vai
aparecia um encarte: o poema “Reviravolta”, de Paulo e utilizando vários processos de impressão: Zero à teor depreciativo), tais como, entre nós, Noigandres,
Miranda). Tendo um formato diferente, não podendo Esquerda, num espetáculo multimídia, na discoteca Invenção, Navilouca, Polem, Código (editada em
simplesmente ser colocada numa estante, chegou a Pauliceia Desvairada. Esta revista da Nomuque não Salvador-Bahia por Erthos Albino de Souza, e que
ser recusada por algumas livrarias, que costumavam levou o nome Artéria. durou 12 números: um verdadeiro prodígio!), Poesia
receber as nossas revistas em consignação, exceção Alguns outros projetos foram sendo feitos pela em Greve, Qorpo Estranho, Kataloki, Zero à Esquerda,
feita à Duas Cidades, que chegou a distribuí-la nacio- Nomuque que, ao mesmo tempo, tentava viabilizar Atlas etc. Dessas, algumas tiveram apenas um núme-
nalmente no ano de 1977, assim como Artéria 1 e ou- Artéria 5 (Fantasma), enfim, lançada no MASP, em ro. Artéria prossegue e penso ser a única revista atu-
tras publicações da mesma estirpe. seu mezanino, em 1991, com uma grande exposição almente no Brasil a se preocupar com a questão da
Os irmãos Figueiredo – Luiz Antônio e Carlos – “comemorativa” dos 17 anos da editora, e Artéria 6 visualidade e da experimentação em Poesia.
eram, dos envolvidos no processo Artéria, os que mais (Quadradão) 31 x 31, que só foi lançada em 1993, na O que faz com que, apesar de tudo, uma publi-
insistiam para que a forma da revista não se repetisse. Livraria Augôsto Augusta-MIS. Artéria 6 foi a revista de cação (que não vem a ser propriamente uma revista,
O número 3 não existiu - uma caixa de fósforos tra- mais longa gestação na história da cultura brasileira: como a definem os dicionários) sobreviva por déca-
zia o nome Artéria 3: ART3RIA – produção de Carlos pensada desde 1981, começou a ser impressa (toda em das? Diríamos que o amor pela poesia e a crença de
Valero (de Figueiredo). O número 4 foi feito pela serigrafia, como a de número 5) em 1983 e, daí, passa- que tal trabalho seja necessário e, talvez, o que vem
Nomuque Edições mais o Estúdio OM, projeto e execu- ram-se dez anos até o seu lançamento. Nesse tempo a ser o mais importante, a alegria que existe em pôr
ção de Carlos Valero, e era constituído por um estojo todo, várias revistas foram pensadas e até projetadas, à luz mais uma publicação coletiva, já que há aqueles
que continha um caderno com especificações técnicas porém, os custos as inviabilizaram (a maior revista do que preferem publicar coletivamente do que reunir
para a audição de uma fita cassete C60 – o tal caderno Brasil, em formato A2, e outra composta de grandes periodicamente seus próprios trabalhos, mesmo que
poderia ter existência autônoma como revista, tão pri- cartazes 66 x 96 cm, contendo os poemas). o avanço em anos seja notório. Artéria chega aos 40
moroso graficamente era (muito embora a reprodução A seguir, fizemos Arteriaset (AR7ERIA – Artéria 7) anos e com indícios de que vai continuar. XAIPE!
– eram apenas 100 exemplares – fosse reprográfica: – mais uma longuíssima gestação - em offset, obvia-
xerox) e tudo ia dentro de um estojo azul, com impres- mente, que teve algo singular: ficou pronta em 2004,
são serigráfica em branco. Convém lembrar, aqui, que depois de Artéria8, que está na REDE desde o 2º se-
Artéria IV foi precedida por BALALAICA (também pro- mestre de 2003 (em 2001, colocamos no ar, com Fábio
jetada e executada por Carlos Valero e ambas as fitas Oliveira Nunes, que também fez o desenho de Artéria 8, Omar Khouri e Paulo Miranda
se encontram, hoje, na REDE: nomuque.net), outra fita Sígnica, reunindo principalmente poemas de alunos São Paulo, março de 2015
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à margem do sistema editorial brasileiro
nomuque edições
A Nomuque Edições, editora fundada por Omar da serigrafia, tem utilizado outros processos artesa-
Khouri e Paulo Miranda, em 1974, funcionou à mar- nais de impressão, bem como os industriais.
gem do sistema editorial brasileiro e está intima- A Nomuque Edições nasceu em Pirajuí, interior
mente ligada à revista Artéria, que editou a partir de São Paulo, transferindo-se para a capital, onde
de 1975. ainda opera. Do núcleo inicial de editores-colabo-
Nomuque = no muque (no braço) existe à me- radores, composto por Omar Khouri, Paulo Miranda,
dida que existam trabalhos que ela venha a editar e Luiz Antônio de Figueiredo, Carlos Valero e Zéluiz
com os recursos provindos dos próprios editores e Valero, hoje permanecem os dois primeiros. Outros,
colaboradores, já que nunca contou com nenhuma porém, se foram juntando, com maior ou menor atu-
forma de patrocínio. ação: Walter Silveira, Tadeu Jungle, Sonia Fontanezi,
Essa atividade editorial ocorre esporadicamen- Julio Mendonça, Arnaldo Antunes, Fábio Oliveira
te, bem porque, não visando a lucros e não dispon- Nunes. Da repografia e mimeografia, enveredando
do de infraestrutura empresarial, só poderia mesmo pelo offset e a serigrafia, passou para a fita mag-
funcionar assim: às vezes – acontecendo de uma nética (em associação com o estúdio ON, de Carlos
publicação ser lançada dez anos após o início de sua Valero) e para a REDE (web). Sem preconceitos. Sem
impressão, que também tem sido quase sempre fei- limites: formas sem fôrmas, Artéria, antologias, edi-
ta por seus próprios editores. Estes, além de poetas, ções autônomas de poemas, livros. De edições míni-
são técnicos em serigrafia, programadores visuais, mas a 1500 exemplares e à investida no Planeta, com
etc (os poucos que se dispuseram e se dispõem a Artéria 8 na Internet.
este tipo de trabalho artesanal). Portanto, além de Nomuque Edições: enquanto houver entusiasmo
uma editora, a Nomuque é, também, gráfica e, além por parte de seus editores.
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linha do tempo
1975 1976 1977 1979 1980 1981 1991 1992 2004 2003 2007 2011
artéria 1
(Pirajuí: Nomuque Edições, 1975)
Artéria 1, 1975
Revista em offset
Offset magazine
23 x 16 cm / 1232 exemplares copies
Coleção Omar Khouri Collection
18 19
artéria 2
(Pirajuí: Nomuque Edições, 1976)
Artéria 2, 1976
Revista em offset, serigrafia, tipografia e carimbo
Magazine – offset, silk-screen, typography and stamp
34 x 24 cm / 1000 exemplares copies
Coleção Omar Khouri Collection
20 21
artéria 3
(São Paulo: Editor Carlos Valero, 1977)
Artéria 3, 1977
Carteira de fósforos
Matchbook
4.5 x 5.5 cm / 100 exemplares copies
Coleção Omar Khouri Collection
22 23
balalaica
[O SOM DA POESIA]
(São Paulo: Nomuque Edições-Estúdio OM, 1979).
24 25
artéria 4
(São Paulo: Nomuque Edições-Estúdio OM, 1980)
Artéria 4, 1980
Fita cassete e encarte em serigrafia e xerox
Produção e trabalhos técnicos: Carlos Valero
Cassette tape and silk-screen and Xerox insert
Production and technical work: Carlos Valero
5 x 3,5 cm / 21 x 13,8 cm / 100 exemplares copies
Disponível em available at www.nomuque.net
Coleção Omar Khouri Collection
26 27
zero à esquerda
(São Paulo: Nomuque Edições, 1981)
28 29
artéria 5
[FANTASMINHA]
(São Paulo: Nomuque Edições, 1991)
Artéria 5, 1991
Revista em serigrafia Silk-screen magazine
34 x 24 cm / 160 exemplares copies
Coleção Omar Khouri Collection
30 31
artéria 6
[QUADRADÃO | 31 x 31]
(São Paulo: Nomuque Edições, 1992)
Artéria 6, 1992
Revista em serigrafia Silk-screen magazine
31 x 31 cm / 180 exemplares copies
Coleção Omar Khouri Collection
32 33
artéria 7
(São Paulo: Nomuque Edições, 2004)
34 35
artéria 8
[∞]
(São Paulo: Nomuque Edições, 2003…)
36 37
artéria 9
(São Paulo: Nomuque Edições, 2007)
38 39
artéria 10
(São Paulo: Nomuque Edições, 2011)
40 41
poesia no muque
john cage mostrou que para manter um compromisso precisamos admitir a os poetas de artéria não são conduzidos a passos cautelosos pelo
descontinuidade compromisso com a página em branco com o livro com o desejo
de publicar um livro a cada dois anos com a necessidade de construir
uma identidade por meio de uma coerência interna perceptível na ocorrência
nexo: banheiro publyko recorrente de determinados temas e formas expressivas com a
OBRA
a poesia de artéria não é poesia concreta não é poesia visual não chama o
nome disso mas as onze edições da revista estão atravessadas por esse os diversos formatos e mídias que as diferentes edições da revista têm adotado
compromisso compreensivo com a interdependência nossa com tudo que nos são uma manifestação ao mesmo tempo hiperbólica e natural do seu
toca que há 60 anos recebeu o nome verbivocovisual compromisso com a descontinuidade
paraporquê viver? ninguém fará isso por nós a gente compreende o signo dos signos,
passado enquanto faz, agora, o que precisa ser feito não fico – passo
vira
omar khouri e paulo miranda sempre chamam as obras dos participantes da
volta revista de trabalhos regina silveira (que é chamada de artista plástica),
tadeu jungle (que é chamado de videomaker e poeta), andré vallias (que é
re chamado de poeta e designer), entre tantos outros, enviaram trabalhos
não são poemas? é difícil predizer o futuro disto
42 43
mínimo divisor comum: artéria
A expressão de um certo modo singular de cria- lume de Artéria levava anos a fio. Os intervalos entre e a cujo lançamento no MIS, nos anos 90, compareci ta-álbum ainda carrega um Rio de Julio Bressane, jus-
ção em poesia que ao mesmo tempo que flerta com os números são surpreendentes1. Seria possível dizer, quando ainda nem era amigo de Omar e Paulo)2. to na época em que lançava o seu Tabu, filme-ícone do
todas as dimensões do perigo, do heroísmo under- durante cada época, que aquele seria o último, mas Artéria também revela, além de seus editores, seu homônimo alemão e da figura de Lamartine Babo,
ground, dos sentidos reversores da contracultura, outro logo assomava. Omar Khouri e Paulo Miranda, toda uma geração de so- tudo interconectado pela vertigem das analogias.
mesmo sendo a afirmação do que possa haver de me- A relativa aceleração perceptível a partir do sécu- fisticados poetas não verbais, ainda hoje muito pouco Do Soneto Fita Métrica à Artéria “inferno portátil”,
lhor no do it yourself, é uma atitude de recusa termi- lo 21 é, em grande parte, devida à “editoração eletrô- “lidos”: Vilari Hermann, Gastão Debreix, Aldo Fortes, uma caixa de fósforos ou uma fita, uma pasta-portfó-
nante a tudo que ele possa ter de pior. Essa é, a meu nica”, às facilidades trazidas pelo mundo digital. Esse Julio Mendonça, Sonia Fontanezi, Zéluiz Valero, André lio, uma etiqueta (como a de Julio Plaza Arte=Verba,
ver, a sofisticada e difícil via da revista Artéria. último permanece como área de processo e não de re- Vallias. Tem a ver com o “pulsar quase mudo” de Artéria 2), atravessam-se anos de absoluta pertinácia,
Nesta perspectiva é uma corajosa incursão na sultados, exceto pelo singular número 8, saído em or- Ronaldo Azeredo e, além dos irmãos Campos, Décio de obstinação permanente. Artéria é um diamante
contracultura pela perspectiva da invenção, cujos tra- dem trocada (antes dia 7), e lançado na web em nome Pignatari, Arnaldo Antunes, ou seja, nomes conhe- sem jaça, polido ao longo de décadas, arestas cuida-
ços de um discurso “maldito” não se forjam pela se- da noção de infinito. Uma jóia única, autorada admira- cidos que comparecem em outras inúmeras publica- dosamente alinhadas.
mântica, por um anti-conformismo meramente com- velmente por Fabio Fon, a Arteria 8, com seu desenho ções, ainda fez cruzar, em seus caminhos Lenora de Para concluir lembro os grafitos de Walt B.
portamental. de pérolas em círculo sobre um fundo vermelho, fez Barros, Julio Plaza, Edgar Braga, Erthos A. de Souza, Blackberry, presentes em vários números, em meio
As noites infinitas de suor sobre as pranchas de saltar para a rede mundial de computadores poemas ou seja, gerações diversas que se constelam, com os a rigorosos exercícios de ortogonalidade, sugerindo
serigrafia e o árduo trabalho que resultou em objetos que talvez devessem desde sempre ter sido pensados mais jovens, em torno desse núcleo de singularidades, uma síntese, aquela mesma que já estava em vários
tão singulares e extraordinários que, em si mesmos, para o meio digital. Me lembro do caso específico de tendo à frente os incansáveis Walter Silveira e Tadeu escritos de Haroldo de Campos: “concentração mo-
sustentam-se como obras, cada um deles, uma dobra- Koito, de Vilari Hermann que publicamos em 2003 na Jungle, colaboradores desde sempre. nádica e caos proliferante”. Ou ainda: adesão total
dura, um volume, um recorte inusitado, são o exercí- Córtex, outra dessas revistas de número único que No Quadradão (1992) está um fotograma de Ivan à independência de produção e recusa total ao des-
cio das artes marciais na poesia. Com uma disciplina gravitaram em torno da Artéria. Eu, Thiago Soares e Cardoso, um poema visual perfeito, a síntese de boa mantelo, ao desleixo, à frouxidão autocomplacente.
monástica, Omar Khouri e Paulo Miranda forjaram, no Guilherme Ranoya buscamos, de certo modo, tecer parte de seu trabalho. Um cinema em si mesma, a revis- Medula e osso, sem dúvida.
tempo, edifícios raros. uma homenagem ao que outras como Qorpo Estranho,
Non multa sed multum. Ou, na frase proposta pelo Código, Muda, Polem, Navilouca, Bahia Invenção fize-
próprio duo Nomuque: “não muito mas muito”. A fór- ram Brasil a fora, às vezes com um único evento edi- Texto originalmente publicado na revista Circuladô,
mula latina dita a procura por “essências e medulas” torial – como foram os casos de Zero à Esquerda (den- 4a ed., Poiesis/Casa das Rosas, abril de 2016.
ao invés da obra proliferante. Sob o signo de uma eco- tro da própria Nomuque edições), ou Atlas, ou ainda
nomia estética rigorosa, a prática de criação e produ- Kataloki.
ção de Artéria é descendende direta de uma das ver- Houve um tempo em que essa atitude de eco-
tentes que a Poesia Concreta legou, sobretudo a partir nomia e desprezo ao desperdício era de rigueur.
de sua auto-transformação nos anos 60, quando aban- Completamente diferente do que se vê hoje no am-
dona a ortodoxia do movimento vanguardista e passa biente da poesia, cada vez mais “literário” até mesmo
a abrir-se como um olhar de referência para a poesia no sentido da quantidade apresentada como qualida-
no Brasil e no mundo. Outras vertentes que puxaram a de. Nenhum poeta aspirante soltava seu primeiro livro
presença do corpo, a pop art, o barroco e muitos outros antes de muito meditar e mais ainda burilar. Os radi-
desdobramentos da arte contemporânea se espraia- ciais, como alguns da Artéria, jamais fizeram “livros”
ram ao longo das décadas seguintes. Artéria seguiu na mas sim poemas-coisa que circularam em revistas
proximidade daquela posição chamada, às vezes, com não convencionais ou pequenas edições. Na Artéria
certa ingenuidade, de minimalista. – como acontece em Código – não se evita o poema
Com o passar dos anos, os valores de uma so- com palavras mas é nítido o influxo de uma poesia vi-
1. Os números 1, 2 e 3 sucedem-se anualmente: 1975, 76 e 77, respectivamente. Balalaica e Artéria4 (ARTERIV) são de 1979 e 80. Zero
ciedade acelerada e intensamente competitiva dei- sual e sônica (vide Balalaica). Há claro interesse por à esquerda é de 1981. Segue-se um longo intervalo e, em 1991 aparece o número 5 (Fantasma) e o número 6 (Quadradão) no ano
xariam no esquecimento gente que, a exemplo de uma proposta de leiaute, uma atenção a cada detalhe seguinte, 1992. Mais outro longo intervalo vai ver surgir o número 8 em 2003, o número 7 em 2004, o 9 em 2007 e o 10 em 2011. Os
Marcel Duchamp ou Ronaldo Azeredo, produziam um do formato. São lendárias as histórias de perdas de editores já anunciaram que prosseguirão nessa irregularidade.
2. Devo a Omar Khouri uma correção sobre esse lançamento. Tendo visto a versão anterior desse texto, publicada no dossiê da revista
trabalho a cada muitos anos. exemplares inteiros por conta de pequenos erros nos Circuladô (número 4, março 2016 http://casadasrosas.org.br/centro-de-referencia-haroldo-de-campos/revista-circulado) dedicado
Trata-se não tanto de ter muito a dizer do que números serigrafados (como o Quadradão, Artéria 6, à revista Artéria, Omar me advertiu de que o lançamento no MASP foi de Artéria5, e não a 6, conforme eu escrevera então. Esta foi
dizer com muito pouco. Cada elaboração de um vo- relíquia que guardo cuidadosamente no meu acervo lançada no MIS, quando ainda existia ali a filial da Livraria aogosto augusta.
44 45
augusto de campos
sobre Artéria
A revista Artéria, se não me engano, surgiu em sariamente ligados à Poesia Concreta. Daí, penso eu,
1975. Eu já tinha tido contato com o Omar Khouri um que se construiu, aos olhos daqueles jovens que nos
ano antes, e depois também com o Paulinho Miranda, procuraram, o desejo de também publicarem os seus
que são os dois criadores dessa publicação. Eles se trabalhos nessa mesma linha de revista dedicada es-
aproximaram de mim, de Haroldo de Campos e de Décio pecialmente às poéticas experimentais.
Pignatari, por conta de uma afinidade de projeto, uma
vez que todos nós tínhamos em comum o interesse em revistas na pororoca
torno da poesia de novos media¹, chamada intersemió-
tica naquela época, e que se expressava, principalmen- O Omar Khouri tem uma tese que chegou a ser
te por conta dos meios de que dispúnhamos, ainda no publicada parcialmente em forma de livro, Revistas na
papel ou através do livro, mas apontando já para novas era pós-verso (Ateliê Editorial, 2003), em que ele es-
possibilidades de veículos para a poesia. tuda abrangentemente esse período em que surgiram
Nós havíamos lançado a Poesia Concreta, várias revistas com essa mesma perspectiva experi-
Haroldo, Décio, eu e outros participantes, em 1956 mental. Ele cita, se bem me lembro, no pórtico, uma
no Museu de Arte Moderna de São Paulo, e vínhamos frase do Paulo Leminski em que ele diz que a melhor
publicando, desde 1952, algo que se parecia com poesia da época é a que havia sido produzida nessas
uma publicação do tipo revista, a Noigandres. Na revistas de cunho experimental².
verdade, não era bem uma revista, era uma revista- A primeira que surgiu nessa fase dos anos 1970
-livro, ou mais propriamente um compêndio da nos- foi a revista Código, na Bahia, em fevereiro de 1974,
sa produção poética. Os primeiros livros de Haroldo dirigida pelo Erthos Albino de Souza, precursor da po-
e de Décio foram publicados em 1950 pelo Clube de esia digital no Brasil, e pelo Antonio Risério, jovem po-
Poesia, foram O Auto do Possesso e Carrossel. No ano eta que tinha 20 anos naquela época. Em seguida, saí-
seguinte, nós já estávamos desligados do Clube, pois ram as revistas Polem, do Rio de Janeiro, dirigida pelo
não concordávamos com a orientação do grupo da Duda Machado, que também era ligado, de alguma
Geração de 45. O meu primeiro livro O rei menos o rei- forma, ao grupo da Bahia, e finalmente a Navilouca,
no (1951), por exemplo, já saiu às nossas custas. que teve um único número e que foi lançada em de-
A Noigandres surgiu justamente dessa necessida- zembro de 1974, criada pelo Torquato Neto e Waly
de de publicarmos juntos as nossas produções poé- Salomão. Então, houve aí uma confluência de poetas
ticas. Então, a primeira saiu em 1952, a segunda em que provinham também do contato com o grupo poé-
1955, a terceira em 1956 já com o subtítulo de Poesia tico e musical da Tropicália.
Concreta, e os outros dois números em 1958 e 1962. O contato que fiz com aquele grupo que trazia
Criou-se, então, um histórico de uma revista pouco co- uma nova linguagem para a música popular, Caetano,
mum que, pela sua continuidade ao longo desse perío- Gil, Torquato e outros, acho que contribuiu para que
do, trazendo os nossos poemas, marcou época. houvesse uma confluência muito especial de interes-
Já em 1962, surgiu uma outra revista, essa com se artístico e de propostas de vanguarda entre os que
o sentido mais comum do termo, a Invenção, que faziam a poesia de ponta nos anos 1950 e 60 e aque-
saiu concomitantemente com o último número de les que emergiam em grande parte da área da música
Noigandres. Nessa revista, já havia uma colaboração popular, mas também com outras referências.
mais diferenciada, pois nós resolvemos abrir para O Paulo Leminski, em uma carta que dirigiu ao
outras tentativas ou projetos paralelos não neces- Antonio Risério em 1974, fala desse encontro que
Ronaldo Azeredo
(colaboração: M. A. Amaral Rezende)
Noite noite noite, 1989
Objeto Object
28 x 28 x 28 cm 1. Teorizado por Marshall McLuhan, o conceito dos novos media preconizava a ampliação do suporte do livro sob o influxo do mosaico
Publicado em Published in Artéria 6, 1992 de novas tecnologias como a televisiva, eletroacústica e a da computação gráfica.
Coleção Omar Khouri Collection 2. “As revistas são a obra prima da poesia brasileira”. Paulo Leminski, 1982.
46 47
desviou o projeto das poéticas brasileiras do eixo Rio comercial foi o Viva Vaia, em 1979. Eu tinha 48 anos.
- São Paulo e subitamente convergiu para São Paulo - Até então, só havia publicado particularmente em edi-
Salvador, e que ele chamou de pororoca. ções de autor, inclusive Poemóbiles (1974) e Caixa pre-
Nós conhecemos o Leminski quando ele tinha 18 ta (1975), com Julio Plaza. O primeiro de nós ligados à
para 19 anos. Ele tinha seguido para um congresso, Poesia Concreta a publicar um livro foi o Haroldo, Xadrez
a Semana Nacional de Poesia de Vanguarda, em Belo de Estrelas, que saiu em 1976. Nos anos ‘70, eu frequen-
Horizonte, sem ter sido convidado; ele foi porque que- tava muito a livraria Duas Cidades, que ficava no centro
ria se encontrar com os poetas. E quando eu voltei des- de São Paulo. Inclusive levava sempre os livros de auto-
se simpósio, dessa reunião de poetas, ele ficou na minha res e as revistas que fazíamos para serem vendidos lá.
casa. Passou a noite sem dormir lendo Os Cantos (1915- Era uma forma de distribuição, quando não eram distri-
1962), do Ezra Pound. E daí, começou o contato entre o buídas de mão em mão. A verdade é que essas revistas,
Leminski e o grupo dos concretos, especialmente comigo, em grande parte, eram dadas e não vendidas.
com quem ele tinha uma relação mais próxima. Leminski Eu frequentava muito a livraria, até que um dia, o
se considerava praticamente um discípulo dos concretos. dono, vendo que havia certo interesse por parte da clien-
De repente, surgiram no mundo das artes Caetano tela, me propôs reeditar a Teoria da Poesia Concreta, que
e Gil, da mesma geração que o Leminski, e tomaram tinha saído apenas como edição de autor também. Eu
muito da nossa atenção. Nós saíamos a campo para me lembro que, preocupado com essa inviabilidade de
defendê-los quando eram atacados por todo mundo. E divulgação dos nossos poemas, propus a ele que edi-
o Leminski, então, escreve essa carta ao Risério e, em tasse primeiro o livro do Décio. O Décio era quatro anos
certa altura, ele diz assim: “quando Augusto virou-se mais velho do que eu, eu também não tinha livro edita-
para a Bahia, tive uma crise de compreensão, depois do, mas achei que o do Décio deveria ser primeiro, já que
entendi e começou então a pororoca”. Quer dizer, hou- o Haroldo tinha conseguido a edição com a Perspectiva
ve um desvio que ele achou produtivo e interessante, em 1976. Então, eu propus uma troca: editamos a Teoria era da internet gens mais problemáticas, que buscam aventurar-se
que era esse encontro inédito, subitamente um inter- da Poesia Concreta, se editarem o livro do Décio. E as- por caminhos ainda não percorridos. É sempre mais
curso literário poético, que não vinha mais do fla-flu sim foi: Poesia Pois é Poesia saiu em 1977 e, em segui- A linguagem digital e o instrumental fornecido pe- cômodo você trabalhar produzindo belos poemas, boas
São Paulo – Rio de Janeiro, mas que estabelecia uma da, o meu Viva Vaia. Veja: se eu tinha 48 anos na época, los computadores veio colocar à mão dos poetas tudo obras dentro de um leito já conhecido. Acho que houve
conexão inesperada com a Bahia. o Décio tinha mais do que 50. Imagine, para ter o seu aquilo que a gente imaginava nos anos 1950. Eu tenho um certo refluxo para uma poesia mais conservadora
O Décio diria no final da vida: “movimentos movi- primeiro livro de poesia lançado por editora comercial! uma introdução ao Poetamenos (1953), conjunto de e, mesmo as revistas que surgiram mais recentemente,
mentam”. Eu acredito que foi justamente no bojo dessa Então, só por esses exemplos, já se percebe a dificuldade poemas em cores, que comecei a publicar produzindo são revistas interessantes, de bom nível, mas são mais
movimentação dos anos 1970, que se criou, também que era fazer circular essa poesia. numa máquina de escrever com carbonos coloridos etc. ecléticas, não têm aquela paixão da aventura poética.
aqui em São Paulo, uma resposta brilhante para tudo E mais, as edições de autor que fazíamos eram pe- Na época, eu pensava: “quando teremos o instrumental São revistas mais conformadas. Muito bem feitas, mas
isso: a revista Artéria. quenas. Por exemplo: o número 1 de Noigandres teve que têm os filmes de cinema, os luminosos...?”, e ima- em poucas vejo a prática ou a vontade de partir pra no-
apenas 300 exemplares. O número 2, por causa dos ginava os poemas em grandes letras na cidade etc. Mas vos rumos.
poemas reproduzidos em até 6 cores, teve apenas 100 não tínhamos nada disso à mão. Então, tentávamos A internet, hoje, acaba sendo praticamente um
difícil circulação da poesia exemplares, dos quais meia dúzia se estragou, pois era projetar no futuro. Imagine, nem a televisão era em co- refúgio dos poetas. Atualmente, eu só publico na in-
composição manual e problemas de registro inviabiliza- res. Havia só o cinema e por ali nós sonhávamos. Não ternet. Tem a Cronópios, a Musa Rara, a Zunái, que são
A poesia nunca foi muito popular. Os jovens poe- ram alguns exemplares. Então, pouca gente teve acesso. se suspeitava, àquela altura, da revolução que seria a revistas de poesia e literatura que abrigam a produção
tas sempre encontram dificuldade para publicar o seu Somente a número 5, Antologia, é que teve 1000 exem- informática. Artéria se adaptou a essa nova realidade nova na web. E talvez a mais ousada delas, a Errática,
trabalho e acabam, eles mesmos, financiando suas plares, já em 1962. e procurou tirar partido disso, tendo feito um número dirigida pelo André Vallias, que é uma figura muito pre-
edições. Isto é um denominador comum. Agora, no Foram essas revistas como a Artéria que nos acolhe- também na linguagem da informática (Artéria 8, 2003). sente na prática das novas linguagens.
nosso caso, havia um agravante: a Poesia Concreta en- ram. Poderiam não ter acolhido, poderiam ter publicado Tudo isso é importante, mas eu acho que hoje Os meus últimos poemas têm sido publica-
controu uma grande resistência nos meios intelectuais só a obra dos jovens. Mas havia uma afinidade de pro- ainda se investe muito pouco em criatividade nessa dos quase sempre na internet, dentro dessas revis-
brasileiros, nas universidades e nos próprios jornais, jeto literário muito grande entre nós. Fomos acolhidos área digital. Na literatura, existe toda uma dialética tas. Vários desses poemas do meu último livro Outro
porque era uma poesia muito nova, que abolia ou pelo por essas revistas e nossa produção toda fluiu através que é difícil de acompanhar, ainda mais para os con- (Perpectiva, 2015) foram publicados originariamente
menos relativizava o uso da sintaxe normal, discursi- delas. Foi muito importante para nós e para os nossos temporâneos. É difícil fazer uma avaliação precisa ou na web, alguns com animação digital. Pensei em fazer
va, preferindo uma linguagem mais visual. Poemas que trabalhos também. Nós não tínhamos espaço nos jor- justa, mas acho que houve um retrocesso em relação um cd-rom, mas isso também já está em desuso, abdi-
eram organizados visualmente através de um projeto nais, alguma coisa passava pelo suplemento literário do ao que produziram essas revistas experimentais. Em quei da ideia e simplesmente indiquei no final do livro
tipográfico, por exemplo, eram realmente até difíceis Estado de São Paulo, e tivemos, por um certo período, no duas décadas houve um refluxo, uma linguagem mais o endereço eletrônico dos poemas que têm correspon-
de serem publicados em jornal. Então, a resistência do ano de 1960 (de 17 de janeiro de 1960 a 26 de feverei- moderada, mais normativa e isto muito por conta do dentes em animação digital. Vários deles eu já coloquei
meio cultural universitário ou convencional foi muito ro de 1961), uma página semanal no Correio Paulistano que se chamou de pós-moderno, que é uma expressão direto no Youtube, como eu digo em um dos meus po-
grande. Esse tipo de poesia que fazíamos teve realmen- mas, em geral, era muito difícil o escoamento da nossa literariamente pouco precisa e que muitas vezes mes- emas, atualizando Mallarmé e atualizando a mim mes-
te que encontrar um caminho à margem para circular. produção. Ela realmente fluiu, em grande parte, através mo abriga uma espécie de retrô-moderno, ao invés de mo na série Tvgrama (1988), em que eu fazia uma certa
O meu primeiro livro publicado por uma editora de revistas como Artéria. pós-moderno. Parece ter havido uma fuga das lingua- brincadeira: Ah mallarmé (...) tudo existe para acabar em
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tv. Agora eu fiz a errata, que é o Tvgrama 4 erratum: Ah poemas publicados em artéria Minha memória poderá fazer injustiça a muita dividual, você está abrindo para o concurso de outros
mallarmé (...) já pairas sobre o sub, tudo existe para aca- gente, mas um poema que me vem logo à cabeça quan- artistas, muitas vezes até em prejuízo da própria obra.
bar em youtube³. Eu sempre entregava à Artéria as minha últimas e do penso em Artéria é aquele soneto da fita-métrica, do Este foi o caso, por exemplo, do Erthos Albino de Souza,
supostamente melhores produções. Entregava somente Paulinho Miranda (Soneto, 1975, publicado em Artéria que nunca teve livro publicado. Ele financiava e publica-
o que eu tinha feito de novo. Em grande parte, os poe- 2, 1976). Esse é um dos hits sem dúvida! Mas são mui- va o dos outros.
invenção como projeto mas foram publicados pela primeira vez nessas revistas tos, tudo que saia me interessava imediatamente, fazia Eu diria que esse diálogo com os jovens foi muito
experimentais e especialmente em Artéria. parte da minha vida artística, estava tudo ligado. importante para nós. Isso permitiu que sobrevivêsse-
Em todas as fases de recursos tecnológicos, o que O poema Profilogramallarmé (2009), por exemplo, mos intelectualmente durante décadas. Porque o aces-
sempre dirigiu a utilização das técnicas, seja da serigrafia, só foi publicado na Artéria 10 e na minha antologia fran- so aos grandes meios de publicação sempre foi muito
da holografia ou mesmo do vídeo, foi uma questão de pro- cesa, organizada pelo Jacques Donguy, quando fiz 80 diálogo e continuidade difícil. Era mais fácil publicar traduções de poesia, mas
jeto. Enfatizada talvez pela postura do grupo dos poetas anos, em 2011. Aliás eu nem teria onde publicar, pois não tanto poemas novos. Até porque havia casos em
concretos, a sua sequência ou a sua descendência em São eu não tenho acesso aos jornais. Agora que lancei o meu Eu entendo que o que ocorreu aqui em São Paulo, que era indispensável um trabalho gráfico especial, que
Paulo se voltou especialmente para o interesse em novas novo livro Outro (Perspectiva, 2015) e que ganhei um com as revistas Artéria, Qorpo Estranho e outras que um jornal ou uma publicação mais comum não admiti-
linguagens. Mas há outras formas de fazer poesia, essa prêmio internacional (Prêmio Iberoamericano de Poesia apareceram divulgando esse tipo de poesia experi- ria. Então, justamente esse diálogo com as revistas foi
não é a única, pelo contrário, a maioria da produção po- Pablo Neruda), eventualmente pode ser que publiquem mental, foi um fenômeno muito particular e que até essencial para a continuidade do nosso trabalho poéti-
ética é feita em termos mais subjetivos, as pessoas que- algumas coisas minhas por aí. hoje não foi bem compreendido. No final das contas, o co. Com elas, pudemos travar um diálogo criativo e, por
rem expressar as suas emoções, às vezes com resultados Apesar dos muitos anos de trabalho literário e po- que veio a emergir mais na superfície foi a poesia que muito tempo, essas revistas foram o primeiro veículo de
muito bonitos, mas sem a preocupação de explorar novos ético, eu não sou requisitado pelos jornais para publi- ficou conhecida como poesia marginal, aquela em que publicação de novos poemas.
caminhos. Acho que é um tipo de postura poética. car poemas, ainda mais nos últimos tempos, em que os as pessoas faziam um livrinho mimeografado e levavam Realmente é surpreendente e é excepcional que a
O Ezra Pound tinha uma classificação para os poetas: jornais encolheram suas áreas dedicadas à literatura. para vender nos bares. Era uma poesia mais fácil, mais Artéria tenha sobrevivido e ainda esteja em atividade.
os inventores, que são aqueles preocupados com as no- Hoje, eles tratam mais propriamente de divertimento, vulgar, que não enfrentava problemas novos de lingua- Isso é um trabalho meio que feito graciosamente, mais
vas linguagens, os mestres e os diluidores, que escrevem muito pouco de literatura e menos ainda de poesia. Até gem e que se tornou popular e logo foi prestigiada pe- por amor à causa do que por outra coisa. Eu acho que
mais ou menos na linguagem do período. Não quer dizer os anos 1990, você tinha publicações como o Folhetim, los setores universitários. Basta lembrar que a primeira Artéria pertence a essa estirpe, que eu vejo como uma
que uns sejam melhores do que outros, mas todo mun- que era um caderno, ou tabloide, em que a última pá- antologia dos poetas marginais, 26 poetas hoje (1976), nobre estirpe de revistas, como a Código e tantas ou-
do almeja ou ser mestre ou ser inventor, não é? O Mário gina era reservada à poesia. Eles mandavam buscar na foi lançada na PUC-Rio pela professora Heloisa Buarque tras, que caminham realmente em um percurso parale-
Faustino, que era um grande poeta e intelectual da minha minha casa um poema pronto, às vezes em cores, que de Holanda. Eu nunca vi movimento de vanguarda ser lo, à margem. E especialmente Artéria que, aos 40 anos,
época, dizia com muito humor que queria ser mestre, os eu entregava já diagramado e era publicado. Muitos po- lançado por universidade, quer dizer, já era uma coisa continua viva! Promete até um novo número, o 11, se
concretos tomaram a linha dos inventores, mas ele não ti- emas que foram até objetos de polêmica, como o Poema suspeita. Mas foi essa a poética prestigiada pelo esta- não me engano! Eu não me lembro a quantos números
nha essa pretensão. Queria ser mestre, porém, se tivesse bomba (1983) ou o Pós-tudo (1984), saíram pela primeira blishment. Em geral, era uma poesia muito conservado- chegou a Código, acho que foram 12... Vamos chegar lá
que ser um diluidor, que fosse, então, um diluidor útil! vez em jornal, mas hoje isso não é mais possível. ra do ponto de vista estético. certamente! Vamos chegar ao 13, desconfio.
Acho que tudo é uma questão projetual. Eu não Com relação a essas revistas experimentais, eu Artéria era outra coisa: era de um experimenta-
sei dizer porque razão, mas parece que essa ideolo- não era consultado e nem participava da organização lismo radical. Eu penso que até hoje não foi bem com- São Paulo, 24 de julho de 2015.
gia de buscar o experimental ficou mais agregada aos de nenhuma delas, apenas com a Qorpo Estranho (1976- preendido o papel que essas revistas exerceram como
grupos de São Paulo, que derivaram da aventura da 1982) aconteceu algo estranho. Quando me chamaram, promotoras de novas linguagens e de projetos de pon- Entrevista concedida a Bruna Callegari para o docu-
Poesia Concreta, que, por sua vez, foi precedida por o Julio Plaza e o Regis Bonvicino, eu não quis participar ta. Inclusive, muitas vezes Artéria saiu do formato do mentário “Artéria 40 anos”. Estavam presentes Lygia
outra grande aventura que a foi a dos modernistas de da revista. Achei que ia ficar muito visado e eu sou muito livro, investindo em meios diversos de apresentação de Azeredo Campos, Omar Khouri, Rafael Buosi e
1922, com Oswald de Andrade à frente. Criou-se uma rigoroso com negócio de poesia, não gosto nem da mi- dos poemas, como caixa de poemas soltos, grafias dife- Lorena Pazzanese.
certa anti-tradição em São Paulo, e que teve reflexo na nha, difícil gostar da dos outros. No final, acabei ficando renciadas e até cassetes. Houve dois números de Artéria
Bahia, por conta dos inovadores da música popular. A como uma espécie de consultor e alguns números fiz in- (Balalaica, 1979, e Artéria IV, 1980) com produção so-
Tropicália, por exemplo, enfrentou uma situação seme- teiros praticamente só com o Julio. nora, tendo ênfase em novos experimentos vocais. Era Augusto de Campos é poeta, tradutor, ensaísta,
lhante à dos concretos: produzir coisas novas a custo Mas de Artéria eu nunca participei na produção, realmente uma coisa nova que se procurava fazer com crítico de literatura e música. Nascido em 1931, em
da incompreensão geral, ou então, não produzir nada. apenas mandava minhas colaborações e confiava nos a poesia e o som. São Paulo, publicou o seu primeiro livro de poemas, O
A paixão por perseguir novas formas, até inaceitáveis e jovens. Como dizem os jogadores de futebol de hoje: eu Essas revistas de poesia mais experimental dura- rei menos o reino, em 1951. No ano seguinte, com seu
combatidas. Eu penso que essa coisa vem mesmo como dava o melhor de mim! Eles é que faziam a festa. vam pouco, em geral. Às vezes, tinham um único núme- irmão Haroldo de Campos e Décio Pignatari, lançou a
uma questão de projeto: ou se tem ou não se tem. Você Eu me sentia inteiramente familiarizado, fazia par- ro, como foi o caso da Navilouca ou da Polem. A Artéria revista Noigandres, origem do grupo que iniciou o mo-
até pode fazer coisas boas e tal, mas sem ter essa cara- te daquela família! Tudo me interessava. Me lembro com é das poucas que conseguiram, ao logo do tempo, se vimento internacional da Poesia Concreta no Brasil.
terística de invenção. A linguagem propriamente está muita admiração de números particularmente diferen- manter. E no meio das maiores dificuldades. Eu me lem- A maioria dos seus poemas acha-se reunida em Viva
à disposição de todos e aceita qualquer tipo de pro- tes como Zero à Esquerda (1981), que foi uma publicação bro que eles faziam serigrafia em apartamento... Não Vaia (1979), Despoesia (1994) e NÃO (com um CDR de
dução. Mas a linguagem que se empenha em explorar até fora da Artéria, ela não foi numerada como Artéria, sei como conseguiam! Era uma atividade de uma abne- seus clip-poemas, 2003). Outras obras importantes
regiões desconhecidas da poética é também uma pre- mas era uma caixa de poemas soltos. Lembro do seu gação muito grande e de uma grande generosidade, que são Poemóbiles (1974) e Caixa Preta (1975), coleções
ferência. Eu prefiro. lançamento espetaculoso, foi um happening! é uma característica mesmo dessas revistas todas. de poemas-objetos em colaboração com o artista
Quando se faz uma revista, em vez de se estar ba- plástico e designer Julio Plaza. Seu último livro, Outro,
3. Veja em: http://www.erratica.com.br/opus/98/index.html talhando pelo seu nome em particular, por sua obra in- foi lançado em 2015.
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Augusto de Campos
Profilogramallarmé, 2009
Poema em offset, Offset poem, 18 x 28 cm
Publicado em Published in Artéria 10, 2011
Próximas páginas:
Zéluiz Valero
Pollocklee + seven, anos 70 1970’s
Fotomontagem Photomontage
Publicado em Published in Artéria 1, 1975
Haroldo de Campos
Fragmento de Excerpt from Galáxias, anos 60 1960’s
Poema em offset, Offset poem , 23 x 16 cm
Publicado em Published in Artéria 1, 1975
53
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Zéluiz Valero e Décio Pignatari
Cabeça Mecânica + Dito Chorão & Franquisténs II, anos 70 1970’s
Fotomontagem e poema em offset, 46 x 16 cm
Photomontage and offset poem
Publicado em Published in Artéria 1, 1975
Omar Khouri
Auto-retrato em baixo astral
Poema em offset, 16 x 23 cm
Offset poem
Publicado em Published in Artéria 1 , 1975
Página ao lado:
Oswald de Andrade e Omar Khouri Zéluiz Valero e Décio Pignatari
AH!, 1974 Cabeça Mecânica + Dito Chorão & Franquisteins II, anos 70 1970’s
Print digital a partir de offset, 29x21cm Fotomontagem e poema em offset, 46 x 16 cm
Digital offset printing Photomontage and offset poem
Publicado em Published in Artéria 1, 1975 Publicado em Published in Artéria 1, 1975
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Décio Pignatari
Ai!cai, anos 70 1970’s
Poema em offset, 23 x 16 cm
Offset poem
Publicado em Published in Artéria 1, 1975
60
Gastão Debreix Gastão Debreix
Diálogo, anos 90 1990’s Poesia, 1991
Serigrafia sobre papel, 80 x 60 cm Serigrafia sobre papel, 80 x 60 cm
Screen print on paper Screen print on paper
Publicado em Published in Artéria 7, 2004 Publicado em Published in Artéria 6, 1992
Coleção Gastão Debreix Collection Coleção Espaço Líquido Collection
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Gastão Debreix Paulo Miranda
1,5 m de poesia, 1996 Soneto, 1975
Serigrafia sobre papel , 85 x 40 cm Serigrafia sobre papel, 21 x 32 cm
Screen print on paper Screen print on paper
Publicado em Published in Artéria 9, 2007 Publicado em Published in Artéria 2, 1976
Coleção Gastão Debreix Collection Coleção Paulo Miranda Collection
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Omar Khouri
Participação de Participation by Carlos, Stela & cia & co.
Eu nos amo [I love us], 1980
Print digital a partir de serigrafia, Silk-screen digital printing, 32 x 29 cm
Publicado em Published in Zero à Esquerda, 1981
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Zéluiz Valero João Bandeira
Sem título, 1980 Sem título, anos 90 1990’s
Impressão digital a partir de serigrafia, 100 x 50 cm Serigrafia sobre papel, 71 x 51 cm
Digital printing Screen print on paper
Publicado em Published in Zero à Esquerda, 1981 Publicado em Published in Artéria 7, 2004
Coleção Paulo Miranda Collection Coleção Omar Khouri Collection
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Neoclair Vito Coelho Luiz Antônio de Figueiredo Elcio Carriço
Hellás, anos 70 1970’s Exercício cubista, anos 70 1970’s O que está embaixo é como o que está no alto, 1980
Print digital a partir de serigrafia, 31 x 16 cm Print digital a partir de serigrafia, 31 x 31 cm Print digital a partir de serigrafia, 31 x 31 cm
Silk-screen digital printing Silk-screen digital printing Silk-screen digital printing
Publicado em Published in Zero à Esquerda, 1981 Publicado em Published in Zero à Esquerda, 1981 Publicado em Published in Zero à Esquerda, 1981
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Villari Herrmann
André Vallias
Sem título, 1980
Print digital a partir de impressão em offset, 47 x 27 cm Nous n’avons pas compris Descartes, 1991
Screen print on paper Serigrafia sobre papel, 31 x 31 cm
Publicado em Published in Zero à Esquerda, 1981 Screen print on paper
Coleção Paulo Miranda Collection Publicado em Published in Artéria 6, 1992
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Carlos Valero Décio Pignatari
Arbers + Gertrude Stein, 1980 Solviete para o verão de Maiakovski, 1983
Print digital a partir de serigrafia, 50 x 50 cm Print digital a partir de serigrafia, 50 x 50 cm
Silk-screen digital printing Silk-screen digital printing
Publicado em Published in Artéria 6, 1992 Publicado em Published in Artéria 6, 1992
74 75
Safo & Haroldo de Campos Augusto de Campos
Em torno a Selene esplêndida, s.VII-VI a.c. / Anos 60 1960’s Intradução: amorse, 1985
Print digital a partir de serigrafia, 50 x 50 cm Print digital a partir de serigrafia, 50 x 50 cm
Silk-screen digital printing Silk-screen digital printing
Publicado em Published in Artéria 6, 1992 Publicado em Published in Artéria 6, 1992
76 77
Ivan Cardoso Julio Mendonça
Cinema, s.d. undated Zero à esquerda, 1981
Print digital a partir de serigrafia, 50 x 50 cm Print digital a partir de serigrafia, 50 x 50 cm
Silk-screen digital printing Silk-screen digital printing
Publicado em Published in Artéria 6, 1992 Publicado em Published in Artéria 6, 1992
78 79
Tadeu Jungle Edgard Braga
O lance do gago, dez. 82 jan. 83 dec. 82 jan. 83 Cartoonpoem (poema da infância), 1974
Print digital a partir de serigrafia, 50 x 50 cm Print digital a partir de serigrafia, 50 x 50 cm
Silk-screen digital printing Silk-screen digital printing
Publicado em Published in Artéria 6, 1992 Publicado em Published in Artéria 6, 1992
80 81
Erthos Albino de Souza
Sonia Fontanezi Louvação para Pagu, 1982
Céuazul, 1988 Serigrafia, 32 x 32 cm
Print digital a partir de serigrafia, 31 x 31 cm Silk-screen
Silk-screen digital printing Publicado em Published in Artéria 6, 1992
Publicado em Published in Artéria 5, 1991 Coleção Omar Khouri Collection
82 83
Paulo Miranda
Maurizio Prati
Correção: Rauschenberg, 1985
Sem título, 1982
Serigrafia sobre papel, 31 x 31 cm Print digital a partir de serigrafia, 50 x 50 cm
Screen print on paper Silk-screen digital printing
Publicado em Published in Artéria 6, 1992 Publicado em Published in Artéria 6, 1992
84 85
Gô Lenora de Barros
O que digo, 1983 Eu não disse nada, 1990
Print digital a partir de serigrafia, 31 x 31cm Serigrafia sobre papel , 31 x 31 cm
Silk-screen digital printing Screen print on paper
Publicado em Published in Artéria 6, 1992 Publicado em Published in Artéria 6, 1992
86 87
Gil Jorge Samira Chalhub
Logovampiro, 1984 Destra: ção, 1991
Serigrafia sobre papel, 31 x 31 cm Serigrafia sobre papel, 31 x 31 cm
Screen print on paper Screen print on paper
Publicado em Published in Artéria 6, 1992 Publicado em Published in Artéria 6, 1992
88 89
Walt B. Blackberry Walt B. Blackberry
Banheiro publyko: stylografico punk, 1982 Nexo, 1981 - 2013
Série de 6 serigrafias sobre papel, 75 x 60 cm Escultura em ferro, 90 x 146 x 15cm
Series of 6 screen prints on paper Iron sculpture
Publicado em Published in Artéria 6, 1992 Publicado em Published in Artéria 5, 1991
Coleção Espaço Líquido Collection Coleção Espaço Líquido Collection
90 91
Walt B. Blackberry Tadeu Jungle
Cardiografia, 1980 Zoológico, julho 1982
Serigrafia e objeto em acrílico, 53 x 27 cm Print digital a partir de serigrafia, 60 x 40 cm
Painted calligraphy and acrylic object Digital Printing
Publicado em Published in Zero à Esquerda, 1981 Publicado em Published in Artéria 5, 1991
92 93
Walter Franco Alice Ruiz
O ab surdo não houve, 1975 Efêmero, 2005
Adesivo a partir de serigrafia, 70 x 70 cm Adesivo a partir de offset, 120 x 120 cm
Silk-screen die-cut sticker Offset sticker
Publicado em Published in Artéria 2, 1976 Publicado em Published in Artéria 9, 2007
94 95
Arnaldo Antunes Julio Plaza
! ?, 1988 Sem título, anos 80
Serigrafia sobre papel, 10 x 14 cm Adesivo de recorte a partir de offset, 110 x 70 cm
Screen print on paper Offset die-cut sticker
Publicado em Published in Artéria 5, 1991 Publicado em Published in Artéria 10, 2011
96 97
Lara Werner
Lygia de Azeredo Campos Tradução de: Ezra Pound
Adormeço, Janeiro 1978 Em uma estação de metrô, 2009
Adesivo de recorte a partir de serigrafia, 103 x 33,9 cm Adesivo a partir de offset, 125x60cm
Silk-screen die-cut sticker Offset sticker
Publicado em Published in Zero à Esquerda, 1981 Publicado em Published in Artéria 10, 2011
98 99
Thiago Rodrigues
Noite, 2004
Adesivo a partir de offset, 200 x 63 cm
Offset sticker
Publicado em Published in Artéria 9, 2007
Ivana Vollaro Gerty Saruê
Portuñol/portunhol, 2004 Ângulos com A, 2006
Pôster a partir de offset, 40 x 60 cm Pôster a partir de offset, 40 x 60 cm
Offset poster Offset poster
Publicado em Published in Artéria 9, 2007 Publicado em Published in Artéria 10, 2011
102 103
Inês Raphaelian Soraya Braz
Roseta byte, 1994 Fruição / Micção, 2010
Pôster a partir de offset, 40 x 60 cm Pôster a partir de offset, 40 x 60 cm
Offset poster Offset poster
Publicado em Published in Artéria 7, 2004 Publicado em Published in Artéria 10, 2011.
104 105
Julio Plaza Glauco Mattoso
Pré-dado, 1976 O jogo da velha(ria) ou a história em quadrinhos, anos 90 1990’s
Pôster a partir de offset, 40 x 40 cm Pôster a partir de offset, 42 x 34 cm
Offset poster Offset poster
Publicado em Published in Artéria 6, 1992 Publicado em Published in Artéria 7, 2004
106 107
Clemente Padín Júlio Mendonça
Canción de protesta nahuatl, 2007 Buraco negro da linguagem, 1991
Pôster a partir de offset, 40 x 60 cm Pôster a partir de offset, 60 x 28 cm
Offset poster Offset poster
Publicado em Published in Artéria 10, 2011 Publicado em Published in Artéria 7, 2004
108 109
Julio Mendonça Edgard Braga
Sem título, 2010-2015 Linotipoema, anos 70 1970’s
Print digital sobre vidro, 70 x 65 cm Print digital a partir de serigrafia, 25 x 32 cm
Digital printing on glass Digital printing
Publicado em Published in Artéria 10, 2011 Publicado em Published in Artéria 2, 1976
110 111
Regina Silveira Regina Silveira
Corredores para abutres, 1982 Anamorfa, 1980
Adesivo a partir de serigrafia, 75 x 122 cm Print digital a partir de serigrafia, 36 x 24 cm
Silk-screen sticker Digital printing
Publicado em Published in Artéria 5, 1991 Publicado em Published in Zero à Esquerda, 1981
112 113
Vanderlei Lopes
Fernando Laszlo Ephêmeras, 2004
Luz preta, 2010 Papel queimado, 22,5 x 31 cm
Metacrilato, 60 x 40 cm Burned paper
Publicado em Published in Artéria 10, 2011 Publicado em Published in Artéria 7, 2004
Coleção ICCo Collection Coleção Omar Khouri Collection
114 115
Fernando Laszlo e Walter Silveira Paulo Miranda
Dado, 1997-98 Reviravolta, 1974
Objeto, 6,5 x 6,5 x 6,5 cm Objeto em metal serigrafado, 18 x 18 x 20 cm
Object Silkscreened metal object
Publicado em Published in Artéria 7, 2004 Publicado em Published in Artéria 1, 1975
Coleção Fernando Laszlo Collection Coleção Espaço Líquido
116 117
Sonia Fontanezi
Atravessa, anos 70 1970’s Aldo Fortes
Placa de metal, 40 x 20 cm Sem título (Cage), anos 70 1970’s
Metal plate Placa adesivada, 1,7 x 1,25 m
Publicado em Published in Zero à Esquerda, 1981 Sticker
Coleção Paulo Miranda Collection Publicado em Published in Artéria 5, 1991
118 119
Fábio Oliveira Nunes Ricardo Coelho
Volátil, 2004 Davi e Narciso, set. 2008
Pôster a partir de offset, 50 x 35 cm Fotografia, 40 x 35 cm
Poster Photograph
Publicado em Published in Artéria 7, 2004 Publicado em Published in Artéria 10, 2011
120 121
Dumas Seixas
Kurt Schwitters interpretiert die Ursonate, 2010
Reprografia e guache sobre papelão, 30 x 38 cm cada - série com 8
Reprography and gouache on cardboard paper
Publicado em Published in Artéria 10, 2011
Coleção Omar Khouri Collection
122 123
Zéluiz Valero
Pollocklee, anos 70 Julio Plaza
Print digital, 50 x 60 cm Sem título, anos 80 1980’s
Digital printing Pôster a partir de offset, 60 x 40 cm
Publicado em Published in Artéria 7, 2004 Offset poster
Coleção Paulo Miranda Collection Publicado em Published in Artéria 7, 2004
124 125
Renato Ghiotto
50135, 1980
Montagem fotográfica, 31 x 23 cm Lúcio Agra
Photomontage Olho por olho de Haroldo de Campos, 1990
Publicado em Published in Zero à Esquerda, 1981 Colagem, 30 x 45 cm
Arte final: Zéluiz Valero Collage
Coleção Omar Khouri Collection Publicado em Published in Artéria 10, 2011
126 127
Lenora de Barros
Poema, 1980 Lenora de Barros
Fotografia, 16 x 63 cm Em forma de família, 1994
Publicado em Published in Zero à Esquerda, 1981 Fotocolagem , 48 x 70 cm
Foto-realização: Fabiana de Barros Photo collage
Coleção Omar Khouri Collection Publicado em Published in Artéria 7, 2004
128 129
Vanderlei Lopes
Daniele Gomes de Oliveira Sopro, 2010
Duchampignon, 2005 Série de duas fotografias, 40 x 23 cm
Print digital Series of two photographs
Publicado em Artéria 9, 2007 Publicado em Published in Artéria 10, 2011
130
Na página ao lado:
Célia Mello Peter de Brito
Eusencontros, 1991 Mimese, 2005
Série de fotografias, 30 x 24 cm Série de três fotografias, 25 x 38 cm
Publicado em Published in Artéria 9, 2007 Series of three photographs
Coleção Omar Khouri Publicado em Published in Artéria 10, 2011
132 133
Peter de Brito
Autorretrato, 2005 Arnaldo Antunes
Pôster 1,3 x 1 m Ver, 2004
Poster Fotografia, 71 x 47,5 cm
Publicado em Published in Artéria 9, 2007 Photography
Coleção Espaço Líquido Collection Publicado em Published in Artéria 7, 2004
134 135
colaboradores de artéria collaborators
sobre os editores
.Adriana Freire .Ênio Aloísio Fonda .Josiel Vieira .Rafael Trabasso
.Alckmar Luiz dos Santos .Ernane Guimarães Neto .Júlio Mendonça .Regina Célia Pinto
.Arnaldo Antunes .Gabriel Emídio Silva .Lúcio Kume .Salvador Martins Os editores da revista Artéria, Paulo Miranda e Omar Khouri. Maio, 2015
The editors of Artéria Magazine, Paulo Miranda and Omar Khouri. May 2015.
.Arnaldo Caiche D’Oliveira .Gabriel Marzinotto .Luiz Antônio de Figueiredo .Samira Chalhub
.Augusto de Campos .Gastão Debreix .Luz del Olmo .Sebastião Nunes Omar Khouri
Nasceu em Pirajuí (SP/Brasil) em 1948. Formado em
.Avelino de Araújo .Gerty Saruê .Lygia de Azeredo Campos .Sérgio Monteiro de Almeida História e Mestre e Doutor em Comunicação e Semiótica.
Pintor, passou a praticar poesia a partir de 1974.
.Beto Xavier .Gilberto José Jorge .Maíza M. Figueiredo .Sílvia Laurentiz É co-editor de Artéria e tem poemas publicados em Qorpo
.Betty Leirner .Gilberto Prado .Marcela Tiboni .Sonia Fontanezi Estranho, Muda, Caspa, Kataloki, Atlas e outras. Participou
de inúmeras exposições de poesia visual, no Brasil e
.Caetano Veloso .Glauco Mattoso .Marcelo Mota .Soraya Braz em outros países. Promotor de eventos, co-fundador
da Nomuque Edições, impressor e estudioso de poesia.
.Carlos Rennó .Go .Marco Antônio Amaral Rezende .Stela Avelar Professor universitário, vive e trabalha em São Paulo.
.Carlos Valero de Figueiredo .Gregório Graziosi .Marcos Rogério Ferraz .Tadeu Jungle
.Célia Mello .Guilherme Ranoya .Mariana Meloni .Thiago Rodrigues Paulo Miranda
Nasceu em Pirajuí (SP/Brasil) em 1950. Estudioso de
.Celso Marques .Guilherme Zamoner .Marie Ange Bordas .Tiago Lafer poesia e poeta, desde a infância. É co-editor de Artéria
e tem veiculado sua produção em publicações coletivas:
.Cláudio Cortez .Gustavo Arruda .Marlene Avelar .Vanderlei Lopes Corpo Extranho, Almanak 80, Kataloki (Almanak 81),
.Villari Herrmann Atlas (Almanak 88) e outras. Participou de inúmeras
.Cláudio Daniel .Gustavo Vinagre .Maurizio Prati
exposições de poesia visual, no Brasil e em outros paí-
.Clemente Padín .Haroldo de Campos .Neoclair Coelho .Vinícius Alcadipani ses. É, também, promotor de eventos, co-fundador da
Nomuque Edições e impressor-serígrafo.
.Décio Pignatari .Inês Raphaelian .Omar Guedes .Vinicius Dantas Vive e trabalha em São Paulo.
.Daniel Scandurra .Iumna Maria Simon .Omar Khouri .Vinicius de Oliveira
.Dumas .João Virmond Suplicy .Pedro Tavares de Lima .Willy Corrêa de Oliveira
136 137
long live artéria! the artéria phenomenon
english version
Our first contact with Artéria Magazine was about 5 years ago, Much has been said about the importance of magazines to Artéria, Poesia em Greve, Qorpo Estranho, Muda, Viva Há Poesia,
thanks to the poet Walter Silveira, of whom we were holding an in- the dissemination of poetic, artistic and theoretical works, both in Atlas, and a few others. At that time, we still lived under a mili-
dividual exhibition. At his house, he showed us Zero à Esquerda, a Brazil and abroad, especially since the emergence of Modernisms tary dictatorship, which implied censorship, but that had almost
cardboard box from where individual silk-screen poems sprung. in the early twentieth century. The difficulties in editing these no impact on experimental magazines, as opposed to political
During the preparation of that exhibition, we had the chance publications have also been discussed, even more recently, when avant-garde publications. Anyway, we all lived in fear, including
to go over Quadradão and Fantaminas, other editions of Artéria, and technical advances led to a reduction in prices and a proliferation us from Artéria.
even better, to meet its creators, Paulo Miranda and Omar Khouri, of small newspapers, periodicals (not necessarily regular), poems Would Artéria, as well as other publications of the same kind,
incredible poets, tireless producers and extremely generous people. in single editions, fanzines, etc. That is, considering paper-based be a “magazine” or an “anthology”? That is the first question
That was when we felt like developing a project that would revive the formats, without entering the realms of new technologies with that arises when the publication is examined as a whole - from
history of the magazine and disseminate that great achievement to non-material tools or considering how easy it is to have a blog, for the 1st number (1975) to the 10th + Balalaica (1979) and ZERO À
a larger audience! example, which can, most of the time, contain materials from a ESQUERDA (1981) – seeing that there was neither regular period-
Always independent and still active, Artéria published the best single individual. icity nor a fixed format, a habitual format, a single media being
of Brazilian experimental (or intersemiotic) poetry from the 1970s Magazines or assumed magazines - because here, most of used, a single name. Classifying the publication has never been
until today. Throughout its 40 years, it has launched 12 editions, as- them did not manage to maintain something essential, which is something that worried us, although it would be more appropriate
suming many different formats, means and production techniques: the periodicity, and barely reached number 3 – are synonymous to call it “anthology”, as mentioned several times by Augusto de
From offset notebook to interactive online magazine, from cassette with collective publications and that’s where the name is based Campos. Artéria and many other similar publications, which cir-
CAIXA is a Brazilian public enterprise that tape to poetry box. on. There are rare examples of magazines that made it to the 10th culated as from the first half of the 70’s, have always been called
distinguishes itself by its respect to diversity by promoting It has published precious works, gathering more than 100 art- number or even surpassed it, as it was the case of Código-Bahia “magazines” by its creators and collaborators. However, they do
campaigns, programs and actions among its employees, ists concerned about the visual aspects of their works that used a and Artéria. One of the things that Julio Plaza always said and not follow the traditional concept of magazine. Especially Artéria,
focused on disseminating ideas, knowledge and respect to large variety of codes and languages. Some names that took part in called attention to was how things became easier at some point, since being mutable was one of its main characteristics: It has cir-
the diversity of gender, race, sexuality and all diferences Artéria: Haroldo de Campos, Augusto de Campos, Décio Pignatari, leading to the actual proliferation of publications on the margins culated as a notebook with an insert, bag, box, cassette tape, web-
that characterize society. Ronaldo Azeredo, José Lino Grünewald, Julio Plaza, Regina Silveira, of the Brazilian publishing system, in our case. From the early 70s site, notebook again, and has even changed names on the way.
CAIXA is also one of the major supporters of Brazilian Arnaldo Antunes, Tadeu Jungle, Walter Silveira, Lenora de Barros to the 90s, there has been a whole series of technological innova- In order to talk about Artéria, we have to link it to Nomuque
culture. Only in 2015, we invested R$ 76 million in 539 and others. tions, to which Artéria was not indifferent. At the same time, old Publishing, a publisher founded by us 41 years ago (1974), in
projects throughout Brazil, visited by 931.000 Brazilians. Featuring more than 80 works by 60 artists, the exhibition aims technologies continue to exist and offer quite efficient services in Pirajuí, and that has always operated on the margins of the
2016 will be more R$ 75 million to sponsorship of cultural at reflecting Artéria’s experience, exploring different media, formats the field of Graphic Arts. Brazilian publishing system, not being registered as an official
projects in its own exhibition halls and other galleries, and techniques: stickers, objects, stencils, audios and videos. A magazine exists (those that do not receive subsidies and publishing company, running the risk of losing its name. Nomuque
emphasizing visual art exhibitions, theatrical productions, One of the treasures of the exhibition is the making of video strive for boldness and experimentation) while there is some en- = using the muscles, the muscular force, physical work, as there
dance performances, musical shows, and theatrical and of Zero à Esquerda, made by Tadeu Jungle and Walter Silveira and thusiasm on the part of those who are truly involved, as Mário da are jobs that have been published thanks to resources provided by
dance festivals throughout the country as well as Brazilian shown only once during the magazine’s launch in 1981, in the former Silva Brito wrote addressing the Klaxon case. Therefore, some the publishers-collaborators themselves. The publisher has never
handcrafts. nightclub Pauliceia Desvairada, in São Paulo. The video demonstrates magazines resist and insist, sometimes for decades after their counted on external sponsors - at first, as a matter of principle,
The sponsored projects are selected via public notices, how the magazine was produced, manually (no muque), presenting first numbers because those who are closely involved with their then from force of habit. This publishing activity would take place
a CAIXA option to provide more accessibility to producers its collaborators and poems. production still believe in group work. Artéria is a special case, be- quite sporadically because, not aiming at generating profit and
and artists all over the country, making the investments of We also digitized every edition of the magazine, creating a cause, so far, there have been only 10 editions + 2 with different not having a corporate infrastructure, it could only work like that.
the company’s resources more transparent to society. data bank with information on the authors, dates and techniques names, and it has undergone a metamorphosis over time. Some Sometimes, a publication would be released ten years after the
Sponsoring the exhibition Artéria 40 years is investing used in each work published. The attendees will have access to 40 numbers had double or triple names (numbers 5 and 6), and some, beginning of its printing process, which, by the way, sometimes
in the plurality of the contemporary artistic languages. years of publications, in their entirety, on a touch screen platform, due to an urge for change, were given other names, such as the was carried out by its publishers, who in addition to being poets,
In this way, CAIXA contributes toward the promotion and being able to search and manipulate the poems as they wish. Balalaica cassette tape and the poetry box Zero à Esquerda, so we were (are) screen printing technicians, visual programmers, etc.
diffusion of national culture reciprocuting to society the It is a transforming shock with the language and its thousands consider the magazine to have reached number 12. (the few who were and are willing to do this kind of craftwork).
trust and support received over its 155 years of activities of possibilities, a Homeric undertaking, and a slap in the face of Even with its will to change, the possible non-repetition, Although, nowadays, the craftwork has been put aside, giving way
in the country and effective partnership in the development Poetry. You cannot escape Artéria unscathed. Artéria kept its core collaborators, as few magazines do, bringing to the offset, which, by the way, has been present since Artéria’s
of our cities. We would like to thank every poet who participated in the experienced experimenters and young poets together. Artéria be- first edition. More than a publisher, Nomuque is a printing compa-
To CAIXA life requires more than a bank. It requires exhibition, especially the curators Paulo and Omar for their trust longs to the generation of magazines that emerged as from the ny, and in addition to screen printing techniques, it has used, over
investment and effective participation in the present, and generosity. first half of the 70’s, in part heirs of the concretists Noigandres the last 40 years, both handmade and industrial printing process.
commitment to the future and creativity to achieve the best Long live Artéria! and Invenção, in part open to further research, at a time conven- Nomuque Publishing (originally nomuque, publishing) was
results for the Brazilian people. tionally called Postmodernity and that Haroldo de Campos consid- born in Pirajuí, countryside of São Paulo State, and then trans-
Bruna Callegari and Rafael Buosi ered the Post-Utopian period. Some of these magazines are worth ferred to the capital of the state, where it still operates. There are
CAIXA ECONÔMICA FEDERAL Espaço Líquido - Design and execution mentioning, such as Navilouca, Polem, Código, Invenção Bahia, advantages and disadvantages in this operating structure: on the
138 139
one hand, we have complete freedom for everything and there is other publications of the same kind. (one of them would be the biggest magazine in Brazil - in A2
about the editors
no danger of the company being declared insolvent, seeing that, The Figueiredo brothers - Luiz Antônio and Carlos –, among paper size - and the other would feature big posters - 66 x 96 Omar Khouri
legally, it does not exist. On the other hand, the costs end up bur- those involved with the Artéria’s process, were the ones who cm - with poems on them). was born in Pirajuí (SP, Brazil) in 1948. He has a Bachelor’sdegree
in History and both a Master’s and a Doctor’s degree
dening the few who are willing to save part of their salary for the strongly insisted that the magazine’s format should not remain Then, we produced Arteriaset in offset (AR7ERIA – Artéria 7)
inCommunication and Semiotics. Originally a painter, he started
publisher’s expenses, and the most serious issue: the distribution the same. Number 3 never existed - a matchbox featured the – another long gestation period – and obviously, there was some- producingpoetry in 1974. He is the co-editor of ARTÉRIA and
of the little material that is edited and that, inevitably, gets stuck name Artéria 3 on it: ART3RIA – produced by Carlos Valero (de thing singular about it: the magazine got ready in 2004, after had his poemspublished in QORPO ESTRANHO, MUDA, CASPA,
in someone’s house, someone willing to keep it. Figueiredo). Number 4 was produced by Nomuque Publishing Artéria 8, which had been available online since the second half of KATALOKI, ATLAS and other periodicals. He has also participated
in numerous visual poetry exhibitions both in Brazil and abroad.
Artéria began to be thought of in 1974, since we felt the need together with OM studio, with design and execution by Carlos 2003. We put it online in 2001, with Fábio Oliveira Nunes, who has Promoter, cofounder of NomuqueEdições, printer, student of
for a collective publication (we still take much more pleasure in Valdero, and consisted on a case, containing a booklet with tech- also made the drawings of Artéria 8, Sígnica, a collection of poems, poetry and university professor, he lives and works in São Paulo.
publishing our work in collective vehicles, rather than separately: nical specifications for a C60 cassette tape. Such booklet could be especially poems from university students – IA – UNESP – FACOM-
Collective poems as opposed to independent poems). The name: seen independently as a magazine, as it was graphically exquisite FAAP and PUC-SP). On the internet, it is not necessary to use the Paulo Miranda
was born in Pirajuí (SP, Brazil) in 1950 and has been both a poet
a real find (ready), because, in addition to being positive, the (although the reproduction – 100 copies only - was reprographic: numbers 1, 2, 3, as the publication is, by nature, expandable and and a student of poetry since his childhood. Coeditor of ARTÉRIA,
word artéria (artery) contains art in it. After having seen Polem Xerox) and it all came inside a blue case, with a screen print in mutable. he had his work published in collective periodicals, such as:
and Código that year, and Navilouca (a little bit later), we realized white. It is important to remember here that Artéria IV was pre- Visual arts have always been present in Artéria (which has CORPO EXTRANHO, ALMANAK 80, KATALOKI (ALMANAK 81) and
ATLAS (ALMANAK 88) and participated in numerous visual poetry
that the idea of a poetry magazine was feasible. Then, by talking ceded by BALALAICA (which was also designed and executed by kept its original publishers, with some members leaving and join-
exhibitions both in Brazil and abroad. Paulo Miranda is also a
and getting in contact with the Figueiredo brothers (Luiz Antônio, Carlos Valero and both cassettes are now available on the inter- ing the group over time) and have become more evident over the promoter, cofounder of Nomuque Edições and screen printer. He
Carlos and Zéluiz), we explored this possibility and number 1 was net, at nomuque.net), another C60 cassette tape; they were re- years, culminating in magazines number 5 and 6. We have pro- lives and works in São Paulo.
released in 1975, in collaboration with concrete poets (who have leased in 1979-80, which by the way, was before the fever of the duced number 9, maintaining approximately the same format of
promptly sent us unpublished works) - Augusto de Campos, Décio so-called “sound poetry”, in Brazil. The innovation in the tapes number 7, and prepared number 10, which was launched in 2011.
Pignatari and Haroldo de Campos. The launch took place on July was not in the fact that it had recorded poems, something that Not to mention number 11 and 12.
15 at Krystal Chopps, in the neighborhood of Perdizes, with our had happened for decades, but in the fact that it was a collective Artéria fits the tradition of magazines focused on propagating
presence, and the presence of guests such as Luiz Antônio de sound poetry work: a sound magazine, containing even what we a more experimental poetry production, a constructive formal-
Figueiredo, Carlos Valero, Hermelindo Fiaminghi, Décio Pignatari, could call ‘radio soap opera’. ism (without being derogatory), such as, Noigandres, Invenção,
Haroldo and Augusto de Campos). At that point, Walter Silveira, Sonia Fontanezi, Tadeu Jungle Navilouca, Polem, Código (which was edited in Salvador-Bahia
Artéria 2 has gone through a crisis, as some of its organizers and Júlio Mendonça were already part of the production team, by Erthos Albino de Souza and lasted for 12 numbers: a true phe-
wanted something daring in terms of media, while others pon- which would also be joined by Arnaldo Antunes (who also en- nomenon!), Poesia em Greve, Qorpo Estranho, Kataloki, Zero à
dered about what would be financially viable, and the magazine gaged in other publications and in the field of popular music, as Esquerda, Atlas etc. Some of them had one edition only. Artéria
was produced, with some minor changes in the initial design, but we know). On May 6, 1981, a big box with poems printed using persists and I think that, currently, it is the only magazine in Brazil
keeping its boldness. It was released in 1977, but registered in different printing processes: Zero à Esquerda, was launched in a to care for the visual aspect and experimental poetry.
1976, year in which it was almost ready. There were only some de- multimedia show at Pauliceia Desvairada disco. This Nomuque What causes a publication (which is not exactly a magazine
tails to be done (the case, a bag, has caused some problems until magazine was not named Artéria. according to the dictionaries) to survive for decades despite ev-
done, since Julio Plaza’s work - Alechinsky-Lichtenstein – was seen Nomuque has carried out other projects, while trying to make erything? We would say that is the love for poetry and the con-
as dangerous by printing companies; its publication had to be Artéria 5 (Ghost) viable. It was launched, at last, at MASP’s mez- viction that this work is necessary, and maybe, more importantly,
postponed and the envelope’s cover had to be redone). The maga- zanine, in 1991, with a big “commemorative” exhibition to cel- the joy there is in giving life to a collective publication, since there
zine showed, in this edition, its mutable character (it had already ebrate the publisher’s 17th anniversary. Artéria 6 (Big Square) 31 are those who prefer collective publications than periodical collec-
shown signs on edition number one, which included an insert: the x 31 was only released in 1993, at Augôsto Augusta-MIS. Artéria tions of their own works, even if the progress is considerable over
poem “Turnabout” [Reviravolta] by Paulo Miranda). Having a dif- 6 had the longest pregnancy in the history of Brazilian culture: It the years. ARTÉRIA is still alive after 40 years and it seems like it
ferent format that could not simply be displayed on a shelf, it was was first thought of in 1981, started to be printed in 1983 (screen will stay like that for a long time. XAIPE!
refused by some bookshops, which used to receive our magazines printing such as number 5) and was launched only ten years af-
on consignment, with exception to Duas Cidades that handled a ter that. In all that time, several magazines were thought of and Omar Khouri and Paulo Miranda.
national distribution in 1977, just like it did with ARTÉRIA 1 and even designed; however, the costs made them impracticable São Paulo, March 2015.
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ARTÉRIA 1 (Pirajuí: Nomuque Edições, 1975) ARTÉRIA 2 (Pirajuí: Nomuque Edições, 1976) ARTÉRIA 3 (São Paulo: Publisher: Carlos Valero, 1977) ARTÉRIA 4 (São Paulo: Nomuque Edições - OM Studio, 1980)
_1232 copies. _1000 copies. _A matchbox (pack), which was released in red and white, with ART3RIA >Circulation: 100 copies.
_16 X 23 cm. Offset. Bond paper – Souza Reis Printing Company - Bauru, _24 x 34 cm (envelope + transparent plastic bag) printed in gold. Initiative of Carlos Valero, due to the deadlock reached >Case in 180g ultramarine blue Carmen Paper. 13.7 x 21.5 x 1.1 cm, con-
Laminated Cover. _Notebook: _15.5 X 21.5 cm. Offset - Souza Reis Printing Company- after ARTÉRIA 2: would there be more numbers? How would them be? taining C60 cassette tape and index notebook 21 x 6.8 cm.
_Graphic design: Omar Khouri Bauru. >Cover: Carlos Valero. Internal text: Luiz Antônio de Figueiredo: Screen
_38 X 48 X 5 X 2 mm. It was distributed to several friends and contacts
_Cover + back cover: Omar Khouri _Graphic design: several. printing by Paulo Miranda.
in 1977.
William Carlos Williams POEM – original – inside front cover _Cover (envelope – screen printing): Omar Khouri >Notebook: Bond paper 72g, reprography (Xerox).
_Circulation: ? maybe 100 copies, some of which are still preserved.
Iumna Maria Simon and Luiz Antônio de Figueiredo: Translation POEMA _Cover (notebook – offset): Julio Plaza >Sound and graphic production: Carlos Valero.
(WCW) inside back cover _Works included in the envelope, in different formats: Screen printing, >Launch at Nastassika teahouse on November 22, 1980.
_Magazine Launch at Krystal Chopps - São Paulo, in the evening of July typography and offset + external label (stamp). *Carlos Valero’s idea emerged due to a deadlock over the continuity of >Distribution: at the time of the launch, it was for sale, even for collabora-
15, 1975. Attendees: Augusto de Campos, Carlos Valero, Décio Pignatari, _Screen printing works: Edson, Bauru ARTÉRIA, whose name will be resumed with ARTÉRIA 4, a C60 cassette tors, who could buy one and take two. The original edition must have been
Haroldo de Campos, Hermelindo Fiaminghi, Luiz Antônio de Figueiredo, _Typography: Pirajuí tape by Nomuque Publishing and OM Studio, fully edited by Carlos sold out and additional copies were made; however, without the sophisti-
Omar Khouri and Paulo Miranda. _Launch: There was not an actual launch, except for an attempt in the Valero, gathering both habitual and new collaborators. One year be- cation of the case + index notebook as in the first edition. Recently, it was
_ Distribution: from hand to hand, consignment to some bookstores city of Avaré, with few attendees, where no copy was sold. fore: BALALAICA. There had been an unease about ARTÉRIA 2 and the remastered and published on Nomuque Edições’s website.
and in marginal publication fairs until now. Free distribution and dona- _Distribution: from hand to hand, starting from the first half of 1977, adaptations that had to be made in order to make it viable. >It paid for itself, if we do not consider the work factor.
tion to public libraries and museums as well. In 1977, the Library and on consignment in some bookstores and in marginal publication fairs, >Assignment of copyrights by the authors themselves or those respon-
Publisher Duas Cidades volunteered to handle a national distribution of until now. At some point (1977), Duas Cidades Bookstore handled a sible for it.
some publications that were on the margins of the Brazilian publishing nation distribution of ARTÉRIA 2 (including Number 1), as well as of BALALAICA: THE SOUND OF POETRY
system, including ARTÉRIA 1. other publications of the same type. Free distribution and donation to (São Paulo: Nomuque Publishing - OM Studio, 1979). *ARTÉRIA 4, just like BALALAICA, contained a kind of lurid-erotic radio
_It paid for itself with the sales in the medium term. cultural institutions (libraries, museums, private collections). soap opera.
_Assignment of copyrights by the authors themselves or those respon- It probably has not paid for itself. >Circulation: ? (now online, at nomuque.net)
sible for it. _Assignment of copyrights by the authors or those responsible for it. > C60 cassette tape. Cassette’s case. Cover: BALALAICA: Carlos Valero authors/collaborators.
+ index-paper. .Oscar Wilde? Poet / Paulo Miranda’s voice.
*The insert Reviravolta, by Paulo Miranda was printed in plast plate in *Due to graphical errors made by Souza Reis’ executors, the 1000 cop- >Production and technical works: Carlos Valero. .Carlos Valero. Radio soap opera Revenge of the vampire (A vingança do
Bauru font. The editors have considered it unsatisfactory, but it was ies of the booklet had to be reproduced and the rejected edition was >Hand to hand distribution as from 1979. vampiro) / others.
used at the launch, where some of the first copies were handed. Soon destroyed. As for the cover – front of the envelope – no printing com- >Launch at Muro Bookstore, Rio de Janeiro, May 8, 1980. .Augusto de Campos: Gnaw… (Roer…) / Carlos Valero.
after, the edition was printed at Souza Reis-Bauru printing company, in pany would print the “Alechinsky-Lichtenstein”, work by Julio Praza, >It paid for itself, if we do not consider the workforce. .Beatles + Caetano Veloso: Collage? (Colagem?) Beatles + Caetano Veloso:
offset. O Ai!cai, by Décio Pignatari was not acknowledged by him in his as they thought they could have problems of censorship due to an al- > Assignment of copyrights by the authors themselves or those respon- .Augusto dos Anjos: Modern Buddhism and Mysteries of a match (Budismo
complete works. A one of Galaxias’ text was part of CÓDIGO 2, Haroldo leged erotic and even pornographic connotation. This work ended up sible for it. moderno e Mistérios de um fósforo) / Beto Xavier + Neoclair Coelho.
de Campos sent another text to ARTÉRIA 1 and Nomuque published being published in ZERO À ESQUERDA. .Sonia Fontanezi: Alice / Paulo Miranda.
both of them. Waldeyr de Oliveira’s page should have been negative, *Carlos Valero set up a home studio, and watched most of the work be- .Anonymous: Circulate the forbidden desire (Circular o desejo proibido) /
but by mistake, the following, with Haroldo de Campos’s poem ended authors/collaborators. ing recorded. Balalaica is a kind of sound ARTÉRIA. Anyway, the sound Carlos Valero.
up being negative. As for Décio Pignatari’s text, dictated to Luiz Antônio Label attached to a plastic bag: magazine was proven to be viable. .Luiz Antônio de Figueiredo: In the culmen of your high point (no cúlmen
de Figueiredo, by the author, over the phone, the title should have been Julio Plaza: ARTE = VERBA. do teu ponto culminante) / LAF
Franquisténs II. authors/collaborators. .Haroldo de Campos: from Galaxies (Galaxias) (initial excerpt) / HC.
Booklet: .Villari Herrmann: Shadows / voices: Paulo Miranda and Omar Khouri. .Stéphane Mallarmé Sonnet in yx (Soneto em yx) / Neoclair Coelho.
authors/collaborators. .Julio Plaza: Art: surgical technique (Arte: técnica cirúrgica), .Augusto de Campos: The quasar / Augusto de Campos. .Walter Franco / Walter Franco.
.Paulo Miranda: Turnabout (Reviravolta) (insert) continues on page 3. .Walter Franco: Water momma (Mamãe d’Água) / Walter Franco. .Omar Khouri: Self-portrait in low spirits (Autorretrato em baixo astral) /
.Décio Pignatari: Ai!cai .Haroldo de Campos: anamorphosis (anamorfose) .Augusto de Campos: Cidade / Augusto de Campos. Carlos Valero.
.Zéluiz Valero: Pollocklee + seven. Photomontage. .Luiz Antônio de Figueiredo: call you vulva… (chamar-te vulva) .Omar Khouri: Facturas / Carlos Valero. .E. E. Cummings Almost Cummings (Quase Cummings) / Vinicius Dantas.
.Haroldo de Campos: 2 fragments: all this has to do with… (tudo .Décio Pignatari: Little people (Pessoinhas). .Augusto de Campos: days days days (dias dias dias) / Caetano Veloso. .Carlos Valero + M. McLuhan: McLuhan’s footer? (Rodapé McLuhan)?
isto tem que ver...) and pastimes and timekillers… (Passatempos e .Décio Pignatari + Fernando Lemos: Rejected logotype. .Luiz Antônio de Figueiredo: Leda’s finger (o dedo de Leda) Radio soap .Maurizio Prati Trepa dorme / MP.
matatempos…) .Augusto de Campos: Translation of a poem by E. E. Cummings: my opera – several. .Augusto de Campos: Memos / Júlio Mendonça.
.Luiz Antônio de Figueiredo: specialty is living… (minha especialidade é viver…) .Décio Pignatari and Gilberto Mendes: Drink coke (beba coca cola) - .Lívio Tragtenberg: Mariceli / piano: LT.
Catullus poem Carmen XXXII, in collaboration with Ênio Aloísio Fonda. .Regina Silveira: Touristic São Paulo. Art Museum. motet in D minor /Ars Viva. .Walter Silveira: Dendeca’s wound / WS.
.Carlos Alberto de Figueiredo: Art and Society (Arte e sociedade): .Luiz Antônio de Figueiredo: minims (mínimas). .V. Khliébnikov (translation by Augusto de Campos): again today / .Neoclair Coelho and L. A. de Figueiredo: a wide field (um campo amplo)/
manifest .Zéluiz Valero: Photograph. Carlos Valero. Maíza M. Figueiredo.
.Décio Pignatari: Incipit .Régis Bonvicino: poem. .John Cage (transl. A. de Campos): a conference on nothing / Carlos Valero. .Edgard Braga: Howl (Uivoo) / Walter Silveira.
.Arnaldo Caiche D’Oliveira: Bird (Pássaro) .Margareth Young (transl. Décio Pignatari): Death due to rarity (A .Carlos Valero: Stalin / Carlos Valero.
.Augusto de Campos: translations: Song (Canção) – Guillaume de Envelope: morte pela raridade) / Several. .Paulo Leminski: You, with whom I speak (Você com quem falo) / Walter Silveira.
Poitiers and Conference about nothing (Conferência sobre nada) - John Cage .Zéluiz Valero: In case of any regularity (Em caso de qualquer .Omar Khouri: Marta and Romeu: A killing history (Marta e Romeu: uma .Tadeu Junges: You and me / TJ.
.Omar Khouri: reinterpretation of Love Humor by Oswald de Andrade irregularidade…) estória de morrer) Marlene Avelar e Stela Avelar. .V. Maiakóvski (transl. A de Campos) Excerpt… (Fragmento…) + A. de Campos.
.Gabriel Emídio Silva: Love/Humor: the maximum of the minimum .Carlos Valero de Figueiredo: Hitler X Satie. .Décio Pignatari + Willy Corrêa de Oliveira: A movement (Um movi- .Carlos Valero: Maristela / Carlos Valero.
.Waldeyr de Oliveira: Videre et non videre .Cláudio Cortez: mpb 1. Final art: Zéluiz Valero: mento) / Ars Viva. .Paulo Miranda: A valuable poem (Poema de valor) / others.
.Haroldo de Campos: text [sic] ruins .Pedro Osmar: LIFE (VIDA). .Lewis Carroll (transl. by A. de Campos): Jaguadarte / Paulo Miranda. .V. Maiakóvski (transl. A de Campos) / Carlos Valero.
.Zéluiz Valero: Hausmann’s Mechanical Head + Dito + Dito Chorão - .José Augusto Nepomuceno: I observe… (Observo…) .William Blake (translation by A. de Campos): The sick rose (A rosa .José Lino Grünewald: Onão o putodor / Omar Khouri.
photomontage .Paulo José Ramos de Miranda: E.E Cummings. Non-translation. doente) / Roberto Ghiotto.
.Décio Pignatari: Franquisteins II .Omar Khouri: KITSCHICK! .Fernando Pessoa: The white house black boat (A casa branca nau
.Luiz Antônio de Figueiredo: PS .Walter Franco: there was no absurd (o ab surdo não h ouve). preta) / Carlos Valero.
.Omar Khouri: Nomuque Edições Logo Graphic design: Omar Khouri: .Stéphane Mallarmé (transl. Haroldo de Campos): A throw of dice /
.Zéluiz Valero: NOB photo .Pedro Tavares de Lima and Régis Rodrigues Bonvicino: d. Several.
.Edgard Braga: linotypepoem (linotipoema) .Oswald de Andrade (English version: Paulo Miranda): The masses… /
.Omar Khouri: No title E DI (sem título E DI) Paulo Miranda.
.Paulo José Ramos de Miranda: Sonnet. .Oswald de Andrade: The lay of Esplanada and Portuguese error
(Balada do Esplanada e Erro de português) / Oswald de Andrade.
.Marcial: Mammas… / Omar Khouri.
.Pedro Kilkerry: It is the silence / Neoclair Coelho.
.Bernart de Ventadorn + Augusto de Campos: Intranslation
(Intradução) Campos.
.V. Maiakóvski (transl. Augusto de Campos: Balalaica / Stela Avelar.
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ZERO À ESQUERDA (São Paulo: Nomuque Edições, 1981). ARTÉRIA 5 | GHOST (FANTASMA) ARTÉRIA 6 | BIG SQUARE | 31 x 31 ARTÉRIA 7 (São Paulo: Nomuque Edições, 2004)
(São Paulo: Nomuque Publishing, 1991) (São Paulo: Nomuque Publishing, 1992)
>Circulation: 500 copies. >Circulation: 1000 copies.
>51.6 x 28.3 x 1.2 cm. Case: cardboard box. >Circulation 160 copies. >Circulation 180 copies. >19 x 28 cm. Bond paper, offset printing.
>Individual works in various formats and printing techniques (screen >34 x 25 x 1 cm (wrapping box). Cover: double cover with white print on >31 x 31 cm. Bond paper 180 (interior) and card paper (cover). Screen printing >Cover: Paulo Miranda and Vanderlei Lopes.
printing, offset, typography, stamps). white background (GHOST) and jacket on Kraft paper and screen print- >Conception: Omar Khouri and Paulo Miranda. >Graphic design: Vanderlei Lopes.
>Printing: Nomuque (screen printing: ASTER) e others. ing in red (ARTÉRIA 5). >Graphic design/execution team: Arnaldo Antunes, Júlio Mendonça, >Printing company: Impressograf
>Creators: Omar Khouri and Paulo Miranda) >Conception: Omar Khouri and Paulo Miranda. Omar Khouri, Paulo Miranda, Sonia Fontanezi and Zéluiz Valero. >Launch at SPOT Restaurant, São Paulo, January 18, 2005.
>Production and screen printing: Carlos Valero, Júlio Mendonça, Omar >Cover design: Omar Khouri, Paulo Miranda and Arnaldo Antunes. >Printing company: Nomuque Publishing. >Distribution: to the collaborators, donation, consignment, special edition fairs.
Khouri, Paulo Miranda, Sonia Fontanezi, Tadeu Junges, Walter Silveira, >Execution team: Arnaldo Antunes, Julio Mendonça, Omar Khouri, >Cover: Paulo Miranda, Arnaldo Antunes and Omar Khouri. >Did not pay for itself; the publisher still has more than half of the edition.
Zéluiz. Paulo Miranda, Sonia Fontanezi and Walter Silveira. >Launch: Augôsto Augusta MIS-SP Bookstore, on April 15, 1993. > Assignment of copyrights by the authors themselves or those responsible for it.
>Cover: Walter Silveira, Paulo Miranda and Sonia Fontanezi. >Printing company: Nomuque Publishing – screen printing workshop. >Distribution: distribution to employees and sales, on the day of the
>Launch on May 6, 1981, at Pauliceia Desvairada Disco, with a multi- >Launch:MASP’s mezzanine, with Nomuque’s 17th Anniversary launch and after it, by the bookstore where it was launched, from hand *ARTÉRIA 7 also had a long gestation period: almost a decade.
media event. Exhibition, on April 10, 1991. to hand, from the second half of 1993, consignment on some bookstores
>Distribution: to collaborators, sales at the launch event, as well as >It is hard to know if it paid for itself, at least 50%, because only 160 and marginal publication fairs, until today (sporadic sales). authors/collaborators.
consignations, donations, sales at special publication fairs, until today. copies were printed, each collaborator got one copy and the rest was >It is hard to know if it paid for itself, at least 50% (probably not), because .Editorial (Omar Khouri and Paulo Miranda).
> Assignment of copyrights by the authors themselves or those re- sold and donated. As it was totally printed by Nomuque Edições, in only 180 copies were printed, each collaborator got one copy and the rest .Paulo Miranda: Already-made.
sponsible for it. screen printing, the work force was not computed, it was offered by was sold and donated. As it was totally printed by Nomuque Edições, in .Antonio Risério: (Frasis).
the execution team. screen printing (in about ten years), the work force was not computed, it .Aldo Fortes: Revisited Heraclitus (Heráclito revisitado).
* ZERO À ESQUERDA was almost entirely printed at Aster, a center >Assignment of copyrights by the authors themselves or those respon- was offered by the execution team. .Zéluiz Valero: Pollocklee.
for art studies, in Perdizes - São Paulo, in 1980 and 1981 (part of the sible for it. >Assignment of copyrights by the authors themselves or those respon- .Samira Chalhub: Firm hold (Aperto): to Ed.
first half). Some offset works were printed outside the center. Villari sible for it. .Carlos Rennó: When 2 are in love.
Herrmann’s work (∞) was the last to arrive: produced by the author, it *ARTÉRIA 5 / GHOST was thought of based on ARTÉRIA 6, and what .Sebastião Nunes: Poetic art.
did not fit in the wrapping box, which was almost ready - the extra mar- could not be published in this edition, would be published in the other. *In fact, ARTÉRIA 6 started to be thought of in 1981 and was launched in .José Augusto Nepomuceno: No title.
gin was cropped, and then it worked out. The magazine was assemble And so it was, with a long gestation period. 1993. It can be considered the longest magazine gestation in the history .Tadeu Jungle: Advertising self-portraits (Autorretratos publicitários car-de-cu).
at Paulo Miranda’s house. of Brazilian culture. As well as other handmade magazines by Nomuque, .Alice Ruiz: Fear.
authors/collaborators. ARTÉRIA 6 has been very popular in recent years. .Erthos Albino de Souza: Tribute to Glauber Rocha.
authors/collaborators. .Adriana Freire: All ways. .Raider: Grafito 70.
.Aldo Fortes: (No title) / 9th cigarette. .Aldo Fortes: No title (Cage). authors/collaborators. .Go: No title.
.Augusto de Campos: Limit (Limite). .André Vallias: Eclogue. .Aldo Fortes: Cummings: non-translation 2. .Peter de Brito: Wear (Desgaste).
.Carlos Valero. Maristela. .Arnaldo Antunes: Everything or everything (Tudo ou tudo) .Paulo Leminski and João Virmond Suplicy: the cicada’s haiku (haiku da .J. Medeiros: Life para Signatari.
.Carlos Valero. Poetry (Poesia). .Arnaldo Antunes: ?. cigarra) [Winterverno]. .Diniz Gonçalves: Itinerary (Itinerário).
.Décio Pignatari: Little poem, shortpoem, mypoem, yourpoem .Arnaldo Antunes: !. .Omar Guedes: No title. .Júlio Mendonça: Language black hole (Buraco negro da linguagem).
about the flower. .Augusto de Campos: ly. .Betty Leirner: Les êtres lettres. .Thiago Rodrigues: Rhyme (Rime).
.Edgard Braga: No title. .Celso Marques: “OM”: variations .Go: what I say (o que digo). .Avelino de Araújo: Everyday sonnet.
.Elcio Carriço: What is below is like what is at the top (O q está .Décio Pignatari: Logochicomendes. .Erthos Albino de Souza: Praising Pagu (Louvação para Pagu). .João Bandeira: No title.
embaixo é como o q está no alto). .Décio Pignatari: Bashô: Old lagoon (Velha lagoa). .Ivan Cardoso: Cinema. .Vanderlei Lopes. Ephemeras.
.Haroldo de Campos: Ode (explicit) in defense of poetry .Edgard Braga: Thechaos (Ocaos). .Júlio Bressane: Rio. .Décio Pignatari: Wardrobe (Guarda-roupa).
(Ode (explícita) em defesa da poesia). .Erthos Albino de Souza: Ready-made for Caetano. .Ronaldo Azeredo: night night night (noite noite noite). .Walter Silveira and Fernando Laszlo: Die (Objeto dado).
.Haroldo de Campos: Li Tai Poem (Li Tai Poema). .Gastão Debreix: The sun shows itself in half. .Gastão Debreix: Poetry (Poesia). .Gastão Debreix: Dialogue (Diálogo).
.Júlio Mendonça: Eclipse. .Gastão Debreix: Clothesline (Varal). .Lenora de Barros: I did not say anything (Eu não disse nada). .Fernanda Brenner: No title.
.Julio Plaza: Alechinsky-Lichtenstein. .Gilberto José Jorge: Exercise No.1 – Labyrinth (Dédalo). .Samira Chalhub: Destra: ção. .Lenora de Barros: Family-shaped (Em forma de família).
.Lenora de Barros: Poem (Poema). .Go: ã. .Walt B. Blackberry: Publyk bathroom (Banheiro publyko): punk stylogra- .Edson Pfützenreuter: Lightnight (Luznoite).
.Luiz Antônio de Figueiredo: Cubist exercise. .Haroldo de Campos: As she is (Como ela é). phy (stylografico punk). .Fábio Oliveira Nunes: Volatile (Volátil).
.Luiz Antônio de Figueiredo: Sonnet (In the culmen of your high point). .Ivan Cardoso: No title. .Julio Mendonça: Leading zero (Zero à esquerda). .Regina Silveira: Latin American puzzle.
.Luiz Antônio de Figueiredo and Neoclair João Vito Coelho: For those .Julio Mendonça: ADN. .Glauco Mattoso: Dactylogramma sos. .Tiago Lafer: Dead or alive.
who think (P/ os q pensam). .Julio Plaza: There is always something in the reality that you do not .Décio Pignatari: Solviete for Maiakóvski’s summer (solviete para o verão .Sonia Fontanezi: Digital net to Edgard Braga (Teia digital para Edgard Braga).
.Lygia de Azeredo Campos: I fall asleep. see (Sempre há algo na realidade que você não vê). de Maiakóvski). .Inês Raphaelian: Roseta byte.
.Lygia de Azeredo Campos: Dampenmelove (Amortecemeamor). .Lenora de Barros: There is life (Há vida). .Lúcio Kume: Target. .André Vallias: Pebble (Seixo).
.Neoclair João Vito Coelho: Hellás. .Lygia de Azeredo Campos: Bird uterus memory (Ave útero memória). .Augusto de Campos: Intranslation (Intradução): lovese (amorse). .Haroldo de Campos: Of love (D’Amor).
.Omar Khouri: I love us (Eu nos amo). .Omar Khouri: Part of the “oidípous ópsimos”. .Sonia Fontanezi: Afterimage to Júlia Fontanezi. .Felipe Martins-Paros: How to say everything in Greek (Como dizer tudo
.Paulo Miranda: Che move il sole. .Omar Khouri: Sin palabras. .Carlos Valero: Albers + Gertrude Stein. em grego).
.Paulo Miranda: La vie en. .Omar Khouri: !. .Josely Vianna Baptista and Guilherme Zamoner: Nights (Noites). .Waly Salomão: Just like Paul Valéry (Tal qual Paul Valéry).
.Paulo Miranda (and Carlos Valero): A POE M. .Oswald de Andrade: Love (Amor). .Julio Plaza: Pré-dado. .Augusto de Campos: Patrol (Ronda).
.Regina Silveira: Anamorphic (Anamorfa). .Paulo Miranda: Il fabbro. .Arnaldo Antunes: No title. .Gilberto José Jorge: Kiss (Beijo).
.Renato Ghiotto: No title (50135). .Regina Silveira: part of the series: Corridors for vultures (Corredores .Raider: Sonnet to Volpi (Soneto para Volpi). .Walt B. Blackberry: Mamãe consolação.
.Samira Chalhub: No title (The beaches, the preys, the hindrances) / para abutres). .Luciano Figueiredo: Bye bye baby… (favorite stills). .Lívio Tragtenberg: Continuities (Continuidades).
Sem título (As praias, as preias, as peias). .Regina Vater: Draft of the “Performance of Shadows” (“Performance .Regina Silveira: To Lizárraga. .Edgard Braga: Sunken eyes and Portrait of an old man.
.Sonia Fontanezi: Cross it (Atravessa). de sombras”) .Edgar Braga: Cartoonpoem (childhood poem). .Omar Khouri and Zéluiz Valero: No title.
.Tadeu Junges: Did it have to be in mine? (Justu nu meu!). .Salvador Martins: Word (Palavra) .Omar Khouri: What are these children doing? (O que estarão essas .Denilson Souza: No title.
.Tadeu Jungle: Place your hand (Passe a mão). .Samira Chalhub: Love in sert (Amor en carte). crianças fazendo?) .Daniele Gomes de Oliveira: Challengers (Desafiamos).
.Villari Herrmann (and Carlos Valero): No title (∞). .Sonia Fontanezi: The sky was blue when I had my mother (Azul era o .Gilberto José Jorge: Vampirelogo (Logovampiro) .Arnaldo Antunes: To see (Ver).
.Walt B. Blackberry: Cardiography: broken heart. (Cardiografia: céu de quando eu tinha minha mãe). .Marco Antônio Amaral Rezende: Screen and skin of Isabella Cabral (Tela .Gerty Saruê: No title.
coração partido). .Sonia Fontanezi: Era briluz (object poem extra box) e pele de Isabella Cabral). .Lúcio Agra: Imantagma: 5 x sign.
.Zéluiz: No title (.). .Tadeu Jungle: Zoo (Zoológico) .Paulo Miranda: Correction: Rauschenberg (to Erthos Albino de Souza). Julio Plaza: No title.
.Walt B. Blackberry: Singer. .André Vallias: Nous n’avons pas compris Descartes. .Regina Vater: Before and after or Yesterday and today (Antes e depois ou
.Walt B. Blackberry: No title. .Tadeu Jungle: A throw of the stutterer. Ontem e hoje).
.Zaba Moreau: No title. .Safo and Haroldo de Campos: Around the splendid Selene (Em torno a .Glauco Mattoso: Tic Tac Toe or comic book.
Selene esplêndida). .Omar Khouri: Readymadebutnotsomuch (readymadenemtanto).
.Maurizio Prati: No title. .Paulo Miranda: Artéria 7’s logo type (inside back cover)
.Elson Fróes: No title (back cover).
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ARTÉRIA 8 ∞ (São Paulo: Nomuque Publishing, 2003…) ARTÉRIA 9 (São Paulo: Nomuque Edições, 2007). .Carlos Rennó: Faithful to you and my fashion (Fiel a você à minha moda). .Aldo Fortes: No title.
.Glauco Mattoso: Musical sonnet. .Décio Pignatari: Logogram.
www.nomuque.net/arteria8 . >Circulation 1000 copies. .Peter de Brito: Self-portrait (Autorretrato). .João Bandeira: UR.
Digital magazine: Expandable and mutable). >19 x 28 cm. Bond paper (interior) card paper (cover); offset printing. .Alice Ruiz: Ephemeral (Efêmero). .Daniel Scandurra: Void (Vão)
>Organization: Omar Khouri and Fábio Oliveira Nunes. >Graphic design and typesetting: Vanderlei Lopes .João Bandeira: Sweat (suor). .Inês Raphaelian: Amazing Amazon.
>Web designer: Fábio Oliveira Nunes: >Cover and back cover: Work by Inês Raphaelian. .Vanderlei Lopes Tree (Árvore). .Elson Fróes: XXX.
>Online since 2003. >Printing company: Pancrom. .Sonia Fontanezi: Ticket (Bilhete). .Gil Jorge: Entroduction (Introduction).
> Assignment of copyrights by the authors themselves or those respon- > Launch at Casa das Rosas, São Paulo, December 15, 2007. .Fabiana de Barros: Culture Kiosk, NY. .Gustavo Vinagre: sour cream recipe.
sible for it. >Distribution: to collaborators, donations, consignation, special edition fairs. .Betty Leirner and Francisco Magaldi + team: [of the movie] The kingdom, .Diniz Gonçalves: Metallic.
>It did not pay for itself and still keeps more than a half of the edition. except for the king (O reino menos o rei). .Lenora de Barros: I have seen everything (Já vi tudo).
*It went online before ARTÉRIA 7 was finished and launched. > Assignment of copyrights by the authors themselves or those responsible .Alexandre Azeredo: A poem to Descartes (Poema a Descartes). .Frederico Barbosa: The nightfall of the nymphs (O anoitecer das ninfas).
for it. .Walter Silveira: Holiday lesson (Lição das férias). .Arnaldo Antunes: Inversión.
authors/collaborators. .Regina Vater: Under the Equator (Abaixo do Equador). .Alexandre Azeredo: Poem waiting for a song (O anoitecer das ninfas).
Editorial: ‘Multiform: an arterial metamorphosis’ (‘uma metamorphose *The excessive caution, on the part of the editors, to avoid the transparency, .Letícia Maria Tonon: Stamp on the skin (Carimbo sobre a pele). .Edgard Braga: Wings of the Night (Asas da Noite).
arterial’) had made it difficult to handle the magazine. .Marcelo Mota: Interrogation (Interrogação). .Vanderlei Lopes: Puff of air (Sopro).
.Alckmar Luiz dos Santos and Gilberto Prado: Memory (Memória) - Hai-Kai. .Fernando Angulo: Urban objects triptych (Tríptico objetos urbanos). .Carlos Rennó: Got it? (Tendeu)
.Alexandre Azeredo: Your in mine (O seu nu meu). authors/collaborators. .Gustavo Vinagre: 2 poems (2 poems). .Paulo Miranda: False friend (Falso cognato).
.André Vallias: Verse (De verso). .Inês Raphaelian: The Art (cover and back cover). .Gabriel Marzinotto: 8 building frames [for Xenakis]. .Daniele Gomes de Oliveira: Term sheet (Termo de compromisso).
.Arnaldo Antunes: It grows (Cresce). .Luz del Olmo: 4 Haikus (inside front cover). .Gastão Debreix: 1.5 m of poetry (inside back cover). .Ivana Vollaro: No title.
.Augusto de Campos: Pearls for Cummings (Pérolas para Cummings). .Editorial (Omar Khouri and Paulo Miranda) .Lúcio Agra: Eye for an eye (Olho por olho) by Haroldo de Campos.
.Avelino de Araújo: Soon…? (Soon…?) .Ronaldo Azeredo: Speed (Velocidade) – with comments by Omar Khouri. ARTÉRIA 10 (São Paulo: Nomuque Publishing, 2011). .Cláudio Daniel: Gate seven (Portão Sete)- excerpts.
.Broccoli (Leandro Vieira and Mariana Meloni): Hello. .André Vallias: More translation (Tradução mais). .Fernando Angulo: No title.
.Célia Mello: Eusencontroseusencontros. .Roland de Azeredo Campos: Ah Carnot. >Circulation: 500 copies. .Lygia de Azeredo Campos: the bodies come together (os corpos se juntam).
.Daniele Gomes de Oliveira: Success (Êxito). .Décio Pignatari: 2 poems for a new land (2 poemas para uma nova terra). >Notebook on bond paper, in black and white offset printing, with 8 faces .Antonio Lizárraga: in the evening (de noite).
.Décio Pignatari: Chri$t is the solution. .Fábio Oliveira Nunes: Nin(e) (Nov(e)). and four-color-process. >17,5 x 25 cm. 64 pages. .Priscilla Davanzo: Girl of the summer (Garota do verão).
.Diniz Gonçalves: Santos. .Gerty Saruê: Wall (Muro). >Graphic design and typesetting: Fernando Angulo and Cassiano Tosta. .Vinícius Alcadipani: The cant of the ants (Canto das formigas).
.Edgard Braga: Cartoonpoem (childhood poem). .Fernando Laszlo: No title. >Águia printing company .Ricardo Coelho: David and Narcissus (Davi e Narciso).
.Elson Fróes: Golden keys (Chaves de ouro). .Eric Rieser: No title. >Launch at Vermelho Gallery/Tijuana Bookstore, São Paulo, May 21, 2011. .Felipe Paros: Ladino variations (Variações ladinas).
.Erthos Albino de Souza: Volat irrevocabile tempus. .Felipe Paros: Alfa blonde and the omega in my head (Alfa blonde e o ômega >Distribution: to collaborators, ales during the launch, donations, consig- .Augusto de Campos: Profilogramallarmé.
.Fábio Oliveira Nunes: A question to Couchot. da minha cabeça). nation, special edition fairs. .Clemente Padín: Canción de protesta nahuatl.
.Felipe Paros: Universal language (Língua universal). .Priscilla Davanzo: Stupid enough. >It did not pay for itself, and the publisher still keeps more than a half of .Paulo de Toledo: DI(C)(V)E.
.Fernanda Brenner: False memories (Falsas memórias). .Regina Silveira: Brasil [Brazil]. the edition. .Glauco Mattoso: Naughty young children I, II and II (Molecada malcriada
.Glauco Mattoso: Plastic and shaped sonnets (Sonetos plásticos e plasmados). .Fernanda Brenner: No title. > Assignment of copyrights by the authors themselves or those respon- I, II e III).
.Gregório Graziosi: Masturbation (Masturbação). . Marcial, Dr. Ângelo Monaqueu and Prof. Omar Khouri: Mentula tam magna. sible for it. .Pipol: Garcia Hat Shop (Chapelaria Garcia).
.Haroldo de Campos and Safo: Around the splendid Selene (Em torno a .Anna Barros: Nonamenameno. .Gustavo Arruda: Oriki de Ifá.
Selene esplêndida). .Tadeu Jungle: Woman of sand [Ralph Lauren style]. *Four-color-printing in offset: cover with 8 faces. .Alice Ruiz: Chest of memories (Baú de guardados).
.Inês Raphaelian: Oroboros. .Antonio Lizárraga: A middle-aged woman. .Marie Ange Bordas: (of the series) No patches (Sem remendo).
.Jorge Luiz Antônio and Regina Célia Pinto: Soon Logos (Logo Logos). .Diniz Gonçalves: The margins of Venus (Margens de Vênus). authors/collaborators. .Jorge Luiz Antonio: Soon logos (Logo logos).
.José Lino Grünewald: Shape (Forma). .Gil Jorge: No title. Cover: .Julio Plaza: No title.
.Josiel Vieira: Instable 2060 (Instável 2060). .Júlio Mendonça: For Julio Plaza: .Regina Silveira: Azzurro. .Zéluiz Valero: Walter Franco.
.Júlio Mendonça: Light-yearzoom (Zoomanosluz). .Dumas: No title. .Gastão Debreix: Enigma.
.Julio Plaza: TV. .Célia Mello: Eusencontroseusencontros. .Erthos Albino de Souza: Poem of the Speculatrix Muse (Poema da série
.Lenora de Barros: See me. .Daniele Gomes de Oliveira: Duchampignon. Musa Speculatrix).
.Letícia Tonon: Arteriography (Arteriografia). .Edgard Braga: Object-eye (olho objeto). .Marcela Tiboni: in De La Tour.
.Lúcio Agra: I did not need it… (Eu não precisava…). .Felipe Paros: Never cry, never laugh (Jamais chorar, jamais rir). .André Vallias: F. Nietzsche: On my Door (Sobre a Minha Porta) - translation
.Omar Guedes: No title. .Erthos Albino de Souza: D’après Baudelaire. and design.
.Omar Khouri: Góngora. 1582. 1990. .Elson Fróes: No title. .Peter de Brito: Mimesis (Mimese).
.Paulo Miranda: La vie en. .Ivana Vollaro: Portuñol/portunhol. .Tadeu Jungle: Anguish (Angústia).
.Pedro Xisto: Epithalamion II (Epitalâmio II). .Gustavo Arruda: Out (Fora). .Sonia Fontanezi: Logo Studies (Estudos para Logotipo).
.Peter de Brito: Ophthalmic impressions (Impressões oftálmicas). .Ivan Cardoso: No title.
.Priscilla Davanzo: Kiss: a kiss… un baiser… un bacio. .K. Kaváfis and Haroldo de Campos: Juliano and the anthiochian Inside:
.R2 (Thiago R. and Guilherme Ranoya): Nothing x nothing (Nada x nada). (Juliano e os antioquenses) [translation]. .Fabiana de Barros: Santa Milla (insert)
.Regina Silveira: Going down the stairs. .Dulce Horta: New York. .Editorial (Omar Khouri and Paulo Miranda).
.Roland Campos: Cinero(p)tic (Cineró(p)tico). .Julio Plaza: Braquebra. .Fernando Laszlo: Black Light (Luz Preta).
.Ronaldo Azeredo: Sea Sky (Céu Mar). .Lúcio Agra: Rock inscription of the memory or graphic Delvaux. .Dumas: Kurt Schwitters interpretiert die Ursonate.
.Sílvia Laurentiz: Mobile 3 (Móbile 3). .Aldo Fortes: No title. .Dr. Ângelo Monaqueu and Omar Khouri: Beauty is not everything (A
.Sonia Fontanezi: Edgardigitalbraga. .Sérgio Monteiro de Almeida: No title. beleza não é tudo).
.Tadeu Jungle: You can do anything (Tudo pode). .Tiago Lafer: Epic (Épico). .Gerty Saruê: Angles with A (Ângulos com A).
.Tiago Lafer: Hopscotch (Jogo de amarelinha). .Zéluiz Valero: Eppur si muove. .Regina Vater: Time.
.Vanderlei Lopes Powderhead. .Vinicius de Oliveira: Duchamp. .Ezra Pound: At a subway station. Translation by Lara Werner.
.Villari Herrmann: shaDOws (somBRas). .Arnaldo Antunes: Handmade. .Demósthenes Agrafiotis: Definitions (Definições). Translation by Haroldo
.Walter Silveira: (Em breve…?) (Soon…?). .Jorge Luiz Antonio: A past paper I at final pass. de Campos.
.Zéluiz Valero: No title (.). .Lenora de Barros: Do not show me (Não me mostre). .Soraya Braz: Fruition / Urination (Fruição / Micção).
.Thiago Rodrigues: Night (Noite). .Fábio Oliveira Nunes: Poemapart (Poemaparte).
.Ernane Guimarães Neto: Shape (Forma). .Alberto Oliveira: No title (from the Hagar series).
.Go: The minimum night that departs from each object… (A mínima noite .Júlio Mendonça: No title.
que de cada objeto parte…) .Anna Barros: Microlandscape (Nanopaisagem).
.Marcos Rogério Ferraz: There are so many certainties | There are so many .Walter Silveira: Vocemia.
truths. (São tantas as certezas | São tantas as verdades). .Célia Mello: No title Borges Hotel (Hotel Borges).
.Augusto de Campos: The typist [ready-made]. .Anderson Gomes: No title.
.Julio Mendonça: The place outside of the ideas (O lugar fora das ideias). .Rafael Trabasso: Interlingual translation
.Paulo Miranda: Do you want to go by taxi? (Quer ir de táxi?)
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on the margins of the brazilian publishing sector least common denominator: artéria
nomuque edições
Nomuque Edições, a publishing company founded by The expression of a singular form of poetry composition, throughout Brazil, sometimes with a single editorial event - as it
Omar Khouri and Paulo Miranda 42 years ago, in 1974, has which flirts with all dimensions of danger, of the underground was the case of de Zero à Esquerda (also by Nomuque Edições),
operated on the margins of the Brazilian publishing sector heroism, the oppositional senses of counterculture, even being Atlas, or even Kataloki.
and has a close link to Artéria magazine, which Nomuque has the assertion of the best of do it yourself, is at the same time, There was a time when the culture of economy and
edited since 1975. an attitude that completely rejects everything that may be the disapproval of wastage was de rigueur. Completely different
Nomuque = using the (arm) muscles exists while there worst of it. That is, in my view, the sophisticated and hard path from what we see on the poetry scene nowadays, as it is more
are works to edit; the resources are provided by the editors and of Artéria magazine. and more “literary”, even in the sense that quantity is presented
collaborators themselves as the publishing house has never It is a bold foray into counterculture from the perspective of as quality. No aspiring poets would release their books before
received any sponsorship. invention, where the traits of a “cursed” speech are not forged by meditating on it and even polishing it. The radical ones, such
This publishing activity takes place every now and then, semantics or a purely behavioral nonconformity. as some from Artéria, have never published “books” but object-
because as Nomuque is a not-for-profit publishing house The endless nights of sweat leaned over screen printing poems that circulated in non-conventional magazines or small
that doesn’t have corporate infrastructure, that’s the only platens and the hard work that resulted in such singular and editions. It is not that Artéria – or Código – avoids poems
way it could work: sometimes. In fact, it has happened that a extraordinary objects - which support themselves as pieces of art, containing words, but the influx of visual and sound poetry
publication was released ten years after they started printing it. each one of them, paper art, volumes, unusual shapes - are the (such as in Balalaica) is apparent. There is a clear interest in
Usually, printing is also carried out by the editors themselves, practice of martial arts in poetry. With a monastic discipline, Omar the layout, an attention to every detail of the format. There are
who, in addition to being poets, are silkscreen technicians, Khouri and Paulo Miranda forged, over time, rare edifices. legendary stories of entire copies that were lost due to small
designers etc. (the few who are willing to do this kind of Non multa sed multum. Or, according to the sentence errors in screen printing editions (such as Big Square, Artéria 6,
artisanal work). Therefore, Nomuque is more than a publishing posed by Nomuque’s duo: “not many things but much”. The a relic that I carefully keep in my collection. I attended its launch
house. It is a printing company that offers other artisanal and Latin formula dictates the search for “essences and medullas” in the 90’s at MIS (Museum of Image and Sound), when I was not
industrial printing techniques in addition to silkscreen. instead of a proliferating work. Under the sign of a strict aesthetic even friends with Omar and Paulo yet)2.
Nomuque Edições was born in Pirajuí, in the countryside economy, Artéria’s creation and production practices descended Artéria has also revealed, in addition to its editors, Omar
in São Paulo state, and it was then moved to the capital, where directly from one of the aspects bequeathed by Concrete Khouri and Paulo Miranda, a whole generation of sophisticated
it still operates. From the first group of editors-collaborators Poetry, especially with its self-transformation in the 60’s, when non-verbal poets, who are still not much “read”. Vilari Hermann,
that included Omar Khouri, Paulo Miranda, Luiz Antônio de it abandoned the orthodoxy of the avant-garde movement and Gastão Debreix, Aldo Fortes, Julio Mendonça, Sonia Fontanezi,
Figueiredo, Carlos Valero, and Zéluiz Valero, today only Omar started opening up as a benchmark look into poetry both in Brazil Zéluiz Valero, André Vallias. It has to do with the “almost mute
Khouri and Paulo Miranda remain at Nomuque. Others, however, and abroad. Other areas that encouraged the presence of the pulsation” of Ronaldo Azeredo, and in addition to featuring the
have joined them, making either major or minor contributions: body, such as pop art, baroque and many other developments Campos Brothers, Décio Pignatari and Arnaldo Antunes, that
Walter Silveira, Tadeu Jungle, Sonia Fontanezi, Julio Mendonça, of contemporary art have spread over the subsequent decades. is, well-known names that appear in many other publications,
Arnaldo Antunes, Fábio Oliveira Nunes. From reprography and Artéria has moved somewhere close to that position, which, Artéria crossed paths with Leonora de Barros, Julio Plaza, Edgar
mimeograph, tending towards offset and silkscreen, it has sometimes, is naively called minimalist. Braga and Erthos A. de Souza. That is, different generations that
changed to magnetic tape (in collaboration with Carlos Valero’s Over the years, the values of a busy and intensively constellate, together with young artists, around this nucleus of
studio, ON) and the WEB. No prejudice. No limits: shapes with competitive society have consigned to oblivion those who, like singularities led by the tireless Walter Silveira and Tadeu Jungle,
no molds, Artéria, anthologies, independent editions of poems, Marcel Duchamp or Ronaldo Azeredo, would produce one piece of collaborators since forever.
books. From minimal editions to 1,500 copies and the undertaking work every couple of years. In the Big Square edition (1992) we can see a photogram
of the enterprise Planeta, with Artéria 8 on the internet. It is not about having a lot to say but saying it without saying by Ivan Cardoso, a perfect visual poem, a synthesis of great part
Nomuque Edições: as long as its editors still have much. Each edition of Artéria would take years and years to be of his work. A cinema itself, the album-magazine still features
enthusiasm. produced. The hiatus between editions is surprising1. It would be “Rio” by Julio Bressane, just at the time when he was to release
possible to say, in each and every season, that that would be the his “Taboo” (Tabu), a movie that is an icon of its German homonym
last edition, but soon there was a new edition on the way. and of Lamartine Babo’s figure, all interconnected by the vertigo
This text was originally published in the catalog Edições The relative perceptible acceleration, which started in the of analogies.
Nomuque: 30 anos, Senac São Paulo, 2004. 21st century, was largely due to the “desktop publishing” and From the Tape Measure Sonnet (Fita Métrica) to Artéria
the facilities of the digital world. The latter remains an area of “portable hell”, a matchbox or a tape, a portfolio-folder, a label (such
processes not results, except for the singular number 8, which as Julio Plaza’s Arte=Verba, Artéria 2), there have been years of
was released before number 7, and on the internet, to represent absolute pertinacity, and permanent resolution. Artéria is a flawless
the concept of infinity. A unique jewel - admirably developed by diamond, polished over decades, with carefully aligned edges.
Fabio Fon, Artéria 8 with its design of pearls forming a circle on Finally, I would like to mention the graffiti by Walter P.
a red background – that took to the World Wide Web poems that Blackberry, which appeared in several editions amid rigorous
were probably meant for the digital world anyway. I remember the orthogonality exercises, suggesting a synthesis, the same
specific case of Koito by Vilari Hermann that we published in 2003 that was found in many of Haroldo de Campos’ compositions:
in Cortex, another of these one-edition magazines that gravitated “monadic concentration and proliferating chaos”. Or yet: total
around Artéria. Thiago Soares, Guilherme Ranoya and I, in a adhesion to production independence and complete refusal of
certain way, sought to pay homage, like others such as Corpo disarray, sloppiness, and self-indulgent weakness. Medulla and
eXtranho, Código, Muda, Pólem, Navilouca, Bahia Invenção did bone, undoubtedly.
1 Numbers 1, 2 and 3 were published annually in 1975, 76 and 77, respectively. Balalaica and Artéria 4 (ARTERIAIV) in 1979
and 80. Zero à Esquerda in 81. There was a long hiatus and then we had number 5 (Ghost) and number 6 (Biq Square) the following year,
92. Another long hiatus, then number 8 in 2003, number 7 in 2004, number 9 in 2007 and number 10 in 2011. The editors have already
announced that this irregularity will be maintained.
2 Thanks to Omar Khouri I could make a correction regarding this launch. When reading the previous version of this text,
published in Circuladô magazine’s dossier (number 4, March 2016 http://casadasrosas.org.br/centro-de-referencia-haroldo-de-campos/
revista-circulado) and dedicated to Artéria magazine, Omar warned me that it was Artéria 5 and not Artéria 6 that was launched at
MASP, as I had written. Artéria 6 was launched at MIS, when there was still a branch of aogosto augusta bookstore there.
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poetry using the muscles (no muque)
john cage has shown that to keep a commitment we have to acknowledge artéria’s poets are not led at cautious steps by the commitment to a blank page
discontinuity to a book to the desire to publish a book every two years to the
need to build an identity through a perceptible internal coherence found in the
recurrent occurrence of certain themes and means of expression
nexus: publyk bathroom to the WORK
artéria’s poetry is not concrete poetry is not visual poetry it doesn’t bear the the different formats and media that different editions of the magazine have
name of that but the eleven editions of the magazine are filled with this adopted are a hyperbolic and natural demonstration of its commitment to
comprehensive commitment to our interdependence with everything that discontinuity
touches us that 60 years ago was named verbivocovisual
sign of the signs,
whatfor to live? no one will do it for us we understand the past as we do, I don’t stay – I pass by
now, what has to be done
the awareness of having nothing: poetry
turn
around omar khouri and paulo miranda have always called works the art of the
participants of the magazine regina silveira (who is called plastic artist),
about tadeu jungle (who is called videomaker and poet), andré vallias (who is called
poet and designer), among many others, have submitted their works
turn aren’t they poems? it’s hard to predict the future of that
is there any qualified person or institution that can affirm the kind of poetry that if language and the world can’t physically coincide in the same place, different
should be made now? or is it about affirming to which past the current poetry kinds of language can intermix and interpenetrate
should be committed? or can we understand that certain ways of making poetry
were/are more able to discontinue the commitments to what was/is around you
they are not the same answers because new questions are being asked
every edition of artéria is an anthology of im/possible answers
can they read (,) the contemporaries?
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use of normal discursive syntax, giving preference to a more visual we imagined in the 1950’s. There was this introduction to
1 Theorized by Marshall McLuhan, the concept of new media advocated the expansion of the book format considering the influx of 3 Refer to: http://www.erratica.com.br/opus/98/index.html
new technologies, such as television, electroacoustics and computer graphics.
2 “Magazines are the masterpieces of Brazilian poetry”. Paulo Leminski, 1982.
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to like other people’s poetry. I ended up being a kind of consultant in an apartment… I do not know how they could do it! It was an
and produced some numbers with Julio from beginning to end. activity that required great abnegation and generosity, which were
But I have never taken part in Artéria’s production, I would characteristics of all these magazines.
only send my contributions and trust the youngsters. As soccer When producing a magazine, instead of fighting for your
players say nowadays: I would give my best! And they would name in particular, for your work as an individual, you leave it open
organize the party. to the competition of other artists, many times at the cost of your
I felt entirely familiar with it; I was part of that family! own work. That was the case of Erthos Albino de Souza, who has
Everything interested me. I remember with great admiration of never had a book published, for example. He would finance and
particularly different numbers, such as Zero à Esquerda (Leading publish books by other artists.
Zero, 1981), which was published outside of Artéria - it was not I would say that this dialogue with young artists was very
numbered as an edition of Artéria – and it consisted in a box important to us. It made it possible for us to intellectually survive
with loose poems. I remember its spectacular launch; it was a for decades. Because the access to major means of publication
happening! has always been hard. It was easier to publish poetry translations
My memory may do many people an injustice, but the poem than new poems. Especially because there were cases in which
that comes right to my mind when I think of Artéria is the tape a special graphic work was indispensable, even for ordinary
measure sonnet by Paulinho Miranda (Sonnet, 1975, published in newspapers or journals. So, it was precisely this dialogue with
Artéria 2, 1976). This is one of the hits, no doubt about it! But the magazines that was essential to the continuity of our poetry
there are many of them; everything that came out would interest work. With it, we could begin a creative dialogue and, for a long
me, it was part of my artistic life, everything was connected. time, these magazines have been the first vehicle of publication
for new poems.
has turned especially to the interest in new languages. But there poems published in artéria dialogue and continuity It is really surprising and exceptional that Artéria has
are other ways to compose poetry, this is not the only one, on survived and is still active. A work that is carried out graciously
the contrary, most poetry works are produced in more subjective I would always leave my latest and supposedly better I believe that what happened here in São Paulo with Artéria, more for love of a cause than anything else. I think Artéria
terms. People want to express their emotions, and sometimes they productions to Artéria. I would only submit unpublished material. Qorpo Estranho and other magazines disseminating this kind of belongs to this noble lineage of magazines, such as Código
achieve beautiful results but lack the will to explore new paths. I Great part of the poems was published for the first time in these experimental poetry was a very particular phenomenon that has and many others that actually walk on a parallel route, on the
think it is a kind of poetic attitude. experimental magazines, especially in Artéria. not yet been fully understood. In the end, what emerged on the margins. Especially Artéria that is still alive after 40 years!
Ezra Pound has classified poets into different types: The poem Profilogramallarmé (2009), for example, was not surface was the poetry that became known as marginal poetry, There is even the promise of a number 11, if I am not mistaken!
inventors, who are those concerned with new languages; masters published until Artéria 10, the same with my French anthology, in which people would use the mimeograph machine to print I do not remember how many numbers Código has published;
and diluters, who write more or less in the language of their which was compiled by Jaques Donguy and published when I books and sell them in bars. It was an easier, more vulgar poetry 12 I think… We are certainly going to get there! We are going to
period. It does not mean that one is better than the other, but turned 80, in 2011. In fact, I did not have anywhere to publish it, as that would not face new language problems. It became popular get to number 13, I suspect.
everyone longs to be either a master or an inventor, right? Mário I do not have access to newspapers. Now that I published my new and esteemed among university sectors. The first anthology of
Faustino, who was a great poet and intellectual of my time, book Outro (Other; Perspectiva, 2015) and won an international the marginal poets, 26 poetas hoje (26 poets today; 1976) was
would humorously say that he wanted to be a master; concrete prize (Pablo Neruda Ibero-American Poetry Prize), they may released in PUC-RJ (Pontifical Catholic University of Rio de Janeiro)
poets chose to be inventors, but he had no intention to be one. eventually publish one of my works. by Professor Heloisa Buarque de Holanda. I have never seen an São Paulo, July 24, 2015.
He wanted to be a master; however, if he had to be a diluter, he Despite the many years of literary and poetic work, avant-garde movement being launched by a university, I mean, it
wanted to be a useful diluter! newspapers do not invite me to publish poems, especially now was suspicious enough. But that was the poetry that was esteemed
I think it is all a matter of project. I cannot say why, but it that the sections dedicated to literature are shrinking and by the Establishment. In general, it was a very conservative poetry Interview given to Bruna Callegari for the documentary “40
seems to me that this ideology, the willingness to seek experimental shrinking. Nowadays, they are more about entertainment, very from an aesthetic point of view. years of Artéria". Lygia de Azeredo Campos, Omar Khouri, Rafael
forms of expression was more associated with the groups in São little about literature and even less about poetry. Until the 1990’s Artéria was something else: its experimentation was Buosi and Lorena Pazzanese were present at the interview.
Paulo that derived from the Concrete Poetry movement, which, we had publications such as Folhetim, a tabloid, with its last radical. I think that the role these magazines played as promoters
in turn, was preceded by another great adventure, that of the page reserved to poetry. They use to come to my house to get of new languages and cutting-edge projects has not yet been
modernists of 1922, led by Oswald de Andrade. A certain anti- the poems, sometimes colored ones, on their final layout and fully understood. Many times Artéria strayed from the traditional Augusto de Campos is a poet, translator, essayist,
tradition movement was established in São Paulo and reflected then publish them. Many poems that were objects of controversy, book format, investing in different media to present its poems, literary and music critic. He was born in 1931, in São Paulo,
in Bahia thanks to the innovative popular music group. Tropicália such as Poema bomba (Bomb poem;1983) or Pós-tudo (Post- such as a box of loose poems, unusual writing styles and even and published his first book of poems, O Rei Menos o Reino,
and the concrete poets faced a similar dilemma: producing everything;1984), were first published in newspapers, but that is cassette tapes. Two numbers of Artéria (Balalaica, 1979, and in 1951. The following year, together with Décio Pignatari and
new things at the cost of general incomprehensibility or not no longer possible. Artéria IV, 1980) had sound productions, with emphasis on vocal his brother Haroldo de Campos, he launched the magazine
producing anything. The passion for pursuing new formats, even With respect to these experimental magazines, I was experiences. It was something completely new being done with Noigandres that initiated the international movement of
unacceptable and combatted ones. I think that it all comes as a not consulted and I did not participate in the organization of poetry and sound. Concrete Poetry in Brazil. Most of his poems were assembled
matter of project: you either have it or you do not. You may even any of them, it was just with Qorpo Estranho (1976-1982) that These more experimental poetry magazines would not in Viva Vaia (1979), Despoesia (1994) and NÃO (with a CDR of
do good things but they will not have this inventive character. The something strange happened. When they invited me, Julio Plaza last long, in general. Sometimes, they had a single number, as it his clip-poems, 2003). Other important works are Poemóbiles
language itself is available to everyone and it accepts any kind of and Regis Bonvicino, I did not want to participate in the magazine. was the case of Navilouca or Polem. Artéria was one of the few (1974) and Caixa Preta (1975), collections of object-poems in
production. But the language that engages in exploring unknown I thought that I would be much in evidence and I am very strict magazines that managed to survive over time. And in the midst partnership with the graphic artist and designer Julio Plaza.
regions of poetry is a matter of preference. I prefer it. when it comes to poetry. I do not even like my poetry, so it is hard of great difficulties. I remember that they would made serigraphs His latest book, O Outro, was launched in 2005.
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Coordenação geral
Overall coordination
Bruna Callegari
Produção executiva
Executive production
Presidenta da República Rafael Buosi
President of the Republic
DILMA ROUSSEFF Curadoria
Curatorship
Ministro da Fazenda Omar Khouri
Finance Minister Paulo Miranda
NELSON BARBOSA
Coordenação editorial
Presidenta da CAIXA Editorial management
President of CAIXA Bruna Callegari
Miriam Belchior
Textos
texts
Julio Mendonça
Lúcio Agra
Omar Khouri
Paulo Miranda
Projeto Gráfico
Graphic design
ANNA TURRA
Reprodução de obras
Artwork reproduction
Rafael Buosi
Pedro Loes
Print digital
Digital print
Danilo Kim
Programação interativa
Programming
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Thiago Bernadello
Revisão e tradução
Proofreading and translation
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JULIANA GODOY
Assistente de produção
Production Assistance
ARANTXA CIAFRINO
Lorena Pazzanese
Montagem
Assembly
MURILO DE CASTRO
WELTON OLIVEIRA
Assessoria de imprensa
Aldo Fortes Press relations
Cummings: não-tradução 2, anos 70 1970’s DÉCIO HERNANDEZ DI GIORGI
Adesivo a partir de serigrafia, 320 x 22 cm
Silk-screen die-cut sticker Projeto e realização
Publicado em Published in Artéria 6, 1992 Execution
Espaço Líquido
www.espacoliquido.com.br
as praias, as preias, as peias, as teias, as eias, as ei, as as, as asas
Samira Chalhub
As praias
Anos 70 1970’s
Impressão digital a partir
de serigrafia
Digital printing
Publicado em Published in
Zero à Esquerda, 1981
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As obras pertencem às coleções:
A Caixa está junto com o Brasil no combate
ao mosquito. #ZIKAZERO
Espaço Líquido
Fernando Laszlo
CAIXA Cultural São Paulo ICCo– Instituto de Cultura Contemporânea
Praça da Sé, 111 Centro Lenora de Barros
São Paulo/SP CEP 01001-001 Omar Khouri
Terça a domingo, das 9h às 19h Paulo Miranda
Prefira transporte público
Entrada Gratuita
Visitas monitoradas
Transporte gratuito para escolas
e instituições públicas.
Agendamento e informações:
(11) 3321-4400