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Aula 11 ETE - Lodos Ativados Sedimentacao + Exercício - Corrigida PDF

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TA 836 – TRATAMENTO DE ÁGUAS RESIDUÁRIAS

AULA 11– Lodos Ativados: sedimentação

Profª. Luz Selene Buller


TRATAMENTO SECUNDÁRIO
TRATAMENTOS AERÓBIOS
- 1. LODOS ATIVADOS
- 2. AERAÇÃO PROLONGADA

PROCESSOS TRATAMENTOS ANAERÓBIOS


- 3. TANQUE SÉPTICO
- 4. FILTRO BIOLÓGICO
- 5. UASB
- 6. LAGOA DE ESTABILIZAÇÃO

Tratamento Secundário destina-se à remoção de:

- Matéria orgânica dissolvida (DBO solúvel)


- Matéria orgânica em suspensão (DBO particulada)
TRATAMENTOS AERÓBIOS

Fluxograma típico do sistema de lodos ativados convencional

 Tratamento secundário inclui as unidades do tratamento preliminar - pode ou não


incluir as unidades do tratamento primário
TRATAMENTOS AERÓBIOS
TRATAMENTOS AERÓBIOS
LODO ATIVADO

 O sistema de lodos ativados é amplamente utilizado, em nível mundial


 Sistema convencional, utiliza o decantador primário:
- economizar energia de aeração
- reduzir o volume do reator biológico

 Aplicação: pós-tratamento de efluentes de reatores anaeróbios:

Vantagens Desvantagens

 Elevada eficiência na remoção de  Alto índice de mecanização e alto


DBO consumo de energia
 Possibilidade de remoção  Maior produção de lodo com
biológica de N e P necessidade de tratamento completo
 Baixos requisitos de área  Lodo do decantador 2º não pode ser
 Processo confiável desde que secado em leitos naturais (geração de
supervisionado mal odores)
 Flexibilidade operacional  Relativamente sensível a descargas
tóxicas
 Operação sofisticada
UNIDADES DA ETAPA BIOLÓGICA

“ decantadores 1º e 2º tem como objetivo reduzir o volume do reator; com idade do lodo entre
4 e 10 dias a biomassa que sai do reator deve ir para o decantador secundário finalizar sua
bio-degradação; parte do lodo retorna ao reator para re-inocular o sistema e finalmente ocorre
retirada do lodo excedente através de adensadores”
1. Tanque de aeração ou reator biológico: reações e processos de biodegradação ou
depuração da matéria orgânica presente no esgoto

2. Sistema de aeração: fornecimento de oxigênio para que ocorram as reações de depuração


da matéria orgânica

3. Tanque de decantação: separação da fase líquida sobrenadante da biomassa formada, que


deposita no fundo do tanque formando o lodo

4. Recirculação de lodo: regular a concentração da biomassa, ou seja, aumentar a


concentração dos microorganismos responsáveis pela biodegradação da matéria orgânica
FLOCO DE LODO ATIVADO

 Floco é produzido pelo crescimento de bactérias na presença de OD, ocorre


aglutinação das bactérias, protozoários e outros microrganismos, responsáveis
pela remoção da matéria orgânica

 Flocos possuem dimensões bem superiores às dos microrganismos,


individualmente, o que facilita sua sedimentação

 Parte dos flocos já tratados devem retornar para sua aplicação como fonte de
inóculo no próximo tratamento
PRINCÍPIO BÁSICO

Para a ocorrência de flocos densos é necessário que as principais condições


ambientais dentro dos reatores estejam controladas.

faixa de pH adequada
presença dos principais nutrientes, nitrogênio e fósforo
presença de oxigênio deve ser adicionado em quantidade suficiente
controlar a presença de substâncias tóxicas ou potencialmente inibidoras

 Permite MAIOR concentração de sólidos no tanque de aeração, devido a


recirculação de lodos (fonte de inóculo), assim o tempo de detenção do líquido
(ou tempo de detenção hidráulica-TDH) é MENOR

 Este princípio de funcionamento apresenta as seguintes vantagens:

- tanque de aeração menor, ou seja menor área ocupada


- maior flexibilidade de operação
- maior eficiência de tratamento
 Biodegradação ou processo biológico= processo de degradação da matéria
orgânica que ocorre na presença de oxigênio (há consumo de oxigênio) –
processo de natureza aeróbia:

C6H12O6 + 6O2 → 6CO2 + 6H2O + ENERGIA

A energia liberada nesta reação química é responsável pela formação de


biomassa, ou seja, novas células de microrganismos durante o processo de lodos
ativados
VARIANTES DO PROCESSO

 LODO ATIVADO FLUXO CONTÍNUO: Convencional x Aeração prolongada

- Sistema mais empregado no Brasil

- Dependendo do tipo de efluente e dos custos operacionais pode ter ou não o


decantador primário (AERAÇÃO PROLONGADA)

-Geralmente a seleção entre convencional ou aeração prolongada está associado


as faixas de aplicabilidade:

ETE pequena < 20.000 hab Aeração prolongada


ETE média Estudo técnico econômico
ETE grande >100.000 hab Convencional

-No caso de ETE grande o custo operacional torna a aeração prolongada inviável

- decantador primário elimina parte da M.O. em suspensão ou sedimentável


- idade do lodo= 4-10 dias e TDH de 6-8horas
- necessita de etapa de estabilização do lodo (FASE SÓLIDA)
VARIANTES DO PROCESSO

a) Divisão do lodo quanto a idade do lodo:


Lodos ativados convencionais
Aeração prolongada

IDADE DO LODO= tempo de detenção de sólidos ou tempo de detenção celular

 relação entre a quantidade de lodo biológico removida do sistema de lodos


ativados por dia

Idade do lodo Faixa de idade do lodo Denominação usual

Reduzidíssima Inferior a 3 dias Aeração modificada

Reduzida 4 a 10 dias Lodos ativados convencional

Intermediária 11 a 17 dias -

Elevada 18 a 30 dias Aeração prolongada


b) Divisão quanto ao fluxo: VARIANTES DO PROCESSO
Fluxo contínuo
Fluxo intermitente ou batelada
ligada/desligada

ligada

desligada

desligada

ligada/desligada
Tanque de aeração com aeradores superficiais de baixa rotação
Implantação de decantador secundário de seção circular

Eficiências típicas do processo de lodos ativados:

Processo/Parâmetro DBO DBO Sólidos em


Carbonácea (%) Nitrogenada (%) Suspensão (%)
Lodos Ativados Convencionais 90 40 87

Lodos Ativados com Aeração 95 85 94


Prolongada
 O tratamento biológico irá ocorrer no volume definido reator

 A modificação na concentração e na composição dos efluentes


dependem:
- Transporte hidráulico dos materiais no reator (entrada e saída)
- Reações que ocorrem n reator (produção e consumo)

NO PROJETO E OPERAÇÃO DE ETEs é fundamental o estudo:

- Cinéticas de reações COEFICIENTES CINÉTICOS PARA CÁLCULOS DA REMOÇÃO DE


SÓLIDOS BIOLÓGICOS
- Balanço de massa no reator
- Hidráulica de reatores -
-
Y: COEFICIENTE DE PRODUÇÃO CELULAR
TAXA DE CRESCIMENTO ESPECÍFICO
- Kd: COEFICIENTE DE RESP. ENDÓGENA

PARÂMETROS DE PROJETO DO REATOR

DIMENSIONAMENTO -
-
1.IDADE DO LODO E TEMPO DE DETENÇÃO HIDRÁULICA
2.RELAÇÃO A/M
- 3.CONCENTRAÇÃO SSV
CRITÉRIOS DE PROJETO - 4.RAZÃO DE RECIRCULAÇÃO
- 5. VOLUME DO REATOR
- 6.EFICIÊNCIA DE REMOÇÃO DE DBO (%)

HIDRÁULICA DOS REATORES


COEFICIENTES CINÉTICOS PARA CÁLCULOS
DA REMOÇÃO DE SÓLIDOS BIOLÓGICOS

- Y: COEFICIENTE DE PRODUÇÃO CELULAR


DIMENSIONAMENTO - TAXA DE CRESCIMENTO ESPECÍFICO
- Kd: COEFICIENTE DE RESP. ENDÓGENA
- DBOúltima/DBO5

 Os coeficientes cinéticos e estequiométricos necessários para o dimensionamento da


etapa de remoção de DBO são:
COEFICIENTES CINÉTICOS PARA CÁLCULOS DA
REMOÇÃO DE SÓLIDOS BIOLÓGICOS

DIMENSIONAMENTO - Y: COEFICIENTE DE PRODUÇÃO CELULAR


- TAXA DE CRESCIMENTO ESPECÍFICO
- Kd: COEFICIENTE DE RESP. ENDÓGENA
- DBOúltima/DBO5

1. COEFICIENTE DE PRODUÇÃO CELULAR (Y)

 Crescimento bacteriano ocorre em decorrência da remoção do substrato


(produção bruta), assim quanto mais alimento for assimilado maior a taxa de
crescimento bacteriano (relação linear):

taxa de crescimento bacteriano= Y. taxa de remoção de substrato


dX v d (S0  S )
 Y.
dTDH dTDH
Onde Y= coeficiente de produção celular (massa de sólidos em suspensão voláteis
produzidos por unidade de massa de DBO removida) (g/g)
Xv= sólidos em suspensão voláteis, SSV (g/m3)
S0 = concentração de DBO afluente (mg/L ou g/m3)
S = concentração de DBO efluente (mg/L ou g/m3)
TDH = tempo de detenção hidráulica (d)

Y: 0,4 a 0,8 g SSV/g DBO5 removida


COEFICIENTES CINÉTICOS PARA CÁLCULOS DA
REMOÇÃO DE SÓLIDOS BIOLÓGICOS

DIMENSIONAMENTO - Y: COEFICIENTE DE PRODUÇÃO CELULAR


- TAXA DE CRESCIMENTO ESPECÍFICO
- Kd: COEFICIENTE DE RESP. ENDÓGENA
- DBOúltima/DBO5

2. TAXA DE CRESCIMENTO ESPECÍFICO (μmáx)

 Crescimento bacteriano pode ser expresso em função da própria concentração de


bactérias em um dado instante no reator

dX v
 . X v
dTDH
Onde, Xv= sólidos em suspensão voláteis, SSV (g/m3) ou biomassa no reator
μ= taxa de crescimento específica (d-1)
TDH = tempo de detenção hidráulica (d)

Esta equação é válida para crescimento sem limitação do substrato,


no entanto a taxa de crescimento é reduzida proporcionalmente com a
redução da matéria carbonácea
 FÓRMULA EMPÍRICA DE MONOD: Taxa de crescimento específico (reator sem
recirculação de lodos)

S
   máx .    máx / 2
Ks  S
onde, μmáx= taxa de crescimento específico máxima (d-1)
S= concentração de DBO efluente (mg/L ou g/m3)
Ks= constante de saturação, ou concentração do substrato para

Os valores de μmáx e Ks mais utilizados na modelagem matemática de sistemas


aeróbios são:
μmáx = 1,5 a 5,0 d-1

Ks= 25 a 100 mgDBO5/L


COEFICIENTES CINÉTICOS PARA CÁLCULOS DA
REMOÇÃO DE SÓLIDOS BIOLÓGICOS
DIMENSIONAMENTO
- Y: COEFICIENTE DE PRODUÇÃO CELULAR
- TAXA DE CRESCIMENTO ESPECÍFICO
- Kd: COEFICIENTE DE RESP. ENDÓGENA
- DBOúltima/DBO5

3. COEFICIENTE DE RESPIRAÇÃO ENDÓGENA (Kd)


ou DECAIMENTO BACTERIANO

 Quando as bactérias permanecem no sistema de lodos ativados por muito tempo


ocorre o metabolismos endógeno, ou seja as células consomem suas reservas
internas de substrato, devido a escassez no substrato

 Assim para obtenção da taxa líquida de crescimento, deve-se descontar esta


perda, ou seja considerar somente fração biodegradável:

dX b
 K d .X b (6.4)
dTDH
onde, Xb= concentração de SSV biodegradáveis (mg/L)
Kd= coeficiente de respiração endógena (d-1)

Kd= 0,06 a 0,10 mgSSV/mgSSV.d


COEFICIENTES CINÉTICOS PARA CÁLCULOS DA
REMOÇÃO DE SÓLIDOS BIOLÓGICOS
DIMENSIONAMENTO
- Y: COEFICIENTE DE PRODUÇÃO CELULAR
- TAXA DE CRESCIMENTO ESPECÍFICO
- Kd: COEFICIENTE DE RESP. ENDÓGENA
- DBOúltima/DBO5

4. DBOúltima/DBO5

 Todos os cálculos foram efetuados para o dimensionamento do reator admitindo-


se que S=concentração de DBO do efluente solúvel, ou seja, DBO causada pela
matéria orgânica dissolvida no líquido (DBO dissolvida), e considerada a DBO
total do efluente do sistema

 No entanto, a DBO do efluente não é 100% removida (legislação=85% de


eficiência de remoção), assim a DBO que irá atingir o corpo receptor chamamos
de DBO em suspensão, ou DBO particulada

DBO5 total efluente (mg/L) = DBO5 solúvel + DBO5 em suspensão

DBOu sólidos biodegradáveis = 1,42 mg DBOu/mgXb

 DBOúltima= demanda última de oxigênio ou consumo de oxigênio, assim em outros


termos:

DBOúltima /DBO5  1,46 DBO5 /DBOúltima  1 / 1,46  0,68


 Reator sem recirculação: biomassa é limitada pela quantidade de substrato
disponível, ocorre crescimento bacteriano até esgotamento do substrato
(Cinética de Monod)= todas tecnologias de tratamento, exceto Lodos Ativados

 Reator com recirculação: parte do lodo decantado é reutilizado como fonte de


inóculo para as novas cargas de afluente à ETE= Lodos Ativados

 Regime estacionário: situação que nunca ocorre na ETE

 Regime dinâmico: afluente varia ao longo do dia, consequentemente a massa


de lodo produzida não será igual a massa de lodo descartada

Regime estacionário: a hipótese pode ser aceita, para


efeito de projetos a longo prazo (20 a 30 anos)
X
S
V

 Regime estacionário: não há acúmulo de sólidos no sistema, fazendo com que


a seguinte equação seja válida

Taxa de produção de sólidos = Taxa de remoção de sólidos


(lodo biológico gerado) (lodo excedente descartado)
 Taxa de produção de sólidos bruta: Taxa de crescimento de biomassa

 Taxa de crescimento bacteriano se processa em decorrência da remoção do


substrato (ou remoção de DQO/DBO), assim quanto maior a taxa de utilização do
substrato maior a taxa de crescimento bacteriano (relação linear):

taxa de crescimento bacteriano= Y. taxa de remoção de substrato


ou
 dX v  d (S0  S )
   Y.
 dTDH bruta dTDH
onde Xv= sólidos em suspensão voláteis, SSV (g/m3)
Y= coeficiente de produção celular (massa de sólidos em suspensão voláteis
produzidos por unidade de massa de DBO removida) (g/g)
S0 = concentração de DBO afluente (mg/L ou g/m3)
S = concentração de DBO efluente (mg/L ou g/m3)
TDH = tempo de detenção hidráulica (d)
 Taxa de crescimento da biomassa bruta:

 dX v  d (S0  S )
   Y.
 dTDH bruta dTDH
 Taxa de produção de sólidos líquida: taxa de crescimento da biomassa líquida

 dX v  d (S0  S )
   Y.  K d .X b
 dTDH líquida dTDH

Produção líquida Produção Destruição por


bruta respiração endógena

Onde ΔXv= produção de sólidos em suspensão voláteis, SSV (g/m3)


S0 = concentração de DBO afluente (mg/L ou g/m3)
S = concentração de DBO efluente (mg/L ou g/m3)
TDH= tempo de detenção hidráulica (d)
Kd=coeficiente de produção endógena (d-1)
Xb= concentração de SSV biodegradáveis (mg/L)
 Taxa de produção de sólidos líquida: considerando produção bruta de sólidos e
respiração

 dX v  d (S0  S )
   Y.  K d .X b
 dTDH líquida dTDH
Produção líquida Produção Destruição por
bruta respiração endógena
em condições finitas de tempo

 X v  S0  S
   Y.  K d .X b
 TDH líquida TDH
X b  fb .X v
Onde ΔXv= produção de sólidos em suspensão voláteis, SSV (g/m3)
S0 = concentração de DBO afluente (mg/L ou g/m3)
S = concentração de DBO efluente (mg/L ou g/m3)
TDH= tempo de detenção hidráulica (d)
Kd=coeficiente de produção endógena (d-1)
Xb= concentração de SSV biodegradáveis (mg/L)
 Produção líquida global de sólidos:

 X v  S0  S
   Y.  K d .X b
 TDH liq TDH

 X v 
  .V
 TDH liq

Onde ΔXv= produção de sólidos em suspensão voláteis, SSV (g/m3)


TDH= tempo de detenção hidráulica (d)
V= volume do reator (m3)
PARÂMETROS DE PROJETO DO REATOR

DIMENSIONAMENTO - 1.IDADE DO LODO E TEMPO DE


DETENÇÃO HIDRÁULICA
- 2.RELAÇÃO A/M
- 3.CONCENTRAÇÃO SSVTA
1. IDADE DO LODO (θc) & TDH - 4.SS EFLUENTE
- 5.RAZÃO DE RECIRCULAÇÃO
- 6. VOLUME DO REATOR
- 7.EFICIÊNCIA DE REMOÇÃO DE DBO (%)
-TEMPO DE DETENÇÃO HIDRÁULICA (TDH):

𝑉
𝑇𝐷𝐻 = 𝑋𝑉𝑒 > 𝑋𝑉𝑟
𝑄
onde, V= volume líquido no sistema, volume do reator (m3)
Q= vol. do liquido retirado do sistema por tempo, vazão do efluente (m3/h)
- IDADE DO LODO
𝑋𝑉𝑒. 𝑉 𝑇𝐷𝐻 < θ𝑐
θ𝑐 =
𝑋𝑉𝑟. 𝑄 𝑋𝑉𝑒 < 𝑋𝑉𝑟
onde, V= massa de sólidos no sistema, volume do reator (m3)
Q= massa de sólidos que sai do sistema por de tempo, vazão efluente (m3/d)
Xve= concentração de SSV no efluente (g/m3)
Xvr= concentração de SSV no lodo de retorno (g/m3)
 Retirada de lodo excedente da linha de recirculação

𝑋. 𝑉
𝜃𝑐 =
𝑄 − 𝑄𝑒𝑥 . 𝑋𝑒 + 𝑄𝑒𝑥 . 𝑋𝑟

onde, Xve= concentração de SSV no efluente (g/m3)


Xvr= concentração de SSV no lodo de retorno (g/m3)
 Relacionando idade do lodo e taxa de produção líquida global

𝑋𝑣 .𝑉 𝑋𝑣
𝜃𝑐 = ∆𝑋𝑣 = ∆𝑋𝑣
.𝑉
∆𝑇𝐷𝐻 𝑙𝑖𝑞 ∆𝑇𝐷𝐻 𝑙𝑖𝑞
onde,
Xv= sólidos em suspensão voláteis, SSV (g/m3)
 X v 
  = taxa de produção de sólidos líquida (mgSSV/L.d)
 TDH liq

Valores típicos θc

- LODOS ATIVADOS CONVENCIONAL: θc= 4 a 10 dias


Valores típicos TDH

- LODOS ATIVADOS CONVENCIONAL: TDH= 6 a 8 horas (< 0,3 dias)


PARÂMETROS DE PROJETO DO REATOR

DIMENSIONAMENTO - 1.IDADE DO LODO E TEMPO DE


DETENÇÃO HIDRÁULICA
- 2.RELAÇÃO A/M
- 3.CONCENTRAÇÃO SSV
2. RELAÇÃO A/M (alimento/microrganismo) - 4.RAZÃO DE RECIRCULAÇÃO
- 5. VOLUME DO REATOR
- 6.EFICIÊNCIA DE REMOÇÃO DE DBO (%)

 Carga de alimentos e microrganismo:

A  Q.S 0 M  V .X V

onde, Q= vazão afluente (m3/d)


S0= concentração de DBO5 afluente (g/m3)
V= volume do reator (m3)
Xv= sólidos em suspensão voláteis, SSV (g/m3)

A Q.S 0 𝑄. 𝑆0
 𝑉=
M V .X V 𝐴
𝑋𝑣 . ( )
𝑀

onde A/M= carga do lodo (g DBO5 fornecidos por dia/g SSV)


PARÂMETROS DE PROJETO DO REATOR

DIMENSIONAMENTO - 1.IDADE DO LODO E TEMPO DE


DETENÇÃO HIDRÁULICA
- 2.RELAÇÃO A/M
- 3.CONCENTRAÇÃO SSV
- 4.RAZÃO DE RECIRCULAÇÃO
3. CONCENTRAÇÃO DE SSV (SSV) - 5. VOLUME DO REATOR
- 6.EFICIÊNCIA DE REMOÇÃO DE DBO (%)

 Sólidos em suspensão totais (X) :

X  Xi  Xv
onde X= sólidos em suspensão totais
Xi= fração inorgânica (fixa) Xv= fração orgânica (volátil)

Como nem todos os sólidos em suspensão voláteis são biodegradáveis,


porque na determinação de laboratório em mufla a 550oC por 5 horas todos
os sólidos orgânicos se volatilizam devemos calcular Xnb

X v  X nb  X b
onde Xnb= fração orgânica não biodegradável
Xb= fração orgânica biodegradável
 Fração biodegradável dos SSV (fb) :

fb'
fb 
1  (1  f b ' ).K d . c

onde fb= fração biodegradável dos SSV gerados no sistema (Xb/Xv)


fb’= fração biodegradável dos SSV imediatamente após sua geração no
sistema

 Eckenfelder (1989) estudou que, dos sólidos voláteis logo após serem
produzidos (θc =0) e cerca de 20% são sólidos inertes e 80% sólidos
biodegradáveis, por isso o valor adotado é de fb’ de 0,8 ou 80%
 Cálculo de SSV no tanque de aeração (SSVTA) :

sistema com recirculação

Y .( S o  S )   c 
Xv  . 
1  K d . f b . c  TDH 
sistema sem recirculação

Y .(S o  S )
Xv 
1  K d . f b .TDH
onde Xv é a fração orgânica volátil ou concentração de SSV no tanque de
aeração SSVTA
Y= coeficiente de produção celular (massa de sólidos em suspensão
voláteis produzidos por unidade de massa de DBO removida) (g/g)
S0 é a concentração de DBO5 afluente (g/m3)
S é a concentração de DBO5 efluente (g/m3)
Kd é o coeficiente de decaimento endógeno (d-1)
 A determinação de SSV no projeto é muito importante:

SSV diminuição proporcional do volume do reator

A recirculação de sólidos ou de lodo contribui para a


redução do volume de reator

Valores típicos de SSV ou Xv:

- LODOS ATIVADOS CONVENCIONAL: Xv= 1500 a 3500 mg SSV/L


PARÂMETROS DE PROJETO DO REATOR

DIMENSIONAMENTO - 1.IDADE DO LODO E TEMPO DE


DETENÇÃO HIDRÁULICA
- 2.RELAÇÃO A/M
- 3.CONCENTRAÇÃO SSV
- 4.RAZÃO DE RECIRCULAÇÃO
- 5. VOLUME DO REATOR
- 6.EFICIÊNCIA DE REMOÇÃO DE DBO (%)
4. RAZÃO DE RECIRCULAÇÃO DO LODO (R)

 A razão de recirculação do lodo é definida como: Qr


R
Q

Qr X
R 
Q Xr  X

Qr = vazão de recirculação (m3/d)


Qex= vazão de lodo excedente (m3/d)
X é a concentração de SS (mg/L)
Xr é a concentração de SS do lodo de
recirculação
Valores típicos de SS no lodo de retorno:

- LODOS ATIVADOS CONVENCIONAL: SS= 6000 a 12000 mg/L

 A determinação de SS no lodo de retorno irá indicar as características de


- decantabilidade:
- adensibilidade do lodo

“valores reduzidos de SS no lodo indicam baixa atividade microbiana (lodo pouco


floculento)”
BULKING SLUDGE é o intumescimento do lodo: reatores com baixo teor de
OD podem contribuir para o crescimento de microorganismos filamentosos
e não floculentos, dando origem a flocos com má decantabilidade
PARÂMETROS DE PROJETO DO REATOR

DIMENSIONAMENTO - 1.IDADE DO LODO E TEMPO DE


DETENÇÃO HIDRÁULICA
- 2.RELAÇÃO A/M
- 3.CONCENTRAÇÃO SSV
- 4.RAZÃO DE RECIRCULAÇÃO
- 5. VOLUME DO REATOR
5. CÁLCULO DO VOLUME DO REATOR (V) - 6.EFICIÊNCIA DE REMOÇÃO DE DBO (%)

Y . c .Q.( S 0  S )
V [m3 ]
X v .(1  K d . f b . c )

fb '
fb 
1  (1  f b ' ).K d . c

onde Y= coeficiente de produção celular (massa de sólidos em suspensão


voláteis produzidos por unidade de massa de DBO removida) (g/g)
θc idade do lodo (d)
S0 é a concentração de DBO5 afluente (g/m3)
S é a concentração de DBO5 efluente (g/m3)
Kd é o coeficiente de decaimento endógeno (d-1)
Xv= sólidos em suspensão voláteis, SSV (g/m3)
PARÂMETROS DE PROJETO DO REATOR

DIMENSIONAMENTO - 1.IDADE DO LODO E TEMPO DE


DETENÇÃO HIDRÁULICA
- 2.RELAÇÃO A/M
- 3.CONCENTRAÇÃO SSV
- 4.RAZÃO DE RECIRCULAÇÃO
- 5. VOLUME DO REATOR
6. EFICIÊNCIA DE REMOÇÃO DE DBO (%) - 6.EFICIÊNCIA DE REMOÇÃO DE DBO (%)

 A eficiência do sistema na remoção de DBO5 solúvel é dada por:

DBO5 afluente  DBO5efluente


E (%)  .100
DBO5 afluente
COEFICIENTES CINÉTICOS PARA CÁLCULOS
DA REMOÇÃO DE DBO NO SISTEMA

- Y: COEFICIENTE DE PRODUÇÃO CELULAR


DIMENSIONAMENTO
- TAXA DE CRESCIMENTO ESPECÍFICO
- Kd: COEFICIENTE DE RESP. ENDÓGENA
- fb´: FRAÇÃO BIODEGRAVEL
- DBOúltima/DBO5
CRITÉRIOS DE PROJETO
PARÂMETROS DE PROJETO DO REATOR

- 1.IDADE DO LODO E TEMPO DE DETENÇÃO


HIDRÁULICA
- 2.RELAÇÃO A/M
- 3.CONCENTRAÇÃO SSV
- 4.RAZÃO DE RECIRCULAÇÃO
- 5. VOLUME DO REATOR
- 6.EFICIÊNCIA DE REMOÇÃO DE DBO (%)

HIDRÁULICA DOS REATORES


1. Um tanque de aeração de lodos ativados convencional
possui 8000 m3 de volume e opera nas seguintes condições:
DBO total afluente: S0= 200 mgDBO/L
DBO solúvel efluente: S=10 DBOmg/L e TDH= 0,2 d
V= volume do reator = 8000m3
Xv= concentração de SS voláteis= 3000 mgSSV/L
Y= coeficiente de produção celular= 0,7 mgSSV/mgDBO
Kd= coeficiente de respiração endógena= 0,08 d-1
fb= fração biodegradável= 0,72
Calcular:
a) Taxa de produção bruta de sólidos (mgSSV/L.d)
b) Taxa de produção líquida de sólidos (mgSSV/L.d)
c) Taxa de produção líquida global(Kg SSV/d)
d) Idade do lodo (d)
e) A idade de lodo cumpre com os critérios de projeto
conforme legislação?

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