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EDIÇÕES E SEDUÇÕES
Revista Clã: 1946-1957
RECIFE
2003
ii
EDIÇÕES E SEDUÇÕES
Revista Clã: 1946-1957
Recife – 2003
iii
AGRADECIMENTOS
RESUMO
ABSTRACT
RÉSUMÉ
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO ................................................................................................... 1
1a PARTE
1 – AS CONFIGURAÇÕES INTELECTUAIS................................................ 6
1.1. A Posição do Intelectual ........................................................................ 7
1.2. Quem disso usa disso cuida ................................................................... 9
1.3. Dar direito a quem é de direito ............................................................ 15
1.4. Bajulações no Palácio da Luz .............................................................. 17
1.5. Academia Clube e Padaria ................................................................... 20
1.6. Jornal ou revista, eis a razão ................................................................ 26
CONCLUSÃO ................................................................................................... 82
NOTAS ............................................................................................................... 85
FICHA DE LOCALIZAÇÃO (Quadro de Referências técnica e
de conteúdo da Revista Clã)
viii
2a PARTE
BIBLIOGRAFIA............................................................................................. 143
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO ................................................................................................... 7
1a PARTE
CONCLUSÃO ................................................................................................... 77
BIBLIOGRAFIA............................................................................................... 81
2a PARTE
A Revista Clã passou a ser não só o centro de atração dos intelectuais que
gravitavam nos diversos setores em Fortaleza, mas se constituiria em um meio
para a divulgação de suas produções literárias. Desse modo a revista absorveria
uma dupla função: a primeira consistia em promover seus componentes de modo
a assegurar-lhes um espaço no meio cultural, ao mesmo tempo em que se
destacavam dos demais intelectuais e a segunda função, corresponde ao
momento em que esses escritores fizeram-se conhecidos dentro e fora do Estado
por meio da veiculação periódica de seus trabalhos pela revista.
A ampla dimensão de política sugerida por José Luiz Bendicho Beired nos
permite conceber uma noção de política a partir daqueles intelectuais que ao
promoverem uma nova cultura, impuseram seus valores, bem como, uma
concepção de mundo de um grupo, o que se constituiu em “uma das estratégias
para alcançar uma posição de domínio no interior de certo campo e com relação
ao conjunto da sociedade” (BEIRED, 1996, p. 26).
*
Ver Bourdieu Pierre. Campo de Poder, campo intelectual e hábitus de classe, In: A Economia das trocas
simbólicas, São Paulo, Perspectiva, 1975.
**
Roger Chartier analisa as representações do mundo social e ressalta a importância das lutas de representações
tanto quanto as lutas econômicas para compreensão dos mecanismos pelo qual um grupo impõe sua concepção de
mundo. In: História Cultural. Entre práticas e representações, p. 17.
Daí, tomamos de Roger Chartier o conceito de representação como o mais
adequado ao nosso estudo.
A vocação para elite, segundo Daniel Pécaut tem sido apontada como um
traço geral do campo intelectual brasileiro das décadas posteriores aos anos 20 e,
numa visão elitista do processo social, acham-se os intelectuais imbuídos de uma
missão de salvação nacional que contaria com a ação direta dos intelectuais na
política e no Estado, bem como, sua correspondente orientação da classe média.
(PÉCAUT, 1990, p. 22-24).
Foi assim, com a Revista do Brasil a qual fora editada desde a Primeira
República e que segundo Miceli, resultou no maior empreendimento editorial
brasileiro, antes mesmo do surto editorial dos anos 30. A Revista do Brasil era de
propriedade do Grupo Mesquita que mantinha ligações com a Liga Nacionalista,
a qual por sua vez consolidara a facção Mesquita e a oposição democrática.
(MICELI, 1979, p. 4-7).
*
Intelectual Engajado - uma das acepções do vocábulo, encontrado freqüentemente nos ensaios de caráter
sociológico e econômico e na publicidade e atualidade literária e política a qual intelectuais são os escritores
“engajados”. Por extensão o termo se aplica também aos estudiosos, aos artistas e aos cientistas e a quem tenha
no exercício da cultura uma autoridade e uma influência nos debates públicos. O termo, no entanto, merece um
maior aprofundamento pois suscita o discutido problema do comportamento político e da atitude crítico e
problematizante dos intelectuais que os inclinaria para a oposição de esquerda, e não raramente também para o
apoio militante de movimentos revolucionários. Ver, Norberto Bobbio. Dicionário de Política. Vol. 1, p. 637.
No final dos anos 30, não obstante a mudança de estilos no campo literário
como o caso dos intelectuais que provinham de setores dominantes em eminente
decadência, o restante da década, reafirmaria esses estilos diferenciados sem
terem os intelectuais abdicado de uma posição política, o que de fato veio a
concretizar-se, mas desta vez como um recurso e uma estratégia de governo no
período ditatorial de Vargas.
Seria por demais forçoso entendermos que o papel das revistas no pós-
guerra ou no pós-ditadura Vargas atuassem com o mesmo projeto dessas de
postura política mais e acentuada, visto tratar-se de uma nova conjuntura política
e de uma nova orientação cultural. No entanto, o que podemos observar é que a
base ideológica subjacente àquelas iniciativas que varreram os anos 20-30 e
alcançaram um grande destaque no início dos anos 40 com o advento do Estado
Novo, de certa forma, continuou sendo a mesma: - os intelectuais não abdicaram
do lugar de prestígio a eles destinado, distinguidos que foram como a expressão
legítima da opinião pública.
Desse modo, apesar da queda da ditadura Vargas, os intelectuais
permanecem em seus lugares, conscientes de que haviam servido à cultura do
Brasil e não a um regime. Continuam, portanto, a apostar nos empreendimentos
culturais, desta vez, reconhecendo neles a possibilidade de uma renovação, pois
funcionaram como escopo para manter os intelectuais em evidência. Já a
inserção dos novos, na maioria das vezes, realizava-se sob o incentivo dos
intelectuais mais antigos ou ditos consagrados.
Os novos, por sua vez, vão adentrando ao espaço das edições atuando
como colaboradores, como redatores, já que eram postulantes aos quadros de
escritores da revista e daí, pertencer ao destacado grupo dos intelectuais da
revista.
*
Nesse sentido, reutilizamos e redimensionamos o conceito de “comunidade afetiva” de HALBWACS, Maurice.
reuniram-se constituiu uma marca em nossa história cultural e literária, não
obstante o caráter por vezes transitório dessas agremiações.
*
Essa tipologia de moderados e radicais nos é dada por Mozart Soriano Aderaldo.
**
Embora não se configurasse em um movimento literário, o movimento abolicionista no Ceará, teria
sensibilizado alguns intelectuais escritores a emprestarem seus dons literários à causa abolicionista, a exemplo
dos cognominados “Poetas da Abolição, Antônio Bezerra, Justiniano de Serpa e Antônio Martins.
Apesar da presença feminina desempenhar no texto uma função simbólica,
tanto a Sociedade Cearense Libertadora como os versos aqui citados eram
compostos por homens.
A poesia abrilhantava o tom solene das sessões da sociedade, mas nem por
isso, suplantava-lhe o aspecto precípuo, ou seja, o de acirrar o debate em favor
da campanha abolicionista. Com base neste princípio, se deu a instalação da
Sociedade Cearense Libertadora, em 8 de dezembro de 1880, por ocasião de uma
das sessões solenes da já atuante Sociedade Perseverança e Porvir. (O
Libertador, jan. 1881, p. 1).
*
Mozart Soriano Aderaldo identifica o Clube Literário como de natureza “eminentemente cultural”.
**
Instituição diferenciada das demais associações culturais por seu caráter formal e científico. Ademais do
aspecto literário voltado para difusão da História, da Geografia, da Antropologia e das Ciências Correlatas, o
instituto é pautado, em especial, nas notas constante do que se refere ao Ceará. (Inst. Do Ceará. Estatuto 1988.
p.3).
A Padaria Espiritual antecipou entre nós o movimento modernista,
particularmente, por condenar nas obras literárias alusões a nomes de animais e
vegetais estranhos a nossa fauna e flora o que veio a correspondeu à onda de
nacionalismo e de verde-amarelismo difundida, posteriormente pelo movimento.
*
Tomamos conhecimento de um jornal na imprensa carioca com o mesmo título, o qual a partir de janeiro de
1823 a maio de 1824, marcara presença pelo seu enfrentamento à Assembléia Constituinte de 1823. In: Lustosa,
Isabel. Insulto Impressos, 2000, p. 17.
Com a organização dos partidos Conservador e Liberal, em 1840,
começaram a circular as edições dos jornais Pedro II, órgão do partido
Conservador e, O Cearense, jornal dos liberais que teve a frente Tomaz Pompeu
de Sousa Brasil. Esses jornais, muito embora fossem de cunho político não
impossibilitaram as divulgações da produção literária que se fazia à época, vez
que em 1849, o jornal Sempre-Viva de teor literário, foi editado nas oficinas do
Jornal Pedro II.
*
Sânzio de Azevedo segue a mesma orientação de Antônio Sales em referência ao início do romantismo no
Ceará. Acrescente-se, ainda o fato de Antônio Sales haver conferido aos “Prelúdios Poéticos”, de Juvenal Galeno
o marco inicial da literatura cearense, desconsiderando, portanto as manifestações literárias anteriores.
A Comissão Cientifica de Exploração que como esclarece Renato Braga,
foi fruto de uma das sessões do Instituto Histórico Geográfico Brasileiro
presidida pelo próprio Imperador D. Pedro II, e que objetivava explorar algumas
províncias menos conhecidas do Brasil. (BRAGA, 1962, p. 15).
Entre os autores das Três Liras, Justiniano de Serpa foi o que alcançou, na
política um espaço de destaque considerável. Como informa Sânzio de Azevedo
o escritor teve poemas publicados no jornal O Cearense, do qual já nos referimos
anteriormente. (AZEVEDO, 1976, p. 77-89).
João Lopes fala nas Preliminares, sobre as dificuldades das letras que
mesmo na metrópole, constituíra-se em uma atividade não lucrativa:
Si na capital do império, metrópole da civilização sul americana, o
meio não é propício ás letras e as publicações exclusivamente
literárias mal podem, romper a espessa crosta da indifferença pública
(...).
Isso foi objeto da veemente crítica por parte do presidente d’A Quinzena,
João Lopes, o qual, ja tinha advertido sobre a “espessa crosta da indifferença
pública” ao trabalho eminentemente literário.
*
Instituição fornal - designa um determinado tipo de organização interna regularizada, a qual mantém nítidas
relações com a sociedade, e que assim, facilita a análise dessas formações culturais, ao contrário daquelas
associações relativamente informais, as quais, também são importantes no âmbito cultural moderno. O Grupo
Clã, com base ao que propõe Raymond Willians, não se fundamentou na participação formal dos associados, mas
se organizou em torno de uma “manifestação pública coletiva” ou seja organizou-se através de um periódico, - a
Revista Clã.
Justiniano de Serpa do qual já tecemos comentários; o filósofo Farias Brito que
também pertenceu ao Centro Literário; o professor e militar Franco Rabelo;
Valdomiro Cavalcante, jornalista, promotor de justiça e membro da Padaria
Espiritual; o historiador Tomás Pompeu de Sousa Brasil Filho, bacharel pela
Academia de Recife, exerceu atividades jornalisticas foi político e professor,
fundou e dirigiu a Faculdade de Direito do Ceará.
*
Quadragésimo Ano ou como começou o movimento Clã. Fran Martins, in: Revista Clã, N0 28, Ano, dez. 1982.
Eduardo Campos e Artur Eduardo Benevides, se dedicavam,
como atores e autores, à arte cênica. (...).
(...) Mas a verdade é que esse 1o. Congresso de Poesia do Ceará, organizado por uns poucos
poetas e jornalistas, teatrólogos, contistas, repórteres, pintores, desenhistas, oradores,
direitistas, anti-facistas, políticos e até tetrarca, teve importância capital para o movimento
que mais tarde se consolidou em torno da Revista Clã. (...)
Nesta nota vemos uma síntese, onde temos traçados os novos objetivos, a
destinação da revista e o que deveria constar de suas páginas numa tentativa de
abranger todos os gêneros literários quando diz que “publicará sempre crônicas,
poesias, contos, reportagens críticas de livros e de arte”.A revista estava em
primeiro lugar, direcionada aos escritores da terra e aos de outros Estados. No
entanto, contava com o apoio de todos, “novos e velhos” para o seu sucesso.
Para dar cumprimento a esse projeto a Revista teria que ser robusta,
consistente e abrigar em suas páginas uma variedade de temas, o que
possibilitaria uma abrangência maior no âmbito cultural.
Assim, o resultado desse projeto logo se fez visível:
A lógica é a força com a qual o homem algum dia haverá de se matar. Apenas superando
a lógica é que se pode pensar com justiça. (Guimarães Rosa, 1991, p. 93)
*
Subtítulo contido na contra-capa da Revista Clã.
contornos de uma espécie de formalismo pálido, o qual como assinala Alfredo
Bosi é “entendido nos temas e nas palavras”(...) (BOSI, 1982, p. 436).
Na Fortaleza dos anos 40, por sua vez, se fazia notar, a presença de um
público leitor de romances. Embora fossem lidos alguns autores brasileiros,
dentre eles Novelli Júnior, Otávio de Faria, José Lins do Rego, a preferência,
muitas vezes, recaia também em autores estrangeiros que em geral eram
traduzidos por alguns dos já conceituados escritores brasileiros14.
Esse quadro em nenhum modo alentador para aqueles que lidaram nas
letras do Ceará, pois considerando que a época, à exceção da escritora Raquel de
Queiroz que ocupara a cena literária no romance de 30 e, não mais parara de
publicar. Destaque para os seus romances, João Miguel, As três Marias e
Caminho de Pedra, os quais foram posteriormente publicados em um só volume
pela Livraria José Olympio.
*
As instalações do Polytheama foram adquiridas pela Empresa Ribeiro, a qual, após a demolição do antigo
cinema, inaugurava, em 1958, o atual Cine São Luis. Ver, Araripe, J. C. de Alencar. Jornal na Estante.
quais, em determinados momentos, se relacionavam mais ao elemento
teatralizante, perceptível nas observações do mesmo Eduardo Campos em dois
momentos: primeiro,
“O Quinhão da Província
segundo,
*
Dados funcionais obtidos a partir dos arquivos da Universidade Federal do Ceará.
um dos espaços ocupados pelos intelectuais de Clã. Este espaço, no entanto, não
seria o único, pois além das Faculdades e da Universidade, este espaço inúmeras
e repetidas vezes foi alternado ou compartilhado com uma outra função – o
Jornalismo.
*
Palavra italiana que significa sessão recíproca.
antes mesmo da organização da Revista e da composição do Grupo Clã. O
mesmo podemos afirmar de Otacílio Colares que desde cedo teve atuação intensa
no jornalismo do Ceará e em outros estados.
(...) Análise que não quero nem posso fazer, por motivos
óbvios, cabendo-me tão somente dizer, porque para tanto me
acho autorizado, que o grupo Clã foi um movimento de
convivência de contrários, havendo nele líderes católicos e
militares comunistas, liberais de centro e socialistas moderados,
*
Ver quadro anexo.
todos preocupados primordialmente com o fenômeno literário,
postas de lado as querelas políticas. Não tendo marca
ideológica, ao contrário do que vem sucedendo com outros
movimentos, foi-lhe possível manter-se através dos tempos e
comemorar, ainda fiel ao seu programa, os quarenta anos de
suas atividades. Salientando fique, ainda, que o Grupo Clã
compreendeu não somente poesia e prosa de ficção, mas quase
todos os setores dos trabalhos intelectuais (...) (ADERALDO,
1994, p. 209).
Clã foi mais longe em busca de um seu referendum no crivo de uma crítica
extramuros, surgidas das mais variadas direções e que apresentou os seus
considerandos em prol da Revista.
2
Apud. Dolor Bandeira. Associação Literária e particularmente no Ceará –
Oiteiros. In: Revista do Instituto do Ceará, 1943, p. 148-160.
3
Dolor Bandeira. op. cit.
4
Dolor Bandeira. op. cit.
5
GIRÃO, Barroso. Pequena História do Ceará. Fortaleza, Editora do Instituto do
Ceará, 2a ed. 1962, p.35
6
AZEVEDO, Sânzio. Literatura Cearense. op. cit. P. 27-42.
7
BRAGA, Renato. História da Comissão Científica e de Exploração. Fortaleza:
Fundação Guimarães Duque/Imprensa Universitária do Ceará, 1962, p. 15-33.
8
AZEVEDO, Sânzio. A Academia Francesa no Ceará (1873-1875). Fortaleza:
Imprensa Universitária. 1971. P. 5-36.
9
AZEVEDO, Sânzio. Literatura Cearense. op. cit. P. 70-89, 90-150.
10
Revista A Quinzena, N0 1, jan. 1887. Fortaleza. Gráfica BNB, 1984, p. 1.
Edição Fac-similar.
11
AZEVEDO, Sânzio. A Padaria Espiritual (1892-1898) Fortaleza: Casa José de
Alencar / IUC. 1970, p. 49-134.
12
ALVES, Joaquim. Os Partidos Políticos. In: Revista Clã, N0 1, Fortaleza: Ed.
Clã, 1948, p. 28-34.
13
BARROSO, Antônio Girão. Um certo contato com a lua. In: Roteiro
Sentimental de Fortaleza, 1996, p. 118. Transcrição de depoimento oral
concedido por Antônio Girão Barroso.
14
Ver as seções: O Livro Brasileiro e O Livro Estrangeiro, In: Revista Clã, Nos 1,
2, 3, 4 e 5.
15
Sânzio de Azevedo, op. cit. p. 90-150
16
Sânzio de Azevedo, faz referência em Literatura Cearense, ao título concedido
ao escritor.
17
AZEVEDO, Sânzio. Literatura Cearense, op. cit. P. 427-499.
18A
partir de 1965 a Universidade do Ceará, após a restruturação universitária de
1964 da qual o Reitor Martins Filho fora designado pelo então Ministro da
Educação, Flávio Lacerda, como membro da Comissão de Reestruturação
Universitária. Ver Revista Clã, N0 20, 1964, p. 171. (Resenha Cultural).
19
Ver, os informes da Universidade do Ceará. In: Revista Clã N0 21, 1965, p.
161.
20
Depoimento de Lúcia Fernandes Martins, colhido por nós em junho de 2000.
21
Ver Antologia da Academia Cearense de Letras, org. Sânzio de Azevedo.
Fortaleza: Edições da ACL. 1994. P. 57
FONTES PRIMÁRIAS
PERIÓDICOS
10. Revista do Instituto do Ceará. Tomo CXII, ano CXII, vol. 112, 1998.
BARATTA, Mário. De como deve ser visto o binômio Clã – SCAP. In: Clã, N0
29. Fortaleza: Ed. Clã, 1988.
BARROSO, Antônio Girão et al. Esse tal de grupo Clã. In: Revista Clã N0 27,
1981.
CALVINO, Ítalo. Por que ler os clássicos. São Paulo: Companhia das Letras,
1994.
__________ Seis propostas para o próximo milênio – lições americanas. 2a ed.
São Paulo: Companhia das Letras, 1990.
PALLARES – BURKE, Maria Lúcia Garcia. The spectador, o teatro das luzes
– diálogo e imprensa no século XVIII. São Paulo. Hucitec, 1995.
2.9.3. MARTINS, Fran. O grupo teatral 2.10.5. “Clube do Livro Clã”. As Edições
Artistas do povo estréia em Fortaleza, e Clã propõem-se a editar uma obra por mês
tem percorrido o Norte do Brasil, através do Clube do Livro, que dará maior
notadamente em Recife onde teve sucesso divulgação ao livro cearense.
estrondoso. 2.10.5. “Para o Instituto do Ceará”. Em 20
2.9.4. E. C. Françoise Mauriac fez de março de 1948, foi realizada a sessão
considerações sobre Le passage du Malin solene na qual tomou posse Fran Martins
levada à cena no Rio de Janeiro pela na vaga de Leonardo Mota.
Companhia de Marie Bell. 2.10.9. “Centenário de Araripe Júnior”.
2.9.5. E. C. “Música e Rádio”. Informa Previsto para o próximo mês de junho o
sobre a tese de Ruben Luera, gerente da centenário de Araripe Júnior. Dentre as
Radio Metropolitana do México, homenagens previstas: a idéia de um busto
apresentada à Primeira Conferência em praça pública e convites a
Nacional de Radiofusão, em 1944, sobre a representantes da ABDE do Rio, Academia
Brasileira de Letras e do Instituto Histórico 3.1. Prosa
Brasileiro.
3.1.1. MARTINS, Fran. Editorial. Nota
2.10.9. “Revista Contemporânea”. Os dez
sobre a passagem do centenário de
anos da Revista Contemporânea que tem
aniversário de Araripe Júnior.
direção de Osmundo Pontes e é
secretariada por José Júlio Cavalcante. 3.1.2. MONTENEGRO, Braga. “Araripe
Júnior”. Ensaio sobre a obra de Araripe
2.10.9. “Célio Santiago”. Os diretores e
redatores de Clã apresentam as Júnior.
condolências à família e em especial ao 3.1.3. “Obras de Araripe Júnior”. Relação
seu cunhado João Medeiros Calmon. das obras de Araripe Júnior.
3.1.4. BEZERRA, João Clímaco. “O
2.11. Publicidade banho”. Conto. Tem como personagem
central Juquinha, menino travesso que
2.11.1. As universidades no mundo de fugia das aulas para ver as moças
amanhã, de Fernando Azevedo; A rua, de banharem-se no rio.
Ann Petry; Manual de Xadrez, de Becker. 3.1.5.BENEVIDES, Artur Eduardo.
Procure adquiri-los na Edições da
“Segundo Congresso Cearense de Poesia”.
Companhia Editora Nacional; Boris Frerès Trata das atividades que serão
e Cia. Ltda.; Livraria Alaor; Tricófero de desenvolvidas durante o Congresso.
Barry; J. Goossens e Cia. Ltda.; Metrópole
Cia. Nacional de Seguros Gerais; José 3.1.6. FILHO, Cruz. “Réplica”. Texto
Edésio de Albuquerque; Laboratório narrativo onde a protagonista Agripina
Gaspar Viana; Den Norske Syd Amerika narra a história de seu casamento com
Linje; Casa Parente; Ypióca; Farmácia Rodolfo Ibiapaba.
Belém; Antônio A. Moura; J. Torquato e 3.1.7. JUSTA, Gastão. “Espírito
Cia. Ltda.; Conrado Cabral; Ginásio Farias caboclo”. Crônica onde é narrada a história
Brito; Lojas de Variedades; Leite Barbosa; de José Moreno com a sua amada Maria
Fernandes Júnior S.A.; Gustavo Silva e das Dores.
Cia.; Cooperativa de Crédito Industrial
Ltda.; Cine Diogo; Banco Popular de
Fortaleza S.A.; Omnia; Ed. Clã próximas 3.2. Poesia
publicações: Cabeças chatas, de Leonardo
Mota; Janelas entreabertas, de Lúcia 3.2.1. Poemas de Jairo Martins Bastos,
Martins; Autores cearenses, de Joaquim Camilo de Jesus Lima, Holdemar
Alves; A ilha, de Antônio Girão Barroso; Menezes, Silveira Filho, Bandeira Tribuzi
Vidas marginais, de Moreira Campos; e Moacir Souto Mayor. Poemas e textos
Estrada suave, de Antônio Martins Filho; poéticos e versos livres.
Clube do Livro Clã; Cooperativa Edições
Clã Ltda. 3.3. Sociologia
5.2.Poesia
5.1. Prosa
5.2.1. Poemas de Bandeira Tribuzi, Pedro
5.1.1. Redação. Nota sobre a Ivo, Olavo de Sampaio, Fernando Ferreira
continuidade da Revista e sobre o esforço Loanda, Eliardo Farias, José Sarney Costa;
de continuar a mantê-la. poemas metrificados, versos livres e textos
poéticos.
5.1.2. CAMPOS, Moreira. “Suor e
lágrimas”. Conto. Zuíla recebe a notícia da 5.3. Crítica
prisão do marido por ter tendências
comunista e faz de tudo para tirá-lo da 5.3.1. MARTINS, Fran. “Cronistas”.
cadeia. Análise do contexto e dos autores de
5.1.3.MENEZES, Djacir. “A vingança do crônica no Brasil.
Macuco contra Lobato”. Crônica. Fala do
macuco, representante da mediocridade 5.4. História
empavonada, que aproveita-se da morte de
Monteiro Lobato para denegrir-lhe a 5.4.1. ADERALDO, Mozart Soriano.
imagem. “Esboço de História da Literatura
Brasileira”. Retrospectiva do contexto
5.1.4. GONÇALVES, Newton. histórico e literário de Portugal e Brasil.
“Reminiscências”. Crônica onde o 5.4.2. ALVES, Joaquim. “A Amazônia e
protagonista exalta os tempos de estudante o mundo”. Instituto internacional da hiléia
do Liceu. amazônica. Textos de análise minuciosa
5.1.5. LIMA, Sousa. “Podemos pensar sobre o El Dorado, a indústria extrativa e a
sem palavras”. Texto dissertativo sobre Conferência Internacional da hiléia
linguagem, comunicação e estudos amazônica.
científicos desenvolvidos nessa área.
5.1.6. MONTENEGRO, Braga. “Os
5.5. Cinema
manequins”. Conto. A trajetória da
personagem e o drama de seu casamento.
5.5.1.BARROSO, Antônio Girão.
5.1.7. BENEVIDES, Artur Eduardo. Observações sobre os filmes A dama de
“Seleções de poesias”. Indicações de Shangai e Os três mosqueteiros.
trechos de comentários a respeito de
poetas. 5.6. Rádio e Teatro
5.1.8. DANTAS, Raymundo Sousa.
“Diálogo em torno de leituras”. Texto em
5.6.1. CAMPOS, Eduardo. “À margem de sintonia pastoral, Andre Gide, trad. de
um movimento”. Comentários sobre a Diná Fineberg, Ed. Vecchi, Rio, 1948.
situação do teatro no Ceará.
5.12. Noticiário
5.7. Música
5.12.1. “Livros americanos”. Best of Art,
5.7.1. M. S. A. “O primeiro aniversário de Emily Genauer; Civilization on trail, de
da Sociedade Pró-Arte”. Calendário das Arnold J. Toynbee. O primeiro encontra-se
atividades da Sociedade Pró-Arte. na Biblioteca do IBEU, e o segundo livro é
do consagrado autor de A study of history,
5.8. Artes Plásticas cuja edição resumida foi um dos best-
sellers de 1947.
5.8.1.COLARES, Otacílio. “O pintor 5.12.2. “Reedições”. A livraria José
Barbosa Leite”. Avaliação da pintura de Olympio reedita os romances Pureza, de
Barbosa Leite. José Lins do Rego (4a. ed.); O Quinze,
João Miguel e Caminho de Pedra de
5.9. Ilustração
Raquel de Queiroz; este em um só volume,
com o título geral de 3 romances.
5.9.1. LEITE, Barbosa. “O varredor de
rua”, Xilogravura. “Trecho de rua”,
5.13. Revista das Revistas
Xilogravura.
5.13.1. “Tomada de Posição?” Informa da
5.10. Resenha disposição e a tomada de posição dos que
fazem a literatura depois do aniquilamento
5.10.1. MARTINS, Fran. Presença de
do Estado Novo e as novas revistas que
Anita, de Mário Donato. Liv. José surgem na província: Província de São
Olympio, 1948; No exílio, de Elisa
Pedro, nº 10, set. dez. 1947; A Ilha, nº 1,
Lispector, Pongetti, Rio, 1948; Um set. 1948; Revista Branca, nº 2, ago. set.
reformador da cidade do vício, de José
1948; Presença, nº 1, ago. 1948; Meia-
Vieira, Liv. José Olympio, 1948; Sete anos Pataca, nº 1, jul. 1948; Caderno da Bahia,
de pastor, de Dalton Trevisan, Ed. Revista nº 1, ago. 1948; Joaquim, nº 19, jul. 1948;
Joaquim, Curitiba, 1948; A canção do Região, nº 9, ago. 1948; Fundamentos, nº
amanhã, de João Acioli, Ed. Brasiliense 3, ago. 1948; Esfera, ago. 1948.
Ltda., São Paulo, 1948; Novos poemas, de
Eduardo Martins, 1948; Novos cantos, 5.13.2. “Periódicos estrangeiros”. The
Almo Saturnino, Curitiba, 1948; O Atlantic, ago. 1948; Henry Wallace:
camarada Whitman e Joaquim Nabuco, de Divided mind, por Gardner Jackson;
Gilberto Freyre, Liv. José Olympio, 1948; Theatre Arts, número de outubro, álbum
Gaúchos e beduínos, de Manoelito de 1923, enquete nos Estados Unidos para
Ornellas, Liv. José Olympio, 1948; As indicar melhor filme, melhores autores,
galinhas do Juca, J. Reis, Ed. melhor peça, e finaliza com notícia sobre a
Melhoramentos, São Paulo, 1948. peça Medeia, que obteve notável sucesso
em New York. Revue de Paris, jul. 1948;
Mercure de France, jul. 1948; Jacques
Vallete e a indicação de livros sobre
5.11. Resenha (Tradução) Londres durante a Guerra. The Shelter
Sketch Book, de H. Moore e no Directions
5.11.1 O tempo do desespero. Andre de James Hanley.
Marraux, trad. de Frederico dos Reis
Coutinho, Ed. Mundo Latino, Rio, 1948; A 5.14. Notícias
5.14.1. O pintor Afonso Lopes expõe no 6.1.Prosa
Salão de Abril; Ed. Clã divulga suas
publicações; Congresso de Escritores 6.1.1. REDAÇÃO. Lei Municipal. Indaga
Nordestinos, que terá lugar em Recife; a Prefeitura de Fortaleza sobre a aplicação
Atividades da ABDE paulista; Segundo da Lei 15, a qual previa a compra de livros
Congresso de Poesia do Ceará, que de autores cearenses para as bibliotecas das
realizou-se no Ceará, tendo comparecido escolas.
José Sarney e Bandeira Tribuzi; Livros 6.1.2. SERAINE, Lourival. Ensaio sobre
populares a baixo preço é o que Jáder de a etimologia, origem e utilização da
Carvalho, diretor do Diário do Povo, jangada.
pretende editar; Exposição de poesias com
sucesso em Recife; Deixa a presidência da 6.1.3. D’HORTA, Arnaldo Pedrosa.
Cooperativa Edições Clã Fran Martins, Crônica de linguagem metafórica sobre o
assume Antônio Girão Barroso; Edição de poder e a posição dos escritores diante
Revistas Joaquim, Orfeu e Clã iniciaram a desse poder.
publicação de livros; Uma universidade 6.1.4. FARIAS, Eliardo. Texto que tece
para o Ceará é o que o prof. Antônio comentários em torno do livro de poesias
Martins Filho pleiteia para o Ceará; de Aluízio Medeiros intitulado Os Objetos.
Exposição de Pintura no hall da
Assembléia Estadual. 6.1.5. MONTENEGRO, Tullo Hostílio.
“Crise da ficção americana”. Avaliação da
5.15. Publicidade posição americana frente ao espaço já
ocupado pelos imortais da literatura
5.15.1. Um livro indispensável a todos – universal.
História da Literatura Cearense, de Dolor 6.1.6. GOMES, José Bezerra. “Notas para
Barreira; Em todas as livrarias Uma chama o folclore seridoense (vadiações e
ao vento, de Braga Montenegro; Banco brinquedo)”. Artigo onde são elencados os
Popular de Fortaleza S.A.; Sociedade mais diferentes tipos de brinquedos e
Comercial Ltda.; Fábrica Imperial; vadiações de Seridó.
Companhia Ceará de Seguros Gerais;
Leiam publicações de novos de todo o 6.1.7. CAMPOS, Eduardo. “Torneira
Brasil; J. Marques e Cia.; Jorge Steiner e aberta”. Conto que tem como personagem
Cia. Ltda.; Farinha de Trigo Standart, Rei principal Beatriz, que é prostituta e seu
do Nordeste, Coração de ouro; Gold drama diante de um jovem de 15 anos que
Medal; O Cruzeiro; J. Neto e Cia.; Sousa, podia ser o seu filho.
Fernandes e Cia.; Ginásio Farias Brito; 6.1.8. BENEVIDES, Artur Eduardo.
Sandoval S. Matos; Alfredo Fernandes e “Seleção de Poesia”. Seleção de textos
Cia.; Ventura e Cia.; Arraes, Pinto e Cia.; poéticos.
Deodato Martins e Cia.; Tellus do Brasil
6.1.9. JUSTA, Gastão. “Cirandas”. Texto
Relógios S.A.; Caixa Econômica Federal
que fala do folclore nordestino e suas
do Ceará; O. S. Xavier; Revista Clã,
cantigas.
pedidos pelo reembolso.
6.1.10.MELO, João França. “Jesus”.
Texto de abordagem histórica sobre o
Império romano e Jesus Cristo.
7.2. Poesia
9.2. Poesia
9.10. Notícias
15.6. Notícias