34 Bardonista - Iniciação Ao Hermetismo - Grau IV
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Grau IV
Com os exercícios dos Graus anteriores, você terá aprendido a como imaginar qualquer
coisa, ser ou local, e a como concentrar seu corpo mental (consciência) em qualquer parte do seu
corpo físico com facilidade. Agora, com o Grau IV, você aprenderá como transferir o seu corpo
mental para qualquer objeto ou ser que você escolher.
Essa é uma parte muito delicada do treinamento mágico e o quão estritamente você
adere ao seu código moral pessoal influenciará diretamente o seu grau de sucesso. Se a sua
motivação é controlar outro ser, você falhará, com certeza, nesses exercícios. Entretanto, se a sua
motivação for apenas aumentar a sua compreensão dos outros, você será bem-sucedido.
A transposição da sua consciência para outro objeto ou ser lhe fornecerá uma
compaixão profunda pelas limitações e sofrimentos dos outros. A sua compreensão dos reinos
mineral, vegetal, animal e humano irá florescer de um modo que nenhuma outra experiência
pode igualar.
Existem quatro tipos ou estágios de transposição de consciência. [Num tópico anterior
do fórum de discussão online, eu esbocei três tipos de transposição, mas eu acredito que esses
quatro tipos dados aqui explicam melhor esse tópico do que os três tipos que eu descrevi
anteriormente.] O primeiro estágio é aquele em que você experimenta as limitações físicas e as
dimensões do objeto ou ser. Aqui, não há conexão às sensações, sentimentos e pensamentos do
objeto ou ser, e a sua experiência é limitada às suas próprias sensações, sentimentos e
pensamentos sobre o objeto da sua transposição. Esse é o tipo mais primitivo e superficial de
transposição.
O segundo estágio é aquele no qual você sente as verdadeiras sensações que o objeto ou
ser sente. Ainda assim, não há percepção de como o objeto ou ser sente-se emocionalmente ou
como ele pensa. No máximo, nesse estágio, você é capaz de supor as emoções e pensamentos do
outro, mas você não as experimenta diretamente.
No terceiro estágio de transposição, você experimenta todos os atributos do objeto ou
ser para o qual você transplantou a sua consciência. Por exemplo, se você transpuser a sua
consciência para um pássaro, você sentirá as sensações do vôo do pássaro, perceberá as respostas
emocionais dele e conhecerá seus pensamentos. O mesmo se aplica a qualquer objeto (embora a
maioria dos objetos inanimados não experimente emoção ou pensamento) ou a qualquer ser para
o qual você transpõe a sua consciência. Nesse estágio, você é um observador do ser inteiro. Algo
a se preocupar com esse tipo de transposição é a privacidade pessoal de qualquer ser para o qual
você transpõe a sua consciência. No que diz respeito à transposição de sua consciência para
outros humanos, você nunca deveria divulgar as emoções internas e pensamentos deles para
outros, porque isso violaria a sua privacidade e negaria o direito deles de escolherem por si
próprios qual parte de sua vida inteira eles querem externalizar ou compartilhar com outros.
Pense por um momento como você se sentiria se alguém violasse a sua privacidade dessa
maneira – aprenda assim a nunca causar esse tipo de dano para outros.
Com esse terceiro tipo de transposição, você terá uma profunda compreensão do ser,
mas não será capaz de influenciá-lo diretamente de dentro. O que esse tipo fornece, porém, é
uma compreensão profunda o bastante do ser, de modo que você saiba exatamente como
influenciá-lo de fora. Em outras palavras, ao conhecer as sensações, pensamentos e emoções de
outro, a sua compreensão deles lhe permitirá predizer as consequências que cairão sobre elas
com o seu conselho, suas tentativas de cura etc. Esse é o estágio associado com “leitura de
mentes” e é muito vantajoso para o curandeiro ou o psicoterapeuta.
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vantagens de sua forma e experimentar como é estar no corpo do pássaro. Uma vez que você
tenha dominado essa técnica básica com animais próximos a você, prossiga para animais que
você imagina.
Quando você tiver dominado o segundo tipo de transferência para uma forma animal,
mude o seu foco para outros humanos. Comece com humanos que são familiares a você
(preferivelmente com alguém que você está observando com seus próprios olhos no momento
em que está fazendo o seu experimento). No início, estabeleça o segundo tipo de transferência,
na qual você sente as similaridades e diferenças da forma deles em particular, e sente como é
estar em seus corpos. Esse tipo de transposição não deveria apresentar problemas por agora,
porque você já dominou o mesmo grau de transferência com outras criaturas sensíveis como
animais e insetos etc. É melhor se você começar com pessoas paradas e depois trabalhar com
pessoas em movimento, percebendo qual é a sensação de se mover com os corpos delas. Então
faça o mesmo com pessoas que você imagina.
Uma vez que o segundo tipo de transposição para outros humanos for dominado,
comece a expandir a profundidade de sua transposição até que estabeleça o terceiro tipo de
transferência. Isso se torna mais fácil com alguém que já é familiar a você, porque você já
experimenta algum tipo de conexão mental e emocional com essa pessoa.
Alcançar a expansão do contato, saindo do meramente sensorial para os níveis
emocional e mental, acontece de modo diferente para cada mago. Eu poderia dizer, “visualize a
sua própria consciência se expandindo dentro do outro humano até que faça contato com o ser
emocional e mental dele”, ou “aquiete o SEU ser e ouça atentamente ao funcionamento interno
do outro humano até que você ouça as emoções e pensamentos DELES”, mas essas declarações
não cobririam as várias maneiras que o mago pode encontrar para realizar esse terceiro tipo de
transferência. Cada estudante deve chegar a seu próprio método – se, no início, você não for
bem-sucedido, tente de novo com uma nova tática.
É especialmente importante aqui diferenciar entre o que VOCÊ pensa que a outra pessoa
está pensando e sentindo emocionalmente e o que ELES estão pensando e sentindo de verdade. É
fácil imaginar o que eles estão experimentando e falsamente pensar que a sua imaginação é a
percepção verdadeira dos pensamentos e emoções deles. Para alcançar o terceiro tipo de
transposição genuína com outro ser, o estudante deve olhar além de suas imaginações e perceber
os pensamentos e emoções verdadeiros de outros.
Paralelamente a essa percepção dos pensamentos e emoções verdadeiros, vem a
percepção de todas as experiências, pensamentos e emoções passadas deles. Essa é uma maneira
de saber a diferença entre a sua imaginação dos pensamentos deles e a verdadeira percepção
deles. Em outras palavras, se você não sentir o passado da pessoa ao mesmo tempo em que você
experimenta o momento presente dela, então você ainda não alcançou o terceiro tipo de
transferência.
Eu deveria mencionar que é importante que você se mantenha consciente dos seus
próprios limites. Não entre numa empatia tão profunda a ponto de se perder nas emoções e
pensamentos da outra pessoa. Nesse estágio, você precisa permanecer como um observador e
não se envolver diretamente, especialmente no estado emocional de outrem. É fácil demais
romper o seu próprio estado emocional quando efetua esse tipo de contato com as emoções dos
outros. Uma maneira fácil de alcançar esse grau de controle é estabelecer esse tipo de
transferência por apenas momentos breves no início. Na medida em que você se acostuma a
manter seu próprio ser emocional separado de outros, pode com segurança aumentar a
quantidade de tempo que gasta nesse estado de comunhão.
Quando você tiver dominado esse terceiro tipo de transposição com uma pessoa,
comece a experimentar com outros, até com aqueles não familiares a você e que você apenas
imagina. É sempre mais fácil alcançar esse tipo de transposição com pessoas que estão à frente
de seus olhos no presente momento. Com prática você deverá ser capaz, por exemplo, de se
sentar no meio de um restaurante lotado e estabelecer esse terceiro tipo de transferência com
qualquer um dos outros clientes. Lembre-se de SEMPRE respeitar a privacidade dos outros e
NUNCA revelar os detalhes do que você aprendeu sobre outro ser dessa maneira.
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Quando você tiver alcançado esse terceiro tipo de transferência com humanos, retorne
ao seu trabalho com formas de vida não humanas (como animais e plantas). Isso é de certa forma
mais difícil, porque essas outras formas de vida vivenciam seus mundos de forma bastante
diferente dos humanos. Assim, experimentar seus corpos astral e mental revelará coisas que são
estranhas à sua experiência normal e que podem ser difíceis para você compreender no início.
Em essência, você deve aprender a como traduzir as emoções e pensamentos deles,
originalmente em termos animais ou vegetais, para termos humanos. Isso não é um pequeno
feito, mas vale muito o esforço!
Isso constitui um passo importante na expansão da consciência do mago praticante. A
última meta do mago é englobar a consciência do TODO ou Ser dentro da própria consciência.
Essa é uma expansão infinita de consciência, até que a consciência do mago se une com A
Unidade de Todo Ser.
Esse terceiro tipo de transferência para formas de vida não humanas expande muito a
consciência humana – é, por assim dizer, um passo finito no caminho para o infinito. Mas tenha
coragem, não conseguimos englobar o infinito tomando um número infinito de passos finitos – a
algum ponto na estrada, toma-se um pulo enorme do finito para o infinito. Quando e como isso
ocorre na vida de um mago está nas mãos da Providência Divina. Não é algo que pode ser
forçado – tudo que se pode fazer é ser paciente e persistente.
O trabalho da Instrução Mágica do Espírito do Grau IV é verdadeiramente completo
quando você estiver confortável com o terceiro tipo de transferência da consciência para
qualquer ser humano que desejar explorar. Algum progresso deveria ser feito no mesmo grau de
transferência para plantas e formas animais. Ao mesmo tempo, você deveria se comprometer
com a continuação da sua exploração das pessoas ao seu redor dessa maneira.
Perguntas e Respostas
2) Quando eu transfiro minha consciência para outra pessoa, fico com receio
de que eu me perderei nela. O que devo fazer?
Essa é uma sensação normal com o terceiro e quarto tipo de transferência. Isso ocorre
nos estágios iniciais da viagem mental e astral devido ao fato de que essa ação de separação dos
seus corpos mental e astral do seu corpo físico imita o processo de morte. Dessa maneira, o medo
vem de uma parte muito primitiva da consciência rudimentar do seu corpo físico. Na
transposição de consciência (que é uma forma de viagem mental) isso apresenta um obstáculo
inferior do que àquele da separação astral (que lembra mais a morte dos instintos físicos).
Na verdade, existe muito pouca chance de você se perder de fato. Cada um de nossos
corpos é conectado por um sutil “cordão” ou “corda” e é apenas quando essas cordas são
danificadas que o verdadeiro deslocamento ocorre. Contudo, esse fato não nega o instinto do
corpo físico de autopreservação.
A maneira de se superar qualquer reticência invocada por esse tipo de medo físico é
dupla. Primeiro, deve-se meditar sobre o fato de que o medo é desnecessário nesse caso. Tente
convencer o seu eu interno de que não existe nenhum perigo, mesmo se for parecido com o
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Com a prática, a criação do escudo lhe ajudará a ganhar novamente o controle sobre sua
habilidade empática e preservar seu estado mental. Com uma prática mais profunda, você pode
ser capaz de reter o seu escudo presente no interior do seu corpo mental e então estender a
periferia do seu corpo mental de modo a estabelecer uma ligação empática segura.
Não importa o quão complicada a sua empatia natural possa parecer no começo, você
PODE aprender a controlá-la.
4) Como eu evito com que alguém transfira sua consciência para mim?
Nesse estágio de CVA, a sua vontade se tornou bastante formidável. Ninguém pode
transferir sua consciência em você sem a sua permissão. Agora, se você sentir que alguém tenta
estabelecer uma ligação mental sem a sua permissão, tudo que tem a fazer é negar, com vontade,
a sua entrada. Em situações extremas, ou se a sua empatia natural não for treinada, você pode
sempre criar um escudo para si e isso evitará a invasão de outros.
Devo dizer, contudo, que é muito, muito raro que alguém até mesmo tente transferir sua
consciência para você sem sua permissão. Não existe necessidade para paranoia a esse respeito.
Muitas pessoas falam sobre estarem sob “ataque psíquico” etc., mas isso também
(quando for um ataque verdadeiro e não autoilusão) requer certo grau de culpabilidade ou
consentimento na parte da pessoa atacada. Sem o seu consentimento, qualquer ataque verdadeiro
falhará. Infelizmente, deve-se ter certeza de que não existe consentimento inconsciente bem
como consentimento consciente. É muito mais fácil negar o consentimento consciente do que o
inconsciente, e é por isso que algumas pessoas se descobrem suscetíveis a um ataque até mesmo
se acreditam que repreenderam o ataque conscientemente. Novamente, aviso que não há
necessidade para paranoia a esse respeito. O verdadeiro ataque psíquico é uma coisa muito rara –
normalmente é uma questão de autoilusão.
Apenas com o quarto tipo de transposição você é capaz de influenciar diretamente outra
pessoa ou ser de dentro. O terceiro tipo lhe proverá uma compreensão suficiente do outro de
modo que você possa alterar o seu comportamento de fora da mesma maneira que você o faz na
vida diária. Em qualquer um dos dois casos, mas especialmente com o quarto tipo, você
compartilha diretamente as consequências kármicas de sua interferência.
Eu lhe avisarei a NUNCA tentar influenciar diretamente outro ser de dentro sem o seu
consentimento total e consciente – você NÃO quer incorrer no débito kármico negativo inerente
em tal ato. Até mesmo se você efetuar um tipo de influência inócuo, aparentemente inofensivo,
fazê-lo de dentro sem consentimento do outro é um abuso do seu poder que com certeza causará
consequências muito desagradáveis. Sendo que uma delas será que suas habilidades mágicas
sofrerão um extremo revés!
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que você deve estar, por agora, capaz de perceber o estado de seu equilíbrio a qualquer momento,
e ter a habilidade de corrigir quaisquer desequilíbrios transitórios que encontrar. Isso é de vital
importância e você não deveria, de modo algum, proceder com os exercícios do Grau IV com os
Elementos até ter alcançado o seu equilíbrio dos elementos. Se você proceder sem esse equilíbrio
interno, você arrisca grande dano à sua psique e à sua saúde física.
Do mesmo modo da acumulação da força vital, o estudante é avisado contra acumular
os Elementos no cérebro e no coração. Novamente, é apenas a acumulação “dinâmica”, com seu
aumento de pressão, que deve ser evitado. Meramente banhar o coração e o cérebro com os
Elementos ou a força vital não fará dano algum, mas quando o Elemento ou força vital é
condensado e a pressão de uma acumulação dinâmica é invocada, o dano pode ser facilmente
acontecer.
O estudante começa mais ou menos da mesma maneira da acumulação da força vital.
Comece acumulando sete respirações do Elemento no corpo inteiro através da técnica de
respiração pelos poros. Então, mude a sua consciência para o órgão ou parte do corpo e condense
o Elemento acumulado naquela área específica.
Essa ação, de se confinar o Elemento acumulado num espaço menor da parte do corpo
ou órgão, condensa o Elemento e estabelece uma acumulação mais dinâmica dele. Você deveria
sentir claramente os atributos do Elemento e um grau de pressão no órgão ou parte do corpo
escolhido.
Quando a sua contemplação dessa acumulação no órgão ou parte do corpo escolhido
estiver completa, expanda o Elemento condensado de volta para o corpo inteiro, espalhando-o
igualmente pelo corpo e soltando seu dinamismo e pressão. Quando o Elemento é espalhado
dessa maneira através do corpo inteiro, solte-o de volta ao Universo através da exalação mágica
da respiração pelos poros.
Começando com o Elemento Fogo, repita esse procedimento com cada uma das suas
partes do corpo e órgãos (exceto seu cérebro e coração). Então, mude para o Elemento Ar, o
Elemento Água, e termine com o Elemento Terra. Sete respirações de corpo inteiro vão bastar até
que você tenha se familiarizado com a acumulação de cada Elemento em cada parte do corpo e
órgão. Apenas então você deve aumentar o número de inspirações e dessa maneira aumentar a
pressão que a sua acumulação dinâmica exerce sobre as suas partes do corpo e órgãos.
Esse exercício é significativo por muitas razões. Uma delas é a de que ela introduz ao
estudante a técnica de “condensar” um Elemento. Essa é uma parte importante do uso mágico
dos Elementos.
Uma vez que a soltura do Elemento acumulado através do corpo inteiro tenha sido
dominada, volte sua atenção à técnica de se soltar o Elemento acumulado do órgão ou parte do
corpo diretamente par ao Universo. Isso não é diferente do que você aprendeu sobre a soltura da
força vital. Simplesmente expire a acumulação condensada do órgão ou parte do corpo
diretamente, sem dispersá-la primeiro pelo corpo inteiro. Com a prática, você deveria, com o
tempo, ser capaz de soltar o Elemento acumulado numa única expulsão explosiva, diretamente
de volta ao Universo de cada órgão e parte do corpo. Essa é uma técnica mais rápida e mais
conveniente e deveria ser dominada com cada Elemento e cada parte do corpo e órgão.
Quando o acima tenha sido dominado, a atenção se volta para como se aprender a
inspirar os Elementos diretamente para as partes do corpo e órgãos, sem inspira-los primeiro no
corpo inteiro. Esse é exatamente o mesmo exercício que você seguiu na seção da acumulação da
força vital.
Começando com o Elemento Fogo, coloque sua consciência na parte do corpo escolhida
ou órgão e, daí, inspire o Elemento diretamente para a parte do corpo ou órgão e acumule-o
dinamicamente. Comece com sete respirações e aumente daí até ter alcançado seu limite de um
nível confortável de tensão. Não estresse demais o seu corpo acumulando um Elemento demais
em tempo algum – trabalhe devagar na medida em que aumenta a pressão dinâmica do Elemento
condensado e alarga seus limites cuidadosamente. De novo, evite a acumulação dinâmica de um
Elemento no seu cérebro ou coração.
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Perguntas e Respostas
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1) Isso deveria ser uma acumulação dinâmica ou uma condensação dos Elementos?
Nesses exercícios do Grau IV, você começa estabelecendo uma acumulação dinâmica no
corpo inteiro, e então condensa a acumulação inteira no espaço menor de um órgão ou parte do
corpo. Uma vez que esse processo tenha sido dominado, você progride para a condensação dos
Elementos nos seus órgãos e partes do corpo diretamente, sem passá-la através de seu corpo
inteiro. Então, na acumulação nas quatro regiões do corpo, você trabalha com uma acumulação
dinâmica diretamente em cada uma das regiões, seguida pelo estabelecimento da acumulação
num estado altamente condensado.
Esses dois órgãos, mais do que todos os outros órgãos do corpo humano, dependem da
carga elétrica do próprio corpo para funcionarem corretamente. O equilíbrio elétrico é bastante
sensível a irregularidades e quando se brinca com isso, o dano pode facilmente ocorrer. Sendo
que cada um dos Elementos carrega sua própria carga eletromagnética, acumular os Elementos
em qualquer um desses órgãos arrisca a ruptura de seu equilíbrio elétrico normal.
Contudo, quando um Elemento é acumulado, como, por exemplo, o Fogo na região da
cabeça (no exercício de equilíbrio dos Elementos), a carga eletromagnética do Elemento se
espalha por todos os órgãos da região e dessa forma não ocorre uma perturbação resultante do
equilíbrio dentro do cérebro. O mesmo ocorre quando o Elemento Ar é acumulado na região do
peito e quando os Elementos são acumulados no corpo inteiro.
O Grau IV termina com uma seção sobre rituais pessoais. Aqui, o estudante deve ser
criativo e projeta rituais que são de relevância íntima e pessoal. É claro, as habilidades já
aprendidas e própria moralidade do mago têm um grande papel em o quão efetivo cada ritual
pode se tornar.
Um ritual, para o verdadeiro mago, é um atalho. Tudo que ele faz é comprimir o labor
manual em um curto gesto. Se o mago não for capaz de executar o trabalho manual, então o
ritual será inútil. Da mesma forma, a compressão do trabalho manual necessita de uma grande
quantidade do próprio esforço. Em outras palavras, para se criar o atalho são necessárias
repetições. No início, isso não é um atalho, mas, dados o tempo e o esforço, ele se tornará.
Muitos cerimoniais extravagantes são ensinados em muitos dos grupos, lojas e escolas
mágicas, mas ao mago “bardonista” bem treinado essas são práticas relativamente improdutivas.
A cerimônia pré-escrita tem a sua importância, mas a verdadeira magia é espontânea. O mago
genuíno não tem necessidade de se mostrar publicamente nem fazer coisas teatrais – pode haver
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momentos em que esses são apropriados, mas o mago não PRECISA deles para fazer valer a sua
vontade. Essa é a lição encontrada aqui no fim do Grau IV.
Os rituais mágicos que você cria para si mesmo, não importando o quão simplistas
possam ser, lhe servirão muito melhor do que aqueles que você aprende de outras pessoas.
Divirta-se, seja inventivo, e sempre trabalhe para o bem de todos!
Perguntas e Respostas
O caminho que Bardon explicita em CVA envolve primeiro o aprendizado das técnicas
básicas da magia, seguido pela combinação dessas técnicas de modos que as tornam mais úteis.
A ideia aqui é que você precisa primeiro ganhar a habilidade de fazer as coisas do jeito devagar,
através de labor manual e esforço, e então aprender a empregar essas técnicas em uma maneira
mais rápida e menos trabalhosa. A criação desses rituais simples de dedos representa uma
maneira mais rápida de fazer a mesma coisa que você pode alcançar através de esforço próprio.
Existe um curto estágio entre o domínio desses pequenos rituais e o trabalho posterior de criação
de seres que executarão a sua vontade sem a sua atenção imediata. Ao longo de CVA você verá
esse padrão de se pegar coisas simples e torná-las formas mais complexas de magia.
Criar esse tipo de ritual requer muita prática repetitiva e essa é a lição primária a ser
aprendida através de seu domínio. Uma vez que você vivenciou esse processo e o dominou, a
criação de rituais mais complexos e o aprendizado das práticas mágicas mais elevadas são
conseguidos mais facilmente.
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Comece com um ritual e, quando ele tiver sido dominado, expanda seu repertório por
um ritual por vez. Assegure-se de dominar cada ritual antes de iniciar um novo. Eu recomendo
não mais do que quatro rituais no total, de modo que isso lhe dá a oportunidade de criar uma
série de rituais que dependem primariamente de cada um dos quatro Elementos, enquanto evita a
dispersão de poder em que muitos rituais podem incorrer. É bom inventar rituais suficientes para
atenderem as suas necessidades, mas não é sábio criar um número sem fim deles.
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