Cm-Aula 7 Barras Comprimidas Rev6
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Textos extraídos dos livros Edifícios Industriais em aço – Ildony H. Bellei - Estruturas de Aço de
Walter/Michèle Pfeil, Estruturas Metálicas de ACFB Pinheiro e Estruturas de Aço-Yopanan R.
A partir de Ncr não mais é possivel o equilíbrio na configuração retilínea. Temos deslocamentos
laterais e a coluna fica sujeita à flexocompressão.
Tensão crítica:
Colunas muito esbeltas (valores elevados de l/i) onde ocorre flambagem em regime
elástico fcr < fy e onde fc ≈ fcr;
Colunas de esbeltez intermediária, nas quais há maior influência das imperfeições
geométricas e das tensões residuais;
Colunas curtas (valores baixos de l/i), nas quais a tensão última fc é tomada igual à de
escoamento do material fy.
ou
MR250 λ0 = 0,0113.(kl/i)
AR350 λ0 = 0,0133.(kl/i)
COMPRIMENTO DE FLAMBAGEM
Comprimentos de Flambagem:
Exemplos práticos:
O esforço resistente de projeto, para hastes metálicas, sem efeitos de flambagem local,
sujeitas à compressão axial, é dado pela equação:
A tensão nominal resistente - fc foi obtida em função de estudos experimentais que culminou
com a construção de 3 curvas de flambagem, considerando a imperfeição geométrica inicial
igual a L/1470. Estas curvas são referenciadas no estudo como curvas 1P, 2P e 3P. A NBR 8800
adotou a curva 2P, mostrada abaixo, como curva única de flambagem, descrita como uma
relação adimensional χ (Chi).
χ = f c / fy
As normas fixam limites superiores do coeficiente de esbeltez (kl/i) com a finalidade de evitar a
grande flexibilidade de peças excessivamente esbeltas.
O parâmetro de esbeltez (λ) é limitado a um valor máximo de 200 (NB-14 – Item 5.3.5) para o
caso de edifícios e 120 para pontes.
A relação de Euler só vale para peças esbeltas que trabalham dentro do regime elástico.
A esbeltez, a partir da qual as tensões apresentam-se dentro do regime elástico, vale para a
relação λ>105.
No caso de barras mais curtas ou menos esbeltas, as tensões que provocam a flambagem
encontram-se acima do limite elástico, entrando no regime plástico. Neste caso, a relação de
Euler sofre alteração, pois quando se inicia o escoamento do material, o módulo de elasticidade
não é mais constante, variando conforme aumenta a tensão. Quando a seção está totalmente
escoada o material torna-se totalmente deformável, valendo zero o módulo de elasticidade
nesse ponto. A relação de Euler não pode mais ser aplicada e nem tem mais sentido, pois, para
fins práticos, o limite máximo de trabalho de uma peça é quando ela atinge a tensão de
escoamento (fy).
Para dimensionarmos a seção, tendo como base a tensão limite de escoamento, no caso de
peças submetidas à compressão axial, deve-se obter valores inferiores a b/t dos apresentados
na tabela a seguir. Se esta relação tiver valor inferior, não haverá flambagem local e o esforço
resistente será calculado pela tensão limite de escoamento. Caso contrário, este deverá ser
reduzido para que evitemos a flambagem local.
As limitações que devem ser observadas para os casos de flambagem local são:
Para elementos enrijecidos – são os elementos que têm as duas bordas, paralelas às
tensões de compressão, apoiadas em toda a sua extensão. Alma de perfis I, H ou U
(Grupos 1 e 2 da tabela acima, denominadas placas tipo AA).
Neste caso existe reserva de resistência após a flambagem. O cálculo é feito numa situação pós-
flambagem, admitindo-se uma largura efetiva be, trabalhando com a tensão máxima.
Para elementos não enrijecidos – são os elementos que têm uma borda livre, paralela às
tensões de compressão. Mesas de perfis I, H ou U e abas de perfis L (Grupos 3 a 6 da
tabela acima, denominadas placas tipo AL=apoio-livre).
Neste caso não existe reserva de resistência após a flambagem. Deve-se neste caso fazer um
cálculo em situação prévia a flambagem, com tensão média σmedia= Qs. σmax
Neste caso, deve-se usar valores em função de uma nova tabela, onde a relação b/t leva a
consideração de estarmos com flambagem local inelástica ou elástica.
A tabela abaixo apresenta as fórmulas para cálculo do valor Q de minoração, que sempre será
<=1,0.
Ndres = Nc / γa1 = Q.Ag.fc / γa1
Onde Q = Qa.Qs, sendo Qs um fator de redução para segurança, aplicável a seções em que
uma ou mais placas componentes tem relação b/t superior aos valores da tabela 5.1.
EXERCÍCIOS
EXERCÍCIO 7.1
(Estruturas de aço – Walter Pfeil)
Determinar a resistência de cálculo à compressão do perfil W150 x 37,1 kgf/m de aço ASTM A-
36 com comprimento de 3m, sabendo-se que suas extremidades são rotuladas e que há
contenção lateral impedindo a flambagem em torno de y (a). Comparar o resultado obtido para
uma peça sem contenção lateral, podendo flambar em torno do eixo y-y (b).
EXERCÍCIO 7.2
Calcular o esforço normal resistente no mesmo perfil do problema 7.1, sem contenção lateral,
considerando-o engastado numa extremidade e livre na outra (a). Comparar o resultado obtido
para uma peça engastada numa extremidade e rotulada na outra (b).
Respostas:
a) Ndres = 307,68 kN
b) Ndres = 924,71 kN
EXERCÍCIO 7.3
(Estruturas de aço – Walter Pfeil)