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Micobact 2019

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MICOBACTÉRIAS

Mycobacterium tuberculosis

Mycobacterium tuberculosis Micrografia Eletrônica de transmissão


Mycobacterium tuberculosis

ou

bacilo de Koch,

é a bactéria que provoca a


maioria dos casos de
tuberculose. Foi descrita pela
primeira vez em 24 de março de
1882 por
Robert Koch, que
recebeu o Prêmio Nobel de
Fisiologia/Medicina por esta
descoberta em 1905.
Patógenas
Complexo M. tuberculosis:
M. tuberculosis, M. leprae,
M. bovis, M. africanum, M. microti.

Oportunistas
M. kansasii ,
MICOBACTÉRIAS Complexo M. avium e intracellulare,
M. scrofulaceum, M. marinum,
M. murium,
M. paratuberculosis e
M. ulcerans,
Saprófitas entre outras.
M. phlei, M. smegmatis
Mycobacterium tuberculosis
- É também chamada:
- bacilo de Koch,
- B.A.A.R. (Bacilos Álcool Ácido Resistente),

- Seu genoma já foi sequenciado.


BAAR -
bacilos
álcool-ácido
resistentes

Esfregaço de escarro de paciente com tuberculose


submetido a coloração Ziehl-Neelsen.
Gênero Mycobacterium
Características gerais:
- aeróbia obrigatória,
- Há bactérias que se dividem a cada 16-20 horas (patogênicas) e
bactérias que crescem mais rapidamente (as não patogênicas),

- bacilo, imóvel,
- resistente a desinfetantes fracos,
- resistente ao ácido gástrico,
- pode sobreviver em estado latente por semanas,

- Tem parede é muito rica em lipídeos chamados: ácidos micólicos

- Não se cora pelo Gram,


se os ácidos micólicos forem removidos com etanol alcalino,
as bactérias se coram como Gram-positivas.
Família: Mycobacteriaceae
Gêneros: Mycobacterium e Nocardia

Há nestas bactérias ácidos graxos de cadeia longa, chamados


ácidos micólicos

Ácidos micólicos: As cadeias laterais (R1 e R2) variam em


comprimento, em:
- Mycobacterium são de C60 a C90;
- Nocardia são de C40 a C56.
Estrutura da parede celular de
Micobactérias
LAM
(lipoArabinoManana ) superfície
Lipídeos superficiais
ex. fator corda

Ácido micólico

arabnogalactano

peptidoglicano

Membrana celular

citoplasma
Bactérias do gênero Mycobacterium

Algumas espécies produzem colônias :

- Sem cor

- Coloridas quando cultivas na presença


de luz

- De cor amarelada, como M.


tuberculosis
Mycobacterium tuberculosis
Características:
- é uma micobactéria parasita intracelular,
- aeróbia obrigatória,
- se divide a cada 16-20 horas,
- bacilo, imóvel,
- resistente a desinfetantes fracos,
- resistente ao ácido gástrico,
- pode sobreviver em estado latente por semanas,
- apenas consegue se desenvolver quando se hospeda num
organismo,

- sua parede é muito rica em lipídeos chamados: ácidos micólicos

- Não se cora pelo Gram,


se os ácidos micólicos forem removidos com etanol alcalino,
as bactérias se coram como Gram-positivas.
Mycobacterium tuberculosis se
div
Cultivo: ide
ac
ad
a1
6- 2
0h
ora
s

Meio típico: Lowenstëin-Jensen


- Gema de ovo (fonte lipídeos)
- Antibióticos + corantes (para
inibir crescimento de contaminantes) Colônias de
Mycobacterium tuberculosis
Fonte: Internet site CDC – www.phppo.cdc.gov

Colônia de M. tuberculosis crescida em meio de


cultura de Lowenstein-Jensen
M. tuberculosis. Micrografia de células em escarro tratadas com
Anticorpos conjugado à fluoresceína
Mycobacterium tuberculosis
Fatores de virulência
A maioria dos danos do hospedeiro são causados pela ação do sistema
imune do hospedeiro.
A parede celular é o fator de virulência mais importante nesta
bactéria, devido à sua composição:
3 - Cera D:
2- Fator Corda: responsável pela
1 - Ácidos micólicos:
glicolipídio tóxico para as hipersensibilidade tardia.
protegem a bactéria de
células dos mamíferos capaz
enzimas hidrolíticas do LAM (glicolipídeo complexo) +
de inibir a migração de PMN Proteínas
fagossoma

(trehalose 6, 6' dimycolate)


Mycobacterium tuberculosis
Teste de Mantoux: teste de Hipersensibilidade Tardia

Tuberculina: Antígeno lipoproteico derivado do bacilo da tuberculose – Antigo /


Purified Protein Derivative (PPD) - Atual

Teste de
Infecção
A infecção pelo M. tuberculosis se inicia quando o bacilo
atinge os alvéolos pulmonares e pode se espalhar para os
nódulos linfáticos e daí, através da corrente sanguínea para
tecidos mais distantes onde a doença pode se desenvolver:
a parte superior dos pulmões, os rins, o cérebro e os ossos.

A resposta imunológica do organismo mata a maioria dos


bacilos, levando à formação de um granuloma. Os
"tubérculos", ou nódulos de tuberculose são pequenas
lesões que consistem em tecidos mortos de cor
acinzentada contendo a bactéria da tuberculose.

Normalmente o sistema imunológico é capaz de conter a


multiplicação do bacilo, evitando sua disseminação em
90% dos casos.
Mycobacterium tuberculosis
Evolução da Tuberculose
A) Tuberculose primária: Infecção evolui para TB
Doença (1 a 5% dos casos )
Em algumas pessoas, o bacilo da tuberculose supera as defesas do sistema
imunológico e começa a se multiplicar, resultando na progressão de uma
simples infecção por tuberculose para a doença em si.

1- Fase Inicial (1-3 dias) - Fagocitose: os macrófagos


fagocitam os bacilos;
2- Segunda fase: Colonização: bacilos que não foram
eliminados se multiplicam no interior dos macrófagos.
3- Terceira fase – Caseação-Calcificação: a caverna ou
tubérculo é preenchida com material necrótico. Os bacilos
entram em estado de dormência. Finalmente, há
calcificação das cavernas. Inflamação granulomatosa e necrose
caseosa nos pulmões

4- Se as cavernas não forem calcificadas:


- o doente imunocompetente desenvolve novas cavernas;
- o doente imunocomprometido desenvolve tuberculose
miliar.
• Macrófago alveolar
(pulmão) atacando
bactérias
(Aumento 10.000 x)
Mycobacterium tuberculosis
Evolução da Tuberculose
A) Tuberculose primária: Infecção evolui para TB
Doença (1 a 5% dos casos )
Em algumas pessoas, o bacilo da tuberculose supera as defesas do sistema
imunológico e começa a se multiplicar, resultando na progressão de uma
simples infecção por tuberculose para a doença em si.

1- Fase Inicial (1-3 dias) - Fagocitose: os macrófagos


fagocitam os bacilos;
2- Segunda fase: Colonização: bacilos que não foram
eliminados se multiplicam no interior dos macrófagos.
3- Terceira fase – Caseação-Calcificação: a caverna ou
tubérculo é preenchida com material necrótico. Os bacilos
entram em estado de dormência. Finalmente, há
calcificação das cavernas. Inflamação granulomatosa e necrose
caseosa nos pulmões

4- Se as cavernas não forem calcificadas:


- o doente imunocompetente desenvolve novas cavernas;
- o doente imunocomprometido desenvolve tuberculose
miliar.
Tuberculose miliar ou tuberculose cutânea aguda disseminada
Um agravamento da tuberculose por sua ampla difusão dentro do corpo
humano gerando pequenas lesões na pele

Doente imunocomprometido

TB miliar - É uma complicação grave de


cerca de 1 a 3% dos casos de
TB miliar
tuberculose:
– Lesoes
- Infecção bacteriana crônica e na pele.
contagiosa geralmente causada
decorrente do espalhamento do
bacilo para outros órgãos, através do
sangue ou do sistema linfático,

- Pode infectar qualquer órgão,


frequentemente afetando:
- Pulmões,
- Meningites,
Inflamação granulomatosa e necrose
- Fígado, caseosa no fígado
- Ósseo Inflamação granulomatosa e necrose
caseosa no baço
Mycobacterium tuberculosis

Evolução da Tuberculose

B) Tuberculose secundária ou pós-primária (5 a 10% dos casos)


- O bacilo permanece dormente por vários anos
- Então ocorre a reativação da doença tuberculosa.
Mycobacterium tuberculosis
Evolução da Tuberculose

Algumas situações aumentam o risco de progressão da tuberculose


a 10% ou mais ao ano, ao invés dos 10% por toda a vida:

- Pessoas infectadas com o HIV o risco

- Uso de drogas injetáveis;

- Diabetes mellitus, silicose, câncer, doenças no sangue, leucemia,

- Terapia prolongada com corticosteróides e outras terapias imuno-supressivas,

- baixo peso corporal (10% ou mais de peso abaixo do ideal).


Patologias da tuberculose
Infecção localizada Infecção Sistêmica
(Lesão primária) (Lesão secundária)

entrada e saída
entrada e saída

Disseminação via
Doenças: hematogênica e linfática
- Tuberculose pulmonar.
- Pneumonia Doenças -
- Lesões granulomatosas granulomas em
qualquer lugar:

Tuberculose óssea
Tuberculose renal
Tuberculose intestinal
Meningite tuberculosa
Micobactérias e antígenos

CD4+ CD8+

ativação citoxicidade

Macrófago Macrófago
normal infectado

Macrófago
ativado Lise e liberação de
bactérias

ativação de linfócitos T e
destruição de macrófagos
após estimulação com
antígenos de micobactérias
Micobactérias e antígenos
CD4+ CD8+
ativação citoxicidade

Macrófago
normal

Macrófago Macrófago
ativado infectado

fagocitose
Lise e liberação de
bactérias

Macrófago ativado
infectado ativação de linfócitos T e
destruição de macrófagos
após estimulação com
antígenos de
Morte da bactéria pelo micobactérias
macrófago ativado
Mycobacterium tuberculosis

Sintomas mais comuns


- Tosse com catarro (por mais de 15 dias)
- Febre (mais comumente ao entardecer), calafrios;

- Suores noturnos
- Falta de apetite
- Perda de peso, emagrecimento
- Cansaço fácil
- Dificuldade na respiração,
- Em casos mais graves corre: eliminação de sangue e acúmulo
de pus na pleura pulmonar.
Mycobacterium tuberculosis

Teste intradérmico de tuberculina

O teste subcutâneo: Teste de Mantoux.


O derivado de proteína purificada (PPD), que é um
precipitado obtido de culturas filtradas e esterilizadas,
é injetado de forma intradérmica (isto é, dentro da
pele) e a leitura do exame é feita entre 48 e 72 horas
após a aplicação do PPD. Um paciente que foi exposto
à bactéria deve apresentar uma resposta imunológica
na pele.

Resultado positivo indica que houve contato com o


bacilo, mas não indica doença, já que, após o contágio,
o indivíduo apresenta 5% de chances de desenvolver a
doença nos primeiros 2 anos. Este teste é utilizado
para fins de controle epidemiológico e profilaxia de
pacientes com tuberculose.
Radiografia de tórax

• Inflitrado cavitário
no pulmão
esquerdo - meio e
superior
Tuberculose Pleural

• O RX mostra uma
efusão pleural a
esquerda.
Efusões pleurais são
coleções de fluido
entre o tórax e o
pulmão (que
normalmente é vazio)

www.nationaltbcenter.edu
Mycobacterium tuberculosis Transmissão:

- Transmitida através da
tosse,espirro ou expectoração de
pessoas infectadas,

- Disseminação através de
gotículas de saliva no ar.
As bactérias permanecem
em suspensão no ar durante
horas;

- Trauma cutâneo (raro);


-Ingestão de alimentos (raro).

Obs: Uma pessoa não tratada


infecta 10 a 15 pessoas por ano.
Notificação
A tuberculose é uma doença de
notificação obrigatória
(compulsória), ou seja, qualquer
caso confirmado tem que ser
obrigatoriamente notificado.
Tratamento da tuberculose
dose única diária fixa
3 a 5 drogas são recomendadas:
• Rifampicina (R),
• Isoniazida (H),
• Pirazinamida (Z), e
• Etambutol (E)
(diariamente por 2 a 3 meses)
+
• Isoniazida (H) e
• Rifampicina (R)
(diariamente ou 3 vezes por
semana, por mais 4-6 meses );
ou
• Isoniazida (H) e
• Etambutol (E)
(diariamente por 6 meses).
Mycobacterium tuberculosis

Resistência a medicamentos = Grande Problema !

-A tuberculose resistente é transmitida da mesma forma que


as formas sensíveis a medicamentos.

- A resistência primária se desenvolve em pessoas infectadas


inicialmente com microrganismos resistentes.

- A resistência secundária (ou adquirida) surge quando a


terapia contra a tuberculose é inadequada ou quando não se
segue ou se interrompe o regime de tratamento prescrito.
Infecções pelas outras micobactérias além de M.
tuberculosis (MOTT)
Organismo envolvido
Localização Complexo M. M. M. M. M.
M. avium kansaii scrufulaceum fortuitum ulcerans marinum
Pulmão + + - - - -
Cutâneo - + + - + +
Gastrointestinal - + - - - -
Ocular - - - +/- - -
Linfonodos + - + - - -
Disseminadas + - - - - -
Mycobacterium tuberculosis

Em diversos países houve a idéia de que por volta


de 2010 a doença estaria praticamente controlada e
inexistente.

No entanto, o advento do HIV e da AIDS mudaram


drasticamente esta perspectiva.

Em 1993, em decorrência do número de casos da


doença, a Organização Mundial da Saúde (OMS)
decretou estado de emergência global e propôs o
DOTS (Tratamento Diretamente Supervisionado)
como estratégia para o controle da doença.
Tratamento da tuberculose

• A estratégia DOT recomendada


pela OMS combina 5 elementos:
• comprometimento político,
• detecção de casos empregando-
se microscopia de esfregaço de
escarro,
• tratamento de curta duração
com observação direta,
suprimento regular de drogas, e
• sistemas de monitoramento.
173 países enviam
relatórios para OMS.

102 destes satisfizeram os


critérios técnicos da
implementação do DOTS
até o fim de 1997,
incluindo todos os 22
pontos de alta prevalência,
com exceção de Brasil e
Zimbabwe
Mycobacterium leprae

• Bacilos,
• álcool-ácidos resistentes
• não cultiváveis em meios
de cultura in vitro
• temperatura máxima - 35oC
• cultivo em animais (tatu)

Esfregaço de lesão de pele, corado pelo


método de Zielh-Neelsen
Patogenia da lepra

Entrada e saída

Doenças: Difusão via


- lesão granulomatosa linfática e
- hipopigmentação hematogênica
- anestesia
Mycobacterium leprae

• Histopatógico de uma lesão de lepra lepromatosa.

• Antibioticoterapia tripla prolongada com:


Clofazima + Dapsona + Rifampicina
lepra tuberculóide lepra lepromatosa
Lepra

• Atinge o sistema
nervoso periférico
• forma nódulos
• deformação
• perda de sensibilidade
• perda motora
Indivíduo com lepra antes da era dos antibióticos.
As fotografias foram feitas com intervalo de três anos.
Patogenia da lepra em relação a quantidade de bacilos
aspectos clínicos e imunológicos

Baixo número de Elevado número


bactérias de bactérias
Lepra tuberculoide ou paucibacilar

O termo paucibacilar (poucos bacilos) é


referência baixa contagem de bacilos ao
microscópio de amostras subcutâneas.[

Ocorre em pacientes que têm boa resposta


imunitária ao bacilo de Hansen.

A boa resposta imunitária se caracteriza


por um padrão de resposta imune
responsável pela ativação de macrófagos,
resultando em doença mais branda.
Rosto com mancha descolorada
As manchas são bem delimitadas e e insensível a dor de lepra
assimétricas e geralmente são tuberculoide.
encontradas apenas poucas lesões no
corpo.

Há insensibilidade a dor progressiva


conforme os nervos periféricos são
lesionados.

Exames com lepromina dão positivos.


Lepra limítrofe ou “borderline”

É a forma mais comum,


um tipo intermediário entre boa e má
resposta imune.

As lesões cutâneas assemelham às da


lepra tuberculóide, mas são mais
numerosos e irregulares.

Grandes manchas podem afetar um Mão de indivíduo infectado com lepra


membro inteiro e ocorre progressiva limítrofe/borderline
fraqueza e perda de sensibilidade nos
pés, mãos e rosto.

Este tipo é mais instável, pode converter-


se em:
Lepra lepromatosa
ou
Lepra tuberculóide.

Perna com lesões de lepra limítrofe (borderline)


Lepra lepromatosa ou multibacilar

É a forma mais grave, ocorre nos


casos em que os pacientes têm pouca
defesa imunitária contra o bacilo.

Ocorrem:
- lesões simétricas de pele,
- nódulos,
- placas,
- espessamento da derme,
- congestão nasal com sangramento.
- os pelos de sobrancelhas e cílios
caem (alopecia facial).

- Geralmente a perda de sensibilidade


é mais lenta.

- Causa deformações cada vez mais


Rosto com engrossamentos típicos de
graves em mãos, pés, glúteos e
lepra lepromatosa
rostos, frequentemente requerendo
amputações de dedos.
Hanseniase (lepra) – incidência mundial

Incidência mundial de lepra (em 2003). Brasil possui mais de 90% dos casos da América Latina.

O tempo de tratamento oscila entre 6 e 24 meses, de acordo com a gravidade da doença.


O segredo da vida não é o que acontece
com você, e sim o que você
faz do que acontece com você.
Norman Vicent Plabe
Micobactérias – Questões para estudo

• Cite 3 características das bactérias do gênero Mycobacterium.

• Comente sobre o porque da importância do desenvolvimento da imunidade celular


para o controle da progressão da tuberculose.

• Qual a diferença de TB ativa e TB infecção?

• O que é TB miliar?

• O que significa o termo BAAR ?

(11) 9 nt@usp.b
r
• As micobactérias produzem exotoxinas? Quais são as principais características de
virulência destas bactérias?

6
7-998
• Por que pacientes com AIDS têm maior tendência para desenvolver a doença

739
bevice
tuberculose?

• A hanseniase (ou lepra) é uma doença de fácil contágio? Explique como é transmitida.
Grata!
• Como é transmitida a TB ?
Elisabete
Vicente
• Toda pessoa que é infectada por BAAR desenvolve TB? Explique.
ICB/USP
2019
• O que significa TB1aria e TB 2aria?

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