Teoria Geral Da Empresa - TCC - 2020 - Teoria Aplicada Às Boas Práticas
Teoria Geral Da Empresa - TCC - 2020 - Teoria Aplicada Às Boas Práticas
Teoria Geral Da Empresa - TCC - 2020 - Teoria Aplicada Às Boas Práticas
GRADUAÇÃO
2020.1
Sumário
Teoria Geral da Empresa
7. SÓCIOS..........................................................................................................................................................65
8. NOME EMPRESARIAL.........................................................................................................................................77
9. ESTABELECIMENTO EMPRESARIAL.........................................................................................................................88
13. PERSONALIDADE JURÍDICA DAS SOCIEDADES. SOCIEDADES PERSONIFICADAS. SOCIEDADES NÃO PERSONIFICADAS. LIMITAÇÃO DE
RESPONSABILIDADE...........................................................................................................................................135
1. PROFESSOR
2. EMENTA DO CURSO
3. OBJETIVOS GERAIS
4. METODOLOGIA
5. PROGRAMA
TÓPICO TEMA
7 Sócios.
8 Nome Empresarial.
9 Estabelecimento Empresarial.
10 Direito Societário.
6. AVALIAÇÃO
7. ATIVIDADES COMPLEMENTARES
8. BIBLIOGRAFIA BÁSICA
9. BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR
A) MATERIAL DE LEITURA
Leitura Básica
Leitura Complementar
A) MATERIAL DE LEITURA
Leitura Básica
Texto: “O Empresário”. Revista de Direito Mercantil n.º 109 pgs. 182 a 189.
Leitura Complementar
O QUE É EMPRESA?
Sob esses argumentos, Asquini elabora a sua difundida Teoria dos Perfis
da Empresa22, bem resumida por Rubens Requião:
27
BULGARELLI, Waldírio. Sociedades,
Empresa e Estabelecimento. São Paulo:
Atlas, 1980. P. 22.
28
LAMY FILHO, Alfredo. A reforma da
Lei de Sociedades Anônimas. IN: Temas
de Direito Societário. Rio de Janeiro:
Renovar, 2006. P. 18.
(...)
33
Tércio Sampaio Ferraz Jr, Conge-
De outra parte, o Estado interfere no domínio lamento de preços - tabelamentos
oficiais (parecer), Revista de Direito
econômico por via do fomento, isto é, Público n° 91, 1989, p. 77/78.
apoiando a iniciativa privada e estimulando (ou 34
BARROSO, Luiz Roberto. A Ordem
Econômica Constitucional e os Limi-
desestimulando) determinados comportamentos, tes à Atuação Estatal no Controle de
por meio, por exemplo, de incentivos fiscais ou Preços. Revista de Direito Administra-
tivo - RDA, v. 226, out./dez. 2001, pp.
financiamentos públicos. 187-212. Rio de Janeiro: Editora FGV,
2001, p. 201. Disponível em: <http://
bibliotecadigital.fgv.br/ojs/index.php/
rda/article/view/47240/44652>.Acesso
(...) em: 25/01/2020.
39
BARROSO, Luiz Roberto. A Ordem
Econômica Constitucional e os Limi-
tes à Atuação Estatal no Controle de
Preços. Revista de Direito Administra-
tivo - RDA, v. 226, out./dez. 2001, pp.
187-212. Rio de Janeiro: Editora FGV,
2001, p. 198. Disponível em: <http://
bibliotecadigital.fgv.br/ojs/index.php/
rda/article/view/47240/44652>.Acesso
em: 25/01/2020.
ESTUDO DE CASOS
PORTO REAL/RJ:
40
http://www.glb.com.br/clipweb/
manchetes/noticias.asp?934355 (aces-
so em out/2005)
Mas nenhuma dessas coisas existe fora das histórias que as pessoas
inventam e contam umas às outras. Não há deuses no universo, nem
nações, nem dinheiro, nem direitos humanos, nem leis, nem justiça fora
da imaginação coletiva dos seres humanos.
A) MATERIAL DE LEITURA
Leitura Básica
Leitura Complementar
IDENTIFICAÇÃO DO COMERCIANTE.
b) com habitualidade; e
ATOS DE COMÉRCIO.
HABITUALIDADE.
INTUITO DE LUCRO.
Havia, ainda, o perfil corporativo, que, nas palavras de Alberto Asquini, seria
“aquela especial organização de pessoas que é formada pelo empresário e por
seus prestadores de serviços, seus colaboradores, (...) um núcleo organizado em
função de um fim econômico comum”. Assim, a empresa seria como sinônimo
de instituição, organização hierárquica de pessoas formada pelos empresários e
pelos seus respectivos colaboradores no desenvolvimento do empreendimento.
efetuada em período anterior ao prazo determinado, já deve ser realizada sob as Art. 1º. O Registro Público de Empre-
58
DIREITO ADQUIRIDO.
O Decreto n.º 3.708/19 era omisso quanto aos tipos de quórum. Nesta
época, dois grupos de doutrinadores discutiam sobre o quórum das Sociedades
por Ações. Um grupo contava com Waldemar Ferreira e defendia que a fixação
do quórum era matéria de ordem pública, razão pela qual não poderia ser
reduzido nem aumentado. O outro grupo era representado por Carvalho de
Mendonça e entendia ser possível aumentar o quórum, mas nunca o reduzir59.
64
Fonte: Agência Câmara - Especial
- 14/10/2005 (www.camara.gov.br)
acesso em 21/11/2005.
A) MATERIAL DE LEITURA
Leitura Básica
Leitura Complementar
O EMPRESÁRIO.
(i) quem produz ou circula bens ou serviços – quem pratica um desses atos;
(iii) profissionalmente.
Diante disso, entende-se que o ato de empresa (1) poderá ser praticado
por duas pessoas: (i) o EMPRESÁRIO INDIVIDUAL (pessoa natural) e
(ii) a SOCIEDADE EMPRESÁRIA (pessoa jurídica). Já a SOCIEDADE
SIMPLES não pratica ATO DE EMPRESA, muito embora ostente
habitualidade (2) e intuito de lucro (3). Afaste-se, desde já, a ideia de que
a sociedade simples não tem intuito de lucro.
Foi exatamente por essa razão que Pontes de Miranda, com base na
teoria orgânica66, sustentou que a pessoa jurídica não podia ser representada
pelo seu órgão administrativo, como dispunha o art. 17 do Código Civil
de 191667, pois este nada mais é do que um membro do todo. O ato do
órgão é, na verdade, ato da própria pessoa jurídica. Não haveria, portanto,
representação, mas sim uma PRESENTAÇÃO, sendo o Administrador
verdadeiro PRESENTANTE da sociedade.
Se parasse por aí, seria ótimo, mas a lei traz um complicador. Analisando
o parágrafo único do artigo 966, encontramos uma “exceção dentro da
exceção”, pois, ao mesmo tempo que retira do Direito de Empresa a
disciplina das atividades intelectuais, de natureza científica, literária ou
artística, estipula que esta ressalva não prevalecerá quando “o exercício da
profissão constituir elemento de empresa”.
196 – Art. 966 e 982: A sociedade de natureza simples não tem seu
objeto restrito às atividades intelectuais75.
atividade econômica efetivamente desenvolvida pela companhia.”. Autor: MÁRCIO SOUZA GUIMARÃES,
76
79
Art. 3º, LC 123/2006: “Art. 3º Para os
efeitos desta Lei Complementar, consi-
deram-se microempresas ou empresas
de pequeno porte, a sociedade empre-
sária, a sociedade simples, a empresa
individual de responsabilidade limitada
e o empresário a que se refere o art. 966
da Lei no 10.406, de 10 de janeiro de
2002 (Código Civil), devidamente re-
gistrados no Registro de Empresas Mer-
cantis ou no Registro Civil de Pessoas
Jurídicas, conforme o caso, desde que:
I - no caso da microempresa, aufira,
em cada ano-calendário, receita bru-
ta igual ou inferior a R$ 360.000,00
(trezentos e sessenta mil reais); e
II - no caso de empresa de peque-
no porte, aufira, em cada ano-
-calendário, receita bruta superior a
R$ 360.000,00 (trezentos e ses-
senta mil reais) e igual ou infe-
rior a R$ 4.800.000,00 (quatro mi-
lhões eoitocentos mil reais). (Redação
dada pela Lei Complementar nº 155, de
2016) Produção de efeito”
ESTUDO DE CASOS:
SHOPPING OIAPOQUE80
UNIVERSIDADE ESTÁCIO.82
A) MATERIAL DE LEITURA
Leitura Básica
Leitura Complementar
Além disso, com base no art. 421 do Código Civil de 2002, a liberdade
de contratar deve ser exercida nos limites da função social do contrato. Quer
84
LOPES, Ana Frazão de Azevedo. Em-
dizer, referido instituto obriga as partes a buscarem satisfazer interesses presa e Propriedade - Função Social e
extracontratuais85, “que sejam socialmente relevantes, tenham relação com o Abuso de Poder Econômico. São Paulo:
Quartier Latin, 2006, p. 1 1 9.
contrato ou por ele sejam atingidos.”86 85
TEPEDINO, Gustavo. Notas sobre
a função social dos contratos. In
Temas de Direito Civil – Volume III. Rio
Com isso, a função social da empresa exige que as sociedades empresárias de Janeiro: Renovar, 2009, p. 149
guardem observância ao cumprimento de valores éticos, respeito ao meio 86
GOMES, Maria Beatriz Mendes.
Responsabilidade Social Corporativa:
ambiente, à livre iniciativa e à livre concorrência, de modo a não só objetivar Direito Societário e a interpretação
a obtenção de lucro, mas também atentando para os possíveis impactos que responsável do interesse social
(Trabalho de Conclusão de Curso – FGV
possam ser trazidos com o exercício da atividade empresarial. Direito Rio), 2019, p. 25.
Art. 116.
87
EIZIRIK, Nelson. A Lei das S/A Co-
mentada. Volume I – Arts. 1º a 120,
(...) São Paulo: Quartier Latin, 2011, p. 678.
(...)
Com efeito, à medida que uma empresa local se despede, dizimada por
problemas locais ou pela crise nacional, atributos como a dignificação do trabalho 88
O poder de controle na sociedade
anônima. 6ª ed. Forense: Rio de Janei-
e a valorização da cidadania, quando não se tornam escassos, desaparecem de vez. ro/2014
ESTUDO DE CASOS
DELTA AIRLINES
PARMALAT
JURISPRUDÊNCIA
A) MATERIAL DE LEITURA
Leitura Básica
Leitura Complementar
Ocorre que, além destes requisitos, o Código Civil, em seu art. 97289,
determina como condição para empresário individual a capacidade. Dessa
forma, uma vez adquirida a plena capacidade, a pessoa natural poderá exercer
a atividade de empresário.
O EMPRESÁRIO INDIVIDUAL.
sistemática dessa atividade e que, por ser profissional, tem implícito que é 93
CAMPINHO, Sérgio. Curso de direito
comercial: direito de empresa – 16. Ed.
exercida em nome próprio e com ânimo de lucro. Essas duas ideias estão – São Paulo: Saraiva Educação, 2019, p.
27.
implícitas na profissionalidade do empresário”92, ficando de fora as empresas
94
Decreto nº 9.580/18
ocasionais, mas incluindo-se as sazonais. (...)
Título I – DOS CONTRIBUINTES
Art. 158. São contribuintes do imposto
Assim, quando a empresa é titularizada por uma pessoa natural, tem-se sobre a renda e terão seus lucros apu-
rados de acordo com este Regulamento
a figura do empresário individual, o qual será caracterizado pelos elementos (Decreto-Lei nº 5.844, de 1943, art. 27):
I - as pessoas jurídicas, a que se refere
constantes no art. 966, além do requisito especial do exercício da atividade em o Capítulo I deste Título; e
nome próprio, conforme expresso no art. 968, I, no qual se estabelece, para II - as empresas individuais, a que se
refere o Capítulo II deste Título.
fins de inscrição do Empresário Individual, a necessidade de informação do § 1º O disposto neste artigo aplica-se
independentemente de a pessoa jurí-
seu nome civil, nacionalidade, domicílio e estado civil. dica estar regularmente constituída,
bastando que configure uma unidade
econômica ou profissional (Decreto-Lei
Diante disso, o empresário, para que seja considerado regular, deve nº 5.844, de 1943, art. 27, § 2º; e Lei
nº 5.172, de 1966 - Código Tributário
proceder com a sua inscrição no Registro Público de Empresas Mercantis, na Nacional, art. 126, caput, inciso III).
(...)
respectiva sede, antes de dar início às suas atividades. Assim, “O requerimento Capítulo II – DAS EMPRESAS INDIVI-
de registro deverá conter: a) seu nome, nacionalidade, domicílio, estado civil DUAIS
Seção I – Da caracterização
e, se casado, o regime de bens; b) a firma sob a qual exercerá a atividade, Art. 162. As empresas individuais são
equiparadas às pessoas jurídicas (De-
com a respectiva assinatura autografa, ou seja, o modo como assinará a firma creto-Lei nº 1.706, de 23 de outubro de
individual; c) o capital; d) o objeto; e, por fim, e) a sede.”93 1979, art. 2º).
§ 1º São empresas individuais:
I - os empresários constituídos na for-
ma estabelecida no art. 966 ao art. 969
Para efeitos de recolhimento de tributos federais, o Decreto n.º da Lei nº 10.406, de 2002 - Código Civil;
II - as pessoas físicas que, em nome
9.580/201894 equipara o Empresário Individual às pessoas jurídicas para individual, explorem, habitual e pro-
fins de Imposto de Renda, impondo a ele a obrigação de se inscrever no fissionalmente, qualquer atividade
econômica de natureza civil ou comer-
Cadastro Nacional das Pessoas Jurídicas (CNPJ). Da mesma forma, se cial, com o fim especulativo de lucro,
por meio da venda a terceiros de bens
Empresário Individual for contribuinte do ICMS, também é necessária sua ou serviços (Lei nº 4.506, de 1964, art.
41, § 1º=, alínea "b"; e Decreto-Lei nº
Inscrição Estadual. 5.844, de 1943, art. 27, § 1º); e
III - as pessoas físicas que promovam
a incorporação de prédios em condo-
Apesar de receber o mesmo tratamento fiscal, não se pode concluir que mínio ou loteamento de terrenos, nos
termos estabelecidos na Seção II deste
o Empresário Individual seja pessoa jurídica; na realidade, ele é pessoa Capítulo (Decreto-Lei nº 1.381, de 23
natural com tratamento fiscal de pessoa jurídica, por isso está submetido à de dezembro de 1974, art. 1º e art. 3º,
caput, inciso III).
inscrição no CNPJ. (...)
O EMPRESÁRIO RURAL.
7. SÓCIOS
A) MATERIAL DE LEITURA
Leitura Básica
Leitura Complementar
BORBA, José Edwaldo Tavares. Direito Societário. 16ª ed. Renovar: Rio de
Janeiro/2018.
Especificamente quanto à capacidade para ser sócio, esta deve ser analisada
sob a perspectiva de que ser sócio, nada mais é do que ser proprietário de
quotas ou ações, cuja natureza jurídica é de bem móvel.
• pela constituição originária de contrato de sociedade ou pela entregues ao tutor mediante termo
especificado deles e seus valores, ainda
aquisição posterior de quotas ou ações (havendo elevação do capital que os pais o tenham dispensado.
Parágrafo único. Se o patrimônio do
social, necessário se faz sua imediata integralização, sob pena da menor for de valor considerável, po-
derá o juiz condicionar o exercício da
Junta Comercial não realizar o respectivo arquivamento). tutela à prestação de caução bastante,
podendo dispensá-la se o tutor for de
reconhecida idoneidade.
105
Art. 1.781. As regras a respeito do
SÓCIOS CASADOS. exercício da tutela aplicam-se ao da
curatela, com a restrição do art. 1.772
e as desta Seção.
Com o advento do Código Civil de 2002, o entendimento decorrente de lenta Art. 977. Faculta-se aos cônjuges
110
(...)
O sócio inadimplente, ou sócio remisso, é aquele que não cumpriu seu dever
de integralizar suas cotas. Ele poderá ser executado judicialmente, respondendo
pelo dano emergente da mora, sem prejuízo de sua exclusão da sociedade, por
deliberação da maioria dos demais sócios116. Assim afirma o art. 1.004, CC:
DIREITOS DO SÓCIO.
A participação nos lucros sociais está prevista no art. 1.007 do Código Civil
e caso haja no contrato social alguma cláusula que exclua algum sócio dessa
participação, esta cláusula será considerada nula. Assim determina o art. 1.008,
CC: “Art. 1.008. É nula a estipulação contratual que exclua qualquer sócio de
participar dos lucros e das perdas.” Esta participação nos lucros ocorre de forma
proporcional à porcentagem do capital social correspondente a sua quota.
da sociedade. Com isso, uma vez pagos os credores, o acervo restante é Borba, José Edwaldo Tavares. Di-
119
JURISPRUDÊNCIA
8. NOME EMPRESARIAL
A) MATERIAL DE LEITURA
Leitura Básica
Leitura Complementar
Assim, temos que o nome empresarial identifica o empresário individual e CAMPINHO, Sérgio. Curso de direito
121
A parte final do art. 1.158, § 2º, permite que o nome empresarial Art. 1.158 do Código Civil.
128
apresente uma mistura de firma e denominação. É o caso de numa Art. 3º A sociedade será designada
129
firma social131 assim como nome do empresário deve compor a firma individual. Exceto para a Sociedade Anônima.
131
O art. 1.158 do Código Civil traz de volta uma regra do Decreto n.º
3.708/1919, que em seu artigo 2º exigia que as denominações das sociedades
limitadas dessem a conhecer o objeto social. Tal regra havia sido abolida
em 1994 pela Lei de Registro Público de Empresas Mercantis134, tanto em
relação às firmas quanto às denominações.
Ainda, a Lei nº 8.934/94 – que revogou a Lei n.º 4.726/65 –, em seu art.
33, prescreve: “A proteção ao nome empresarial decorre automaticamente do
arquivamento dos atos constitutivos de firma individual e de sociedades, ou
de suas alterações”. E, no art. 34, dispõe: “O nome empresarial obedecerá aos
princípios da veracidade e da novidade”.
JURISPRUDÊNCIA
9. ESTABELECIMENTO EMPRESARIAL
A) MATERIAL DE LEITURA
Leitura Básica
Leitura Complementar
CONCEITO DE ESTABELECIMENTO.
FORMAÇÃO DO ESTABELECIMENTO
Esquema:
Corpóreos: máquinas, balcões, estoque, veículos, imóvel onde pratica atividades etc.
+
Incorpóreos: marca, estratégia, logística, Know How etc.
Nas palavras de Oscar Barreto Filho: “Os bens (...) são conjugados em Azienda é o complexo de bens orga-
147
Vejamos um exemplo:
• Marca do Produto: feijão Sendas, café Sendas... (não quer dizer que ela
produz esse produto; ela pode comprar de um fornecedor e inserir a
marca “Sendas”).
Esquema:
ATIVO PASSIVO
Contas, tributos, salários,
Dinheiro em caixa
prestações etc.
Imóvel (sede)
Estoque (faz parte do
estabelecimento)
Veículos (faz parte do
PATRIMÔNIO LÍQUIDO
estabelecimento)
Outros...
MAMEDE, op.cit. p.191.
156
Toda pessoa tem patrimônio, pois, para ter patrimônio, basta estar vivo. Codice Civile. Art. 2558. SUCCESSIONE
157
NEI CONTRATTI.
A pessoa natural ou jurídica (que nasce com o registro do ato constitutivo) 1. Se non e` pattuito diversamente
l’acquirente dell’azienda subentra
tem personalidade, e, por conseguinte, são capazes de adquirir direitos e nei contratti stipulati per l’esercizio
dell’azienda stessa che non abbiano
contrair obrigações na ordem civil. Essa capacidade de direito é inerente carattere personale.
à personalidade e só não é exercida ilimitadamente, quando há restrições 2. Il terzo contraente puo` tuttavia
recedere dal contratto entro tre mesi
para o seu exercício pessoal de fato. É o caso do incapaz, que, embora dalla notizia del trasferimento, se
sussiste una giusta causa, salvo in questo
seja capaz de adquirir direitos e contrair obrigações na ordem civil, não caso la responsabilita` dell’alienante.
3. Le stesse disposizioni si applicano
pode exercer essa capacidade de forma direta, devendo ser representado anche nei confronti dell’usufruttuario
e dell’affittuario per la durata
ou assistido, conforme o caso. dell’usufrutto e dell’affitto.
Dispõe a nova redação dada ao art. 133 do CTN pela Lei Complementar
nº 118/05, que incluiu os parágrafos 1º, 2º e 3º ao artigo, sobre a
exclusão de responsabilidade tributária, como regra geral, na aquisição ou do devedor em recuperação judicial
de estabelecimento, na hipótese de esta decorrer de alienação judicial com o objetivo de fraudar a sucessão
tributária.
em processo de Falência ou de alienação judicial de filial ou unidade § 3o Em processo da falência, o pro-
duto da alienação judicial de empresa,
produtiva isolada, em plano de Recuperação Judicial. Em outros termos, filial ou unidade produtiva isolada
não haverá sucessão do arrematante do estabelecimento nas obrigações permanecerá em conta de depósito
à disposição do juízo de falência pelo
do devedor, inclusive as de natureza tributária e trabalhista. A razão prazo de 1 (um) ano, contado da data
de alienação, somente podendo ser
de ser dessa nova norma é a mesma encetada para a questão trabalhista utilizado para o pagamento de créditos
extraconcursais ou de créditos que pre-
acima indicada. ferem ao tributário.
MAMEDE, op.cit. p.252.
163
O Código Civil, como Lei geral, não é aplicado quando a matéria tratada
for locação, isto porque o art. 2.036 ressalta que a Lei de Locações (Lei n.º
8245/1991), que é Lei especial, permanece em vigor. No entanto, quando a
lei especial é omissa, a matéria deve ser tratada pela lei geral.
JURISPRUDÊNCIA
A) MATERIAL DE LEITURA
Leitura Básica
Leitura Complementar
O Código Civil de 2002 nos artigos 45 – que trata do registro das pessoas
jurídicas em geral, e 985 – que trata da personalidade jurídica da sociedade
(pessoa jurídica de direito privado), repete a mesma regra do artigo 18 do
Código Civil de 1916170.
são bens inteiramente sujeitos ao regime de direito privado, salvo algumas 179
JUSTEN FILHO, Marçal in Curso
de Direito Administrativo. SARAI-
exigências legais como licitação para sua compra ou alienação. VA/2005. pg. 116.
JURISPRUDÊNCIA
A) MATERIAL DE LEITURA
Leitura Básica
Leitura Complementar
ESPAÇO DISCENTE
Luiza Fernandes
Lucas Germano
CONTEXTO
MUDANÇAS
CONCLUSÃO
Assim, não que tais instrumentos sejam suficientes por si mesmos, mas
que, no bojo da realidade econômica brasileira e diante do todo o histórico
de ineficiência do aparelho estatal, referido institutos visam trazer nova
sistemática para a economia, com uma pauta mais comprometida com a
liberdade econômica.
ESTUDO DE CASOS
CASO 1
Pedro e Theo são médicos e sócios de uma sociedade limitada, desde 1965,
cujo objeto é a exploração de uma clínica médica de atendimento popular.
A divisão das quotas é a seguinte: Pedro (75%) e Theo (25%). Com o passar
dos anos, o filho de Theo, João, que desde os 16 anos trabalhava no auxílio de
funções administrativas e, muito “querido” por todos, obtém graduação em
medicina. João, a partir de então, passa a clinicar e assumir a administração
da sociedade. Passados 20 anos, o quadro fático na clínica era o seguinte:
João (45) clinicava e administrava todos os negócios da clínica, estando seu
pai “aposentado”. O outro sócio (majoritário – Pedro) continuava a trabalhar
na clínica com os poucos clientes que lhe procuravam, mas muito satisfeito
com a atuação de João, apesar do descontentamento de sua família – vários
familiares trabalhavam na clínica, alguns como médicos e outros em diversas
funções. O falecimento de Pedro ocorre e João fica impedido, pelo segurança
da clínica, de ingressar no recinto, sob o argumento de que “tinha ordem de
não o deixar entrar, pois ele não era sócio”. Procurado por João, qual deve
ser a consulta jurídica?
CASO 2
A) MATERIAL DE LEITURA
Leitura Básica
Leitura Complementar
CAPITAL SOCIAL.
Conforme clássica lição de Alfredo Lamy Filho e José Luiz Bulhões Pedreira,
os “direitos dos acionistas estão organizados em conjuntos padronizados de
direitos e obrigações” (i.e., as ações) nas companhias. As ações são os valores
mobiliários em que se subdivide o capital social.
CONCEITO.
Segundo aponta José Luiz Bulhões Pedreira e Alfredo Lamy Filho, o Capital
Social é compreendido como “a cifra, fixada no estatuto social, do montante
das contribuições prometidas pelos sócios para formação da companhia que
a lei submete a regime cogente, cujo fim é proteger os credores sociais”.188
A) EM DINHEIRO:
B) EM BENS:
Realizada, de outro lado, por meio de bens (ou seja, tudo o mais que não
seja dinheiro), deve-se ter em mente a dificuldade de mensuração do valor
do bem subscrito – o que pode colocar em risco a realidade do capital social,
afetando acionistas e terceiros que contratem com a companhia.
a. avaliação isenta do bem por três peritos (art. 8º e 170, § 3º, LSA)
escolhidos pelos subscritores ou acionistas;
c. subscritor que confere bens não pode votar o laudo de avaliação (art.
115, § 1º, LSA);
CAPITAL AUTORIZADO.
Previsto no art. 168 da LSA, o capital autorizado tem sido uma importante
ferramenta de capitalização de recursos, conferindo maior agilidade às
companhias, pois permite que a decisão sobre aumento de capital mediante
emissão de ações ocorra por decisão do conselho de administração, sem a 195
FERREIRA, Waldemar in Tratado de
Direito Comercial – vol.3. Saraiva. São
necessidade de deliberação assemblear e alteração estatutária. Paulo/1961. pg.122.
O sócio que não cumpre com a obrigação de integralizar sua quota (ou
quotas) dentro do prazo, é chamado de sócio remisso e, na forma do art.
1.004 do Código Civil responderá, perante a sociedade, pelo dano emergente
da mora.
A sociedade (e não os sócios) poderá cobrar em juízo o que for devido pelo
sócio remisso, ou expulsá-lo196, sendo certo que para essa última hipótese
necessária se fará a presença de justa causa, não podendo ser utilizada a
inadimplência como via oblíqua para afastar sócios indesejáveis (esse tema
será objeto da próxima aula).
196
Código Civil. Art. 1.058. Não inte-
gralizada a quota de sócio remisso,
os outros sócios podem, sem preju-
ízo do disposto no art. 1.004 e seu
parágrafo único, tomá-la para si ou
transferi-la a terceiros, excluindo o
primitivo titular e devolvendo-lhe o
que houver pago, deduzidos os juros
da mora, as prestações estabelecidas
no contrato mais as despesas
ESTUDO DE CASO
JURISPRUDÊNCIA
1º do art. 135 dessa mesma Lei das S/A’s prevê que “Os atos relativos
a reformas do estatuto, para valerem contra terceiros, ficam sujeitos às
formalidades de arquivamento e publicação, não podendo, todavia, a
falta de cumprimento dessas formalidades ser oposta, pela companhia ou
por seus acionistas, a terceiros de boa-fé”. Por extensão, tais regramentos
mostram-se aplicáveis às hipóteses de aumento de capital decorrente da
incorporação de imóveis pelos sócios, inclusive quando inocorrente o
respectivo registro imobiliário. 6. Em tal cenário, tendo o aumento de
capital (mediante o aporte de imóveis pelos sócios) sido regularmente
formalizado perante a junta comercial, válida se revela a penhora levada
a cabo sobre tais bens de raiz, no âmbito da reportada execução fiscal
movida contra a sociedade, ainda que ausente o posterior registro
da respectiva alteração contratual no cartório de registro de imóveis,
porquanto presente a boa-fé do Fisco exequente. 7. Permitir-se que a
alteração do contrato social (repita-se, regularmente registrada na junta
comercial) pudesse ser desconsiderada em sede de embargos de terceiros,
após efetivada a penhora dos imóveis na execução fiscal movida contra a
pessoa jurídica, equivaleria a ignorar a proibição do venire contra factum
proprium, em benefício de sócios relapsos e em prejuízo da Fazenda de
boa-fé. 8. Por fim, caso os sócios, ora agravados, desejassem recuar do
intento de consolidar a incorporação dos imóveis entregues à sociedade
para aumento de capital, dispunham da possibilidade de promover nova
e tempestiva alteração do contrato social, desta feita para implementar a
redução de capital, com a exclusão dos mesmos imóveis antes entregues
para o seu aumento, cuja providência, entretanto, não chegaram a adotar.
9. Agravo interno provido. (STJ AgInt no AGRAVO EM RECURSO
ESPECIAL Nº 126.003 – RS; Rel. MINISTRO NAPOLEÃO NUNES
MAIA FILHO; 29/06/2017)
A) MATERIAL DE LEITURA
Leitura Básica
Leitura Complementar
PERSONALIDADE JURÍDICA.
I - a empresa devedora;
II - os sócios atuais; e
III - os sócios retirantes.
Feitas estas considerações, note-se que, até aqui, vimos que, para
que uma sociedade adquira sua personalidade jurídica, é necessário que
ela proceda com seu registro e arquivamento na Junta Comercial. Tais
sociedades são chamadas personificadas.
Em apartada síntese, vejamos o que são tais “sociedades” (que serão 200
CAMPINHO, Sérgio. Curso de Direi-
to Comercial: Direito de Empresa. 16ª
objeto de estudo na disciplina de Tipos Societários). ed. – São Paulo: Saraiva Educação,
2019, p. 74.
201
CAMPINHO, Sérgio. Curso de Direi-
As Sociedades em Comum, com base na redação do art. 986, CC/02, to Comercial: Direito de Empresa. 16ª
ed. – São Paulo: Saraiva Educação,
são aquelas sociedades que não se apresentam com seus atos constitutivos 2019, p. 74.
inscritos na respectiva Junta Comercial. Assim, enquanto não inscritos 202
CAMPINHO, Sérgio. Curso de Direi-
seus atos constitutivos, reger-se-á a sociedade pelos artigos 987 a 990 e, to Comercial: Direito de Empresa. 16ª
ed. – São Paulo: Saraiva Educação,
supletivamente, pelas as normas da sociedade simples (art. 986, CC/02). 2019, p. 74.
203
CAMPINHO, Sérgio. Curso de Direito
Comercial: Direito de Empresa. 16ª ed.
– São Paulo: Saraiva Educação, 2019, p.
85.
ESPAÇO DISCENTE
Yago Falcão
Angelo C. Gomes
205
https://www.sebrae.com.br/
sites/PortalSebrae/ufs/sp/sebraeaz/
pequenos-negocios-em-numeros,12e8
794363447510VgnVCM1000004c0021
0aRCRD
A) MATERIAL DE LEITURA
Leitura Básica
Os credores oriundos de negócios realizados pelo empresário Aaron VERRUCOLI, Piero. in Il Superamento
209
Salomon viram a garantia patrimonial restar abalada em decorrência do della personalità giuridica delle societá
di capitali nella “common law” e nella
esvaziamento de seu patrimônio em prol da company. Com esse quadro, “civil law”, Milano, Giuffré, 1964, ps.
90-2 e p. 103.
o juízo de primeiro grau declarou a fraude com o alcance dos bens do 210
in Abuso de direito e fraude através
sócio Aaron Salomon. Ressalte-se, entretanto, que a House of Lords 208, da personalidade jurídica. São Paulo:
Revista dos Tribunais 410/12.
reconhecendo a diferenciação patrimonial entre a companhia e os sócios, 211
Art. 28. O juiz poderá desconsiderar
não identificando nenhum vício na sua constituição, reformou a decisão a personalidade jurídica da sociedade
quando, em detrimento do
exarada. Como aponta Piero Verrucoli209, a teoria da desconsideração consumidor, houver abuso de direito,
excesso de poder, infração da lei, fato
teve sua difusão contida em virtude do efeito vinculante das decisões da ou ato ilícito ou violação dos estatutos
Casa dos Lordes. ou contrato social. A desconsideração
também será efetivada quando
houver falência, estado de insolvência,
encerramento ou inatividade da
Em razão do berço da teoria (EUA e Inglaterra) alguns termos em pessoa jurídica provocados por má
administração.
língua estrangeira são de comum utilização: disregard of legal entity; § 1° (Vetado).
§ 2° As sociedades integrantes dos
piercing the corporate veil e lifting the corporate veil. grupos societários e as sociedades
controladas são subsidiariamente
responsáveis pelas obrigações
O desenvolvimento da teoria ganhou força no direito norte- decorrentes deste Código.
§ 3° As sociedades consorciadas são
americano, chegando ao direito brasileiro pela fala de Rubens Requião210, solidariamente responsáveis pelas
obrigações decorrentes deste Código.
em palestra proferida na Universidade Federal do Paraná, baseando o § 4° As sociedades coligadas só
responderão por culpa.
raciocínio na fraude e no abuso de direito. § 5° Também poderá ser
desconsiderada a pessoa jurídica
sempre que sua personalidade for,
O direito positivo reconheceu a disregard doctrine na regra inserta no de alguma forma, obstáculo ao
ressarcimento de prejuízos causados
artigo 28 211 da Lei 8.078/90 (Código de Defesa e Proteção das Relações aos consumidores.
Para Sérgio Campinho, a “doutrina da desconsideração da personalidade Art. 18. Começa a existência legal
217
o propósito da teoria em questão é o “de demonstrar que a personalidade Art. 45. Começa a existência legal
219
personalidade jurídica foi desenvolvida pela doutrina e mais tarde acolhida 220
Art. 985. A sociedade adquire per-
sonalidade jurídica com a inscrição, no
pelo legislador para permitir que “os efeitos de obrigações da pessoa registro próprio e na forma da lei, dos
seus atos constitutivos (arts. 45 e 1.150).
jurídica sejam estendidos àqueles que, de fato ou de direito, sejam seus
Art. 990. Todos os sócios respondem
221
sócios, administradores ou sociedades coligadas” e tenham se utilizado solidária e ilimitadamente pelas obri-
da personalidade jurídica para a prática de atos ilícitos ou fraudatórios, gações sociais, excluído do benefício de
ordem, previsto no art. 1.024, aquele
lesando terceiros em benefício próprio.226 que contratou pela sociedade.
A legislação tributária e a trabalhista permitem a responsabilização pessoal in Direito Societário. 9ª ed. Rio de
222
O art. 889 da Consolidação das Leis do Trabalho – CLT determina que in Curso de Direito Comercial vol I.
225
Como hipótese para reflexão, vejamos que não se pode conceber que um
acionista de uma grande companhia corra o risco de ver a desconsideração
decretada alcançando-o, violando toda a evolução impressa pela reforma
da lei das sociedades anônimas (Lei 10.303/2001), no sentido da captação
de recursos populares (poupança popular).
sociedade para ser utilizado como residência de um dos sócios; enfrentado no FILHO, Alfredo Lamy e PEDREIRA,
246
seguinte acórdão: “Responsabilidade. Civil. Locação. Aluguel. Pagamento. José Luiz Bulhões. A Lei das S.A.. Rio
de Janeiro: Renovar, 1997, p. 255. Ex-
No contrato de locação, o pagamento e a obrigação principal do inquilino, pressão utilizada para designar aqueles
se a avenca foi realizada por pessoa jurídica, fraudulentamente, os bens dos sócios que existem apenas para se al-
cançar a pluralidade, uma vez que o or-
sócios respondem pelo pagamento.”244. denamento jurídico não admite, como
regra, a unipessoalidade societária.
247
Apelação Cível n° 2001.001.27044.
Muito comum também o empresário individual245 se travestir sob a 2ª Câmara Cível do TJ/RJ. Rel. Des. Elisa-
forma de sociedade, apresentando-se no quadro societário com 98% das bete Filizzola. Julgado em 29/05/2002
Tal prática tem recebido severa resposta jurisdicional: “Recusa, por evidente
ocultação, do recebimento do ato citatório para início da execução. A jurisprudência
do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro registra alguns acórdãos em que se
tomou em conta a moderna teoria do Superamento da Personalidade Jurídica,
também conhecida como “teoria da penetração”, hoje largamente divulgada nos
Estados Unidos (disregard of legal entity), para reconhecer a responsabilidade dos
sócios de sociedade por quotas de responsabilidade limitada pelas obrigações
sociais decorrentes de ato ilícito ou fraudulento. Desconsideração da pessoa
jurídica; citação na pessoa dos sócios da sociedade limitada.”249.
DESCONSIDERAÇÃO “INVERSA”.
ESTUDO DE CASOS
CASO 1
CASO 2
CASO 3
CASO 4
CASO 5
CASO 6
1) Como deve ser encaminhada a sua defesa, sendo certo que Padaria
Bom Dia Ltda?
JURISPRUDÊNCIA
SIMPLES INADIMPLEMENTO
NÃO JUSTIFICA DESCONSIDERAÇÃO
GRUPO ECONÔMICO
DESCONSIDERAÇÃO INDIRETA
DESCONSIDERAÇÃO INVERSA
DJe 26/03/2018
FICHA TÉCNICA