Apostila Comunicação de Dados PDF
Apostila Comunicação de Dados PDF
Apostila Comunicação de Dados PDF
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18 de Agosto de 2011
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1 Introdução a comunicação de dados
A comunicação de dados se preocupa com a transmissão de mensagens digitais entre dispo-
sitivos que recebem e/ou originam dados digitais em um sistema de comunicação. A Figura
1 ilustra, de forma simples, um sistema para comunicação de dados onde estão representa-
dos os blocos transmissor e receptor, bem como o meio físico por onde a informação deve
se propagar. O bloco transmissor representa todo o processamento aplicado a informação
para que esta possa ser representada por um sinal elétrico e então transmitida ao seu des-
tino. O meio por onde o sinal se propaga pode ser o ar, cabo coaxial, a rede elétrica ou
uma fibra óptica. Neste meio podem ocorrer atenuações e ruídos que distorcem o sinal
transmitido. O bloco receptor representa as operações aplicadas ao sinal para recuperar a
informação transmitida.
2
2 Programa da Disciplina
1. UNIDADE 1 - VISÃO GERAL
• Um modelo de comunicação.
• Comunicação de dados.
• Redes de comunicação de dados.
• Protocolos e arquitetura de protocolo.
• Normas.
• Introdução.
• Transmissão analógica e digital.
• Problemas na transmissão de dados.
• Meios de transmissão guiados.
• Transmissão wireless.
• Controle de fluxo.
• Detecção de erro.
• Controle de erro.
• Controle de enlace de dados - Protocolo HDLC.
• Outros protocolos de controle de enlace de dados.
3
6. UNIDADE 6 - MULTIPLEXAÇÃO
• Introdução.
• Conceitos da comutação de circuitos.
• Roteamento em redes por comutação de circuitos.
• Sinalização.
• Arquitetura de protocolo.
• Conexões lógicas das redes ATM.
• Células ATM e transmissão.
• Categorias de serviços ATM.
• Camada de adaptação ATM.
• Frame Relay.
4
3 Bibliografia a ser empregada
1. Stallings, William. Data and Computer Communications. Prentice Hall, 6th edition,
2000.
5
1 Decibel – dB
O decibel é uma expressão da relação entre dois sinais que expressa ganho (amplificação)
ou perda (atenuação). Os sinais podem ser tensões, correntes ou níveis de potência, como
ilustrado na Figura 1.
A utilização do decibel facilita cálculos onde há uma grande variação entre as grandezas
envolvidas, pois o uso de logaritmos torna estes números pequenos e fáceis de manipular.
A Figura 2 apresenta a diferença entre a escala linear (decimal), bel e decibel.
Em cálculos de enlaces de telecomunicações, há grande variações entre potências de
transmissão e recepção de um sinal, observe o seguinte exemplo:
Exemplo: Considere que uma estação rádio base de telefonia celular (ERB) esteja ir-
radiando, efetivamente (incluindo ganho da antena), 80 watts de potência . Considere que
um telefone celular (TC), a uma determinada distância dessa ERB, receba um sinal de
aproximadamente 2 nanowatts.
A faixa de variação em Watts e em decibéis, para o referido exemplo, é apresentada na
Tabela 2 onde, para o cálculo em decibéis, é empregado 1 Watt como valor de referência.
Observe na Tabela 2 que o uso de logaritmos torna a variação entre as grandezas envolvidas
menor e mais fácil de manipular.
1
Como as unidades metros e centímetros. Para valores menores que 1m, centímetro é a unidade de
medida mais indicada, 100 vezes menor que o metro. A unidade de medida, metro, seria grande.
1
Figura 2: Comparação entre diferentes escalas: Linear, bel e decibel
2
1.2 Exercícios
1. Exemplo: Considerando o exemplo anterior, determine a atenuação do sinal entre
ERB e TC.
19dBW −(−87)dBW = 106dB
Atenuação = ,
49dBm −(−57)dBm = 106dB
ou
80
= 10 log ( 2×10 −9 )
Atenuação = .
= 106dB
Figura 3: Receptor
7. Um power meter apresenta uma potência de ruído de -70 dBm. Quando um sinal
“P ” é aplicado esse valor aumenta para -65 dBm. Qual a potência do sinal “P ” em
dBm?
3
2 Referência bibliográfica
1. Rohde & Schwarz.“dB or not dB? Everything you ever wanted to know about decibels
but were afraid to ask...”. Disponível na Internet via WWW. URL:
http://www.eetimes.com/electrical-engineers/education-training/tech-papers
/4127502/dB-or-not-dB-Everything-You-Ever-Wanted-to-Know-About-Decibels-
But-Were-Afraid-to-Ask. Arquivo obtido em 11 de agosto de 2010.
4
1 Sistema de Comunicação de Dados
Em um sistema de telecomunicações, como ilustrado na Figura 1, a informação é trans-
formada em sinal elétrico para possibilitar a sua transmissão a longa distância. Essa
informação é transmitida através de meios como fios, cabos coaxiais, fibra óptica ou irradi-
ada através de ondas eletromagnéticas como em radiodifusão, infravermelho, microondas
e satélites.
Amostrador – Neste bloco o sinal passa a ser representado por uma seqüência de amostras
tomadas uniformemente em instantes espaçados de tempo;
Quantizador– A amplitude de cada amostra é ajustada ao valor mais próximo escolhido
dentre um número finito de níveis de amplitude discreta. Por exemplo, podemos representar
cada amostra como um número binário de 8 bits, caso em que há 28 níveis de amplitude;
Codificador– Tem o propósito de representar cada amostra quantizada por meio de uma
1
palavra de código composto de um número finito de símbolos. Por exemplo, em um código
binário os símbolos podem ser 1’s e 0’s.
2
Uma questão interessante no processo de amostragem do sinal é a seguinte: Existe um
número mínimo de amostras? Apenas ficar com algumas amostras do sinal pode levar a
perder informação contida no sinal analógico?
Por exemplo, considerando o sinal de voz para telefonia com uma largura de banda
de 4KHz, a frequência de amostragem será de 8KHz (8 mil amostras por segundo). Se
utilizarmos 8 bits para codificar uma amostra de voz ter–se–á uma taxa de 64Kbps.
1.2 Exercícios
1. Um sinal, cujo espectro é apresentado na Figura 6, foi amostrado a 1,5Hz. Apresente
o espectro de sinal amostrado e do sinal recuperado por um filtro passa–baixas de
largura de banda de 1Hz que, também, tem o espectro ilustrado na Figura 6.
Figura 6: Espectros
3
1 Análise do Processo de Amostragem
O objetivo desta análise é mostrar como se dá o processo de amostragem de um sinal x(t)
qualquer no domínio do tempo e da frequência.
1
tragem p(t) pelo sinal de informação x(t), no domínio tempo, corresponde no domínio da
frequência, a convolução dos espectros destes sinais”, ou seja, X(ω) ∗ P (ω) = Xp (ω).
Figura 3: Espectro do Sinal amostrado, Xp (ω), obtido pela operação X(ω) ∗ P (ω).
2
Figura 5: Recuperando sinal, xr (t), obtido pela operação xp (t) × h(t).
3
1 Quantização
Considere, como exemplo, que após um processo de amostragem de um sinal variando
entre -3,5V e 3,5V, as amostras obtidas foram:
Figura 1: Amostragem.
Para que os valores de amplitude das amostras possam ser representados por uma
quantidade finita de bits (obter um sinal digital), é necessário convertê-las para um número
finito de amplitudes. Esta operação é designada quantização.
Portanto, após um processo de amostragem, a faixa dos valores possíveis do sinal
é subdividida em intervalos de quantização. Em cada intervalo é definido um nível de
quantização, o qual corresponde a um valor de tensão intermediário do intervalo.
A distância entre níveis de quantização, ∆, pode ser expressa através da seguinte
equação:
2A
∆= , (1)
N
em que, A é a amplitude máxima do sinal que assume valores entre −A e A. N é o número
de níveis empregado. N = 2b , sendo b o número de bits para codificação de cada amostra.
Utilizando as amostras do conjunto previamente apresentado em que, A = 3, 5 e consi-
derando b = 3, é obtido para ∆:
2 × 3, 5
∆= = 0, 875V (2)
23
1
A Tabela 1 apresenta os intervalos de quantização para as referidas amostras. O
tamanho de cada intervalo é de 0,875V, conforme calculado acima. Os níveis de quantização
correspondem ao valor médio de cada intervalo. Observe que na primeira coluna da Tabela
1 as amostras estão apresentadas de acordo com os intervalos de quantização.
2
A codificação das amostras empregadas como exemplo neste documento é apresentada
na quarta linha da Tabela 2.
3
Tabela 2: Codificação do Sinal
Amostra 3,5 0.8238 -0.1305 -1.0437 -2.2014
Nível de quantização 3,0625 0,4375 -0,4375 -1,3125 -2,1875
Erro de quantização (ε) 0,4375 0,3863 0,3070 0,2688 -0,0139
Código – PCM 111 100 011 101 010
2 Exercícios
1. Determine, considerando a seguinte sequência de amostras de um sinal variando de
−4 a 4 Volts:
4
1 Razão sinal-ruído de quantização
Assumindo uma probabilidade de erro constante dentro da faixa − ∆2 ≤ ≤
∆
2
, a potência do erro médio quadrático de quantização (também chamado
de potência do ruído de quantização) é expresso por:
1 ∆/2 2 ∆2
Z
P2 = d = , (1)
∆ −∆/2 12
2A A2
como ∆ = N
então, P2 = 3N 2
.
S
A razão sinal-ruído de quantização é definida como, SN R = P2
, em que
S é a potência média do sinal. Em dB, (SN R)dB = 10 log( PS2 ).
1
1 Exercícios
1. Em um sistema PCM binário, a razão sinal-ruído de quantização de saída deve ser
mantida, no mínimo, em 40 dB. Determine o número de níveis necessários e a razão
sinal-ruído de quantização de saída.
3. Considere um sinal de áudio com frequências entre 300 e 3300Hz. Um sinal PCM é
gerado a uma taxa de 8000 amostras por segundo. Se a razão sinal-ruído é de 30dB,
responda:
4. Se o valor máximo de uma onda senoidal é de mp = 20V e forem utilizados 256 níveis
de quantização, qual é a tensão entre dois níveis quando não há compressão? Para
µ = 255, qual é a menor e maior separação entre níveis?
5. A forma de onda analógica da Figura 1 é para ser modulada usando modulação delta.
O período de amostragem e o tamanho do passo são indicados pela grade da Figura
1. A primeira saída DM e a função degrau para essa saída estão apresentadas na
Figura 1. Mostre o restante da função degrau e da saída DM.
1
1 Quantização não linear
No caso da quantização linear ou uniforme, teremos erros de quantização relativamente
grandes para sinais de pequeno valor.
• Estes erros poderiam ser de mesma grandeza que o próprio sinal de entrada e a razão
sinal-ruído não seria suficientemente grande para a recuperação da informação.
Figura 1: Fonte: Modern Digital And Analog Communications Systems (B. P. Lathi) 3rd
Ed.
Para muitas classes de sinais, a quantização uniforme não é eficiente. Por exemplo,
observa-se (estatisticamente), na comunicação pela fala, a predominância de amplitudes
menores. Sendo que amplitudes mais altas são raramente utilizadas. Portanto, o esquema
de quantização uniforme será sem sentido para sinais da fala, uma vez que, muitos níveis
de quantização serão raramente utilizados. Observe um exemplo na Figura 1.
Um esquema eficiente é implementar um método de quantização não-uniforme, no qual
passos menores para amplitudes menores são utilizados. Neste caso teremos pequenos
intervalos de quantização para sinais de pequeno valor e intervalos maiores para sinais de
maior valor. Desta forma a relação entre o sinal de entrada e o erro de quantização é
aproximadamente igual para toda a faixa de amplitude do sinal de entrada.
O mesmo resultado pode ser obtido comprimindo-se inicialmente as amostras do sinal
e, então, utilizando uma quantização uniforme. As características de um compressor são
1
mostradas na Figura 2 e Figura 3. O eixo horizontal é o sinal de entrada normalizado, ou
seja, o sinal original dividido por seu valor máximo de amplitude.
2
em que, x e y são, respectivamente, o sinal sendo quantizado e o sinal quantizado norma-
lizados, estando seus valores entre −1 e 1. A = 87, 6 e
+1, se x(t) > 0
sgn(x) = .
−1, se x < 0
A ITU–T definiu a curva para lei µ (padrão G711, lei µ – Figura 3, para o sistema
PCM-24 - América do Norte e no Japão) expressa por:
ln 1 + µ | x |
y = sgn(x) · , se 0 ≤| x |≤ 1, (2)
ln (1 + µ)
µ é uma constante positiva igual a 255 na América do Norte.
Para recuperar as amostras do sinal em seus níveis corretos, um expansor com a caracte-
rística complementar a do compressor é utilizado no receptor. A combinação da compressão
e expansão é chamada de companding conforme ilustra a Figura 4.
3
Figura 5: Modulação delta
4
1 Transmissão digital em banda base
A transmissão digital oferece algumas vantagens no que diz respeito ao tra-
tamento do sinal, bem como oferecimento de serviços:
1
2 Códigos de linha
A codificação de dados é realizada através dos códigos de linha. As caracte-
rísticas “ideais” de um código são:
A taxa de transmissão de códigos de linha pode ser dada em bits por segundo
ou bauds por segundo, este último se refere ao quantidade de símbolos por
segundo. Um símbolo pode ser representado por um conjunto de bits como
ilustra a Tabela 1, onde um símbolo é formado por 2 bits. Assim, se N é
o número de símbolos e b é o número mínimo de bits para representar tais
símbolos, então N = 2b , alternativamente, b = log2 N . Nesse caso, taxa em
bits = taxa em bauds × log2 N . A taxa em bits é representada por R, por
conseguinte, o tempo de duração de um bit é Tb = R1 .
2
2.1 No return to zero level – NRZ
• Dois níveis de tensão diferentes para bits 0 e 1, por exemplo: nível alto
para o bit 1 e nível baixo para o bit 0;
3
2.2 Codificação multinível binária
Neste tipo de codificação são mais do que dois níveis para codificação dos
dados. São considerados dois tipos de código de linha, o bipolar Alternate
Mark Inversion – (AMI) e o pseudoternário:
• AMI
• Pseudoternário
• Prós
• Contras
4
2.3 Codificação Manchester
Apresenta codificação no meio do tempo de bit. São consideradas as codifi-
cações Manchester e Manchester diferencial.
• Manchester
• Manchester diferencial
3 Técnicas de scrambling
As técnicas de scrambling servem para evitar que uma sequência de bits
fique por um longo período de tempo em um mesmo nível de tensão. Assim,
é papel de um scrambler:
5
Após ser recebido pelo receptor, o sinal passa pelo processo inverso (uns-
crambling), permitindo que a sequência original de bits possa ser interpretada
corretamente pelo detector.
Além disso, não tem componente DC, as sequências com nível zero não são
longas, não há redução na taxa de dados e possui a capacidade de detecção
de erros.
Dois tipos de codificação são apresentadas, a Bipolar with 8–zeros subs-
titution – B8ZS e High–density bipolar 3 zeros – HDB3. A codificação de
linha B8ZS é empregada em circuitos T1 (multiplexação de 24 canais de voz
– sistema Americano) enquanto a codificação HDB3 é utilizada em circuitos
E1 (multiplexação de 32 canais de voz – sistema Europeu).
• B8ZS
– Baseada no bipolar-AMI
– Seja um octeto todo de zeros e o último pulso de voltagem o
precedendo for positivo, codifica-se como “000 + −0 − +”
– Seja um octeto todo de zeros e o último pulso de voltagem o
precedendo for negativo, codifica-se como “000 − +0 + −”
– Causa duas violações do código AMI
– É improvável de ocorrer como resultado de ruído
– Receptor detecta e interpreta a sequência como octeto de zeros
– Na Figura 4 a regra usada para 1o octeto de zeros foi: último pulso
de voltagem precedendo for negativo, codifica-se como “000−+0+
−”.
• HDB3
– Bipolar 3 Zeros
– Baseada no bipolar-AMI
– Evita sequência de quatro zeros ou mais
– O quarto zero numa sequência é sempre transmitido como um
impulso que viola a regra da alternância (V)
– Após a primeira sequência de 4 zeros, para as sequências consecu-
tivas, o primeiro zero da sequência é substituído por um impulso
que respeita a regra da alternância (B), o quarto zero, por um
impulso que viola essa regra
6
Figura 4: Codificação B8ZS, em que B=balanceamento e V=violação da
regra
4 Exercício
1. Codifique a sequência 11000011000000001 usando codificação:
(a) Pseudoternária;
(b) Manchester;
(c) Manchester Diferencial;
(d) B8ZS
(e) HDB3.
7
Exercícios
1. Dado um receptor com uma temperatura de ruído efetivo de 100 Kelvin e uma largura
de banda de 10 MHz determine o nível de ruído térmico na saída do receptor em
decibéis.
2. Suponha que o espectro de um canal está entre 3MHz e 4MHz e a razão sinal-ruído
é de 20 dB, determine a capacidade do canal de comunicação em bits por segundo.
Considerando o valor encontrado como um limite teórico, uma vez que foi considerado
apenas o ruído térmico, determine o nível de sinal necessário.
3. Qual a razão sinal-ruído, em dB, necessária para atingir uma capacidade de 20Mbps
para uma largura de canal de 3MHz? Qual o número de bits necessário para a
transmissão dos dados?
Eb
4. Se N o
= 8, 4dB para uma determinada modulação, para se obter uma taxa de erro
de bit de 10−4 ( 1 erro de bit a cada 10000 bits), sendo a temperatura efetiva de
ruído de 290 K e a taxa de transmissão de dados de 2400 bps, qual o nível de sinal
necessário em dB?
(a) Para uma transmissão sem distorção, qual deve ser a relação entre as seqüências
d m e am ?
(b) Que tipo de codificação de linha é esta?
(c) Como modificar as equações para se obter uma codificação pseudoternária?
1 Modulação digital – Noções básicas
A modulação envolve operações sobre uma ou mais das três características de uma porta-
dora (amplitude, fase, frequência). Há três técnicas básicas de modulação para transformar
dados digitais em sinais analógicos: Modulação por mudança em amplitude (Amplitude
Shift Keying – ASK), Modulação por mudança em frequência (Frequency Shift Keying –
FSK), Modulação por mudança em fase (Phase Shift Keying – PSK)
• Controle remoto pôr meio de radiofrequência, como os usados para ligar e desligar
alarmes de carros, residências ou abrir portões.
1. se o sinal for binário, variando-se dois níveis (0,space e 1,mark) teremos o ASK binário
ou BASK, conforme ilustra a Figura 1
1
Figura 2: Modulação ASK – MASK
2. Se o sinal tiver m níveis, sinal multinível teremos o ASK multinível, também chamado
MASK, conforme ilustra a Figura 2
No caso particular do sinal BASK em que um dos níveis é zero, o sinal produzido
equivale a senóide interrompida e por isso é ainda designado por OOK, ou seja, On-off
Keying, conforme ilustra a Figura 3
2
Figura 4: Ilustração de modulação FSK
• Muito robusta;
• Uma mudança de fase representa mudança do bit 0 para o bit 1 ou vice-versa. Isto
é, cada elemento de sinal representa um bit;
• Por exemplo, para transmissão do bit 0, muda-se a fase 1800 , conforme é mostrado
na Figura 5.
3
Figura 5: Modulação do tipo PSK binária
4
Tabela 2: Fases e símbolos da modulação QPSK
S(t) Fase Bits Símbolo
π
A cos(ωt + 4 ) =
= A[cos(ωt)
√
cos( π4 ) − sin(ωt) sin( π4 )] π
4
00 S1
2
= A 2 [cos(ωt) − sin(ωt)]
A cos(ωt + 3π4
)=
= A[cos(ωt)
√
cos(3 π4 ) − sin(ωt) sin(3 π4 )] 3 π4 01 S2
2
= A 2 [− cos(ωt) − sin(ωt)]
A cos(ωt + 7π4
)=
π
= A[cos(ωt)
√
cos(7 4
) − sin(ωt) sin(7 π4 )] 7 π4 11 S3
2
= −A 2 [cos(ωt) − sin(ωt)]
A cos(ωt + 5π4
)=
= A[cos(ωt)
√
cos(5 π4 ) − sin(ωt) sin(5 π4 )] 5 π4 10 S4
2
= −A 2 [− cos(ωt) − sin(ωt)]
5
Figura 6: Diagrama de constelação para moduação QPSK
2 Exercícios:
1. Como seria a sequência 01110101 empregando BPSK
6
Figura 7: Canais “I” e “Q” em uma modulação QPSK
7
Figura 8: Implementação de uma modulação QPSK
8
1 Moldando Pulso para reduzir a largura de banda
Pulsos quadrados não são práticos. São difíceis de serem gerados e requerem grande largura
de banda. Além disso, em razão da largura de banda limitada do canal, os pulsos transmi-
tidos sucessivamente sofrem espalhamento no tempo, o que faz com que um pulso interfira
no outro. Esse efeito é denominado interferência intersimbólica (ISI). O espalhamento do
sinal não causará interferência se seguidas algumas condições, que combinam a resposta do
transmissor-canal-receptor, conhecidas como Nyquist Pulse shaping. Em outras palavras,
a resposta do sistema de comunicação (Tx, Rx e Canal) a cada instante de amostragem no
receptor é zero para todos os outros símbolos exceto o símbolo corrente.
(
k para n = 0
h(nTs ) = (1)
0 para n 6= 0
p
sin( Tt )
A resposta ao impulso do sistema deve ser [ pt
s
], conforme ilustrado na Figura 1.
Ts
1
Figura 2: Espectro do pulso ideal da Figura 1
2
Figura 4: Espectro para pulso cosseno levantado
3
Figura 6: Exemplo de codificação OQPSK
1
Digital Modulation Techniques – Fuqin Xiong, 2000
4
Figura 8: Tipos de modulação QAM1
4 Exercício
1. Para a seqüência de bits 11100100 realizar a modulação QPSK e OQPSK. Apresente
os diagramas para os canais I × t e Q × t para as referidas modulações.
5
1 Espalhamento Espectral
No processo de espalhamento espectral a energia total de cada sinal é distribuída por toda
uma banda, assemelhando-se ao espectro de ruído branco. Todos os sinais oriundos dos
diversos usuários e o próprio ruído agregado à transmissão são superpostos no espectro.
Através da aplicação do código apropriado, a informação do usuário desejado é extraída
deste “ruído”. Há duas formas principais de se realizar o espalhamento espectral: Salto em
Frequência – Frequency Hopping (FH) e Seqüência Direta – Direct Sequence
(DS). Na técnica de espalhamento por salto em freqüência, a portadora de cada canal
“salta” entre as várias freqüências do espectro alocado, segundo uma seqüência pseudoalea-
tória. A faixa original do sinal é mantida, porém, como a portadora percorre rapidamente
uma faixa muito grande de freqüências, o efeito final é de espalhamento espectral. Esta
técnica provê um alto nível de segurança, uma vez que um receptor que tente interceptar
a comunicação sem dispor da seqüência pseudoaleatória usada para comandar os saltos,
precisará buscar freqüências de sintonia de forma muito rápida e determinar a freqüência
em uso em cada instante e no slot de tempo exato. As Figura 1 e 2 ilustram essa técnica.
Na técnica de espalhamento por seqüência direta, o sinal de cada canal é multiplicado por
uma seqüência binária de um conjunto ortogonal. Duas seqüências x e y são ortogonais
quando sua correlação cruzada é igual a zero. Para duas seqüências de comprimento L
dadas por x = (x1 , x2 , x3 , ..., xL ) e y = (y1 , y2 , y3 , ..., yL ), a correlação cruzada é dada por:
L
X
Rxy = xi · yi = 0 (1)
i=1
1
Figura 2: Diagrama de blocos para sistema empregando salto em freqüência.
O processo de espalhamento por seqüência direta e a recuperação dos sinais num sistema
DS-CDMA são ilustrados na Figura 3 e na Figura 4 de forma simplificada.
2
Figura 4: Exemplo de aplicação de DS–CDMA.
3
1.1 Geração de Seqüências – Walsh Code
Um código ortogonal empregado no espalhamento por seqüência direta é o código Walsh,
que pode ser gerado de acordo com a Figura 6 a seguir:
2 Exercício
1. Gere um código ortogonal de comprimento 8. Escolha duas seqüências e codifique a
informação 110 e 101. Transmita e após decodifique.
4
1 Principais meios de transmissão
Meio de transmissão é o caminho físico entre o transmissor e o receptor. As características
e qualidade da transmissão de dados são determinadas tanto pela natureza do sinal quanto
pela natureza do meio. O meio de transmissão pode ser meio guiado, onde é de maior
importância a limitação da transmissão ou meio não-guiado, neste caso, a largura de banda
do sinal é o mais importante.
1
2 Cálculo de rádioenlaces (radiolinks)
A partir do enlace de rádio representado na Figura 1, consistindo de uma antena transmis-
sora e de uma antena receptora separadas por uma distância r, será apresentado o cálculo
para atenuação no espaço livre.
Sejam:
• PT = potência transmitida
• PR = potência recebida
Considerações:
1. As antenas são sem perdas (η = 1);
potência radiada
η= (1)
potência total aplicada
2
2.1 Densidade de potência radiada
Antena isotrópica, que radia potência igualmente em todas as direções (onda esférica)
PT
S= (3)
4πr2
Para uma antena qualquer:
DT PT
S= (4)
4πr2
Onde DT é a diretividade da antena denida como capacidade da antena de direcionar
a potência radiada. Para um dipolo de meia onda DT = 1, 64
λ 2
Pr (d) = Dt Dr ( ) PT , (8)
4πd
denominada fórmula de Friis para antenas sem perdas. Ou, em termos de ganhos (G = ηD):
λ 2
Pr (d) = Gt Gr ( ) PT , (9)
4πd
fórmula de Friis (antenas sem perda) para antenas quaisquer.
Exercício
1. Um dipolo de meia onda sem perdas, operando em f = 100MHz, é alimentado com
uma potência de 100W. Calcular:
3
(c) A potência máxima recebida por um outro dipolo de meia onda a 1 km do
transmissor.
4
1 Fibra Óptica e Sistemas de transmissão ópticos
1.1 Introdução
Consiste em um guia de onda cilíndrico, conforme ilustra a Figura 1, formado por núcleo
de material dielétrico (em geral vidro de alta pureza), e por uma casca também de material
dielétrico (vidro ou plástico) com índice de refração ligeiramente inferior ao núcleo, empre-
gados como meio de transmissão para sinais ópticos. Podem também estar presentes, para
proteger fisicamente a fibra, uma ou várias camadas de material amortecedor de impacto
e resistente à tensão mecânica.
1
Figura 2: Diagrama de blocos de um sistema de transmissão óptica
É importante observar que um feixe de luz pode ser composto por vários comprimentos
de onda, assim em um meio material, para cada comprimento de onda tem-se um índice
de refração diferente (prisma). Portanto, para um feixe de luz se tem velocidades de fase
diferentes e uma velocidade de grupo para a frente de onda.
2
1.4 Tipos de fibra óptica
Existem duas classes principais de fibras ópticas: as monomodo e as multimodo.
3
Figura 6: Fibra multimodo gradual
4
Figura 7: Os três principais tipos de fibras: Índice degrau, índice gradual e monomodo
no núcleo da fibra para β, que é o ângulo entre a luz incidente e o eixo axial no núcleo
da fibra óptica. Altera-se portanto o ângulo de incidência, θ1 entre núcleo e casca, sendo
θ2 o ângulo de refração. Para que se tenha reflexão interna total θ1 > θ2 , então abertura
numérica (N A) de uma fibra óptica é expressa por N A = sin(θA ):
Para a interface ar–núcleo da fibra óptica, a lei de Snell fica:
Para a interface núcleo–casca da fibra óptica, a lei de Snell fica, considerando a condição
de ângulo crítico para θ1 , isto é, θ2 = 900 :
η1 · sin(θ1 ) = η2 · sin(θ2 )
(3)
sin(θ1 ) = ηη21
5
Figura 8: Abertura numérica
sin(θA ) = η1 · sin(β)
q
sin(θA ) = η1 · 1 − ( ηη12 )2 (5)
p
sin(θA ) = η12 − η22
6
Figura 9: Abertura numérica para uma fibra óptica
pulso guiado resultante é obtido pela soma da interferência construtiva e destrutiva desses
modos. Em razão disto, nem todos os ângulos com os quais a luz incide no núcleo da fibra
óptica poderão originar uma distribuição possível de campo elétrico e magnético. Quanto
maior a abertura numérica mais modos de propagação terão condições de propagação na
fibra óptica e melhor o acoplamento com a fonte de luz.
“Decompor o campo guiado em ondas planas correspondentes a um modo de propaga-
ção forma um conjunto coerente de raios com um mesmo ângulo em relação ao eixo da
fibra. Campos diferentes se propagando na mesma direção. A diferença de fase entre esses
campos determina se a interferência é destrutiva ou construtiva, permitindo uma irradi-
ância (energia de fluxo luminoso incidente em uma superfície) maior ou menor. Quando
a diferença de fase é constante não importando a distância, diz-se que há coerência entre
sinais”.
O número de modos de propagação para uma fibra de índice: O número de modos de
propagação (N ) em uma fibra óptica do tipo degrau pode ser obtido por:
V2
N= , (6)
2
E para fibras ópticas do tipo gradual:
g
N =V2 , (7)
g+2
em que g é denominado expoente de relação entre a distância radial “r” e o raio do núcleo
“a”, ( ar )g . O índice de refração para uma fibra óptica gradual muda de acordo com a relação
entre “r” e “a”. A lei de variação dessa relação é dada pelo expoente g.
2πa
V = N A, (8)
λ
7
V é a frequência normalizada ou diâmetro normalizado, λ é o comprimento de onda em
metros e “a” o raio do núcleo também em metros. Para V < 2, 405 a fibra óptica com
índice em degrau é classificada como monomodo. A fibra multimodo exige V > 2, 405.
8
1.9 Largura de Faixa
A largura de faixa está inversamente relacionada a dispersão temporal introduzida nos
pulsos transmitidos. Como a dispersão é medida por unidade de deslocamento da luz, a
largura de faixa é medida em Mega Hertz · quilômetro (MHz×Km). Na caracterização de
uma fibra óptica de comprimento L mede-se uma largura de banda fmax correspondente
a frequência da modulação na qual a amplitude da potência óptica cai a 3 dB na saída
da fibra óptica em relação ao valor aplicado na entrada, Bo = fmax L [MHz×Km]. Nas
fibras multimodo há uma redução na dispersão por unidade de comprimento e a largura
de banda final é Bf = B o
Lγ
, em que γ é o fator de concatenação:
Exercício
1. Uma fibra óptica possui um núcleo com 50 micrometros de diâmetro e índice de
refração igual 1,50. Sua casca tem um diâmetro de 125 micrometros e índice de
refração igual a 1,48. Determinar o ângulo crítico entre o núcleo e a casca, a abertura
numérica e o ângulo máximo de captação na face da fibra.
2. Supondo índice do núcleo igual a 1,506 e índice da casca igual a 1,500, perfil degrau,
diâmetro do núcleo de 50 micrometros, comprimento de onda igual a 0,85 microme-
tros, calcular o número de modos guiados desta fibra.
4. Determinar o diâmetro máximo do núcleo de uma fibra óptica com perfil de índice
em degrau para garantir a propagação em um modo único no comprimento de onda
de 1300 nanometros. O núcleo apresenta um índice de refração de 1,510 e a casca
um índice de 1,505.
5. Uma fibra multimodo se índice degrau com 4Km de extensão apresentou uma freqüên-
cia de corte de 220MHz no comprimento de 850nm. Qual é a largura de banda es-
pecificada para a fibra. Qual será o valor desta característica para um comprimento
de 13Km dessa fibra.
9
1 Redes de comunicação de dados
Nos anos 70 e 80 ocorreu uma fusão dos campos de ciência da computação e comunicação
de dados. Isto produziu vários fatos relevantes:
• Não há diferenças fundamentais entre processamento de dados (computadores) e
comunicação de dados (transmissão e equipamentos de comutação);
• Não há diferenças fundamentais entre comunicação de dados, voz e vídeo;
• A distinção entre computador com um processador, computador com multiprocessa-
dores, redes locais, redes metropolitanas e redes de longa distância não é clara.
1.1 Aplicações
• Compartilhamento de recursos: programas, equipamentos e dados disponíveis para
qualquer um na rede não importando a localização da fonte ou do usuário.
• Serviços
– E-mail, FTP, Telnet, acesso a web;
– Vídeo conferência;
– Acesso a banco de dados;
– Aplicações Cliente/Servidor.
1
2 Tipos de serviços de comunicação fornecidos pela rede
Em uma rede de comunicação, os sistemas finais, por exemplo os computadores, trocam
mensagens entre si através do meio de comunicação. Para a Internet os serviços de co-
municação que permitem essa troca de mensagens são de dois tipos: serviço orientado a
conexão e serviço não orientado a conexão.
2
nós intermediários de comutação (roteadores). Esses nós de comutação não se preocupam
com o conteúdo dos dados, simplesmente fornecem facilidade de chaveamento para mover
dados de um nó a outro, até o destino.
Vantagens Desvantagens
Sistema menos sujeito a falhas. Há falta de flexibilidade, pois
Após a conexão estabelecida se ocorrer a necessidade de
entre as partes, o canal que é comunicação com outro equipamento/
aberto para a comunicação não sistema, será necessário a troca de
estará acessível a outro circuito de comunicação.
equipamento, oferecendo assim um
alto grau de confiabilidade.
• Um caminho físico formado por uma sucessão de enlaces físicos que perma-
necem alocados a conexão até o momento da desconexão. Em cada nó intermediário,
uma chave fecha um circuito entre duas portas no momento da conexão. Assim, ao
final da conexão, um circuito físico estará fechado entre o nó de origem e destino. É
a comutação de circuitos através de chaveamento espacial ou físico.
3
Figura 1: Comutação de Circuitos
4
Figura 3: Multiplexação por divisão no tempo
5
As mensagens são sempre aceitas em uma rede de comutação de mensagens, o tempo
de transferência é que aumenta devido às filas que as mensagens encontrarão em cada
nó de comutação da rede.
6
Figura 5: Comutação de Pacotes
Quando uma rede de comutação por pacotes não segmenta as mensagens em pacotes
pode-se dizer que ela faz comutação por mensagens. Portanto, a comutação de pacotes
(Packet switching) é tratada de duas formas:
Na estratégia datagrama, dois pacotes que possuem o mesmo destino e que sejam prove-
nientes de um mesmo usuário poderão ser encaminhados de forma diferente pela rede, ao
passo que, na estratégia circuito virtual, ambos deverão seguir a mesma rota.
A estratégia datagrama poderá ocasionar a entrega de pacotes no receptor em uma
ordem completamente diferente daquela na qual os pacotes foram gerados pelo transmissor.
Na estratégia circuito virtual, isto não ocorre, o que implica em que a rede seja orientada
a conexão. Evita-se, assim, que sejam utilizados algoritmos pesados de reordenação dos
pacotes no receptor.
7
3.4 Comparação entre comutação de pacotes versus comutação de
circuitos
Redes de comutação de circuitos são mais adequadas nas situações em que, um vez esta-
belecido um circuito, existe um fluxo contínuo e constante de informação. Nesse caso, os
canais reservados são utilizados sem ociosidade apresentando um retardo de transferência
constante. Além disso, uma grande vantagem dessas redes é não necessitar de empaco-
tamento de bits para transmissão. O empacotamento introduz um retardo adicional que
pode muitas vezes não ser suportado.
Nem todos os tráfegos em uma rede são contínuos, com taxas constantes. Vídeo com-
primido, texto e gráficos, em geral, geram tráfegos com taxas de bits variáveis. O tráfego
em rajadas (bursts caracteriza-se por apresentar períodos de silêncio aleatoriamente distri-
buídos e de tamanho aleatório durante uma comunicação.
A Tabela 6 apresenta uma comparação entre comutação de circuitos e comutação de
pacotes.
A falha em um switch não é fatal em uma rede de pacotes, pois não existe uma rota
previamente definida. Os pacotes podem encontrar rotas alternativas e contornar o switch
com defeito.
Na comutação de circuitos a banda é reservada. Uma vez estabelecido o circuito não há
o porquê se falar congestionamento de pacotes, pois os recursos não são compartilhados.
O congestionamento pode ocorrer somente na tentativa de estabelecer uma conexão, caso
os recursos já estejam sendo usados.
8
Na comutação de circuitos não existem atrasos de transmissão (store-and-forward),
de fila ou de processamento. O único atraso existente é devido ao tempo gasto para o
estabelecimento do circuito e para o sinal se propagar pelo circuito.
Transparência significa que transmissor e o receptor podem usar qualquer formato de
quadro e/ou taxa de transmissão. Esta transparência não existe na comutação de pacotes.
Em uma rede IP, por exemplo, os pacotes gerados pelo transmissor devem seguir o padrão
deste protocolo para que o núcleo da rede (roteadores) consiga entregar ao destino.
Segundo Tanenbaum (2003) existe um compromisso na escolha entre comutação de
circuitos ou de pacotes:
“O compromisso se dá entre serviço garantido e desperdício de recursos versus serviço
não garantido sem desperdício de recursos”
9
Exercício
1. Da análise da Figura 3, exemplifique uma situação em que a comutação empregando
datagrama é mais rápida que comutação por circuitos e comutação por circuitos
virtuais.
10
1 Modelos de referência para redes de comunicação de
dados
Durante as últimas décadas várias redes de comunicação foram criadas através de imple-
mentações diferentes de hardware e de software. Como resultado, a comunicação entre
redes com diferentes especificações tornou-se difícil – Protocolos proprietários. Para tratar
desse problema, a ISO (International Organization for Standardization) lançou em 1984 o
modelo de referência OSI (Open Systems Interconnection). Foi então, empregado o con-
ceito de camadas, que ajudam a descrever o processo de fluxo de dados no sistema de
comunicação. Como exemplo:
• Tipo de rede que está sendo examinada?
Cada camada OSI individual tem um conjunto de funções que ela deve executar para
que os pacotes de dados trafeguem de uma origem a um destino em uma rede. A seguir,
uma breve descrição de cada camada no modelo OSI.
1
Figura 2: Comunicação ponto a ponto.
Para que os pacotes de dados trafeguem de uma origem até um destino, através de uma
rede, é importante que todos os dispositivos da rede usem a mesma linguagem, ou protocolo.
Um protocolo é um conjunto de regras que tornam mais eficiente a comunicação em uma
rede. Um pacote de dados é formado por cabeçalho, campo de dados e rodapé, conforme
ilustra a Figura 3.
2
Figura 3: Elementos de um pacote de dados.
• Cabeçalho: contém instruções sobre os dados contidos pelo pacote. Estas instruções
podem incluir:
– comprimento do pacote;
– sincronização, realizado através de bits que ajudam o pacote a se manter ajus-
tado com a rede;
– número do pacote, diz respeito a sequência do pacote na rede;
– protocolo, permite definir o tipo de pacote sendo transmitido: e-mail, página
da Web, vídeo;
– endereço de destino;
– endereço de origem.
• Corpo: também chamado de dados do pacote. Estes são os dados reais que o pacote
está entregando ao destino.
• Rodapé: normalmente contém alguns bits que avisam ao dispositivo receptor que o
fim do pacote foi atingido. Também pode haver algum tipo de verificação de erro. A
verificação de erro mais comum utilizada nos pacotes é a verificação de redundância
cíclica (CRC).
3
Figura 4: Modelo de camadas TCP/IP e alguns protocolos por camada.
conexões não significa que exista um circuito entre os computadores que se comuni-
cam (o que poderia ser comutação de circuitos). Significa que segmentos da camada
4 trafegam entre dois hosts para confirmar que a conexão existe logicamente durante
um certo período. Isso é conhecido como comutação de pacotes.
4
1 Detecção de erros
O transmissor adiciona na mensagem bits para detecção ou correção de erros. O processo
mais simples para detecção de erros é o bit de paridade. Valor de paridade do bit é tal que
a sequência binária tem um número de UNS par ou ímpar. Por exemplo, para a sequência
1110001:
• Dado 2 codewords 10001001, 10110001 é possível determinar quantos bits elas diferem
utilizando a função lógica Ou Exclusivo – XOR.
1 0 0 0 1 0 0 1
⊕ 1 0 1 1 0 0 0 1
0 + 0 + 1 + 1 + 1 + 0 + 0 + 0 = 3
• Duas palavras separadas por uma distância de Hamming igual a “D”, serão necessá-
rios “D” bits para converter uma palavra na outra;
• Para uma detecção de “E” erros você precisa de uma distância de Hamming de
“D = E + 1”;
• Para corrigir “D” erros você precisa de uma palavra-código com uma distância mínima
de Hamming de “D = 2E + 1”.
• 0000000000
• 0000011111
• 1111100000
1
• 1111111111
1. Qual a distância mínima de Hamming desse código? 5.
2. Quantos erros pode detectar? 4.
3. Quantos erros pode corrigir? 2.
10011000 1 0 0 1 1 0 0 0
Posição
onde bit é 1 12 11 10 9 23 7 6 5 22 3 21 20
7 1 1 1
9 1 0 0 1 (1)
12 1 1 0 0
XOR entre posições
onde bit é 1 12 11 10 9 23 7 6 5 22 3 21 20
XOR 0 0 1 0
Sequência a ser
transmitida 1 0 0 1 0 1 0 0 0 0 1 0
1 0 0 1 0 1 0 0 0 0 1 0
Posição
onde bit é 1 12 11 10 9 23 7 6 5 22 3 21 20
2 0 1 0
(2)
7 1 1 1
9 1 0 0 1
12 1 1 0 0
XOR entre posições
onde bit é 1 12 11 10 9 23 7 6 5 22 3 21 20
XOR 0 0 0 0
2
1.4 Cyclic redundancy check – Idéia básica
• Para um bloco de m bits o transmissor gera uma sequência de n bits;
• G(x) = 10011 ou 1X 4 + 0X 3 + 0X 2 + 1X 1 + 1X 0
• Assim, G(x) = X 4 + X + 1
3
1.4.3 Exemplo de cálculo do Código de Redundância Cíclica
A Figura 1 apresenta o cálculo dos bits de verificação para a seqüência M (x) = 11100110.
O polinômio G(x) é representado pela seqüência G(x) = 11001, que pode ser escrita,
1x4 + 1x3 + 0x2 + 0x1 + 1x0 , isto é, x4 + x3 + 1. Note que o grau do polinômio G(x) é
4, portanto são acrescentados 4 zeros a M (x). A seqüência a ser dividida por G(x), como
ilustra a Figura 1 é, 111001100000. O resto da divisão é 0110, que corresponde ao F CS,
por conseguinte, a seqüência a ser transmitida é o resultado da operação “ou exclusivo”
entre 111001100000 e 0110 representada abaixo:
1 1 1 0 0 1 1 0 0 0 0 0
⊕ 0 0 1 0
1 1 1 0 0 1 1 0 0 0 1 0
4
1 Execícios sobre detecção e correção de erros
1. Utilizando o código de Hamming calcule os bits de redundância para a sequência
1100011.
2. Uma forma de detectar erros é transmitir dados como um bloco de n linhas com
k bits por linha e acrescentar bits de paridade a cada linha e a cada coluna. Por
exemplo, o bit no canto inferior direito é um bit de paridade que verifica sua linha
e sua coluna. Esse esquema detectará todos os erros simples (isolados)? E os erros
duplos? E os erros triplos?
1
1 Sincronismo
O receptor demodula ou decodifica o sinal enviado pelo transmissor. Isso requer um meca-
nismo de sincronismo entre transmissor e receptor, isto é, o receptor deve realizar a leitura
do sinal no momento certo, portanto, deve saber a taxa de bits sendo recebidos. Desta
maneira, pode amostrar o canal de comunicação em intervalos regulares, determinando o
valor de cada bit recebido. Duas soluções são adotadas para o sincronismo: (1) Assíncrona
(2) Síncrona.
3 Transmissão assíncrona
Na transmissão assíncrona se tem a divisão dos dados em blocos suficientemente pequenos
geralmente 5 a 8 bits. Dessa maneira, não há sequências de bits longas e contínuas,
evitando-se o problema de sincronismo descrito na seção anterior. Existindo sincronização
no início, os desvios no final não serão significativos, pode-se então, ressincronizar com
cada caractere.
Para a transmissão assíncrona é colocado, imediatamente antes do bloco de bits, um bit
designado start bit. O start bit deve provocar uma mudança de estado, por exemplo, se o
estado inativo corresponde ao binário 1, o start bit deve ser um 0. A Figura 1, exemplifica
a transmissão assíncrona.
Os blocos de dados não podem ser enviados imediatamente um após o outro, pois isso
impossibilitaria o sincronismo. Por exemplo, numa codificação NRZ-L se o último bit de
um bloco fosse 1, não existiria transição de estado com o “start bit” do bloco seguinte.
Para evitar esta situação são acrescentados “stop bits” que devem corresponder ao estado
inativo da linha. Na pratica, são usados um “stop bit”, dois “stop bits” ou um “stop bit”
com duração equivalente a um bit e meio.
Embora simples, a eficiência das transmissões assíncronas é baixa. Os “overheads”
(percentagem de informação não útil) são, no seu limite:
1
Figura 1: Transmissão: (a)Bloco para transmissão assíncrona; (b) Exemplo de sequência
assíncrona.
• para sinais digitais utilizam-se as codificações bifásicas, que por esta razão também
são conhecidas por “self-clocking”, ou seja “auto-sincronizadas”. Uma vez que estas
codificações garantem transições no sinal em todos os bits, estas transições represen-
tam um sinal de sincronismo. (Ex.: codificação Manchester)
2
Figura 2: Frame para o protocolo HDLC
3
5 Exercícios
1. Suponha um arquivo de 10000 bytes a ser enviado em um canal de comunicação de
2400 bps.
4
1 Camada de enlace de dados – Controle de fluxo
A camada de enlace de dados realiza o controle do estabelecimento da comunicação de
dados sobre a camada física. É necessário portanto, que se tenha um protocolo para essa
camada. Na camada de enlace de dados, segmenta-se os dados e envia-se os dados em
blocos chamados quadros ou frames. Deve ser realizado o sincronismo do quadro, bem
como seu controle de fluxo e controle de erro.
O controle de fluxo assegura que o transmissor não sobrecarregue o receptor com dados,
evitando o estouro da capacidade de armazenamento do buffer. Os dados são fragmentados
em frames pequenos pois:
• Tamanho do buffer é limitado;
1
frames. Isto é possível porque o receptor tem buffer de comprimento W frames. Assim
o transmissor pode enviar até W frames sem ACK, cada frame é numerado de tal forma
que o ACK inclui o número do próximo frame esperado. A sequência numérica é limitada
pelo tamanho, k, do campo de bits, isto é, o número de frames vai de 0 até 2k − 1. Os
frames são numerados empregando módulo 2k , em outras palavras, toma–se como sendo a
nova numeração de um quadro a ser enviado o resto da divisão de seu número por 2k . Por
exemplo, Se k = 2, o tamanho da janela deslizante é 3, ou seja, 4 frames sem enviar ACK,
a numeração desses frames irá de 0 a 3 – (0 a 22 − 1). A numeração dos frames segue a:
0
• 22
tem resto 0 então, 0 módulo 22 = 0;
1
• 22
tem resto 1 então, 1 módulo 22 = 1;
2
• 22
tem resto 2 então, 2 módulo 22 = 2;
3
• 22
tem resto 3 então, 3 módulo 22 = 3;
4
• 22
tem resto 0 então, 4 módulo 22 = 0;
5
• 22
tem resto 1 então, 5 módulo 22 = 1.
na Figura 2, os frames 0, 1 e 2 podem ser enviados sem ACK, então, Tx recebendo o ACK
do frame 0, pode deslocar a janela e enviar os frames 1, 2 e 3. Tx recebendo o ACK do
frame 1 pode enviar os frames 2, 3 e 4.
Outra opção seria o receptor enviar um ACK cumulativo representando vários frames
recebidos. Assim, o transmissor somente enviaria o conjunto de frames quando o buffer no
receptor estivesse livre, ou parte do buffer estivesse livre.
Quanto maior for o tempo de ida e volta (ACK) (round-trip time) dos dados, maior é
o benefício da aplicação da técnica de janela deslizante. Po exemplo, em transmissão de
dados via satélite, há uma economia bastante significativa de tempo de transmissão quando
se faz o uso da técnica (sliding window).
2
2 Utilização do canal
Abaixo, estão os tempos considerados para verificar a utilização do canal de comunicações:
• Tempo de propagação (Tprop ), tempo para um bit atravessar o enlace de comunicação
entre Tx e Rx ;
2. Se W < (2a + 1): o quadro de ACK alcança Tx após Tx ter enviado W frames. A
eficiência é, então:
W
U(janela deslizante) = . (4)
2a + 1
3
3 Exercícios
1. Um canal de comunicação tem uma taxa de 4Kbps e um atraso de propagação de
20ms. Para que faixa de tamanho de quadro o Stop & Wait apresenta uma eficiência
de no mínimo 50% ?
2. Considere o uso de frames de 1000 bits sobre um canal de satélite de 1Mbps, com
atraso de propagação de 270ms. Qual a utilização do enlace para:
4
1 Controle de erro
O controle de erro ocorre na camada de enlace de dados. Transmissor e receptor trocam
mensagens (quadros) considerando um protocolo pré-estabelecido. O controle de erro pode
ser do tipo ARQ ou do tipo FEC. No tipo ARQ (Automatic repeat request) solicitação de
repetição automática utiliza-se códigos detectores de erro. O receptor descarta o quadro
recebido e solicita retransmissão. No FEC (Forward error correction) correção de erro
em avanço o receptor detecta a presença de erros, localiza e corrige esses erros (caso de
enlace de comunicação via satélite).
2. Operação com erro quadro perdido: Nesse caso o quadro é retransmitido pela fonte
após terminar o tempo de espera (time out) pela chegada do quadro de ACK, Figura
2.
3. Operação com erro na conrmação: nesse caso o ACK não chega na fonte, conforme
ilustra Figura 3. A fonte retransmite o quadro após ocorrer o timeout, havendo no
receptor duplicação de quadros.
1
Figura 3: Quadro de ACK não chega ao receptor.
3 ARQ Contínuo
1. Operação sem erro: quadros são enviados continuamente sem esperar conrmação,
conforme ilustra Figura 5.
2
2. Operação com erro Rejeição seletiva: É re-enviado somente o quadro que sofreu
inversões de bits, a Figura 6 representa essa situação.
3. Operação com erro Go Back N: Evita armazenamento de quadros pois no caso
do método rejeição seletiva deve-se esperar o quadro que esta faltando para enviar
a camada superior, portanto é necessário um gerenciamento de buer. A Figura 7
ilustra o método Go Back N.
4 Exercícios
1. Na Figura a seguir 8, quadros são gerados no nó A e enviados ao nó C através do
nó B. Determine a taxa de transmissão entre os nós B e C para que os buers de
B não excedam a sua capacidade de armazenamento ( controle de uxo). Baseie-se
no seguinte:
3
(g) Entre B e C o protocolo é o Stop & Wait.
4
1 Exercícios Controle de uxo e controle de Erro
1. Quando utilizar o controle de erro do tipo ARQ? E do tipo FEC?
2. No controle de erro empregando o método stop & wait :
(a) Como o transmissor tem certeza que os dados transmitidos chegaram no recep-
tor?
(b) Caso frames sejam perdidos na transmissão, como o transmissor saberá?
(c) Caso a conrmação de dados transmitidos não chegue no transmissor, como
impedir a duplicação de frames no receptor?
3. Na operação de controle de erro empregando janela deslizante porque W deve ser
menor que 2n , onde n é o número de bits de numeração?
4. Na Figura 1, frames são gerados no nó A e enviados ao nó C através do nó B .
Determine a taxa de transmissão necessária entre os nós B e C para que os buers
de B não excedam sua capacidade de armazenamento (controle de uxo). Baseie-se
no seguinte:
(a) A taxa de dados entre A e B é de 250 Kbps;
(b) O tempo de propagação é de 10 µs/Km para ambas as linhas;
(c) As linhas entre os nós são fullduplex ;
(d) Todos os frames de dados têm comprimento de 2500 bits. Os frames de ACK
são frames separados e de comprimento desprezível;
(e) Entre A e B um protocolo de janela deslizante de tamanho W = 4 é empregado;
(f) Entre B e C o stop & wait é empregado.
Dica: Para não haver transbordamento dos buers de B o número médio de frames
entrando e saindo de B deve ser o mesmo em um longo intervalo de tempo.
1
Figura 2: Controle de erro.
2
1 Multiplexação
Técnica que permite compartilhar da capacidade de um único meio de transmissão para
duas ou mais transmissões de forma independente e simultânea. A multiplexação é efetuado
por dois dispositivos denominados:
Taxa de dados do meio excede a taxa de dados do sinal digital a ser transmitido;
1
Múltiplos sinais digitais entrelaçados no tempo;
Pode ser no nível de bit de blocos;
Slots de tempo são pré-assinalados a fontes e xados;
Slots de tempo são alocados mesmo quando não há dados;
Slots de tempo não têm que ser uniformemente distribuídos entre fontes.
2.3 Framing
• Nenhum ag ou caracteres de sincronismo bracketing frames TDM;
2
Um bit de controle é adicionado a cada frame TDM;
Padrão de bit identicável usado no controle do canal, por exemplo, alternando
01010101 improvável em um canal de dados;
Pode comparar padrões de bits chegando em cada canal com o padrão de sin-
cronismo.
• Taxa de dados de saída (excluding framing bits) mais alta do que a soma da taxa de
dados de entrada;
• Enchimento extra dummy bits ou pulsos em cada sinal chegando até casar com o
clock local;
• Um quadro (frame) DS-1 é formado por 24 canais de 8 bits, isto é, 192 bits por
quadro mais um bit de framing, totalizando 193 bits;
• Para voz cada canal contém uma palavra de dados digitalizados (PCM, 8000 samples
por segundo);
23 canais de dados
240 canal é para sincronismo
DS-1 pode misturar voz e sinais de dados
Pode-se multiplexar canais DS-1
3
4 Hierarquia do ITU-T Europa
• Frame E1 32 canais PCM:
32 × 8 × 8000
Taxa total 2,048 Mbps
• Hierarquia:
4
1 Roteamento
Um dos aspectos complexos e cruciais das redes de comutação de pacotes é a seleção da
melhor rota para enviar um pacote ao seu destino roteamento. Conforme ilustra a Figura
1, um algoritmo de roteamento necessita de um critério de desempenho para selecionar a
melhor rota, o qual pode se basear em:
• Mínimo custo do enlace (algoritmos least cost routing ): tempo de atraso na la,
taxa de dados.
• Simplicidade;
1
• Imparcialidade × desempenho ótimo: o critério de desempenho não deve inibir que
estações distantes se comuniquem ao visar o aumento da taxa de envio de dados;
O local da decisão determina que nós são responsáveis por realizar o roteamento, podendo
ser:
• Distribuído: Cada nó é responsável por selecionar um enlace para a saída dos pacotes;
2 Estratégias de roteamento
Podem ser classicadas com:
1. Fixa;
2. Flooding (Enchente);
3. Random ( Aleatória);
4. Adaptativa.
2
2.1 Roteamento xo
Um rota única é estabelecida para cada par fonte-destino. Utiliza um dos algoritmos de
mínimo custo para determinar a rota. Como o roteamento é xo, o cálculo é baseado
apenas em critérios estatísticos (capacidade do canal, distância, etc). A rota permanece
a mesma, a não ser devido a mudanças na topologia da rede. Não há diferença entre
datagrama e circuito virtual.
2.2 Flooding
Não requer informação da rede. Em cada nó, o pacote que chega é transmitido para todos
os nós vizinhos exceto para o vizinho que enviou o pacote originalmente, Figura 2 ilustra a
referida estratégia de roteamento. Várias cópias de um mesmo pacote poderão chegar ao
destino o pacote deve possuir um identicador para descartar duplicatas. Deve, também,
possuir mecanismo para evitar retransmissões innitas contador com o número máximo
de enlaces existentes na rede.
• Muito robusto;
3
• Pode ser usado para estabelecer o circuito virtual;
• Reação muito lenta processo irrelevante (muito custo de overhead para nada).
4
3 Algoritmos de custo mínimo
3.1 Algoritmo de Djkstra
1
1. Inicialização do algoritmo de Edsger Djkstra :
2. Incorporação de novo nó: Ache um nó, ainda não incorporado a T, que possua custo
mínimo do nó s e o incorpore em T.
(a) Ache x∈
/T tal que L(x) = min[L(j)]
1. Inicialização:
5
2. Atualização:
6
4 Exercícios
1. Determine a rota de menor custo para a rede ilustrada na Figura 3. Empregue os
algoritmos de Dijkstra e BellmannFord.