Equacoes Diferenciais
Equacoes Diferenciais
Equacoes Diferenciais
ISPUNA
I Semestre/1oAno
1.10. Equações diferenciais lineares de ordem superior a segunda com coeficientes constantes
................................................................................................................................................... 20
Definição: Denomina-se ordem de uma equação diferencial a ordem da mais alta derivada da
função incógnita 𝑦 = 𝑦(𝑥) que ocorre na equação.
Definição: Denomina-se grau de uma equação diferencial o valor do expoente para a derivada
mais alta da equação, quando a equação tem a forma de um polinómio na função incógnita e em
suas derivadas, como, por exemplo, 𝐴1 𝑦 (3) + 𝐴2 𝑦 (2) + 𝐴3 𝑦 (1) + 𝐴4 𝑦 (0) = 0.
Exemplos: Diga qual a ordem e o grau das seguintes equações diferenciais:
1. 𝑦 ′′ + 3𝑦 ′ + 6𝑦 = 𝑠𝑒𝑛𝑥 2. (𝑦 ′′ )3 + 3𝑦 ′ + 8𝑦 = 𝑡𝑔𝑥
3. (𝑦 ′′ )2 + (𝑦 ′ )3 + 3𝑦 = 𝑥 2 3. 𝑦 ′ = 𝑓(𝑥, 𝑦)
Resolução:
a o
1) 𝑦 ′′ + 3𝑦 ′ + 6𝑦 = 𝑠𝑒𝑛𝑥, equação diferencial da 2 ordem e 1 grau.
Exemplos: Formar equações diferenciais das famílias das curvas dadas a seguir:
1. 𝑥 2 + 𝑦 2 = 𝐶𝑥
Resolução:
4
Para formar equação diferencial da curva 𝑥 2 + 𝑦 2 = 𝐶𝑥, temos que derivar e eliminar a constante
𝐶, ou melhor: (𝑥 2 + 𝑦 2 − 𝐶𝑥)′𝑥 + (𝑥 2 + 𝑦 2 − 𝐶𝑥)′𝑦 = 0 ⇒ 2𝑥 − 𝐶 + 2𝑦𝑦 ′ = 0.
Eliminando a constante 𝐶, teremos:
2𝑥 − 𝐶 + 2𝑦𝑦 ′ = 0 ⇒ −𝐶 = −2𝑦𝑦 ′ − 2𝑥, multiplicando ambos os membros por menos um,
obtemos: 𝐶 = 2𝑦𝑦 ′ + 2𝑥, substituindo 𝐶 na curva dada, vem:
𝑦2 − 𝑥2 𝑦2 𝑥2 𝑦 𝑥
𝑦 2 − 𝑥 2 = 2𝑥𝑦𝑦 ′ ⇒ = 2𝑦 ′ ⇒ − = 2𝑦 ′ ⇒ − = 2𝑦 ′
𝑥𝑦 𝑥𝑦 𝑥𝑦 𝑥 𝑦
2. 𝑦 = 𝐶1 𝑒 2𝑥 + 𝐶2 𝑒 −𝑥
Resolução:
A curva dada tem duas constantes, por isso vamos derivar duas vezes.
𝑦 ′ = (𝐶1 𝑒 2𝑥 + 𝐶2 𝑒 −𝑥 )′ ⇒ 𝑦 ′ = 2𝐶1 𝑒 2𝑥 − 𝐶2 𝑒 −𝑥
1 1 1
𝐶1 = 2𝑥
(𝑦 ′ + 𝐶2 𝑒 −𝑥 ) ⇒ 𝐶1 = 2𝑥 [𝑦 ′ + 𝑒 −𝑥 ∙ −𝑥 (𝑦 ′′ − 2𝑦 ′ )] ⇒
2𝑒 2𝑒 3𝑒
1 1 1 1 2 1 1 1
𝐶1 = 2𝑥 [𝑦 ′ + (𝑦 ′′ − 2𝑦 ′ )] = 2𝑥 (𝑦 ′ + 𝑦 ′′ − 𝑦 ′ ) ⇒ 𝐶1 = 2𝑥 ( 𝑦 ′′ + 𝑦 ′ )
2𝑒 3 2𝑒 3 3 2𝑒 3 3
1 1 1 1 1
𝑦 = 2 ∙ 3 (𝑦 ′′ + 𝑦 ′ ) + 3 (𝑦 ′′ − 2𝑦 ′ ) ⇒ 𝑦 = 6 (𝑦 ′′ + 𝑦 ′ ) + 3 (𝑦 ′′ − 2𝑦 ′ ), achando o menor múltiplo
𝑑𝑦
Integrando a equação diferencial de variáveis separadas, vem: ∫ 𝑔(𝑦) = ∫ 𝑓(𝑥)𝑑𝑥 + 𝐶.
Exemplos:
Resolução:
𝑑𝑦
(1 + 𝑒 𝑥 ) ∙ 𝑦 ∙ 𝑦 ′ = 𝑒 𝑥 ⇒ (1 + 𝑒 𝑥 ) ∙ 𝑦 ∙ = 𝑒 𝑥 , multiplicando ambos os membros por 𝑑𝑥 e
𝑑𝑥
𝑒𝑥
dividindo por (1 + 𝑒 𝑥 ), teremos: 𝑦𝑑𝑦 = 1+𝑒 𝑥 𝑑𝑥, integrando a equação, vem:
𝑒𝑥 𝑦2 𝑑(1+𝑒 𝑥 ) 𝑦2
∫ 𝑦𝑑𝑦 = ∫ 1+𝑒 𝑥 𝑑𝑥 + 𝐶 ⇒ 2
=∫ 1+𝑒 𝑥
+𝐶 ⇒ 2
= 𝑙𝑛|1 + 𝑒 𝑥 | + 𝐶
2 1 + 𝑒𝑥 1 + 𝑒𝑥 1 + 𝑒𝑥
𝑦2 = + 2 ∙ 𝑙𝑛 | | ⇒ 𝑦 2 = 1 + 2𝑙𝑛 | | ⇒ 𝑦 = √1 + 2𝑙𝑛 | |
2 2 2 2
Resolução:
𝑑𝑦 𝑑𝑦 𝑑𝑥 𝑑𝑦 𝑑𝑥 𝑑𝑦 𝑐𝑜𝑠(𝑥)𝑑𝑥
𝑦 ′ ∙ 𝑡𝑔(𝑥) = 𝑦 ⇒ ∙ 𝑡𝑔(𝑥) = 𝑦 ⇒ = ⇒ = ⇒ =
𝑑𝑥 𝑦 𝑡𝑔(𝑥) 𝑦 𝑠𝑒𝑛(𝑥) 𝑦 𝑠𝑒𝑛(𝑥)
𝑐𝑜𝑠(𝑥)
Integrando-a, obtemos:
𝑑𝑦 𝑐𝑜𝑠(𝑥)𝑑𝑥 𝑑(𝑠𝑒𝑛𝑥)
∫ =∫ + 𝐶 ⇒ 𝑙𝑛|𝑦| = ∫ + 𝐶 ⇒ 𝑙𝑛|𝑦| = 𝑙𝑛|𝑠𝑒𝑛(𝑥)| + 𝐶 ⇒
𝑦 𝑠𝑒𝑛(𝑥) 𝑠𝑒𝑛(𝑥)
𝑦 = 𝑒 𝑙𝑛|𝑠𝑒𝑛(𝑥)|+𝐶 ⇒ 𝑦 = 𝑒 𝑙𝑛|𝑠𝑒𝑛(𝑥)| ∙ 𝑒 𝐶 , aplicando a propriedade logarítmica (12) e fazendo 𝑒 𝐶 = 𝐶,
vem: 𝑦 = 𝑒 𝑙𝑛|𝑠𝑒𝑛(𝑥)| ∙ 𝑒 𝐶 ⇒ 𝑦 = 𝐶 ∙ 𝑠𝑒𝑛(𝑥)
3. Resolver a equação 𝑥 ∙ 𝑦 ∙ 𝑦 ′ = 1 − 𝑥 2
Resolução:
𝑦 2 = 2𝑙𝑛|𝑥| − 𝑥 2 + 2𝐶 ⇒ 𝑦 2 = 𝑙𝑛|𝑥 2 | − 𝑥 2 + 𝐶
Definição: Uma equação diferencial 𝑃(𝑥, 𝑦)𝑑𝑥 + 𝑄(𝑥, 𝑦)𝑑𝑦 = 0 (1) é homogênea, se as funções
𝑃(𝑥, 𝑦) e 𝑄(𝑥, 𝑦) são homogêneas do mesmo grau. Uma função 𝑓(𝑥, 𝑦) é homogênea de grau 𝑛 se
𝑓(𝛽𝑥, 𝛽𝑦) = 𝛽 𝑛 ∙ 𝑓(𝑥, 𝑦).
Resolução:
Resolução:
𝑥+𝑦 𝑥 𝑦 𝑦 𝑦 𝑦
𝑦′ = − = − − = −1 − ⇒ 𝑦 ′ = −1 − , fazendo = 𝑢 ⇒ 𝑦 = 𝑥 ∙ 𝑢, derivando ambos os
𝑥 𝑥 𝑥 𝑥 𝑥 𝑥
membros e considerando 𝑢 como função de 𝑥, teremos:
𝑑𝑢
𝑥 𝑑𝑥 = −2𝑢 − 1, multiplicando ambos os membros por 𝑑𝑥 e dividindo por 𝑥(−2𝑢 − 1), teremos:
𝑑𝑢 𝑑𝑥 𝑑𝑢 𝑑𝑥 𝑑𝑢 𝑑𝑥
−2𝑢−1
= 𝑥
⇒ −(2𝑢+1) = 𝑥
⇒ − 2𝑢+1 = 𝑥
, multiplicando ambos os membros por menos um, vem:
𝑑𝑢 𝑑𝑥 𝑑𝑢 𝑑𝑥
=− , integrando-a, obtemos: ∫ 2𝑢+1 = − ∫ +𝐶
2𝑢+1 𝑥 𝑥
1 𝑑(2𝑢+1) 𝑑𝑥 1
∫ 2𝑢+1 = −∫ + 𝐶 ⇒ 𝑙𝑛|2𝑢 + 1| = −𝑙𝑛|𝑥| + 𝐶, multiplicando ambos os membros por dois,
2 𝑥 2
−2 |+2𝐶 −2 |
vem: 𝑙𝑛|2𝑢 + 1| = −2𝑙𝑛|𝑥| + 2𝐶 ⇒ 2𝑢 + 1 = 𝑒 −2𝑙𝑛|𝑥|+2𝐶 ⇒ 2𝑢 + 1 = 𝑒 𝑙𝑛|𝑥 = 𝑒 𝑙𝑛|𝑥 ∙ 𝑒 2𝐶
2. (𝑥 − 𝑦)𝑦𝑑𝑥 − 𝑥 2 𝑑𝑦 = 0
Resolução:
𝑥𝑦−𝑦 2 𝑑𝑦 𝑥𝑦 𝑦2 𝑑𝑦 𝑦 𝑦 2 𝑑𝑦 𝑦
𝑥2
− 𝑑𝑥 = 0 ⇒ 𝑥2
− 𝑥 2 − 𝑑𝑥 = 0 ⇒ 𝑥 − (𝑥 ) − 𝑑𝑥 = 0, fazendo 𝑥
= 𝑢 ⇒ 𝑦 = 𝑥 ∙ 𝑢, derivando
membro a membro, teremos: 𝑦 ′ = (𝑥 ∙ 𝑢)′ = 𝑥 ′ ∙ 𝑢 + 𝑥 ∙ 𝑢′ = 𝑢 + 𝑥 ∙ 𝑢′ ⇒ 𝑦 ′ = 𝑢 + 𝑥 ∙ 𝑢′ ,
8
𝑦 𝑦 2 𝑑𝑦
substituindo na equação 𝑥 − (𝑥 ) − 𝑑𝑥 = 0, obtemos uma equação diferencial da incógnita 𝑢, isto
𝑑𝑢
é, 𝑢 − 𝑢2 − (𝑢 + 𝑥 ∙ 𝑢′ ) = 0 ⇒ 𝑢 − 𝑢2 − 𝑢 − 𝑥 ∙ 𝑢′ = 0 ⇒ −𝑢2 − 𝑥 ∙ 𝑢′ = 0 ⇒ −𝑢2 − 𝑥 𝑑𝑥 = 0 ⇒
𝑑𝑢
−𝑥 𝑑𝑥 = 𝑢2 . Multiplicando ambos os membros por 𝑑𝑥 e dividindo por 𝑥 ∙ 𝑢2 , obtemos uma
𝑑𝑢
equação diferencial de variáveis separadas, isto é, − 𝑢2 = 𝑥𝑑𝑥, multiplicando ambos os membros
𝑑𝑢
por menos um, teremos: 𝑢2 = −𝑥𝑑𝑥, integrando-a, vem:
𝑑𝑢 𝑢−2+1 1 𝑢−1 1
∫ 𝑢2 = − ∫ 𝑥𝑑𝑥 + 𝐶 ⇒ ∫ 𝑢−2 𝑑𝑢 = − ∫ 𝑥𝑑𝑥 + 𝐶 ⇒ −2+1
= − 2 ∙ 𝑥2 + 𝐶 ⇒ −1
= − 2 ∙ 𝑥2 + 𝐶 ⇒
1
−𝑢−1 = − 2 ∙ 𝑥 2 + 𝐶, multiplicando membro a membro por menos um, obtemos:
1 1 1 𝑦
𝑢−1 = 𝑥 2 − 𝐶 ⇒ = 𝑥 2 + 𝐶, com −𝐶 = 𝐶. Substituindo 𝑢 por , vem:
2 𝑢 2 𝑥
1 1 2 𝑥 1 2 1 2 𝑦 2 2
𝑦 = 2 𝑥 + 𝐶 ⇒ 𝑦 = 2 𝑥 + 𝐶 ⇒ 𝑥 = 𝑦 (2 𝑥 + 𝐶) ⇒ 𝑥 = 2 (𝑥 + 2𝐶) ⇒ 2𝑥 = 𝑦(𝑥 + 2𝐶)
𝑥
𝑑𝑦
∫ + ∫ 𝑃(𝑥)𝑑𝑥 = 𝐶 ⇒ 𝑙𝑛|𝑦| + ∫ 𝑃(𝑥)𝑑𝑥 = 𝐶 ⇒ 𝑙𝑛|𝑦| = 𝐶 − ∫ 𝑃(𝑥)𝑑𝑥 ⇒ 𝑦 = 𝑒 𝐶−∫ 𝑃(𝑥)𝑑𝑥 ⇒
𝑦
′ ′
𝑦 ′ = [𝐶 ∙ 𝑒 − ∫ 𝑃(𝑥)𝑑𝑥 ] = 𝐶 ′ 𝑒 − ∫ 𝑃(𝑥)𝑑𝑥 + 𝐶[𝑒 − ∫ 𝑃(𝑥)𝑑𝑥 ] = 𝐶 ′ 𝑒 − ∫ 𝑃(𝑥)𝑑𝑥 + 𝐶[− ∫ 𝑃(𝑥) 𝑑𝑥]′ 𝑒 − ∫ 𝑃(𝑥)𝑑𝑥
𝑄(𝑥) 𝑑𝐶
𝐶 ′ ∙ 𝑒 − ∫ 𝑃(𝑥)𝑑𝑥 = 𝑄(𝑥) ⇒ 𝐶 ′ = ⇒ 𝑑𝑥 = 𝑄(𝑥)𝑒 ∫ 𝑃(𝑥)𝑑𝑥 ⇒ 𝑑𝐶 = 𝑒 ∫ 𝑃(𝑥)𝑑𝑥 𝑄(𝑥)𝑑𝑥, integrando a
𝑒 − ∫ 𝑃(𝑥)𝑑𝑥
Substituindo (5) em (3), achamos a solução geral da equação diferencial linear da primeira
ordem, isto é, 𝑦 = 𝐶 ∙ 𝑒 − ∫ 𝑃(𝑥)𝑑𝑥 = [∫ 𝑒 ∫ 𝑃(𝑥)𝑑𝑥 𝑄(𝑥)𝑑𝑥 + 𝐶1 ]𝑒 − ∫ 𝑃(𝑥)𝑑𝑥 (6).
Resolução:
𝑑𝑦 𝑠𝑒𝑛(𝑥)𝑑𝑥 −𝑑[𝑐𝑜𝑠(𝑥)]
∫ − ∫ 𝑡𝑔(𝑥)𝑑𝑥 = 𝐶 ⇒ 𝑙𝑛|𝑦| − ∫ = 𝐶 ⇒ 𝑙𝑛|𝑦| − ∫ 𝑑𝑥 =𝐶⇒
𝑦 𝑐𝑜𝑠(𝑥) 𝑐𝑜𝑠(𝑥)
𝑑[𝑐𝑜𝑠(𝑥)]
𝑙𝑛|𝑦| + ∫ = 𝐶 ⇒ 𝑙𝑛|𝑦| + 𝑙𝑛|𝑐𝑜𝑠(𝑥)| = 𝐶.
𝑐𝑜𝑠(𝑥)
Aplicando a propriedade log 𝑎 (𝑏𝑐) = log 𝑎 (𝑏) + log 𝑎 (𝑐) achamos: 𝑙𝑛|𝑦| + 𝑙𝑛|𝑐𝑜𝑠(𝑥)| = 𝐶 ⇒
𝐶
𝑙𝑛|𝑦 ∙ 𝑐𝑜𝑠(𝑥)| = 𝐶 ⇒ 𝑦 ∙ 𝑐𝑜𝑠(𝑥) = 𝑒 𝐶 ⇒ 𝑦 ∙ 𝑐𝑜𝑠(𝑥) = 𝐶 ⇒ 𝑦 = 𝑐𝑜𝑠(𝑥) (1).
𝐶′ 𝐶 𝐶 1 𝐶′ 1 𝑐𝑜𝑠(𝑥) 𝑑𝐶
𝑐𝑜𝑠(𝑥)
− 𝑐𝑜𝑠(𝑥) 𝑡𝑔(𝑥) + 𝑐𝑜𝑠(𝑥) 𝑡𝑔(𝑥) = 𝑐𝑜𝑠(𝑥) ⇒ 𝑐𝑜𝑠(𝑥) = 𝑐𝑜𝑠(𝑥) ⇒ 𝐶 ′ = 𝑐𝑜𝑠(𝑥) ⇒ 𝑑𝑥 = 1 ⇒
2. 𝑥𝑦 ′ + 𝑦 = 𝑒 −𝑥 , 𝑦(𝑎) = 𝑏
Resolução:
𝑑𝑦
𝑥𝑦 ′ + 𝑦 = 0 ⇒ 𝑥 𝑑𝑥 + 𝑦 = 0, multiplicando ambos os membros por 𝑑𝑥 e dividindo por 𝑥𝑦,
𝑑𝑦 𝑑𝑥 𝑑𝑦 𝑑𝑥
teremos: + =0⇒∫ +∫ = 𝐶 ⇒ 𝑙𝑛|𝑦| + 𝑙𝑛|𝑥| = 𝑙𝑛|𝐶|, aplicando as propriedades
𝑦 𝑥 𝑦 𝑥
logarítmicas log 1 (𝑏) = − log 𝑎 (𝑏) e log 𝑎 (𝑏𝑐) = log 𝑎 𝑏 + log 𝑎 𝑐, obtemos: 𝑙𝑛|𝑦 ∙ 𝑥| = 𝑙𝑛|𝐶| ⇔
𝑎
𝐶 ′ ∙𝑥−𝐶∙𝑥 ′ 𝐶 ′ ∙𝑥 𝐶
𝑦 ∙ 𝑥 = 𝐶 (1). Derivando (1) e considerando 𝐶 como função de 𝑥, vem: 𝑦 ′ = 𝑥2
= 𝑥2
− 𝑥2
𝐶′ 𝐶
𝑦 ′ = 𝑥 2 − 𝑥 2 (2). Substituindo (1) e (2) na equação diferencial dada, achamos:
𝐶′ 𝐶 𝐶 𝑥∙𝐶 ′ 𝑥∙𝐶 𝐶 𝐶 𝐶 𝑑𝐶
𝑥( − )+ = 𝑒𝑥 ⇒ − + = 𝑒 𝑥 ⇒ 𝐶′ − + = 𝑒 𝑥 ⇒ 𝐶′ = 𝑒 𝑥 ⇒ = 𝑒 𝑥 ⇒ 𝑑𝐶 = 𝑒 𝑥 𝑑𝑥,
𝑥 𝑥2 𝑥 𝑥 𝑥2 𝑥 𝑥 𝑥 𝑑𝑥
𝑒 𝑥 +𝐶1 𝑒 𝑎 +𝐶1
𝑦= 𝑥
⇒𝑏= 𝑎
⇒ 𝑏 ∙ 𝑎 = 𝑒 𝑎 + 𝐶1 ⇒ 𝐶1 = 𝑏 ∙ 𝑎 − 𝑒 𝑎 (5). Colocando (5) em (4), achamos a
Definição: Equação diferencial de Bernoulli é a equação diferencial que pode ser reduzida à
forma canónica 𝑦 ′ + 𝑃(𝑥) ∙ 𝑦 = 𝑄(𝑥) ∙ 𝑦 𝑛 .
𝑦 ′ + 𝑃(𝑥) ∙ 𝑦 = 𝑄(𝑥) ∙ 𝑦 𝑛 , dividindo ambos os membros por 𝑦 𝑛 , vem:
𝑦′ 𝑃(𝑥)∙𝑦 𝑄(𝑥)∙𝑦 𝑛
𝑦𝑛
+ 𝑦𝑛
= 𝑦𝑛
⇒ 𝑦 −𝑛 ∙ 𝑦 ′ + 𝑃(𝑥) ∙ 𝑦1−𝑛 = 𝑄(𝑥), fazendo 𝑦1−𝑛 = 𝑧 e derivando ambos os
membros, teremos: (𝑦1−𝑛 )′ = 𝑧 ′ ⇒ (1 − 𝑛)𝑦1−𝑛−1 ∙ 𝑦 ′ = 𝑧 ′ ⇒ (1 − 𝑛)𝑦 −𝑛 ∙ 𝑦 ′ = 𝑧 ′ ⇒
11
𝑧′
𝑦 ′ = (1−𝑛)𝑦−𝑛 Substituindo na equação diferencial 𝑦 −𝑛 ∙ 𝑦 ′ + 𝑃(𝑥) ∙ 𝑦1−𝑛 = 𝑄(𝑥), obtemos:
𝑧′ 𝑧′
𝑦 −𝑛 ∙ (1−𝑛)𝑦−𝑛 + 𝑃(𝑥) ∙ 𝑧 = 𝑄(𝑥) ⇒ 1−𝑛 + 𝑃(𝑥) ∙ 𝑧 = 𝑄(𝑥), multiplicando ambos os membros por
1. 𝑦′ + 𝑦 = 𝑒 𝑥𝑦2
Resolução:
𝑦′ 𝑦 𝑒 𝑥 𝑦2
Dividindo ambos os membros da equação dada por 𝑦 2 , vem: 𝑦2 + 𝑦2 = 𝑦2
⇒ 𝑦 −2 ∙ 𝑦 ′ + 𝑦 −1 = 𝑒 𝑥
𝑧′
−𝑦 −2 ∙ + 𝑧 = 𝑒 𝑥 ⇒ −𝑧 ′ + 𝑧 = 𝑒 𝑥 , multiplicando ambos os membros por menos um, obtemos:
𝑦 −2
2. 𝑦 ′ + 𝑥𝑦 = 𝑥 3 ∙ 𝑦 3
Resolução:
12
𝑦′ 𝑥𝑦 𝑥 3 ∙𝑦 3
Dividindo ambos os membros por 𝑦 3 , achamos: 𝑦3
+ 𝑦3 = 𝑦3
⇒ 𝑦 −3 𝑦 ′ + 𝑥𝑦 −2 = 𝑥 3 , fazendo
𝑧′
𝑦 −2 = 𝑧, derivando ambos os membros, vem: −2𝑦 −3 𝑦 ′ = 𝑧 ′ ⇒ 𝑦 ′ = − substituindo na
2𝑦 −3
𝑧′ 1
equação 𝑦 −3 𝑦 ′ + 𝑥𝑦 −2 = 𝑥 3 , obtemos: 𝑦 −3 ∙ (− 2𝑦−3) + 𝑥𝑧 = 𝑥 3 ⇒ − 2 𝑧 ′ + 𝑥𝑧 = 𝑥 3 , multiplicando
ambos os membros por menos um, achamos a equação diferencial linear da primeira ordem, isto
é, 𝑧 ′ − 2𝑥𝑧 = −2𝑥 3. A equação diferencial homogênea correspondente é da forma 𝑧 ′ − 2𝑥𝑧 = 0.
Transformando numa equação diferencial de variáveis separadas, obtemos:
𝑑𝑧
𝑧 ′ − 2𝑥𝑧 = 0 ⇒ − 2𝑥𝑧 = 0, multiplicando ambos os membros por 𝑑𝑥 e dividindo por 𝑧
𝑑𝑥
𝑑𝑧
obtemos: 𝑧
− 2𝑥𝑑𝑥 = 0, integrando-a, vem:
𝑑𝑧 𝑥2 2
∫ − 2 ∙ ∫ 𝑥𝑑𝑥 = 𝐶 ⇒ 𝑙𝑛|𝑧| − 2 ∙ = 𝐶 ⇒ 𝑙𝑛|𝑧| − 𝑥 2 = 𝐶 ⇒ 𝑙𝑛|𝑧| = 𝑥 2 + 𝐶 ⇒ 𝑧 = 𝑒 𝑥 +𝐶 ⇒
𝑧 2
2 2
𝑧 = 𝑒 𝑥 ∙ 𝑒 𝐶 ⇒ 𝑧 = 𝐶 ∙ 𝑒 𝑥 , derivando ambos os membros e considerando 𝐶 como função de 𝑥,
2 2 ′ 2 2
vem: 𝑧 ′ = 𝐶 ′ ∙ 𝑒 𝑥 + 𝐶 ∙ (𝑒 𝑥 ) ⇒ 𝑧 ′ = 𝐶 ′ ∙ 𝑒 𝑥 + 2𝑥𝐶𝑒 𝑥 , substituindo na equação diferencial não
homogênea, 𝑧 ′ − 2𝑥𝑧 = −2𝑥 3 , achamos:
2 2 2 2 2𝑥 3 2
𝐶 ′ ∙ 𝑒 𝑥 + 2𝑥𝐶𝑒 𝑥 − 2𝑥𝐶 ∙ 𝑒 𝑥 = −2𝑥 3 ⇒ 𝐶 ′ ∙ 𝑒 𝑥 = −2𝑥 3 ⇒ 𝐶 ′ = − 2 ⇒ 𝐶 ′ = −2𝑥 3 𝑒 −𝑥
𝑒𝑥
𝑑𝐶 2 2
= −2𝑥 3 𝑒 −𝑥 ⇒ 𝑑𝐶 = −2𝑥 3 𝑒 −𝑥 𝑑𝑥, integrando a equação resultante, vem:
𝑑𝑥
2 2
∫ 𝑑𝐶 = −2 ∙ ∫ 𝑥 3 𝑒 −𝑥 𝑑𝑥 + 𝐶1 ⇒ 𝐶 = −2𝐼1 + 𝐶1 , onde 𝐼1 = ∫ 𝑥 3 𝑒 −𝑥 𝑑𝑥, vamos achar o valor de 𝐼1
2 2
pelo método de integração por partes. 𝐼1 = ∫ 𝑥 3 𝑒 −𝑥 𝑑𝑥 = ∫ 𝑥 2 ∙ 𝑥 ∙ 𝑒 −𝑥 𝑑𝑥. 𝑢 = 𝑥 2 ⇒ 𝑑𝑢 = 2𝑥𝑑𝑥 e
2 2 1 2 1 2 1 2
𝑑𝑣 = 𝑥 ∙ 𝑒 −𝑥 𝑑𝑥 ⇒ 𝑣 = ∫ 𝑥 ∙ 𝑒 −𝑥 𝑑𝑥 = − 2 ∫ 𝑒 −𝑥 𝑑(−𝑥 2 ) = − 2 ∙ 𝑒 −𝑥 ⇒ 𝑣 = − 2 ∙ 𝑒 −𝑥
1 2 1 2 1 2 1 2
𝐼1 = − ∙ 𝑥 2 ∙ 𝑒 −𝑥 − ∫ − ∙ 𝑒 −𝑥 ∙ 2𝑥𝑑𝑥 ⇒ 𝐼1 = − ∙ 𝑥 2 ∙ 𝑒 −𝑥 + ∫ 2𝑥 ∙ 𝑒 −𝑥 𝑑𝑥
2 2 2 2
1 2 1 2 1 2 1 1
𝐼1 = − 2 ∙ 𝑥 2 ∙ 𝑒 −𝑥 − 2 ∫ 𝑒 −𝑥 𝑑(−𝑥 2 ) = − 2 ∙ 𝑥 2 ∙ 𝑒 −𝑥 − 2 𝑒 −𝑥 2 ⇒ 𝐼1 = − 2 𝑒 −𝑥 2 (𝑥 2 + 1),
1
substituindo 𝐼1 em 𝐶 = −2𝐼1 + 𝐶1 , obtemos: 𝐶 = −2 [− 2 𝑒 −𝑥 2 (𝑥 2 + 1)] + 𝐶1 ⇒ 𝐶 = 𝑒 −𝑥 2 ∙
2
(𝑥 2 + 1) + 𝐶1 , substituindo 𝐶 em 𝑧 = 𝐶 ∙ 𝑒 𝑥 , achamos a solução geral da equação diferencial
2 2 2
dada: 𝑦 −2 = 𝑧 = [𝑒 −𝑥 2 ∙ (𝑥 2 + 1) + 𝐶1 ] ∙ 𝑒 𝑥 ⇒ 𝑦 −2 = 𝑒 −𝑥 2 ∙ (𝑥 2 + 1) ∙ 𝑒 𝑥 + 𝐶1 ∙ 𝑒 𝑥 ⇒
1 2 2
2
= (𝑥 2 + 1) + 𝐶1 ∙ 𝑒 𝑥 ⇒ 1 = 𝑦 2 [(𝑥 2 + 1) + 𝐶1 ∙ 𝑒 𝑥 ]
𝑦
13
A equação diferencial na forma canónica 𝑃(𝑥, 𝑦)𝑑𝑥 + 𝑄(𝑥, 𝑦)𝑑𝑦 = 0 (1), é equação diferencial
𝜕𝑃 𝜕𝑄
exacta se, e somente se, 𝑃(𝑥, 𝑦) e 𝑄(𝑥, 𝑦) são funções continuas e 𝜕𝑦 = 𝜕𝑥 .
A integral da equação diferencial (1) é 𝑈(𝑥, 𝑦) = 𝐶, onde 𝑈(𝑥, 𝑦) = ∫ 𝑃(𝑥, 𝑦)𝑑𝑥 + 𝜑(𝑦). Com
𝜕𝑈 𝜕𝑈
𝜕𝑦
= 𝑄(𝑥, 𝑦) e 𝜕𝑥
= 𝑃(𝑥, 𝑦).
Resolução:
𝜕𝑃 𝜕(𝑒 𝑥 𝑠𝑒𝑛𝑦+2𝑥)
Vamos, primeiramente, verificar se as derivadas parciais são iguais: 𝜕𝑦 = 𝜕𝑦
= 𝑒 𝑥 𝑐𝑜𝑠(𝑦)
𝜕𝑄 𝜕(𝑒 𝑥 𝑐𝑜𝑠𝑦+2𝑦)
e 𝜕𝑥
= 𝜕𝑥
= 𝑒 𝑥 𝑐𝑜𝑠(𝑦). Portanto, as derivadas parciais são iguais, isto significa que
𝜕𝑃 𝜕𝑄
𝜕𝑦
= 𝜕𝑥
= 𝑒 𝑥 𝑐𝑜𝑠(𝑦).
1
𝑈(𝑥, 𝑦) = 𝑠𝑒𝑛(𝑦) ∙ ∫ 𝑒 𝑥 𝑑𝑥 + 2 ∙ ∫ 𝑥𝑑𝑥 + 𝜑(𝑦) = 𝑠𝑒𝑛(𝑦) ∙ 𝑒 𝑥 + 2 ∙ 𝑥 2 + 𝜑(𝑦) ⇒
2
𝑈(𝑥, 𝑦) = 𝑠𝑒𝑛(𝑦) ∙ 𝑒 𝑥 + 𝑥 2 + 𝜑(𝑦) (1). Para acharmos 𝜑(𝑦), temos que derivar a função 𝑈(𝑥, 𝑦)
𝜕𝑈 𝜕[𝑠𝑒𝑛(𝑦)∙𝑒 𝑥 +𝑥 2 +𝜑(𝑦)] 𝜕𝑈
em ordem a 𝑦, isto é, 𝜕𝑦 = 𝜕𝑦
= 𝑒 𝑥 ∙ 𝑐𝑜𝑠(𝑦) + 𝜑′ (𝑦) ⇒ 𝜕𝑦
= 𝑒 𝑥 ∙ 𝑐𝑜𝑠(𝑦) + 𝜑′ (𝑦).
𝜕𝑈
Como = 𝑄(𝑥, 𝑦) ⇒ 𝑒 𝑥 ∙ 𝑐𝑜𝑠(𝑦) + 𝜑′ (𝑦) = 𝑒 𝑥 𝑐𝑜𝑠𝑦 + 2𝑦 ⇒ 𝜑′ (𝑦) = 𝑒 𝑥 𝑐𝑜𝑠𝑦 + 2𝑦 − 𝑒 𝑥 ∙ 𝑐𝑜𝑠(𝑦) ⇒
𝜕𝑦
𝑑𝜑
𝜑′ (𝑦) = 2𝑦 ⇒ 𝑑𝑦
= 2𝑦, multiplicando ambos os membros por 𝑑𝑦, vem: 𝑑𝜑 = 2𝑦𝑑𝑦, integrando a
𝑦2
equação, teremos: ∫ 𝑑𝜑 = 2 ∫ 𝑦𝑑𝑦 + 𝐶1 ⇒ 𝜑(𝑦) = 2 ∙ 2
+ 𝐶1 = 𝑦 2 + 𝐶1 ⇒ 𝜑(𝑦) = 𝑦 2 + 𝐶1 (2).
Assim, obteremos a solução geral da equação diferencial dada, substituindo (2) em (1).
𝑈(𝑥, 𝑦) = 𝐶 ⇒ 𝑠𝑒𝑛(𝑦) ∙ 𝑒 𝑥 + 𝑥 2 + 𝑦 2 + 𝐶1 = 𝐶 ⇒ 𝑠𝑒𝑛(𝑦) ∙ 𝑒 𝑥 + 𝑥 2 + 𝑦 2 = 𝐶 − 𝐶1 ⇒
𝑠𝑒𝑛(𝑦) ∙ 𝑒 𝑥 + 𝑥 2 + 𝑦 2 = 𝐶
2. (𝑥 + 𝑦)𝑑𝑥 + (𝑥 + 2𝑦)𝑑𝑦 = 0
Resolução:
14
𝜕𝑃 𝜕(𝑥+𝑦) 𝜕𝑄 𝜕(𝑥+2𝑦) 𝜕𝑃 𝜕𝑄
𝜕𝑦
= 𝜕𝑦
= 1 e 𝜕𝑥 = 𝜕𝑥
= 1. Portanto, as derivadas parciais são iguais, isto é, 𝜕𝑦 = 𝜕𝑥
= 1.
𝑥2
𝑈(𝑥, 𝑦) = ∫ 𝑃(𝑥, 𝑦)𝑑𝑥 + 𝜑(𝑦) = ∫(𝑥 + 𝑦) 𝑑𝑥 + 𝜑(𝑦) = ∫ 𝑥𝑑𝑥 + 𝑦 ∫ 𝑑𝑥 + 𝜑(𝑦) = + 𝑥𝑦 + 𝜑(𝑦)
2
𝑥2
𝑥2 𝜕𝑈 𝜕[ +𝑥𝑦+𝜑(𝑦)]
2
𝑈(𝑥, 𝑦) = + 𝑥𝑦 + 𝜑(𝑦), derivando 𝑈(𝑥, 𝑦) em ordem a 𝑦, vem: = = 𝑥 + 𝜑′ (𝑦)
2 𝜕𝑦 𝜕𝑦
𝜕𝑈 𝜕𝑈
𝜕𝑦
= 𝑥 + 𝜑′ (𝑦). 𝜕𝑦 = 𝑄(𝑥, 𝑦) ⇒ 𝑥 + 𝜑′ (𝑦) = 𝑥 + 2𝑦 ⇒ 𝜑 ′ (𝑦) = 𝑥 + 2𝑦 − 𝑥 ⇒ 𝜑′ (𝑦) = 2𝑦 ⇒
𝑑𝜑
= 2𝑦, multiplicando ambos os membros por 𝑑𝑦, teremos: 𝑑𝜑 = 2𝑦𝑑𝑦, integrando a equação,
𝑑𝑦
𝑦2
vem: ∫ 𝑑𝜑 = 2 ∫ 𝑦𝑑𝑦 + 𝐶1 ⇒ 𝜑(𝑦) = 2 ∙ 2
+ 𝐶1 ⇒ 𝜑(𝑦) = 𝑦 2 + 𝐶1 . Assim,
𝑥2
𝑈(𝑥, 𝑦) = 2
+ 𝑥𝑦 + 𝑦 2 + 𝐶1. Como 𝑈(𝑥, 𝑦) = 𝐶, portanto, a solução geral da equação diferencial
𝑥2 𝑥2 𝑥2
dada é: 2
+ 𝑥𝑦 + 𝑦 2 + 𝐶1 = 𝐶 ⇒ 2
+ 𝑥𝑦 + 𝑦 2 = 𝐶 − 𝐶1 ⇒ 2
+ 𝑥𝑦 + 𝑦 2 = 𝐶, onde 𝐶 = 𝐶 − 𝐶1 .
𝟏. 𝟖. 𝟏. Factor integrante
Se a equação diferencial (1), não é equação diferencial exacta, então se necessita de um factor de
1 𝜕𝑃 𝜕𝑄
integração. Se ( − ) = 𝑓(𝑥), é uma função de 𝑥, apenas, então 𝜇 = 𝜇(𝑥) = 𝑒 ∫ 𝑓(𝑥)𝑑𝑥 é um
𝑄 𝜕𝑦 𝜕𝑥
1 𝜕𝑃 𝜕𝑄
factor integrante da equação (1). E, se 𝑃 (𝜕𝑦 − 𝜕𝑥 ) = −𝑔(𝑦), é uma função de 𝑦, apenas, então
𝜇 = 𝜇(𝑦) = 𝑒 − ∫ 𝑔(𝑦)𝑑𝑦 , é um factor integrante da equação (1). Portanto, a equação diferencial (1)
fica multiplicada pelo factor integrante, tornando-se equação diferencial exacta, isto é,
𝜇(𝑥, 𝑦)[𝑃(𝑥, 𝑦𝑑𝑥 + 𝑄(𝑥, 𝑦)𝑑𝑦)] = 0.
1. (𝑥 + 𝑦 2 )𝑑𝑥 − 2𝑥𝑦𝑑𝑦 = 0
Resolução:
𝜕𝑃 𝜕𝑄
Verificamos, primeiramente, se as derivadas parciais são iguais, isto é, 𝜕𝑦 = 2𝑦 e 𝜕𝑥 = −2𝑦,
concluímos que as derivadas parciais são diferentes, então vamos calcular o factor integrante.
15
1 𝜕𝑃 𝜕𝑄 2𝑦−(−2𝑦) 2𝑦+2𝑦 4𝑦 2 2
𝑓(𝑥) = ( − ) = = =− = − ⇒ 𝑓(𝑥) = − , substituindo a função 𝑓(𝑥),
𝑄 𝜕𝑦 𝜕𝑥 −2𝑥𝑦 −2𝑥𝑦 2𝑥𝑦 𝑥 𝑥
𝑑𝑥 −2 | 1 1
obtemos: 𝜇(𝑥) = 𝑒 ∫ 𝑓(𝑥)𝑑𝑥 = 𝑒 −2 ∫ 𝑥 = 𝑒 −2𝑙𝑛|𝑥| = 𝑒 𝑙𝑛|𝑥 = 𝑥 −2 = 𝑥 2 ⇒ 𝜇(𝑥) = 𝑥 2 .
1
Multiplicando o factor integrante pela equação dada, vem: 𝑥 2 [(𝑥 + 𝑦 2 )𝑑𝑥 − 2𝑥𝑦𝑑𝑦 = 0] ⇒
𝑥 𝑦2 2𝑥𝑦 1 𝑦2 2𝑦 1 𝑦2 2𝑦
(𝑥 2 + 𝑥 2 ) 𝑑𝑥 − 𝑥2
𝑑𝑦 = 0 ⇒ (𝑥 + 𝑥 2 ) 𝑑𝑥 − 𝑥
𝑑𝑦 = 0, 𝑃(𝑥, 𝑦) = 𝑥 + 𝑥 2 e 𝑄(𝑥, 𝑦) = − 𝑥
𝜕𝑃 2𝑦 𝜕𝑄 (−2𝑦)𝑥 ′ 2𝑦
Verificamos novamente se as derivadas parciais são iguais, isto é, 𝜕𝑦 = 𝑥 2 e 𝜕𝑥 = − 𝑥2
= 𝑥2
𝜕𝑃 𝜕𝑄 2𝑦
por conseguinte as derivadas parciais são iguais, isto significa que, 𝜕𝑦 = 𝜕𝑥 = 𝑥 2 .
1 𝑦2 𝑑𝑥
𝑈(𝑥, 𝑦) = ∫ 𝑃(𝑥, 𝑦) 𝑑𝑥 + 𝜑(𝑦) = ∫ ( + 2 ) 𝑑𝑥 + 𝜑(𝑦) = ∫ + 𝑦 2 ∫ 𝑥 −2 𝑑𝑥 + 𝜑(𝑦) ⇒
𝑥 𝑥 𝑥
𝑥 −2+1 𝑥 −1 𝑦2
𝑈(𝑥, 𝑦) = 𝑙𝑛|𝑥| + 𝑦 2 ∙ −2+1
+ 𝜑(𝑦) = 𝑙𝑛|𝑥| + 𝑦 2 ∙ −1
+ 𝜑(𝑦) = 𝑙𝑛|𝑥| − 𝑥
+ 𝜑(𝑦), derivando 𝑈 em
𝜕𝑈 −2𝑦 𝜕𝑈 2𝑦 2𝑦
ordem a 𝑦, teremos: 𝜕𝑦 = + 𝜑′ (𝑦), como = 𝑄(𝑥, 𝑦) ⇒ − + 𝜑′ (𝑦) = − ⇒
𝑥 𝜕𝑦 𝑥 𝑥
2𝑦 2𝑦 𝑑𝜑
𝜑′ (𝑦) = − 𝑥
+ 𝑥
⇒ 𝜑′ (𝑦) = 0 ⇒ 𝑑𝑦
= 0 ⇒ 𝑑𝜑 = 0𝑑𝑦, integrando a equação, obtemos:
𝑦2 𝑦2
∫ 𝑑𝜑 = ∫ 0𝑑𝑦 + 𝐶1 ⇒ 𝜑(𝑦) = 𝐶1. Assim, 𝑈(𝑥, 𝑦) = 𝐶 ⇒ 𝑙𝑛|𝑥| − 𝑥
+ 𝐶1 = 𝐶 ⇒ 𝑙𝑛|𝑥| −
𝑥
= 𝐶 − 𝐶1
𝑦2
𝑙𝑛|𝑥| − 𝑥
= 𝐶, solução da equação diferencial dada.
2. (𝑦 + 𝑥𝑦 2 )𝑑𝑥 − 𝑥𝑑𝑦 = 0
Resolução:
𝜕𝑃 𝜕𝑄
𝑃(𝑥, 𝑦) = 𝑦 + 𝑥𝑦 2 e 𝑄(𝑥, 𝑦) = −𝑥, calculando as derivadas parciais, vem: = 1 + 2𝑥𝑦 e = −1,
𝜕𝑦 𝜕𝑥
logo as derivadas parciais são diferentes, por isso calculamos o factor integrante.
1 𝜕𝑃 𝜕𝑄 1+2𝑥𝑦−(−1) 1+2𝑥𝑦+1 2+2𝑥𝑦
𝑔(𝑦) = 𝑃 (𝜕𝑦 − 𝜕𝑥 ) = 𝑦+𝑥𝑦 2
= 𝑦+𝑥𝑦 2
= 𝑦+𝑥𝑦2 , pondo o factor comum do numerador e
2
denominador em evidência e simplificando, achamos: 𝑔(𝑦) = 𝑦. Calculando o factor de
𝑑𝑦
−2 ∫ −2 |
integração, vem: 𝜇(𝑦) = 𝑒 𝑦 = 𝑒 −2𝑙𝑛|𝑦| = 𝑒 𝑙𝑛|𝑦 = 𝑦 −2 ⇒ 𝜇(𝑦) = 𝑦 −2. Multiplicando o
1
factor integrante pela equação dada, teremos: 𝑦 −2 [(𝑦 + 𝑥𝑦 2 )𝑑𝑥 − 𝑥𝑑𝑦 = 0] ⇒ (𝑦 + 𝑥) 𝑑𝑥 −
𝑥 1 𝑥
− 𝑦2 𝑑𝑦 = 0. 𝑃(𝑥, 𝑦) = 𝑦 + 𝑥 e 𝑄(𝑥, 𝑦) = − 𝑦2 . Verificando a igualdade das derivadas parciais,
𝜕𝑃 1 𝜕𝑄 1 𝜕𝑃 𝜕𝑄 1
vem: 𝜕𝑦 = − 𝑦2 e 𝜕𝑥 = − 𝑦2, consequentemente 𝜕𝑦 = 𝜕𝑥 = − 𝑦2.
1
𝑈(𝑥, 𝑦) = ∫ 𝑃(𝑥, 𝑦) 𝑑𝑥 + 𝜑(𝑦) = ∫ ( + 𝑥) 𝑑𝑥 + 𝜑(𝑦) ⇒
𝑦
16
1 1 1 1 1
𝑈(𝑥, 𝑦) = ∫ 𝑑𝑥 + ∫ 𝑥𝑑𝑥 + 𝜑(𝑦) = 𝑥 + 𝑥 2 + 𝜑(𝑦) ⇒ 𝑈 = 𝑥 + 𝑥 2 + 𝜑(𝑦) (1). Derivando (1)
𝑦 𝑦 2 𝑦 2
𝜕𝑈 𝑥𝑦 ′ 𝑥 𝜕𝑈
em ordem a 𝑦, teremos: 𝜕𝑦 = − 𝑦2
+ 𝜑′ (𝑦) = − 𝑦2 + 𝜑′ (𝑦), como 𝜕𝑦
= 𝑄(𝑥, 𝑦), então
𝑥 𝑥 𝑥 𝑥 𝑑𝜑
− 𝑦2 + 𝜑′ (𝑦) = − 𝑦2 ⇒ 𝜑′ (𝑦) = − 𝑦2 + 𝑦2 ⇒ 𝜑′ (𝑦) = 0 ⇒ 𝑑𝑦
= 0 ⇒ 𝑑𝜑 = 0𝑑𝑦
𝑑𝜑
= 0 ⇒ 𝑑𝜑 = 0𝑑𝑦, integrando a equação, vem: ∫ 𝑑𝜑 = 0 ∫ 𝑑𝑥 + 𝐶1 ⇒ 𝜑(𝑦) = 𝐶1 (4)
𝑑𝑦
𝟏. 𝟗. 𝟏. Equações homogêneas
1. 𝑦 ′′ − 2𝑦 ′ + 2𝑦 = 0
Resolução:
A equação característica da equação diferencial acima é: 𝑟 2 − 2𝑟 + 2 = 0
Achando as raízes da equação característica, vem:
∆= 𝑏 2 − 4𝑎𝑐 = (−2)2 − 4 ∙ 1 ∙ 2 = 4 − 8 = −4 ⇒ ∆= −4
−𝑏 ± √∆ −(−2) ± √−4 2 ± √4 ∙ (−1) 2 ± √4 ∙ √−1 2 ± 2𝑖 2(1 ± 𝑖)
𝑟1/2 = = = = = = =1±𝑖
2𝑎 2∙1 2 2 2 2
𝑟1 = 1 + 𝑖 e 𝑟2 = 1 − 𝑖.
Verificamos que 𝑟1 , 𝑟2 ∈ ℂ, que é conhecido conjunto dos números complexos, então podemos
aplicar a definição da igualdade de dois números complexos, isto é, dois números complexos
𝑍1 = 𝑎 + 𝑏𝑖 e 𝑍2 = 𝑐 + 𝑑𝑖 são iguais se, e somente se, as partes reais são iguais e os coeficientes
das partes imaginárias também iguais, isto significa que, 𝑍1 = 𝑍2 ⇔ 𝑎 = 𝑐 ∧ 𝑏 = 𝑑. Portanto,
aplicando esta definição, teremos: 𝑘 = 𝑟 ⇔ 𝛼 = 1 ∧ 𝛽 = 1, onde 𝑘 = 𝛼 ± 𝛽𝑖.
Substituindo os valores de 𝛼 e 𝛽 na solução 3, vem: 𝑦 = 𝑒 1∙𝑥 [𝐶1 𝑐𝑜𝑠(1 ∙ 𝑥) + 𝐶2 𝑠𝑒𝑛(1 ∙ 𝑥)]
Portanto, a solução geral da equação diferencial acima é 𝑦 = 𝑒 𝑥 [𝐶1 𝑐𝑜𝑠(𝑥) + 𝐶2 𝑠𝑒𝑛(𝑥)]
2. 𝑦 ′′ − 5𝑦 ′ + 6𝑦 = 0
18
Resolução:
A equação característica da equação diferencial acima é: 𝑘 2 − 5𝑘 + 6 = 0
𝑘 2 − 5𝑘 + 6 = 0 ⇒ (𝑘 − 2)(𝑘 − 3) = 0, pela aplicação da lei do anulamento do produto, vem:
(𝑘 − 2)(𝑘 − 3) = 0 ⇔ 𝑘 − 2 = 0 ∪ 𝑘 − 3 = 0 ⇔ 𝑘 = 2 ∪ 𝑘 = 3. Como 𝑘1 , 𝑘2 ∈ ℝ e 𝑘1 ≠ 𝑘2 , então
a solução geral da equação diferencial dada é da forma 𝑦 = 𝐶1 𝑒 𝑘1𝑥 + 𝐶2 𝑒 𝑘2𝑥 . Substituindo os
valores de 𝑘1 e 𝑘2 , obtemos: 𝑦 = 𝐶1 𝑒 2𝑥 + 𝐶2 𝑒 3𝑥
3. 𝑦 ′′ + 2𝑦 ′ + 𝑦 = 0
Resolução:
A solução geral da equação linear não homogênea 𝑦 ′′ + 𝑝𝑦 ′ + 𝑞𝑦 = 𝑓(𝑥) (2) pode ser escrita da
forma 𝑦 = 𝑦𝑐 + 𝑦𝑝 onde 𝑦𝑐 é solução geral da correspondente equação (1) e 𝑦𝑝 é solução
particular da equação (2). A função 𝑦𝑝 pode ser encontrada pelo método dos coeficientes
indeterminados a partir da tabela a seguir:
Função 𝒇(𝒙) Forma para solução particular (𝒚𝒑 )
8 𝐴
𝑥 𝐴𝑥 + 𝐵
𝑥2 𝐴𝑥 2 + 𝐵𝑥 + 𝐶
𝑥3 − 𝑥 + 1 𝐴𝑥 3 + 𝐵𝑥 2 + 𝐶𝑥 + 𝐷
𝑠𝑒𝑛(𝑥) (𝐴𝑥 + 𝐵)𝑐𝑜𝑠(𝑥) + (𝐶𝑥 + 𝐷)𝑠𝑒𝑛(𝑥)
𝑐𝑜𝑠(𝑥) (𝐴𝑥 + 𝐵)𝑐𝑜𝑠(𝑥) + (𝐶𝑥 + 𝐷)𝑠𝑒𝑛(𝑥)
𝑠𝑒𝑛(𝑘𝑥) 𝐴𝑐𝑜𝑠(𝑘𝑥) + 𝐵𝑠𝑒𝑛(𝑘𝑥)
𝑐𝑜𝑠(𝑘𝑥) 𝐴𝑐𝑜𝑠(𝑘𝑥) + 𝐵𝑠𝑒𝑛(𝑘𝑥)
𝑒𝑥 𝐴𝑥𝑒 𝑥
𝑒 𝑘𝑥 𝐴𝑒 𝑘𝑥
𝑥𝑒 𝑥 (𝐴𝑥 + 𝐵)𝑥 2 𝑒 𝑥
5𝑥𝑒 𝑘𝑥 (𝐴𝑥 + 𝐵)𝑒 𝑘𝑥
19
1. 𝑦 ′′ − 4𝑦 ′ + 4𝑦 = 𝑥 2
Resolução:
1
1 𝐴 = 1
4𝐴 = 1 𝐴= 4 𝐴=
−8𝐴 + 4𝐵 = 0 ⇔ 4 ⇔ 8 ⇔{ 4 ⇔
4𝐵 = 8𝐴 𝐵 = 𝐴 𝐵 = 2𝐴
2𝐴 − 4𝐵 + 4𝐶 = 0 4
2𝐴 − 4𝐵 + 4𝐶 = 0 2𝐴 − 4𝐵 + 4𝐶 = 0
{ { {2𝐴 − 4𝐵 + 4𝐶 = 0
1 1 1 1
1 𝐴= 𝐴= 𝐴= 𝐴=
𝐴= 4 4 4 4
4 1 1 1 1
1 ⇔ 𝐵= ⇔ 𝐵= ⇔ 𝐵= ⇔ 𝐵= ⇔
𝐵 =2∙ 2 2 2 2
4 2 4 1 1 1 1 1 1
4𝐶 = −2𝐴 + 4𝐵 𝐶 = − 𝐴 + 𝐵 𝐶 = − 𝐴 + 𝐵 𝐶 = − ∙ + 𝐶 = − +
{ { 4 4 { 2 { 2 4 2 { 8 2
1 1
𝐴=4 𝐴=4
1 1
𝐵 = 2 ⇔ 𝐵 = 2, substituindo os valores dos coeficientes na solução particular, vem:
−1+4 3
𝐶= 𝐶=
{ 8 { 8
1 1 3
𝑦𝑝 = 𝐴𝑥 2 + 𝐵𝑥 + 𝐶 ⇒ 𝑦𝑝 = 4 𝑥 2 + 2 𝑥 + 8, solução particular. A solução geral da equação
2. 𝑦 ′′ + 2𝑦 ′ + 𝑦 = 𝑒 2𝑥
Resolução:
Resolução:
A equação diferencial homogênea é da forma 𝑦 ′′ − 8𝑦 ′ + 7𝑦 = 0 e a equação característica é
𝑘 2 − 8𝑘 + 7 = 0. Achando as raízes, teremos: 𝑘 2 − 8𝑘 + 7 = 0 ⇒ (𝑘 − 1)(𝑘 − 7) = 0, aplicando a
lei do anulamento do produto, vem:
(𝑘 − 1)(𝑘 − 7) = 0 ⇔ 𝑘 − 1 = 0 ∪ 𝑘 − 7 = 0 ⇔ 𝑘 = 1 ∪ 𝑘 = 7.
A solução geral da equação homogênea tem a forma: 𝑦𝑐 = 𝐶1 𝑒 𝑥 + 𝐶2 𝑒 7𝑥
Fazendo 𝑦 = 𝑦𝑝 = 𝐴 e derivando duas vezes, achamos: 𝑦𝑝′ = 0 e 𝑦𝑝′′ = 0.
Portanto, obtemos a solução particular substituindo as respectivas derivadas na equação
diferencial não homogênea, ou melhor:
14
𝑦𝑝′′ − 8𝑦𝑝′ + 7𝑦𝑝 = 14 ⇒ 0 − 8 ∙ 0 + 7𝐴 = 14 ⇒ 7𝐴 = 14 ⇒ 𝐴 = = 2 ⇒ 𝐴 = 2.
7
𝑦𝑝 = 𝐴 = 2 ⇒ 𝑦𝑝 = 2. Portanto, 𝑦 = 𝑦𝑐 + 𝑦𝑝 ⇒ 𝑦 = 𝐶1 𝑒 𝑥 + 𝐶2 𝑒 7𝑥 + 2.
Resolução:
A equação característica é 𝑘 3 − 13𝑘 2 + 12𝑘 = 0, resolvendo-a, teremos:
𝑘 3 − 13𝑘 2 + 12𝑘 = 0 ⇒ 𝑘(𝑘 2 − 13𝑘 + 12) = 0 ⇒ 𝑘(𝑘 − 1)(𝑘 − 12) = 0, aplicando a lei do
anulamento do produto, vem: 𝑘(𝑘 − 1)(𝑘 − 12) = 0 ⇔ 𝑘 = 0 ∪ 𝑘 − 1 = 0 ∪ 𝑘 − 12 = 0 ⇔
𝑘 = 0 ∪ 𝑘 = 1 ∪ 𝑘 = 12. A solução geral da equação diferencial dada tem a forma:
𝑦 = 𝐶1 𝑦1 + 𝐶2 𝑦2 + 𝐶3 𝑦3 = 𝐶1 𝑒 0 + 𝐶2 𝑒 𝑥 + 𝐶3 𝑒 12𝑥 ⇒ 𝑦 = 𝐶1 + 𝐶2 𝑒 𝑥 + 𝐶3 𝑒 12𝑥
2. 𝑦 ′′′ − 𝑦 ′ = 0
Resolução:
A equação característica é 𝑘 3 − 𝑘 = 0, resolvendo obtemos: 𝑘 3 − 𝑘 = 0 ⇒ 𝑘(𝑘 2 − 1) = 0 ⇒
𝑘(𝑘 + 1)(𝑘 − 1) = 0 ⇔ 𝑘 = 0 ∪ 𝑘 = −1 ∪ 𝑘 = 1. A solução geral tem a forma:
𝑦 = 𝐶1 𝑦1 + 𝐶2 𝑦2 + 𝐶3 𝑦3 = 𝐶1 𝑒 0 + 𝐶2 𝑒 −𝑥 + 𝐶3 𝑒 𝑥 ⇒ 𝑦 = 𝐶1 + 𝐶2 𝑒 −𝑥 + 𝐶3 𝑒 𝑥
A solução particular da equação não homogênea tem a forma 𝑦 (𝑛) + 𝑎1 𝑦 (𝑛−1) + 𝑎2 𝑦 (𝑛−2) +
+𝑎3 𝑦 (𝑛−3) + ⋯ + 𝑎𝑛−1 𝑦 ′ + 𝑎𝑛 𝑦 = 𝑓(𝑥) (3).
22
Resolução:
A equação homogênea é 𝑦 𝐼𝑉 + 𝑦 ′′′ = 0, e a equação característica correspondente tem a forma
𝑘 4 + 𝑘 3 = 0. Resolvendo-a, teremos: 𝑘 4 + 𝑘 3 = 0 ⇒ 𝑘 3 (𝑘 + 1) = 0 ⇔ 𝑘 3 = 0 ∪ 𝑘 + 1 = 0 ⇔
3
𝑘 = √0 ∪ 𝑘 = −1 ⇔ 𝑘1 = 𝑘2 = 𝑘3 = 𝑘 = 0 ∪ 𝑘4 = −1. A solução geral da equação homogênea
tem a forma: 𝑦𝑐 = 𝐶1 𝑒 𝑘𝑥 + 𝐶2 𝑥𝑒 𝑘𝑥 + 𝐶3 𝑥 2 𝑒 𝑘𝑥 + 𝐶4 𝑒 𝑘4𝑥 = 𝐶1 𝑒 0 + 𝐶2 𝑥𝑒 0 + 𝐶3 𝑥 2 𝑒 0 + 𝐶4 𝑒 −𝑥 ⇒
𝑦𝑐 = 𝐶1 + 𝐶2 𝑥 + 𝐶3 𝑥 2 + 𝐶4 𝑒 −𝑥 .
A solução particular pode ser escrita da seguinte forma de acordo com a tabela de soluções
particulares, isto é, 𝑦 = 𝑦𝑝 = 𝐴𝑐𝑜𝑠(4𝑥) + 𝐵𝑠𝑒𝑛(4𝑥), derivando quatro vezes e substituindo na
equação dada, obtemos:
𝑦𝑝′ = [𝐴𝑐𝑜𝑠(4𝑥) + 𝐵𝑠𝑒𝑛(4𝑥)]′ = −4𝐴𝑠𝑒𝑛(4𝑥) + 4𝐵𝑐𝑜𝑠(4𝑥) ⇒ 𝑦𝑝′ = −4𝐴𝑠𝑒𝑛(4𝑥) + 4𝐵𝑐𝑜𝑠(4𝑥)
𝑦𝑝′′ = [−4𝐴𝑠𝑒𝑛(4𝑥) + 4𝐵𝑐𝑜𝑠(4𝑥)]′ = −16𝐴𝑐𝑜𝑠(4𝑥) − 16𝐵𝑠𝑒𝑛(4𝑥)
𝑦𝑝′′′ = [−16𝐴𝑐𝑜𝑠(4𝑥) − 16𝐵𝑠𝑒𝑛(4𝑥)]′ = 64𝐴𝑠𝑒𝑛(4𝑥) − 64𝐵𝑐𝑜𝑠(4𝑥) e
𝑦𝑝𝐼𝑉 = [64𝐴𝑠𝑒𝑛(4𝑥) − 64𝐵𝑐𝑜𝑠(4𝑥)]′ = 256𝐴𝑐𝑜𝑠(4𝑥) + 256𝐵𝑠𝑒𝑛(4𝑥)
𝑦𝑝𝐼𝑉 + 𝑦𝑝′′′ = 𝑐𝑜𝑠(4𝑥) ⇒ 256𝐴𝑐𝑜𝑠(4𝑥) + 256𝐵𝑠𝑒𝑛(4𝑥) + 64𝐴𝑠𝑒𝑛(4𝑥) − 64𝐵𝑐𝑜𝑠(4𝑥) = 𝑐𝑜𝑠(4𝑥)
(256𝐴 − 64𝐵)𝑐𝑜𝑠(4𝑥) + (64𝐴 + 256𝐵)𝑠𝑒𝑛(4𝑥) = 𝑐𝑜𝑠(4𝑥), igualando os coeficientes e aplicando
o método de substituição, teremos:
256𝐴 − 64𝐵 = 1
256𝐴 − 64𝐵 = 1 256𝐴 − 64𝐵 = 1 256 256𝐴 − 64𝐵 = 1
{ ⇔{ ⇔{ ⇔{ ⇔
64𝐴 + 256𝐵 = 0 64𝐴 = −256𝐵 𝐴 = − 𝐵 𝐴 = −4𝐵
64
1
𝐵=−
256(−4𝐵) − 64𝐵 = 1 ⇔ −1024𝐵 − 64𝐵 = 1 ⇔ −1088𝐵 = 1 ⇔ 1088 ⇔
{ { { {
𝐴 = −4𝐵 𝐴 = −4𝐵 𝐴 = −64𝐵 1
𝐴 = −4 (− )
1088
1 1
𝐵 = − 1088 𝐵 = − 1088
{ 4 ⇔{ 1 , colocando os valores dos coeficientes 𝐴 e 𝐵 na solução particular,
𝐴= 𝐴=
1088 272
1 1
vem: 𝑦𝑝 = 𝐴𝑐𝑜𝑠(4𝑥) + 𝐵𝑠𝑒𝑛(4𝑥) = 272 𝑐𝑜𝑠(4𝑥) − 1088 𝑠𝑒𝑛(4𝑥).
Logo, a solução da equação diferencial dada pode ser escrita da forma:
23
1 1
𝑦 = 𝑦𝑐 + 𝑦𝑝 ⇒ 𝑦 = 𝐶1 + 𝐶2 𝑥 + 𝐶3 𝑥 2 + 𝐶4 𝑒 −𝑥 + 𝑐𝑜𝑠(4𝑥) − 𝑠𝑒𝑛(4𝑥)
274 1088
2. 𝑦 ′′′ + 2𝑦 ′′ + 2𝑦 ′ + 𝑦 = 𝑥
Resolução:
A equação homogênea é 𝑦 ′′′ + 2𝑦 ′′ + 2𝑦 ′ + 𝑦 = 0, a equação característica correspondente tem a
forma: 𝑟 3 + 2𝑟 2 + 2𝑟 + 1 = 0. Assim, vamos achar as raízes da equação característica.
𝑟 3 + 2𝑟 2 + 2𝑟 + 1 = 0 ⇒ (𝑟 3 + 1) + (2𝑟 2 + 2𝑟) = 0 ⇒ (𝑟 3 + 13 ) + 2𝑟(𝑟 + 1) = 0, aplicando o
caso notável (5), vem: (𝑟 + 1)(𝑟 2 − 𝑟 + 1) + 2𝑟(𝑟 + 1) = 0, pondo o factor comum em evidência
e aplicando a lei do anulamento do produto, obtemos:
(𝑟 + 1)(𝑟 2 − 𝑟 + 1 + 2𝑟) = 0 ⇒ (𝑟 + 1)(𝑟 2 + 𝑟 + 1) = 0 ⇔ 𝑟 + 1 = 0 ∪ 𝑟 2 + 𝑟 + 1 = 0 ⇔
𝑟 = −1 ∪ 𝑟 2 + 𝑟 + 1 = 0. Para a equação 𝑟 2 + 𝑟 + 1 = 0 temos: ∆= 𝑏 2 − 4 ∙ 𝑎 ∙ 𝑐 = 12 − 4 ∙ 1 ∙ 1 ⇒
−𝑏±√∆ −1±√−3 −1±√3(−1) −1±√3∙√−1 −1±√3𝑖
∆= 1 − 4 = −3 ⇒ ∆= −3. E 𝑟2/3 = = = = =
2𝑎 2∙1 2 2 2
−1+√3𝑖 1 √3 1 √3 −1−√3𝑖 1 √3 1 √3
𝑟2 = =− + 𝑖 ⇒ 𝑟2 = − + 𝑖 ∧ 𝑟3 = =− − 𝑖 ⇒ 𝑟3 = − − 𝑖
2 2 2 2 2 2 2 2 2 2
1
Aplicando a definição da igualdade de dois números complexos, obtemos: 𝑘2 = 𝑟2 ⇔ 𝛼 = − 2 ∧
√3
𝛽= 2
. A solução geral da equação diferencial homogênea tem a forma:
1 √3 √3
𝑦𝑐 = 𝐶1 𝑒 𝑟1 𝑥 + 𝑒 𝛼𝑥 [𝐶2 𝑐𝑜𝑠(𝛽𝑥) + 𝐶3 𝑠𝑒𝑛(𝛽𝑥)] = 𝐶1 𝑒 −𝑥 + 𝑒 − 2𝑥 [𝐶2 𝑐𝑜𝑠 ( 𝑥) + 𝐶3 𝑠𝑒𝑛 ( 𝑥)]
2 2
1 √3 √3
𝑦𝑐 = 𝐶1 𝑒 −𝑥 + 𝑒 − 2𝑥 [𝐶2 𝑐𝑜𝑠 ( 𝑥) + 𝐶3 𝑠𝑒𝑛 ( 𝑥)]
2 2
Fazendo 𝑦 = 𝑦𝑝 = 𝐴𝑥 + 𝐵 e derivando três vezes e substituindo na equação diferencial dada,
vem: 𝑦𝑐′ = (𝐴𝑥 + 𝐵)′ = 𝐴 ⇒ 𝑦𝑐′ = 𝐴; 𝑦𝑐′′ = (𝐴)′ = 0 ⇒ 𝑦𝑐′′ = 0 e 𝑦𝑐′′′ = 0.
𝑦𝑝′′′ + 2𝑦𝑝′′ + 2𝑦𝑝′ + 𝑦𝑝 = 𝑥 ⇒ 0 + 2 ∙ 0 + 2𝐴 + (𝐴𝑥 + 𝐵) = 𝑥 ⇒ 𝐴𝑥 + (2𝐴 + 𝐵) = 𝑥, igualando os
coeficientes e formando um sistema de equações a duas incógnitas, vem:
𝐴=1 𝐴=1 𝐴=1 𝐴=1
{ ⇔{ ⇔{ ⇔{
2𝐴 + 𝐵 = 0 𝐵 = −2𝐴 𝐵 = −2 ∙ 1 𝐵 = −2
Colocando os valores dos coeficientes na solução particular, conseguimos: 𝑦𝑝 = 𝐴𝑥 + 𝐵 = 𝑥 − 2
Consequentemente, a solução geral da equação diferencial dada tem a forma: 𝑦 = 𝑦𝑐 + 𝑦𝑝
1 √3 √3
𝑦 = 𝑦𝑐 + 𝑦𝑝 ⇒ 𝑦 = 𝐶1 𝑒 −𝑥 + 𝑒 − 2𝑥 [𝐶2 𝑐𝑜𝑠 ( 𝑥) + 𝐶3 𝑠𝑒𝑛 ( 𝑥)] + 𝑥 − 2
2 2
24
A equação diferencial homogênea de Euler tem a forma (𝑎𝑥 + 𝑏)𝑛 𝑦 (𝑛) + 𝐴1 (𝑎𝑥 + 𝑏)𝑛−1 𝑦 (𝑛−1) +
+𝐴2 (𝑎𝑥 + 𝑏)𝑛−2 𝑦 (𝑛−2) + ⋯ + 𝐴𝑛−2 (𝑎𝑥 + 𝑏)2 𝑦 ′′ + 𝐴𝑛−1 (𝑎𝑥 + 𝑏)𝑦 ′ + 𝐴𝑛 𝑦 = 0 (2). Quando 𝑥 > 0
podemos procurar uma solução na forma 𝑦 = 𝑥 𝑘 (3). Substituindo 𝑦, 𝑦 ′ , 𝑦 ′′ , … , 𝑦 (𝑛) em (2),
determinadas pela relação (3), achamos a equação característica, da qual podemos obter o
expoente 𝑘. Se 𝑘 é uma raiz real da equação caracteristica, de grau 𝑚 de multiplicidade, a ela
correspondem 𝑚 soluções linearmente independentes 𝑦1 = 𝑥 𝑘 , 𝑦2 = 𝑥 𝑘 𝑙𝑛(𝑥), 𝑦3 = 𝑥 𝑘 [𝑙𝑛(𝑥)]2 ,
𝑦4 = 𝑥 𝑘 [𝑙𝑛(𝑥)]3 , 𝑦5 = 𝑥 𝑘 [𝑙𝑛(𝑥)]4 , 𝑦6 = 𝑥 𝑘 [𝑙𝑛(𝑥)]5 , … , 𝑦𝑚 = 𝑥 𝑘 [𝑙𝑛(𝑥)]𝑚−1 .
A solução tem a forma: 𝑦 = 𝐶1 𝑦1 + 𝐶2 𝑦2 + 𝐶3 𝑦3 + ⋯ + 𝐶𝑚 𝑦𝑚
Se 𝛼 ± 𝛽𝑖 é um par das raízes complexas de grau 𝑚 de multiplicidade, a ela correspondem 2𝑚
soluções linearmente independentes.
𝑦1 = 𝑥 𝛼 𝑐𝑜𝑠[𝛽𝑙𝑛(𝑥)] 𝑦2 = 𝑥 𝛼 𝑠𝑒𝑛[𝛽𝑙𝑛(𝑥)]
𝑦3 = 𝑥 𝛼 𝑙𝑛(𝑥)𝑐𝑜𝑠[𝛽𝑙𝑛(𝑥)] 𝑦4 = 𝑥 𝛼 𝑙𝑛(𝑥)𝑠𝑒𝑛[𝛽𝑙𝑛(𝑥)]
𝑦5 = 𝑥 𝛼 [𝑙𝑛(𝑥)]2 𝑐𝑜𝑠[𝛽𝑙𝑛(𝑥)] 𝑦6 = 𝑥 𝛼 [𝑙𝑛(𝑥)]2 𝑠𝑒𝑛[𝛽𝑙𝑛(𝑥)]
………………………………………………. ………………………………………………..
𝑦2𝑚−1 = 𝑥 𝛼 [𝑙𝑛(𝑥)]𝑚−1 𝑐𝑜𝑠[𝛽𝑙𝑛(𝑥)] 𝑦2𝑚 = 𝑥 𝛼 [𝑙𝑛(𝑥)]𝑚−1 𝑠𝑒𝑛[𝛽𝑙𝑛(𝑥)]
A solução tem a forma: 𝑦 = 𝐶1 𝑦1 + 𝐶2 𝑦2 + ⋯ + 𝐶2𝑚−1 𝑦2𝑚−1 + 𝐶2𝑚 𝑦2𝑚
Resolução:
′
Fazendo 𝑦 = 𝑥 𝑘 (1). Derivando (1) duas vezes, teremos: 𝑦 ′ = (𝑥 𝑘 ) = 𝑘𝑥 𝑘−1 ⇒ 𝑦 ′ = 𝑘𝑥 𝑘−1 e
′
𝑦 ′′ = (𝑘𝑥 𝑘−1 ) = 𝑘(𝑘 − 1)𝑥 𝑘−2 ⇒ 𝑦 ′′ = 𝑘(𝑘 − 1)𝑥 𝑘−2 (2). Substituindo (1) e (2) na equação
diferencial dada, vem:
𝑥 2 𝑘(𝑘 − 1)𝑥 𝑘−2 + 3𝑥𝑘𝑥 𝑘−1 + 𝑥 𝑘 = 0 ⇒ 𝑥 2 𝑘(𝑘 − 1)𝑥 𝑘 𝑥 −2 + 3𝑥𝑘𝑥 𝑘 𝑥 −1 + 𝑥 𝑘 = 0 ⇒
25
𝑥 2−2 𝑘(𝑘 − 1)𝑥 𝑘 + 3𝑥 1−1 𝑘𝑥 𝑘 + 𝑥 𝑘 = 0 ⇒ 𝑘(𝑘 − 1)𝑥 𝑘 + 3𝑘𝑥 𝑘 + 𝑥 𝑘 = 0, pondo o factor comum em
evidência, teremos: 𝑥 𝑘 [𝑘(𝑘 − 1) + 3𝑘 + 1] = 0. Dividindo ambos os membros por 𝑥 𝑘 , obtemos a
equação característica da forma: 𝑘(𝑘 − 1) + 3𝑘 + 1 = 0 ⇒ 𝑘2 + 2𝑘 + 1 = 0. Resolvendo-a,
teremos: 𝑘 2 + 2𝑘 + 1 = 0 ⇒ (𝑘 + 1)(𝑘 + 1) = 0, aplicando a lei do anulamento do produto,
achamos: (𝑘 + 1)(𝑘 + 1) = 0 ⇔ 𝑘 + 1 = 0 ∪ 𝑘 + 1 = 0 ⇔ 𝑘1 = 𝑘2 = −1.
1 1
Logo, 𝑦 = 𝐶1 𝑦1 + 𝐶2 𝑦2 = 𝐶1 𝑥 −1 + 𝐶2 𝑥 −1 𝑙𝑛(𝑥) = 𝑥 [𝐶1 + 𝐶2 𝑙𝑛(𝑥)] ⇒ 𝑦 = 𝑥 [𝐶1 + 𝐶2 𝑙𝑛(𝑥)]
2. 𝑥 2 𝑦 ′′ − 𝑥𝑦 ′ − 3𝑦 = 0
Resolução:
Fazendo 𝑦 = 𝑥 𝑘 (1). Derivando (1) duas vezes, teremos: 𝑦 ′ = (𝑥 𝑘 )′ = 𝑘𝑥 𝑘−1 ⇒ 𝑦 ′ = 𝑘𝑥 𝑘−1 e
𝑦 ′′ = (𝑘𝑥 𝑘−1 )′ = 𝑘(𝑘 − 1)𝑥 𝑘−2 ⇒ 𝑦 ′′ = 𝑘(𝑘 − 1)𝑥 𝑘−2 (2). Substituindo (1) e (2) na equação
diferencial dada, vem:
𝑥 2 𝑘(𝑘 − 1)𝑥 𝑘−2 − 𝑥𝑘𝑥 𝑘−1 − 3𝑥 𝑘 = 0 ⇒ 𝑥 2 𝑘(𝑘 − 1)𝑥 𝑘 𝑥 −2 − 𝑥𝑘𝑥 𝑘 𝑥 −1 − 3𝑥 𝑘 = 0 ⇒
𝑥 2−2 𝑘(𝑘 − 1)𝑥 𝑘 − 𝑥1−1 − 3𝑥 𝑘 = 0 ⇒ 𝑘(𝑘 − 1)𝑥 𝑘 − 𝑘𝑥 𝑘 − 3𝑥 𝑘 = 0, pondo o factor comum
em evidência, teremos: 𝑥 𝑘 [𝑘(𝑘 − 1) − 𝑘 − 3] = 0, dividindo ambos os membros por 𝑥 𝑘 ,
obtemos a equação característica:
𝑘(𝑘 − 1) − 𝑘 − 3 = 0 ⇒ 𝑘 2 − 𝑘 − 𝑘 − 3 = 0 ⇒ 𝑘 2 − 2𝑘 − 3 = 0 ⇒ (𝑘 − 3)(𝑘 + 1) = 0,
aplicando a lei do anulamento do produto, vem:
(𝑘 − 3)(𝑘 + 1) = 0 ⇔ 𝑘 − 3 = 0 ∪ 𝑘 + 1 = 0 ⇔ 𝑘 = 3 ∪ 𝑘 = −1.
1 1
Por conseguinte, 𝑦 = 𝐶1 𝑦1 + 𝐶2 𝑦2 = 𝐶1 𝑥 3 + 𝐶2 𝑥 −1 = 𝐶1 𝑥 3 + 𝐶2 𝑥 ⇒ 𝑦 = 𝐶1 𝑥 3 + 𝐶2 𝑥
Para achar, a solução de um sistema normal de duas equações diferenciais de primeira ordem, ou
𝑑𝑦 𝑑𝑧
seja, um sistema da forma 𝑑𝑥 = 𝑓(𝑥, 𝑦, 𝑧), 𝑑𝑥 = 𝑔(𝑥, 𝑦, 𝑧) (1).
necessidades de novas integrações. O conjunto das fórmulas (3) e (4), onde 𝑦 na fórmula (3) foi
substituido por 𝜓, obtém-se a solução geral do sistema (1).
𝑑𝑦
=𝑧
1. {𝑑𝑧𝑑𝑥
= −𝑦
𝑑𝑥
Resolução:
𝑑2 𝑦 𝑑𝑧 𝑑𝑧
Derivamos a primeira equação em relação a 𝑥, ou seja, 𝑑𝑥 2 = 𝑑𝑥. Substituindo 𝑑𝑥 = −𝑦, teremos:
𝑑2 𝑦 𝑑2 𝑦
= −𝑦 ⇒ 𝑑𝑥 2 + 𝑦 = 0. A equação caracteristica é: 𝑘 2 + 1 = 0, resolvendo-a, obtemos:
𝑑𝑥 2
𝑑𝑦
= 𝑦 + 5𝑧
2. {𝑑𝑧𝑑𝑥
+ 𝑦 + 3𝑧 = 0
𝑑𝑥
Resolução:
𝑑2 𝑦 𝑑𝑦 𝑑𝑧
Derivando a primeira equação em relação a 𝑥, teremos: 𝑑𝑥 2 = 𝑑𝑥 + 5 𝑑𝑥 (1).
𝑑𝑦 𝑑𝑦
A partir da primeira equação, determinamos 𝑧, ou seja, 𝑑𝑥 = 𝑦 + 5𝑧 ⇒ 5𝑧 = 𝑑𝑥 − 𝑦 ⇒
1 𝑑𝑦 𝑑𝑧 𝑑𝑧
𝑧 = 5 (𝑑𝑥 − 𝑦) (2). Da segunda equação, determinamos 𝑑𝑥, ou seja, 𝑑𝑥 + 𝑦 + 3𝑧 = 0 ⇒
𝑑𝑧 𝑑2 𝑦 𝑑𝑦
= −𝑦 − 3𝑧 (3). Substituindo (3) em (1), obtemos: 𝑑𝑥 2 = 𝑑𝑥 + 5(−𝑦 − 3𝑧) ⇒
𝑑𝑥
𝑑2 𝑦 𝑑𝑦
= 𝑑𝑥 − 5𝑦 − 15𝑧 (4). Substituindo (2) em (4), vem:
𝑑𝑥 2
𝑑 2 𝑦 𝑑𝑦 1 𝑑𝑦 𝑑 2 𝑦 𝑑𝑦 𝑑𝑦
= − 5𝑦 − 15 ∙ ( − 𝑦) ⇒ = − 5𝑦 − 3 ( − 𝑦) ⇒
𝑑𝑥 2 𝑑𝑥 5 𝑑𝑥 𝑑𝑥 2 𝑑𝑥 𝑑𝑥
𝑑2 𝑦 𝑑𝑦 𝑑𝑦 𝑑2 𝑦 𝑑𝑦 𝑑2 𝑦 𝑑𝑦
= 𝑑𝑥 − 5𝑦 − 3 𝑑𝑥 + 3𝑦 ⇒ 𝑑𝑥 2 = −2 𝑑𝑥 − 2𝑦 ⇒ 𝑑𝑥 2 + 2 𝑑𝑥 + 2𝑦 = 0 (5) .
𝑑𝑥 2
27
Resolução:
𝑑2 𝑦 𝑑𝑦 𝑑𝑧
Derivando a primeira equação em relação a 𝑥, teremos: + 3 𝑑𝑥 + 4 𝑑𝑥 = 2 (1). Da primeira
𝑑𝑥 2
𝑑𝑦 1 𝑑𝑦
equação, determinamos 𝑧, ou seja, + 3𝑦 + 4𝑧 = 2𝑥 ⇒ 𝑧 = 4 (2𝑥 − 𝑑𝑥 − 3𝑦) (2). Da
𝑑𝑥
𝑑𝑧 𝑑𝑧
segunda equação, determinamos , ou seja, 𝑑𝑥 = 𝑥 + 𝑦 + 𝑧 (3). Substituindo (2) em (3), vem:
𝑑𝑥
𝑑𝑧 1 𝑑𝑦 3 1 1 𝑑𝑦 𝑑𝑧 3 1 1 𝑑𝑦
= 𝑥 + 𝑦 + (2𝑥 − − 3𝑦) = 𝑥 + 𝑦 − ⇒ = 𝑥+ 𝑦− (4).
𝑑𝑥 4 𝑑𝑥 2 4 4 𝑑𝑥 𝑑𝑥 2 4 4 𝑑𝑥
𝑑2 𝑦 𝑑𝑦 3 1 1 𝑑𝑦 𝑑2 𝑦 𝑑𝑦
Substituindo (4) em (1), vem: 𝑑𝑥 2 + 3 𝑑𝑥 + 4 (2 𝑥 + 4 𝑦 − 4 𝑑𝑥 ) = 2 ⇒ 𝑑𝑥 2 + 2 𝑑𝑥 + 𝑦 = −6𝑥 + 2.
𝑑2𝑦 𝑑𝑦
A equação homogênea é: 𝑑𝑥 2 + 2 𝑑𝑥 + 𝑦 = 0. A equação característica correspondente é:
𝑘 2 + 2𝑘 + 1 = 0. Resolvendo-a, obtemos:
28
𝑘 2 + 2𝑘 + 1 = 0 ⇒ (𝑘 + 1)(𝑘 + 1) = 0 ⇔ 𝑘 + 1 = 0 ∪ 𝑘 + 1 = 0 ⇔ 𝑘 = −1 ∪ 𝑘 = −1. A
solução particular toma a forma: 𝑦𝑐 = 𝐶1 𝑒 𝑘1 𝑥 + 𝐶2 𝑥𝑒 𝑘2 𝑥 = 𝐶1 𝑒 −𝑥 + 𝐶2 𝑥𝑒 −𝑥 (5).
Seguidamente, vamos determinar a solução particular, que tem a forma: 𝑦𝑝 = 𝐴𝑥 + 𝐵 (6).
Derivando (6) duas vezes, teremos: 𝑦𝑝′ = (𝐴𝑥 + 𝐵)′ = 𝐴 ⇒ 𝑦𝑝′ = 𝐴 e 𝑦𝑝′′ = (𝐴)′ = 0 ⇒ 𝑦𝑝′′ = 0
Substituindo as derivadas e (6) na equação diferencial não homogênea, teremos que:
𝑑2 𝑦 𝑑𝑦
+ 2 𝑑𝑥 + 𝑦 = −6𝑥 + 2 ⇒ 0 + 2𝐴 + 𝐴𝑥 + 𝐵 = −6𝑥 + 2 ⇒ 𝐴𝑥 + (2𝐴 + 𝐵) = −6𝑥 + 2
𝑑𝑥 2
𝟐. Exercicios de aplicação
2.1) Formar as equações diferenciais das famílias das curvas dadas:
𝑥
𝑎) 𝑦 2 = 2𝐶𝑥 𝑏) 𝑥 2 + 𝑦 2 = 𝐶 2 𝑐) 𝑥 3 = 𝐶(𝑥 2 − 𝑦 2 ) 𝑑) ln (𝑦) = 1 + 𝑎𝑦
𝑒) (𝑦 − 𝑦0 )2 = 2𝑝𝑥 𝑓) 𝑦 = (𝐶1 + 𝐶2 𝑥)𝑒 𝑥 + 𝐶3 𝑔) 𝑦 = 𝐶1 𝑐𝑜𝑠(2𝑥) + 𝐶2 𝑠𝑒𝑛(2𝑥)
2.2) Diga qual a ordem e o grau das equações diferenciais:
𝑎) 𝑥(𝑦 ′′ )2 = 2(𝑦 ′ )3 𝑏) 𝑦 ′′ + 9(𝑦 ′ )2 = 0 𝑐) 𝑦 ′ − 0,5𝑦 = 0
𝑑) 𝑦 ′′′ − 6 = 0 𝑒) 𝑦 ′′ − 2𝑦 ′ + 2𝑦 = 0 𝑓) 𝑦 ′ + 𝑡𝑔(𝑥) ∙ 𝑦 = 0
2.3) Achar as integrais gerais das seguintes equações diferenciais exactas:
𝑎) (𝑥 + 2𝑦)𝑑𝑥 + (2𝑥 + 𝑦)𝑑𝑦 = 0 𝑏) (𝑥 2 + 𝑦 2 + 2𝑥)𝑑𝑥 + 2𝑥𝑦𝑑𝑦 = 0
𝑐) (𝑥 3 − 3𝑥𝑦 2 + 2)𝑑𝑥 − (3𝑥 2 𝑦 − 𝑦 2 )𝑑𝑦 = 0
2.4) Resolver as seguintes equações diferenciais de variáveis separáveis
𝑥+𝑦 𝑥−𝑦
𝑎) √1 − 𝑦 2 𝑑𝑥 + 𝑦√1 − 𝑥 2 𝑑𝑦 = 0 𝑏) 𝑦 ′ + 𝑠𝑒𝑛 ( ) = 𝑠𝑒𝑛 ( )
2 2
𝑐) (𝑥𝑦 2 + 𝑥)𝑑𝑥 + (𝑦 − 𝑥 2 𝑦)𝑑𝑦 = 0 𝑑) 𝑦 ′ √1 + 𝑥 + 𝑦 = 𝑥 + 𝑦 − 1
1−𝑦 2 𝑐𝑜𝑡𝑔(3𝑦)
𝑒) 𝑦 ′ + √1−𝑥 2 = 0 𝑓) (1 − 𝑦 2 )𝑑𝑥 + 𝑥𝑦𝑑𝑦 = 0 𝑔) 𝑦 ′ = 𝑠𝑒𝑛2 (𝑥)
3𝑥 3 𝑦+𝑦 2 +𝑦
ℎ) 𝑦 ′ = 3𝑥𝑦 3 −𝑥 ; 𝑦(1) = 1 𝑖) 𝑦 ′ − 𝑐𝑜𝑠(𝑥 − 𝑦) = 𝑐𝑜𝑠(𝑥 + 𝑦) 𝑗) 𝑥𝑒 𝑥 𝑑𝑥 = 𝑦𝑑𝑦
2 −𝑦 𝑥 4 +1
𝑘) 𝑥 3 𝑒 𝑥 𝑑𝑥 − 𝑠𝑒𝑛(𝑦)𝑑𝑦 = 0 𝑙) 𝑦 ′ =
𝑦(𝑥−1)(𝑥 2 +1)√1−𝑦2
𝑚) (4 + 𝑥 2 )𝑦 ′ + 𝑥√9 − 𝑦 2 = 0 𝑛) 𝑦 ′ = 𝑥𝑠𝑒𝑛(𝑥)sec(𝑦)
2.5) Achar as soluções particulares
1+𝑦 2 𝜋
𝑎) 𝑦 ′ = 𝑥+𝑥 2 , 𝑦(0) = 1 𝑏) 𝑦 ′ 𝑠𝑒𝑛(𝑥) = 𝑦 ln(𝑦) , 𝑦 ( 2 ) = 𝑒
𝜋
𝑐) 𝑠𝑒𝑛(𝑦)𝑐𝑜𝑠(𝑥)𝑑𝑦 = 𝑐𝑜𝑠(𝑦)𝑠𝑒𝑛(𝑥)𝑑𝑥, 𝑦(0) = 4
𝑐) 4𝑦 ′′ + 4𝑦 ′ + 𝑦 = 0; 𝑦(0) = 2, 𝑦 ′ (0) = 0