02 - Desperte o Gigante Interior Anthony Robbins PDF
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DESPERTE
o GIGANTE
INTERIOR
DESPERTE
O GIGANTE
INTERIOR
Tradução de
HAROLDO NETTO
e
A. B. PINHEIRO DE LEMOS
3ª EDIÇÃO
EDITORA RECORD
CIP-Brasil. Catalogação-na-fonte
Sindicato Nacional dos Editores de Livros, RJ.
Robbins, Anthony
R545d Desperte o gigante interior : como usar o Condicionamento Neuro-
assodativo™ para criar mudanças definitivas /Anthony Robbins;
tradução de Haroldo Netto e A. B. Pinheiro de Lemos.-3ª ed. Rio de
Janeiro : Record, 1993.
Tradução de: Awaken the giant within
Subtítulo retirado da capa.
1. Auto-realização (Psicologia). 2. Controle (Psicologia), 3.
Mudança (Psicologia). 4. Sucesso. I. Título.
CDD — 158.1
93-0782 CDU — 159.947
Prefácio
PARTE UM
LIBERE SEU PODER
1. Sonhos de Destino
2. Decisões: O Caminho do Poder
3. A Força que Molda a Sua Vida
4. Sistemas de Convicção: O Poder para Criar e o Poder para
Destruir
5. A Mudança Pode Acontecer Num Instante?
6. Como Mudar Qualquer Coisa em Sua Vida: A Ciência do
Condicionamento Neuro-associativo”:
7. Como Conseguir o que Você Realmente Quer
8. As Perguntas são a Resposta
9. O Vocabulário do Supremo Sucesso
10. O Poder das Metáforas da Vida: Destruir os Bloqueios, Derrubar o
Muro, Largar a Corda e Dançar a Caminho do Sucesso
11. As Dez Emoções de Poder
12. A Magnífica Obsessão - Criar um Futuro Irresistível
13.O Desafio Mental de Dez Dias
PARTE DOIS
ASSUMINDO O CONTROLE - O SISTEMA CENTRAL
PARTE TRÊS
SETE DIAS PARA MOLDAR SUA VIDA
PARTE QUATRO
UMA LIÇÃO DE DESTINO
- BENJAMIN DISRAELI
PASSO DOIS
PASSO TRÊS
1. CONTROLE EMOCIONAL
2. CONTROLE FÍSICO
Vale a pena ter tudo com que você sempre sonhou, mas não
dispor da saúde física para desfrutar? Você acorda todos os dias
sentindo-se energizado, cheio de vigor e pronto para dar início a um
novo dia? Ou acorda se sentindo tão cansado quanto na noite anterior,
cheio de dores e ressentido por ter de começar tudo de novo? O seu
atual estilo de vida o converte numa estatística? Um em cada dois
americanos morre de doença coronária; um em cada três morre de
câncer. Para usar uma frase do médico do século XVII Thomas Moffett,
estamos “cavando nossas sepulturas com os dentes” quando enchemos
o corpo de alimentos nutricionalmente vazios, cheios de gorduras,
envenenamos nossos organismos com cigarros, álcool e droga, e
sentamos passivamente diante de aparelhos de televisão. Esta segunda
lição o ajudará a controlar sua saúde física, a fim de que não apenas
tenha boa aparência, mas também se sinta bem, e saiba que está
controlando sua vida, em um corpo que irradia vitalidade, e permite que
alcance o sucesso desejado.
5. CONTROLE DO TEMPO
Não estou partilhando estas lições com você para dizer que tenho
todas as respostas, ou que minha vida tenha sido perfeita ou tranqüila.
Claro que tive minha parcela de desafios. Mas através de tudo por que
passei, consegui aprender, persistir e seguir vencendo, ano após ano.
Cada vez que enfrentava um desafio, usava o que tinha aprendido para
elevar a minha vida a um novo nível. E, como o seu, meu nível de
domínio nessas cinco áreas continua a se expandir.
Mas viver o meu estilo de vida pode não ser a resposta para você.
Meus sonhos e objetivos podem não ser os seus. Acredito, contudo, que
as lições que aprendi sobre como transformar os sonhos em realidade,
como pegar o intangível e torná-lo real, são fundamentais para atingir
qualquer nível de sucesso pessoal ou profissional. Escrevi este livro para
que seja um guia — um manual — destinado a aumentar a qualidade da
sua vida e a satisfação que você pode retirar dela. Embora seja evidente
que eu me sinto muito orgulhoso do meu primeiro livro, Poder sem
limites, e com o impacto que causou em gente de todo o mundo, sinto
que este livro poderá lhe proporcionar algumas novas e singulares
noções de poder, que podem ajudá-lo a elevar sua vida ao nível
seguinte.
Vamos rever alguns fundamentos, já que a repetição é a mãe da
habilidade. Assim sendo, espero que este venha a ser um livro que você
lerá muitas vezes, um livro ao qual voltará e utilizará como um
instrumento, a fim de acionar a si mesmo, e encontrar as respostas que
já existem dentro de você. Mesmo assim, lembre-se de que, ao ler este
livro, não precisa acreditar ou usar tudo o que ele contém. Aproveite as
coisas que julgar úteis; ponha-as em ação imediatamente. Não precisa
aplicar todas as estratégias ou usar todos os instrumentos descritos
neste livro para promover algumas mudanças importantes. Todas elas,
tomadas individualmente, têm potencial para realizar as mudanças;
usadas juntas, contudo, produzirão resultados explosivos.
Este livro está cheio de estratégias para alcançar o sucesso que
você deseja, com princípios organizacionais inspirados em algumas das
pessoas mais poderosas e interessantes da nossa cultura. Tive a
oportunidade excepcional de conhecer, entrevistar e tomar como modelo
uma imensa variedade de pessoas — pessoas com impacto e um caráter
incomparável —, de Norman Cousins a Michael Jackson, do treinador
John Wooden ao gênio das finanças John Templeton, de executivos a
motoristas de táxi. Nas páginas seguintes, você encontrará não apenas
os benefícios de minha própria experiência, mas também a de milhares
de livros, tapes, seminários e entrevistas que acumulei, nos últimos dez
anos de minha vida, à medida que prossigo com o meu estimulante e
continuado desafio de aprender a crescer um pouco mais a cada dia.
O objetivo deste livro não é apenas ajudar você a efetuar uma
mudança em sua vida, mas também servir de base para auxiliá-lo a
levar toda sua vida para um novo nível. O foco está na criação de
mudanças globais. O que quero dizer com isso? Bem, você pode
aprender a efetuar mudanças — vencer um medo ou uma fobia,
aumentar a qualidade de um relacionamento, ou superar seu padrão de
procrastinação. Todas essas são habilidades incrivelmente valiosas, e se
você leu Poder sem limites, já aprendeu muitas delas. No entanto, à
medida que continua a leitura das páginas seguintes, descobrirá que há
muitos pontos de alavanca em sua vida, e basta efetuar uma pequena
mudança para transformar literalmente todos os aspectos de sua vida.
Este livro visa a lhe oferecer as estratégias que podem ajudá-lo a
criar, viver e desfrutar a vida com que você apenas sonha agora.
Neste livro você aprenderá uma série de estratégias simples e
específicas para atacar a causa de qualquer desafio e modificá-la com o
mínimo de esforço. Por exemplo, pode ser difícil acreditar que apenas a
mudança de uma palavra que é parte do seu vocabulário habitual pode
modificar imediatamente seus padrões emocionais pelo resto da vida.
Ou que, por trocar sistematicamente as perguntas que faz a si mesmo,
consciente ou inconscientemente, pode mudar de forma instantânea o
seu foco, e a partir daí as ações que realiza a cada dia. Ou ainda que,
per mudar uma convicção, será possível alterar seu nível de felicidade.
Contudo, você aprenderá nos capítulos seguintes a dominar essas
técnicas — e muito mais — a fim de efetuar as mudanças que deseja.
E assim, é com grande respeito que começo este relacionamento
com você, quando juntos iniciamos uma jornada de descoberta, e a
concretização dos nossos mais profundos e verdadeiros potenciais. A
vida é uma dádiva e nos oferece o privilégio, oportunidade e
responsabilidade de retribuirmos com alguma coisa, ao crescermos.
Portanto, vamos começar nossa viagem, explorando...
2
DECISÕES: O CAMINHO DO PODER
“O homem nasce para viver, e não para se
preparar para viver.”
- BORIS PASTERNAK
- BENJAMIN DISRAELI
Mais do que qualquer outra coisa, creio que são nossas decisões,
e não as condições de nossas vidas, que determinam nosso destino.
Você e eu sabemos que há pessoas que nascem com vantagens: têm
vantagens genéticas, ambientais, familiares ou de relacionamentos.
Contudo, também sabemos que constantemente conhecemos, lemos a
respeito e ouvimos falar de pessoas que, contra todas as possibilidades,
se projetaram além dos limites de suas condições, ao tomarem novas
decisões sobre o que fazer com suas vidas. Tornaram-se exemplos do
poder sem limites do espírito humano.
Se decidirmos, você e eu podemos fazer de nossas vidas um desses
exemplos inspiradores. Como? Simplesmente tomando decisões hoje
sobre como viveremos nossas vidas nos anos noventa e além. Se você
não tomar decisões sobre como vai viver, então já tomou uma decisão,
não é mesmo? Ou seja, decidiu se deixar dirigir pelo ambiente, em vez
de moldar seu próprio destino. Toda a minha vida mudou em apenas
um dia — o dia em que determinei não apenas o que gostaria de ter na
vida, ou o que queria me tornar, mas também decidi quem e o que eu
estava empenhado em ser e ter em minha vida. É uma distinção
simples, mas crítica.
Pense um pouco. Há uma diferença entre estar interessado e
estar empenhado em alguma coisa? Pode apostar que sim! Muitas
pessoas dizem coisas como “Puxa, eu realmente gostaria de ganhar
mais dinheiro!” ou “Gostaria de ser mais ligado a meus filhos”, ou
“Sabe, eu realmente gostaria de fazer uma diferença no mundo”. Mas
esse tipo de declaração não representa de modo algum um empenho. A
pessoa apenas anuncia sua preferência, dizendo “Estou interessado em
que isso aconteça, se não tiver que fazer nada”. Isso não é poder! É uma
oração fraca, sem qualquer fé para acioná-la.
- BENJAMIN DISRAELI
Sua vida muda no instante em que você toma uma decisão nova,
coerente e empenhada. Quem poderia imaginar que a determinação e
convicção de um homem tranqüilo e modesto — advogado por profissão
e pacifista por princípio — teria o poder de derrubar um vasto império?
No entanto, a inabalável decisão do Mahatma Ghandi de libertar a Índia
do domínio britânico foi um autêntico barril de pólvora, desencadeando
uma série de eventos que mudariam para sempre o equilíbrio do poder
no mundo. Muita gente não sabia como ele podia concretizar seus
objetivos, mas Ghandi não deixara a si próprio outra escolha a não ser
agir de acordo com a sua consciência. Não admitia outra possibilidade.
Decisão foi a fonte do poder de John E Kennedy ao enfrentar
Nikita Khrushchev durante a tensa crise dos mísseis cubanos, evitando
a Terceira Guerra Mundial. Decisão foi a fonte do poder de Martin
Luther King, Ir. Quando expressou de modo tão eloqüente as
frustrações a aspirações de um povo que nunca mais seria ignorado, e
forçou o mundo a tomar conhecimento. Decisão foi a fonte da ascensão
meteórica de Donald Trump ao topo do mundo das finanças, e também
a fonte de sua queda devastadora. Foi também o poder que permitiu a
Pete Rose maximizar suas possibilidades físicas para atingir a Galeria
da Fama e que acabou por destruir o sonho de sua vida. As decisões
atuam como fonte tanto de problemas quanto de oportunidades e
alegrias incríveis. Este é o poder que detona o processo de
transformação do invisível em visível. As verdadeiras decisões são os
agentes catalisadores para converter nossos sonhos em realidade.
0 mais extraordinário nessa força, nesse poder, é que você já o
possui. O ímpeto explosivo da decisão não é algo reservado apenas a
uns poucos eleitos, com as credenciais certas, dinheiro ou nome de
família. Está disponível tanto ao trabalhador comum quanto ao rei. Está
disponível para você agora, enquanto segura este livro. No instante
seguinte, você poderá usar essa força poderosa que aguarda no seu
interior, e para tanto basta reunir a coragem necessária para reivindicá-
la. Será hoje o dia em que você finalmente decidirá de uma vez por
todas que, como pessoa, é muito mais do que vem demonstrando? Será
hoje o dia em que decidirá de uma vez por todas fazer sua vida coerente
com a qualidade do seu espírito, proclamando: “Eu sou este aqui. E
minha vida é esta. E isto vai ser o que vou fazer. Nada vai me impedir
de atingir meu destino. Não serei privado do meu destino!”
Pense numa pessoa de intenso orgulho, uma jovem chamada Rosa
Parks, que um dia, em 1955, tomou um ônibus em Montgomery,
Alabama, e recusou-se a ceder o lugar a uma pessoa branca, como era
legalmente obrigada. Seu modesto ato de desobediência civil
desencadeou uma tempestade de controvérsias, e tornou-se um símbolo
para as gerações seguintes. Foi o início do movimento de direitos civis,
uma área de despertar de consciências em que ainda lutamos hoje, ao
tentar redefinir os ideais de igualmente, oportunidade e justiça para
todos os americanos, independente de raça, credo ou sexo. Estaria Rosa
Parks pensando no futuro quando se recusou a ceder o lugar naquele
ônibus? Teria um plano para modificar a estrutura da sociedade? É
possível. Mas é mais provável que tenha sido compelida a agir assim
graças à sua decisão de proceder segundo um padrão mais alto. E que
efeito de enormes conseqüências teve a sua decisão!
Se você está pensando, “Eu adoraria tomar decisões assim, mas
experimentei verdadeiras tragédias”, permita que eu lhe conte o
exemplo de Ed Roberts. Ed é um homem “comum”, confinado numa
cadeira de rodas, e que se tornou extraordinário graças à sua decisão de
agir além de suas limitações. Ed está paralisado do pescoço para baixo
desde os quatorze anos. Usa um aparelho para respirar que ele
aprendeu a controlar, contra todas as probabilidades, a fim de levar
uma vida “normal” durante o dia, e passa todas as noites num pulmão
de aço. Tendo lutado contra a pólio, quase perdendo a vida por diversas
vezes, poderia ter decidido focalizar seus interesses na própria dor, mas
preferiu fazer uma diferença para os outros.
Mas o que exatamente ele conseguiu fazer? Nos últimos quinze
anos, sua decisão de lutar contra um mundo que costumava tratá-lo
com condescendência, resultou em muitas melhorias da qualidade de
vida dos deficientes. Enfrentando uma multidão de mitos acerca das
possibilidades das pessoas que têm desafios físicos a vencer, Ed educou
a opinião pública e deu início a tudo, das rampas de acesso para
cadeiras de rodas a áreas de estacionamento especiais e barras de
apoio. Tornou-se o primeiro quadriplégico a se graduar na Universidade
da Califórnia, Berkeley, vindo a assumir a posição de diretor do
Departamento de Reabilitação do Estado da Califórnia, o primeiro
deficiente a ocupar esse cargo.
Ed Roberts é uma prova irrefutável de que o importante não é onde
você começa, mas sim as decisões que toma sobre o lugar a que está
determinado a alcançar.
Todas as ações dele foram baseadas em um único, poderoso e
engajado momento de decisão. O que você poderia fazer de sua vida se
realmente decidisse?
Muitas pessoas dizem: “Gostaria de tomar uma decisão assim, mas
não sei como poderia mudar minha vida.” Essas pessoas se deixam
paralisar pelo medo de não saberem exatamente como transformar seus
sonhos em realidade. Por isso, nunca tomam as decisões que poderiam
transformar suas vidas nas obras-primas que merecem ser. Estou aqui
para lhe dizer que não é importante inicialmente saber como vai criar
um resultado. O importante é decidir que você encontrará um meio, não
importa qual. Em Poder sem limites, mostrei o que chamo de “A
Fórmula do Supremo Sucesso”, um processo elementar para conseguir
chegar onde você quer: 1) Decida o que deseja, 2) Entre em ação, 3)
Verifique o que está funcionando ou não, e 4) Mude seu enfoque até
alcançar o que quer. Decidir produzir um resultado desencadeia os
acontecimentos. Se você decidir o que quer, obrigar-se a entrarem ação,
aprender com isso e mudar o enfoque, acabará por criar a impulsão
necessária para atingir o resultado. Assim que você verdadeiramente se
empenhar para que aconteça alguma coisa, o “como” vai aflorar por si
mesmo.
- ANTHONY ROBBINS
- THOMAS EDISON
- ANÍBAL
Uma das decisões mais importantes que você pode tomar para
assegurar sua felicidade a longo prazo é decidir aproveitar o que quer
que a vida lhe dê no momento. A verdade é que não há nada que não
possa realizar, se: 1) decide com clareza o que está absolutamente
empenhado em alcançar; 2) está disposto a empreender uma ação
maciça; 3) observa o que está dando certo e o que não está; e 4)
continua a mudar o enfoque até conseguir o que quer, aproveitando o
que a vida lhe der ao longo do caminho.
Qualquer pessoa que teve êxito em grande escala deu esses quatro
passos, e seguiu a Fórmula do Supremo Sucesso. Uma das minhas
favoritas “Histórias do Supremo Sucesso” é a do Sr. Soichiro Honda,
fundador da corporação que traz o seu nome. Como todas as
companhias, independente de seu tamanho, a Honda começou com
uma decisão e um desejo apaixonado de produzir um resultado.
Em 1938, enquanto ainda estava na escola, o Sr. Honda pegou
tudo o que tinha e investiu numa pequena oficina, onde começou a
desenvolver seu conceito de anel de pistom. Queria vender seu trabalho
à Toyota Corporation, e por isso trabalhou dia e noite, todo lambuzado
de graxa, dormindo na oficina, sempre acreditando que era capaz de
produzir o resultado. Chegou inclusive a empenhar as jóias da mulher
para permanecer no negócio. Mas quando finalmente terminou os anéis
de pistom e os apresentou à Toyota, disseram-lhe que não atendia aos
padrões da firma. Voltou à escola por mais dois anos, ouvindo a risada
de deboche dos professores e colegas, quando comentavam como eram
absurdos seus objetivos.
Mas em vez de focalizar a dor da experiência, ele decidiu continuar
a focalizar seu objetivo. Até que por fim, após mais dois anos, a Toyota
deu ao Sr. Honda o contrato com que ele sonhava. Sua paixão e
convicção deram certo, porque ele sabia o que queria, entrou em ação,
observou seu trabalho, e foi mudando o foco até conseguir o que
desejava. Surgiu então um novo problema.
O governo japonês se preparava para a guerra, e negou a Honda o
concreto de que precisava para construir sua fábrica. Ele desistiu?
Focalizou a injustiça da situação? Achou que significava a morte do seu
sonho? Absolutamente não. Mais uma vez, Honda decidiu utilizar a
experiência, e desenvolveu outra estratégia. Ele e sua equipe
inventaram um processo para fabricar seu próprio concreto, e a fábrica
foi construída. Durante a guerra, foi bombardeada duas vezes, ficando
destruída grande parte das instalações. A reação de Honda?
Imediatamente convocou sua equipe, e recolheram os bujões de
gasolina extra que os aviões americanos descartavam. Chamou-os de
“presente do Presidente Truman”, porque lhe proporcionaram a
matéria-prima de que precisava para o seu processo industrial —
matéria-prima que naquele tempo não era disponível no Japão.
Finalmente, após sobreviver a tudo isso, um terremoto arrasou com a
fábrica. Honda decidiu vender sua operação de pistons para a Toyota.
Aqui está um homem que claramente tomou decisões fortes para
ter sucesso. Acreditava e tinha paixão pelo que fazia. Possuía uma
grande estratégia. Agia com determinação. Mudava sempre de foco, mas
ainda assim não produzia os resultados por que se empenhava. Decidiu
perseverar.
Depois da guerra, uma tremenda escassez de gasolina atingiu o
Japão, e o Sr. Honda não podia sequer sair no seu carro para comprar
comida para a família. Em desespero, adaptou um pequeno motor à sua
bicicleta. Num abrir e fechar de olhos, os vizinhos pediram para que
lhes construísse aquelas “bicicletas motorizadas”. Um após outro, todos
foram sendo atendidos, até que ele ficou sem motores. Decidiu então
construir uma fábrica para produzir os motores para sua nova
invenção, mas não dispunha do capital.
Como antes, tomou a decisão de encontrar um caminho, fosse
qual fosse! Sua solução foi apelar para os 18.000 proprietários de lojas
de bicicletas no Japão, escrevendo a cada um deles uma carta pessoal.
Disse-lhes como podiam desempenhar um papel na revitalização do
Japão através da mobilidade do seu invento, e convenceu cinco mil a
adiantarem o capital de que necessitava. No entanto, seu produto foi
vendido apenas aos mais entusiasmados, por ser grande e pesado. Ele
fez um ajustamento final, e criou uma versão muito mais leve e em
escala reduzida de sua bicicleta motorizada. Tornou-se um sucesso “da
noite para o dia”, e valeu uma recompensa do Imperador. Mais tarde,
passou a exportar suas motos para a Europa e Estados Unidos,
prosseguindo nos anos setenta com os carros que se tornaram tão
populares.
Hoje, a Honda Corporation emprega mais de cem mil pessoas nos
Estados Unidos e Japão, e é considerada como um dos maiores
impérios automobilísticos japoneses, ultrapassando todos os demais,
exceto a Toyota, nos Estados Unidos. Isso aconteceu porque um homem
compreendeu o valor de uma decisão vigorosa a servir de base para a
ação, não importa em que condições, numa base contínua.
A BOLA DE CRISTAL RACHOU...
- HELLEN KELLER
- SÊNECA
- ANTHONY ROBBINS
- MARCO AURÉLIO
(*) B.F. Skinner, um famoso pioneiro da ciência behaviorista, é também infame pela
caixa do tamanho de um berço em que confinou a filha durante os primeiros onze
meses de vida. Fez isso em nome da conveniência e da ciência, abastecendo suas
teorias sobre os comportamentos de estímulo e reação.
- LORDE CHESTERFIELD
(*) Hillkirk, John e Gary Jacobson, Grit, Guts and Genius, Boston: Houghton
Mifflin Company, © 1990.
- MICHEL DE MONTAIGNE
(*) Se você deseja ter uma compreensão mais profunda da causa dessa crise,
recomendo o livro de meu amigo Paul Pilzer, Other People:”s Money.
- JEREMY BENTHAM
Primeiro, escreva quatro ações que você precisa para fazer o que
vem adiando. Talvez precise emagrecer um pouco. Talvez precise parar
de fumar. Talvez precise se comunicar com alguém a quem abandonou,
ou retomar o contato com uma pessoa importante para você.
Segundo, sob cada uma dessas ações anote a resposta para a
seguinte pergunta: Por que não tomei nenhuma ação? No passado, que
dor vinculei a essa ação? A resposta a essa pergunta o ajudará a
compreender que tem sido retido por associar uma dor maior a tomar a
ação do que a não tomar. Se pensa “Não associei nenhuma dor a isso”,
pense um pouco mais. Talvez a dor seja simples: talvez seja a dor de
desviar algum tempo do seu trabalho.
Terceiro, anote todo o prazer que experimentou no passado por se
entregar a esse padrão negativo. Por exemplo, se você acha que deve
emagrecer um pouco, por que continua a comer pacotes de biscoitos,
sacos de batata frita e litros de refrigerantes? Evita dor de se privar,
sem dúvida, e ao mesmo tempo se comporta assim porque isso faz com
que se sinta bem agora. Proporciona-lhe prazer! E prazer imediato!
Ninguém quer renunciar a tais sentimentos! A fim de criar uma
mudança que perdure, precisamos encontrar uma nova maneira de
obter o mesmo prazer, mas sem conseqüências negativas. Identificar o
prazer que vem obtendo o ajudará a conhecer seu objetivo.
Quarto, anote o que lhe custará se não mudar agora. O que
acontecerá se não parar de comer tanto açúcar e gordura? Se não parar
de fumar? Se não der aquele telefonema que sabe que precisa dar? Se
não começar de forma sistemática a se exercitar todos os dias? Seja
honesto com você mesmo. O que vai lhe custar ao longo dos próximos
dois, três, quatro ou cinco anos? O que vai lhe custar em termos
emocionais? O que vai lhe custarem termos de auto-imagem? O que vai
lhe custar ao nível de energia física? O que vai lhe custar em
sentimentos de amor-próprio? O que vai lhe custar financeiramente? O
que vai lhe custar nos relacionamentos com as pessoas que mais se
importam com você? Como isso faz você se sentir? Não se limite a dizer
“Vai me custar dinheiro”, ou “Engordarei”. Não é suficiente. Tem de se
lembrar que somos impulsionados por nossas emoções. Portanto,
projete as associações e use a dor como sua amiga, que pode
impulsioná-lo a um novo nível de sucesso.
O passo final é escrever todo o prazer que obterá ao tomar cada
uma dessas ações imediatamente. Faça uma lista enorme, que o
impulsione emocionalmente, que o deixe na maior animação: “Ganharei
o sentimento de estar de fato no controle de minha vida, de saber que
estou no comando. Ganharei um novo nível de autoconfiança. Ganharei
vitalidade física e saúde. Serei capaz de fortalecer todos os meus
relacionamentos. Minha vida será melhor, a partir de agora, sob todos
esses aspectos, ao longo dos próximos dois, três, quatro, cinco anos. Ao
efetuar essa ação, viverei meu sonho.” Visualize todos os impactos
positivos, tanto no presente quanto a longo prazo.
Exorto-o a tirar um tempo agora para completar esse exercício, e a
aproveitar o grande impulso que desenvolveu ao longo da leitura deste
livro. Carpe diem! Aproveite o dia! Não há outro momento como o
presente. Mas se não pode esperar mais um segundo sequer para ler o
capítulo seguinte, então é claro que deve seguir adiante. Apenas cuide
para voltar a esse exercício mais tarde, e demonstre a si mesmo o
controle que exerce sobre os poderes gêmeos da dor e prazer.
Este capítulo demonstrou que tudo aquilo a que vinculamos dor e
prazer molda cada aspecto de nossas vidas, e que temos o poder de
mudar essas associações, e por conseguinte nossas ações e nossos
destinos. Mas para fazer isso, devemos compreender...
4
SISTEMAS DE CONVICÇÃO
O PODER PARA CRIAR
E O PODER PARA DESTRUIR
- ANTONIO MACHADO
- NORMAN COUSINS
- ANDRÉ GIDE
- JOSEPH CONRAD
- EDMUND SPENSER
- BUDA
Primeiro, é ridicularizada.
Segundo, enfrenta uma violenta oposição.
Finalmente, é aceita como evidente.
Pat Riley, que foi dos Los Angeles Lakers, é o treinador mais
vitorioso na história do basquete profissional americano. Alguns dizem
que ele teve sorte, por contar com jogadores excepcionais. É verdade
que ele teve mesmo atletas incríveis, mas muitas outras pessoas
dispuseram de recursos para o êxito, e não o conseguiram de uma
forma tão sistemática. A capacidade de Pat para o sucesso baseou-se
em seu compromisso com CANI! Ele disse que no início da temporada
de 1986 tinha um grande desafio nas mãos. Muitos jogadores haviam
realizado o que julgavam ser a sua melhor temporada no ano anterior, e
mesmo assim perderam para o Boston Celtics. Em busca de um plano
viável para levar seus jogadores a um nível superior, ele optou pelo
tema das pequenas melhorias. Convenceu-os de que aumentar a
qualidade de seu jogo em apenas um por cento, sobre o melhor de cada
um, faria uma grande diferença na temporada. Parece ridiculamente
pequeno, mas quando se pensa em doze jogadores aumentando em um
por cento sua habilidade na quadra, em cinco áreas diferentes, o
esforço combinado cria uma equipe que é sessenta por cento mais
eficiente do que era antes. Uma diferença total de dez por cento
provavelmente seria suficiente para ganhar outro campeonato. O
verdadeiro valor da filosofia, no entanto, é que todos acreditaram que
era possível. Todos tiveram certeza de que poderiam melhorar pelo
menos um por cento em relação ao melhor pessoal, nas cinco áreas
principais do jogo, e esse senso de certeza na busca de seus objetivos
levou-os a explorar potenciais cada vez maiores. O resultado? Quase
todos melhoraram em pelo menos cinco por cento, e muitos chegaram a
cinqüenta por cento. Segundo Pat Riley, 1987 tornou-se a temporada
mais fácil para a equipe. CANI! funciona, se você se empenhar.
Lembre-se de que a chave para o sucesso é desenvolver um senso
de certeza — o tipo de convicção que lhe permite se expandir como
pessoa, e assumir a ação necessária para tornar ainda melhor a sua
vida e as vidas das pessoas ao seu redor. Você pode acreditar hoje que
alguma coisa é verdade, mas precisa se lembrar que, à medida que os
anos passam e vamos crescendo, estará exposto a novas experiências. E
podemos desenvolver convicções ainda mais fortalecedoras,
abandonando coisas sobre as quais outrora tínhamos certeza.
Compreenda que suas convicções podem mudar, à medida que adquire
referências adicionais. O que realmente importa hoje é se suas
convicções o fortalecem ou enfraquecem. Comece hoje mesmo a
desenvolver o hábito de focalizar as conseqüências de todas as suas
convicções. Estão fortalecendo sua base, ao impulsioná-lo para a ação
na direção que deseja, ou contêm o seu avanço?
- PROVÉRBIOS 23:7
CONVICÇÕES ENFRAQUECEDORAS
Analise a sua lista, e reforce sua intensidade emocional e o senso de
certeza de que essas convicções são verdadeiras e reais, e assim podem
orientar seus comportamentos futuros.
Agora, vamos verificar suas convicções limitadoras. Ao analisá-
las, pode determinar algumas das conseqüências que essas convicções
acarretam? Circule as duas convicções mais enfraquecedoras. Decida
agora, de uma vez por todas, que você não está mais disposto a pagar o
preço que essas convicções cobram de sua vida. Lembre-se de que se
começar a duvidar das convicções e questionar sua validade, pode
eliminar as pernas de referências, para que não causem mais qualquer
impacto em você. Tire essas pernas de certeza de baixo de suas
convicções enfraquecedoras, fazendo para si mesmo algumas das
seguintes perguntas:
- I CORÍNTIOS 15:51
- RENÉ DESCARTES
Quando você está decidindo o que fazer, se seu cérebro não tem um
sinal claro do que eqüivale a dor e do que eqüivale a prazer, entra em
sobrecarga, e fica confuso. Em conseqüência, você perde o ímpeto e o
poder de tomar ações decisivas que poderiam lhe proporcionar o que
deseja. Quando você transmite ao cérebro mensagens confusas, vai obter
resultados confusos. Pense no processo de tomar decisões do cérebro como
se fosse uma balança: “Se eu fizesse isso, haveria dor ou prazer?” E
lembre-se de que o importante não é apenas o número de fatores em
cada lado, mas também o peso de cada um. É possível que você tenha
mais associações agradáveis do que dolorosas em relação ao dinheiro, mas
se apenas uma das associações negativas for muito intensa, então essa
falsa neuroassociação pode liquidar sua capacidade de obter sucesso
financeiro.
A BARREIRA DOR-DOR
O que acontece quando você chega a um ponto em que sente que
haverá dor, não importa o que faça? Muitas vezes, quando isso ocorre,
ficamos imobilizados — não sabemos o que fazer. De um modo geral,
optamos pelo que acreditamos ser a alternativa menos dolorosa. Algumas
pessoas, no entanto, permitem que essa dor as domine por completo, e
experimentam o desamparo adquirido.
Usar os seus passos do NAC vai ajudá-lo a interromper esses
padrões enfraquecedores. Você criará cursos alternativos, e com isso não
vai apenas “desejar” o fim de um comportamento indesejável, ou a sua
superação a curto prazo, mas estará na verdade se re-sintonizando para
sentir e se comportar de uma forma coerente com suas novas e
fortalecedoras opções. Sem mudar aquilo a que vincula dor e prazer no
sistema nervoso, nenhuma mudança vai perdurar.
Depois de ler e compreender os seis passos seguintes, eu o conclamo
a escolher uma coisa que quer mudar em sua vida imediatamente. Entre
em ação, seguindo cada uma das etapas que vai aprender agora. Não se
limite apenas a ler o capítulo seguinte, mas promova mudanças em
decorrência de sua leitura. Vamos começar por aprender...
6
COMO MUDAR QUALQUER COISA
EM SUA VIDA: A CIÊNCIA DO
CONDICIONAMENTO NEURO-ASSOCIATIVOTM
“O início de um hábito é como um fio invisível, mas
a cada vez que o repetimos o ato reforça o fio,
acrescenta-lhe outro filamento, até que se torna
um enorme cabo, e nos prende de forma irremediável,
no pensamento e ação.”
PASSO DOIS
A maioria das pessoas sabe que deseja mesmo mudar, mas não é
capaz de fazê-lo! A mudança em geral não é uma questão de capacidade; é
Quase sempre uma questão de motivação, Se alguém aponta um revólver
para a nossa cabeça, e diz “É melhor você sair desse estado de depressão,
e comece a se sentir feliz agora”, aposto que qualquer um de nós poderia
encontrar um meio de mudar o estado emocional no momento, nessas
circunstâncias.
Mas o problema, como eu já disse, é que a mudança muitas vezes é
um deve, e não um tem de ser. Ou é um tem de ser, só que para “um dia
desses”. A única maneira de efetuar uma mudança agora é criar um senso
de urgência tão intenso que somos compelidos a seguir em frente. Se
queremos criar a mudança, temos de compreender que não se trata de
uma questão se podemos fazê-lo, mas sim se o faremos.Se faremos ou
não depende do nível de motivação, o que por sua vez depende dos
poderes gêmeos que moldam nossas vidas, a dor e o prazer.
Cada mudança que você realizou em sua vida é o resultado da
mudança das neuroassociações sobre o que significa dor e o que significa
prazer. Com bastante freqüência, porém, temos dificuldades para mudar
porque temos emoções mistas sobre a mudança. Por um lado, queremos
mudar, Não queremos adquirir câncer por fumar. Não queremos perder os
relacionamentos pessoais por causa de nosso temperamento explosivo.
Não queremos que nossos filhos se sintam desamados porque somos
rigorosos demais com eles. Não queremos nos sentir deprimidos pelo resto
de nossas vidas por causa de alguma coisa que aconteceu no passado.
Não queremos mais nos sentir como vítimas.
Por outro lado, tememos a mudança. Especulamos “E se eu parar
de fumar e morrer de câncer de qualquer maneira, depois de renunciar
ao prazer que o cigarro me proporcionava?” Ou “E se eu perder esse
sentimento negativo em relação ao estupro, e me acontecer de novo?”
Temos emoções mistas, em que ligamos tanto a dor quanto o prazer à
mudança, o que deixa o cérebro indeciso sobre o que fazer, e nos impede
de utilizar os plenos recursos de que dispomos para promover o tipo de
mudanças que poderiam literalmente ocorrer de um momento para outro,
se cada fibra de nosso ser estivesse empenhada.
Como invertemos essa situação? Uma das coisas que faz
praticamente qualquer pessoa dar uma virada é alcançar um limiar da
dor. Significa experimentar dor num nível tão intenso que você sabe que
tem de mudar agora — um ponto em que seu cérebro diz “Já chega; não
posso mais passar outro dia, nem sequer um momento, vivendo ou me
sentindo assim”.
Você já experimentou isso num relacionamento pessoal, por exemplo?
Persistia, era doloroso, não se sentia feliz, mas continuava mesmo assim.
Por quê? Racionalizou que ia melhorar, sem fazer nada para que
melhorasse. Se sentia tanta dor, por que não foi embora? Embora fosse
infeliz, o medo do desconhecido era uma força motivadora ainda maior. “É
verdade, sou infeliz agora”, você pode ter pensado, “mas o que aconteceria
se eu deixasse essa pessoa e nunca mais encontrasse outra? Pelo menos
sei como lidar com a dor que sinto agora.”
É esse tipo de pensamento que impede as pessoas de efetuarem
mudanças. Um dia, porém, a dor de permanecer no relacionamento
negativo se torna maior do que o medo do desconhecido, e assim você
alcançou o limiar, e promoveu a mudança. Talvez tenha feito a mesma
coisa com seu corpo, quando finalmente decidiu que não poderia passar
mais um dia sem tomar uma providência em relação a seu excesso de
peso. É possível que a experiência que o levou a isso tenha sido o
fracasso em conseguir espremer-se na sua jeans predileta, ou a
sensação das coxas grossas roçando uma na outra ao subir uma escada!
Ou apenas a visão das dobras de excesso de carne pendendo para o lado
do corpo! Uma alavanca é um artifício que utilizamos para levantar ou
deslocar uma tremenda carga, o que não poderíamos fazer de outra
forma. A alavanca é absolutamente crucial para criar qualquer mudança,
para você se libertar de fardos de comportamento como fumar, beber,
comer demais, praguejar, ou de padrões emocionais, como depressão,
preocupação, medo, sentir-se inadequado... pode escolher. A mudança
exige mais do que apenas estabelecer o conhecimento de que você deve
mudar. É o conhecimento ao nível emocional mais profundo e sensorial
mais básico de que você tem de mudar. Se já tentou muitas vezes
promover uma mudança e fracassou, isso significa apenas que o nível de
dor por fracassar na mudança não é bastante intenso. Você não alcançou o
limiar, a suprema alavanca.
A DIETA ESPECIAL
- ARQUIMEDES
PASSO TRÊS
(*) Descubra mais sobre esses princípios em meu seminário de Saúde Viva, ou leia
Poder sem Limites, Capítulo 10, “Energia: O Combustível da Excelência”.
Eu criara uma alavanca para esse homem? Pode apostar que sim!
Se você pode causar dor ao corpo de alguém, isso é uma alavanca
inegável. A pessoa faz qualquer coisa para se livrar da dor, e alcançar o
prazer. Ao mesmo tempo, consegui romper seu padrão. Todos os outros
tentavam fazer com que ele parasse de comer chocolate. Eu exigi que ele
comesse! Era algo que ele nunca esperara, e foi uma tremenda
interrupção em seu padrão. O homem passou a vincular sensações tão
dolorosas à idéia de comer chocolate que um novo caminho neural surgiu
de um momento para outro, e o “curso do bombom” anterior foi
destruído além de qualquer possibilidade de reconhecimento.
Quando eu conduzia terapias particulares, as pessoas me
procuravam, sentavam em meu consultório, e começavam a me contar
qual era o seu problema. Diziam “Meu problema é...”, e depois
desatavam a chorar, perdendo o controle. Assim que isso acontecia, eu
me levantava, e gritava “COM LICENÇA!” As pessoas tinham um
sobressalto, e eu acrescentava: “Ainda nem começamos!” Em geral
respondiam “Oh, desculpe!” No instante seguinte, mudavam o estado
emocional, recuperavam o controle. Era puro histerismo. Aquelas pessoas
que achavam que não tinham controle sobre suas vidas, demonstravam
logo que já sabiam exatamente como mudar o que sentiam!
Uma das melhores maneiras de interromper o padrão de alguém é
fazer coisas que a pessoa não espera, coisas que são radicalmente
diferentes de tudo o que já experimentaram antes. Pense em alguns meios
de interromper seus próprios padrões. Tire um momento para pensar em
alguns dos meios mais agradáveis e vigorosos para interromper um padrão
de se sentir frustrado, preocupado ou sufocado.
Na próxima vez em que começar a se sentir deprimido, levante-se de
um pulo, olhe para o céu, e grite no seu tom mais idiota: “ALELUIA!
Meus pés não estão fedendo hoje!” Uma ação tola como essa vai desviar
sua atenção, mudar seu estado, e com certeza alterar o estado de todos
ao seu redor, as pessoas chegando à conclusão de que você não está
mais deprimido... apenas enlouqueceu!
Se você come demais, numa base regular, e quer parar, eu lhe darei
uma técnica que vai funcionar, sem a menor sombra de dúvida, se estiver
disposto a se empenhar. Na próxima vez em que se descobrir comendo
demais num restaurante, levante-se de um pulo, recue dois ou três
passos, aponte para sua cadeira, e grite o mais alto que puder: “PORCO!”
Garanto que se fizer isso três ou quatro vezes, à vista de uma porção de
pessoas, nunca mais vai comer demais! Passará a vincular uma dor
intensa a esse comportamento. Basta se lembrar de uma coisa: quanto
mais clamorosa for a sua maneira de romper um padrão, mais eficaz será.
Uma das distinções fundamentais para se interromper um padrão é
a necessidade de fazê-lo no momento em que o padrão se torna
recorrente. Interrupções de padrões nos acontecem todos os dias. Quando
você diz “Acabei de perder a seqüência de pensamento”, está indicando
que algo ou alguém interrompeu seu padrão de concentração. Alguma
vez já esteve profundamente absorvido numa conversa com um amigo,
alguém interrompeu-o por um momento, e depois você retomou o diálogo
especulando “Onde é mesmo que estávamos?” Claro que isso já lhe
aconteceu, e é um exemplo clássico de interrupção de padrão.
Basta se lembrar que se queremos criar uma mudança, e
aprendemos no passado a obter prazer de um curso indireto, que inclui
uma série de conseqüências negativas, precisamos romper esse padrão.
Precisamos desmontá-lo além do reconhecimento, encontrar um novo
padrão (esse é o passo seguinte), e condicioná-lo várias vezes, até que se
torne o enfoque consistente.
O PADRÃO DE DISTORÇÃO
Você já dispõe de alavanca suficiente; agora, distorça os padrões
enfraquecedores, até que não mais aflorem. Depois de ler isto, dê os passos
seguintes:
1) Veja em sua mente a situação que tanto o incomodava. Projete-a
como se fosse um filme. Não fique transtornado com isso; apenas as
assista uma vez, registrando tudo o que aconteceu.
2) Transforme a experiência num desenho animado. Acomode-se
em sua cadeira, com um sorriso largo e tolo, respire fundo, e projete
a imagem de trás para a frente, o mais depressa que puder, vendo tudo
acontecer ao inverso. Se alguém disse alguma coisa, observe-o engolindo
as próprias palavras! Deixe o filme correr para trás bem depressa, depois
projete-o para a frente ainda mais depressa. Mude agora
as cores das imagens, a fim de que os rostos de todos tenham as cores
do arco-íris. Se há alguém em particular que o transtorne, faça com
que suas orelhas se tornem enormes, como as de Mickey Mouse, e que
seu nariz cresça como o de Pinóquio.
Faça isso pelo menos uma dúzia de vezes, para a frente e para trás,
para os lados, riscando o registro das imagens com tremenda velocidade e
humor. Crie alguma música em sua mente ao fazer isso. Pode ser a sua
música predileta, ou alguma melodia típica de desenho animado. Vincule
esses sons estranhos à imagem antiga que tanto o transtornava. Isso vai
com certeza mudar as sensações. A chave de todo o processo é a
velocidade com que você faz o filme voltar, e o nível de humor e exagero que
consegue associar.
3) Pense agora na situação que o incomodava, e verifique como
se sente agora. Se foi feito com eficácia, você terá rompido o padrão
tantas vezes, e com tanta facilidade, que achará difícil, ou mesmo im
possível, retornar a esses sentimentos negativos. Isso pode ser feito com
coisas que o vem incomodando há anos. É com freqüência um método
muito mais eficaz do que tentar analisar as razões de uma situação,
o que não muda as sensações que você vincula à situação.
Por mais simplista que possa parecer, a distorção eficaz de uma
situação funcionará na maioria dos casos, mesmo quando há trauma
envolvido. Por que funciona? Porque todos os nossos sentimentos estão
baseados nas imagens que focalizamos na mente, e nos sons e sensações
que vinculamos a essas imagens especificas. À medida que mudamos as
imagens e sons, mudamos como sentimos. Efetuando-se esse
condicionamento várias vezes, fica difícil voltar ao padrão antigo.
Uma maneira de romper o padrão é simplesmente parar de fazer
uma coisa. Se você deixa de manter um padrão, o caminho neural se
dissipará pouco a pouco. Depois que uma conexão neural é estabelecida,
o cérebro sempre terá um caminho aberto, mas este torna-se mais ou
menos obstruído se não for usado. Como qualquer outra coisa, se você
não usar, começa a perder.
Agora que você já rompeu o padrão que o continha, tem agora o
espaço aberto para...
PASSO QUATRO
ESTUDOS DE TRANSFORMAÇÃO
PASSO QUATRO
- MARK TWAIN
A LEI DO REFORÇO
O MOMENTO É TUDO
- JOHN LOCKE
PASSO SEIS
Experimente!
(*) Goldman, Albert, “Down at the End of Lonely Street”, revista Life, junho de
1990.
(*) Goldman, Albert, “Down at the End of Lonely Street”, revista Life, junho de
1990.
Prezado Tony:
Fui bastante maltratada durante toda a minha vida, desde a
infância até a morte de meu segundo marido. Em decorrência dos abusos
e traumas profundos, desenvolvi uma doença mental conhecida como
Distúrbio de Múltipla Personalidade, com quarenta e nove personalidades
diferentes. Nenhuma das minhas personalidades tinha conhecimento das
outras, ou o que acontecera em cada uma de suas vidas.
O único alívio que eu tinha, em quarenta e nove anos de existência
como uma múltipla, assumia a forma de um comportamento
autodestrutivo. Sei que parece estranho, mas a automutilação me
proporcionava algum alívio. Depois de uma das minhas muitas tentativas
de suicídio, fui internada num hospital, e entregue aos cuidados de um
médico. A fim de integrar as personalidades, eu precisava voltar ao
trauma original que criara cada personalidade. Esse trauma devia ser
lembrado, revivido, sentido. Cada um dos meus alteres cuidava de uma
função específica, uma capacidade seletiva de recordação, e em geral
tinha um único tom emocional. Trabalhei com um especialista no campo
da MPD, e ele me ajudou a integrar todas as quarenta e nove
personalidades em uma só. O que me sustentou ao longo de todos os
diferentes processos que usamos foi o sentimento de que muitas das
minhas personalidades eram bastante infelizes, e que minha vida se
tornara tão caótica (um alter não sabia o que o outro fazia, e nos
descobríamos em todos os tipos de lugares e situações, a tal ponto que
não tinha a menor lembrança depois que ocorria a troca). Pensamos que
seríamos felizes ao nos tornarmos uma só — o supremo objetivo.
Essa foi minha concepção errada. E que tremendo choque! Vivi um
ano de inferno. Descobri-me extremamente infeliz, e lamentando por cada
uma das minhas personalidades.
Sentia saudade de cada uma das minhas pessoas, e às vezes as
queria de volta, do jeito como eram antes. O que era muito difícil, e cometi
mais três tentativas de suicídio naquele ano, até ser outra vez internada
num hospital.
Durante o último ano, assisti por acaso seu programa na TV, e
encomendei sua série de fitas para trinta dias, Poder Pessoal. Escutei-as
muitas vezes, absorvendo qualquer coisa que pudesse usar. Minha
abertura surgiu quando comecei a escutar suas POWERTALK mensais.
Aprendi com você coisas como um ser único que nunca aprendera como
uma múltipla. Aprendi, pela primeira vez em cinqüenta anos, que a
felicidade vem de dentro. Como um ser único, tenho agora as lembranças
dos horrores que cada uma das quarenta e nove personalidades sofreu.
Quando essas lembranças afloram, sou capaz de contemplá-las, e se por
acaso se tornam insuportáveis, posso agora mudar o foco, como aprendi
com você, e não de uma forma dissociativa, como fazia antes. Não preciso
mais entrar num transe de amnésia, e assumir outra personalidade.
Estou aprendendo mais e mais sobre mim mesma, e também
aprendendo a viver como um ser único. Sei que tenho um longo caminho a
percorrer, e muita exploração a realizar.
Comecei a definir meus objetivos, e a planejar como alcançá-los.
Por enquanto, já estou emagrecendo, e pretendo atingir meu peso ideal no
Natal (um belo presente para mim). Também sei que gostaria de ter um
relacionamento com um homem, saudável, sem abusos. Antes de ser
internada no hospital, eu trabalhava na IBM, e tive quatro pequenas
empresas. Hoje, estou dirigindo uma nova empresa, muito satisfeita com
o aumento nas vendas que consegui promover, depois que recebi alta do
hospital.
Passei a conhecer melhor meus filhos e netos, mas, ainda mais
importante, passeia conhecer a mim mesma!(*) Atenciosamente,
Elizabeth Pietrzak
(*) Publicada com permissão. Hoje, essa corajosa mulher não apenas voltou a
trabalhar, mas também faz serviços voluntários num hospital.
Estressada
Frustrada
Furiosa
Insegura
Solitária
Entediada
Angustiada
Feliz
Aliviada
Amada
Animada
Alegre
É um cardápio bem curto de opções emocionais, quando se
considera os milhares de atraentes estados disponíveis. Tome cuidado
para não se limitar a uma lista tão curta! Sugiro que aproveite todo o
bufê — experimente coisas novas, e cultive um paladar refinado. Que tal
experimentar mais entusiasmo, fascínio, jovialidade, intriga, sensualidade,
desejo, gratidão, encantamento, curiosidade, criatividade, capacidade,
confiança, indignação, ousadia, reflexão, bondade, gentileza, humor...
Por que não organizar a sua própria lista longa?
Você pode experimentar qualquer dessas coisas pela simples
mudança da maneira como usa seu corpo! Pode se sentir forte, pode
sorrir, pode mudar qualquer coisa num instante com uma simples risada.
Você já deve ter ouvido o adágio antigo: “Algum dia você vai olhar para
trás e rir disso.” Se é verdade, por que não olhar para trás e rir agora?
Por que esperar? Desperte seu corpo; aprenda a pô-lo em estados
agradáveis, não importa o que possa ter acontecido. Como? Crie energia
pela maneira como pensa em alguma coisa de modo reiterado, e mudará
as sensações que vinculará a essa situação no futuro.
Se repetidamente usar o corpo de maneira fraca, se arriar os
ombros numa base regular, se andar como se estivesse cansado, você vai
mesmo se sentir cansado. Como poderia fazer o contrário? O corpo segue
suas emoções. O estado emocional começa a afetar o corpo, e se torna
uma espécie de círculo vicioso. Repare na maneira como está sentado
neste momento. Trate de se empertigar, crie mais energia em seu corpo,
enquanto continua não apenas a ler, mas também a absorver esses
princípios.
Quais são as coisas que você pode fazer imediatamente para
mudar seu estado, e com isso a maneira como se sente e o seu
desempenho? Aspire fundo, através do nariz, exale com força pela boca.
Ponha um enorme sorriso no rosto, sorria para seus filhos. Se quer de
fato mudar sua vida, assuma o compromisso, para os próximos sete dias,
de passar um minuto, cinco vezes por dia, sorrindo de orelha a orelha,
diante do espelho. Vai se sentir meio idiota, mas lembre-se de que com esse
ato físico estará acionando a parte correspondente do cérebro, e criando
um caminho neurológico para o prazer que se tornará habitual.
Portanto, faça isso... e divirta-se!
Melhor ainda, saia para trotar, em vez de correr. É uma maneira
poderosa de mudar seu estado, porque acarreta quatro coisas: 1) É um
excelente exercício; 2) exigirá menos esforço do corpo que a corrida; 3)
você não conseguirá manter uma expressão séria; e 4) vai divertir todo
mundo que passar! Ou seja, estará mudando também os estados de
outras pessoas, fazendo-as rir.
E que coisa poderosa é o riso! Meu filho Joshua tem um amigo
chamado Matt que ri com tanta facilidade que se torna contagiante, e
todos ao redor desatam a rir também. Se você quer realmente melhorar
sua vida, aprenda a rir. Além dos cinco sorrisos por dia, obrigue-se a rir
sem qualquer motivo, três vezes por dia, durante sete dias. Numa
pesquisa recente, realizada pela revista Entertainment Weekly,
descobriu-se que 82 por cento das pessoas que vão ao cinema querem rir,
sete por cento querem chorar, e três por cento querem gritar. Isso dá
uma idéia do quanto prezamos as sensações de riso, acima de muitas
outras coisas. E se você leu os livros de Norman Cousins, ou do Dr.
Deepak Chopra, ou do Dr. Bernie Siegel, ou se estudou alguma coisa de
psiconeuroimunologia, sabe o que o riso pode fazer pelo corpo físico,
estimulando o sistema imunológico.
Por que não encontrar alguém que ria, e imitá-lo? Divirta-se um
pouco. Diga: “Pode me fazer um favor? Você tem uma risada sensacional.
Gostaria de imitá-lo. Pode me ensinar?” Garanto que vão rir um do outro
no processo! Respire da maneira como a outra pessoa respirar: assuma a
mesma postura, os mesmos movimentos do corpo; use as mesmas
expressões faciais; emita os mesmos sons. Vai se sentir um idiota
quando começar, mas depois de algum tempo pegará o jeito, e logo os
dois estarão rindo histericamente, por parecerem tão tolos. No processo,
porém, você começará a abrir a rede neurológica para criar o riso numa
base regular. À medida que fizer isso, muitas e muitas vezes, vai
descobrir que rir se torna mais fácil, e com certeza se divertirá.
“Conhecemos muito, sentimos pouco. Ou pelo menos
sentimos bem pouco das emoções criativas de que uma
boa vida deriva.”
- BERTRAND RUSSEL
- MATEUS 7:7
- BUDA
(*) Para uma análise mais detalhada das submodalidades, ver Unlimited Power,
Capítulos 6 e 8.
Submodalidades visuais—
Submodalidades auditivas—
Submodalidades cinestéticas —
Cinestéticos
1. Mudança de temperatura Houve uma mudança de temperatura? Para quente ou frio?
2. Mudança de textura Houve uma mudança de textura? Para áspero ou liso?
3 Rígida/flexível É rígido ou flexível?
4. Vibração Há vibração?
5. Pressão Houve um aumento ou redução na pressão?
6. Localização da pressão Onde a pressão estava localizada?
7. Tensão/relaxamento Houve um aumento de tensão ou relaxamento?
8. Movimento/direção/velocidade Houve movimento? Se houve, qual a direção e velo cidade?
9. Respiração Qualidade da respiração? Onde começou/acabou?
10. Peso É pesada ou leve?
11 Constante/intermitente Os sentimentos são constantes ou intermitentes?
12 Mudança de tamanho/forma Mudou de tamanho ou forma?
13. Direção Os sentimentos entravam ou saíam do corpo?
14. Gatilho especial Há alguma outra coisa que desencadeie sentimentos fortes?
- ALDOUS HUXLEY
1. ____________________________________________________________
2. ______________________________________________________________
3. ____________________________________________________________
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5. ____________________________________________________________
6. ______________________________________________________________
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9. ____________________________________________________________
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14. _____________________________________________________________
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28. _____________________________________________________________
Não pare enquanto não tiver um mínimo de quinze meios para se
sentir bem instantaneamente, e o ideal seria ter pelo menos vinte e cinco.
Este é um exercício a que você pode querer voltar, até ter cem meios!
Quando fiz minha lista, constatei que tocar música era um dos
meios mais poderosos que eu podia usar para mudar meu estado num
instante. Ler era outro meio de me sentir bem, porque mudava meu
foco, e adoro aprender — em particular a leitura de alguma coisa
instrutiva e informativa, algo que posso aplicar de imediato em minha
vida. Mudar os movimentos do corpo é algo que posso fazer a qualquer
momento para romper um estado limitador, e entrar num estado criativo.
os exercícios do meu StairMaster™ com música tocando a toda, pular
numa cama elástica, correr oito quilômetros em aclive, nadar.
Aqui estão outros meios: dançar, cantar junto com meus CDs
prediletos, assistir a um filme cômico, ir a um concerto, ouvir fitas de
áudio informativas. Entrar numa Jacuzzi, tomar um banho quente. Fazer
amor com minha esposa. Ter um jantar de família, com todos sentados à
mesa, conversando sobre o que é mais importante para nós. Abraçar e
beijar meus filhos, abraçar e beijar Becky. Levar Becky para assistir a
um filme como Ghost, em que nos desmanchamos em lágrimas. Criar
uma nova idéia, uma nova companhia, um novo conceito. Refinar ou
melhorar qualquer coisa que eu esteja fazendo no momento. Criar
qualquer coisa. Contar piadas para os amigos. Fazer qualquer coisa que
me leve a sentir que estou contribuindo. Conduzir qualquer dos meus
seminários, em particular os enormes (uma de minhas submodalidades
prediletas). Aprofundar minhas recordações, lembrar com nitidez uma
experiência maravilhosa que tive recentemente, ou no passado, dentro
de meu diário.
SE VOCÊ NÃO TEM UM PLANO PARA O PRAZER
TERÁ DOR
ELES NÃO PRECISAVAM de uma razão. Foram até lá apenas porque ele
era de descendência judia. Os nazistas invadiram sua casa, prenderam-
no e a toda sua família. Foram conduzidos como gado, embarcados
num trem, e enviados para o infame campo de extermínio de Auschwitz.
Seus pesadelos mais terríveis nunca poderiam prepará-lo para ver toda
a família fuzilada diante de seus olhos. Como poderia sobreviver ao
horror de ver as roupas do filho em outra criança, porque o filho
morrera em decorrência de um “banho de chuveiro”?
Mas, de alguma forma, ele continuou. Um dia, contemplou o
pesadelo ao seu redor, e confrontou uma verdade inevitável: se
permanecesse ali por mais um dia sequer, também morreria. Tomou a
decisão de que precisava escapar, e de que a fuga devia ocorrer
imediatamente! Não sabia como, apenas sabia que tinha de escapar.
Durante semanas, perguntara aos outros prisioneiros: “Como podemos
escapar deste lugar horrível?” As respostas pareciam ser sempre a
mesma: “Não seja tolo! Não há escapatória! Formular tal pergunta só
servirá para torturar sua alma. Limite-se a trabalhar com afinco, e rezar
para sobreviver.” Mas ele não podia aceitar isso — e não aceitaria!
Tornou-se obcecado pela idéia de fugir, e mesmo quando as respostas
não faziam qualquer sentido, continuou a se perguntar, muitas e
muitas vezes: “Como posso fugir? Tem de haver um meio. Como posso
sair daqui, vivo, saudável, hoje?”
Dizem que quem pede, receberá. E por algum motivo, naquele dia
ele obteve sua resposta. Talvez fosse a intensidade com que formulou a
pergunta, ou talvez fosse o seu senso de certeza de que “agora chegou o
momento”. Ou talvez fosse apenas o impacto de focalizar de forma
incessante a resposta a uma pergunta veemente. Seja qual for o motivo,
o poder gigantesco da mente e espírito humano despertou naquele
homem. A resposta surgiu através de uma fonte improvável: o cheiro
repulsivo de carne humana em decomposição. A poucos passos do lugar
em que trabalhava, ele viu uma enorme pilha de cadáveres, na traseira
de um caminhão — homens, mulheres e crianças que haviam sido
retirados da câmara de gás. As obturações de ouro já tinham sido
arrancadas dos dentes; tudo o que possuíam — quaisquer jóias, até
mesmo as roupas — fora retirado. Em vez de perguntar “Como os
nazistas podem ser tão infames, tão destrutivos? Como Deus pode
permitir uma coisa tão monstruosa? Por que Deus fez isso comigo?”,
Stanislaw Lee fez uma pergunta diferente. Perguntou: “Como posso usar
isso para escapar?” E, no mesmo instante, ele obteve a resposta.
Ao final do dia, quando o grupo de trabalho voltava para os
alojamentos, Lee escondeu-se atrás do caminhão. Numa fração de
segundo, quando ninguém olhava, tirou as roupas, e se meteu na pilha
de cadáveres. Fingiu que estava morto, permanecendo absolutamente
imóvel, mesmo quando mais tarde foi quase esmagado, ao jogarem mais
cadáveres por cima dele.
O cheiro fétido de carne em decomposição o envolvia por
completo. Ele esperou e esperou, torcendo para que ninguém
percebesse que havia um corpo vivo naquela pilha da morte, torcendo
para que mais cedo ou mais tarde o caminhão saísse dali.
Ouviu finalmente o som do motor do caminhão sendo ligado.
Sentiu o caminhão estremecer. E naquele momento, no meio dos
mortos, sentiu um brilho de esperança. Depois de algum tempo, o
caminhão parou com um solavanco, e despejou sua macabra carga —
dezenas de mortos, e um homem vivo fingindo ser um cadáver — numa
enorme cova, aberta fora do campo de extermínio. Lee permaneceu ali
por horas, até o anoitecer. Quando teve certeza de que não havia
ninguém por perto, saiu da montanha de cadáveres, e correu nu por
setenta quilômetros, até alcançar a liberdade.
Qual era a diferença entre Stanislaw Lee e tantos outros que
pereceram nos campos de concentração? Claro que houve muitos
fatores, mas uma diferença crítica foi o fato de ele formular uma
pergunta diferente. Perguntou com persistência, perguntou com a
expectativa de receber uma resposta, e seu cérebro ofereceu uma
resposta que lhe salvou a vida. As perguntas que ele se fez naquele dia
em Auschwitz levaram-no a tomar decisões em frações de segundo,
produzindo ações que tiveram um impacto significativo em seu destino.
Mas antes que ele pudesse obter a resposta, tomar as decisões, e entrar
em ação, teve de formular para si mesmo as perguntas certas.
Ao longo deste livro, você aprendeu como as convicções afetam
nossas decisões, ações, o rumo de nossas vidas, e assim o nosso
supremo destino. Mas todas essas influências são um produto do
pensamento — da maneira como seu cérebro avaliou e criou significado
ao longo de toda a sua vida. Portanto, para chegar ao fundo de como
criamos nossa realidade, numa base cotidiana, precisamos à pergunta
“Como exatamente pensamos?”
- E. E. CUMMINGS
- ALBERT EINSTEIN
O PODER DA PRESSUPOSIÇÃO
- PROVÉRBIO ANTIGO
Quais as perguntas que seriam úteis para você se fazer numa base
regular? Duas das minhas prediletas são as mais simples. Ajudam-me a
inverter quaisquer problemas que possam surgir em minha vida. São “O
que há de tão importante nisso?” e “Como posso aproveitar isso?” Ao
perguntar o que há de tão importante em qualquer situação, em geral
descubro algum significado poderoso e positivo, e ao indagar como posso
aproveitar, consigo enfrentar qualquer problema, e convertê-lo num
benefício. Mas quais são as duas perguntas que você pode usar para
mudar seus estados emocionais, ou adquirir os recursos que mais deseja?
Acrescente duas às perguntas da manhã padronizadas que já relacionei, e
adapte-as para que atendam às suas necessidades pessoais e
emocionais.
Algumas das perguntas mais importantes que faremos na vida são
“O que é realmente minha vida?”, “O que estou procurando?”, “Por que
estou aqui?” e “Quem sou eu?” Trata-se de perguntas excepcionalmente
poderosas, mas se você esperar para obter a resposta perfeita, vai se
descobrir em grandes dificuldades. Muitas vezes, a primeira resposta que
você obtém para qualquer pergunta, uma resposta emocional, visceral, é
aquela em que deve confiar, e basear sua ação. Esse é o aspecto final que
quero ressaltar. Há um ponto em que você deve parar de fazer perguntas,
a fim de conseguir algum progresso. Se continuar a fazer perguntas, você
vai se tornar indeciso, e só ações decididas produzem resultados
decididos. Em determinado ponto, você tem de parar de avaliar, e começar
a fazer. Como? Decide finalmente o que é mais importante para você,
pelo menos no momento, e usa o seu poder pessoal para seguir em
frente, e começar a mudar a qualidade de sua vida.
Deixe-me lhe fazer uma pergunta. Se houvesse uma ação que você
pudesse tomar de imediato, para mudar a qualidade de suas emoções e
sentimentos, em cada um e todos os dias de sua vida, gostaria de
conhecê-la? Neste caso, passe depressa para...
9
O VOCABULÁRIO
DO SUPREMO SUCESSO
- MARK TWAIN
PALAVRAS... SÃO USADAS para nos fazer rir ou chorar. Podem ferir ou
curar. Oferecem-nos esperança ou desolação. Com palavras, podemos
expressar nossas intenções mais nobres, e também nossos desejos mais
profundos.
Ao longo da história humana, nossos maiores líderes e pensadores
usaram o poder da palavra para transformar nossas emoções, recrutar-
nos para suas causas, e moldar o curso do destino. As palavras podem não
apenas criar emoções, mas também criam ações. E de nossas ações fluem
os resultados de nossas vidas. Quando Patrick Henry se levantou diante
dos outros delegados americanos no século XVIII e declarou ‘‘Não sei que
curso os outros podem seguir, mas quanto a mim. dêem-me a liberdade,
ou dêem-me a morte!”, suas palavras atearam uma tempestade de fogo
que impulsionou o compromisso de nossos antepassados em extinguir a
tirania que os reprimira por tanto tempo.
A herança privilegiada que os americanos partilham hoje, as op-
ções que temos porque vivemos nos Estados Unidos, foram criadas por
homens que escolheram palavras que moldariam as ações de gerações
subseqüentes:
- ALDOUS HUXLEY
- CONFÚNCIO
Um dia, passei a compreender que essa idéia, por mais simples que
fosse, não era uma mera possibilidade, que o Vocabulário
Transformacional era uma realidade, e que pela mudança de nossas
palavras habituais podíamos, literalmente, mudar os padrões emocionais
de nossas vidas. E, com isso, podíamos também moldar as ações, direções
e destino final de nossas vidas. Partilhei essas noções com um amigo
antigo, Bob Bays. Ao fazê-lo, percebi que ele se iluminava como uma
árvore de Natal Bob me disse que tinha mais uma noção a me oferecer.
Passou a relatar uma experiência recente por que passara. Também
andara viajando, com uma agenda cheia, atendendo às necessidades de
incontáveis pessoas. Ao voltar para casa, queria apenas ter o seu próprio
“espaço”. Ele mora à beira do mar, em Malibu, mas é uma casa bem
pequena, não projetada para ter um hóspede, muito menos três ou
quatro.
Ao entrar, descobriu que a esposa convidara o irmão para se
hospedar com eles, e que sua filha, Kelly, que deveria fazer uma visita de
duas semanas, decidira passar dois meses. Para agravar a situação,
alguém desligara o videocassete, que ele armara para gravar uma partida
de futebol americano que estava ansioso em assistir! Como se pode
imaginar, Bob alcançou seu “limiar emocional”. Ao descobrir que o
aparelho fora desligado pela filha, ele passou-lhe uma descompostura,
gritando uma porção de palavrões. Era a primeira vez que ele alteava a
voz com a filha, e ainda por cima usando aquela linguagem. Kelly
desatou a chorar.
Testemunhando a cena, a esposa de Bob, Brandon, desatou a rir.
Como era uma explosão muito diferente do comportamento normal do
marido, ela presumiu que se tratava de uma interrupção de padrão
maciça e chocante. Na realidade, ele bem que gostaria que fosse uma
interrupção de padrão. Depois que a poeira começou a assentar, e ela
compreendeu que Bob estava mesmo furioso, ficou preocupada, e tratou
de lhe fornecer um feedback valioso.
— Bob, você está agindo de modo estranho. Nunca age assim. E
notei uma coisa: insiste em usar uma palavra que nunca o ouvi usar
antes. Em geral, quando se sente estressado, você diz que está com uma
sobrecarga, mas ultimamente sempre o escuto dizer que se sente
sufocado. Kelly é que costuma usar esse termo, e quando isso acontece,
demonstra esse mesmo tipo de raiva, e se comporta como você acaba de
fazer.
Depois que Bob me contou a história, não pude deixar de pensar:
Será possível que ao adotar o vocabulário habitual de outra pessoa, você
passe a adotar também seus padrões emocionais?” E isso não é ainda
mais verdade se você adotou não apenas as palavras, mas também o
volume, intensidade e tonalidade?
- JOÃO 1:1
Tenho certeza que um dos motivos pelos quais nos tornamos com
freqüência como as pessoas com as quais passamos mais tempo é o fato
de herdarmos alguns de seus padrões emocionais, ao adotarmos uma
parte de seu vocabulário habitual. As pessoas que passam mais tempo
comigo logo se descobrem a usar palavras como “apaixonado”, “chocante”
e “espetacular” para descrever suas experiências. Você pode imaginar a
diferença que isso produz em seus estados positivos, em comparação com
alguém que diz apenas que se sente “bem”? Pode imaginar como o uso da
palavra “paixão” é capaz de levá-lo a se elevar na escala emocional? É
uma palavra que transforma, e como a uso sistematicamente, em todas as
suas formas, minha vida tem mais essência emocional.
O Vocabulário Transformacional pode nos permitir uma
intensificação ou redução de qualquer estado emocional, positivo ou
negativo. Isso significa que nos proporciona o poder de pegar os
sentimentos mais negativos em nossa vida e diminuir sua intensidade, ao
ponto de não mais nos incomodarem, e pegar as experiências mais
positivas e projetá-las para altitudes ainda maiores de prazer e poder.
Mais tarde, naquele mesmo dia, Bob e eu fomos almoçar, e nos
absorvemos numa série de projetos em que trabalhávamos juntos. Em
determinado momento, ele me disse:
— Tony, não posso acreditar que alguma pessoa no mundo possa
jamais se sentir entediada.
Eu tinha de concordar.
— Entendo o que está querendo dizer. Parece um absurdo, não
é mesmo?
— Claro. O tédio nem mesmo consta de meu vocabulário.
— O que foi mesmo que disse? O tédio é uma palavra que não
existe em seu vocabulário... Lembra a nossa conversa anterior? Não
consta de seu vocabulário, e você não experimenta o sentimento. Hum...
Será possível que não experimentamos determinadas emoções porque
não temos uma palavra para representá-las?
Crianças
Miquinho de quintal: Uma criança ativa em idade pré-escolar. Uso: “Pelo
menos a sua está na escola. Eu tenho um miquinho de quintal para
agüentar.”
Cola-tudo: Miquinho de quintal histérico que não quer largar os pais.
Bolinhos de Chernobil: Uma fralda repugnante: “Ei, meu bem, é melhor
você avisar a Escandinávia.”
Pingo verde: As narinas escorrendo de um miquinho de quintal.
Recheio de mãe: A sujeira nas fraldas.
Tropa de Choque
Avon chama: Arrombar uma porta com uma espingarda.
Advogados
Composta: Cônjuge dependente financeiro, sem rendimentos pessoais, como:
“Ela vai precisar de uma tonelada de pensão. É uma comprista.”
Bombardeiros: Advogados de divórcio que procuram destruir o cônjuge
oposto, pegando todos os bens para seu cliente.
Em seguida, depois de identificar essas três palavras, divirta-se um
pouco. Assuma um estado furioso e afrontoso, e procure algumas novas
palavras que ache que poderia usar para romper seu padrão, ou pelo menos
abaixar sua intensidade emocional de alguma forma. Deixe-me dar uma
indicação sobre a maneira de selecionar palavras que realmente serão
benéficas para você a longo prazo. Lembre-se de que seu cérebro adora
qualquer coisa que o tire da dor e o leve ao prazer, por isso escolha uma
palavra que você vai querer usar no lugar da antiga e limitadora. Um dos
motivos pelos quais usei “desgostoso” ou “um pouco aborrecido”, em vez
de “irritado”, é que parecem termos ridículos. É uma total interrupção de
padrão para mim, e também para qualquer pessoa que esteja me
escutando, e como adoro romper padrões, obtenho muito prazer e
diversão com o uso de palavras assim. A partir do momento em que você
obtiver resultados desse tipo, garanto que também ficará viciado no
processo. Para ajudá-lo a começar, aqui estão alguns exemplos de palavras
simples e ridículas que pode usar imediatamente para reduzir sua
intensidade:
Tenho certeza de que você pode fazer uma lista melhor; assim, de-
termine três palavras que usa habitualmente e criam sentimentos negativos
em sua vida, e depois escreva uma lista de alternativas, para romper seu
padrão, fazendo-o rir por serem ridículas, ou pelo menos reduzindo a
intensidade.
(*) A Ponte da. Realidade é uma estratégia de comunicações que nossa companhia,
Robbins Success System, usa em programas de treinamento empresarial, para
aprofundar a interação entre administração e empregados, e também entre
membros da equipe executiva.
- ADOLF HITLER
METÁFORAS GLOBAIS
Lembra-se do meu furioso diretor-executivo? No mesmo dia em
que fiz as distinções que levaram à criação da tecnologia do Vocabulário
Transformacional, descobri o valor do que chamo de metáforas globais.
Sabia que meu diretor-executivo usou palavras que intensificavam sua
emoção, e me perguntei o que o fazia ter, em primeiro lugar, aqueles
sentimentos negativos. Como já sabemos, tudo o que fazemos baseia-se
no estado em que nos encontramos, e nosso estado é determinado pela
fisiologia e a maneira como representamos as coisas na mente.
Perguntei-lhe por que estava tão transtornado, ao que ele
respondeu: “É como se eles nos metessem numa caixa, com uma arma
encostada em nossas cabeças.’’ Acha que você reagiria com toda
intensidade se acreditasse ou representasse em sua mente que se
encontrava acuado numa situação assim? Não é difícil imaginar por que
ele sentia tanta raiva. Durante muitos anos, sem percebê-lo, eu ajudara
pessoas a mudarem como se sentiam pela interrupção de seus padrões, e
pela mudança de suas metáforas. Apenas não me achava consciente do que
fazia. (Isso é parte do poder de criar um rótulo: depois que tem um rótulo
para o que você faz, pode produzir um comportamento sistemático.)
Perguntei ao meu diretor-executivo:
— De que cor é a pistola de esguichar água?
Ele fitou-me em estado de perplexidade.
— Como?
Repeti a pergunta:
— De que cor é a pistola de esguichar água?
Isso rompeu seu padrão. A fim de responder, sua mente teve de
focalizar minha estranha pergunta, o que mudou imediatamente seu
foco interno. Quando ele começou a imaginar uma pistola de esguichar
água, não acha que sua emoção mudou em decorrência? Pode apostar
que sim! Ele desatou a rir. Praticamente qualquer pergunta que
formulamos com insistência, a pessoa acabará definindo uma resposta,
mudando seu foco ao apresentá-la. Por exemplo, se eu lhe disser várias
vezes “Não pense na cor azul”, qual é a cor em que você vai pensar? A
resposta, sem dúvida, é “azul”. E aquilo sobre o qual você pensa, é o que
vai sentir.
Levando-o a pensar na situação em termos de uma pistola de es-
guichar água, destruí no mesmo instante sua imagem enfraquecedora, e
assim mudei seu estado emocional no momento. E a caixa? Cuidei dessa
parte de uma maneira diferente, porque sabia que ele era competitivo;
limitei-me a dizer:
— Quanto a essa idéia de caixa, não posso falar a seu respeito,
mas sei que ninguém jamais poderia construir uma caixa bastante grande
para me caber.
Pode imaginar a rapidez com que isso destruiu a idéia da caixa.
Esse homem sente uma intensidade regular porque opera com metáforas
agressivas. Se você se sente realmente mal com alguma coisa, verifique as
metáforas que está usando para descrever seu sentimento, ou por que
não progride, ou o que o atrapalha. Muitas vezes você vem usando uma
metáfora que intensifica seus sentimentos negativos. Quando as pessoas
experimentam dificuldades, dizem com freqüência como “Sinto o peso do
mundo nas minhas costas”, ou “Tem um muro na minha frente, e não
consigo ultrapassá-lo”. Mas as metáforas enfraquecedoras podem ser
mudadas com a mesma rapidez com que foram criadas. Você optou por
representar a metáfora como real; pode mudá-la com a mesma presteza.
Portanto, se alguém me diz que sente como se estivesse com o peso do
mundo em suas costas, eu direi no mesmo instante: “Pois largue o
mundo e siga em frente.” A pessoa me lança um olhar surpreso, mas
para compreender o que acabei de dizer, efetua uma mudança em seu
foco, e por conseguinte como se sente. Ou se alguém me diz que não
consegue fazer nenhum progresso, que está sempre esbarrando num
muro, digo para deixar de bater, e tratar de abrir um buraco no muro.
Ou para escalá-lo, fazer um túnel por baixo, contorná-lo, abrir a porta
e passar.
Por mais simplista que isso possa parecer, você ficaria surpreso ao
observar a rapidez com que a pessoa reage. Repito: no momento em que
você representa as coisas de uma maneira diferente em sua mente, muda
imediatamente a maneira como se sente. Se alguém me diz “Estou no
fim da linha”, eu respondo “Pois então mude de ônibus, e siga em
frente”. Muitas vezes as pessoas pensam em como se sentem “empacadas”
numa situação, Você nunca está empacado! Pode se sentir um pouco
frustrado, pode não ter as respostas claras, mas não está empacado. No
instante em que representa a situação para si mesmo como se estivesse
empacado, porém, é exatamente assim que vai se sentir. Devemos ter muito
cuidado com as metáforas que nos permitimos usar.
É preciso tomar cuidado também com as metáforas que os outros
propõem. Li recentemente um artigo sobre o fato de que Sally Field está
agora completando 44 anos. O artigo dizia que ela começa a “descer pela
encosta escorregadia da meia-idade’’. Que modo horrível e enfraquecedor
de representar sua sabedoria em expansão! Se você se sente no escuro,
basta acender as luzes. Se você se sente afogando num mar de confusão,
vá até a praia e relaxe na ilha de compreensão. Sei que isso pode parecer
pueril, mas o que é realmente pueril é nos permitir a escolha
inconsciente de metáforas que nos enfraquecem, numa base sistemática.
Devemos assumir o comando de nossas metáforas, não apenas para evitar
as metáforas problemáticas, mas também para podermos adotar as
metáforas fortalecedoras.
A partir do momento em que se torna sensibilizado para as
metáforas que você e as outras pessoas usam, fazer uma mudança se
torna muito fácil. Você só precisa perguntar a si mesmo: “É isso mesmo o
que estou querendo dizer? É assim mesmo, ou esta metáfora é inacurada?”
Lembre-se: sempre que você diz “Eu me sinto como” ou “Isto é como”, a
palavra “como” é muitas vezes o gatilho para o uso de uma metáfora.
Portanto, faça a si mesmo uma pergunta fortalecedora. Indague: “Qual
seria uma metáfora melhor? O que mais é assim?” Por exemplo, se
perguntasse o que a vida significa para você, ou qual é a sua metáfora
para a vida, poderia dizer: “A vida é como uma batalha constante”, ou “A
vida é uma guerra”. Se você adotasse essa metáfora, passaria a adotar
também uma série de convicções que a acompanham. Como o exemplo
do átomo e do sistema solar, você começaria a conduzir seu
comportamento baseado num conjunto de convicções inconscientes,
contido nessa metáfora.
Todo um conjunto de regras, idéias, e noções preconcebidas
acompanham qualquer metáfora que você adota. Assim, se acredita que a
vida é uma guerra, como isso influencia as suas percepções da vida? Pode
dizer “É dura, e acaba com a morte”. Ou “Serei eu contra todo mundo”.
Ou “É lobo comendo lobo”. Ou “Se a vida é de fato uma batalha, então
posso sair machucado”. Todos esses filtros têm um impacto em suas
convicções inconscientes sobre as pessoas, possibilidades, trabalho,
esforço, e a própria vida. Essa metáfora afetará suas decisões sobre
como pensar, com sentir, e o que fazer. Moldará suas ações, e com isso
seu destino.
A VIDA É UM JOGO
Pessoas diferentes têm metáforas globais diferentes. Por exemplo,
lendo as entrevistas de Donald Trump, percebi que ele se refere com
freqüência à vida como um “teste”. Ou você ganha o primeiro lugar, ou
perde... não há posição intermediária. Pode imaginar o estresse que isso
deve criar em sua vida, ao interpretá-la dessa maneira? Se a vida é um
teste, talvez seja difícil; talvez seja melhor você estar preparado; talvez você
possa ser reprovado (ou “colar”). Para algumas pessoas, a vida é uma
competição. Isso pode ser divertido, mas também pode significar que há
outras pessoas que você precisa vencer, que só pode haver um vencedor.
Para algumas pessoas, a vida é um jogo. Como isso pode
influenciar suas percepções? A vida pode ser divertida... que grande
conceito! Pode ser um tanto competitiva. Pode ser uma oportunidade
para você jogar, e desfrutar muito mais. Algumas pessoas dizem: “Se é
um jogo, então haverá perdedores.” Outras indagam: “Haverá
necessidade de muita habilidade?” Tudo depende das convicções que você
associa à palavra “jogo”; mas com essa metáfora, você também passa a
ter uma série de filtros, que afetarão sua maneira de pensar e sentir.
Com toda certeza, a metáfora de Madre Teresa para a vida é a
de que é sagrada. E se você acreditasse que a vida é sagrada? Se fosse
essa a sua metáfora primária, poderia ter mais reverência pela vida...
ou pensar que não tem permissão para se divertir tanto. E se você
acredita que a vida é uma dádiva? De repente, torna-se uma surpresa,
algo divertido, algo especial. E se você pensa que a vida é uma dança?
Não seria sensacional? Seria lindo, algo que faria com outras pessoas,
algo com graça, ritmo e alegria. Qual dessas metáforas representa
propriamente a vida? Provavelmente todas são úteis, em diferentes
ocasiões, para ajudá-lo a interpretar o que precisa fazer para promover
mudanças. Mas não se esqueça que todas as metáforas contêm
benefícios em algum contexto, e limitações em outros.
À medida que me tornei mais sensível às metáforas, passei a
acreditar que ter apenas uma metáfora é um grande meio de limitar sua
vida. Não haveria nada de errado com a metáfora do sistema solar se
um físico tivesse também muitos outros meios de descrever os átomos.
Portanto, se queremos expandir nossas vidas, devemos expandir as
metáforas que usamos para descrever o que é nossa vida, ou o que são
nossos relacionamentos, ou mesmo quem somos como seres humanos.
Estamos limitados a metáforas sobre a vida ou sobre átomos?
Claro que não. Temos metáforas para quase todas as áreas de nossa
experiência. Pegue o trabalho, por exemplo. Algumas pessoas dirão
“Trabalho como um burro de carga”, ou “É um trabalho de escravo”.
Como acha que essas pessoas se sentem em relação a seus empregos?
Alguns empresários que conheço usam metáforas globais como “meu
patrimônio” para descrever sua empresa, e “meu passivo” para
descrever os empregados. Como acha que isso afeta a maneira como
tratam as pessoas? Outros encaram suas empresas como uma horta que
é preciso cuidar e melhorar todos os dias, e ao final se colherá a
recompensa. Ainda outros consideram o trabalho como uma
oportunidade de conviver com amigos, de participar de uma equipe
vencedora. Quanto a mim, penso em minhas empresas como famílias.
Isso nos permite transformar a qualidade das relações que partilhamos.
- WINSTON CHURCHILL
Um dia, quando meu filho Joshua tinha seis ou sete anos, chegou
em casa num choro histérico, porque um dos seus amigos caíra de um
brinquedo no recreio da escola e morrera. Sentei com Josh, e disse:
— Querido, sei como se sente. Está com saudade dele, e deve mesmo
ter esses sentimentos. Mas deve também compreender que se sente
assim porque é uma lagarta.
— Como?
Eu já conseguira romper um pouco o seu padrão.
— Está pensando como uma lagarta.
Ele perguntou o que isso significava.
— Há um momento em que a maioria das lagartas pensa que
morreu. Acha que a vida acabou. Quando isso acontece?
— Quando aquela coisa começa a se enrolar em torno delas.
— Isso mesmo. Logo toda a lagarta fica envolta pelo casulo. E
quer saber de uma coisa? Se você abrisse o casulo, descobriria que a
lagarta não está mais ali. Há apenas uma papa, uma substância viscosa.
E a maioria das pessoas, inclusive a lagarta, pensa que é a morte.
Na verdade, porém, está apenas começando a transformação. Está me
entendendo? É passar de uma coisa para outra. E não demora muito
a virar o quê?
— Uma borboleta! — respondeu Josh.
— As outras lagartas pequenas no chão podem ver que aquela
lagarta se transformou numa borboleta?
— Não.
— E o que uma lagarta faz quando sai do casulo?
— Voa.
— Isso mesmo, Josh. Sai do casulo, a luz do sol seca as asas, e
começa a voar. É ainda mais linda do que antes, quando era uma
lagarta. E é mais livre ou menos livre?
— Muito mais livre.
Acha que vai se divertir mais?
— Claro... tem menos pernas para se sentir cansada.
— Exatamente, Josh. Não precisa mais de pernas, pois tem asas.
Acho que seu amigo agora tem asas. Não cabe a nós decidir quando
alguém se torna uma borboleta. Achamos que é errado, mas creio que
Deus tem uma noção melhor do momento certo. Agora é inverno, e
você gostaria que fosse verão, mas Deus tem um plano diferente. Às
vezes temos simplesmente de confiar que Deus sabe como fazer as
borboletas melhor do que nós. E quando somos lagartas, às vezes nem
sequer percebemos que as borboletas existem, porque estão acima de
nós... mas talvez devêssemos sempre lembrar que estão lá.
Joshua sorriu, deu-me um abraço apertado, e disse:
— Aposto que ele é uma linda borboleta.
As metáforas podem mudar o significado que você associa a
qualquer coisa, mudar aquilo a que você vincula dor e prazer, e
transformar sua vida de forma tão eficaz quanto transforma sua
linguagem. Selecione-as com todo cuidado, selecione com inteligência,
selecione para que aprofundem e enriqueçam sua experiência de vida, e a
das pessoas com quem se importa. Torne-se um “detetive das metáforas”.
Sempre que ouvir alguém usar uma metáfora que acarreta limitações,
trate de interferir, rompa seu padrão, e ofereça uma nova. Faça isso
pelos outros, e faça também por si mesmo.
Experimente o seguinte exercício:
1. O que é a vida? Escreva as metáforas que você já escolheu: “A
vida é como...” o quê? Projete tudo em que puder pensar, porque é
bem provável que tenha mais de uma metáfora para a vida. Quando se
encontrar num estado de aridez, provavelmente dirá que é uma batalha
ou uma guerra, e quando se sentir num bom estado, talvez pense
que é uma dádiva. Anote tudo. Depois, faça uma revisão de sua lista,
e pergunte a si mesmo: “Se a vida é isso e aquilo, o que isso significa
para mim?” Se a vida é sagrada, o que isso significa para mim? Se
a vida é um sonho, o que isso significa para mim? Se o mundo inteiro
é um palco, o que isso significa para mim? Cada uma de suas metáforas
o fortalece, e ao mesmo tempo o limita. “O mundo inteiro é um
palco” pode ser sensacional porque significa que você pode sair por aí,
fazer uma diferença, ser ouvido. Mas também pode significar que você é
alguém que está sempre representando, em vez de partilhar seus
verdadeiros sentimentos. Portando, analise as metáforas que pôs à sua
disposição. Quais são as vantagens e desvantagens? Que novas metáforas
pode aplicar à sua vida, a fim de sentir mais feliz, livre e fortalecido?
2. Faça uma lista de todas as metáforas que vincula a relaciona
mentos ou casamento. Estão fortalecendo-o ou enfraquecendo-o?
Lembre-se de que só a percepção consciente pode transformar suas
metáforas, porque seu cérebro começa a dizer: “Isso não funciona... isso
é ridículo!” E você pode adotar uma nova metáfora com facilidade.
A beleza dessa tecnologia é a sua simplicidade.
3. Escolha outra área de sua vida que mais lhe cause impacto
— pode ser sua atividade profissional, seus pais, seus filhos, sua
capacidade de aprender — e descubra suas metáforas para essa área.
Escreva essas metáforas, e analise seu impacto. Escreva: “Aprender é
como brincar.” Se estudar é como “arrancar dentes”, você pode
imaginar a dor que está proporcionando a si mesmo! Essa pode ser uma
boa metáfora para mudar — e mudar agora! Mais uma vez, verifique as
conseqüências positivas e negativas de cada uma de suas metáforas.
Explorá-las pode criar novas opções para sua vida.
4. Crie metáforas novas e mais fortalecedoras para cada uma
dessas áreas. Decida que daqui por diante você vai pensar na vida como
quatro ou cinco coisas novas para começar, no mínimo. A vida não
é uma guerra. A vida não é um teste. A vida é um jogo, a vida é uma
dança, a vida é sagrada, a vida é uma dádiva, a vida é um piquenique
— qualquer coisa que crie a intensidade emocional mais positiva para
você.
5. Finalmente, decida que você vai viver com essas metáforas
novas e fortalecedoras pelos próximos trinta dias.
Convido-o a permitir que a radiância de suas novas metáforas o
façam sentir que “flutua pelo ar”, até alcançar a “Nuvem Nove”. Enquanto
você se encontra “por cima do mundo”, pode olhar para baixo e se sentir
satisfeito, sabendo que a quantidade de alegria que experimenta neste
momento é apenas “a ponta do iceberg”. Assuma o controle de suas
metáforas agora, e crie um novo mundo para si mesmo: um mundo de
possibilidades, de riqueza, de maravilha e alegria.
Agora que você dominou a arte criativa de elaborar metáforas,
transformar vocabulário, e fazer perguntas fortalecedoras, está pronto
para controlar...
11
AS DEZ EMOÇÕES
DE PODER
- CARL JUNG
PASSO UM
PASSO DOIS
PASSO TRÊS
PASSO QUATRO
Seja Confiante
PASSO CINCO
Você quer ter certeza de que poderá controlar essa emoção com
facilidade no futuro, contando com um grande plano para isso. Um meio
de consegui-lo é simplesmente lembrar como controlou no passado, e
ensaiar como manipular as situações em que esse Sinal de Ação surgirá no
futuro. Veja, escute e se sinta controlando a situação com facilidade. As
repetições, com intensidade emocional, criarão dentro de você um caminho
neural de certeza, que lhe permitirá lidar com esses desafios.
Além disso, anote num pedaço de papel três ou quatro outros meios
de mudar sua percepção quando ocorrer um Sinal de Ação, ou meios
para mudar agora como comunica seus sentimentos e necessidades, ou
meios para mudar as ações que adota nessa situação específica.
PASSO SEIS
A Mensagem:
O medo é simplesmente a mensagem de que é preciso se preparar
para algo que vai acontecer em breve. Nas palavras do lema dos escoteiros,
esteja “Sempre alerta”. Precisamos nos preparar para lidar com a situação,
ou fazer alguma coisa para mudá-la. A tragédia é que a maioria das
pessoas tenta ignorar seu medo, ou se espoja nele. Nenhum desses meios
respeita a mensagem que o medo tenta transmitir, e assim continuará a
pressioná-lo, no empenho para que você receba o recado.
Você não vai querer se entregar ao medo e amplificá-lo, passando
a pensar no pior que poderia acontecer, e também não quer fingir que
não existe.
A Solução:
Analise aquilo de que sente medo, e avalie o que deve fazer para se
preparar mentalmente. Calcule que ações precisa efetuar para lidar com a
situação da melhor maneira possível. Às vezes fazemos todos os
preparativos que podíamos para alguma coisa, não há mais nada que
possamos fazer... mas ainda assim o medo persiste. Esse é o ponto em
que você deve usar o antídoto para o medo: deve assumir uma decisão de
ter fé, sabendo que fez tudo o que podia se preparando para aquilo que
teme, e que a maioria dos medos na vida raramente se realiza. Se isso
acontecer, você pode experimentar...
É esta a lista dos dez Sinais de Ação. Como pôde constatar, cada
uma dessas emoções está lhe oferecendo mensagem fortalecedoras, e
uma convocação para mudar suas percepções falsas e enfraquecedoras,
ou seus procedimentos impróprios, isto é, seu estilo de comunicação ou
ações. Para utilizar plenamente essa lista, lembre-se de revisá-la muitas
vezes, e a cada repetição procure e sublinhe as mensagens positivas que
cada sinal lhe transmite, assim como as soluções que poderá usar no
futuro. Quase todas as emoções “negativas’’ baseiam-se nessas dez
categorias, e algumas são híbridas. Mas você pode lidar com qualquer
emoção da maneira como analisamos antes: dando os seis passos,
tornando-se curioso, e descobrindo o significado fortalecedor que lhe
oferece.
- VOLTAIRE
- EMMET FOX
- ANTHONY ROBBINS
(*) Para mais informações sobre o modo de intensificar sua vitalidade física, veja
Unlimited Power, Capítulo 10, “Energia: O Combustível da Excelência”.
- CARL SANDBURG
Olhe ao seu redor agora. O que você vê? Está sentado num sofá,
cercado por obras de arte, assistindo a um programa de televisão numa
tela grande, ou ouvindo música na moderna tecnologia de disco laser? Ou
se encontra sentado a uma escrivaninha, onde há um telefone,
computador e máquina de fax? Todos esses objetos foram outrora apenas
idéias na mente de alguém. Se eu lhe dissesse há cem anos que ondas
invisíveis ao redor do mundo podiam ser captadas do ar e transmitidas
para uma caixa, a fim de gerar sons e imagens, você não me consideraria
louco? Hoje, no entanto, quase todos os lares americanos possuem pelo
menos um aparelho de televisão (a média é dois!). Alguém teve de criá-los,
e para que isso acontecesse, alguém teve de imaginá-los com precisão.
Isso só ocorre com os objetos materiais? Não, aplica-se também a
todos os tipos de atividades e processos: um carro só funciona porque
algumas pessoas empreendedoras imaginaram como controlar o processo
de combustão interna. A resposta para os nossos desafios de energia
atuais se encontra na imaginação e engenhosidade dos físicos e
engenheiros de hoje. E a solução para as nossas crises sociais, como a
alarmante proliferação dos grupos de ódio racial, o desabrigo e a fome, só
pode derivar da inventividade e compaixão de pessoas dedicadas, como
você e eu.
POR QUE NEM TODOS FIXAM OBJETIVOS?
Você pode estar pensando neste momento: “Tudo isso parece muito
inspirador, mas é certo que o simples fato de fixar um objetivo não faz
com que aconteça.” Pois saiba que concordo plenamente. Toda fixação de
objetivo deve ser imediatamente acompanhada pelo desenvolvimento de um
plano, e também por uma ação maciça e sistemática para sua realização.
Você já possui o poder para agir. Se não tem sido capaz de acioná-lo, é
apenas porque não fixou objetivos que o inspirassem.
O que o retém? Já esteve exposto, com toda certeza, ao poder de fixar
objetivos, antes da leitura deste livro. Mas tem uma lista de objetivos definidos
com clareza para os resultados que produzirão em sua vida, em termos
mentais, emocionais, físicos, espirituais e financeiros? O que o tem detido?
Para muitos, é o medo inconsciente do desapontamento. Algumas pessoas
fixaram objetivos no passado, e não conseguiram alcançá-los; pararam de
fixar objetivos, em decorrência do desapontamento e do medo do futuro. Não
querem ter expectativas que possam ser frustradas. Outras pessoas fixam
objetivos, mas abusam de si mesmas ao vincularem todo seu nível de
felicidade pessoal à capacidade de alcançar objetivos que podem estar além
de seu controle. Ou carecem da flexibilidade para perceber que, à medida
que avançam na direção de seus objetivos, há objetivos melhores e mais
dignos ao seu redor.
O processo de fixar objetivos funciona de uma forma muito parecida
com a visão. Quanto mais você se aproxima de seu destino, mais clareza
adquire, não só do próprio objetivo, mas também dos detalhes de tudo ao
redor. Quem sabe? Você pode decidir que gosta ainda mais de uma das
outras possibilidades, que o inspira com um vigor maior, e mudar de
direção! Às vezes, como mostraremos em mais profundidade adiante,
deixar de alcançar um objetivo na verdade o aproxima do verdadeiro
propósito de sua vida.
O ímpeto para realizar e contribuir se apresenta sob muitas formas.
Para algumas pessoas, é gerado pelo desapontamento, ou até mesmo pela
tragédia. Para outros, é acionado pela súbita compreensão, um dia
qualquer, de que a vida está passando, e a qualidade de sua vida diminui a
cada momento. Para alguns, a inspiração é a fonte da motivação. Constatar
o que é possível, antecipar o melhor roteiro possível, ou compreender que se
está de fato efetuando um progresso significativo pode ajudar as pessoas a
desenvolverem um tremendo impulso para realizarem ainda mais.
É freqüente não percebermos até que ponto já avançamos, por
estarmos absorvidos no processo da realização. Uma boa metáfora para isso
é a de um amigo lhe dizer que seu filho cresceu um bocado, e você
murmurar, com uma surpresa sincera, “É mesmo?” Vinha acontecendo
diante de você, e por isso não percebeu. É ainda mais difícil perceber o seu
próprio crescimento, e por isso eu gostaria de partilhar com você um
processo simples. Por favor, tire um momento para fazer isso agora. Vai
ajudá-lo a explorar uma ou ambas as forças motivacionais descritas
acima.
Agora, para verificar o contraste, vamos ver até que ponto você
progrediu — ou deixou de progredir — em cada uma dessas categorias.
Responda às mesmas perguntas, só que com base hoje. Em outras pa-
lavras, primeiro dê a si mesmo uma nota de 0 a 10 para o que você é
hoje em cada uma dessas categorias, e depois escreva uma frase ou duas
descrevendo o que você é hoje em cada uma dessas áreas.
Hoje Nota Frase
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VIVER O SONHO
(*) Darrach, Brad. “I Want to See My Kids Grow Up”, revista Life, junho de
1991.
Passo 2: Agora que você tem uma lista de objetivos para o seu
desenvolvimento pessoal com a qual pode se animar, tire um minuto para
fixar um prazo para cada um. Neste estágio, não é importante saber como
você vai alcançar esses objetivos. Basta determinar um prazo, a partir do
qual vai se empenhar. Lembre-se de que objetivos são sonhos com uma data
marcada. O simples ato de decidir quando alcançará um objetivo aciona
forças conscientes e inconscientes para fazer com que os objetivos se tornem
uma realidade. Assim, se você decidir realizar um objetivo dentro de um ano
ou menos, ponha o número 1 ao lado. Se quer realizar em três anos, ponha
3, e assim por diante, em cinco, dez e vinte anos.
Passo 3: Agora, o objetivo específico de um ano mais importante
nessa categoria — um objetivo que, se realizá-lo neste ano, lhe
proporcionará a maior animação, e fará com que sinta que o ano foi
bem investido. Tire dois minutos para escrever um parágrafo sobre os
motivos pelos quais está absolutamente empenhado em alcançar esse
objetivo dentro de um ano. Por que isso é compulsivo para você? O que
ganhará por alcançá-lo? O que perderia se não o alcançasse? Esses
motivos são bastante fortes para levá-lo a persistir? Se não, procure um
objetivo melhor, ou melhores motivos.
A constatação mais importante que fiz sobre objetivos, anos atrás,
foi a de que se tivesse algum bastante grande para me levar a fazer
alguma coisa — um forte conjunto de motivos — sempre poderia imaginar
como alcançá-lo. Os objetivos por si sós podem inspirar, mas conhecer os
motivos mais profundos pelos quais os deseja, em primeiro lugar, pode
proporcionar o ímpeto permanente e a motivação necessária para
persistir e conseguir.
OBJETIVOS PROFISSIONAIS/ECONÔMICOS
Gostaria de comparecer:
À estréia de uma peça na Broadway?
Ao lançamento internacional de um filme em Cannes?
A um concerto de Bruce Springsteen?
A uma produção do teatro Kabuki, em Osaka, Japão?
Gostaria de:
Disputar com qualquer dos Andrettis nas próximas 500 Milhas de
Indiannapolis?
Jogar com Monica Seles e Steffi Graffi, ou Boris Becker e Ivan
Lendl, numa partida de dupla?
Ser o lançador na decisão do campeonato americano de beisebol?
Carregar a tocha olímpica?
Jogar com Michael Jordan?
Nadar com golfinhos rosas nos mares do Peru? .
Disputar uma corrida de camelos entre as pirâmides do Egito com
seu melhor amigo? E ganhar?
Escalar os Himalaias com os Sherpas?
Gostaria de:
Estrelar uma peça na Broadway?
Partilhar um beijo na tela com Kim Basinger?
Dançar com Patrick Swayze?
Coreografar um balé moderno com Mikhail Barishnikov?
O PROPÓSITO DO OBJETIVO
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A SUPREMA LIÇÃO
- PROVÉRBIOS, 29:18
(*) George Burns entrevistado por Arthur Cooper, revista Playboy, junho de 1978.
Agora, na casa dos noventa anos, ele ainda mantém seu espírito
irônico, participa de projetos de cinema e televisão, e recentemente me
informaram que marcou uma apresentação no Palladium de Londres
para o ano 2000, quando estará com 104 anos de idade... o que acha
disso como criação de um futuro irresistível?!
Use o seu poder. Sabe agora o que fazer para se inspirar. Pois é
tempo de fazê-lo! Se leu este capítulo passivamente até agora, volte e
faça os exercícios. São divertidos, e também são fáceis. Primeiro, elabore
sua lista de quatro principais objetivos de um ano. Segundo, defina o
“por quê”. Terceiro, desenvolva o ritual de revisar seus objetivos e ensaiar
a alegria da realização, diariamente, durante dez dias. Quarto, cerque-se
de exemplos, de pessoas que possam ajudá-lo a desenvolver um plano
para fazer com que tudo se torne real. Cada um desses passos o ajudará
a programar seu SAR, e a sensibilizá-lo para todos os recursos possíveis
que poderá incorporar para alcançar seus objetivos. Essa revisão
sistemática também lhe proporcionará o senso de certeza de que precisa
para entrar em ação.
Agora, vamos passar para o capítulo seguinte. Deixe-me partilhar
com você um meio de superar quaisquer obstáculos que poderiam detê-lo,
promovendo...
13
O DESAFIO MENTAL
DE DEZ DIAS
(*) Fox, Emmet, The Seven-Day Mental Diet, Marina del Rey: De Vorss and Co.
Publishers, © 1935.
Regra 3: Durante os próximos dez dias consecutivos, cuide para que todo o seu
foco na vida esteja nas soluções, e não nos problemas. No instante em que perceber um
possível desafio, focalize imediatamente qual pode ser a solução.
Regra 4: Se sofrer um retrocesso - isto é, se por acaso se descobrir a se
entregar ou remoer um pensamento ou sentimento árido - não se desespere. Não há
problema com isso, desde que você mude no mesmo instante. Mas se continuar a remoer
pensamentos ou sentimentos áridos por um prazo considerável, você deve esperar até a
manhã seguinte, e reiniciar os dez dias. O objetivo desse programa é de dez dias
consecutivos sem acalentar ou remoer qualquer pensamento negativo. Esse processo de
reinicio deve ocorrer independente dos dias consecutivos em que você já realizou a
tarefa.
Você pode perguntar: “Por quanto tempo posso focalizar o
negativo antes que seja considerado ‘remoer’?” Para mim, um
minuto de foco contínuo, com alguma intensidade emocional, ao que
é errado, já constitui remoer. Um minuto é tempo mais do que
suficiente para nos controlarmos, e criarmos uma mudança. Com
toda certeza, você saberá se está sendo negativo em relação a
alguma coisa num prazo de vinte a quarenta segundos.
Se eu fosse você, no entanto, daria a mim mesmo um máximo
de dois minutos para perceber o desafio, e começar a mudar seu
estado. Dois minutos, sem dúvida, é suficiente para identificar que
se encontra num estado negativo. Rompa o padrão. Se permitir que
se prolongue por cinco minutos ou mais, descobrirá que o Desafio
Mental não cumprirá sua função; em vez disso, aprenderá apenas a
descarregar suas emoções mais depressa. O objetivo é resolver o
problema no nascedouro, antes mesmo que você entre num estado
emocional negativo.
Quando experimentei esse exercício pela primeira vez, depois de
três dias me senti com raiva por algum motivo, e me permiti por cinco
minutos as emoções negativas, antes de perceber o que fazia. Tive de
começar tudo de novo. Na segunda tentativa, esbarrei em alguns
tremendos desafios no sexto dia, mas a esta altura já estava
determinado. Não recomeçaria tudo de novo! Por isso, descobri-me a
focalizar imediatamente a solução. O benefício, como você pode
imaginar, não foi apenas permanecer na dieta mental, mas também
o de começar a me condicionar para um padrão tremendo e vitalício
de permanecer num estado mental positivo, mesmo quando havia
desafios ao meu redor, e focalizar a maior parte da minha energia
nas soluções.
Até hoje, mesmo quando ouço falar em problemas, como você
já deve ter notado, tendo a tendência a chamá-los de desafios. Não
fico remoendo, e no mesmo instante focalizo como posso converter
o desafio numa oportunidade.
“Primeiro fazemos nossos hábitos, depois nossos
hábitos nos fazem.”
- JOHN DRYDEN
ASSUMINDO O CONTROLE -
O SISTEMA CENTRAL
14
A SUPREMA INFLUÊNCIA
SEU SISTEMA CENTRAL
“Elementar, meu caro Watson...”
- COM UM PEDIDO DE DESCULPAS A SIR ARTHUR CONAN DOYLE
(*) Buffet, Warren, Relatório Anual Berkshire, 1987, por James Hansberger, A
Guide to Excelence in Investing , 1976.
- MIGUEL DE CERVANTES
CHEGA UM MOMENTO...
(*) Foller, Ken, O Vôo da Águia, publicado no Brasil pela Editora Record.
VALORES ATRAENTES
Amor 1. ___________________________________________
Sucesso 2. ___________________________________________
Liberdade 3. ___________________________________________
Intimidade 4. ___________________________________________
Segurança 5. ___________________________________________
Aventura 6. ___________________________________________
Poder 7. ___________________________________________
Paixão 8. ___________________________________________
Conforto 9. ___________________________________________
É mais do que provável que você preza todas essas emoções, e que
todos são importantes para sentir. Mas não seria justo dizer que não preza
a todas igualmente? É evidente que há alguns estados emocionais pelos
quais você se empenhará mais do que por outros. Na verdade, todos nós
temos uma hierarquia de valores. Cada pessoa que examinar essa lista vai
considerar alguns estados emocionais mais importantes do que outros.
Algumas pessoas prezam o conforto acima da paixão, ou a liberdade
acima da segurança, ou a intimidade acima do sucesso. Faça uma pausa
neste momento, e determine quais os valores que mais preza nessa lista.
O meio de fazer isso é simplesmente o de reescrever a lista em sua ordem
de importância, o 1 sendo o estado emocional que você considera mais
importante, e o 10 sendo o menos importante. Por favor, faça a pausa
agora, e preencha as linhas em branco na sua ordem de importância.
“Preocupe-se mais com seu caráter do que com sua
reputação, porque seu caráter é o que você realmente
é, enquanto a reputação è apenas o que os outros
pensam que você é.”
- JOHN WOODEN
LIÇÕES DE DOR
VALORES REPELENTES
Rejeição 1. ___________________________________________
Raiva 2. ___________________________________________
Frustração 3. ___________________________________________
Solidão 4. ___________________________________________
Depressão 5. ___________________________________________
Fracasso 6. ___________________________________________
Humilhação 7. ___________________________________________
Culpa 8. ___________________________________________
Seria justo dizer que todas essas emoções são estados que você
gostaria de evitar ter de sentir? Claro, porque são dolorosos. Não seria
verdade dizer também que pode querer evitar todas essas emoções, mas
algumas são mais dolorosas para você do que outras? Que você possui
também uma hierarquia de valores repelentes? Que valor na lista anterior
seria o que mais evitaria ter de sentir? Rejeição, depressão, humilhação? A
resposta a essa pergunta determinará seu comportamento praticamente
em qualquer ambiente.
Faça uma pausa antes de continuar, escreva sua lista nas linhas em
branco, começando pelos estados que mais tentará evitar, ao menos.
Paixão
Amor
Liberdade
Contribuição
Ser Capaz
Crescimento
Realização
Felicidade
Diversão
Saúde
Criatividade
Ao analisar minha lista, compreendi por que fazia o que fazia. Era
um indivíduo intenso; por todas as descrições, tinha um temperamento
explosivo. Considerava isso como minha paixão. Meu amor pela família e
amigos, assim como o desejo de partilhar em seminários, eram evidentes.
Minha vontade era libertar as pessoas, e achava que se libertasse os que
se encontravam ao meu redor, e lhes desse uma contribuição, haveria de
sentir que era capaz de fazer qualquer coisa. Eu cresceria e me realizaria,
teria diversão, seria saudável e criativo. O conhecimento de minha lista de
valores ajudou-me a persistir no caminho, de uma forma coerente com o
que era mais importante para mim. Durante anos, experimentei o maior
senso de congruência em minha vida.
Mas logo eu faria outra definição que transformaria a qualidade de
minha vida para sempre.
MUDE SEUS VALORES, E MUDE SUA VIDA
Saúde/Vitalidade
Amor/Ternura
Inteligência
Alegria
Honestidade
Paixão
Gratidão
Diversão/Felicidade
Fazer uma diferença
Aprender/Crescer
Realizar
Ser o melhor
Investir
Contribuição
Criatividade
Essas mudanças podem parecer sutis para você, mas foram pro-
fundas no impacto emocional que me causaram. A simples criação dessa
nova lista de prioridades de vida acarretou em alguns momentos muita
luta e um medo intenso. É bem provável que o mais difícil tenha sido a
mudança da ordem entre realização e felicidade. Se você está lembrado,
em minha lista anterior eu tinha de sentir paixão, amor, liberdade,
contribuição, ser capaz, crescimento e realização, com ser feliz numa
prioridade baixa. Comecei a pensar: “O que aconteceria se eu tornasse a
felicidade uma prioridade? O que aconteceria se eu a tornasse uma
prioridade maior do que a realização?”
Para ser sincero, essa foi outra pergunta que me incutiu medo.
Pensei: “Se for fácil para mim me sentir feliz, talvez eu perca o ímpeto.
Talvez não queira mais realizar. Talvez não queira causar o mesmo
impacto. Talvez não contribua tanto para as outras pessoas,” Afinal. eu
vinculava minha identidade à capacidade de fazer uma diferença. Levei
quase duas horas para tomar a decisão de optar pelo que me parecia
melhor, e decidi me fazer feliz. Que absurdo!
Mas depois de trabalhar com dezenas de milhares de pessoas no
Encontro com o Destino, a maioria das quais seria considerada como
grandes realizadoras, posso garantir que esse é um dos maiores medos
que elas têm. Geralmente receiam perder seu poder ou ímpeto se antes se
sentirem felizes. Estou aqui para lhe dizer que o que aconteceu em minha
vida foi que, em vez de realizar para ser feliz, comecei a ser feliz por
realizar, e a diferença na qualidade de minha vida é tão profunda que
não dá para descrever em palavras, Não perdi o ímpeto — muito ao
contrário, passei a me sentir tão bem que queria fazer ainda mais!
Quando minha lista ficou completa, experimentei uma emoção que
não podia sequer lembrar de ter sentido antes: um senso de calma. Havia
um senso de certeza que não conhecera antes, porque agora eu sabia que
cada parte de mim seria atraída na direção certa dos meus sonhos. Não
mantinha mais um cabo-de-guerra comigo mesmo. Ao deixar de me
empenhar constantemente pela liberdade, eu poderia ter ainda mais
intimidade e amor — e poderia me sentir ainda mais livre. Agora, seria
feliz por realizar. Seria saudável, dinâmico, cheio de vitalidade. Com a
decisão de mudar as prioridades de minha vida, pude sentir no mesmo
instante as mudanças em meu corpo físico.
Também comecei a compreender que havia determinados estados
emocionais que eu deveria evitar, se queria ser bem-sucedido. Um deles,
sem qualquer dúvida, era a preocupação. Eu me sentia arrasado, física e
emocionalmente, pela dor de tentar imaginar como faria para manter
minha companhia em funcionamento, com todas as portas abertas. Na
ocasião, eu acreditava que se ficasse preocupado, poderia me tornar mais
motivado, mas descobri que a preocupação me deixava menos fértil. Por
isso, decidi que não poderia mais me preocupar. Teria um interesse
legítimo, mas passaria a focalizar, o que era mais importante, as ações
que efetuaria para fazer com que tudo desse certo. Depois que decidi que
a preocupação angustiante destruiria meu destino, passei a evitá-la a
qualquer custo. Obviamente, tornou-se uma emoção muito dolorosa para
que me entregasse a ela. Comecei a formular uma lista de repelentes.
Voei de volta aos Estados Unidos, depois de projetar meu destino.
Puxa, que surpresa para meus amigos e associados! No primeiro dia no
escritório, as pessoas me procuravam e perguntavam: “O que aconteceu
com você? Parece tão diferente! Tão relaxado!” Comecei a descarregar
minha tecnologia inteiramente nova, por horas a fio, em cada pessoa,
até que compreendi que precisava refiná-la, e incluí-la num seminário.
Foi assim que nasceu o Encontro com o Destino.
Escrevi este livro pelo desejo de divulgar a tecnologia Destino-NAC
para tantas pessoas quanto puder atingir. Espero que você a use agora.
Lembre-se de que podemos realmente projetar quem nos tornamos.
“Dê-me beleza na alma interior; que o homem exterior
e interior sejam um só.”
- SÓCRATES
- ANÔNIMO
- ARISTÓTELES
Queremos desenvolver regras que nos levem a entrar em ação, que nos
façam sentir alegria, que nos permitam dar seguimento às coisas — não
regras que nos obriguem a parar em pouco tempo. Descobri que há uma
quantidade espantosa de homens e mulheres que instituem regras para os
relacionamentos que tornam absolutamente impossível o êxito nessa área de
suas vidas. Por exemplo, a regra de algumas pessoas para o amor é “Se
você me ama, então fará tudo o que eu quiser”. Ou “Se você me ama, posso
me lamentar, queixar e importunar, e você deve simplesmente aceitar”. São
regras apropriadas? Claro que não! Seriam injustas com a pessoa com
quem você estaria partilhando um relacionamento.
Uma mulher que participou do Encontro com o Destino disse-me
que queria realmente ter um relacionamento íntimo com um homem,
mas parecia não ser capaz de manter um relacionamento com ninguém,
passada a fase inicial da “emoção da caçada”. Perguntei-lhe:
— O que tem de acontecer para que você se sinta atraída por um
homem?
Suas regras ajudaram a nós dois a compreender no mesmo instante
qual era o seu desafio. Para que ela se sentisse atraída por um homem,
ele tinha de assediá-la constantemente, embora continuasse a rejeitá-lo.
Se o homem insistisse, tentando superar a barreira, isso a levava a
sentir uma intensa atração por ele; significava que era um homem muito
poderoso.
Sua segunda regra era ainda mais interessante. Se ele persistia por
mais de um mês, a mulher perdia o respeito, e com isso a atração. Pode
adivinhar o que costumava acontecer? Uns poucos homens absorviam
sua rejeição, e continuavam a assediá-la, mas é claro que a maioria
desistia, depois de um breve período. Assim, ela nunca teria um
relacionamento com tais homens. Os poucos que persistiam contavam com
seu favor secreto por algum tempo, mas depois de um período arbitrário de
cerca de um mês, ela perdia por completo o interesse. Descobria-se incapaz
de permanecer atraída por qualquer homem durante mais de um mês,
porque nenhum homem era capaz de prever sua complexa escala.
Quais as suas regras que são também inatingíveis? Algumas
pessoas, para se sentirem no controle de qualquer situação, precisam
saber com antecedência o que vai acontecer. Outras, para se sentirem
confiantes em alguma área, precisam ter a experiência de fazer. Se fosse
essa a minha regra para a confiança, eu não conseguiria realizar a
maior parte do que fiz na vida! Muito do meu sucesso deriva da
capacidade de sentir certeza de que podia alcançar algo, embora não
tivesse referências a respeito. Minha regra para a confiança é a seguinte:
“Se decido ser confiante, então vou me sentir assim em relação a qualquer
coisa, e minha confiança me ajudará a ter êxito.”
A competência é outra regra interessante. Algumas pessoas têm
esta regra para a competência: “Se eu fizer alguma coisa com perfeição,
ao longo de alguns anos, então sou competente.” A regra de outras: “Se
eu fizer de forma eficaz uma vez, então sou competente.” E para outros
ainda, competência é “Se eu fiz algo parecido, então sei que posso
dominar isso também, e, portanto, sou competente”, Pode perceber o
impacto que regras assim teriam em sua confiança, felicidade, senso de
controle, qualidade de suas ações e de sua vida?
Amor
Saúde
Segurança
Liberdade
Sucesso
Aceitação
Excelência
Harmonia
Respeito
Integridade
Honestidade
Diversão
Saúde: Tenho de sentir que minha dieta é perfeita, por meus padrões
rigorosos. Tenho de estar completamente livre da dor física. Devo sentir
que sou mais saudável do que todas as outras pessoas que conheço,
e servir como um exemplo.
Segurança: Todos devem gostar de mim. Devo sentir que todos que
conheço tenham certeza de que sou uma boa pessoa. Devo ter certeza
de que não haverá uma guerra nuclear. Devo ter muito mais
dinheiro em minha poupança do que já possuo.
Fracasso: Sinto fracasso se alguém não acredita que sou uma boa
pessoa. Sinto fracasso se acho que não apóio o suficiente a mim
mesma ou minha família.
Raiva: Sinto raiva quando acho que não é apreciado o que faço,
quando as pessoas me julgam antes de me conhecerem.
A SOLUÇÃO
Amor: Experimento amor sempre que expresso amor, dou amor aos
outros, ou me permito receber amor.
PROVÉRBIOS PARADOXAIS
REALINHAMENTO DE REGRAS
- RENÉ DESCARTES
Portanto, faça uma pausa agora para responder a uma pergunta
analisada pelos filósofos ao longo dos tempos, de Sócrates a Sartre. Ponha-
se naquele estado seguro e curioso. Respire fundo, deixe o ar escapar de-
vagar. E pergunte: “Quem eu sou?”
EU SOU...
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Faça uma pausa, absorva as respostas. Quando estiver pronto, pas-
se para o exercício seguinte.
2) Se fosse criar um cartão de identidade que representasse
quem você realmente é, o que haveria nele — e o que você deixaria
de fora?
Incluiria ou não um retrato? Relacionaria suas estatísticas vitais?
Descrição física? Emoções? Convicções? Associações? Aspirações? Lema?
Capacidades? Tire um momento para descrever o que haveria nesse
cartão de identidade, e o que seria deixado de fora, a fim de mostrar a
alguém quem você realmente é.
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O PODER DE SE REIVENTAR
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SETE DIAS
PARA MOLDAR
SUA VIDA
19
DESTINO EMOCIONAL:
O ÚNICO VERDADEIRO SUCESSO
PRIMEIRO DIA
• fisiologia • convicções
• foco • futuro irresistível
• perguntas • valores
• submodalidades • regras
• Vocabulário Transformacional • referências
• metáforas • identidade
• Condicionamento Neuro-Associativo
- THOMAS FULLER, M. D.
A Tarefa de Hoje:
SEGUNDO DIA
(*) Maffetone, Dr. Philip, Everyone Isan Athlete, Nova York: David Barmore
Publishers, 1990.
*Maffetone, Dr. Philip, “The 1.000-Mile Race of Life: How to Be Healthy and Fit”,
Robbins Research Repori, Outono de 1990, San Diego: Robbins Research
International, Inc.
(*) Para noções adicionais sobre dieta, leia o capítulo “Energia: O Combustível da
Excelência”, era meu primeiro livro, Unlimited Power.
(*) O cálculo tradicional para sua zona de treinamento é o seguinte: 220 - Sua
Idade = Máximo Ritmo Cardíaco; Máximo Ritmo Cardíaco x 65% - 85% = Zona de
Treinamento. A fórmula no texto acima é de Stu Mittleman e Dr. Philip Maffetone.
A FONTE DA JUVENTUDE
A Tarefa de Hoje:
TERCEIRO DIA
A Tarefa de Hoje:
QUARTO DIA
Quanto maior o valor com que você contribui, mais vai ganhar, se
assumir a posição de fazê-lo.
A lição é simples. Você não precisa ser um empresário para
acrescentar mais valor. Mas o que você deve fazer todos os dias é
expandir seu conhecimento, habilidade e capacidade de dar mais. É por
isso que a auto-educação é tão importante. Eu me tornei muito rico,
ainda bem jovem, por um motivo: adquiri habilidades que podiam
aumentar a qualidade de vida para quase todas as pessoas. Depois,
imaginei um meio de partilhar essas informações e habilidades com um
grande número de pessoas, num curto período, Prosperei em
decorrência, não apenas em termos emocionais, mas também
financeiros.
Se você quer ganhar mais dinheiro onde está hoje, um dos meios
mais simples é perguntar a si mesmo: “Como posso valer mais para a
empresa? Como posso ajudá-la a fazer mais, em menos tempo? Como
posso lhe acrescentar um tremendo valor? Há alguns meios pelos quais
eu poderia ajudar a reduzir custos e aumentar a qualidade? Que novo
sistema eu poderia desenvolver? Que nova tecnologia eu poderia usar
para que a empresa produza seus produtos e serviços com mais
eficiência?” Se podemos ajudar as pessoas a fazerem mais com menos,
então estamos fortalecendo aos outros, e ficaremos economicamente
fortalecidos também, se assumirmos a posição de fazê-lo.
Em nossos seminários de Destino Financeiro, os participantes
pensam em meios de acrescentar mais valor, e com isso aumentar seus
rendimentos. Pedimos que considerem se dispõem de recursos que não têm
usado. A pergunta básica que você deve fazer a si mesmo é a seguinte:
Como posso ajudar a envolver mais vidas? Como fazê-lo num nível mais
profundo? Como posso melhorar a qualidade do produto ou serviço? É
inevitável que algumas pessoas respondam: “Não tenho como acrescentar
mais valor; já estou trabalhando dezesseis horas por dia!” Lembre-se de
que eu não sugeri que você trabalhasse mais, nem mesmo que precisa
trabalhar com mais esperteza. O que estou lhe perguntando é outra
coisa: Quais são os novos recursos que você pode usar para acrescentar
mais valor aos outros?
A Tarefa de Hoje:
QUINTO DIA
A Tarefa de Hoje:
1. Faça uma lista dos estados que vai se empenhar por experimentar
todos os dias, a fim de viver de acordo com seus mais altos princípios e
valores. Cuide para que a lista seja bastante longa para lhe
proporcionar a riqueza e variedade que merece, mas também bastante
curta para que possa ficar nesses estados todos os dias! A maioria das
pessoas descobre que entre sete e dez é o ideal. Que estados você gostaria
de experimentar, numa base sistemática? Feliz? Dinâmico? Afável?
Ligado? Jovial? Agradecido? Apaixonado? Equilibrado? Aventureiro?
Divertido? Audacioso? Generoso? Elegante? Alguns desses estados
podem combinar com os seus valores atraentes, e alguns podem
ser coisas que você sente que o levará a viver de acordo com seus valores
todos os dias.
2. Depois de compilar sua lista, escreva uma frase ao lado de cada
estado, descrevendo como saberá que está sendo assim — em outras
palavras, suas regras para esse estado. Por exemplo: “Estou jovial
quando sorrio para as pessoas”; “Sou audacioso quando faço algo
totalmente inesperado”; “Sou grato quando lembro todas as coisas boas
que tenho na vida.”
3. Assuma o compromisso consigo mesmo de experimentar de fato
esses estados, pelo menos uma vez por dia. Você pode querer escrever
seu Código de Conduta num pedaço de papel, e guardá-lo na carteira,
em sua mesa de trabalho, ou junto da cama. De vez em quando, no
decorrer do dia, dê uma olhada na lista, e pergunte a si mesmo: “Qual
desses estados já experimentei hoje? Em quais ainda não estive, e como
farei para alcançá-lo até o final do dia?”
Se você realmente se empenhar em seu Código de Conduta,
imagine como vai se sentir maravilhoso! Não mais será controlado pelos
eventos; saberá que, independente do que possa acontecer ao redor, é
capaz de manter o senso de si mesmo, e corresponder à visão que criou.
Um tremendo orgulho deriva de se ater a um padrão superior, e saber
que a cada dia você é o único a determinar como vai se sentir, que só vai
se comportar no mais alto nível.
Wayne Dyer partilhou recentemente de uma grande metáfora
comigo, relatando como as pessoas atribuem a culpa pela maneira como
se comportam às pressões que estão sentindo. Disse ele:
— As pressões não criam um comportamento negativo. Pense em si
mesmo como uma laranja. Se uma laranja é espremida, se toda essa
pressão é aplicada do exterior, o que acontece? O suco escorre, não é
mesmo? Mas a única coisa que saí quando a pressão é aplicada é o que
já está dentro da laranja.
Creio que é você quem decide o que tem dentro de si, ao se ater a
um padrão superior. Assim, quando a pressão for aplicada, será “o que
há de melhor”. Afinal, nem sempre se pode contar com uma travessia
tranqüila. Cabe a você viver por seu Código de Conduta, e se empenhar
no princípio do CANI! a fim de manter um rumo apropriado em seu curso.
Lembre-se: quem você é todos os dias — as pequenas ações também, não
apenas as grandiosas — constrói seu caráter e forma sua identidade.
Uma das ações mais importantes que você pode fazer é aprender
a...
24
CONTROLE SEU TEMPO
E SUA VIDA
SEXTO DIA
A Tarefa de Hoje:
SÉTIMO DIA
A Tarefa de Hoje:
UMA LIÇÃO
DE DESTINO
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O SUPREMO DESAFIO:
O QUE UMA PESSOA PODE FAZER
“Uma chama poderosa seguiu-se a uma pequena
faísca.”
- DANTE
(*) Reed, Susan e Lorenzo Benet, “A Filmmaker Crusades to Make the Seas Safe for
Dolphins”, revista People, 6 de agosto de 1990.
A SUPREMA SOLUÇÃO
(*) Instituto para Alimentação e Política de Desenvolvimento. Ver John Robbins, Diet
for a New America, Walpole. New Hampshire: Stillpoint Publishing, © 1987, p.
332.
(*) Snyder, Mitch e Mary Ellen Hombs, “Homelessness Is Serious”, David L. Bender,
ed. The Homeless: Opposing View points, Greenhaven Press, © 1990.
(*) Snyder, Mitch e Mary Ellen Hombs, “Homelessness Is Serious”, David L. Bender,
ed., The Homeless: Opposing View points, Greenhaven Press, © 1990.
(*) Wright, John W., ed., The Universal Almanac, Andrews and McMeel, © 1989.
O que você pode fazer? Uma ação simples, mas profunda, seria
assumir o compromisso de uma vez por mês visitar um preso que tenha
sinceramente decidido mudar a qualidade de sua vida. Torne-se um amigo
afetuoso, pronto a ajudá-lo, e mostre-lhe as opções disponíveis. Nunca
esquecerei o relacionamento que desenvolvi ao me apresentar como
voluntário para visitar um homem na prisão de Chino (Califórnia).
Através de minha ajuda e estímulo, ele começou a correr oito quilô-
metros por dia, a ler livros inspiradores e instrutivos, e iniciou a tran-
sição de “preso” para “pessoa de valor”. Quando foi solto, dois anos
depois, o senso de ligação e contribuição que partilhamos foi uma das
experiências mais satisfatórias de minha vida.
. (*) “The Fale of Our Planet”, Robbins Research Report, outono de 1990,
Robbins Research International, Inc. © 1991.
Aqui está mais uma coisa para você remoer. Sabia que mais ener-
gia é consumida pela indústria da carne de vaca do que por qualquer
outra indústria individual nos Estados Unidos?(*****)
(*) Lappe, Frances Moore, Diet for a Small Planet. Ballantine Books. © 1982, citado
em J. Robbins.
(**) Lester Brown, do Worldwatch Institute, citado por Resenberger, UNICEF,
“State of the World's Children”, ajustado com dados de 1988 do Departamento de
Agricultura dos Estados Unidos, Agricultural Statistics 1989, citado em J.
Robbins.
(***)Harnack, Curtis, “In Plymouth County, Iowa, the Rich Topsoil's Going Fast,
Alas”, New York Times, 11 de julho de 1988, citado em J. Robbins.
(****) Hur, Robin, Lei de Conservação de Recursos de Solo e Água — Sumário de
Avaliação, Esboço de Revisão — Departamento de Agricultura dos Estados Unidos,
1980, citado em J. Robbins.
Minha exposição inicial à maioria das estatísticas acima e ao
impacto devastador de comer carne sobre o meio ambiente foi através
de meu grande amigo John Robbins (que não é meu parente por
nascimento, embora sejamos irmãos em nosso empenho de fazer uma
diferença). John escreveu um livro, Diet for a New America, que foi
indicado para o prêmio Pulitzer. Creio que esse livro tem um lugar na
casa de cada americano que deseja ter consciência dos efeitos de suas
decisões e ações diárias.
Como John deixa bem claro, a decisão sobre o que pôr em seu
prato no jantar desta noite tem efeitos profundos. Desencadeia uma
série de eventos e atividades, que estão moldando a qualidade da vida na
Terra. Você pode perguntar: “Como uma única pessoa pode ter a
esperança de inverter a maré de um desafio tão grande?” John afirma que
essa batalha será vencida não no Congresso americano nem nas salas
de diretoria, mas pelos indivíduos: “A pessoa que vai ao supermercado,
pára no balcão de carne, e pega um filé com a etiqueta de preço de oito
dólares por quilo, deve compreender que tem na mão uma ilusão muito
dispendiosa. Por trás da pequena etiqueta de preço, escondem-se as
florestas tropicais que foram derrubadas, o suprimento de alimentos e
água de nossos filhos, o solo arável de nossos filhos, seu futuro meio
ambiente. E temos de olhar para o filé e dizer: Isso custa demais. O
verdadeiro poder está nas decisões que você toma no supermercado, nos
restaurantes e em sua cozinha.” (*)
UM PRESENTE DE POSSIBILIDADES:
UM CONVITE PARA CONTRIBUIR
Como alguém pode abrigar os desabrigados, recuperar os
criminosos, rejuvenescer os idosos, e mobilizar os jovens? Uma
oportunidade excitante de você contribuir é trabalhar em associação
comigo, através da Fundação Anthony Robbins™ (Anthony Robbins
Foundation™). Somos uma organização não-lucrativa, formada para criar
uma coalizão de profissionais interessados, empenhados em ajudar
sistematicamente as pessoas esquecidas pela sociedade. Trabalhamos com
o maior afinco para fazer uma diferença na vida de crianças, desabrigados,
presos e idosos. A Fundação dedica-se a fornecer os melhores recursos
para inspiração, educação, treinamento e desenvolvimento desses im-
portantes membros de nossa sociedade. Fundei-a em decorrência de
minha experiência de vida.
Anos atrás, cheguei à conclusão de que a contribuição não é uma
obrigação; é a oportunidade de retribuir com alguma coisa. Quando eu
tinha onze anos, minha família não dispunha de dinheiro suficiente para
o tradicional almoço do Dia de Ação de Graças, e uma organização
beneficente entregou comida em nossa casa. Desde então, ajudar os
famintos e desabrigados tornou-se uma das missões a que devotei minha
vida. Todos os Dias de Ação de Graças, desde os meus dezoito anos,
entrego cestos com alimentos às famílias necessitadas. Foi também aos
dezoito anos que comecei a participar do sistema de apoio aos presos em
Chino. Em conseqüência do meu serviço comunitário, formei uma
identidade de filantropo, uma pessoa que realmente faria uma diferença,
alguém que se empenhava pelo próximo. Isso aumentou meu orgulho,
integridade e capacidade de dar mais aos outros. E me permitiu inspirar
outros a fazerem a mesma coisa.
Por causa da exposição maciça decorrente de meus livros,
gravações e programas de televisão, recebo todos os dias cartas de
pessoas do mundo inteiro, pedindo ajuda. Algumas das transformações
mais profundas e comoventes de que tomei conhecimento foram de
presos e de pessoas que não são mais desabrigadas. Por isso, a Fundação
ofereceu uma cópia gratuita da minha biblioteca de áudio de trinta dias,
Poder Pessoal, e um exemplar de meu primeiro livro, Unlimited Power, a
todas as prisões dos Estados Unidos. No momento em que escrevo,
estamos entrando em contato com todos os abrigos de pessoas sem-teto
do país para fazer a mesma oferta. Reservei dez por cento dos direitos
autorais deste livro à Fundação, a fim de financiar essas distribuições.
Além disso, os Anthony Robbins Associates™, os representantes
autorizados que promovem seminários baseados em vídeo nos Estados
Unidos, promovem dois programas gratuitos por ano em suas
comunidades. Esses programas são realizados em prisões, abrigos dos
sem-teto, escolas secundárias, e centros de cidadãos idosos.
Se você deseja se aliar a nós, entre em contato com a Fundação, e
pense em se inscrever no programa Compromisso-2. É um meio simples e
equilibrado de promover o crescimento pessoal, e contribuir de uma
maneira que realmente faz uma diferença. Através do Compromisso-2,
você pode dar a outros um presente de possibilidades, através de um
compromisso mensal de visitar um preso, uma pessoa idosa, um adulto
ou criança desabrigado, e se tornar um amigo genuíno. Também pode
ajudar um de nossos programas anuais. Patrocinamos um programa de
liderança juvenil, A Brigada do Cesto, no Dia de Ação de Graças,
seminários em prisões, e um programa para os idosos, Projeto Sabedoria
(ver Apêndice A).
É claro que você não está limitado a trabalhar com a nossa
Fundação para fazer uma diferença. Há organizações em sua comunidade
que precisam de ajuda neste momento. Na verdade, projetei minha
Fundação para fortalecer as organizações locais já existentes. Os
membros de nossa Fundação são treinados em como promover uma
mudança concreta para as pessoas que treinam todos os meses. Embora
seja necessário um estilo de treinamento diferente para desafio diferentes,
há alguns princípios que são universais. Todos precisamos elevar nossos
padrões, mudar nossas convicções, e desenvolver novas estratégias para o
sucesso pessoal. Ao ajudar as pessoas, precisamos proporcionar
conhecimento profundo — noções simples e básicas, que podem
aumentar imediatamente a qualidade de suas vidas. Com bastante
freqüência, precisamos romper o desamparo adquirido, e desenvolver
novas identidades. São essas as habilidades e estratégias que constituem
as fundações da minha tecnologia; assim, queremos que todas as pessoas
envolvidas nesse programa tenham também o domínio dessas
habilidades. Se você está interessado em descobrir mais a respeito, por
favor entre em contato conosco, em 1-800-445-8183.
Na próxima vez em que encontrar alguém que esteja passando por di-
ficuldades, em vez de se sentir culpado por ter tantas bênçãos, experimente
um senso de excitamento por ser capaz de fazer alguma coisa, por menor
que seja, para que a pessoa pense em si mesma de uma nova maneira, ou
simplesmente se sinta apreciada ou amada. Não precisa empenhar toda a
sua vida nisso. Basta ser sensível; aprenda a fazer às pessoas perguntas no-
vas que as fortalecerão; afete-as de uma maneira nova. Aproveite essas
oportunidades, e a contribuição será um prazer, em vez de um fardo.
Encontro com freqüência pessoas que vivem em dor porque focalizam
constantemente as injustiças da vida. Afinal, como uma criança pode nascer
cega, sem a oportunidade de jamais conhecer a maravilha de um arco-íris?
Como pode um homem que nunca fez mal a ninguém em toda a sua vida se
tornar a vítima de um tiro disparado a esmo? O significado e propósito por
trás de alguns eventos são impenetráveis. Esse é o supremo teste de nossa fé.
Devemos confiar que todos estão aqui para aprender lições diferentes, em
ocasiões diferentes, que as boas e más experiências são as únicas
percepções do homem. Afinal, algumas de suas piores experiências foram
na verdade as melhores. Tais experiências o esculpiram, treinaram,
desenvolveram em você uma sensibilidade, e o lançaram na direção de seu
destino supremo. Lembre-se do adágio: “Quando o estudante estiver
preparado, o mestre vai aparecer.” Por falar nisso, no momento em que você
for o mestre, pense um pouco — é bem provável que esteja ali para
aprender alguma coisa com a pessoa a quem está ensinando!
- NADINE STAIR
- TEILHARD DE CHARDIN
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