12 - Estudo Panorâmico em 2 Reis
12 - Estudo Panorâmico em 2 Reis
12 - Estudo Panorâmico em 2 Reis
1. Introdução
O livro de 2 Reis dá ênfase ao que não aparece em 1 Reis, cobre os reinados de 12 reis de Israel
(o Reino do Norte) de Acazias a Oseias, e de 15 reis e uma rainha de Judá (Reino do Sul), de
Jeroão até Zedequias.
Enquanto o Reino do Norte não teve reis piedosos, Judá teve altos e baixos, com bons
governantes sendo sucedidos por maus. Por fim, o Reino do Norte caiu perante os assírios, e
seu povo foi levado para o exílio. Os poucos bons governantes de Judá deram estabilidade
temporária à nação, mas também vieram a cair — perante os babilônios.
No livro de 2 Reis lemos sobre governadores maus, o predomínio da idolatria e um povo
complacente sendo arrastado para baixo. Apesar da pressão para conformar-se, voltar-se
contra o Senhor e servir somente a si mesmo, uma minoria de pessoas escolhidas move-se na
direção oposta, em direção a Deus. Os profetas de Betel e outros, assim como dois reis
íntegros, anunciaram a Palavra de Deus e posicionaram-se a favor do Senhor. À medida que
você ler 2 Reis, observe esses corajosos homens. Observe a energia e a força de Elias e Eliseu,
o comprometimento de Ezequias e Josias, e decida ser um daqueles que nadam contra a
correnteza!
O autor humano é desconhecido. Acredita-se que Jeremias compilou os registros feitos por
Natã, Gade e outros.
O livro foi provavelmente composto na Palestina entre a queda de Jerusalém (587/586 a.C.) e
o decreto do rei Ciro da Pérsia que permitiu o retorno dos judeus à pátria (539 a.C.). É possível
que o livro tenha sido composto em duas fases. A maior parte da história da monarquia
hebraica poderia ter sido concluída entre a queda de Jerusalém e a represália babilônica pelo
assassinato do governador Gedalias (2Rs 25.22-26; Jr 52.30). Talvez a edição final da obra
tenha sido publicada pouco depois da libertação do rei Joaquim na Babilônia pelo sucessor de
Nabucodonosor, Evil-Merodaque (561 a.C.).
Os livros de Reis foram endereçados ao povo do reino do Sul, Judá, possivelmente já no exílio
na Babilônia.
3. Versículos Chaves
2 Reis 17.13,14 – "O Senhor advertiu Israel e Judá por meio de todos os seus profetas e
videntes: 'Desviem-se de seus maus caminhos. Obedeçam às minhas ordenanças e aos meus
decretos, de acordo com toda a Lei que ordenei a seus antepassados que obedecessem e que
lhes entreguei por meio de meus servos, os profetas. Mas eles não quiseram ouvir e foram
obstinados como seus antepassados, que não confiaram no Senhor seu Deus'”.
4. Panorama
A nação de Israel foi dividida em dois reinos, Norte e Sul, por mais de um século. O livro cobre
um período de 308 anos (896 a 588 a. C.), desde o reinado de Jorão sobre Judá e Acazias sobre
Israel, até o cativeiro.
5. Propósito
Mostrar a destruição que está reservada a todos aqueles que se recusam a ter Deus como seu
verdadeiro líder.
6. Esboços
b. Esboço geral
7. Mensagem
Apesar de Israel ter o testemunho e o poder de Eliseu, a nação voltou-se contra Deus e
foi exilada pela Assíria, que ocupou o Reino do Norte com o povo de outra nação. Os
israelitas não foram levados para um cativeiro temporário, era uma situação
permanente.
Aplicação: Quando ouvimos e obedecemos a Deus, Ele nos mostra seu poder de
transformar qualquer situação. O cuidado de Deus é para todos aqueles que estão
dispostos a segui-lo. Ele pode realizar milagres em nossa vida. Quando não damos
ouvidos a mensagem de Deus, podemos ter um cativeiro permanente, e isto, é o fim
de todo aquele que exclui Deus de sua vida.
O Reino do Norte foi destruído e os profetas predisseram o mesmo destino para Judá.
O que mais poderia acontecer para que a nação se arrependesse? Ezequias e Josias
foram capazes de lutar contra o mal. Ambos restauraram o templo e reuniram o povo
para a Páscoa. Josias erradicou a idolatria da terra, mas tão logo esses bons reis
morreram, o povo voltou a andar em seus próprios caminhos, em vez de seguir o
caminho de Deus.
Aplicação: Apesar de os reis maus terem levado o povo ao pecado, os sacerdotes, os
príncipes e os líderes das famílias e dos militares cooperavam com os planos e práticas
maus a fim de que estes fossem executados. Não podemos nos abster de nossa
responsabilidade de obedecer a Deus, acusando os nossos líderes. Somos responsáveis
por obedecer à Palavra de Deus. Cada pessoa dever crer e viver para Deus em sua
família, igreja e nação.
8. Conteúdo
8.1 Eliseu
Eliseu pega o manto de Elias (2.1-18) e uma série de milagres, em sua maioria pessoais,
em vez de nacionais, confirmam sua autoridade concedida por Deus (2.19-22,23-25;
3.14-20; 4.1-7; 8-37; 38-41; 42-44; 5.27; 6.1-7; 8-23; 6.24 – 7.20; 8.1-6; 7-15). O autor,
a seguir, volta à história de Judá e Israel e, como em 1 Reis, alterna entre as duas.
8.2 Israel
Os profetas, como Jonas (785-775 a.C.), Amós (760-750 a.C.) e Oseias (750-715a.C.),
desafiaram tanto o rei quanto a nação, lembrando-os do caráter de Deus e da aliança
com Ele, denunciando o pecado e advertindo que, a menos que o povo se
arrependesse, o julgamento viria. Esse julgamento veio por intermédio da Assíria. A
Assíria queria mais território e, depois de dominar Israel à distância durante vários
anos, finalmente, em 722 a.C. cercou sua capital, Samaria (17.1-4). Israel foi
conquistado, e muitos cidadãos foram deportados pelo Império Assírio (17.3-6; 18.9-
12). A história das dez tribos do norte, agora, estava acabada, os deportados foram
espalhados entre outras raças e religiões até que sumiram sem deixar rastro.
8.3 Judá
Temos aqui a mesma história de fracasso do rei e do povo, uma história de apostasia e
idolatria. Embora este tenha sido o grande período profético de Israel, a mensagem dos
profetas não foi ouvida. As reformas que se realizaram sob tais reis como Ezequias e Josias
foram superficiais. O povo logo voltou a seus pecados e continuou nos mesmos até que mais
nenhum remédio houve (2 Cr 36.15, 16).
As consequências de rejeitarmos os mandamentos de Deus e o propósito que Ele tem para a
nossa vida são severas. O Senhor não ignorará a incredulidade e a rebelião. Devemos crer nele
e aceitar a morte sacrificial de Cristo a nosso favor; caso contrário, também seremos julgados.
Mesmo em meio a situações terríveis. Deus terá a sua minoria fiel, o seu remanescente
(19.31). Ele anseia por homens e mulheres corajosos que proclamem a sua verdade.
10. Oração
Deus todo-poderoso, peço-te que abras meus olhos para que eu entenda minha verdadeira
situação. Dá-me uma compreensão clara — especialmente quando me vejo diante do inimigo
— de tudo o que estás fazendo na circunstância em que vivo. Ajuda-me a confiar em tua mão
protetora. Capacita-me a ver as coisas a partir da tua perspectiva de modo que eu possa
permanecer forte.
11. Questões
12. Bibliografia