Maria Immacolata Vassallo de Lopes - Pesquisa em Comunicação (2003)
Maria Immacolata Vassallo de Lopes - Pesquisa em Comunicação (2003)
Maria Immacolata Vassallo de Lopes - Pesquisa em Comunicação (2003)
Pesquisa em comunicação
< ED/C
Edições Loyola
S É R IE C O M U N IC A Ç Ã O
PESQUISA
EM COMUNICAÇÃO
Cdlçòe* Loyota
Dado* int«maclonais de Catalogação na Publicação (CtP)
(Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)
Bibliografia
ISBN 65-15-00109-8
Diagramaçáo
Ademir Pereira
Revisão
Cristina Peies
E dições Loyoía
Kua 1822 na 347 - Ipiranga
04216 000 São Paulo, SP
Caixa Postal 42.335
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ISBN: 85*15-00109*8
7* edição: maio de 2003
© EDIÇÕES LOYOLA, SAo Paulo, Brasil. 1990
A João Aloísio Lopes,
que fez da pesquisa um modo de vida
L
SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO.................................................................................. II
INTRODUÇÃO
COMUNICAÇÃO. PESQUISA E METODOLOGIA......................... 13
CAPÍTULO I
CAPÍTULO II
PARADIGMAS TEÓRICO-METODOLÓGICOS E
PESQUISA EM COMUNICAÇÃO....................................................... 35
1. Paradigmas científicos nas Ciências Sociais............................. 36
2. Paradigmas científicos das pesquisas em Comunicação Social 51
CAPÍTU LO / / /
CAPÍTULO IV
PROBLEMÁTICAS METODOLÓGICAS NA
PRÁTICA DA PESQUISA EM COMUNICAÇÃO............................ 89
1. A dupla concepção de metodologia........................................... 93
2. Metodologia c opções metodológicas......................................... 100
CAPÍTULO V
CAPÍTULO VI
CONCLUSÃO.........................................................................................157
BIBLIOGRAFIA 165
APRESENTAÇAO
O ctavio I anni
12
INTRODUÇÃO
COMUNICAÇÃO, PESQUISA
E METODOLOGIA
14
Comunk: m.-ao. pesquisa e metodologia
is
CAPÍTULO I
17
Pl*qt’ISA KMCOMUMCAÇAO
18
Mgxcaoo cultvkal no Brasil e pewjowa f.m Comi.twaçAo
19
PESQUISA l-M COjUUKICAÇAO
20
Mekcauo cuuukal xo Bkasii k hisquUa em C omunhtaçAo
21
PlíSQl'l!»A UM COMUNICAÇÃO
22
MrWAOO mi.TURAL NO ÜHASll- C M.SQUtSA I.M Ço MMSICaÇAO
8. Nfto iremos tratar da Questão Cultura) nem dos debates intelectuais que
•tiNcitou «o longo do desenvolvimento das Ciências Sociais no Brasil. Para isso.
consultar, principalmente, Carlos Guilherme Mota. A ideologia da cultura brúsilei-
ru. Silo Paulo, Ática, 1977. e Renato Ortiz, Cultura brasileira e identidade nado •
««/. Sào Paulo, Brasiliense. 1985.
23
Pesquisa cm Comunicação
(iin som dúvida do Estado populista, mas que nâo pode obscure-
cer d Tato de que os MCM se tomavam meios cada vez mais
eficazes (em relação à escola, por exemplo) à medida que as
massas reconheciam nos conteúdos veiculados algumas de suas
demnndas mais básicas e a presença de seus modos de expres
são9. Na ressemantizaçào dessas demandas e expressões residiu
a função dos MCM e a base da retórica oficiai.
É possível ir além dos conteúdos ideológicos e comerciais
dos discursos de massa e apontar, no período em exame, as
bases populares do sucesso dos MCM mais expressivos. Lembra
mos, no rádio, a radionovela, o radioteatro e os programas de
auditório, cujo paradigma foi a Rádio Nacional do Rio de Janeiro
nos anos 40 e 501012;no cinema, o início da filmografia brasileira,
com a Cinédia (1930), as chanchadas da Atlântida (1941) e os
filmes da Vera Cruz (1949)11; nas revistas de fotonovelas, as
histórias em capítulos de Grande Hotel (1951) e Capricho (1952)w;
e a introdução da TV (TV Tupi, Canal 3 de São Paulo) em 1950,
copiando inicialmente formatos radiofônicos de sucesso. Apesar
de incipiente, o mercado cultural já dispunha de base publicitá
ria — a implantação do IBOPE data de 1944, o que já faz en
trever a formação de uma massa de público. Porém, foram o
rádio e o cinema os meios que nesse período mais propiciaram
às classes populares, seja às pessoas do interior, seja aos
migrantes nas cidades, as primeiras vivências cotidianas da
nação, difundindo a experiência cultural simultaneamente par
tilhada por nordestinos, paulistas, gaúchos, cariocas...
24
I
Mucaoo rin.nmAi so Brasa e resonsA cm ComuxkaçAo
25
PfiSOCKA KM CoMUNK'*CAO
26
M ikcado cultiuai no Brasil e rtspmsA i.m C imi’.skaçAo
27
P k s u u i x a UM C O M U N fC A Ç Ã O
30
MlJM AOO CKLR.HAL •«> Bka.SH b n.NWISA KM QlMl-XirAÇAO
31
Pftqy-gA em CoMwatvK^o
33
CAPÍTULO II
PARADIGMAS TEÓRICO-METODOLÓGICOS
E PESQUISA EM COMUNICAÇÃO
35
ft.M jns» cm C úmumcaçAo
36
P aradigmas TEdtuco-MKTOtx)uX»q>s t m gcisA ».m Comunicação
37
Pdq »ka m ComumtaçAq
3K
1>\R A 1* 0 MA.S TOfrOCO-MlTODOUtalCOS E W SQCIS» hM CO M tftK'AÇAO
7. Cf. Jean-Paul Sartre, Q u estã o d e m étodo, Sáo Paulo, DIFEL 1966, p. 12.
40
P aBAMCMAS TtÓ»ICO-MlnDlK)CÒ(VtCU5 E rfcSQUISA I.M Cc)M t'SK'HA<i
41
ft-Sq ctSA m C O M U n ifA Ç A O
42
PWtAiMÇiMAS BKMjft pICXJS E PE5Q Ü IS* EM COUUNlCttCAO
4,3
PE5K3UISA T-MCOMUÜiÇAÇÃti
15. Roberto Schwarz, “As idéia* fora do lugar’, in Estudos Ccbrap 3 (1976).
48
pAKADWAIAS TtriWCO-MCrOPOtÓWCOS 6 fl3Q U BA tiM CoMUKK‘A(.M)
3. As problemáticas investigadas
Sabemos que dentro da Ciência existe certa correspondên
cia entre determinada teoria e a problemática empírica com a
qual melhor operam seus conceitos. Significa dizer, por um lado,
que a visão de mundo inerente a uma teoria social favorece a
«•loção de determinadas configurações da realidade mais que
uniras e, por outro, que a adoção de dada problemática empírica
envolve a assimilação de teorias interpretativas e métodos de
investigação, ou seja, a incorporação das próprias condições e
limites da explicação.
Ao longo do desenvolvimento da produção científica em Ciên-
nua Sociais na América Latina, um traço constante tem sido o
caráter externo de grande parte das problemáticas de estudo. Ge-
rnlmente tematizadas acríticamente dentro do paradigma domi
nante, temos aqui novamente a interpretação que resulta insa
tisfatória, superficial ou errônea de um objeto transplantado16.
49
ftSQCtSA m CaMlBUCAÇÀU
50
Paxiwkimas nxfrigfrMi.tnnotdGitvjs e rtMjVWA m Comuxicsçao
51
P ta gtm hh C d xu tn h a ç A o
PERIODIZAÇÃO DA PESQUISA
EM COMUNICAÇÃO SOCIAL NO BRASIL
Década de 50
Década de 80
— Pesquisas funcionalistas sobre aspectos sistêmicos da
produção (técnico-profissionais) e da circulação da co
municação.
comunicação na transição política brasileira*, in Comunicação c transição democrá
tica, Porto Alegre, Mercado Aberto, 1985. Deixamos de lado os estudos das décadas
de 30 e 40 por se voltarem basicamente para aspectos histéricos e jurídicos da
imprensa. As tendências da década de 80 são apontadas por nds.
52
P arawgmas mtaMwarropoUNaco» e iuqcisa em Co u im c a q h
53
PBQUt&A EMCOMfNMAÇAO
54
P a RAWC i M A S n á K K tK M h T tH X MjfltiKOS R PESqUISA LM CO M U NICAÇÃO
55
P tsouis/i em C c im u n e c a c A »
56
!'A 1 ÍA D [C M A 5 E PEgJLMSA KM C n M U N IC A Ç flp
57
PRSgUSA KM CoMLNbCAÇÀO
38
Paradigmas iE6Hicr>-MtTnoo< ooicos g prsqui.s.v ta C<KMi)SH'\çAn
w
P a g e m m C omi nk açAd
60
P aKAIHOMAS TEÓg*CO-Mfcn**HiV;tCOS E k s q l h * km C omitsicaçAo
61
PtsguiSA w ComlxicaçAo
62
Pak*o*cma& TKftwco-MtmoocúortK e pesquisa km OttW>?»CAÇAo
b) A perspectiva gramscíana
A contribuição mais importante para o tema da Cultura na
sociedade dc classes dentro do paradigma marxista so encontra
na obra de A. Gramsci. Fundamentalmente porque se apóia no
binômio cultura hegemônica-culturas subalternas.
Aprofundaremos a relação cultura-povo cm Gramsci por sua
especificidade dentro do marxismo e devido à influência que
exerceu nos desenvolvimentos ulteriores do tema.
A análise que Gramsci faz da cultura das classes subalter
nas 6 eminentemente histórico-concreta, com particular atenção
às relações entretidas com o aparelho do Estado, em virtude do
valor que essa cultura atribui à práxis política. Militante políti
co, Gramsci vivência a derrota do movimento operário italiano
pelo fascismo como sendo a derrota de uma hegemonia alterna
tiva das classes subalternas. Dentro da particular conformação
da sociedade italiana de sua época, desenvolvida e industrial ao
norte e estagnada e agrária ao sul, a cultura da classe operária
é de origem camponesa, aliando tradicionalismo e novas formas
de organização.
A problemática da cultura popular se encontra em Gramsci
embutida em sua teorização da ideologia e, mais amplamente,
na de hegemonia. Ele é o primeiro marxista a examinar a ideo
logia das classes populares como o conhecimento por elas acu
mulado e suas maneiras de ocupar-se com a vida. Nesse aspecto,
sua contribuição está em reconhecer na ideologia um valor
cognoscitivo no sentido de que indica o processo através do qual
se formam as idéias, as concepções de mundo. O estatuto que
rege a concepção de mundo das classes subalternas é o
1) de uma coexistência nâo-harmoniosa com outras culturas
e ideologias, mas não necessariamente sempre conflitiva;
2) de uma coexistência desnivelada e sob a dominação de
uma ideologia ou cultura. Coloca-se, desta forma, o prin
cípio metodológico (e não antológico) segundo o qual o
estudo das culturas deve fazer-se sempre em contra
posição. Isso não implica necessariamente que as cultu-
63
Pesquisa eai C qmi'n>taçAo
66
Paradigmas tcúrico-metoik &ôgicos e fcsowsa cm C omunicação
68
PAKAWC.MAS TTOKKXhMKnHXIt.ÒOICOS K PKSQUISA t~-M CuMUStCAÇÂO
69
P hm * k a um C u m u m c a ç Ao
70
CAPÍTULO III
ORGANIZAÇÃO INSTITUCIONAL
DA PESQUISA EM COMUNICAÇÃO
71
PlZSQlllüA |:M Cflí.íirMlCAÇAO
1. P esquisa na U niversidade
72
Q hq am ^ çãh m m in iw L o a r a s o u is * eh C o m u n ic a ç ã o
73
PtSQCISA IA I COMUVICAÇAO
74
O ko a n i / a ç Ao t.v s tiin tO N A i n » rE S Q tn u lm C a m siC A Ç À o
75
Pesquisa em C omunicaçAo
76
OKftAXtMyÀÜ INSTUDCIOMAL UA ITAqULSA hJH COM UW AÇA»
77
fta g C IS A EM COMUNITAÇAO
79
PESQUISA fc.MCOMUNICAÇÃO
80
I
Q r C A N IZ A Ç A O IN ST tT IX IO N A I. O A I C S Q U S A U I C o M l- H H A Ç A O
do (de 1982 a 1986) eleva a média para 1,5 disciplina por seraes-
tre, o que pode ser uma tendência positiva de aumento dessas
disciplinas na PG. Outra característica encontrada é sua con
centração em praticamente dois departamentos16. Essa concen
tração, além dc indicar a necessidade de os demais departamen
tos da EGA voltarem-se para a oferta de disciplinas dc Meto
dologia, mostra também a necessidade de organização de uma
área ou uma linha de pesquisa em Metodologia, o que parece
não ser tarefa para um ou dois departamentos. Antes, deve ter
um caráter interdisciplinar e interdepartamental, longe da rea
lidade atual, em que 81% das disciplinas oferecidas em 15 anos
foram ministradas por apenas dois docentes.
Quanto ao conteüdo das disciplinas, o traço mais marcante
e comum a 94% delas é o caráter operacional, isto é, voltado
para os procedimentos técnicos da pesquisa, e o forte caráter
normativo que marca as questões metodológicas. É possível que
o exíguo espaço ocupado pela Metodologia, ou seja, a falta de
uma maior oferta de disciplinas, tenha, por um lado, obrigado a
essa concentração temática e, por outro, ido dc encontro a outra
deficiência, a falta dc formação dos discentes cm pesquisa, o que
os levaria à demanda por disciplinas que lhes solucionasse “ra
pidamente” o problema de como elaborar e executar seus proje
tos de pesquisa17.
80 81 82 83 84 85 86
81
K.
PP.NOMSA KM C.‘( iMltNtC AÇÀO
82
O roanimçà » iMvrminoxAi pa pfsqitsa cm C omunicação
83
PESQOKA EM COMI'SH:A ç AO
84
Q kC.ANIZa ÇÀO PC.imX.TUSAl. IM PESQUISA EM C o W M C a ÇÀQ
85
PF.VQnSA KM C O M tW A Ç A O
86
OKOANfMÇAQ INSlItlHtONAI. t)A PKVQUISA PM COMUNICAÇÃO
87
PESqUtSA EM COMUMCAÇÀO
88
CAPÍTULO IV
PROBLEMÁTICAS METODOLÓGICAS NA
PRÁTICA DA PESQUISA EM COMUNICAÇÃO
90
PltOBLCMATICAS Ml:10tKM/)GH‘AS NA HlATICA 1>A WaqCliU KM CoMt.MfAÇA»
2. A prova mais cabal dessa afirmação é dada pela quase ausência de textos
sobre os metodologias que efetivamente se usam nas pesquisas em Comunicação no
país. Duas observações a respeito são necessárias. A primeira é o nível de discussão
que rege os textos do tipo "balanço da área" ou do "estado de posquisa”. Os proble
mas ai discutidos pertencem propriamente ao "pólo teórico" do processo de pesquisa
e são abordados principalmente segundo os princípios da Sociologia do Conheci
mento. São feitas normalmentc explanações, que são sem dúvida necessárias e
importantes, sobre as "tendências", as "influências”, as "limitações dos paradigmas
e teorias”, as “problemáticas" etc. Textos de Metodologia que abordem questões da
dinâmica interna da pesquisa são realmente raros e estas acabam sondo remetidas
em geral aos manuais sobre “Metodologia da Investigação cm Ciências Sociais*.
Kslas, além de procederem ã redução da noção de Metodologia aos procedimentos
técnicos o operatórios da pesquisa empírica, ainda são em sua maioria de origem
norte-americana, onde determinada concepção de método (positivista) aparece coroo
o discurso sobre o Método Científico, parâmetro universal de cientiflcidade do dis
curso das Ciências Sociais. É no mínimo estranho esse tratamento desigual confe
rido pelos livros de Metodologia ao pólo "teórico” e "metodológico", como se a deter
minada problemática teórica não correspondesse dcterminnda problemática
metodológica, dado que esta acaba sendo deslocada para o Âmbito formal c abstrato
do Método Científico. Mais ainda, trata-se do prejuízo acarretado por não se con
siderar que dada metodologia é sempre a materialização de dada teoria. Isso expli
ca as referências obrigatórias quase sempre aos mesmos textos que acabam funci
onando como verdadeiros “paradigmas metodológicos” para resolver as "questões de
método” dentro do processo de investigação.
91
ftaquKA cm Gmtwicaçi*»
3. Podemos dizer que as Ciências Sociais devem lidar com uma ambiguidade
necessária a Ioda a ciência: sua metodologia necessita apresentar os requisitos
próprios de qualquer ciência. Recai, por um lado, sobre uma metodologia geral
como sintaxe e semântica da linguagem científica e, por outro, precisa especificar
sua metodologia própria atendendo à natureza dos fenômenos sociais (seu objeto dc
estudo) e da investigação social (seu instrumento de estudo).
92
PKUBtÜMATKAS MincJOQlOOlOAS NA PKÁTKA OA PKfl/WA CM C‘OMWK-A<,Mo
93
P to q tiK » I.M O w iiN W A C À O
94
PfclWEMATtCAS MtntMMH^CICAS NA FKArK A PA rESQOttA KM Ç o W M CACA o
95
Pf-SQIflSA FM CV>Mi;SM'AÇAO
9. Esta é a base da crítica feita por Bourdieu à falsa neutralidade das téc
nicas de pesquisa, ou seja, ao desconhecimento dos supostos epistemolégicos que
essas técnicas trazem de contrabando e a não-percepção de que se tratam de “teo
rias em ato*. Ver E l oficio de sociólogo, op. cit., pp. 61-72, e “Os doxdsofos", ín
Míchel Thiollcnt, Crítica metodológica, investigação social e cnquele operária. São
Paulo, Polis, 1980. Ibdo o capítulo II deste livro trata do assunto da falsa neutra
lidade das enquetes sociais.
96
PKOeiCMÁÍKAX MKTfHXM-ÒCICAS NA 1’HÃTH‘A DA fESQUISA IÍ.MCoMI MCAÇAu
GRÁFICO 1
CAMPO DE PESQUISA
PARADIGMA ' k
O
CO
cá
D
U
<y>
5
Fases
> SINTAGMA
PRÁTICA
98
PKOSlf-MATKAS MlíHHHMriaiCAS KA PHATICA OA PfcSQUSA HA1 COMUNICAÇÃO
100
pROSUWnCAS HCTOOOtOGICAS NA WUTICA IM W3UIHSA IJJ CoMtiNTAyAw
101
P C S Q U S A C M Ç O M C N tC A Ç Â O
102
PWNlAUmS MhI(NXM.O(Ht'A.S NAfKATICA IM ItSQUBA M G íMI-SICAÇÁO
103
P esq u isa o i C m iu n ic a c Ao
104
PX0B1iLMATK'AS M F K K X X ÓMCAS NA PRÁTICA B A PP.SQt'ISA ti» C O M U M C AÇ À O
105
Pesquisa i m ComunicaçAq
106
Problemáticas metodológica ma hlatica da resQutsA em ComonicaçAo
107
P e sq u isa em C o m u s it a ç Ao
108
P ftO tm M A fK T A S M ETOtXJCÜOtCAS K A H tÁTKTA O A ft S Q U S A K M C o M U N IC A Ç A O
ui
I
CAPÍTULO V
MODELO METODOLÓGICO:
LEITURA E PRÁTICA DA PESQUISA
113
P f . V f t IS A KM C o M U K IÇ A Ç A O
114
Modci.0 Mhtotxx^oiw: i-fitura e pttAiWA n.\ « ísoi isa
115
P e s q u is a pm C umunhc.^ a o
11 6
MnnEi.o MEmntiixyscro: i.BmiRj f. pratica oa pesquisa
J 17
P lS U IU S A 1*1 C O M I-.S K A IA O
11»
CAPÍTULO VI
MODELO METODOLÓGICO:
AS INSTÂNCIAS DA PESQUISA
119
PlESqUBA EM COMiaOTAÇAo
QUADRO 1
COMPONENTES PARADIGMÁTICOS
DO MODELO METODOLOGICO
Instâncias metodológicas Operações metodológicas
(A) Epistemoiógica 1) Ruptura epistemoiógica
(vigilância epistemoiógica) 2) Construção do objeto científico
(B) Teórica 3) Formulação teórica do objeto
(quadros de referência) 4) Explicitação conceituai
(C) Metódica 5) Exposição
(quadros de análise) 6) Causaçào
(D) Técnica 7) Observação
(construção dos dados) 8) Seleção
9) Operacionalização
GRÁFICO 2
Componentes paradigmáticos
do modelo metodológico
,>
INSTÂNCIA BPISTEMOLÓGJCA
RUPTURA EPISTEMOLÓGICA
< CONSTRUÇÃO DO OBJETO CIENTÍFICO
t/i
D INSTÂNCIA TEÓRICA
O
o>
ti FORMULAÇÃO TEÓRICA DO OBJETO
O
(A O u EXPLICITAÇÃO CONCEITUAL
U<
D Q INSTÂNCIA METÓDICA
OA VJ
< < EXPOSIÇÃO
____________ CAUSAÇÃO____________
Ito INSTÂNCIA TÉCNICA
OBSERVAÇÃO
SELEÇÃO
OPERACIONALIZAÇÃO
■>
120
M odelo metodológico : as « « A nitas d a hsq uisa
1. A ruptura epistemológica
A primeira operação é a ruptura epistemológica entre o objeto
científico e o objeto real ou concreto. Tratando-se do universo
social, a ilusão de transparência do objeto real deve ser criticada
e as relações mais aparentes, que são as mais familiares, devem
ser afastadas. Essa operação de ruptura exige também subme
ter à crítica metódica as categorias, os problemas e os esquemas
que a linguagem científica toma da linguagem comum. A predis
posição de tomar, como dados, objetos pré-construídos pela lín
gua comum é um obstáculo epistemológico amplamente notado
nas teses de Comunicação analisadas. A preocupação com a defi
nição rigorosa torna-se inútil e até enganosa se o princípio
unifícador dos objetos submetidos à definição não for submetido
121
Pesquisa em C umixxwçAo
122
M o m o METOQoi^Gwro: a s in st â n c ia s d a n-agotsA
123
Pesquisa em ComukitaçAo
L
M (KX-.I jC> M FTOOOljrtGKXK A S IM S T A N a A S l>A W S q t m A
I2S
Pmwixa lm ComunktaçAo
2. A explicitação conceituai
Vem a ser a própria consistência semântica da teoria como
corpo de conceitos. Os conceitos contêm propriedades explicativas,
e sua explicitação deve se efetuar durante a pesquisa para pre
parar o teste das hipóteses, ou seja, ela permite operações
referenciais sobre os objetos de investigação, na medida em que,
a partir da definição dos conceitos, estes podem ser progressiva
mente decompostos em indicadores empíricos por meio do pro
cesso de operacionalizaçào.
A teoria interage dinamicamente com as demais instâncias
metodológicas da pesquisa: no plano epistemológico, enquanto
conjunto significativo pertinente a uma problemática de base
empírica; no plano metódico, enquanto conjunto coerente de pro
posições que fornecem um quadro explicativo e compreensivo; no
plano técnico, enquanto conjunto de hipóteses a serem testadas
empiricamenU.3
3. A instância m etódica
/. A exposição
Dá-se através de determinado “estilo”. O modo de expressão
é freqüentemente um correlato do modo de reflexão e da própria
prática metodológica. À exposição cabe a função de formalização
e de articulação do sentido, da estruturação das teorias e das
problemáticas úteis à pesquisa. Diferentemente das operações te
óricas que procedem a verificações empíricas entre teorias e fatos,
as operações de exposição estão sujeitas a uma única prova, que
e a do rigor e da coerência interna, distribuída pelos as-pectos de
coerência semântica (de conteúdo), coerência sintática (de forma)
e coerência de estilo. Por meio da exposição o discurso científico
propõe-se como modelo, como cópia do real ou seu simulacro.
2. A causação
Consiste em traçar conexões entre teses, fatos, variáveis,
proposições. Essas conexões podem aparecer sob as formas de
determinação, de causas múltiplas de intensidade diversa, de
127
PF.VJtllSA t ll C o MUSKAÇAQ
4. A instância técnica
1. Técnicas de observação
A “informação” torna-se dado mediante operações técnicas
de observação. Essa transformação é feita na medida em que a
significação das práticas sociais é apreendida como significação
pertinente a uma problemática cientifica. O dado leva-nos a aban
donar o espaço doxológico do real e nos introduz no espaço
epistêmico da pesquisa. Para constituírem-se em “objeto”, os da
dos devem ser pertinentes a determinadas teorias e hipóteses
teóricas precisas, e, afinal, poder testar os sistemas teóricos nos
quais essas hipóteses particulares se inserem.
Dessa maneira, os objct09 científicas são “conquistados,
construídos e comprovados”, segundo Bachelard. Sua própria na
tureza é “instrumentada” pelas técnicas que os coletaram e tor
nada significativa pelo sistema teórico que os produziu ou aco
lheu. Os objetos remetem a enunciados empíricos que descrevem
situações observadas, enquanto as teorias apenas apresentam,
em sua linguagem hipotética, a possibilidade de tais situações.
Dessa forma, a instância técnica e a teoria são indissociáveis. O
pólo técnico é o momento da observação, do relatório dos fatos,
enquanto o pólo teórico é o momento da interpretação e da ex
plicação desses fatos. À “evidência” empírica não pode ser sepa
rada da “pertinência” teórica; o fato é o correlato da idéia.
2. Técnicas de seleção
As operações técnicas de coleta efetuam transformações es
pecíficas das informações coletadas, enquanto as operações téc
nicas de seleção de dados implicam processos teóricos de redu
ção a um objeto de conhecimento verificável. Por meio destas, os
dados são selecionados, expurgados c classificados com vistas à
descrição de “tipos empíricos”. Finalmente, estes são elevados à
categoria explicativa pelos modelos teóricos. Verifica-se que exis
tem graus de ruptura epistemológica que vão do trabalho de
observação e coleta das informações, de seleção dos dados, à
interpretação do objeto operada através de teorias específicas.
Podemos então afirmar que as operações de coleta e de
seleção envolvem três operações de transformação técnica, que
129
PfâgUISA LM CoMUNKAÇAO
3. Técnicas de operacionalização
A operacionalização é um conjunto de operações técnicas de
caráter dedutivo que realizam a conexão entre o dado e o fato,
4. Ver F. Fernandes, “O processo de observação da realidade", in Fundamen
tos empíricos da explicação sociológica, op. cit.
130
Morai.» MCTQpoukiieo: a s in stâ n c ia s d a pe sq u isa
131
Pesquisa em C qmvnkacAo
132
Modfi o Mnotxxooico: asikst Awciasda pesquisa
133
CAPÍTULO VII
MODELO METODOLÓGICO:
AS FASES DA PESQUISA
QUADRO 2
COMPONENTES SIN TA fíM Á TIC O S OO
MODELO METODOLÓGICO
Fases Metodológicas Operações Metodológicas
1) Definição do objeto 1) Problema de pesquisa
(teorizaçào da problemática) 2) Quadro teórico de referência
3) Hipóteses
II) Observação 4) Amostragem
(técnicas de investigação) 5) Técnicas de coleta
1. A definição do objeto
I
PROBLEMA DE PESQUISA
I
HIPÓTESES Co
i
prAtica -fases d a pesq u isa
1
AMOSTRAGEM
i
w I
I
>•
O TÉCNICAS DE COLETA 1 I
b
0
DESCRI
ÇÃO
----
ANÁLISE DESCRITIVA
1
o
ETAÇÀO
NTER-
ANÁLISE INTERPRETATIVA
c-
o.
CONCLUSÕES o
§
BIBLIOGRAFIA
137
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Pk v j c b a im C o m v s h a ç Ao
1) O problema de pesquisa
Este problema situa-se num conjunto mais amplo, que é o
assunto ou tema da pesquisa. Este é escolhido e aquele é cons
tituído pelo investigador.
Dificilmente a escolha do assunto é responsabilidade exclu
siva do investigador. O engajamento teórico, o compromisso so
cial, a$ condições institucionais são fatores intervenientes na es
colha e dirigem os alvos teóricos e práticos da pesquisa. Em vez
de ser apressadamente confundida com a moda intelectual do
momento, a escolha do tema deve ser encarada como “um fato
social em si, e que pode também ser explicada sociologicamente'’1.
Na primeira operação metodológica da pesquisa começa o
exercício da vigilância epistemológica, por meio da justificativa
da escolha do assunto, quando devem ser fundamentadas as
razões que levaram a tal escolha. Uma vez que o assunto traz
em si uma problemática sempre vinculada a um modelo teórico,
é mediante um procedimento quase sempre dedutivo que se
chega a especificar o problema da pesquisa. Costuma-se partir
de um problema abrangente até se conseguir a “pergunta-cha-
ve” que a pesquisa pode responder. A questão crucial constitui
o problema de pesquisa que deve ser criteriosamente redigido.
Essa definição deve ser acompanhada pela elucidação das
conceitos envolvidos. É que o problema vem a ser um conjunto
de proposições que estabelecem relações entre termos que são
conceitos de elevado nível de abstração. A necessidade que já se
apresenta nessa fase é de proceder à operacionalizaçáo dos con
ceitos. Esta é uma operação envolvida na instância técnica da
pesquisa que aqui incide na fase de elaboração teórica do objeto,
mais diretamente sobre a explicitação dos conceitos e das hipó
teses. Os conceitos são transformados em indicadores empíricos,
ou unidades diretamente observáveis. Esses indicadores são
concreções de cada variável ou dimensão em que foi decomposto
o conceito original. O coryunto dos indicadores envolvidos nos
1. Pcrscu Abramo, “Pesquisa em Ciências Sociais’', in Sedi Hirano (org
Pe*qui$Q social — projeto e planejamento, São Paulo. T. A. Queiroz. 1979, p. 60.
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Moon.n m r t >ix >l Og ic o : ^ sw a m nagunu
3) As hipóteses da pesquiso
Na fase de definição ou construção do objeto de pesquisa, as
operações iniciais de elucidação conceituai do problema e de sua
2. A bibliografia quo aparece no Quadro 2 refere-se a esta pesquisa bibliográ
fica, que deve acompanhar toda a pesquisa.
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PtSQÜliA IX CoMl'NK'A(.~.M>
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M o ü U -Q M ETO UO LÓ O ICO : A S KASLS D A PtSQ C tSA
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Pfs q ü k a km C o m u k ic a ç Ao
2. A observação
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Pesquisa m C omunicação
1) A amostragem
As técnicas de amostragem sáo utilizadas nas pesquisas
empíricas a fim de delimitar o universo de investigação. Este
pode ser definido como um conjunto de unidades (pessoas ou
não) tomadas fontes de informação ou informantes da pesquisa.
No momento em que as fontes de informação se relacionam define-
se a unidade de pesquisa (pessoas, famílias, grupos, documentos,
textos etc.), que pode combinar várias fontes. Definem-se, por
conseguinte, as técnicas de observação para a coleta de dados
junto às fontes de informação selecionadas. A reunião de infor
mações nas pesquisas sociais limita-se freqüentemente a uma ou
várias amostras da população estudada.
Nào é o caso de expormos aqui os detalhes técnicos da
amostragem6, mas apenas de alertar para a necessidade da re
flexão crítica e adequada sobre os critérios de seleção, sua di
mensão, composição e representatividade cm função do tipo de
pesquisa que se está realizando. Portanto, é o objeto e sua pro
blemática que devem nortear o uso das técnicas de amostragem,
as vantagens e desvantagens de cada uma. É quando se faz
necessário o exercício da vigilância epistemológica das técnicas
de amostragem, uma vez que estas se apòiam em pressupostos
teóricos sobre o social (representação atomicista, agregada,
classista etc.).
Há duas grandes técnicas de amostragem: a probabilística
e a não-probabilística. A primeira baseia-se na aplicação de
métodos de tratamento estatístico e métodos quantitativos de
análise. Os principais tipos dessa amostragem, que podem ser
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M ooax) m e t o o o ip o ic o : a s fa ses h a rtso u iS A
145
fcsqUBA KM CoMtNK AÇÀO
2) As técnicas de coleta
As técnicas de pesquisa são instrumentos por meio cos quais
são obtidas ou coletadas as informações ou dados brutos da pes
quisa. Elas são propriamente técnicas de observação ou de in
vestigação (questionário, entrevista, história de vida etc.), no
que se diferenciam das técnicas de análise (tabulação e classifi
cação) que lhes sucedem.
As técnicas variam de acordo com a natureza da pesquisa
e são determinadas pela maneira como integram a estratégia da
investigação. É enquanto “teorias em ato” que elas devem ser
integradas ao projeto de pesquisa. As técnicas são teorias parti
culares relativas à representação do objeto e, por conseguinte,
são procedimentos que constroem empiricamente o objeto por
meio dos fatos coletados. Segundo Bourdieu, a teoria implícita
numa prática, teoria do conhecimento do objeto e teoria do ob
jeto, quanto menos for consciente, tanto maior a possibilidade de
não ser controlada e, portanto, de ser inadequada ao objeto em
sua especificidade. Ao se chamar de metodologia, como é comum
acontecer, o que não é senão um decálogo de preceitos tecnológicos,
escamoteia-se a questão metodológica propriamente dita: a op
ção entre as técnicas. Uma vez escolhidas, as técnicas conferem
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Modelo MEiocxMOciKt»: as iasés oa pesqusa
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tYvHTKA CM Comusicm;*»
11. Uma objetiva e útil descrição dos técnicas de observação indireta pode ser
encontrada em Perscu Abramo, “Pesquisa em Ciências Sociais” op. cit., e Oracy
Nogueira, Pesquisa social, São Paulo. Nacional, s.d.. parle II.
12. A crítica metodológica do questionário e da entrevista é feita em M.
Thiollent. Crítica metodológica, op. cit., por Michcl Thiollent em “A falsa neutra
lidade das enquctc* sociológicas" e “O processo de entrevista": c por P. Bourdiou.
“A opinião pública não existe" e “Os doxósofos".
13. Sobre as diversos técnicas de entrevistas, ver Edgar Morin. Linguagens
da cultura de massas, Pctrópolis, Vozes. 1973; sobre a técnica dc entrevista não*
diretiva, ver em M. Thiollent. Crítica metodológica, op. cit.. ós seguintes textos:
Liliane Kandcl. "Reflexões sobre o uso da entrevista, especialmente a não<dÍretÍva
e sobre as pesquisas dc opinião"; Guy Michclat, “Sobre a utilização da entrevista
não*dirctiva cm Sociologia”; e Jacqucs Maítrc, "Sociologia da ideologia e entrevista
não-diretiva".
14. Ver Plorestan Fernandes, "A história dc vida no investigação sociológica:
a seleção dos sujeitos e suas implicações”, in Ensaios de Sociologia geral e aplicada,
op. cit.. Guita G. Debcrt, “Problemas relativos à utilização do história de vida e
história oral”, in Ruth Cardoso (org.), A aventura antropológica — teoria epesquisa.
Rio dc Janeiro, Paz c Terra, 1936.
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M o o u n Mwonotfracp; « >ases ha rrsçmsA
3. A descrição
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Pesquisa em Comunkacào
I3U
Morai o Mrionococuro: a s mses i>a resqeis»
4. A interpretação
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M o n a o METOPQtOoico: as hwtts pa h sq iu x a
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PlSQCINA IAI OlM UNICAyAn
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Mooru) mitouxocico: as rAflg da pcsqiisA
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Pesquisa km Comunicação
INSTÂNCIAS DA PESQUISA
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CONCLUSÃO
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Pl-MjUSA CM COMUVirȂAO
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CONCt-USAO
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Pkmxusa cm comunktaÇAo
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Conclusão
3. Veja-se a distinção feita por Edgar Morin entre discurso científico e discur
so ideológico. A teoria, cigo principio é ser aberta para o mundo, transforma-se em
mera ideologia ao caracterizar-se como doutrina, isto é, fechada ao movimento do
mundo. Edgar Morin. Para sair do século XX, Rio do Janeiro, Nova Fronteira.
198$, principalmente o tópico "O desconhecido do conhecimento”.
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Pesouwa em COMUMCaÇAO
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CONCU.IXÀO
m
I
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BIBLIOGRAFIA
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r P b S q W SA U M C O M C S ll*AC.~A()
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B ib u o k k a i -m
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P k SQ U SA W C O M U S IC A Ç A O
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B ibliografia
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PtóQMSA » i Comunicação
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Brei lOGitAj-u
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Este é um livro fundamental sobre a metodologia da pesquisa
em comunicação. Simultaneamente ao esclarecimento de algumas das
características principais da comunicação, esclarece os lineamentos
básicos de sua metodologia de pesquisa. Como nos ensina este livro,
toda pesquisa científica sobre comunicação apóia-se necessariamen
te na definição do tema, ou do objeto, continuando na coleta e siste-
matização dos dados colhidos. E desenvolve-se com a descrição de
situações e relações, bem como de variáveis e fatores. É assim que se
alcança a explicação propriamente dita, com a qual se revelam pro
cessos e estruturas, ou nexos e tendências da realidade. Note-se, ain
da, que a contribuição de Maria Immacolata Vassallo de Lopes para a
metodologia da pesquisa em comunicação é também importante para
a consolidação da problemática da comunicação como campo de ensi
no e pesquisa. Em uma época em que os meios de comunicação se
tornam cada vez mais fundamentais na vida dos indivíduos e coletivi
dades, povos e.nações, quando a informação e o entretenimento tor
nam-se esferas relevantes do mundo da cultura e dos imaginários de
uns e outros, em todo o mundo, é indispensável que aproveitemos os
ensinamentos deste livro acerca da problemática da comunicação como
uma atividade científica da maior importância e atualidade.
Octavio Ianni
ISBN 85-15-00109-8
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788515 001095 U