Defesa Lola

Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios
PJe - Processo Judicial Eletrônico
25/01/2021
Número: 0705811-12.2020.8.07.0006
Classe: PROCEDIMENTO DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL
Órgão julgador: 2º Juizado Especial Cível e Criminal de Sobradinho
Última distribuição : 10/07/2020
Valor da causa: R$ 1.004,00
Assuntos: Rescisão do contrato e devolução do dinheiro, Práticas Abusivas
Segredo de justiça? NÃO
Justiça gratuita? NÃO
Pedido de liminar ou antecipação de tutela? NÃO
Partes Advogados
LEONARDO ROCHA RODRIGUES (AUTOR)
T4F ENTRETENIMENTO S.A. (REU)
TAIS BORJA GASPARIAN (ADVOGADO)
Documentos
Id. Data da Documento Tipo
Assinatura
67464017 10/07/2020 Petição Inicial Petição Inicial
18:27
67464018 10/07/2020 LEONARDO ROCHA - INICIAL - LOLLAPALOOZA Petição
18:27 - SOBRADINHO
67464019 10/07/2020 Comprovante de Residência Outros Documentos
18:27
67464020 10/07/2020 Termo de adesão Outros Documentos
18:27
67464021 10/07/2020 Termo de requerimento Outros Documentos
18:27
68210762 21/07/2020 Certidão Certidão
18:52
68487678 24/07/2020 Carta Carta
17:05
17:08
70293644 19/08/2020 Petição de habilitação Petição
13:35
70296047 19/08/2020 Habilitação e dados - Leonardo Rocha Rodrigues Petição
13:35
70296048 19/08/2020 1.Procuração_T4F_Grazi_Administrativa_Sem Procuração/Substabelecimento
13:35 venc_Assinatura LON e Rutger
70296049 19/08/2020 2.T4F_AGE_Estatuto Social _Diário Oficial Documento de Identificação
13:35
70296054 19/08/2020 2.T4F_RCA_25022019_VIA JUCESP Documento de Identificação
13:35
70296056 19/08/2020 Subs - Leonardo Rocha Substabelecimento
13:35
70296061 19/08/2020 Petição Petição
13:37
70296063 19/08/2020 Petição juntada preposição e dados de contato - Petição
13:37 Leonardo Rocha Rodrigues
70296064 19/08/2020 Carta de Preposição - Leonardo Carta de Preposto
13:37
13:38
70296071 19/08/2020 Desabilitação Advogada - Leonardo Rocha Petição
13:38 Rodrigues
70993569 27/08/2020 Contestação Contestação
23:26
70993570 27/08/2020 Contestação - devolução lolla 2020 - Leonardo Contestação
23:26 Rocha Rodrigues
70993571 27/08/2020 L14046 - eventos e cultura Outros Documentos
23:26
71070837 28/08/2020 Ata Ata
17:56
71070842 28/08/2020 0705811-12 Ata
17:56
15:46
71395467 02/09/2020 Petição provas - Leonardo Rocha Rodrigues Petição
15:46
71575826 04/09/2020 Sentença Sentença
13:24
71660379 08/09/2020 Certidão de Disponibilização Certidão de Disponibilização
02:40
17:59
13:07
78553721 01/12/2020 AR - Aviso de recebimento AR - Aviso de recebimento
13:28
78553722 01/12/2020 0705811-12.2020.8.07.0006 AR - Aviso de recebimento
13:28
CERTIDÃO DE JUNTADA
Certifico que, conforme orientação da Corregedoria, devido ao momento de enfrentamento da crise de saúde
decorrente do COVID-19, promovi a recepção da petição inicial e dos documentos, via e-mail, para juntada.
Ato contínuo, promovi a juntada dos documentos em anexo.
Brasília, 10 de julho de 2020.
Servidor distribuição
Número do documento: 20071018262064800000064030606

https://pje.tjdft.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=20071018262064800000064030606
Assinado eletronicamente por: CAROLINA CARDOSO GOMES ARCURI - 10/07/2020 18:26:20 Num. 67464017 - Pág. 1
EXCELENTÍSSIMO SENHOR JUIZ DE DIREITO DO __ JUIZADO ESPECIAL CÍVEL
DA CIRCUNSCRIÇÃO JUDICIÁRIA DE SOBRADINHO – DF
O REQUERENTE, LEONARDO ROCHA RODRIGUES, brasileiro,

solteiro, estudante, nascido em 03/03/1999, filho de LEOANARDO CHAVES RODRIGUES e
MONICA ROCHA RODRIGUES, portador da carteira de identidade 2.656.094 – SSP/DF,
inscrito sob o CPF nº 067.471.281-17, residente e domiciliado no Condomínio Vivendas
Friburgo, Conjunto G casa 08, Grande Colorado, na cidade de Sobradinho – DF, CEP 73105-901,
com número de telefone (61) 98102-7852, e-mail, leo0399@gmail.com, vem a ínclita presença
de V. Exa., propor a presente
AÇÃO DE RESTITUIÇÃO DE QUANTIA CERTA
em face do REQUERIDO T4F Entretenimento S/A, com endereço em Rua Bento Branco de
Andrade Filho, 400 São Paulo – SP – CEP: 04757-000, empresa inscrita sob o CNPJ nº
002.860.694/0001-62, com telefone nº 4003-5588, tendo em vista as razões de fato e de direito
que a seguir serão expostas
DOS FATOS
A parte autora, com intuito de participar do evento LollaPalooza que ocorreria

nas datas de 04/04/2020 até 06/04/2020 (três dias de evento) adquiriu um ingresso com a empresa
“Tickets for fun”, responsável pela venda destes.
O ingresso comprado era o “Lolla Pass Cashless by Bradesco”, no valor de R$

807,50, acrescido de taxas de conveniência e entrega nos valores de, respectivamente R$ 161,50

e R$ 35,00, totalizando o valor já devidamente pago de R$ 1.004,00. A data de compra foi de 10
de Outubro de 2019.1
Quando do recibo entregue pela requerida no ato de compra, esta informou que
as pulseiras seriam entregues a partir de 05 de Março de 2020. Sendo assim, no dia 06/03/2020 o
autor já detinha em mãos as pulseiras, conforme o que se havia previamente estabelecido.
Com o surgimento do Corona Vírus, logo no dia 13/03/2020 a produtora do

evento enviou uma nota para aqueles que já tinham adquirido os ingressos, informando que o
evento ocorreria em nova data que ainda seria designada, confirmando, ainda, que os shows
principais de cada dia, a citar, Guns n’ Roses, The Strokes e Travis Scott estariam confirmados
nessa nova data. Observe2:
1 Ver Documento anexo 2

2 Ver documento anexo 3

Assim que essa nota foi lançada, o autor contactou a empresa, via e-mail, já
informando o seu desejo de como se proceder para obter o ressarcimento total dos valores já
pagos, protocolados sob o nº 1943919, aduzindo que:
“Boa noite,
Venho por meio deste e-mail, tendo em vista o post do LollaPalooza

Brasil que alterava a data do evento para Dezembro, em razão das
medidas preventivas recomendadas pelo Ministério da Saúde sobre o
novo surto do Corona vírus, solicitar informações de como proceder
ao cancelamento dos meus ingressos adquiridos com a restituição total
dos valores já pagos, via Cartão de Crédito.
Tendo em vista a política de cancelamento da Tickets for Fun, bem

como o Código de Defesa do Consumidor e ainda, de maneira
subsidiária, o Código Civil vigente, qualquer alteração/cancelamento
do evento ou espetáculo, a restituição do valor terá de ser dada de
maneira integral (incluídas as taxas), tendo em vista que nenhum credo
é obrigado a receber prestação diversa da que lhe é devida, ainda que
mais valiosa.
E mais! Não se pode obrigar a anuir com qualquer mudança/alteração

do acordado, devendo existir a possibilidade de se pleitear o reembolso
integral do valor já pago.
Como resposta ao e-mail enviado, a requerida informou que:3
No entanto, conforme se é sabido, desenvolveu-se a pandemia do Corona Vírus

(Covid-19) que assolou, infelizmente, não só o Brasil como também o mundo, fazendo com que

o evento fosse adiado na data que tinha sido designada. Determinado fato foi informado a todos
e posteriormente confirmado com a nova política de ingressos adotada pela empresa, na data de
30/04/2020, onde foi informado aos consumidores as medidas que seriam adotadas pela empresa.
Confira:4
Desta maneira, assim que informado acerca da nova política que seria adotada,
esperando que pudesse ter seu ressarcimento, conforme enviado no primeiro e-mail para a
empresa, o requerente realizou contato novamente com a empresa, gerando outro número de
protocolo, a saber o 1955104, em que foi solicitado uma proposta para negociação, totalmente
extrajudicial, inclusive com o ora requerente abrindo mão de valores já pagos, para justamente se
evitar uma intervenção Estatal para que se pudesse realizar uma solução do litígio mais célere e
eficaz, buscando atender um ponto em que não só o beneficiasse, como também fosse melhor
para a empresa, confira:
“Boa tarde!
A empresa de V.Sª tem sido uma das melhores prestadoras de serviço

durante todos esses tempos no ramo de entretenimento. Naturalmente,
estou muito grato em poder receber de vocês um serviço prestado com
excelência. Entretanto, custa-me confessar que, diante da Pandemia do
COVID-19, com o adiamento do Lolla Palooza Brasil para as datas de

4 a 6 de Dezembro de 2020 e o email recebido no dia 30/04/2020,
informando sobre a nova Política de Ingressos que será adotada,
gostaria de propor, totalmente extrajudicialmente, um acordo sobre a
forma de reembolso a ser adotada, senão, caso contrário, seria caso
de uma intervenção jurisidicional a fim de resolver determinada
questão.
Seguindo as informações constantes dos informativos publicados pela
empresa de V.Sª, me enquadro no grupo de pessoas que não poderão ir
ao show, contudo, que já receberam a pulseira. Infelizmente, não
poderei comparecer ao evento, tampouco gostaria de condicionar esse
reembolso em forma de crédito para uso ou abatimento dentro da
plataforma, tendo em vista que até mesmo pela incapacidade de se
prever fatos que ainda possam ocorrer e levando em consideração a
importância que foi paga em sua integralidade via cartão de crédito
(R$ 1.004,00 – sendo R$807,50 REFERENTE AOS INGRESSOS, R$
161,50 de taxa de conveniência e R$ 35,00 para entrega), gostaria de
solicitar que entrássemos em uma solução consensual a respeito deste
valor, em que me disponho a guardar a pulseira em segurança,
devolvendo-a conforme orientações que vocês indicarem, bem como
seguir quaisquer indicações que vocês venham a sugerir, de modo
que, se possível, gostaria de solicitar que o valor já pago pudesse ser
depositado em conta corrente, pois, até mesmo pelas razões de
adiamento do show, não disponho de previsibilidade suficiente para
saber se dentro do prazo de 12 meses poderia utilizar tal quantia
relevante!
Inclusive, disposto a esta tentativa de acordo, tendo em vista que trata-
se de direito disponível, poderia, conforme termos de um eventual
acordo futuro, dispor da quantia da taxa de conveniência, que já foi
paga, mas repita-se, isso somente se procedermos à uma solução
consensual que será detalhada nos termos do acordo.
É certo que V. Sª é muito ocupado. Rogo não desviar a atenção dos seus
afazeres para responder o presente e-mail.
Atenciosamente,
Leonardo Rocha Rodrigues.”
Com o andar do feito, em similitude às respostas automáticas que algumas

empresas dão aos consumidores, que necessitam ter o atendimento individual e especializado em
cada situação, a empresa teria oferecido uma resposta totalmente genérica, sem se manifestar
quanto a solicitação de proposta oferecida pelo requerente, demonstrando total descaso com a
situação que assolou este consumidor, veja:5

Desapontado com a resposta genérica que em nada se manifestou com relação ao
que foi solicitado pelo requerente, este respondeu ao e-mail da produtora, aduzindo que:6
Por fim, não optando pelo acordo a ser formalizado com o requerente, a requerida
respondeu à manifestação daquele, aduzindo que:7


Assim sendo, na data de 21/05/2020 a parte autora teria realizado protocolo de
uma petição inicial, a fim de que fosse dado um provimento judicial perante determinada situação,
sendo distribuído ao 2º Juizado Especial Cível de Brasília, entretanto, a eminente magistrada
entendeu pela incompetência territorial do juízo, em razão da parte autora possuir residência em
Sobradinho, razão pela qual ocorreu a extinção do feito sem resolução do mérito.
Transcorridos o prazo para que a sentença transitasse em julgado, na data de

08/08/2020, é que vem a presente inicial, no juízo competente, a fim de que o judiciário se
manifeste perante determinada celeuma apresentada.
É o breve relatório.
DA COMPETÊNCIA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL – ADEQUAÇÃO AO ART. 3º, I,

DA LEI 9.099/95 – CONFIGURAÇÃO DE RELAÇÃO DE CONSUMO – INVERSÃO DO
ÔNUS DA PROVA

Cumpre-se ressaltar a competência desde d. juízo, tendo em vista que a presente
causa é de menor complexidade, por não exceder quarenta vezes o salário mínimo, 8 totalizando-
se como dito anteriormente, o montante pago de R$ 1.004,00 (um mil e quatro reais).
De igual forma, logo de início, por prudência, levando em consideração a

condição pessoal e de consumidor do ora requerente, por ser estudante e destinatário final do
serviço que foi contratado, respectivamente, de relevo que se configure uma relação de consumo,
não se afastando a vulnerabilidade do consumidor (esta já legalmente presumida), ainda mais
tendo em vista o porte e condições da Empresa requerida, que atua fortemente no ramo de
produções de grandes eventos, em especial nas cidades da região Sudeste do Brasil, como por
exemplo, São Paulo e Rio de Janeiro, locais diversos do qual o requerente reside, tendo, como
consequência, o impacto absorvido pelo consumidor ter sido muito maior do que o enfrentado
pela parte requerida.
Aliás, a situação do ora requerente é de vulnerabilidade, pois, encontra-se numa

“situação individual que fragiliza, enfraquece o sujeito de direitos, desequilibrando a relação de
consumo. Vulnerabilidade é uma característica, um estado do sujeito mais fraco, um sinal de
necessidade de proteção”9, onde merece ser reparada, à luz do princípio Constitucional da
isonomia, onde deve-se tratar os iguais como iguais e os desiguais como desiguais, na medida de
sua desigualdade, sob pena de violação do referido princípio.
Nesse sentido é o que dispõe o REsp nº 476428, onde “A relação jurídica

qualificada por ser “de consumo” não se caracteriza pela presença de pessoa física ou jurídica
em seus polos, mas pela presença de uma parte vulnerável de um lado (consumidor), e de um
fornecedor, de outro” (STJ, REsp nº 476428-SC, j. 19/04/2005, rel. Min. Nancy Andrighi, 3ª
Turma).
Por conta disso, visando que seja assegurada o devido processo legal, com os
mecanismos inerentes ao exercício da ampla defesa, a fim de que seja mantida a igualdade entre
as partes, nos termos do art. 6º, VIII do Código de Defesa do Consumidor 10, requer-se o benefício
da inversão do ônus da prova, tendo em vista que não conseguirá se manter em pé de igualdade
8 Art. 3º O Juizado Especial Cível tem competência para conciliação, processo e julgamento das causas cíveis
de menor complexidade, assim consideradas:
I - as causas cujo valor não exceda a quarenta vezes o salário mínimo;
9 MARQUES, Cláudia Lima, et al. Manual de Direito do Consumidor, p. 87
10 Art. 6º São direitos básicos do consumidor:
VIII - a facilitação da defesa de seus direitos, inclusive com a inversão do ônus da prova, a seu favor, no
processo civil, quando, a critério do juiz, for verossímil a alegação ou quando for ele hipossuficiente, segundo
as regras ordinárias de experiências;

com o fornecedor na relação jurídica, dificultando eventual produção de prova que V. Exa., julgue
a ser necessária para a resolução desta lide.
DANO MATERIAL COM PREJUÍZO COMPROVADO – NECESSIDADE DE

RESTITUIÇÃO DO VALOR PAGO – TENTATIVA DE PENALIZAR O CONSUMIDOR
PELO DIREITO DE PEDIR A RESOLUÇÃO CONTRATUAL – CONFIGURAÇÃO DE
PRÁTICA ABUSIVA – UNILATERALIDADE DO ATO PELA REQUERIDA.
Do que se é possível verificar das razões fáticas acima delineadas, tem-se que de
forma clara, evidente e objetiva, o interesse do ora requerente é de que não se pode condicionar
qualquer alteração daquilo previamente contratado, se realizada de maneira unilateral, que só
venha a beneficiar uma das partes contratantes – leia-se requerida-, ainda mais por se tratar de
relação de consumo, onde, mais do que nunca diante de qualquer alteração é necessário que se
tenha a respectiva anuência do consumidor, parte nitidamente mais fraca da relação.
Inclusive é o que o eg. TJDFT entende sobre o tema, que em “regra não se admite
a alteração unilateral do contrato regularmente firmado e sem violação a quaisquer das normas
insertas no Código de Defesa do Consumidor, no Código Civil ou demais legislações aplicáveis
à espécie. (Acórdão 1041286, Relator ARNALDO CORRÊA SILVA, 2ª Turma Recursal dos
Juizados Especiais Cíveis e Criminais do DF, data de julgamento: 23/08/2017, publicado no DJe:
29/08/2017).
Nesses termos, sucede-se que, diante da alteração contratual realizada

unilateralmente pela requerida e informada ao requerente, este, desde o primeiro momento que
teve ciência da alteração das datas e medidas que poderiam a ser tomadas (que não podem passar
de meras proposições, jamais imposições), nunca esteve de acordo com a nova política de
ingressos adotada pela empresa, de forma que viu sua condição contratual se agravando de modo
que não se pode admitir, pois esta foi realizada desprovida de qualquer embasamento normativo,
pois, como se sabe, no ordenamento deve-se coibir qualquer imposição unilateral de alterações
contratuais.

E mais, segundo o §4º do mesmo artigo11 utilizado pela requerida, conclui-se
que, caso não se vislumbre a possibilidade de ajuste contratual para utilização do serviço
contratado dentro das datas remarcadas e a empresa não se dispõe a formalizar outro acordo com
o consumidor, é devida a restituição integral do valor pago.
Não é à toa que o próprio Diretor Executivo do Procon-SP elucida que “o

entendimento do órgão, no entanto, é de que a pessoa que comprou o ingresso deva ser
reembolsada, se assim desejar”. A legislação determina que a parte vulnerável deve ser a parte
protegida, então o Procon entende que neste caso o consumidor tem o direito ao reembolso”. E
acrescenta que “Isso vale tanto para casos de cancelamento como os de adiamento, segundo
Capez. “O consumidor não é obrigato a aceitar a nova data. Ele tem a opção entre aceitar e
receber o reembolso integral.” Na possibilidade de o evento ser mantido, mas o próprio
consumidor não se sentir seguro para frequentá-lo, também se aplica o direito ao reembolso.”12
11 Art. 2º Na hipótese de cancelamento de serviços, de reservas e de eventos, incluídos shows e espetáculos,

o prestador de serviços ou a sociedade empresária não serão obrigados a reembolsar os valores pagos pelo
consumidor, desde que assegurem:
I - a remarcação dos serviços, das reservas e dos eventos cancelados;
II - a disponibilização de crédito para uso ou abatimento na compra de outros serviços, reservas e eventos,
disponíveis nas respectivas empresas; ou
III - outro acordo a ser formalizado com o consumidor.
§ 1º As operações de que trata o caput ocorrerão sem custo adicional, taxa ou multa ao consumidor, desde
que a solicitação seja efetuada no prazo de noventa dias, contado da data de entrada em vigor desta Medida
Provisória.
§ 2º O crédito a que se refere o inciso II do caput poderá ser utilizado pelo consumidor no prazo de doze
meses, contado da data de encerramento do estado de calamidade pública reconhecido pelo Decreto Legislativo
nº 6, de 2020.
§ 3º Na hipótese do inciso I do caput, serão respeitados:
I - a sazonalidade e os valores dos serviços originalmente contratados; e
II - o prazo de doze meses, contado da data de encerramento do estado de calamidade pública reconhecido
pelo Decreto Legislativo nº 6, de 2020.
§ 4º Na hipótese de impossibilidade de ajuste, nos termos dos incisos I a III do caput, o prestador de
serviços ou a sociedade empresária deverá restituir o valor recebido ao consumidor, atualizado
monetariamente pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo Especial - IPCA-E, no prazo de doze
meses, contado da data de encerramento do estado de calamidade pública reconhecido pelo Decreto Legislativo
nº 6, de 2020.
12 https://entretenimento.uol.com.br/noticias/redacao/2020/03/13/lolla-adiado-quem-paga-a-conta-dos-
shows-remarcados.htm

Nesse sentido:

Nesses termos, por mais que seja impossibilitado, o ora requerente, em pleitear
eventuais perdas e danos em razão do fato imprevisível, isso por si só, não exonera o fornecedor
de restituir o valor já pago, até porque, o autor detém o direito de solicitar a devolução integral
deste, caso não tenha interesse em receber um crédito para compras futuras de ingressos para uso
em data futura, pois, o consumidor não deu causa a qualquer cancelamento, nem foi por ausência
ou falta unilateral deste. Portanto, é abusiva qualquer circunstancia que impeça o consumidor de
exigir a resolução contratual com o reembolso do valor pago. 13
Logo, a aplicação do art. 39, V do CDC é imprescindível, pois, ainda que este
fato que tenha assolado o Brasil e o mundo tenha se dado independente da vontade das partes, em
que pese o grande prejuízo gerado ao fornecedor, decorrente da responsabilidade de restituir o
valor pago aos consumidores, este é um risco ínsito ao empreendimento.
Igualmente, caracteriza prática abusiva a retenção integral de valores, ainda que

exista previsão contratual para tanto, de modo que tais cláusulas seriam nulas de pleno direito.
Nessa hipótese, o fundamento é o artigo 51 do CDC 14.
13Art. 39. É vedado ao fornecedor de produtos ou serviços, dentre outras práticas abusivas:
V - exigir do consumidor vantagem manifestamente excessiva;
14 Art. 51. São nulas de pleno direito, entre outras, as cláusulas contratuais relativas ao fornecimento de
produtos e serviços que:

E mais! Como se sabe, em decorrência dos tempos de incerteza em que vivemos,
da mesma forma que não tínhamos previsibilidade dos contornos que essa pandemia iria acarretar,
não se é plausível, proporcional e tampouco razoável, se condicionar o reembolso de quantia
significativa (para o requerente, que é estudante), nessa forma instituída pela requerida, pois,
essa quantia poderia ser utilizada, inclusive, em última análise, para a própria subsistência deste
que está pedindo.
I - impossibilitem, exonerem ou atenuem a responsabilidade do fornecedor por vícios de qualquer

natureza dos produtos e serviços ou impliquem renúncia ou disposição de direitos. Nas relações de
consumo entre o fornecedor e o consumidor pessoa jurídica, a indenização poderá ser limitada, em situações
justificáveis;
II - subtraiam ao consumidor a opção de reembolso da quantia já paga, nos casos previstos neste
código;

Brasília-DF, 10 de Julho de 2020.

DOCUMENTO 2

DOCUMENTO 3

DOCUMENTO 4

DOCUMENTO 5

DOCUMENTO 6

DOCUMENTO 7

DOCUMENTO 8

Poder Judiciário da União
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO DISTRITO FEDERAL E DOS TERRITÓRIOS
CEJUSC/SOB - Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania de
Sobradinho/DF
Número do processo: 0705811-12.2020.8.07.0006
Classe judicial: PROCEDIMENTO DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL (436)
AUTOR: LEONARDO ROCHA RODRIGUES
RÉU: T4F ENTRETENIMENTO S.A.
CERTIDÃO
De ordem, designei para o dia 28/08/2020, às 17h00, a sessão de CONCILIAÇÃO através de

videoconferência por meio do aplicativo Zoom Cloud Meetings.
Não consta nos autos que as partes estejam representadas por advogado.
Informo, abaixo, o link e a senha para a sessão.
LINK ZOOM:
Tópico: CONCILIAÇÃO 28/08-17h00 (0705811-12)
Hora: 28 ago 2020 05:00 PM Recife
Entrar na reunião Zoom
https://us04web.zoom.us/j/71687957913?pwd=UVZ3ZkhCNlExdUg0M3FBM0pWNURudz09
ID da reunião: 716 8795 7913

Assinado eletronicamente por: ANASTACIO RAIMUNDO BARBOSA FILHO - 21/07/2020 18:52:29 Num. 68210762 - Pág. 1
Senha de acesso: 824059
Nesta oportunidade, remeto os autos ao cartório de origem.
Sobradinho/DF, Terça-feira, 21 de Julho de 2020.
ANASTACIO RAIMUNDO BARBOSA FILHO

AVISO DE RECEBIMENTO AR [ ] MP [ ]
Destinatário:
Endereço para Devolução do AR:
T4F ENTRETENIMENTO S.A.
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO DISTRITO FEDERAL E Rua Bento Branco de Andrade Filho, 400, Jardim
DOS TERRITÓRIOS Dom Bosco, SÃO PAULO - SP - CEP:
2º Juizado Especial Cível e Criminal de Sobradinho 04757-000
Fórum de Sobradinho - Setor Central Administrativo e
Cultural A, Térreo, Sala B-24, Térreo, Sala B-24, Data da Entrega: ____/____/________
Sobradinho, BRASÍLIA - DF - CEP: 73010-501
________________________________________
0705811-12.2020.8.07.0006
Assinatura legível do recebedor / Identificação
1ª Tentativa: ____/____/________
________________________________________
2ª Tentativa: ____/____/________
Assinatura do empregado da ECT / Matrícula
3ª Tentativa: ____/____/________
CÓDIGO DO OBJETO
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Assinado eletronicamente por: SILVIA ANTONIA COLETO DE ASSIS PINHEIRO - 24/07/2020 17:05:06 Num. 68487678 - Pág. 1
2JECICRSOB
2º Juizado Especial Cível e Criminal de Sobradinho
Fórum de Sobradinho - Setor Central Administrativo e Cultural A, Térreo, Sala
B-24, Térreo, Sala B-24, Sobradinho, BRASÍLIA - DF - CEP: 73010-501
Telefone: (61) 31033080
Horário de atendimento: 12:00 às 19:00h
Destinatário:

Rua Bento Branco de Andrade Filho, 400, Jardim Dom Bosco, SÃO PAULO - SP - CEP: 04757-000
MANDADO DE CITAÇÃO E INTIMAÇÃO
Número do Processo: 0705811-12.2020.8.07.0006

Classe: PROCEDIMENTO DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL (436)
A Dra. KEILA CRISTINA DE LIMA ALENCAR RIBEIRO, Juíza de Direito do 2º Juizado Especial Cível e
Criminal de Sobradinho, no uso de suas atribuições, e na forma da lei, etc.,
DETERMINA que se proceda à CITAÇÃO de T4F ENTRETENIMENTO S.A. (CPF:

02.860.694/0001-62); para tomar conhecimento da presente ação, bem como sua INTIMAÇÃO para
comparecimento a Audiência deConciliação, designada para o dia 28/08/2020 17:00, a ser realizada por
VIDEOCONFERÊNCIA, por meio do aplicativo Zoom Cloud Meetings, em conformidade com
as medidas de prevenção ao contágio pelo Novo Coronavírus – COVID-19 nas unidades judiciárias e
administrativas do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios.
DADOS DA REUNIÃO:
De ordem, designei para o dia 28/08/2020, às 17h00, a sessão de CONCILIAÇÃO através de

videoconferência por meio do aplicativo Zoom Cloud Meetings. Não consta nos autos que as partes estejam
representadas por advogado. Informo, abaixo, o link e a senha para a sessão. LINK ZOOM: Tópico:
CONCILIAÇÃO 28/08-17h00 (0705811-12) Hora: 28 ago 2020 05:00 PM Recife
Entrar na reunião Zoom

https://us04web.zoom.us/j/71687957913?pwd=UVZ3ZkhCNlExdUg0M3FBM0pWNURudz09
ID da reunião: 716 8795 7913
Senha de acesso: 824059
1) É obrigatório o comparecimento na audiência por videoconferência, munido de documento de

identificação com foto, não sendo admitida a representação por procuração ou advogado, mesmo que
legalmente constituído, sob pena de revelia. É facultado o acompanhamento de advogado nas ações cujo
pedido não ultrapasse 20 (vinte) salários mínimos. Sendo superior, a presença de advogado é obrigatória (art.
9º, caput, da Lei 9.099/95).
2) Pessoa Jurídica deverá ser representada por preposto, regularmente credenciado (carta de preposição com
poderes para transigir, assinada por quem tem poderes para constituir o preposto), ou pelo Sócio/Proprietário,
todos munidos do atos constitutivos ou o contrato social da empresa e do comprovante de inscrição do CNPJ
na Receita Federal, sob pena de revelia (art. 9º, § 4º, da Lei 9.099/95).
3) Não serão admitidos atrasos. Não havendo comparecimento serão considerados verdadeiros os fatos
alegados no pedido inicial, salvo se o contrário resultar da convicção do Juiz (art. 20 da Lei 9.099/95).
4) A audiência de conciliação é uma oportunidade de diálogo, onde Vossa Senhoria poderá apresentar uma
proposta a outra parte para que, com o auxílio de um(a) conciliador(a) devidamente identificado e orientado
pelo(a) Juiz(a) de Direito, possam negociar. O acordo entre as partes depende exclusivamente da vontade de
ambas. A participação do conciliador visa facilitar a comunicação e o entendimento. Portanto, venha
preparado para um possível acordo.
5) Caso não haja acordo, lhe será dado prazo para apresentar a sua versão dos fatos (defesa). Os documentos
que comprovem suas alegações, tais como: recibos, contratos, relatórios, protocolos, orçamentos, contas
pagas, fotografias impressas, entre outros, poderão ser trazidos na audiência de conciliação, porém só serão
entregues junto com a defesa, no protocolo do TJ ou no cartório do Juizado de origem. Junte também, se for o
caso, os nomes de eventuais testemunhas que presenciaram os fatos.
6) Testemunhas só deverão ser trazidas após análise e deferimento do(a) Juiz(a) quanto à necessidade de
serem ouvidas. Caso isso aconteça, será designada nova data para a oitiva das testemunhas indicadas, em
audiência presidida pelo(a) Juiz(a) de Direito.
7) Vossa Senhoria deverá comunicar a este Juizado eventuais mudanças de endereço e telefone ocorridas
enquanto durar o processo, sob pena de serem consideradas válidas as intimações feitas no local
anteriormente indicado.
8) As partes poderão ter o seu atendimento pelos telefones nº 3103.3080/3103.3019 (de 12h às 19h) e
encaminhar suas petições pelos emails 2jecg.sob@tjdft.jus.br / walkiria.ruivo@tjdft.jus.br. E, ainda,
fazer contato telefônico com o CEJUSC de Sobradinho pelo telefone (61) 3130.3013.
O QUE CUMPRA. Dado e passado nesta cidade do Sobradinho/DF.
BRASÍLIA, DF, 24 de julho de 2020 17:03:13.
Documentos associados ao processo
ID Título Tipo Chave de acesso**

Petição
67464017 Petição Inicial 20071018262064800000064030606
Inicial
LEONARDO ROCHA - INICIAL -
67464018 Petição 20071018262079500000064030607
LOLLAPALOOZA - SOBRADINHO

67464019 Comprovante de Residência Outros 20071018262103400000064030608
Documentos
Outros
67464020 Termo de adesão 20071018262112900000064030609
Documentos
Outros
67464021 Termo de requerimento 20071018262132700000064030610
Documentos
68210762 Certidão Certidão 20072118522924600000064694524
Obs: Os documentos/decisões do processo, cujas chaves de acesso estão acima descritas, poderão ser
acessados por meio do link: https://pje.tjdft.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam (ou
pelo site do TJDFT: "www.tjdft.jus.br" > Aba lateral direita "Advogados" > item "Processo
Eletrônico - PJe" > item "Autenticação de documentos"; ou também pelo site do TJDFT: "
www.tjdft.jus.br" > Aba lateral direita "Cidadãos" > item "Autenticação de Documentos" > item
"Processo Judicial Eletrônico - PJe [Documentos emitidos no PJe]).

2JECICRSOB
CERTIDÃO
Certifico e dou fé que, em 27/07/2020 a PARTE REQUERENTE, Sr Leonardo, visualizou a intimação

via aplicativo whatsapp referente a audiência, bem como data, horário e tutorial, ficando desde já
intimado.
De ordem, aguarde-se a audiência.
BRASÍLIA, DF, 28 de julho de 2020 17:07:57.
SILVIA ANTONIA COLETO DE ASSIS PINHEIRO

Servidor Geral

Petição anexa em PDF.

Assinado eletronicamente por: TAIS BORJA GASPARIAN - 19/08/2020 13:35:04 Num. 70293644 - Pág. 1
RODRIGUES BARBOSA, MAC DOWELL DE FIGUEIREDO
GASPARIAN - ADVOGADOS
_____________________________________________________
MARCO ANTÔNIO RODRIGUES BARBOSA STÉPHANIE GHIDINI LALIER

SAMUEL MAC DOWELL DE FIGUEIREDO MARIA BEATRIZ BROCHADO COSTA
TAÍS BORJA GASPARIAN JULIANA ROMÃO FRANCESCHI
VIRGINIA VERIDIANA BARBOSA GARCIA FLÁVIO FERRO
MÔNICA FILGUEIRAS DA SILVA GALVÃO ANDREIA TELLES SILVA
CAROLINA ARID ROSA BRANDÃO PATRÍCIA SOUZA DE OLIVEIRA
ROBERTA BENITO DIAS LUANA TUKAMOTO
JAIME MAGALHÃES MACHADO JÚNIOR CARINA BRUNO LIMA
ANDRESSA TARDIN DE CAMARGO
AMANDA PAULINO ZANA
THAMIRES FRANCO MACHADO
MAYARA CRISTINA AMARELLINHO
VICTOR REZENDE BONORA PEINADO
STEPHANIE FAGALI GUIDA
ANA LUISA BERTHO BARBOSA
Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito do 2º Juizado Especial Cível da

Comarca de Sobradinho/DF
Processo nº 0705811-12.2020.8.07.0006
T4F ENTRETENIMENTO S/A., sociedade

por ações, com sede na Rua Bento Branco de Andrade Filho, nº 400, térreo, 1º ao 3º
andares, Vila Almeida, CEP 04757-000 – São Paulo/SP, inscrita no CNPJ sob o nº
02.860.694/0001-62, por sua advogada, nos autos da ação em epígrafe, que lhe move
LEONARDO ROCHA RODRIGUES, vem à presença de V. Exa., requerer a
habilitação de sua patrona aos autos, bem como a juntada dos documentos de
representação anexos.
AV. BRIGADEIRO LUÍS ANTÔNIO, Nº 4763 – CEP 01401-002 - SÃO PAULO – SP – BRASIL
TEL: (55-11) 2344-6672 – FAX (55-11) 2344-6673
EMAIL: MAIL@RBMDF.COM.BR

_____________________________________________________
Ainda, vem informar os dados de contato para

envio de informações caso necessário:
luana.tukamoto@rbmdf.com.br
Celular: 11 – 96030-0091
Por fim, requer que todas as publicações sejam

feitas em exclusivamente em nome da advogada Taís Borja Gasparian, inscrita na
OAB/SP sob nº 74.182, sob pena de nulidade:
Termos em que,
Pede deferimento.
São Paulo, 19 de agosto de 2020.
Taís Borja Gasparian

OAB/SP 74.182


_____________________________________________________

AMANDA PAULINO ZANA
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DO 2º JUIZADO ESPECIAL

CÍVEL DA COMARCA DE SOBRADINHO/DF
Processo nº 0705811-12.2020.8.07.0006
T4F ENTRETENIMENTO S/A., por sua

advogada, nos autos da ação em epígrafe, que lhe move LEONARDO ROCHA
RODRIGUES, vem à presença de V. Exa., requerer a juntada da carta de preposição
anexa, para a audiência de conciliação virtual a ocorrer em 28 de agosto de 2020, as 17
horas.
Ainda, vem informar os dados de contato para

envio de informações, se necessário:
luana.tukamoto@rbmdf.com.br
Celular: 11 – 96030-0091
TEL: (55-11) 2344-6672/ 3266-6672 – FAX (55-11) 3266-6673
RBMDFG - 4005732v1

_____________________________________________________
Por fim, requer que todas as publicações sejam

feitas em exclusivamente em nome da advogada Taís Borja Gasparian, inscrita na
OAB/SP sob nº 74.182, sob pena de nulidade:
Termos em que,
Pede deferimento.

OAB/SP 74.182
RBMDFG - 4005732v1
2


_____________________________________________________

AMANDA PAULINO ZANA
Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito do 2º Juizado Especial Cível da

Comarca de Sobradinho/DF
Processo nº 0705811-12.2020.8.07.0006
T4F ENTRETENIMENTO S/A., por sua

advogada, devidamente qualificada nos autos da ação em referência, que lhe move
LEONARDO ROCHA RODRIGUES, vem à presença de V. Exa., revogar os
poderes concedidos a advogada anteriormente substabelecida Luana Tukamoto,
OAB/SP 338.911, cujo nome consta no substabelecimento protocolado em 19.08.2020.
AV. BRIGADEIRO LUÍS ANTONIO, Nº 4763 – CEP 01401-002 - SÃO PAULO – SP – BRASIL
TEL: (55-11) 2344-6672/ 3266-6672 – FAX (55-11) 3266-6673
EMAIL: MAIL.SP@RBMDF.COM.BR

_____________________________________________________
Tendo em vista a revogação da procuração

outorgada somente da advogada Luana Tukamoto, requer sejam mantidos os
demais advogados constantes do substabelecimento.
Por fim, requer que sejam todas as publicações

e intimações relativas ao presente feito realizadas, exclusivamente, em nome da
advogada Taís Borja Gasparian, inscrita na OAB/SP sob o nº 74.182, sob pena de
nulidade.
Termos em que,
P. Deferimento.

OAB/SP 74.182


_____________________________________________________

AMANDA PAULINO ZANA
Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito do 2º Juizado Especial Cível e

Criminal da Comarca de Sobradinho/DF
Processo no 0705811-12.2020.8.07.0006
T4F ENTRETENIMENTO S/A.,

sociedade por ações com sede na Rua Bento Branco de Andrade Filho, nº 400, térreo,
1º ao 3º andares, Vila Almeida, CEP: 04757-000 – São Paulo/SP, inscrita no CNPJ sob
o nº 02.860.694/0001-62, por sua advogada, nos autos da ação de restituição de
quantia certa em referência, que lhe move LEONARDO ROCHA RODRIGUES,
vem, respeitosamente, à presença de V. Exa., apresentar sua contestação,
consubstanciada nas razões de fato e de direito a seguir aduzidas.
TEL: (55-11) 2344-6672/ 3266-6672 – FAX (55-11) 3266-6673

_____________________________________________________
I – SÍNTESE DOS FATOS
1. Trata-se de ação de indenização por

danos materiais e morais ajuizada pelo autor em razão de alegada não devolução dos
valores pagos referentes à compra de um ingresso para o festival de Música
Lollapalooza 2020, que ocorreria nos dias 03, 04 e 05 de abril de 2020, e que devido a
atual pandemia de Covid 19, fato público e notório, por razões óbvias de saúde pública,
foi reagendado com previsão para acontecer nos dias 04, 05 e 06 de dezembro de 2020.
2. Diante da não devolução do valor pago

pelo ingresso do evento remarcado, o autor requereu a condenação da ré a devolução
dos valores pagos.
3. No entanto, conforme se demonstrará a

seguir, não merecem prosperar os pedidos do autor, posto que não se vislumbra
qualquer ilícito na conduta da ré.
II - MÉRITO
RAZÕES DA IMPROCEDÊNCIA DA DEMANDA QUANTO AO PEDIDO DE
DEVOLUÇÃO DO VALOR DOS INGRESSOS DO FESTIVAL
LOLLAPALOOZA 2020 – SITUAÇÃO DE PANDEMIA
a) Da inexistência de conduta ilícita da ré. Situação de calamidade pública.

Aplicação do artigo 2º da MP 948/20, atual Lei 14.046 de 24 de agosto de 2020
4. A ré é empresa idônea que tem por objeto

social a realização, organização e produção de espetáculos artísticos e musicais de
grande porte como, no caso dos autos, o festival Lollapalooza 2020, que atraem, por
sua própria natureza, um grande público e, inevitavelmente, geram aglomeração de
pessoas.

_____________________________________________________
5. Como é de conhecimento geral e notório,

o mundo atravessa um momento de crise generalizada na saúde, em decorrência de fato
excepcional e de força maior causado pela pandemia do vírus Covid-19. A orientação
geral é a de que se evite aglomeração de pessoas, considerando que tal conduta é um
dos métodos mais eficientes para contenção e prevenção da doença.
6. Nesse sentido, foi editado o Decreto

Estadual 64.881/2020, alterado pelos Decretos Estaduais 64.946/2020 e 64.967/2020,
que estabelecem medida de quarentena no Estado de São Paulo, com a restrição de
atividades que possam acarretar a propagação do vírus. No âmbito Municipal, houve a
edição do Decreto 59.298/2020, alterado pelo Decreto 59.405/2020, que suspendeu o
exercício dos serviços não essenciais – como enquadrado o da T4F.
7. Como se vê, foram proibidas as

atividades não essenciais, em especial as que acarretam aglomerações, tal como a de
entretenimento ao vivo.
8. Por esse motivo e, sem perspectiva para

retomada das atividades, o festival Lollapalooza 2020, originalmente previsto para
ocorrer nos dias 03, 04 e 05 de abril de 2020, teve que ser adiado para os dias 04, 05 e
06 de dezembro de 2020, como vem sendo amplamente anunciado ao público.
9. Além de cada consumidor ter recebido a

informação do adiamento individualmente por e-mail, tal informação consta de forma
expressa na página do show www.lollapalooza.com :

_____________________________________________________
(https://www.lollapaloozabr.com/ - print de 13.05.2020)
10. A comunicação sobre alteração da data

do festival e sobre as opções garantidas aos consumidores, diante do adiamento, foram
enviadas por e-mail a todos aqueles que adquiriram os ingressos, conforme modelo,
através de postagens nas páginas oficiais da T4F no Instagram e no Facebook (doc n), e
na página oficial do festival (https://www.lollapaloozabr.com/), com o seguinte texto:
“Nos termos da MP 948/201, editada justamente para regular o

“cancelamento de serviços, de reservas e de eventos dos setores
de turismo e cultura em razão do estado de calamidade pública
reconhecido pelo Decreto Legislativo nº 6, de 20 de março de
2020, e da emergência de saúde pública de importância
internacional decorrente do coronavírus (covid-19)”, a T4F
disponibiliza aos consumidores as opções de reutilização dos
ingressos adquiridos nos novos dias do Festival (art. 2, inc. I), ou
1
https://www.congressonacional.leg.br/materias/medidas-provisorias/-/mpv/141495

_____________________________________________________
a utilização do crédito em outros eventos (art.2, inc. II), razão pela

qual a política divulgada2 não contempla a devolução de valores.”
11. O adiamento, como resta claro, decorreu

de fato de força maior, não imputável à T4F, que, visando unicamente a segurança de
seus consumidores, colaboradores e artistas e seguindo as orientações do Ministério da
Saúde e a legislação vigente, adiou o evento para dezembro de 2020 – período em que
espera-se que a situação tenha se normalizado.
12. Veja-se que as informações sobre a nova

data, foi devidamente divulgada: no site da empresa, em suas mídias sociais
(Instagram, Facebook, Twitter), e foi matéria de diversos sites de notícias.
13. O que se pode afirmar é que a conduta da

T4F, com relação ao show em questão, vem se desenvolvendo em estrita conformidade
com a Lei e com as informações fornecidas aos consumidores, motivo pelo qual não
vislumbra qualquer ilicitude.
14. No tocante à pretensão do autor de reaver

os valores pagos pelos ingressos, cumpre esclarecer que a conduta da ré está respaldada
pela MP 948/203, atual Lei 14.046/204, a qual tem como finalidade regular o
“cancelamento de serviços, de reservas e de eventos dos setores de turismo e cultura
em razão do estado de calamidade pública reconhecido pelo Decreto Legislativo nº 6,
de 20 de março de 2020, e da emergência de saúde pública de importância
internacional decorrente do coronavírus (covid-19)”.
2
https://www.lollapaloozabr.com/politica-de-ingressos
3
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2020/Lei/L14046.htm
4
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2020/Lei/L14046.htm

_____________________________________________________
15. Ainda, quanto ao requerimento da parte

autora, alegando a inconstitucionalidade da Medida Provisória, cabe a esta Ré ressaltar
que a MP 948/20 foi recentemente aprovada, e no dia 25.08.2020, foi convertida na Lei
14.046 de 25 de agosto de 2020.
16. Como dito, referido evento,

anteriormente previsto para abril de 2020, foi adiado para dezembro de 2020 em
virtude da pandemia do Coronavírus, de modo que se enquadra perfeitamente na
situação tutelada pela medida provisória.
17. Sendo assim, a T4F disponibilizou lhe as

opções de reutilização dos ingressos adquiridos nas novas datas do festival (art. 2, inc.
I), ou a utilização do crédito em outros eventos (art.2, inc. II).
18. Veja-se que, conforme o artigo 2 da Lei

14.046/20, “o prestador de serviços ou a sociedade empresária não serão obrigados a
reembolsar os valores pagos pelo consumidor, desde que assegurem” qualquer uma
das opções listadas nos incisos, o que foi feito pela T4F:
Art. 2º Na hipótese de adiamento ou de cancelamento de serviços, de

reservas e de eventos, incluídos shows e espetáculos, em razão do
estado de calamidade pública reconhecido pelo Decreto Legislativo
nº 6, de 20 de março de 2020, e da emergência de saúde pública de
importância internacional decorrente da pandemia da Covid-19, o
prestador de serviços ou a sociedade empresária não serão obrigados
a reembolsar os valores pagos pelo consumidor, desde que
assegurem:
I - a remarcação dos serviços, das reservas e dos eventos
cancelados; ou
II - a disponibilização de crédito para uso ou abatimento na compra
de outros serviços, reservas e eventos disponíveis nas respectivas
empresas.

_____________________________________________________
19. O texto do artigo não deixa dúvida

quanto à regra geral de não reembolso dos valores, contanto que seja assegurada
UMA DAS DUAS opções listadas, tal como fez a ré. Tratam-se de obrigações
alternativas.
20. Veja-se que a política de ingressos está

devidamente anunciada no site do evento e traz informações claras e objetivas para os
consumidores que poderão ou não comparecer em uma nova data, não contemplando, a
princípio, a devolução de valores:

_____________________________________________________

_____________________________________________________
21. Desse modo, nos termos da Lei 14.046, é

certo que o autor pode optar pela manutenção dos ingressos adquiridos para o festival,
para utilização oportuna, ou obtenção de crédito para outro evento, o que poderá ser
feito no prazo de 12 meses a contar do fim do estado de calamidade, exatamente como
disposto na Lei.
22. Asseguradas tais hipóteses, previstas nos

incisos I e II do artigo 2º, da Lei 14.046, não pode ser exigido da ré a devolução em
dinheiro do valor dos ingressos, conforme pretende o autor.
23. Logo, resta evidenciado, sob qualquer

ângulo que se analise a questão, ausência de ilicitude na conduta adotada pela T4F a
justificar os pleitos aqui deduzidos pelo autor, de modo que a improcedência da
demanda é medida que se impõe.
III – CONCLUSÃO
24. Pelo exposto, requer sejam julgados

totalmente improcedentes os pedidos deduzidos pelo autor.

_____________________________________________________
25. Protesta provar o alegado por todos os

meios em direito admitidos, especialmente por meio de prova documental suplementar,
além de outras que se fizerem necessárias.
26. Por fim, requer sejam as futuras

publicações do presente feito realizadas, exclusivamente, em nome da advogada Taís
Borja Gasparian, inscrita na OAB/SP sob o n° 74.182, sob pena de nulidade.
Tais Borja Gasparian

OAB/SP 74.182
10

8/25/2020 L14046
Presidência da República
Secretaria-Geral
Subchefia para Assuntos Jurídicos
LEI Nº 14.046, DE 24 DE AGOSTO DE 2020
Dispõe sobre o adiamento e o cancelamento de serviços,

de reservas e de eventos dos setores de turismo e de
Mensagem de veto cultura em razão do estado de calamidade pública
reconhecido pelo Decreto Legislativo nº 6, de 20 de
Conversão da Medida Provisória nº 948, de 2020 março de 2020, e da emergência de saúde pública de
importância internacional decorrente da pandemia da
Covid-19.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
Art. 1º Esta Lei dispõe sobre o adiamento e o cancelamento de serviços, de reservas e de eventos dos setores de
turismo e de cultura, em razão do estado de calamidade pública reconhecido pelo Decreto Legislativo nº 6, de 20 de
março de 2020, e da emergência de saúde pública de importância internacional decorrente da pandemia da Covid-19.
Art. 2º Na hipótese de adiamento ou de cancelamento de serviços, de reservas e de eventos, incluídos shows e

espetáculos, em razão do estado de calamidade pública reconhecido pelo Decreto Legislativo nº 6, de 20 de março de
2020, e da emergência de saúde pública de importância internacional decorrente da pandemia da Covid-19, o prestador
de serviços ou a sociedade empresária não serão obrigados a reembolsar os valores pagos pelo consumidor, desde que
assegurem:
I - a remarcação dos serviços, das reservas e dos eventos adiados; ou
II - a disponibilização de crédito para uso ou abatimento na compra de outros serviços, reservas e eventos
disponíveis nas respectivas empresas.
§ 1º As operações de que trata o caput deste artigo ocorrerão sem custo adicional, taxa ou multa ao consumidor,
em qualquer data a partir de 1º de janeiro de 2020, e estender-se-ão pelo prazo de 120 (cento e vinte) dias, contado da
comunicação do adiamento ou do cancelamento dos serviços, ou 30 (trinta) dias antes da realização do evento, o que
ocorrer antes.
§ 2º Se o consumidor não fizer a solicitação a que se refere o § 1º deste artigo no prazo assinalado de 120 (cento
e vinte) dias, por motivo de falecimento, de internação ou de força maior, o prazo será restituído em proveito da parte, do
herdeiro ou do sucessor, a contar da data de ocorrência do fato impeditivo da solicitação.
§ 3º (VETADO).
§ 4º O crédito a que se refere o inciso II do caput deste artigo poderá ser utilizado pelo consumidor no prazo de
12 (doze) meses, contado da data de encerramento do estado de calamidade pública reconhecido pelo Decreto
Legislativo nº 6, de 20 de março de 2020.
§ 5º Na hipótese prevista no inciso I do caput deste artigo, serão respeitados:
I - os valores e as condições dos serviços originalmente contratados; e
II - o prazo de 18 (dezoito) meses, contado da data do encerramento do estado de calamidade pública

reconhecido pelo Decreto Legislativo nº 6, de 20 de março de 2020.
§ 6º O prestador de serviço ou a sociedade empresária deverão restituir o valor recebido ao consumidor no prazo
de 12 (doze) meses, contado da data de encerramento do estado de calamidade pública reconhecido pelo Decreto
Legislativo nº 6, de 20 de março de 2020, somente na hipótese de ficarem impossibilitados de oferecer uma das duas
alternativas referidas nos incisos I e II do caput deste artigo.
§ 7º Os valores referentes aos serviços de agenciamento e de intermediação já prestados, tais como taxa de
conveniência e/ou de entrega, serão deduzidos do crédito a ser disponibilizado ao consumidor, nos termos do inciso II do
caput deste artigo, ou do valor a que se refere o § 6º deste artigo.
§ 8º As regras para adiamento da prestação do serviço, para disponibilização de crédito ou, na impossibilidade de
oferecimento da remarcação dos serviços ou da disponibilização de crédito referidas nos incisos I e II do caput deste
artigo, para reembolso aos consumidores, aplicar-se-ão ao prestador de serviço ou à sociedade empresária que tiverem
recursos a serem devolvidos por produtores culturais ou por artistas.
www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2019-2022/2020/Lei/L14046.htm 1/3

8/25/2020 L14046
§ 9º O disposto neste artigo aplica-se aos casos em que o serviço, a reserva ou o evento adiado tiver que ser
novamente adiado, em razão de não terem cessado os efeitos da emergência de saúde pública referida no art. 1º desta
Lei na data da remarcação originária, bem como aplica-se aos novos eventos lançados no decorrer do período sob os
efeitos da emergência em saúde pública e que não puderem ser realizados pelo mesmo motivo.
Art. 3º O disposto no art. 2º desta Lei aplica-se a:
I - prestadores de serviços turísticos e sociedades empresárias a que se refere o art. 21 da Lei nº 11.771, de 17 de
setembro de 2008; e
II - cinemas, teatros e plataformas digitais de vendas de ingressos pela internet.
Art. 4º Os artistas, os palestrantes ou outros profissionais detentores do conteúdo já contratados até a data de
edição desta Lei que forem impactados por adiamento ou por cancelamentos de eventos, incluídos shows, rodeios,
espetáculos musicais e de artes cênicas, e os profissionais contratados para a realização desses eventos não terão
obrigação de reembolsar imediatamente os valores dos serviços ou cachês, desde que o evento seja remarcado, no
prazo de 12 (doze) meses, contado da data de encerramento do estado de calamidade pública reconhecido pelo Decreto
Legislativo nº 6, de 20 de março de 2020.
§ 1º Na hipótese de os artistas, os palestrantes ou outros profissionais detentores do conteúdo e demais

profissionais contratados para a realização dos eventos de que trata o caput deste artigo não prestarem os serviços
contratados no prazo previsto, o valor recebido será restituído, atualizado monetariamente pelo Índice Nacional de
Preços ao Consumidor Amplo Especial (IPCA-E), no prazo de 12 (doze) meses, contado da data de encerramento do
estado de calamidade pública reconhecido pelo Decreto Legislativo nº 6, de 20 de março de 2020, observadas as
seguintes disposições:
I – o valor deve ser imediatamente restituído, na ausência de nova data pactuada de comum acordo entre as
partes; e
II – a correção monetária prevista neste parágrafo deve ser aplicada de imediato nos casos delimitados no inciso I
deste parágrafo em que não for feita a restituição imediata.
§ 2º Serão anuladas as multas por cancelamentos dos contratos de que trata este artigo, enquanto vigorar o
estado de calamidade pública reconhecido pelo Decreto Legislativo nº 6, de 20 de março de 2020.
Art. 5º Eventuais cancelamentos ou adiamentos dos contratos de natureza consumerista regidos por esta Lei
caracterizam hipótese de caso fortuito ou de força maior, e não são cabíveis reparação por danos morais, aplicação de
multas ou imposição das penalidades previstas no art. 56 da Lei nº 8.078, de 11 de setembro de 1990, ressalvadas as
situações previstas no § 7º do art. 2º e no § 1º do art. 4º desta Lei, desde que caracterizada má-fé do prestador de
serviço ou da sociedade empresária.
Art. 6º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
Brasília, 24 de agosto de 2020; 199o da Independência e 132o da República.
JAIR MESSIAS BOLSONARO

André Luiz de Almeida Mendonça
Marcelo Henrique Teixeira Dias
Este texto não substitui o publicado no DOU de 25.8.2020.

8/25/2020 L14046

CEJUSC/SOB - Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania de
Sobradinho/DF
CERTIDÃO
Certifico e dou fé que, nesta data, ANEXEI a ata de sessão de conciliação realizada neste
CEJUSC/SOB.
Nestes termos, remeto os autos ao cartório de origem.
Sobradinho/DF, 28/08/2020 17:55
ANASTACIO RAIMUNDO BARBOSA FILHO

CEJUSC – SOB NUPEMEC GSVP TRIBUNAL DE JUSTIÇA
Centro Judiciário de Solução de Núcleo Permanente Gabinete da Segunda DO DISTRITO FEDERAL
Conflitos e Cidadania de Sobradinhode Mediação e Conciliação Vice-Presidência E DOS TERRITÓRIOS
TERMO DE SESSÃO DE CONCILIAÇÃO POR VIDEOCONFERÊNCIA

ORIGEM: 2º JUIZADO ESPECIAL CÍVEL E CRIMINAL DE SOBRADINHO
PROCESSO: 0705811-12.2020.8.07.0006
AÇÃO: RESTITUIÇÃO DE VALORES
REQUERENTE: LEONARDO ROCHA RODRIGUES TEL.: (61) 98102-7852
CPF: 067.471.281-17
REQUERIDA: T4F ENTRETENIMENTO S.A.
CNPJ: 002.860.694/0001-62
PREPOSTA DA REQUERIDA: LUANA TUKAMOTO – CPF: 286.547.828-97
CONCILIADOR(A): ANASTÁCIO FILHO E GABRIEL CARLOS
Aos 28 de agosto de 2020, às 17h00, foi aberta a sessão de conciliação nos

autos da ação supramencionada. As partes, requerente e requerida, responderam ao
convite virtual e participam da sessão designada, por meio do aplicativo denominado
Zoom Cloud Meetings, em virtude das medidas tomadas por este Tribunal a fim de
conter a disseminação do COVID-19 (Portarias Conjuntas nº 27, 33 e 50/2020). As
partes confirmaram seus dados pessoais e as pessoas físicas apresentaram, por
vídeo, seus documentos de identificação. Iniciados os trabalhos, proposta a
conciliação, esta restou infrutífera. Certifico que, nesta data, a parte requerente foi
intimada a inserir eletronicamente, através do PJE, toda a documentação referente ao
presente feito, no prazo de 2 (dois) dias úteis, contados a partir do 1º dia útil após esta
sessão,sob pena de perda da oportunidade de apresentar os documentos/provas. Caso
a requerente já tenha juntado documentos com a petição inicial, poderá, dentro do
prazo, complementar com outras provas. Certifico, ainda, que a parte requerida foi
intimada a inserir eletronicamente, através do PJE, sua defesa escrita, ou seja, sua
versão dos fatos, de forma RESUMIDA e OBJETIVA, juntando a documentação que
achar necessária, no prazo de 5 (cinco) dias úteis, a partir do término do prazo
concedido à parte requerente, sob pena de perda da oportunidade de apresentar a
defesa e/ou documentos e provas. Caso as partes tenham interesse na oitiva de
testemunhas, as mesmas deverão, dentro do prazo concedido, apresentar seus nomes,
indicando o que as testemunhas esclareceriam sobre os fatos, informando também se
há necessidade de intimação das mesmas. Neste ato, saem as partes intimadas dos
prazos sucessivos deferidos. As petições e/ou documentos poderão ser juntados pelas
partes através do e-mail da Coordenadoria da Central de Apoio ao Jurisdicionado de
Sobradinho: ccaj5@tjdft.jus.br. As partes também poderão obter informações
processuais através do Chat do PJE (acessado pelo link
https://pjechat.tjdft.jus.br/chat/), das 12h às 18h30, nos dias úteis. A ata foi
devidamente lida pelo(a) conciliador(a) e seu conteúdo confirmado pelas partes.
Cópia da ata será enviada através do aplicativo Whatsapp, para os números
disponibilizados pelas mesmas. EM RAZÃO DA REALIZAÇÃO DA SESSÃO POR

CEJUSC – SOB NUPEMEC GSVP TRIBUNAL DE JUSTIÇA
Centro Judiciário de Solução de Núcleo Permanente Gabinete da Segunda DO DISTRITO FEDERAL
Conflitos e Cidadania de Sobradinhode Mediação e Conciliação Vice-Presidência E DOS TERRITÓRIOS
VIDEOCONFERÊNCIA, nos termos do artigo 236, § 3º, do CPC, foram dispensadas as

assinaturas dos participantes. O ato foi realizado por servidor(a) público(a) do
quadro deste TJDFT, responsável pela lavratura desta ata, que, por isso, possui fé
pública. Nada mais havendo, encerrou-se a presente audiência e foi lavrado o termo.
Eu, conciliador(a), a digitei. Nada mais havendo, encerrou-se este termo.
Servidor(a):
Matrícula:


_____________________________________________________

AMANDA PAULINO ZANA
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DO 2º JUIZADO ESPECIAL

CÍVEL DA COMARCA DE SOBRADINHO/DF
Processo nº 0705811-12.2020.8.07.0006
T4F ENTRETENIMENTO S/A., já

qualificada, por seus advogados, nos autos da ação em epígrafe, que lhe movem
LEONARDO ROCHA RODRIGUES, vem à presença de V. Exa. informar que não
possui mais provas a produzir, requerendo assim, o julgamento antecipado da lide,
salvo se novas provas venham a ser apresentadas pelo autor, para que possa assim
impugná-las.
TEL: (55-11) 2344-6672/ 3266-6672 – FAX (55-11) 3266-6673
RBMDFG - 3904549v1

_____________________________________________________
Por fim, requer que todas as publicações

sejam feitas em exclusivamente em nome da advogada Taís Borja Gasparian, inscrita
na OAB/SP sob nº 74.182, sob pena de nulidade.
Termos em que
Pede deferimento.
São Paulo, 2 de setembro de 2020.

OAB/SP 74.182
2 RBMDFG - 3904549v1

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO DISTRITO FEDERAL E DOS
TERRITÓRIOS
2JECICRSOB

SENTENÇA
Dispensado o relatório, conforme autorização legal (Artigo 38, caput, Lei 9.099/95).
O feito comporta julgamento antecipado, nos termos do artigo 355, inciso I, do Novo Código de Processo
Civil, eis que as partes trouxeram aos autos os documentos que julgaram necessários ao deslinde da questão,
e, conquanto seja matéria de fato e de Direito, não há necessidade de produção de prova oral para resolução
da lide.
Não foram arguidas preliminares.
Presentes os pressupostos processuais e as condições da ação, passo ao exame do mérito.
Pleiteia o autor a condenação da requerida à restituição do valor de R$ 1.004,00, concernente a ingresso para
o evento LollaPalooza, que seria realizaria no período de 04/04 a 06/04/2020, porém foi cancelado em
decorrência da pandemia de COVID-19. Alega que, em 14/03/2020, logo após receber o primeiro

Assinado eletronicamente por: KEILA CRISTINA DE LIMA ALENCAR RIBEIRO - 04/09/2020 13:24:56 Num. 71575826 - Pág. 1
comunicado da empresa sobre o adiamento do evento para, inicialmente, dezembro/2020, solicitou o
reembolso do valor pago pelo ingresso. Destaca que, no entanto, a empresa ré somente apresentava respostas
protelatórias. Informa que, em 30/04/2020, a requerida apresentou as políticas que seriam adotadas a respeito
dos ingressos, como base nas disposições da Medida Provisória n.948, de 08/04/2020, que são: a manutenção
do ingresso para uso na data futura do evento, ou a restituição em crédito do valor pago, para utilização na
aquisição de qualquer outro produto da empresa, durante um prazo de 12 meses, a contar do fim do estado de
calamidade. Entende que as propostas apresentadas pela requerida são abusivas. Requer, por conseguinte, a
condenação da requerida à restituição imediata do valor pago pelo ingresso, R$ 1.004,00.
A ré, em contestação, reforça sua idoneidade com empresa promotora de eventos nacionalmente conhecidos.
Destaca que, em decorrência da pandemia, foram editados diversos decretos tanto no estado como na cidade
de São Paulo, onde ocorreria o evento LollaPalooza 2020, originalmente em abril/2020 e, posteriormente
adiado para dezembro/2020, que proibiram as atividades da espécie, que promovem aglomerações, entre
outras não essenciais. Ressalta que sempre manteve seu público informado sobre a alterações decorrentes
dessas decisões governamentais. Assevera que suas políticas a respeito dos ingressos estão respaldadas na
MP 948/2020, convertida na Lei n.14.046/2020, que dispõe sore o cancelamento de serviços e eventos dos
setores de turismo e cultura em razão do estado de calamidade pública reconhecido pelo Decreto Legislativo
n.6 de 20 de março de 2020. Informa que, em atenção a essas normas, disponibilizou aos consumidores a
remarcação dos serviços ou a disponibilização do valor pago com crédito para aquisição de outros serviços
ou eventos da empresa. Sustenta que a legislação de regência não contempla a devolução dos valores, quando
asseguradas aquelas opções. Defende, por conseguinte, a ausência de abusividade ou ilicitude em sua
conduta. Requer, por fim, a improcedência dos pedidos.
A questão controvérsia gira em torno dos efeitos culturais e econômicos gerados pela pandemia de
COVID-19. É de conhecimento comum que, logo após a decretação do estado de calamidade pelo governo
federal, e até mesmo antes disso, foram tomadas diversas medidas restritivas de locomoção e aglomeração de
pessoas pelos outros entes federativos, como forma de evitar ou diminuir a transmissão da doença.
Nessa esteira, a impossibilidade de realização do evento da natureza do Festival LollaPalooza,

conhecidamente multitudinário, na data originalmente prevista, 04/04 a 06/04/2020, decorreu daquelas
medidas governamentais proibitivas, haja vista que o período acima corresponde ao do início da crise
sanitária em nosso país, e, por via de consequência, da edição das primeiras e mais restritivas medidas de
contenção da pandemia em todos os estados e em vários municípios, principalmente em São Paulo, onde
ocorria aquele evento.
Cabe frisar que, nos presente autos, não há controvérsia quanto à causa do adiamento do festival, uma vez
que o próprio autor a reconhece em sua petição inicial. Além disso, importa salientar que a requerida manteve
os seus consumidores, neles incluso o autor, adequadamente informados sobre as alterações promovidas no
evento, em virtude das medidas governamentais acima destacadas, como demonstram os documentos de ID
67464018 pág.20/25.
Não se olvida que a crise gerada pela pandemia de COVID-19 tenha imposto também ao autor os seus efeitos
negativos, entre os quais a dificuldade de previsão de participação em eventos do gênero em um futuro

próximo, em virtude, até mesmo, da duração da pandemia e das consequentes medidas de restrição de
aglomeração, além de outros diversos fatores cotidianos que influenciam nessa decisão e, eventualmente,
possam ter sido também afetados, como trabalho, estudo etc.
Depreende-se, portanto, que as consequências econômicas negativas da pandemia atingem ambas as partes,
em maior ou menor nível. Desse modo, há que se buscar a resolução do impasse ora posto a julgamento na
norma legal que melhor se ajusta à preservação do equilíbrio econômico do contrato que se pretende
rescindir.
A Medida Provisória n.948 de 08/04/2020, convertida na Lei 14.046 de 24 de agosto de 2020, que dispõe
sobre o adiamento e cancelamento de serviços, de reservas, e de eventos dos setores de turismo e cultura em
razão do estado de calamidade pública reconhecido pelo Decreto Legislativo n.6 de 20 de março de 2020 e da
emergência de saúde pública de importância internacional decorrente do coronavírus (COVID-19), assim
estabelece:
Art. 1º Esta Lei dispõe sobre o adiamento e o cancelamento de serviços, de reservas e de eventos dos setores
de turismo e de cultura, em razão do estado de calamidade pública reconhecido pelo Decreto Legislativo nº 6,
de 20 de março de 2020, e da emergência de saúde pública de importância internacional decorrente da
pandemia da Covid-19.
Art. 2º Na hipótese de adiamento ou de cancelamento de serviços, de reservas e de eventos,

incluídos shows e espetáculos, em razão do estado de calamidade pública reconhecido pelo Decreto
Legislativo nº 6, de 20 de março de 2020, e da emergência de saúde pública de importância internacional
decorrente da pandemia da Covid-19, o prestador de serviços ou a sociedade empresária não serão obrigados
a reembolsar os valores pagos pelo consumidor, desde que assegurem:
I - a remarcação dos serviços, das reservas e dos eventos adiados; ou
II - a disponibilização de crédito para uso ou abatimento na compra de outros serviços, reservas e eventos
disponíveis nas respectivas empresas.
§ 1º As operações de que trata o caput deste artigo ocorrerão sem custo adicional, taxa ou multa ao
consumidor, em qualquer data a partir de 1º de janeiro de 2020, e estender-se-ão pelo prazo de 120 (cento e
vinte) dias, contado da comunicação do adiamento ou do cancelamento dos serviços, ou 30 (trinta) dias antes
da realização do evento, o que ocorrer antes.
§ 2º Se o consumidor não fizer a solicitação a que se refere o § 1º deste artigo no prazo assinalado de 120

(cento e vinte) dias, por motivo de falecimento, de internação ou de força maior, o prazo será restituído em
proveito da parte, do herdeiro ou do sucessor, a contar da data de ocorrência do fato impeditivo da
solicitação.
§ 3º (VETADO).
§ 4º O crédito a que se refere o inciso II do caput deste artigo poderá ser utilizado pelo consumidor no prazo
de 12 (doze) meses, contado da data de encerramento do estado de calamidade pública reconhecido pelo
Decreto Legislativo nº 6, de 20 de março de 2020.
§ 5º Na hipótese prevista no inciso I do caput deste artigo, serão respeitados:
I - os valores e as condições dos serviços originalmente contratados; e
II - o prazo de 18 (dezoito) meses, contado da data do encerramento do estado de calamidade pública

reconhecido pelo Decreto Legislativo nº 6, de 20 de março de 2020.
§ 6º O prestador de serviço ou a sociedade empresária deverão restituir o valor recebido ao consumidor no

prazo de 12 (doze) meses, contado da data de encerramento do estado de calamidade pública reconhecido
pelo Decreto Legislativo nº 6, de 20 de março de 2020, somente na hipótese de ficarem impossibilitados de
oferecer uma das duas alternativas referidas nos incisos I e II do caput deste artigo.
§ 7º Os valores referentes aos serviços de agenciamento e de intermediação já prestados, tais como taxa de
conveniência e/ou de entrega, serão deduzidos do crédito a ser disponibilizado ao consumidor, nos termos do
inciso II do caput deste artigo, ou do valor a que se refere o § 6º deste artigo.
§ 8º As regras para adiamento da prestação do serviço, para disponibilização de crédito ou, na

impossibilidade de oferecimento da remarcação dos serviços ou da disponibilização de crédito referidas nos
incisos I e II do caput deste artigo, para reembolso aos consumidores, aplicar-se-ão ao prestador de serviço ou
à sociedade empresária que tiverem recursos a serem devolvidos por produtores culturais ou por artistas.
§ 9º O disposto neste artigo aplica-se aos casos em que o serviço, a reserva ou o evento adiado tiver que ser
novamente adiado, em razão de não terem cessado os efeitos da emergência de saúde pública referida no art.
1º desta Lei na data da remarcação originária, bem como aplica-se aos novos eventos lançados no decorrer do
período sob os efeitos da emergência em saúde pública e que não puderem ser realizados pelo mesmo
motivo.

Art. 3º O disposto no art. 2º desta Lei aplica-se a:
I - prestadores de serviços turísticos e sociedades empresárias a que se refere o art. 21 da Lei nº 11.771, de 17
de setembro de 2008; e
II - cinemas, teatros e plataformas digitais de vendas de ingressos pela internet.
Vê-se, portanto, que legislação de regência especial somente abriga a hipótese de restituição do valor pago no
caso dos prestadores do setor de turismo e de eventos, em que está inserida a ré, ficarem impossibilitados de
ofertar a remarcação dos serviços ou a disponibilização do crédito, consoante §6º do art.2º da Lei
14.046/2020, acima transcrito.
Destarte, as opções apresentas pela requerida ao autor – manutenção da validade do ingresso para a nova data
do evento, a ser divulgada, ou a utilização do valor pago como crédito para aquisição de outros serviços, no
prazo de 12 meses, a contar do fim do estado de calamidade pública - estão em consonância com a atual
legislação de regência da forma de cancelamento dos contratos da espécie.
Nesse cenário, diante da existência de norma específica sobre o tema – que prevalece sobre a norma geral, no
caso o CDC, enquanto durar o estado de calamidade pública, seu fundamento - e do enquadramento da
situação descrita na inicial nas hipóteses previstas nessa norma, e ainda considerando que a requerida
cumpriu com os requisitos estabelecidos na lei, ao oferecer as alternativas ali descritas, não é cabível a
restituição imediata do valor do ingresso, como pleiteado pelo requerente.
As soluções previstas na norma de regência – remarcação ou disponibilização de crédito - são, no

entendimento dessa magistrada, as que se mostram mais adequadas à preservação do equilíbrio econômico do
contrato, diante das consequências negativas enfrentadas por ambas as partes em razão da pandemia de
COVID-19.
Com essas considerações, JULGO IMPROCEDENTES os pedidos deduzidos na inicial. Em conseqüência,

resolvo o mérito, nos termos do art.487, I, do Código de Processo Civil.
Sem condenação em custas e honorários (artigos 54 e 55 da Lei nº 9.099/95).
Sentença registrada eletronicamente, nesta data. Publique-se. Intimem-se.

BRASÍLIA, DF, 4 de setembro de 2020 13:18:33
KEILA CRISTINA DE LIMA ALENCAR RIBEIRO
Juíza de Direito

2 Juizado Especial Cvel e Criminal de Sobradinho
CERTIDÃO DE DISPONIBILIZAÇÃO DJE
O ato Judicial Sentena ID 71575826 foi disponibilizado no Diário da Justiça Eletrônico (DJe) em
08/09/2020, e será publicado no primeiro dia útil subsequente.
8 de setembro de 2020

Assinado eletronicamente por: Usuário do sistema - 08/09/2020 02:40:07 Num. 71660379 - Pág. 1
2JECICRSOB
CERTIDÃO
Certifico e dou fé que nesta data a PARTE REQUERENTE visualizou a intimação via aplicativo
whatsapp referente a sentença, bem como tomou ciência do prazo para recurso.
De ordem, aguarde-se o decurso do prazo.
BRASÍLIA, DF, 8 de setembro de 2020 17:56:11.

Servidor Geral

TERRITÓRIOS
2JECICRSOB

CERTIDÃO
Certifico e dou fé que não consta no sistema registro de qualquer documento para ser juntado aos autos e que
decorreu o prazo para as partes se manifestarem sobre a r. sentença.
Certifico ainda que a sentença TRANSITOU EM JULGADO em 23/09/2020.
De ordem, arquivem-se os autos com as cautelas de estilo, COM BAIXA.
BRASÍLIA, DF, 24 de setembro de 2020 13:06:44.
RUBENS LUIZ BERNARDES DA COSTA
Diretor de Secretaria Substituto

Assinado eletronicamente por: RUBENS LUIZ BERNARDES DA COSTA - 24/09/2020 13:07:18 Num. 73054931 - Pág. 1
2JECICRSOB
CERTIDÃO
Certifico que, nesta data, anexo e registro a devolução do Aviso de Recebimento cumprido referente à parte
T4F ENTRETENIMENTO.
BRASÍLIA, DF, 1 de dezembro de 2020 13:27:48.
[ Processo fora de trâmite ]


• -
~07:2020' Processo Judicial Eletrônico - 1° Grau
. ! • sp,NTO
AVISO DE RECEBIMENTO AR NO MP
O
11 AGO 220
1 $»
Destinatário:
Endereço para Devolução do AR: Opp,
-951E 1 DO
Rua Bento Branco de Andrade Filho, 400, Jardim
TERRITÓRIOS
Dom Bosco, SÃO PAULO - SP - CEP: 04757-000
2° Juizado Especial Chiei e Criminal de Sobradinho
Fórum de Sobradinho - Setor Central Administrativo e Cultural A,
Térreo, Sala B-24, Térreo, Sala B-24, Sobradinho, BRASÍLIA - DF -
Data da Entrega: 7:6 12
CEP: 73010-501 Jns€dasl Ô Ps •
Wart: O. J.
Carteies
0705811-12.2020.8.07.0006
atura legível dó re dor /identificação
10 Tentativa: / /
\LLAAAJD.AAÃO
20 Tentativa: / /
Assinatura do empregado da ECT./ Matrícula
30 Tentativa: / /
JU 73006509 7 BR
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o go 7 MO, 2020.
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Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios

PJe - Processo Judicial Eletrônico

Ato contínuo, promovi a juntada dos documentos em anexo.

Brasília, 10 de julho de 2020.

Número do documento: 20071018262064800000064030606

O REQUERENTE, LEONARDO ROCHA RODRIGUES, brasileiro,

AÇÃO DE RESTITUIÇÃO DE QUANTIA CERTA

A parte autora, com intuito de participar do evento LollaPalooza que ocorreria

O ingresso comprado era o “Lolla Pass Cashless by Bradesco”, no valor de R$

Número do documento: 20071018262079500000064030607

Com o surgimento do Corona Vírus, logo no dia 13/03/2020 a produtora do

1 Ver Documento anexo 2

Número do documento: 20071018262079500000064030607

Venho por meio deste e-mail, tendo em vista o post do LollaPalooza

Tendo em vista a política de cancelamento da Tickets for Fun, bem

E mais! Não se pode obrigar a anuir com qualquer mudança/alteração

Como resposta ao e-mail enviado, a requerida informou que:3

No entanto, conforme se é sabido, desenvolveu-se a pandemia do Corona Vírus

3 Ver documento anexo 4

Número do documento: 20071018262079500000064030607

A empresa de V.Sª tem sido uma das melhores prestadoras de serviço

4 Ver documento anexo 5

Número do documento: 20071018262079500000064030607

Com o andar do feito, em similitude às respostas automáticas que algumas

5 Ver documento anexo 6

Número do documento: 20071018262079500000064030607

6 Ver documento anexo 7

Número do documento: 20071018262079500000064030607

Transcorridos o prazo para que a sentença transitasse em julgado, na data de

DA COMPETÊNCIA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL – ADEQUAÇÃO AO ART. 3º, I,

Número do documento: 20071018262079500000064030607

De igual forma, logo de início, por prudência, levando em consideração a

Aliás, a situação do ora requerente é de vulnerabilidade, pois, encontra-se numa

Nesse sentido é o que dispõe o REsp nº 476428, onde “A relação jurídica

Número do documento: 20071018262079500000064030607

DANO MATERIAL COM PREJUÍZO COMPROVADO – NECESSIDADE DE

Nesses termos, sucede-se que, diante da alteração contratual realizada

Número do documento: 20071018262079500000064030607

Não é à toa que o próprio Diretor Executivo do Procon-SP elucida que “o

11 Art. 2º Na hipótese de cancelamento de serviços, de reservas e de eventos, incluídos shows e espetáculos,

Número do documento: 20071018262079500000064030607

Número do documento: 20071018262079500000064030607

Igualmente, caracteriza prática abusiva a retenção integral de valores, ainda que

Número do documento: 20071018262079500000064030607

I - impossibilitem, exonerem ou atenuem a responsabilidade do fornecedor por vícios de qualquer

Número do documento: 20071018262079500000064030607

Número do documento: 20071018262079500000064030607

Número do documento: 20071018262079500000064030607

Número do documento: 20071018262079500000064030607

Número do documento: 20071018262079500000064030607

Número do documento: 20071018262079500000064030607

Número do documento: 20071018262079500000064030607

Número do documento: 20071018262079500000064030607

Número do documento: 20071018262079500000064030607

Número do processo: 0705811-12.2020.8.07.0006

Classe judicial: PROCEDIMENTO DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL (436)

AUTOR: LEONARDO ROCHA RODRIGUES

RÉU: T4F ENTRETENIMENTO S.A.

De ordem, designei para o dia 28/08/2020, às 17h00, a sessão de CONCILIAÇÃO através de

Informo, abaixo, o link e a senha para a sessão.