Relatório Final Ambientes Não Escolares
Relatório Final Ambientes Não Escolares
Relatório Final Ambientes Não Escolares
O profissional da educação ao longo de sua trajetória vem conquistando, cada vez mais,
espaços não formais para a sua atuação, esta docência que o restringia apenas para as salas de
aula das escolas vem se destacando com funcionalidade e êxito dentro das empresas. O
pedagogo antes visto apenas como transmissor de conhecimento passa a exercer a função de
mediador, desenvolvendo atividades no âmbito empresarial, estimulando os funcionários,
promovendo eventos, palestras ou formações continuadas objetivando melhoria na produção
e no bem-estar daqueles que são responsáveis pelo sucesso da empresa. Entretanto, no Brasil
especificamente no interior a formação do pedagogo ainda está restrita para a sala de aula, os
acadêmicos de pedagogia optam pelo curso almejando se tornarem professores para
lecionarem nas escolas da rede pública que estão em fase de carência de profissionais
específicos da área da educação, logo, não conhece as demais atuações que o pedagogo pode
executar no mercado de trabalho, esse problema pode estar diretamente ligado ao currículo
do curso elaborado para a região, por ser considerada uma região com precariedades no que
diz respeito ao desenvolvimento social e econômico, impossibilitando a oferta de estágios
supervisionados em espaços não escolares. Este estudo tem o objetivo de refletir sobre o
processo de formação inicial dos estudantes de Pedagogia do interior de minas, levando em
conta a ênfase na docência e a desvalorização cultural das demais áreas de atuação
pedagógica. Pesquisa de caráter bibliográfico, baseado em autores que contextualizam o perfil
dos acadêmicos de Pedagogia dessa região.
O curso de Pedagogia no interior normalmente é constituído por alunos de classe baixa que
procuram desenfreadamente por oportunidades de emprego, e devido à necessidade local de
profissionais da educação qualificados na área atuando nas escolas, enxergam o curso de
Pedagogia como a porta de entrada para o mercado de trabalho. O curso é frequentado em
sua maioria por indivíduos do sexo feminino, segundo dados do Instituto Nacional de Estudos
e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep/MEC), divulgado em março de 2005, consta que
as mulheres compõem cerca de 91,3% da graduação em Pedagogia. Devido à trajetória cultural
e histórica da educação como ciência, as mulheres em sua totalidade ainda são a maioria a
optarem pela formação nesta área das ciências humanas. No entanto, com essa emancipação
do sexo masculino nesta área de formação, aos poucos se percebe o aumento de homens
dentro das graduações em pedagogia. Charão (2004, p.07) afirma que “à medida que o acesso
à escola e aos diferentes níveis de ensino vai sendo incorporado como uma demanda social e
sua oferta é expandida, diferentes exigências vão sendo feitas sobre a formação docente e
diferentes perfis profissionais vão se estabelecendo”. Devida essa facilidade de acesso ao
ensino superior na atualidade e das possiblidades de conseguir emprego dentro da própria
região, os alunos de classes médias baixas, adentram no curso de pedagogia com o auxílio de
programas criados pelo governo federal que fazem com que o acesso ao ensino superior seja
possível, programas como FIES (Financiamento Estudantil) e PROUNI (Programa Universidades
Para todos).
De acordo com o currículo do curso de pedagogia essa licenciatura tem como objetivo formar
profissionais da educação, apontando aspectos e novas competências necessárias para a sua
atuação na contemporaneidade. Além das disciplinas ministradas sobre atuação do pedagogo
em espaços não formais, também são executados estágios supervisionados em espaços não
escolares. Mas essa realidade está bem distante do que acontece no interior. O curso de
Pedagogia nessa região segundo os relatos de Rocha (2009) prioriza a docência até mesmo por
uma questão cultural e social na qual estão inseridos. Através do estágio em espaços não
escolares, os alunos poderiam compreender a amplitude que têm a sua formação, além de
servir como um divisor de águas, fazendo-o que desenvolva ou não gosto pela pedagogia
empresarial ou em outros setores; ou se vai preferir seguir na docência em ambientes formais.
O estágio é capaz de fazer com que o aluno relacione a teoria com a prática, reforçando as
abordagens teóricas apresentadas em sala de aula quanto estudante de pedagogia em
formação. Logo, o estágio pode ser percebido não somente como exigências acadêmicas para
a obtenção da titulação como pedagogo, mas como oportunidade de treinamento pedagógico
para atividades para além da sala de aula, saindo da normalidade escolar imposta dentro da
sua especifica área de formação como educador e docente.
REFERENCIAS
BARNEZE, Cibele. SILVA, Marli Regina Fernandes da. Gestão pedagógica e estágio
supervisionado em espaço não escolar. Disponível em Acesso em 26 de setembro de 2015
CHARÃO, Cristina. Quem será professor. Revista: Educação. Ed.2015. Disponívelem Acesso em
Agosto de 2015.