Location via proxy:   [ UP ]  
[Report a bug]   [Manage cookies]                

Supervisor Escolar

Fazer download em doc, pdf ou txt
Fazer download em doc, pdf ou txt
Você está na página 1de 7

A escola dos nossos sonhos só será possível quando todos os educadores

tiverem consciência de que não basta apenas criticar, é preciso em premissa


maior, vestir a camisa de sua profissão com total responsabilidade”.
Roberto Giancaterino
RESUMO
A supervisão educacional (ou escolar) constitui-se num trabalho profissional
que tem o compromisso juntamente com os professores de garantir os
princípios de liberdade e solidariedade humana, no pleno desenvolvimento do
educando, no seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação
para o trabalho e, para isso assegurar a qualidade de ensino, da educação, da
formação humana. No cenário nacional, a supervisão escolar tornou-se “função
meio”, que garantiria a eficiência da tarefa educativa, através do controle da
produtividade do trabalho docente. Neste sentido, o presente artigo objetivou
levantar o papel, a relevância e as atribuições do supervisor educacional de
uma escola Estadual do Município de São Bernardo do Campo - São Paulo. A
amostra representativa desta pesquisa foi de três professores da referida
instituição de ensino. O instrumento de coleta de dados foi o questionário, com
questões abertas. Os dados são apresentados na íntegra expressos por
gráficos, quando é o caso, de maneira que explicitem a realidade na visão dos
educadores, além de proporcionar um panorama geral do tema.
Palavras-chave: Supervisão Educacional, Professores, Escola Estadual,
Educação.
Ao se estabelecer um conceito supervisão, é importante esclarecer o sentido
etimológico do termo. A palavra Supervisão é formada pelos vocábulos super
(sobre) e visão (ação de ver). Indica a atitude de ver com mais clareza uma
ação qualquer. Como significação estrita do termo, pode-se dizer que significa
olhar de cima, dando uma “idéia de visão global”.
Afirma Ferreira (1999): supervisor é aquele que: “assegura a manutenção de
estrutura ou regime de atividades na realização de uma programação/projeto. É
uma influência consciente sobre determinado contexto, com a finalidade de
ordenar, manter e desenvolver uma programação planejada e projetada
coletivamente”.
O supervisor escolar faz parte do corpo de professores e tem a especificidade
do seu trabalho caracterizado pela coordenação – organização em comum –
das atividades didáticas e curriculares e a promoção e o estímulo de
oportunidades coletivas de estudo.
Conforme Alarcão (1996), no contexto brasileiro, a supervisão apresenta-se
como uma prática relativamente recente. Remonta aos anos 70 e surgiu no
cenário sócio-político-econômico, historicamente, como a função de controle.
Esta opinião pode ser vista nas palavras de Rangel et alli (2001:12) relatam
que:
A supervisão passa de escolar, como é freqüentemente designada, a
pedagógica e caracteriza-se por um trabalho de assistência ao professor, em
forma de planejamento, acompanhamento, coordenação, controle, avaliação e
atualização do desenvolvimento de processo ensino-aprendizagem. A sua
função continua a ser política, mas é uma função sociopolítica crítica (...).
Nesta perspectiva, na atualidade pode-se inferir que o papel do supervisor está
atrelado à gestão da escola como um todo. Uma vez que ele busca junto com o
professor minimizar as eventuais dificuldades do contexto escolar em relação
ao ensino-aprendizagem.
Ao falar em supervisão, é preciso situá-la quanto ao nível e ao âmbito de ação.
A supervisão da qual se fala neste contexto é a que se realiza na escola,
integrada à equipe docente, com âmbito de ação didática e curricular. É
preciso, entretanto, reconhecer outros níveis centrais e intermediários da
função supervisora, à qual incumbem ações de naturezas pedagógicas,
administrativas e de inspeção.
Todavia, são históricos, também os conceitos sobre a função do Supervisor, se
configuraram a partir de práticas e paradigmas implícitos em discursos que
legitimaram a ideologia, em quase todos os casos, dominante. Como o período
da ditadura não é um fato histórico tão distante, muitos ainda não se
desvencilharam totalmente de seus efeitos, o que é compreensível quando
encontramos entendimentos acerca da Supervisão que remontam ao espírito
ditatorial com manifestos numa linguagem e práticas em consonância com
termos como fiscalização e inspeção.
A estruturação do Serviço de Supervisão se deu sobre esta ótica, o que hoje
levam muitos a confundir aspectos técnicos com administrativos, até porque o
contexto que gerou a Supervisão Escolar é decorrente de uma política
perpetuadora da estratificação social. “É neste contexto, que emerge a
Supervisão Escolar como um meio de controlar o que foi planejado ao nível
central” (Silva, 1987:72).
De acordo com Silva Júnior e Rangel (1997), em seu início a Supervisão
Escolar foi praticada no Brasil em condições que produziam o ofuscamento e
não a elaboração da vontade do supervisor. E esse era, exatamente, o objetivo
pretendido com a supervisão que se introduzia. Para uma sociedade
controlada, uma educação controlada; um supervisor controlador e também
controlado.
Lima (in Rangel 2001), acredita que, com a implantação dos Parâmetros
Curriculares Nacionais (MEC, 1997), a supervisão educacional foi considerada
uma grande aliada do professor na implementação, associada à avaliação
crítica, desses parâmetros. Contudo, para que se possa alcançar esse objetivo,
é necessário que a supervisão seja vista de uma perspectiva baseada na
participação, na cooperação, na integração e na flexibilidade. Nesse sentido,
reconhece-se a necessidade de que o supervisor e o professor sejam
parceiros, com posições e interlocuções definidas e garantidas na escola.
A questão conceitual é extremamente importante, uma vez que ela determina
uma prática, num determinado contexto, em determinada época. Esta ação
pode ser restrita ou abrangente, burocrática ou pedagógica, política ou
subserviente, alienada ou comprometida. Permite optar por uma ação
fundamentada, que, aliás, deve ser a característica de um Supervisor Escolar.
A natureza conceitual subsidiará a ação, consciente ou inconscientemente. E
ação consciente é privilégio dos comprometidos, dos que realmente têm
maturidade para optar, para planejar e executar. Assim, a seguir busca-se
evidenciar, na prática, o papel da supervisão educacional junto aos professores
de uma escola Estadual do Município de São Bernardo do Campo - São Paulo.
Análise dos dados
Este item destina-se a apresentar os dados coletados junto aos professores, de
uma escola Estadual do Município de São Bernardo do Campo - São Paulo,
num total de três entrevistados. Os dados são apresentados na íntegra,
situados em gráficos, quando for o caso, de maneira que explicitem a realidade
na visão dos educadores, além de proporcionar um panorama geral do tema.
Atribuições do supervisor escolar
Quando questionados sobre a função ou atribuição do supervisor, as respostas
citadas foram:
- Coordenar e organizar os trabalhos de forma coletiva na escola, oferecer
orientação e assistência aos professores, bem como fornecer aos mesmos
materiais e sugestões de novas metodologias para enriquecer a prática
pedagógica;
- Orientar os professores no planejamento e desenvolvimento dos conteúdos,
bem como sugerir novas metodologias que os avaliem na prática pedagógica e
aperfeiçoem seus métodos didáticos;
- Acompanhar o desenvolvimento da proposta pedagógica da escola e o
trabalho do professor junto ao aluno auxiliando em situações adversas.
Silva Júnior e Rangel (1997) pontuam que, o supervisor, como qualquer
profissional, em seu curso de formação e em sua prática, prepara-se para atuar
como especialista, no caso, como coordenadora do processo curricular, seja
em sua formulação, execução, avaliação ou reorientação. E é
instrumentalizada para coordenar o processo de construção coletiva do projeto
político-pedagógico da escola.
Ressaltam também que a supervisão escolar não se detenha em sua
superfície, mas atinja camadas mais profundas, onde se encontram as raízes
de questões que envolvem o trabalho educativo.
2. Quanto à questão se a função do supervisor é realmente cumprida na
escola pesquisada.
Na opinião dos entrevistados o tempo é um dos maiores empecilhos da função
de supervisor, o de não ser cumprido como deveria ser, haja vista que, muitos
casos o supervisor procura desenvolver seu trabalho de forma superficial, não
se aprofundando o necessário, isso por que em muitas vezes exerce outra
função além da supervisão.
É sabido que exercer a função de supervisor requer uma visão nobre - a visão
geral de fundamentos, princípios e conceitos do processo didático.
Conforme Silva Júnior e Rangel (1997) a ação supervisora, implica ter-se uma
concepção clara a respeito:
- Da escola como instituição social fincada numa sociedade que tem sua base
no sistema capitalista;
- Do sentido que têm a educação e o ensino;
- Da posição que o sistema de ensino atribui para o supervisor como um dos
agentes educacionais;
- Da posição que o próprio supervisor se atribui como agente do ensino e da
educação;
- Do objeto específico de trabalho do supervisor escolar e da capacidade de
observar o cotidiano, para através dele, transformar sua ação.
3. Relevância da supervisão educacional
Na opinião de todos os entrevistados a supervisão escolar é relevante, haja
vista que a mesma atua no sentido da construção de uma competência
docente coletiva. Dois entrevistados justificaram sua resposta, afirmando que a
supervisão é importante por que:
- Visa ao acompanhamento ao aluno com ajuda de professores, para um bom
desenvolvimento do ensino-aprendizagem, bem como ajuda no fornecimento
de materiais alternativos, para tornar conteúdos mais atrativos visando sempre
uma melhoria na aprendizagem;
- Procura soluções para situações que permeiam o relacionamento aluno-
professor, pois é uma pessoa apta e disponível para atender problemas
individuais, bem como elevar os bons trabalhos realizados.
Alguns diriam que qualquer professor poderia fazer o que foi descrito acima, no
entanto, as funções do supervisor educacional fortemente presente, que possui
conhecimentos específicos, produzem resultados mais eficazes. Todavia, os
conhecimentos específicos só o especialista domina, e é ele, portanto, quem
pode desempenhar tal função mais competentemente.
Rangel et alli (2001) consideram a supervisão escolar de total relevância, à
medida que desenvolve um trabalho de assistência ao professor, em forma de
planejamento, acompanhamento, coordenação, controle, avaliação e
atualização do desenvolvimento do processo ensino-aprendizagem.
4. Características da atuação da supervisão educacional na escola
pesquisada
As características da Supervisão Escolar são justificadas a partir do contexto
de sua ação. Dizem respeito a procedimentos, objetivos, conteúdos e
finalidades. Assim sendo, sua primeira característica é a complexidade de sua
função.
Ao responderem a questão sobre as principais características da atuação da
supervisão nas instituições de ensino, os entrevistados foram quase unânimes
em dizer que a função de supervisor acopla funções de orientador, assistente
social, psicólogo, visando prestar suporte às atividades dos professores no
desenvolvimento do currículo escolar.
Rangel et alli (2001) assinalam que, a ação supervisora pode incentivar o
estudo de princípios metodológicos, enfatizado, elementos pontuais para a
escolha do método tendo como as considerações:
- Das relações entre professores, alunos, objetivos, conteúdos, avaliação e
recuperação da aprendizagem;
- Do aluno e de seus interesses, que emergem, tanto de sua vivência, quanto
do movimento social e suas motivações;
- Da especificidade dos temas dos programas;
- De fundamentos da aprendizagem e da dinâmica da sala de aula, como a
diversificação metodológica;
- De processos e recursos da avaliação e recuperação da aprendizagem.
No entanto, além das características citadas pelos entrevistados, Rangel et alli
(2001) destacam que, a formação do profissional da educação que irá trabalhar
com a supervisão poderá ser feita, como diz a nova LDB, em cursos de
graduação em pedagogia ou em nível de pós-graduação, desde que garantida
nessa formação, a base comum nacional e que ela incorpore as atuais
exigências do mundo do trabalho e das relações sociais.
5. Entraves à eficácia no trabalho do supervisor na escola pesquisada
Quando questionado sobre os principais entraves para o desenvolvimento das
atividades do supervisor, os três pesquisados argumentaram que, a falta de
conhecimento dos professores da função do supervisor na escola, tem
atrapalhado o supervisor a desempenhar sua função com eficácia e o pouco
tempo para resolver muitos problemas.
Todavia, a ação supervisora encontra entraves ou obstáculos à sua efetivação
na ausência da especialidade da função. Ressalta-se a idéia de que a
especialidade refere-se à especificidade e não meramente a divisão do
trabalho. Um dos argumentos a esta afirmação encontra-se no fato de que a
“coordenação” é uma das especificidades da função supervisora. E a mesma é
uma necessidade do trabalho do supervisor, essa necessidade permite
observar que, mesmo eliminando a figura do supervisor especialista não se
poderia prescindir da coordenação como serviço que garanta as articulações
indispensáveis ao processo de ensino-aprendizagem (Medeiros, 1997).
Assim, infere-se que o teor de envolvimento dos professores e direção da
escola, responde em grande parte pela superação dos entraves à efetivação da
ação supervisora na escola.
Também a prática da supervisão exige, de parte do supervisor, uma constante
avaliação crítica do seu próprio desempenho e um esforço continuado de
aperfeiçoamento como técnico e como pessoa. Só dessa forma conseguirá a
mobilização das energias dos professores no sentido dos objetivos
educacionais perseguidos (VILLAS BOAS, 2003).
Considerações Finais
Não é possível abordar a questão de supervisão sem ter claramente explicitado
o contexto em que sua ação se situa, pois, é a partir daí, que queremos
repensar seu papel político e social. É por esta razão que apresentamos as
considerações ao longo do presente artigo. Reafirmamos que a construção de
uma nova realidade passa obrigatoriamente pela construção de um novo
paradigma. Esse paradigma deve ser assumido pelo Supervisor num processo
argumentativo baseado em atos de fala, no qual são questionadas as
pretensões de validade que podem ser aceitas ou não, legitimadas pela força
de argumentação.
Diante do exposto do texto deste artigo, pode-se concluir que, a Supervisão
Educacional, na escola analisada, tem desempenhado seu papel, buscando
cumprir a grade curricular, observando a prática e orientando individualmente
os professores. Tendo como foco de atenção, aspectos técnicos, burocráticos e
de controle, buscando promover e dinamizar o currículo, através da interação
grupal. Todavia, cabe apresentar algumas recomendações no sentido de ajudar
o supervisor a desempenhar suas funções, dentro da escola pesquisada:
- Informar os professores a respeito ao papel que o supervisor deve
desempenhar a função que lhe cabe.
- A escola deveria ter também o orientador educacional para fazer o trabalho
diretamente com pais e alunos.
- Dialogar mais com os professores, sempre buscando um melhor atendimento
para se fazer um trabalho em conjunto cada vez mais satisfatório sempre
visando o aluno.
- A escola deveria contar com apoio na orientação pedagógica, sem a qual a
função deste recai sobre a supervisão.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ALARCÃO, Isabel. Ser professor reflexivo. Formação reflexiva de
professores: estratégias de supervisão. Porto Alegre: Porto, 1996.
FERREIRA, N. S. C. (org.). Supervisão educacional. Para uma Escola de
Qualidade: da Formação a Ação. 2. ed. São Paulo: Cortez, 1999.
MEDEIROS, M. F. Nove olhares sobre a supervisão. Campinas, SP: Papirus,
1997.
RANGEL, M.; ALARCÃO Izabel; LIMA, Elma; FERREIRA, Naura, S. C.
Supervisão pedagógica. Campinas - SP: Papirus, 2001.
SILVA JÚNIOR, C.; RANGEL, M. Nove olhares sobre supervisão. 7. ed. São
Paulo: Papirus, 1997.
SILVA, N. S. F. Supervisão educacional: uma reflexão crítica. 8. ed.
Petrópolis, RJ: Vozes, 1987.
VILLAS BOAS, M. V. A prática da supervisão. In Educação e Supervisão.
10. ed. São Paulo: Cortez, 2003.
APÊNDICE
Roteiro de coleta de dados
1) Em sua opinião, qual a função e/ou atribuições do supervisor escolar?

2) Essa função, na sua escola, é cumprida?

3) Qual a relevância da supervisão escolar? Por quê?

4) Indique as principais características da atuação da supervisão educacional


na instituição em estudo.

5) Quais os principais entraves e eficácia no desenvolvimento das atividades


do supervisor?
Sobre o autor:
Prof. Dr. Roberto Giancaterino, PhD, nasceu em 1964, na cidade de Campinas,
estado de São Paulo. Residente em São Bernardo do Campo - SP. É Pós-
Doutorado em Educação; Doutor em Filosofia, Tecnologia Educacional e
Mestre em Ciências da Educação e Valores Humanos. Especialista em
Psicopedagogia Clínica e Institucional; Valores Humanos Transdisciplinares;
Docência do Ensino Superior; Administração e Supervisão Educacional.
Também é Bacharel e Licenciado em: Filosofia, Física, Matemática e
Pedagogia. Escritor, Pesquisador, Palestrante, Conferencista e Seminarista na
área Educacional. É autor de vários trabalhos científicos reconhecidos por
acadêmicos, entre eles: O best-seller “Escola, Professor, Aluno - Os
Participantes do Processo Educacional” editado pela editora Madras que já é
sucesso mundial. Iniciou-se no magistério em 1984 na disciplina de
Matemática, posteriormente, ao final da mesma década já lecionava também
na disciplina de Física. Atualmente atua como professor universitário em cursos
de pós-graduação em disciplinas pedagógicas, e, na rede pública estadual
leciona Matemática e Física. Em seu caminhar pela educação, Giancaterino
idealiza com uma educação de qualidade e completa para todos,
principalmente aos menos favorecidos e que associe todas as dimensões do
sujeito como ser humano.
Algumas frases marcantes de sua autoria:
“Quando a escola não é importante para os pais, também não é para os filhos”.

“Um país se constrói com bons homens e bons livros”.


“Enquanto a Educação for utópica em sua complexidade, o sonho é necessário
para que possamos trilhar um caminho”.
“O trabalho de um homem perpetua quando atravessa os tempos”.
“Às vezes, as coisas mais reais do mundo são aquelas que não podemos ver”.
“Ceder, nem sempre é sinônimo de derrota, é ser mediador do bom senso para
o momento”.
“Existe só uma maneira de superar os obstáculos, ultrapassá-los”.
“O trabalho enobrece o homem quando ele é digno do seu suor”.
“Enquanto houver guerras entre os homens à paz será uma espécie em
extinção”.
“Um dos maiores atos de covardia do ser humano, não é errar, mas sim, não
assumir seu próprio erro”.
“O espírito de luz é aquele que transforma as coisas ruins em virtudes”.
Contato: prof.giancaterino@terra.com.br

Você também pode gostar