O documento discute a avaliação na educação infantil, argumentando que ela deve ser um processo de acompanhamento e oportunização do desenvolvimento da criança, e não um meio de controle. A avaliação deve ser baseada em observações sensíveis e reflexivas da criança em seu cotidiano, e não em julgamentos ou notas. Os registros avaliativos devem ser descritivos ao invés de padronizados.
O documento discute a avaliação na educação infantil, argumentando que ela deve ser um processo de acompanhamento e oportunização do desenvolvimento da criança, e não um meio de controle. A avaliação deve ser baseada em observações sensíveis e reflexivas da criança em seu cotidiano, e não em julgamentos ou notas. Os registros avaliativos devem ser descritivos ao invés de padronizados.
O documento discute a avaliação na educação infantil, argumentando que ela deve ser um processo de acompanhamento e oportunização do desenvolvimento da criança, e não um meio de controle. A avaliação deve ser baseada em observações sensíveis e reflexivas da criança em seu cotidiano, e não em julgamentos ou notas. Os registros avaliativos devem ser descritivos ao invés de padronizados.
O documento discute a avaliação na educação infantil, argumentando que ela deve ser um processo de acompanhamento e oportunização do desenvolvimento da criança, e não um meio de controle. A avaliação deve ser baseada em observações sensíveis e reflexivas da criança em seu cotidiano, e não em julgamentos ou notas. Os registros avaliativos devem ser descritivos ao invés de padronizados.
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Avaliação na pré- escola: um olhar
sensível e reflexivo sobre a criança
Jussara Hoffmann O livro se divide em oito capítulos que retratam: a avaliação no contexto da educação infantil, pressupostos básicos da avaliação, avaliação e desenvolvimento infantil, o espaço pedagógico versus avaliação mediadora, recortes do cotidiano, um olhar sensível e reflexivo sobre a criança, pareceres descritivos: uma análise crítica, delineando relatórios de avaliação, relatórios diários e relatórios gerais: um exercício de reflexão sobre a ação. CAP.1- AVALIAÇÃO NO CONTEXTO DA EDUCAÇÃO INFANTIL
Na verdade, a questão da avaliação insere-se na
discussão histórica, acerca de uma concepção assistencialista ou educativa para o atendimento às crianças. A exigência de um processo formal de avaliação parece surgir, mais propriamente, como elemento de pressão das famílias de classe média por propostas verdadeiramente pedagógicas, para além do modelo de guarda e proteção do modelo assistencialista. A prática avaliativa, dessa forma, surge como um elemento de CONTROLE sobre a escola e sobre os professores que se veem com a tarefa de formalizar e comprovar o trabalho realizado via avaliação das crianças. Conceber o avaliar implica em conceber a criança que se avalia e essa não é uma prática neutra ou descontextualizada como procura se caracterizar a avaliação no ensino regular, onde os professores determinam sentenças sobre os alunos sem perceber o seu inalienável compromisso com os julgamentos proferidos.
É preciso ressignificar a avaliação em educação infantil
como acompanhamento e oportunização ao desenvolvimento máximo possível de cada criança, assegurando alguns privilégios dessa instancia educativa, tais como o não- atrelamento ao controle burocrático do sistema oficial de ensino em termos de avaliação, e a autonomia em relação à estrutura curricular. CAP. 2 – PRESSUPOSTOS BÁSICOS DA AVALIAÇÃO
Compreendendo a criança, o professor redimensiona o seu
fazer a partir do mundo infantil descoberto e ressignificado. E dessa significação decorre diretamente a qualidade de sua interação com a criança. È essa a complexidade própria da avaliação em educação infantil.
Formar educadores infantis é muito mais do que lhes
sugerir ou supervisionar um trabalho junto às crianças. È oferecer-lhes espaço de reflexão e troca de experiências e suscitar-lhes autonomia e iniciativa, principalmente no que se refere à avaliação. Vídeo: Alice e o gato Por favor, pode me dizer que caminho devo tomar para sair daqui? Perguntou Alice.
_ Isso depende muito de onde você quer ir -
respondeu o gato.
_Isso pouco importa - disse Alice.
_ Então não importa que caminho você tome.
(trecho de “Alice no País das Maravilhas” de Lewis Caroll)
O tema avaliação é por demais complexo justamente, porque é diretamente depende da observação das crianças em sua exploração permanente do mundo e da aproximação dos educadores com a realidade sociocultural dessas crianças, à luz de suas próprias representações e sentimentos. Não se pode conceber a avaliação como um jogo de regras uniformes e definidas, à luz de parâmetros fixos, controladores, pois ela encerra a dinâmica da interação e a própria dialética do conhecimento, com suas continuidades e descontinuidades. CAP. 3 - AVALIAÇÃO E DESENVOLVIMENTO INFANTIL
A busca de significado pela avaliação requer o estudo das
concepções de educação infantil, das teorias de desenvolvimento e das abordagens do processo educativo que elas se originam.
A concepção construtivista-interacionista de conhecimento
provoca outro olhar sobre o desenvolvimento infantil e consequentemente sobre posturas pedagógicas e avaliativas. Segundo Piaget, a criança constrói o conhecimento na sua interação com o objeto, (...) os fenômenos físicos em geral. O que quer dizer que existe um sujeito ativo desde o nascimento, com estruturas orgânicas que impulsionam à ação, mas cujo desenvolvimento depende radicalmente dessa mesma ação. Como séria consequência de certos procedimentos avaliativos, chega-se as famílias em termos do alcance pela criança de maior número de itens assinalados, ao treinamento de crianças por pais e professores para o alcance de “habilidades” ao final dos semestres, à retenção de alunos em certos níveis da pré-escola pelo não alcance de questionáveis aspectos que nada tem a ver com a Educação Infantil CAP. 4- O ESPAÇO PEDAGÓGICO VERSUS AVALIAÇÃO MEDIADORA Para que a avaliação se efetive como mediação, com sentido significativo das ações cotidianas e pensamentos das crianças. Um processo avaliativo mediador não entra em sintonia com um planejamento rígido de atividades por um professor, com rotinas inflexíveis, com temas previamente definidos para unidades de estudo, onde os conhecimentos construídos pelas crianças não são levados em conta. A ação avaliativa mediadora também não se efetiva num espaço pedagógico improvisado. As atendentes de creche assistencialistas, onde se realizam os estágios, pouco tem a nos dizer sobre as crianças além de algumas atitudes ou hábitos de dormir, comer etc. Sem propor nenhum trabalho às crianças a cada momento. È urgente repensar esse espaço pedagógico bem como a definição dos objetivos educacionais, uma vez que a finalidade da educação infantil é o acompanhamento sério e reflexivo do desenvolvimento global de uma criança, estendendo-se dos cuidados que ela necessita à natureza do seu ser racional, conhecido, desde recém nascido. CAP. 5- RECORTES DO COTIDIANO. Ao se perceber tais fundamentos essenciais ao delineamento de uma proposta pedagógica, torna-se necessário, assim, analisar os componentes curriculares que se articulam para compor o planejamento do cotidiano em educação infantil. Historicamente, o planejamento na pré- escola organiza-se em unidades temáticas o que reproduz, de certa forma a organização curricular em disciplinas do ensino regular. O planejamento desenvolvido através de projetos pedagógicos, em educação infantil, tem por fundamento uma aprendizagem significativa para as crianças A ação avaliativa mediadora implica em projetar o futuro a partir de recortes do cotidiano, em delinear a continuidade da ação pedagógica, respeitando a criança em seu desenvolvimento, em sua espontaneidade na descoberta de mundo oferecendo-lhe um ambiente de afeto e segurança para suas tentativas. Na tentativa de realizar uma síntese organizada das considerações feitas, aponto três princípios norteadores da avaliação mediadora que fundamentam a elaboração de registros de avaliação: principio de investigação docente, princípios de provisoriedade dos juízos estabelecidos e princípios de complementaridade CAP. 6 – UM OLHAR SENSÍVEL E REFLEXIVO SOBRE A CRIANÇA
Percebe-se, no processo avaliativo, que difícil é para o
professor dar-se conta de suas próprias concepções de vida.
O conhecimento de uma criança é construído lentamente,
por suas próprias ações e por suas próprias ideias que se desenvolvem numa direção: para maior concorrência, maior riqueza e maior precisão. È preciso que o processo avaliativo supere o individualismo e gere a cooperação entre os elementos da ação educativa. A cooperação envolve o exercício da descontração, a coordenação da diversidade de pontos de vista para se ampliar o entendimento sobre a formação infantil. CAP.7- PARECERES DESCRITIVOS: UMA ANÁLISE CRÍTICA.
Hoffmann menciona alguns equívocos na elaboração dos
registros avaliativos.
A complexidade que envolve a avaliação do desenvolvimento
infantil exige registros descritivos e reflexivos que ultrapassem em muito uma prática de “avaliação por cruzinhas” ou preenchimento de formulários padronizados. E essa é uma consideração que se aplica a todos as instancias da educação. O que se deve garantir em educação é o respeito às diferenças de cada um. E esse respeito às diferenças exige uma permanente observação e reflexão do processo individual de construção do conhecimento. CAP. 8- DELINEANDO RELATÓRIOS DE AVALIAÇÃO
O registro da história da criança, no processo
avaliativo, não pode significar apenas memória como função bancária, ou seja, há que se pensar no significado desse registro para além da coleta de dados e informações. Por outro lado em avaliação como nos basearmos apenas na memória, porque ela é muitas vezes falha. RELATÓRIOS DIARIOS E RELATÓRIOS GERAIS: UM EXERCÍCIO DE REFLEXÃO SOBRE A AÇÃO
A avaliação, enquanto mediação insere-se no processo
educativo como um instrumento de REFLEXÃO, que auxilie o professor a tomar consciência de mudanças a operar em sua ação, a comprovar e/ ou refutar hipóteses sobre processos vividos pelas crianças. Percebe-se no dia a dia do professor de educação infantil, o risco das rotinas, das ações improvisadas e/ ou não refletidas em termos do seu significado educativo para as crianças. Os relatórios diários tem sido uma pratica das estagiárias do curso de pedagogia, os relatórios evidenciam, em sua sequência e evolução, que está em jogo um processo de mudança conceitual das estagiárias, para o qual o suporte teórico e a relação dessa prática como essencial.