Instituto Superior Politécnico Metropolitano de Angola: O Papel Da Economia Informal Como Fonte de Rendimento
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Instituto Superior Politécnico Metropolitano de Angola: O Papel Da Economia Informal Como Fonte de Rendimento
LUANDA
2019
2
LUANDA
2019
3
Aprovado ao: / /
Considerações_______________________________________________________________
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DEDICATÓRIA
AGRADECIMENTOS
Aos meus pais Inês Miguel, David dos Santos e Maria Amaral pelo incentivo e
confiança nesta longa caminhada académica.
EPÍGRAFE
RESUMO
ABSTRACT
The present work is the result of an investigation under the theme: the role of the informal
economy as an source of income (Case study: The KM 30 market, in 2019) whose overall
purpose was to analyze the role of the informal economy as an source of the yield of the Knel
market vendors. How methodology was a qualitative research of the bibliographic strand and
case study. For data collection, a questionnaire was closed with closed questions subjected to
the sample of 107 sellers in order to assess the information in the field of study. It was
possible to understand that the informal economy has a preponderant role in which the
alternative source of sellers' yields. For it, it promotes the adequacy of goods and services that
provides the income and power of purchasing for the population in question. However, by the
lack of formalized administrative processes, does not allow the State to have the effective
control of incomes that the population will obtain from these activities.
LISTA DE TABELAS
Tabela nº 7 - Inquiridos referentes ao modo que conseguiu o dinheiro para dar arranque a
actividade informal.
LISTA DE GRÁFICOS
Gráfico nº 7 - Distribuição dos inquiridos referente ao modo que conseguiu o dinheiro para
dar arranque a actividade.
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO...............................................................................................................................
CONCLUSÃO.................................................................................................................................
SUGESTÃO.....................................................................................................................................
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..............................................................................................
13
INTRODUÇÃO
O presente trabalho tem como tema “o papel da economia informal como fonte de
rendimento.” Os mercados de Luanda constituem, a par da venda ambulante, o espaço onde
um grande número de agentes (um número que deverá exceder consideravelmente a cifra
oficial) encontra ocupação e obtém os rendimentos que contribuem para a sua subsistência e
das suas respectivas famílias.
A sua importância remete não apenas para a dimensão económica e social mas
também para a dimensão sociocultural, uma vez que está-se em presença de instituições
concretas com a história e com presença marcante no imaginário da sociedade luandense.
HIPÓTESES
14
H2: A economia informal desempenha um papel preponderante por ser uma fonte onde as
famílias encontram a possibilidade de desenvolverem as suas actividades e consequentemente
obterem algum rendimento.
OBJECTIVOS
Geral:
Específicos:
JUSTIFICATIVA DO ESTUDO
De modo pessoal, a escolha do tema acima descrito é de extrema importância por ser
um assunto pertinente, por acarretar com ele diversas implicações que despertaram a
15
Numa visão social, este tema leva a refletir as dificuldades que as famílias têm
enfrentado para assim conseguirem o seu sustento, tendo a economia informal como a opção
mais viável. Assim demonstra a importância da economia informal por ser um assunto de
caracter relevante para a sociedade angolana.
DELIMITAÇÃO DA PESQUISA
O estudo sobre o da economia informal como fonte de rendimento dos vendedores, foi
realizado no município de Viana no mercado do Km 30, em Julho, do corrente ano.
METODOLOGIA DE PESQUISA
Para embasamento da pesquisa, buscou-se a realização do estudo que se deu através de uma
pesquisa qualitativa de carácter descritivo, observando-se os fenómenos a fim de delimitar a
extensão do tema, devido à natureza fluida do assunto investigado.
Sujeitos da pesquisa
Os sujeitos da pesquisa, referem-se a aqueles elementos que serão submetidos a pesquisa, mas
que em certa medida não constituem uma população na amostra, pelo facto de serem únicos
ou poucos.
16
Unidade de análise
n= N*n0/(N+n0)
n=30.000*156/ (30.000+156)
n= 4.680.000/30.156
n= 155, 19 = 155.
ESTRUTURA DO TRABALHO
O trabalho foi estruturado por dois capítulos além da introdução que na qual
espelhamos o problema, os objectivos, as hipóteses, a justificativa e a metodologia.
Procurou-se também mostrar como a economia informal tem sido uma fonte de
rendimento, o género dominante nesta prática, aos diversos tipos de actividades e o papel do
Estado quanto a este pertinente assunto.
Economia Informal
O conceito é ainda definido por Gonçalves (NONE DATE) na sua obra “ A economia
ao longo da história de Angola” como sendo “todas as actividades baseadas em instalações
provisórias ou sem instalações fixas, escassas relações com o sistema fiscal e oferta de
produtos nas faixas da grande procura”.
Mercado Informal
1
A OIT, 90a Conferência Internacional do Trabalho, 2002, pág. 7).
18
Para Dalla (2011), chama-se mercado informal aquele que não apresenta nenhum
vínculoentre a entidade empregadora eo empregado, isto é, embora podds existir um contrato
assinado entre ambas as partes, este nao tem qualquer valor legal, na medida em que não foi
formalmente constituídauma empresa, e, por conseguinte, a mesma nao tem quaisquer
obrigações fiscais, comercial e laboral.
Rendimento
Desemprego
É a suspensão forçada de trabalho dos operários ou dos salários, quer por não
encontrarem ocupação, quer por terem sido despedidos da empresa em que trabalhavam
(BIROU, 1982).
O Mosca (2010) explica que a Economia Informal tal como o comércio informal surge
como estratégia de sobrevivência dos pobres por incapacidade do que se chama de economia
formal, em absorver o factor trabalho e gerar rendimentos. O mesmo autor salienta que é
ainda uma consequência de desequilíbrios, distorções ou ropturas de mercado e de políticas
desajustadas.
A expressão “sector informal” foi adoptada e popularizada na década de 70, pela OIT,
em estudos sobre a situação económica do Quênia (OIT, 1972, apud PASCOAL et al, 2013)
Durante os anos de 1990, o renovado interesse pelo setor informal e a análise dos
padrões da informalidade, tanto nos países desenvolvidos como nos países em
desenvolvimento, revelaram que a informalidade persistia e estava a aumentar, levando a
rever a forma de pensar o setor informal e a uma maior compreensão das suas dimensões e
dinâmica. Em 2002, a Conferência Internacional do Trabalho abriu uma nova via no debate
sobre a informalidade, passando do conceito de “setor” para o conceito mais vasto de
fenómeno de toda a economia, e de um conceito baseado nas empresas para um conceito que
incluía não só a produção, mas também as características do posto de trabalho ou do
trabalhador. Esta compreensão mais abrangente da informalidade ofereceu oportunidades para
20
uma perspetiva com outras nuances e específica por país sobre as causas e as consequências
da informalidade, bem como das relações existentes entre a economia informal e o quadro
regulamentar formal.3
1. Carga tributária;
2. Transferências sociais;
3. Rigidez trabalhista;
4. Taxmorale;
5. Empregabilidade;
Por mais que esses factores não sejam necessariamente constituintes, se aproximam
por estarem ligados ao intervencionismo do estado, (ENSTE; SCHNEIDER, 2004). De facto,
a regulação do Estado na economia e na esfera social, “é necessária e é um importante pilar da
social economia de mercado”
Enste (2004) diz que é esse sentido, o intervencionismo do estado tem o intuito de
promover uma redistribuição mais igualitária entre as partes e corrigir as falhas de mercado.
Portanto, a criação de taxas, transferências sociais e regulamentações trabalhistas são
exemplos de acções que visam a promover a igualização social e distribuição justa. Nesse
contexto, cabe analisar cinco principais causas do avanço da economia informal para que, ao
final, seja possível elucidar a influência das intervenções estatais neste crescimento e na
promoção do trabalho decente.
Carga Tributária
23
A carga tributária é considerada por muitos economistas como sendo a principal razão
do deslocamento (ou da deslocação) dos trabalhadores para a informalidade (TANZI, 2002).
Essa relação parte do pressuposto de que quanto maior for a carga tributária que o trabalhador
deve pagar na economia formal, maior será o incentivo para que este cidadão migre para a
informalidade, fugindo, assim, dos tributos.
O Ribeiro (2000), esclarece que com efeito. ‘‘quanto maior a diferença entre a
remuneração bruta dos trabalhadores na economia oficial e o obtido depois de retirado os
tributos, ou seja, o rendimento líquido, maior será o incentivo para evitar essa diferença’’.
Transferências sociais
Neste sentido, esta causa exemplifica o problema das caronas, abordado pela teoria
microeconômica, em que uma pessoa beneficia-se de um bem, sem ter que pagar por ele
(MANKIW, 2001).
Rigidez trabalhista
Ainda nesse contexto, a inflexibilidade das horas de trabalho pode ser vista como
entrave ao exercício pleno das actividades de trabalho dos indivíduos em alguns casos. A
carga horária, por vezes, não representa as necessidades dos trabalhadores, os quais acabam
de preencher o seu tempo com actividades informais (ENSTE; SCHNEIDER, 2004).
Taxmorale
Caso a situação contrária seja observada, ou seja, se Estado falha em prover bens e
serviços públicos de qualidade, isto incidirá na queda do incentivo por parte dos trabalhadores
de pagar os tributos, e, portanto, poderá estimular uma migração à informalidade. Nesse
sentido, o não provimento também pode incidir negativamente na qualidade das instituições
públicas, fazendo com que os cidadãos creditem pouca confiança nas autoridades e tenham
baixo incentivo para cooperar (TORGLER, 2007).
Desta forma, a corrupção surge como uma das causas dos baixos níveis da taxmorale
em determinado contexto, visto que as instituições falhas e pouco reguladas abrem brecha
para que o trabalhador informal suborne o fiscal tributário por uma quantia menor que a
correspondente aos tributos na economia formal, contribuindo assim, para a manutenção da
actividade informal (DREHER, 2006).
Empregabilidade
Por fim, a última das causas listadas é a empregabilidade. Este conceito é aqui
definido como a capacidade dos trabalhadores de se manterem empregados ou de encontrarem
novos empregos quando demitidos. Com efeito, uma baixa na taxa de participação dos
trabalhadores na economia formal indica que estes têm a possibilidade de ingressar na
economia informal. Nesse caso, a economia informal surge como uma alternativa ao
desemprego (FREY, 1983).
Analisadas todas essas causas, fica claro que o Estado, por meio de tributação, da
regulação e do provimento de bens públicos, tem um papel preponderante na indução ou
mitigação da informalidade (RIBEIRO, 2000). Quando as intervenções estatais são abusivas,
25
elas acabam por corroborar o desenvolvimento da economia informal. Contudo, quando são
cometidas e reguladas tornam-se essenciais na promoção do trabalho decente e no bom
funcionamento da economia do país.
1. Conjunturais;
2. Estruturais.
1. Causas Conjunturais
2.2. Modelos Ideológicos conflituantes, dando lugar a concepções diferentes dos fins e
objectivos da economia.
Apôs analisar a extensão da economia informal e de suas causas, o foco volta-se para
as consequências económicas, políticas e sociais de seu desenvolvimento. Entretanto, essa
tarefa mostra-se desafiadora justamente por não haver um consenso sobre a avaliação dos
efeitos da informalidade.
27
Para alguns ela é vista como uma das actividades económicas mais eficientes
(FRIEDMAN, 2004). Enquanto para outros é considerada uma ameaça à autoridade do
Estado.
O facto de esta fonte de renda ser ignorada induz os governos a formularem políticas
económicas e sociais inadequadas justamente por estarem pautadas apenas no crescimento
económico observável aquele que é contabilizado, proveniente do sector formal excluindo a
renda gerada na informalidade (RIBEIRO, 2000).
Muitos economistas acreditam que a informalidade não causa efeitos negativos “per
se” (por si só, locução latina). Enste e Schneider (2004), demonstram por meio de estudos,
que 66% da renda gerada na economia informal é gasta no sector formal, originando os
efeitos positivos para o crescimento da economia em geral e para a arrecadação da receita.
Afinal, quando estes trabalhadores informais compram bens e serviços formais, contribuem
por meio dos impostos indirectos.
não tem compromisso fiscal e regular. Sendo assim, os produtos e serviços dos primeiros
acabam sendo mais caros que aqueles fornecidos pelos últimos, os quais não arcam com
tributos ou regulamentações (TANZI, 2002).
Esta situação gera uma competição injusta que favorece os trabalhadores actuantes na
economia informal, mas que prejudica os empreendimentos formais.
Tanto em relação às causas como efeitos, verificou-se ser possível traçar uma relação
entre a informalidade e a promoção do trabalho formal. Neste sentido, é essencial ressaltar
4
A óptica do consumidor pode ser definida como a maneira como o consumidor percebe o mercado, sendo que
os consumidores tomam decisões comparando custos e benefícios, e o seus comportamento pode mudar quando
os custos ou benefícios se alteram. Isto é, eles respondem à incentivos (MANKIW, 2001).
29
que nem sempre essa relação é rigidamente negativa ou positiva. Diversas hipóteses podem
ser levantadas e as explicações tendem para ambos os lados. Sendo assim, é essencial
perceber que o trabalho formal deve ser garantido, independentemente dos efeitos positivos
ou negativos da informalidade.
Segundo o Portal Toda Matéria (2018) que retrata sobre a principal vantagem do
trabalho informal é o fato de o mesmo ser uma forma que as pessoas têm de obter
rendimentos, tornando possível a obtenção de uma renda melhor e ao mesmo tempo poder
gerir o próprio tempo, além de não precisar pagar impostos. Dentre as desvantagens, o maior
prejuízo é a inexistência de renda fixa, sendo esse o principal fator que resulta na falta de
acesso a créditos e financiamentos. Acresce que não há recebimento de ajudas para refeição
ou transporte, bem como não há férias pagas ou décimo terceiro e qualquer tipo de licença não
é abrangido pelo trabalho informal. Seguros-desemprego também não entram nos benefícios
da informalidade, bem como, o pagamento de horas extras.Como não são feitos descontos, os
trabalhadores não podem contar futuramente com a sua aposentadoria. Considerando o
Estado, a grande desvantagem é que há menos arrecadações para os cofres públicos.5
Porém, o que é vantajoso para uns, constitui devantagem para outros. A perspectiva do
Estado garante as desvantagens da economia informal:
5
www.todamateria.com.br/trabalhoinformal/
30
De acordo com o mesmo autor, a partir de 2012 registou-se uma inflexão no sentido de
reconhecimento oficial da existência e do peso económico-social da economia informal. Para
além das iniciativas orientadas para formalização dos agentes económicos informais, de que
são exemplo PROAPEN (Programa de apoios aos Pequenos Negócios) e o lançamento do
BUE (Balcão Único do Empreendedor), assinala-se a discussão em sede da Comissão
Económica do Conselho de Ministros e a apreciação da proposta do PREI (Programa de
Reconversão da Economia Informal), inserido no Plano Nacional de Desenvolvimento 2013-
2017, com o objectivo de reduzir os níveis de informalidade da economia angolana e de
promover a formalização progressiva das actividades informais. O aumento da segurança dos
negócios actualmente praticados no mercado informal, o combate à fome e a pobreza, a
promoção do emprego em condições dignas, o incremento da segurança dos consumidores, a
melhoria de arrecadação fiscal do Estado e o aumento do índice de bancarização do país são
outros objectivos que o PREI se propõe alcançar, sustentando numa lógica de intervenção
articulada das instâncias ministeriais é uma filosofia de formalização, formação e
financiamento dos agentes informais.
Assim, Lopes (2014), diz que apesar de não existir ainda suficiente informação pública
e publicada sobre o PREI, a expectativa é que possa significar que se está em presença de um
novo modo de olhar para economia e para o comércio informal, que não se fixe apenas nas
dimensões negativas do fenómeno, que enquadre, numa perspectiva estrutural, na realidade
complexa que é a economia angolana, que procure soluções alicerçadas num conhecimento
extensivo e detalhadas da realidade.
Para analise dos dados foi necessário a aplicação do inquérito que foi elaborado com o
objectivo de conseguir respostas as questões suscitadas, os resultados alcançados são a
constante das tabelas que serão apresentadas posteriormente. Neste item serão apresentados os
resultados da pesquisa primária e análises pertinentes aos objetivos propostos. Para tanto
serão caracterizados o perfil do papel da economia informal como fonte de rendimento dos
vendedores do mercado do Km30, no ano de 2019.
O mercado do Km 30, parte do qual a céu aberto, está cada vez mais extenso e tem sido ponto
de encontro e de distribuição dos principais produtos do campo a nível da província de
Luanda.
Foi feita a escolha do mercado do Km 30, situado no município de Viana pelo facto de
ser o maior mercado informal, por ser bastante conhecido, por possuir muita aderência e por
ser uma grande fonte geradora de emprego para a população.
A amostra dá-se por concluída com o total de 107 inquiridos, sendo que 50 dos
inquiridos representam o género masculino e 57 o género feminino. É de realçar também que
esta pesquisa é exclusivamente de caracter académico e os dados são confidenciais.
33
De acordo com a idade, observa-se que de 30% representa a maior percentagem, nesse caso a
maior parte dos trabalhadores do mercado encontram-se no intervalo de 37 a 47 anos de idade.
Seguindo então os de 15 a 25 anos com 26%, de 26 a 36 anos com a mesma percentagem de 26%,
mais de 47 anos com 10% e os de menos de 15 anos com 8%.
O gráfico acima mostra que com base nas formações profissionais 41% não possuem
nenhuma formação profissional sendo que a maior percentagem pertence as mulheres, isto é,
de 53%. Seguem com a distribuição outros cursos com 27%, informática com 14%, formação
de professor com 8%, pastelaria com 5%, decorador com 4% e por fim enfermagem com 1%,
sendo a percentagem mais baixa.
O gráfico acima referente aos motivos que levaram a a exercer a actividade informal
mostra que 83% que corresponde a maior percentagem praticam a actividade informal pela
falta de emprego no mercado formal, 21% pela facilidade de conseguir dinheiro e 7% são
movidos pelo incentivo de familiares ou amigos.
Tabela 7. Inquiridos referentes ao modo que conseguiu o dinheiro para dar arranque a
actividade informal.
Gráfico 7. Distribuição dos inquiridos referente ao modo que conseguiu o dinheiro para dar
arranque a actividade.
Segundo ao modo que conseguiu dinheiro para dar arranque as suas actividades. Os
resultados obtidos foram que 58% que corresponde a maioria obtiveram finanças com base
nas suas poupanças e 42% obtiveram através de empréstimos.
Pelo gráfico pode se verificar que 34%, isto é, a maioria, possui um lucro diário entre
5.000 a 7.500 kzs, seguindo 31% com a renda diária entre 7.500 a 10.000 kzs, 18% com
menos de 5.000 kzs e 17% com mais de 10.000 kzs.
Tabela 9. Inquiridos referentes as despesas com o lucro ganho (alimentação, educação, saúde,
vestuário).
Gráfico 9. Distribuição dos inquiridos referente se consegue custear as despesas com o lucro
ganho (alimentação, educação, saúde, vestuário)
41
Com base nas despesas (alimentação, educação, saúde, vestuário), 79% da população
consegue custear suas despesas com o lucro ganho e 21% não. Pois, as despesas são tantas e o
lucropor vezes não compensa.s
O gráfico ilustra que a maior parte dos inquiridos, isto é, 37% possui de 4 a 6
dependentes sendo que 20% tem a economia informal para sustento próprio.
CONCLUSÃO
Foi possível entender que a economia informal possui um papel preponderante no que
tange ao seu contributo como fonte alternativa de rendimento dos vendedores do mercado do
km 30. Pois, promove a adequação de bens e serviços que disponibiliza os rendimentos e
poder de aquisição para a população em questão. Porem, pela falta de processos
administrativos formalizados e de políticas eficazes, não permite ao Estado ter o controlo
efectivo dos rendimentos que a população vai obtendo destas actividades.
Para o Estado a economia informal acarreta diversas consequências, com menos
pessoas a pagarem os impostos, a receita tributária reduz inevitavelmente. Diante deste
processo de baixa arrecadação de receitas, a qualidade e quantidade de bens e serviços
públicos são afectadas e os principais prejudicados são os que mais fazem uso desses
recursos, ou seja, a própria população.
Os resultados analisados revelam que a maior parte da população que recorreu o
mercado informal, o fez pela falta de oportunidade na economia formal, isto é, 72% da
mesma, onde as mulheres são mais propensas a exercerem as actividades informais.
Para reforçar, a maior parte dos vendedores, isto é, 79% dos vendedores consegue
custear as suas despesas (alimentação, educação, saúde, vestuario) com o lucro ganho.
Podendo assim afirmar e responder a pergunta de partida que a economia informal possui um
papel de carácter importante para vendedores do mercado do Km 30, uma vez que é partir
deste meio informal que os mesmos buscam seu sustento e de suas famílias e ainda
representam uma fonte de subsistência para outras famílias.
SUGESTÃO
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
FREY, B.; WECK, H. Estimating the Shadow Economy: A ‘Naive’ Approach. Oxford
Economic Papers, 1983.
FRIEDMAN, E. et al. Dodging the grabbing hand: The determinants of unofficial activity in
69 countries. Washington: World Bank, 1989.
SCHNEIDER, F. The Size of the Shadow Economies of 145 Countries all over the World:
First Results over the Period 1999 to 2003. IZA Discussion Paper no 1431, Bonn, 2006.
TANZI, V. The Shadow Economy, Its Causes and Its Consequences. International Seminar on
the Shadow Economy Index in Brazil, Brazilian Institute of Ethics in Competition, Rio de
Janeiro, 2002.
______. Adaptado de Martha Chen “Rethinking the Informal Economy, from enterprise
characteristics to employment relations”, em Rethinking Informalization, Poverty, Precarious
Jobs and Social Protection, editado por Neema Kudva e Lourdes Benerìa, Cornell University
Open Access Repository.
______. A OIT e a Economia Informal. Escritório da OIT em Lisboa, 2006.
______. www.todamateria.com.br/trabalhoinformal/
______. knoow.net/cienceconempr/economia/rendimento.
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APÊNDICE
50
ANEXOS