O documento descreve o movimento literário Arcadismo no Brasil do século XVIII, caracterizado por referências à mitologia greco-romana e inspiração nos modelos clássicos. Apresenta os principais poetas árcades Tomás Antônio Gonzaga e Claudio Manoel da Costa, com exemplos de suas obras "Marília de Dirceu" e "Vila Rica".
O documento descreve o movimento literário Arcadismo no Brasil do século XVIII, caracterizado por referências à mitologia greco-romana e inspiração nos modelos clássicos. Apresenta os principais poetas árcades Tomás Antônio Gonzaga e Claudio Manoel da Costa, com exemplos de suas obras "Marília de Dirceu" e "Vila Rica".
O documento descreve o movimento literário Arcadismo no Brasil do século XVIII, caracterizado por referências à mitologia greco-romana e inspiração nos modelos clássicos. Apresenta os principais poetas árcades Tomás Antônio Gonzaga e Claudio Manoel da Costa, com exemplos de suas obras "Marília de Dirceu" e "Vila Rica".
O documento descreve o movimento literário Arcadismo no Brasil do século XVIII, caracterizado por referências à mitologia greco-romana e inspiração nos modelos clássicos. Apresenta os principais poetas árcades Tomás Antônio Gonzaga e Claudio Manoel da Costa, com exemplos de suas obras "Marília de Dirceu" e "Vila Rica".
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Arcadismo
Língua Portuguesa e Literatura - 1º EMI
Prof. Me. Tiago Oliveira IFMT - Campus Avançado Lucas do Rio Verde Conceito Geral
O Arcadismo, também conhecido como Setecentismo ou
Neoclacissismo, é o movimento que compreende a produção literária brasileira na segunda metade do século XVIII. O nome faz referência à Arcádia, região do sul da Grécia que, por sua vez, foi nomeada em referência ao semideus Arcas (filho de Zeus e Calisto). Denota-se, logo de início, as referências à mitologia grega que perpassa o movimento. Contexto histórico e social Revolução Francesa: “liberdade, igualdade e fraternidade”;
Independência dos Estados Unidos;
Iluminismo: a razão como guia do homem;
Rejeição da burguesia, já próspera e culta, à aristocracia e ao
clero
Vila Rica (atual Ouro Preto) e outras cidades importantes do ciclo
do ouro formam o centro econômico do Brasil no século XVII. Principais características da poética árcade
- inspiração nos modelos clássicos greco-latinos e renascentistas, como
por exemplo, em O Uraguai (gênero épico), em Marília de Dirceu (gênero lírico) e em Cartas Chilenas (gênero satírico); - influência da filosofia francesa; - mitologia pagã como elemento estético; - o bom selvagem, expressão do filósofo Jean-Jacques Rousseau, denota a pureza dos nativos da terra fazem menção à natureza e à busca pela vida simples, bucólica e pastoril; Principais características da poética árcade
- tensão entre o burguês culto, da cidade, contra a aristocracia;
- pastoralismo: poetas simples e humildes; - bucolismo: busca pelos valores da natureza; - nativismo: referências à terra e ao mundo natural; - tom confessional; - estado de espírito de espontaneidade dos sentimentos; - exaltação da pureza, da ingenuidade e da beleza. Arcádia Ultramarina
Trata-se de uma sociedade literária fundada na cidade de Vila Rica (MG),
influenciada pela Arcádia italiana (fundada em 1690) e cujos membros adotavam pseudônimos, isto é, nomes artísticos, de pastores cantados na poesia grega ou latina. Por isso que alguns dos principais nomes do Arcadismo brasileiro publicavam suas obras com nomes inspirados na mitologia grega e romana. Termos em latim usados pelos árcades Fugere urbem: "fugir da cidade" (do escritor clássico Horácio);
Inutilia truncat: "cortar o inútil", referência aos excessos cometidos pelas
obras do barroco. No arcadismo, os poetas primavam pela simplicidade.
Locus amoenus: "lugar ameno", um refúgio ameno em detrimento dos
centros urbanos monárquicos; Carpe diem: "aproveitar a vida", o pastor, ciente da efemeridade do tempo, convida sua amada a aproveitar o momento presente. Tomás Antônio Go aga (1744 - 1810) “Saio da minha cabana sem reparar no que faço; busco o sítio aonde moras, suspendo defronte o passo. Fito os olhos na janela; aonde, Marília bela, tu chegas ao fim do dia; se alguém passa e te saúda, bem que seja cortesia, se acende na face a cor. Que efeitos são os que sinto? Serão efeitos de Amor?” (Parte da Lira XXI, da obra “Marília de Dirceu”, parte I, de 1792) Claudio Manoel da C ta (1729 - 1789) Levados de fervor, que o peito encerra Vês os Paulistas, animosa gente, Que ao Rei procuram do metal luzente Co'as próprias mãos enriquecer o erário. Arzão é este, é Este, o temerário, Que da Casca os sertões tentou primeiro: Vê qual despreza o nobre aventureiro, Os laços e as traições, que lhe prepara Do cruento gentio a fome avara.
(Parte do Canto VI, do poema épico “Vila Rica”, de 1773)