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3-Praticas de Formação Pedagogicas

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CURSO DE LICENCIATURA EM QUÍMICA

GILIANE KEITY DE SOUZA


IGOR HENRIQUE DA SILVA SOUZA
LUDMILLA MITHELLE DE SOUZA
PABLO LUIZ DAVID MIRANDA SANTOS

Práticas de formação pedagógicas

BELO HORIZONTE, AGOSTO/2020


GILIANE KEITY DE SOUZA
IGOR HENRIQUE DA SILVA SOUZA
LUDMILLA MITHELLE DE SOUZA
PABLO LUIZ DAVID MIRANDA SANTOS

Práticas de formação pedagógica

Trabalho de Práticas de Formação Pedagógicas,


apresentado para obtenção no Curso de Licenciatura da
Uniplena Educacional sob orientação Professora
Coordenadora Bianca Gomes

BELO HORIZONTE, AGOSTO/2020

SUMÁRIO

1
1. Introdução................................................................................................... 04
2. Prática de formação pedagógica................................................................ 04
2.1 A prática pedagógica nas escolas.......................................................... 05
2.2 Desafios interdisciplinares.................................................................................. 06
2.3 Espaço interdisciplinar de estudos da prática pedagógica..................... 07
3. Conclusão.................................................................................................. 09
4. Referências Bibliográficas……………………………………………………….......
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1. Introdução

O objetivo desse trabalho é conhecer como são as práticas realizadas pelos professores em sala
de aula, os principais desafios enfrentados e, para isso, faz-se necessário saber o significado da prática
pedagógica, qual o papel assumido nas escolas. As práticas pedagógicas são vistas como um processo
realizados por professores e alunos, na direção da leitura crítica da realidade.

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As práticas pedagógicas podem ser tratadas como medidas que podem implicar em uma melhor
aprendizagem dos alunos. Mais que isso, podem implicar em atitudes e condutas que tornem o processo
educativo mais enriquecedor, tanto para o aluno quanto para os professores.
Nesse sentido, fazer uma constante análise de qualidade da educação e dos métodos de ensino é
parte fundamental nesse processo, já que eles interferem diretamente no cotidiano escolar. A educação
não é só uma questão de métodos e técnicas, mas um estímulo a crítica.
A competência do professo desenvolve-se na medida em que ele vai aprendendo a transformar a
sua prática pedagógica, por meio de uma ação consciente, a qual exige uma postura reflexiva
incessante, durante todo o processo.
No decorrer do trabalho farei uma reflexão da concepção de professores sobre o que seria a
prática pedagógica diante dos obstáculos que envolve o processo do conhecimento.

2. Prática de formação pedagógica

Primeiramente faz-se necessário compreender a escola como uma instituição social que se
consolida através das relações entre educação, sociedade e cidadania. Entender que ela deve ser uma
organização concreta, com funções e objetivos bem estruturados, para que funcione como instituição de
mediação entre a necessidade social e autorrealização das pessoas
Neste aspecto compreendermos a prática pedagógica como uma prática social específica com
caráter cultural e histórico, onde a um relacionamento entre as práticas docentes e as atividades
didáticas em sala de aula, englobando os diferentes aspectos do projeto pedagógico da escola é o ponto
de partida para a teoria e que se reformula a partir dela, onde a análise e tomada de decisão acontece
em processo, de forma a beneficiar o trabalho coletivo e a gestão democrática.
Segundo Guathier (1 998) a prática pedagógica exige muito mais que recursos de inteligência,
ela utiliza os saberes do confronto circunstancial, que são mobilizados nas relações em sala de
aula, sendo mediados pela ética e em consequência expressos no agir ponderado. Implicando em um
saber fazer, onde a razão pedagógica é transformada em uma razão prática, buscando um processo
de ensino/aprendizagem que tenha como base a interação com o outro para a construção do novo.
Para tanto, Caetano (1997) alega que a prática compreende um campo de incertezas e
conflitos, onde cada profissional se confronta consigo mesmo, com os alunos, com os colegas,
com a comunidade escolar e com as normas institucionais (escolas e sistemas). Seguindo o
mesmo pensamento Guarnieri (2000) diz que o “tornar-se professor” é um processo consolidado pelo
exercício da profissão, em que esse exercício possibilita a configuração da constituição do processo
de ensinar e aprender.

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2.1 A Prática Pedagógica nas escolas

Implícitas nas práticas dos professores estão às concepções de educação traduzidas em


tendências adotadas no processo ensino -aprendizagem, caracterizando -se sob quatro enfoques: o
tradicional, o técnico, o prático e o crítico/reflexivo.
 Enfoque Tradicional – concentra-se em um ensino enciclopédico , em que o professor
é um transmissor de conhecimentos e da cultura acumula da pelo ser humano,
além do domínio da estrutura epistemológica da disciplina, faz-se necessário o
domínio das técnicas didáticas de base expositiva dos conteúdos organizados para
um a uno modelo e a avaliação exige apenas uma repetição do conteúdo, onde é
cobrada apenas a memorização.
 Enfoque Técnico – a relevância está na instrumentalização do professor, na técnica
aplicada. O trabalho do profissional da educação exige conhecimentos da ciência básica
ou da disciplina ensinada, conhecimento das técnicas que Possi litam definir os
procedimentos específicos de diagnósticos e solução de problemas do ensino
-aprendizagem.
 Enfoque Prático – a ênfase concentra-se no desenvolvimento de competências técnicas
e atitudes que se apoderam do conhecimento básico e aplicado. É dever do professor
com o desenvolvimento de tais competências intervir na prática orientado pela
especialização.
 Enfoque Crítico /Reflexivo – procura -se na reflexão tomadas de decisão ou confronto
entre ideias, conceitos e concepções, com o propósito de reconstruir as ações,
dando oportunidade ao professor de se desenvolver como profissional , partindo da
consciência das suas habilidades, saberes, afetos e atitudes, estabelecendo
princípios, valores e interesses na idealização do conhecimento , considerando uma
demanda plural determinados pelo contexto sócio-político e econômico.
Sendo assim, a prática docente envolve todas as práticas que defendem um ensino e
aprendizagem como atividade crítica, histórica e reflexiva. Tendo o professor uma liberdade de
análise e execução de suas ações, exigindo dele a aquisição de uma bagagem cultural
claramente política e social , além do desenvolvimento de capacidades de reflexão crítica capaz
de perceber os processos de exclusão e o desenvolvimento de atitudes que promovam o
comprometimento do professor como intelectual transformador (R OMAN OWS K I, 2003 ).

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Percebe-se então um afastamento das antigas abordagens, que identificavam o ensino como uma
ciência, uma técnica, uma atividade profissional de fundamentos na racionalidade exclusivamente
epistemológica. Voltando-se para uma nova forma de ensino, onde o profissional pode utilizar -se se
saberes circunstanciais, mutáveis advindos de suas experiências e vivências. Para tanto, os
professores da atualidade necessitam ampliar seu mundo de ação e de reflexão, de modo a
extrapolar os limites da sala de aula, indo para um espaço de análise do sentido político, cultural e
econômico, onde o contexto se insere na escola.

2.2 Desafios interdisciplinares

Os avanções tecnológicos adjuntos a globalização mostram uma realiade que exige cada dia mais
das pesssoas, para tanto as práticas pedagógicas precisaram acompanhar essa evolução, para que haja
uma interdisciplinidade que envolva as diferentes áreas do saber possibilitanto um maior
desenvolvimento humano.
É fato que o pensamento cartesiano nos possibilitou importantes avanços gracas as
ezpecializações, mas como os alunos possuem dificuldades qm vizualizar o problema como umtodo, isso
acabou sendo um ponto crítico deste sistema e, portanto, o aprendizado se torna incompleto e não
possibilita sua aplicabilidade em seu cotidiano, tormando sua formação insuficiente para a vida
academica e profissional.
Apesar da facilidade em encontrar o erro da prática do ensino tradicional, conseguir mudar o
conceito hoje aplicado encontra a di ficuldade em lidar com as situações não delimitadas por
barreiras epistemológicas bem definidas.
A realidade se mostra complexa, comprendida apenas através de processos mais simples e com
idealização em suas teorias, o que destaca a disferença existente entre objetos teóricos e aqueles
acessivéis e possiveis de serem empregados no cotidiano, sendo que quanto mais sofisticadas forem as
teorias propostas, mais dificil será sua aplicação na prática.
A prática interdisciplinar efetiva resgata a deia do aluno conseguir unir teoria a realidade,
tornando-se instrumento de transformação na sociedade através da aplicação de seu conhecimento. A
formação de cidadaõs é parte mpostante do discurso pedagógico atual, sendo necessário questionar a
respeito dos curriculos ministrados nas licenciaturas.
A proposta de um curriculo que abrange esta interdisciplinidade colide com a dificuldade de ordem
estrutural, pois os professores recebem formação em uma disciplina fechada sem pensar em uma uniaõ
de saberes.

2.3 Espaço interdisciplinar de estudo da prática pedagógica

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Para melhor compreensão da prática pedagógica interdisciplinar, primeiramente é necessário a
discurssão de algnus conceios considerados significativos acerca desse tema. Baseando-se então nas
ideias de Well (1993) e Fazenda (2001), conscientes que avanços no conhecimento e mudancas de
paradgmas reestruturaram os conhecimentos na área educacional, e que trabalhar com atividades
integradoras não é modismo e sim encontro das adversidades, podemos definir então que:
 Interdisciplinaridade: é a junção dos assuntos discutidos nas disciplinas, de forma a construiri
uma nova forma de pensar e agir, um novo nível de linguagem, caracterizados por articulações,
relações e modificações de conhecimento e metodologias;
 Transdisciplinalidade: refere-se a uma convergencia de enunciados, a uma busca de valores
comuns, sendo então o reconhecimento da interdependencia das diferentes áreas do
conhecimento existentes;
 Atitude Interdisciplinar: é a compreensão e vivencia do movimento dialético, revisando o velho
para troná-lo novo e reconhecer que há sempre algo de velho no novo, sabendo que os dois
estão interligados;
 Pluri ou Multidissciplinidade: dá enfase a proximidade, a junção de diferentes disciplinas em
tentativa de síntese;
 Parceria: adimite uma ineração entre diferestes professores e formas de conhecimento, um
pensar que se completa no outro sendo uma consolidação da intersubjetividade;
 Totalidade do conhecimento: é determinada pelo respeito das individualidades, na forma de
pensar intencional, numa ação cojunta, embasadas nos aspectos teórico-metodológicos que
fundamentam o fazer pedagógico.
Conhecendo tais conceitos e com a convicção que os mesmos estão em constante revisão, criam-se
sugestões estratégicas metodológicas que possibilitam uma prática pedagógica interdisciplinar por parte
dos educadores preocupados com a constante construção do saber e da sociedade instruindo na busca
pelo conhecimento.
Baseado nas reflexões propostas neste trabalho é possível ainda determinar que tais estratégias devem
englobar diferentes disciplinas e seus conhecimentos através de um mesmo eixo investigador,
considerando as finalidades e princípios necessários ao indivíduo para construção de valores,
habilidades, conhecimento e competências que estão atreladas ao processo sócio-histórico em que
estão inseridos.
Em uma perspectiva metodológica o que se espera é uma sistematização dos elementos
simbólicos e representativos, racionais e concretos, que são objetos de orientação ao desenvolvimento
da prática pedagógica pelos educadores no âmbito interdisciplinar.

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Segundo DEMAILLY (1995) é preciso enfatizar alguns procedimentos, os chamados saberes
profissionais dos educadores, sendo eles: “Competências, ética, saberes científicos e críticos, saberes
didáticos e competências relacionais, e fazer pedagógico e competências organizacionais”.
Analisando estes aspectos é possível compreender que o autor enfatiza o cumprimento das
exigências científicas e críticas são baseados em concepções teóricas e que os saberes do fazer
pedagógico dependem de uma formação interdisciplinar por parte do professor que deve desenvolver
competências disciplinares para que seja possibilitado o exercício de tais práticas.
Para que isso seja viável é preciso instrumentalizar o educador por meio de vivencias práticas a
fim de visualizar diferentes situações e aplicar condições estratégicas de ensino. De acordo com
Fazenda (2001), o planejamento de atividades interdisciplinares depende de três passos principais:
necessidade, intensão e cooperação. Desta forma o objetivo principal é o desenvolvimento da cidadania
e o exercício da autonomia pessoal.
Faz parte da prática pedagógica a solidariedade e coletividade no ambiente de trabalho, onde há
descentralização do poder e o indivíduo pode exercer sua autonomia, a prática docente envolve perceber
a interdisciplinaridade e contextualização do conteúdo, além da valorização da pesquisa e comunicação,
de forma a resgatar o lado humano dos alunos.

Após determinar quais as competências serão utilizadas é definido então o eixo integrador que irá
articular as diferentes disciplinas, visando um aprendizado significativo para o aluno. Para isso, são
propostos visitas técnicas, entrevistas, seminários, estudos de caso, além de textos que proponham a
eles uma problematização da realidade e o desenvolver de habilidades para que possam intervir na
mesma. Os resultados finais são apresentados através de produções textuais e exposições, onde o
aluno possa visualizar seu trabalho valorizado por todos.

3. Conclusão

Conclui-se que a prática pedagógica é de suma importância para a educação, já que ela mostra como
uma prática social específica com caráter cultural e histórico, possibilitando uma integração entre a
prática docente e as atividades em sala de aula.
A prática pedagógica defende então um ensino e aprendizagem crítico, histórico e reflexivo, onde
o educador tenha liberdade de análise e execução das suas atividades, exigindo do mesmo uma
aquisição de bagagem cultural além de capacidade de análise crítica de forma a ser um intelectual
transformador.

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Atrelado a esta prática está a interdisciplinaridade, que apesar de seus desafios no âmbito escolar
é uma oportunidade concreta de transformação das relações entre o conhecimento e o saber, de forma a
ampliar e socializar as pessoas na prática coletiva.
Outro ponto positivo na interdisciplinaridade é a possibilidade de unir as diferentes formas do
conhecimento tornando mais amplo o desenvolvimento humano, sem neutralizar todas as significações
das outras disciplinas.
A interdisciplinaridade proporciona aos educadores ou especialista as limitações de sua
disciplina, buscando a partir daí uma complementação do conhecimento fragmentado em outras
disciplinas, tornando-se mais global. Validando o conhecimento do senso comum, pois é através da
vivencia que damos sentido à vida.

4. Referências Bibliográficas

CAETANO, Ana Paula. Dilemas dos Professores. In: ESTRELA, Maria Teresa. Viver e construir a
profissão docente. Porto: Porto Editora, 1997.

CHASSOT, A. A alfabetização científica: questões e desafios para a educação. Ijuí: Edunijuí, 2000.

DEMAILLY, L.C. Modelos de formação contínua e estratégias de mudança. In: NÓVOA, A. (Org.)
Os professores e a sua formação. Lisboa: Dom Quixote, 1995.

FAZENDA, Ivani. Interdisciplinaridade: um projeto em parceria. São Paulo: Loyola, 1993.

FAZENDA, Ivani (org.). Práticas Interdisciplinares na Escola. São P aulo: Cortez, 2001.

FREIRE, P. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. 13. e d. São Paulo:
Paz e Terra, 1996.

GUARNIERI, Maria Regina (org.). Aprendendo a Ensinar: o caminho nada suave da docência.
Campinas: Autores Associados, 2000.

GUATHIER, Clermont; e t a l. Por uma teoria da pedagogia: pesquisas contemporâneas sobre o saber
docente. Ijuí: UNIJU Í, 1998.

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ROMANOWSKI, Joana paulin; SA N TOS, Luciana. Estilos de aprendizagem: subsídios para o
professor! Curitiba: 2003.

WELL, Pierre; D’AMBRÓSIO, Ubiratan; CREMA, Roberto. Rumo à Nova Transdisciplinaridade:


Sistemas abertos de conhecimento. São Paulo: Summus, 1993.

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