Apostila SGS FINAL
Apostila SGS FINAL
Apostila SGS FINAL
CM
MY
CY
CMY
K
Sumário:
1 Apresentação ...........................................................................12
1.1 Seja Bem Vindo ....................................................................12
1.2 O mágico efeito de uma bola de futebol ...................................12
1.3 Programa Bem Receber Copa .................................................12
1.4 Frentes de qualificação ..........................................................12
1.5 Soluções educacionais ...........................................................13
1.6 Ciclo de qualificação ..............................................................13
1.7 Trilhas de aprendizagem ........................................................13
1.8 Ações de mobilização e comunicação .......................................14
1.9 Plataforma de empregabilidade ...............................................15
1.10 Propostas do programa Bem Receber Copa ............................15
1.11 Cidades da copa .................................................................16
1.12 A ABETA ............................................................................16
1.13 Por que a ABETA existe? ......................................................16
1.14 Cadeia produtiva do Ecoturismo e Turismo de Aventura ...........16
1.15 Conteúdo do curso ..............................................................17
1.16 Objetivo do curso ...............................................................17
1.17 A quem o curso é destinado? ................................................17
1.18 Um marco para o Ecoturismo ...............................................18
1.19 Objetivos do Curso Gestão de Segurança ...............................18
1.20 Por que realizar o curso .......................................................18
1.21 Qualificação empresarial ......................................................18
1.22 Bom Curso.........................................................................19
2 Fundamentos ...........................................................................20
2.1 Você sabe definir segurança?..................................................20
2.2 Segurança ...........................................................................20
2.3 Objetivos de aprendizagem ....................................................20
2.4 Fundamentos do SGS ............................................................21
2.4.1 Transmitindo segurança ....................................................21
2.4.2 Por que implantar um SGS .................................................21
2.4.3 Um pouco de história ........................................................21
2.4.4 Ações preventivas ............................................................22
2.4.5 Importância do plano de gestão de riscos ............................22
2.4.6 Normas técnicas ...............................................................22
2
2.5 Surge a ideia do Sistema de Gestão ........................................23
2.5.1 Os Sistemas de Gestão aplicados à segurança ......................23
2.5.2 Sistemas de Gestão como Normas Técnicas .........................23
2.5.3 Normas genéricas .............................................................23
2.5.4 Comissões de estudo da ABNT............................................24
2.5.5 O que é Sistema de Gestão de Segurança ............................24
2.5.6 O que são sistemas? .........................................................24
2.5.7 O que é gestão? ...............................................................25
2.5.8 Sistema e Gestão .............................................................25
2.5.9 O que é segurança? ..........................................................26
2.5.10 Segurança X Conhecimento dos riscos ...............................26
2.5.11 O que é Gestão de Riscos?...............................................26
2.5.12 Conceitos de Sistemas de Gestão de Segurança..................28
2.5.13 Importância da implementação do SGS .............................28
2.6 SGS: Uma sequência de ações ................................................28
2.6.1 SGS: A importância da documentação .................................29
2.6.2 Foco no SGS ....................................................................30
2.6.3 SGS: Falta de tempo e segurança .......................................31
2.6.4 O Ciclo PDCA ...................................................................31
2.6.5 O que é o Ciclo PDCA ........................................................31
2.7 Etapas do Ciclo PDCA – Planejar .............................................33
2.8 Comprometimento ................................................................34
2.9 Requisitos ............................................................................34
2.10 Requisitos: Implementação X Documentação ..........................35
2.11 Requisitos da Norma ABNT 15331 .........................................35
2.12 Exercícios ..........................................................................36
2.13 Síntese..............................................................................37
2.14 Conclusão ..........................................................................38
2.15 Próxima expedição ..............................................................38
3 Módulo 2 – Abrangência do SGS ..................................................39
3.1 Abrangência do SGS..............................................................39
3.1.1 Quem se aventura?...........................................................39
3.2 Para refletir..........................................................................39
3.3 Objetivos de aprendizagem ....................................................40
3.4 Entendendo o escopo do SGS .................................................40
3
3.5 Escopo do SGS - Requisito 3 da Norma ABNT NBR 15331 ...........40
3.6 Atividades e produtos ............................................................40
3.7 Atividade .............................................................................41
3.8 Produto ...............................................................................41
3.9 Abrangência de gestão de risco...............................................42
3.10 Tipos de perigos e riscos considerados no escopo SGS .............42
3.11 Documentação do Escopo ....................................................42
3.12 Datas e versões do Escopo ...................................................43
3.13 Decisão da empresa: Que atividades e produtos incluir no escopo
do SGS? ....................................................................................43
3.14 Onde devo implementar o SGS: rafting ou cicloturismo? ..........44
3.15 O que devo inserir no escopo do SGS? ...................................44
3.16 Escopo: “Carros-chefe” da empresa ......................................44
3.17 Como definir ......................................................................45
3.18 Exercícios de Fixação ..........................................................45
3.19 Conclusão ..........................................................................45
3.20 Síntese..............................................................................46
3.21 Próxima Expedição..............................................................46
4 Módulo 2 – Abrangência do SGS ..................................................47
4.1 Abrangência do SGS..............................................................47
4.1.1 Quem se aventura?...........................................................47
4.1.2 Para refletir .....................................................................47
4.1.3 Objetivos de aprendizagem ................................................48
4.1.4 Entendendo o escopo do SGS .............................................48
4.2 Escopo do SGS - Requisito 3 da Norma ABNT NBR 15331 ...........48
4.2.1 Atividades e produtos........................................................48
4.2.2 Atividade .........................................................................49
4.2.3 Produto ...........................................................................49
4.2.4 Abrangência de gestão de risco ..........................................50
4.2.5 Tipos de perigos e riscos considerados no escopo SGS ...........50
4.2.6 Documentação do Escopo ..................................................50
4.2.7 Datas e versões do Escopo ................................................51
4.2.8 Decisão da empresa: Que atividades e produtos incluir no
escopo do SGS? ........................................................................51
4.3 Onde devo implementar o SGS: rafting ou cicloturismo? ............52
4
4.4 O que devo inserir no escopo do SGS? .....................................52
4.4.1 Escopo: “Carros-chefe” da empresa ....................................52
4.4.2 Como definir ....................................................................53
4.4.3 Exercícios de Fixação ........................................................53
4.5 Conclusão ............................................................................53
4.6 Síntese ................................................................................54
4.7 Próxima Expedição ................................................................54
5 Módulo 3 – Planejamento ...........................................................55
5.1 Sem gestão de risco ..............................................................55
5.1.1 Quem se aventura?...........................................................55
5.1.2 Reflita .............................................................................55
5.1.3 Necessidade de Métodos e Gestão ......................................55
5.1.4 Objetivos de Aprendizagem................................................56
5.1.5 Abrindo caminhos .............................................................56
5.2 Gestão de riscos: Identificação de perigos e avaliação e controle de
riscos (Requisito 5.1) ...................................................................56
5.2.1 Modelo conceitual da Gestão de Riscos ................................56
5.2.2 Aceitabilidade de riscos .....................................................57
5.3 Gestão de riscos: Definição do Contexto (Requisito5.1.1) ...........57
5.3.1 O que deve ser descrito na definição de contexto? ................58
5.3.2 Contexto: informações a serem descritas .............................58
5.3.3 Critérios para Análise e Avaliação de Riscos .........................60
5.3.4 Probabilidade (P) ..............................................................60
5.3.5 Probabilidade (P): Exemplo ................................................61
5.3.6 Consequências (C) ............................................................61
5.3.7 Consequências (C): Danos leves e danos graves ...................61
5.3.8 Consequências (C): Escala de Consequências .......................62
5.3.9 Probabilidades (P) X Consequências (C) ...............................62
5.3.10 Exemplo de Matriz de Avaliação........................................63
5.3.11 Combinações de Probabilidades e Consequências ................64
5.3.12 Arvorismo e Alta Montanha: Comparação ..........................66
5.3.13 Matrizes de Avaliação de Riscos: Arvorismo .......................66
5.3.14 Matrizes de Avaliação de Riscos: Alta montanha .................67
5.3.15 Definição do Contexto: Matrizes de Avaliação de Riscos .......67
5
5.4 Gestão de riscos: Identificação de perigos e riscos (Requisito5.1.2)
67
5.4.1 Perigos ...........................................................................68
5.4.2 Etapas de uma atividade ...................................................68
5.4.3 Exemplos de Perigos .........................................................69
5.4.4 Perigos: Identificação das causas ........................................69
5.4.5 Danos .............................................................................70
5.4.6 Perigos e Danos ...............................................................70
5.4.7 Perigos, Danos e Causas....................................................71
5.4.8 Perigos, Danos e Causas....................................................71
5.4.9 Tabela: Perigos, Danos e Causas ........................................71
5.5 Gestão de riscos: Análise de riscos (Requisito 5.1.3)..................72
5.5.1 Controles Operacionais: Exemplos ......................................73
5.5.2 Planilha: Perigo, Dano e Controle Operacional ......................74
5.5.3 Análise de Riscos: Probabilidade e Consequência ..................74
5.5.4 Definição de valores da probabilidade e conseqüência ............75
5.5.5 Danos e consequências .....................................................75
5.5.6 Análise de exemplos .........................................................75
5.5.7 Definição dos valores: são razoáveis? ..................................76
5.5.8 Planilha: Perigo, Dano ,Controle Operacional, Probabilidade,
Conseqüência e Nível de Risco ....................................................76
5.6 Gestão de riscos: Avaliação de riscos (Requisito 5.1.4) ..............76
5.6.1 Planilha do Inventário .......................................................77
5.6.2 Riscos controlados ............................................................77
5.7 Gestão de riscos: Tratamento de riscos (Requisito 5.1.5) ...........78
5.7.1 Tratamento de Riscos: atitude preventiva ............................78
5.7.2 Tratamento de Riscos: eliminação de riscos..........................79
5.7.3 Tipos de Tratamento de Riscos ...........................................79
5.7.4 Tratamento de riscos: Planilha completa ..............................80
5.7.5 Tratamento de riscos: riscos “toleráveis” .............................80
5.7.6 Inventário de perigos e riscos: a coluna vertebral do SGS ......81
5.7.7 Processo de Tratamento de Riscos ......................................81
5.7.8 Procedimento e Plano de Tratamento: diferenças ..................82
5.7.9 Procedimento para tratamento de riscos: informações ...........82
5.7.10 Planos de Tratamento de Riscos .......................................82
6
5.7.11 Planos de Tratamento de Riscos: informações ....................83
5.7.12 Planilha de Tratamento de Riscos .....................................83
5.7.13 Tratamento de Riscos: Resumindo ....................................84
5.7.14 Tratamento de riscos: Inventário de perigos e riscos ...........85
5.7.15 Tratamento de riscos: priorizar as ações ............................85
5.8 Política de Segurança (Requisito 4) .........................................86
5.8.1 Uma visão geral ...............................................................86
5.8.2 Aspectos socioambientais ..................................................87
5.8.3 Política de Segurança e PDCA .............................................87
5.8.4 Elaboração da Política de Segurança....................................88
5.8.5 Elaboração da Política e Análise Crítica ................................88
5.8.6 Coerência do Texto e Ações ...............................................88
5.8.7 Exemplo de uma Política de Segurança ................................89
5.9 Objetivos e metas (Requisito5.3) e Programas de gestão da
segurança (Requisito5.4) .............................................................89
5.9.1 Objetivos de Segurança .....................................................90
5.9.2 Metas de Segurança: Plano de Ação ....................................90
5.9.3 Objetivos e Metas e Programas de Gestão da Segurança:
Monitoramento .........................................................................90
5.9.4 Documentação: tabelas, planilhas etc ..................................90
5.9.5 Definição dos Programas de Gestão de Segurança.................91
5.9.6 Acompanhamento das Ações ..............................................91
5.10 Requisitos legais e outros requisitos (Requisito 5.2) ................91
5.10.1 Introdução aos requisitos legais e outros ...........................92
5.10.2 Noções básicas sobre os requisitos legais ...........................92
5.10.3 Conhecimento da Lei ......................................................93
5.10.4 Leis, Decretos, Medidas Provisórias e outros ......................94
5.10.5 Identificação dos requisitos ..............................................94
5.10.6 Legislação atualizada ......................................................94
5.11 Exercícios de fixação ...........................................................95
5.12 Conclusão ..........................................................................99
5.13 Síntese............................................................................ 100
5.14 Próxima Expedição............................................................ 100
6 Módulo 4 – Implementação e Operação ...................................... 101
6.1 Execução de tarefas planejadas: um grande desafio! ............... 101
7
6.1.1 Quem se aventura?......................................................... 101
6.1.2 Você garante que todos na sua empresa irão cumprir o
planejado? ............................................................................. 101
6.1.3 Objetivos de aprendizagem .............................................. 101
6.1.4 O SGS na prática ............................................................ 101
6.1.5 O que foi previsto no SGS está sendo executado? ............... 102
6.2 Recursos, estrutura e responsabilidades (Requisito 6.1) ........... 102
6.2.1 Ferramentas X Gerenciamento de recursos ........................ 102
6.2.2 Estrutura de funções ....................................................... 103
6.2.3 Estrutura de funções do SGS: quem incluir ........................ 103
6.2.4 Organograma................................................................. 103
6.2.5 Além dos recursos e da estrutura...................................... 104
6.2.6 Você saberia definir o que é responsabilidade? ................... 104
6.2.7 Responsabilidades em relação à Política de Segurança ......... 104
6.2.8 Responsabilidade X Autoridade ......................................... 105
6.2.9 Quem será o responsável pelo SGS ................................... 105
6.2.10 Boas práticas ............................................................... 106
6.2.11 Lista de responsabilidades e autoridades ......................... 106
6.2.12 Definição das funções ................................................... 107
6.3 Competência, conscientização e treinamento (Requisito 6.2)..... 107
6.3.1 Definição das competências ............................................. 107
6.3.2 Assegurando a competência ............................................. 108
6.3.3 Qualificação X treinamento .............................................. 108
6.3.4 Competências mínimas e competências esperadas .............. 109
6.3.5 Definição: competência mínima e competência esperada ..... 110
6.3.6 Competência mínima ...................................................... 110
6.3.7 Normalização: Normas Técnicas da ABNT........................... 110
6.3.8 Plano de Treinamento ..................................................... 110
6.3.9 Distribuição de Responsabilidades e Autoridades ................. 111
6.3.10 Normas Publicadas ....................................................... 111
6.3.11 Para comprovar: Registros! ........................................... 111
6.3.12 Registros de competência .............................................. 112
6.3.13 Conscientização: um elemento a ser considerado .............. 112
6.3.14 Planejamento das necessidades ...................................... 112
6.4 Consulta e Comunicação (Requisito 6.3) ................................ 113
8
6.4.1 Qualquer tipo de comunicação é válida! ............................. 113
6.4.2 Termo de Conhecimento de Riscos .................................... 114
6.4.3 Comunicação ................................................................. 114
6.4.4 Informação dos riscos e perigos ....................................... 114
6.4.5 Consultas ao cliente ........................................................ 115
6.5 Controle operacional (Requisito 6.6) ...................................... 115
6.5.1 Controles operacionais documentados ............................... 116
6.5.2 Controles Operacionais em prática .................................... 116
6.6 4.5 Preparação e atendimento a emergências (Requisito 6.7) ... 117
6.6.1 Procedimentos de resgate: informações básicas .................. 117
6.6.2 Procedimentos de resgate: informações aos clientes............ 118
6.6.3 Plano de Emergência ....................................................... 119
6.6.4 Gerenciamento do Plano de Emergência ............................ 119
6.6.5 Atendimento a emergência .............................................. 119
6.6.6 Exemplo do Plano de Emergência...................................... 120
6.6.7 Plano de Emergência: testes regulares .............................. 120
6.6.8 Monitoria do Plano de Emergência..................................... 121
6.6.9 Plano de emergência ....................................................... 121
6.7 Exercícios de fixação ........................................................... 121
6.8 Conclusão .......................................................................... 124
6.9 Síntese .............................................................................. 124
6.10 Próxima expedição ............................................................ 124
7 Módulo 5 – Verificação e ação corretiva ...................................... 125
7.1 Apenas o SGS é suficiente? .................................................. 125
7.1.1 Quem se aventura?......................................................... 125
7.1.2 Imagine a situação... ...................................................... 125
7.1.3 Objetivos de aprendizagem .............................................. 125
7.1.4 Verificando o Sistema de Gestão da Segurança ................... 125
7.2 Monitoramento e mensuração de desempenho (Requisito 7.1) .. 125
7.2.1 Periodicidade no monitoramento ....................................... 126
7.2.2 A importância dos registros .............................................. 126
7.2.3 Indicadores: O que precisamos saber? .............................. 127
7.2.4 Controles Operacionais .................................................... 127
7.2.5 Feedback....................................................................... 127
7.2.6 Investigação .................................................................. 127
9
7.3 Acidentes, incidentes, não-conformidades e ações corretivas e
preventivas (Requisito 7.2) ........................................................ 128
7.3.1 Incidente ....................................................................... 128
7.3.2 Acidente ........................................................................ 128
7.3.3 Qual a diferença afinal? ................................................... 129
7.3.4 Registro das ocorrências .................................................. 129
7.3.5 Ações e Investigação ...................................................... 130
7.3.6 Documentação ............................................................... 130
7.3.7 Registro de incidentes ..................................................... 131
7.3.8 Ações preventivas e corretivas ......................................... 131
7.3.9 Conteúdo do registro ...................................................... 131
7.3.10 Estrutura do registro ..................................................... 132
7.3.11 Registro ...................................................................... 132
7.3.12 Sistema de investigação ................................................ 132
7.4 Auditoria interna (Requisito 7.4) ........................................... 133
7.4.1 Auditoria interna ............................................................ 133
7.4.2 Lista de verificação ......................................................... 133
7.5 Exercícios de fixação ........................................................... 134
7.6 Conclusão .......................................................................... 135
7.7 Síntese .............................................................................. 135
7.8 Próxima expedição .............................................................. 136
8 Módulo 6 - Análise Crítica Pela Direção ....................................... 137
8.1 Apenas o SGS é suficiente? .................................................. 137
8.1.1 Quem se aventura?......................................................... 137
8.1.2 Direção ......................................................................... 137
8.1.3 Objetivos de aprendizagem .............................................. 137
8.1.4 Abrindo caminhos ........................................................... 137
8.2 O que é uma análise crítica? ................................................. 137
8.2.1 Análise crítica ................................................................ 138
8.2.2 Eficiência da Análise Crítica .............................................. 138
8.3 Insumos necessários a uma análise crítica .............................. 138
8.4 Registro da análise crítica .................................................... 138
8.5 Exercícios de fixação ........................................................... 139
8.6 Síntese .............................................................................. 140
8.7 Conclusão .......................................................................... 140
10
8.8 Próxima expedição .............................................................. 140
9 Módulo 7 – Controle de Documentos e Registros ......................... 141
9.1 Quem se aventura? ............................................................. 141
9.1.1 Direção ......................................................................... 141
9.1.2 Objetivos de aprendizagem .............................................. 141
9.1.3 Abrindo caminhos ........................................................... 141
9.2 Documentos (Requisito 6.5) ................................................. 141
9.2.1 Documentação ............................................................... 142
9.2.2 Documentos exigidos pelo SGS: ....................................... 142
9.2.3 Documentação Obrigatória X Documentação Não Obrigatória 142
9.2.4 Distribuindo o conhecimento dos procedimentos ................. 142
9.2.5 Procedimentos não documentados .................................... 142
9.3 Registros (Requisito 7.3) ..................................................... 143
9.3.1 Controle de Registros ...................................................... 143
9.3.2 Registros Obrigatórios ..................................................... 144
9.4 Exercícios de fixação ........................................................... 145
9.5 Síntese .............................................................................. 146
9.6 Conclusão .......................................................................... 146
9.7 Final do curso ..................................................................... 146
10 ANEXOS .............................................................................. 147
10.1 ANEXO 1 – Inventário de perigos e riscos............................. 147
10.2 ANEXO 2 – Plano de tratamento de riscos ............................ 148
10.3 ANEXO 3 – Perigos associados à cavalgada .......................... 149
10.4 ANEXO 4 – Perigos associados ao Rafting ............................. 149
10.5 ANEXO 5 – Perigos associados à Tirolesa ............................. 152
10.6 ANEXO 6 – Perigos Associados à caminhada ......................... 153
10.7 ANEXO 7 – Normas ........................................................... 155
10.8 ANEXO 8 - Termo de Conhecimento de Risco ........................ 156
10.9 ANEXO 8 – Resumo Didático de Implementação .................... 157
11 Glossário ............................................................................. 161
11
1 Apresentação
1.1 Seja Bem Vindo
12
1.5 Soluções educacionais
13
1.8 Ações de mobilização e comunicação
Além dos cursos, compõem o projeto outras ações de mobilização e comunicação para
profissionais da cadeia de distribuição do turismo (agentes e operadoras de viagem do
mercado convencional), vejam quais são elas:
14
1.9 Plataforma de empregabilidade
15
1.11 Cidades da copa
As 12 cidades-sede da Copa (Belo Horizonte, Brasília, Cuiabá, Curitiba, Fortaleza, Manaus,
Natal, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo) e destinos próximos
receberão ações presenciais do projeto. Foi dado o apito inicial para que o Ecoturismo e o
Turismo de Aventura brasileiro possam se consolidar aqui e lá fora – para isso é essencial
trabalho e dedicação.
1.12 A ABETA
Com mais de 300 associados presentes em 21 estados brasileiros,
a ABETA - Associação Brasileira das Empresas de Ecoturismo e
Turismo de Aventura reforça o potencial brasileiro para as
atividades na natureza. Fundada em 2004, a entidade é uma
associação civil, sem fins lucrativos, que surgiu da necessidade de
organização do mercado de Ecoturismo e Turismo de Aventura.
16
1.15 Conteúdo do curso
Neste curso reunimos as boas práticas nacionais e internacionais somado ao conhecimento de
profissionais que são referência no mercado de Ecoturismo e Turismo de Aventura.
17
1.18 Um marco para o Ecoturismo
A Copa do Mundo de Futebol em 2014 será um marco de grandes
realizações para o Turismo Brasileiro e uma oportunidade única de
desenvolvimento setorial. Melhorias na infraestrutura, nos
serviços e na qualificação dos profissionais são oportunidades de
desenvolvimento, consolidação e maturidade para a atividade
turística no Brasil.
18
1.22 Bom Curso
19
2 Fundamentos
2.1 Você sabe definir segurança?
2.2 Segurança
Será que é possível garantir a segurança de alguma atividade sem saber exatamente o que
isto significa? Será possível evitar acidentes sem conhecer a fundo os perigos e riscos de uma
operação? Garantir a segurança de uma atividade depende apenas do conhecimento técnico
de um condutor, ou todos os processos de gestão nos bastidores da operação também
influenciam?
20
Descrever o histórico da criação da Norma sobre Sistema de Gestão da Segurança no
Brasil.
Conceituar sistema, gestão e segurança.
Conceituar “sistema de gestão da segurança.
Compreender a sua importância do SGS para os operadores de turismo de aventura.
Relacionar o “ciclo PDCA” com o SGS.
Descrever os aspectos básicos dos requisitos da ABNT NBR 15331.
21
2.4.4 Ações preventivas
As atividades de aventura – expedições, turismo, esportes, educação
ao ar livre, entre outras, sempre incluíram necessariamente medidas e
ações relacionadas com a segurança dos seus praticantes e demais
envolvidos. Essas medidas e ações seguiam abordagens variadas para
a segurança, mas com o denominador comum de serem
essencialmente preventivas. Eram, nos seus primórdios, muito
baseadas na experiência com situações similares. Naturalmente,
tinham um grande enfoque na experiência do pessoal envolvido, em
especial nas lideranças das iniciativas. Os equipamentos e materiais utilizados
desempenhavam um papel muito importante.
22
2.5 Surge a ideia do Sistema de Gestão
A idéia dos sistema de gestão surgiu no mundo da indústria, no último quarto o século XX,
inicialmente aplicados para se assegurar qualidade dos produtos.
SAIBA MAIS
Recentemente desenvolveram-se normas técnicas genéricas para a gestão de riscos, em que
a Austrália foi uma das pioneiras. Junto com essa norma foi publicado um manual de
aplicação dessa norma nos esportes.
23
condutor, independentemente da modalidade em que é especializado. Um condutor
com esta competência é apto a conduzir grupos de turistas em atividades simples de
um dia de duração, como caminhadas. Os condutores especializados devem atender às
normas específicas, além de obrigatoriamente terem que atender a esta norma). Esta
norma é abordada no curso EAD de Competências Mínimas do Condutor – CMC.
A ABNT NBR 15331 – a norma que estabelece os requisitos de um sistema de gestão
da segurança do turismo de aventura, que é o objeto deste nosso Curso.
SAIBA MAIS
Mais informações sobre o processo de normalização e as atividades do ABNT/CB 54- Turismo
podem ser obtidas em www.abnt.org.br e em www.abnt.org.br/cb54.
24
Claro que existem inúmeros tipos de sistemas e um desses tipos é o sistema de gestão.
CONCEITO
Processo, é um conjunto de ações e atividades que transforma um conjunto de recursos num
resultado.
Pode até parecer óbvio, mas é importante destacar a importância da gestão para qualquer
organização. A gestão deve ser sistematizada, o que justifica a razão da existência dos
sistemas de gestão.
Muitas empresas já adotam sistemas de gestão, como sistemas de gestão financeira ou de
recursos humanos, outras adotam processos de administração mas que ainda não são
totalmente sistematizados, como um controle de conta corrente, controle de reservas etc.
25
Procedimentos.
Processos para desenvolver, implementar, atingir, analisar criticamente e manter uma
política específica em uma organização.
26
27
2.5.12 Conceitos de Sistemas de Gestão de Segurança
Sistema de Gestão da Segurança é um sistema destinado a assegurar que a política de uma
empresa em relação à segurança, traduzida em objetivos e metas, seja atingida de maneira
sistemática e consistente, através de um conjunto de elementos interrelacionados.
ATENÇÃO
O SGS gera confiança, não só dos clientes para com a empresa, mas entre a empresa e seus
colaboradores, parceiros e fornecedores. Todos passam a ter certeza de que sua operação é
controlada e que saberão como agir no caso de uma situação indesejada.
Com isso, podemos afirmar que a segurança numa empresa de turismo de aventura não
acontece por acaso! Vamos falar agora sobre a importância da implementação do SGS.
28
Essa sequência de ações acaba por gerar um mínimo de documentação, que será tanto maior
quanto mais sofisticada for a organização e mais complexos forem os seus processos.
29
2.6.2 Foco no SGS
É comum empresários justificarem a falta de um Sistema de Gestão de Segurança
argumentando sobre o tamanho de sua estrutura ou sobre o número de colaboradores e
procedimentos internos.
Uma estrutura enxuta, ou um número elevado de colaboradores pode explicar esta falta,
entretanto, a maior dificuldade na implementação do SGS está relacionada ao foco.
ATENÇÃO
A ausência de foco atrapalha não só o SGS, mas a gestão financeira e administrativa, o dia a
dia da operação e o planejamento futuro. Faz com que a empresa não consiga alcançar de
forma sustentável os objetivos a que se propõe.
O que pode ser identificado com facilidade é que os empresários que não conseguem priorizar
a construção e implementação do SGS, não conseguem manter um ritmo na implementação,
muitas vezes sem avançar além do planejamento. É importante perceber que o sistema
30
ajudará a empresa a se organizar e planejar de maneira equilibrada seu dia a dia e as ações
futuras.
31
32
2.7 Etapas do Ciclo PDCA – Planejar
Vejamos agora cada etapa do ciclo PDCA:
“PLAN” – PLANEJAR
O Planejamento é a alma do SGS. Começa com a definição da sua
abrangência, isto é, decidir e deixar claro quais são os limites do
sistema: por exemplo a que produtos turísticos ele se destina. É o
primeiro passo para construção de um SGS. No processo de
planejamento será construída ou explicitada a Política de Segurança da
empresa, que demonstra toda a filosofia de comprometimento com a
segurança, sustentabilidade e melhoria contínua que a empresa possui.
"DO" - IMPLEMENTAR
Após o planejamento é importante implementar. Já dissemos que
as pessoas são um dos pontos fundamentais da segurança no
turismo de aventura. Para a implementação do sistema, isto
naturalmente também é verdade. Assim, para se ter uma operação
segura, e, portanto, um sistema de gestão que assegure isso, é
necessário ter profissionais competentes, cientes de suas funções,
responsabilidades e autoridades dentro do Sistema, conscientes da
importância para o sucesso do SGS e das consequências do não
atendimento aos procedimentos de segurança e controles
operacionais definidos pela organização.
"CHECK" - Verificar
Como em qualquer processo de Gestão, a Implementação
requer Verificação, ou seja, a avaliação pontual e generalizada
do Sistema, identificando sua eficácia, eficiência, as
dificuldades e as oportunidades de melhoria. O
monitoramento periódico do desempenho do SGS contribui
para realinhamentos, destaca pontos frágeis, evidencia
elementos talvez ainda não percebidos, como no registro de
acidentes, incidentes e não conformidades, além de fornecer à
33
direção da organização insumos para uma análise crítica do Sistema.
"ACTION" - Agir
Todo processo, por mais eficiente que seja, poderá sempre ser
melhorado. Após a Verificação do Sistema surge então a
oportunidade de melhoria, a oportunidade de partir para a
Ação revendo o planejamento, propondo mudanças ou a
continuidade de procedimentos e controles que vêm dando
certo.
2.8 Comprometimento
Resumindo, o sucesso do Sistema de Gestão da Segurança
depende do comprometimento de todos os níveis e funções na empresa, em especial da
direção. Este modelo de sistema permite que uma organização estabeleça e avalie a eficácia
dos procedimentos, desenvolva uma política e objetivos de segurança, atinja a conformidade
em relação a eles e demonstre-os a terceiros.
Na medida em que a empresa adota a gestão da segurança como política e cultura de seu
negócio, passa a sistematizar e controlar as suas atividades. Assim, incorpora práticas de
gestão de riscos para promover atividades de turismo de aventura de forma segura e
responsável.
2.9 Requisitos
Os requisitos estabelecem o que se deve fazer, mas não expressam como será feito, isso
depende de cada sistema, de cada realidade empresarial, assim a Norma é flexível o
suficiente para que cada empresa construa seu próprio sistema. Porém algumas exigências
devem ser levadas em consideração. Basicamente podemos destacar três exigências
principais para os requisitos:
34
Documentação.
Procedimentos (documentados ou não).
Registros.
ATENÇÃO
As exigências serão sempre precedidas da palavra “DEVE” ou “DEVEM”. Se a norma deixa
claro que algo “DEVE” ser feito, não há margem para questionamentos se aquilo deve ou não
ser feito. Uma maneira interessante de estudar uma norma é assinalando os seus “deves”,
facilitando a compreensão de todas as suas exigências.
ATENÇÃO
Definitivamente, um Sistema de Gestão da Segurança não pode existir apenas “no papel”!
35
2.12 Exercícios
Questão 1:
Assinale abaixo os exemplos que podem ser considerados SISTEMAS:
a. O coração humano
b. O trânsito das grandes cidades
c. A roda de um carro
d. Uma usina hidroelétrica
e. Um software de computador
36
Questão 2:
Considerando o conceito de segurança estabelecido na ABNT NBR 15331, qual das atividades
abaixo podemos afirmar que são inseguras devido às suas características intrínsecas:
a. Futebol
b. Escalada do Monte Everest
c. Natação para crianças
d. Ciclismo
e. Nenhuma das anteriores
Questão 3:
Assinale V para verdadeiro e F para falso:
( ) O sistema de gestão da segurança (SGS) em uma empresa de turismo de
aventura deverá envolver apenas os aspectos operacionais das atividades, pois é na operação
que podem ocorrer acidentes.
Questão 4:
Associe as palavras ao elemento do PDCA correspondente:
i. Agir (“ACT”)
ii. Implementar (“DO”)
iii. Planejar (“PLAN”)
iv. Verificar (“CHECK”)
Correção de não-
Registro de acidentes Definição de metas a Pôr em prática
conformidades
com investigação de serem atingidas pela procedimentos
encontradas em uma
suas causas empresa operacionais definidos
auditoria
Questão 5:
Quais dos itens abaixo NÃO É um requisito da ABNT NBR 15331:
2.13 Síntese
Vimos até aqui que:
O Sistema de Gestão da Segurança é uma ferramenta indispensável para empresas
que operam atividades de turismo de aventura.
Garantir a segurança de uma operação não é apenas ter conhecimentos técnicos das
atividades e tampouco transferir a responsabilidade da segurança para condutores.
Processos de gestão eficientes e sistematizados contribuem significativamente para
aumentar a segurança de uma atividade.
Conhecer os riscos é a base para garantir a segurança, e saber gerenciá-los é manter
uma atividade cada vez mais segura no decorrer do tempo.
A Norma ABNT NBR 15331 – Sistema de Gestão da Segurança – Requisitos nada mais
é do que uma ferramenta para ajudar uma empresa a gerenciar a segurança de suas
37
atividades, valorizando o que a empresa já tem de bom e ajudando a corrigir o que
não é tão bom assim.
2.14 Conclusão
Nesse módulo vimos um pouco da história de como e por quê o Brasil e o mundo optaram por
criar norma técnicas para a indústria e como as normas para o turismo de aventura
encaixaram nesse contexto. Definimos o que é “sistema”, o que é “gestão”, o que é
“segurança” e principalmente o que é “sistema de gestão da segurança”.
Entendemos a importância de implementar um SGS nas atividades de turismo de aventura.
Aprendemos sobre o ciclo PDCA e sua relação com a norma ABNT NBR 15331 e no fim do
módulo conhecemos a estrutura da norma com seus vários requisitos.
38
3 Módulo 2 – Abrangência do SGS
3.1 Abrangência do SGS
3.1.1 Quem se aventura?
39
3.3 Objetivos de aprendizagem
Vamos começar nossa caminhada entendendo o que significa o Escopo do Sistema de Gestão
de Segurança.
40
3.7 Atividade
Vejamos o exemplo abaixo, em que temos 1 atividade e 3 produtos:
Atividade: Caminhada
Produtos: Trilha da Cachoeira do Tombo, Trilha da Mata de Galeria e Trilha da
Jandaia.
3.8 Produto
No Exemplo 2 , ao contrário, temos 3 Atividades e 1 Produto. Vejamos...
41
3.9 Abrangência de gestão de risco
Uma vez definidos os produtos, as atividade e os locais onde serão realizadas a operação, é
preciso definir no Escopo do SGS a abrangência da gestão de risco.
A abrangência de gestão de risco é constituída pelos tipos e classes de perigos que serão
contemplados na identificação, análise e avaliação de riscos.
42
3.12 Datas e versões do Escopo
ATENÇÃO
Quando o assunto for certificação do Sistema de Gestão da Segurança, estamos nos referindo
à certificação dos produtos inseridos no Escopo. A informação presente no documento
do Escopo é a que será auditada pelo organismo certificador. Uma empresa de turismo de
aventura não será certificada na totalidade de seus produtos, mas sim dos produtos
claramente inseridos em seu escopo.
43
De qualquer forma, a obrigação de cumprir as exigências de todos os requisitos da Norma
será apenas para os produtos contemplados no Escopo, e portanto, é uma decisão importante
e estratégica para a empresa.
44
3.17 Como definir
DICA
Não defina um escopo muito grande de início. Implemente o SGS inicialmente em 1 ou 2
produtos e ganhe experiência. Depois será muito mais fácil ampliar o seu escopo!
Atividades.
Locais.
Tipos e classes de perigos.
Tempo de duração.
Produtos.
Questão 2 :
Assinale V para verdadeiro e F para falso.
3.19 Conclusão
45
3.20 Síntese
Neste Módulo vimos as exigências da ABNT NBR 15331 para definirmos o
ESCOPO do SGS e foram dadas sugestões para que o empresário escolha
os melhores produtos e atividades de turismo de aventura que deverão
estar inseridos no SGS da empresa em um primeiro momento.
46
4 Módulo 2 – Abrangência do SGS
4.1 Abrangência do SGS
4.1.1 Quem se aventura?
47
4.1.3 Objetivos de aprendizagem
Vamos começar nossa caminhada entendendo o que significa o Escopo do Sistema de Gestão
de Segurança.
48
4.2.2 Atividade
Vejamos o exemplo abaixo, em que temos 1 atividade e 3 produtos:
Atividade: Caminhada
Produtos: Trilha da Cachoeira do Tombo, Trilha da Mata de Galeria e Trilha da
Jandaia.
4.2.3 Produto
No Exemplo 2 , ao contrário, temos 3 Atividades e 1 Produto. Vejamos...
49
4.2.4 Abrangência de gestão de risco
Uma vez definidos os produtos, as atividade e os locais onde serão realizadas a operação, é
preciso definir no Escopo do SGS a abrangência da gestão de risco.
A abrangência de gestão de risco é constituída pelos tipos e classes de perigos que serão
contemplados na identificação, análise e avaliação de riscos.
50
4.2.7 Datas e versões do Escopo
ATENÇÃO
Quando o assunto for certificação do Sistema de Gestão da Segurança, estamos nos referindo
à certificação dos produtos inseridos no Escopo. A informação presente no documento
do Escopo é a que será auditada pelo organismo certificador. Uma empresa de turismo de
aventura não será certificada na totalidade de seus produtos, mas sim dos produtos
claramente inseridos em seu escopo.
51
De qualquer forma, a obrigação de cumprir as exigências de todos os requisitos da Norma
será apenas para os produtos contemplados no Escopo, e portanto, é uma decisão importante
e estratégica para a empresa.
52
4.4.2 Como definir
DICA
Não defina um escopo muito grande de início. Implemente o SGS inicialmente em 1 ou 2
produtos e ganhe experiência. Depois será muito mais fácil ampliar o seu escopo!
Atividades.
Locais.
Tipos e classes de perigos.
Tempo de duração.
Produtos.
Questão 2 :
Assinale V para verdadeiro e F para falso.
4.5 Conclusão
53
4.6 Síntese
54
5 Módulo 3 – Planejamento
5.1 Sem gestão de risco
5.1.1 Quem se aventura?
5.1.2 Reflita
Imagine uma atividade de turismo de aventura onde nenhum
risco é gerenciado. Consegue imaginar? O cliente não recebe
nenhuma informação, nenhuma instrução, os equipamentos não
são adequados e muito menos recebem manutenções, os
condutores não são competentes e nada é feito para prever
acidentes.
É uma operação “bomba relógio”, concorda? Claro que
pouquíssimas empresas operariam nessas condições. Mas, qual é
o extremo oposto dessa realidade? O que é uma operação
realmente segura e com os riscos gerenciados e controlados? Você saberia dizer? Bem, se
você não tem uma resposta, vamos perguntar de outra forma:
55
É... Ter uma operação realmente segura vai além de ter uma simples percepção de que ela é
segura. É necessário conhecimento e métodos de gestão de riscos. Esses métodos precisam
ser aplicados juntamente com uma gestão eficiente, através de uma política de segurança
bem definida e objetivos e metas claros e mensuráveis, acompanhado de procedimentos para
garantir que os requisitos legais aplicáveis a empresa sejam sempre cumpridos.
56
5.2.2 Aceitabilidade de riscos
Após a análise dos riscos, considera-se o seguinte:
Aceitabilidade ou não dos riscos, a partir de níveis
estabelecidos pela organização ao considerar as características do
produto.
perfil dos clientes.
A experiência da operação.
As referências e boas práticas da modalidade.
Diante de riscos não aceitos, a empresa propõe tratamentos, que
terão como objetivo reduzir os níveis de riscos não aceitos ou garantir a manutenção dos
índices aceitos.
A gestão do risco é um conjunto de procedimentos e documentos que servirão como
ferramentas para manter a identificação, avaliação e controle dos riscos. Observem o modelo
conceitual de Gestão de Riscos e vejam a seqüência do processo de gestão de riscos,
iniciando pela definição do contexto do produto.
É o que veremos a seguir!
CONCEITO
Este documento é chamado contexto e, diferente do escopo, que se refere a todo o Sistema,
este é específico para cada produto definido no Escopo do SGS.
Como cada produto possui características específicas e pode ter um gerenciamento de riscos
também particular, o contexto trará informações essenciais para a etapa seguinte de
identificação dos perigos, também conhecido como inventário de perigos e riscos.
Conseqüentemente, se no escopo de seu SGS tiverem 3 produtos, o sistema deverá possuir
uma definição de contexto para cada um dos 3 produtos. Se tiverem 5 produtos, serão 5
definições de contexto, e assim sucessivamente.
57
5.3.1 O que deve ser descrito na definição de contexto?
58
59
5.3.3 Critérios para Análise e Avaliação de Riscos
60
ATENÇÃO
Devem ser utilizados os números e não a sua definição, ou seja, uma vez definido os critérios
para a probabilidade basta se valer do número correspondente para estabelecer a
probabilidade de um determinado evento.
Que fique claro que essa escala de probabilidade apresentada é apenas UM EXEMPLO! Uma
escala pode ter 5, 4, 3 ou 10 níveis, dependendo da escolha de quem está definindo os
critérios da gestão de riscos.
A Norma ABNT NBR 15331 requer que este requisito esteja documentado, ou seja, em meio
físico. O formato deste documento será aquele que melhor atenda a necessidade da empresa.
Texto, tópico, tabela, são formas de se expressar a mesma informação.
61
EXEMPLO
Uma lesão leve, no interior de um cânion, em uma operação que ainda terá duração de
muitas horas, poderá gerar conseqüências graves.
Por outro lado, uma lesão grave (fratura, por exemplo), caso ocorra em um local com
facilidade de acesso, próximo de locais de apoio e atendimento médico, pode ser rapidamente
resolvida, gerando uma conseqüência moderada, sem interrupção de operação, com baixa
perda financeira.
ATENÇÃO
Essa escala de conseqüências apresentada também é apenas um exemplo ,podendo ser
usadas escalas com mais ou menos níveis. É recomendável que as escalas de probabilidade e
conseqüência tenham um mesmo número de níveis, formando matrizes quadradas quando
postas em um gráfico de probabilidade X conseqüência.
62
Combinadas as Probabilidades e Conseqüências (análise de riscos), tem-se um resultado que
revela o nível de risco das situações de perigo. Este nível de risco, com base em parâmetros
documentados no Contexto, ajuda a empresa a identificar os maiores e principais riscos, que
são prioritários para tratamento e as etapas da atividade que merecem maior atenção
durante a operação. Os níveis determinam também a aceitabilidade destes riscos, ou seja,
até onde o risco é admissível e a partir de quando exige tratamentos para sua redução
(avaliação dos riscos). Tudo isso pode ser facilmente representado em uma matriz 5X5 de
probabilidades X conseqüências, que veremos na tabela da tela a seguir.
63
Na tabela acima podemos identificar claramente a combinação de probabilidade e
consequência nas mais diversas possibilidades e com uma definição de aceitabilidade ou não
dos riscos analisados.
64
ATENÇÃO
O quadro mostra apenas um exemplo de níveis de aceitabilidade, que pode ser diferente de
acordo com as características intrínsecas do produto onde está sendo implementada a gestão
de risco, característica do público alvo e a opção da empresa em aceitar níveis mais altos ou
mais baixos de risco. O nível de aceitabilidade dos riscos é definido pela empresa!
65
5.3.12 Arvorismo e Alta Montanha: Comparação
66
5.3.14 Matrizes de Avaliação de Riscos: Alta montanha
DICA
Não subestime a importância do Contexto de sua gestão de risco. Elabore-o com bases
sólidas de experiência e competência de sua empresa. Seus critérios de avaliação precisam
ser coerentes com a realidade de seus produtos.
67
ATENÇÃO
A empresa deve estabelecer um procedimento para a identificação CONTÍNUA dos perigos e
riscos nas atividades de turismo de aventura. Esse procedimento não precisa ser
documentado, mas deve estar evidenciado na cultura da empresa.
Revisões periódicas, novas análises, inclusões e exclusões de informações no
inventário devem ocorrer sempre que algum evento indicar a necessidade, como
por exemplo, na ocorrência de acidentes e incidentes.
5.4.1 Perigos
O preenchimento do Inventário tem seu início na etapa de levantamento dos perigos
associados à atividade de turismo de aventura comercializada. Neste momento são
identificadas as situações que podem gerar algum tipo de dano, seja ao cliente, aos
colaboradores ou a outras pessoas envolvidas.
Grande parte do sucesso de uma listagem de perigos de uma operação de turismo de
aventura se dá a partir de uma divisão detalhada das etapas da atividade. Estas etapas
devem considerar:
A complexidade da operação.
As diferentes situações vivenciadas.
A experiência anterior que aponta locais com maior propensão a ocorrência de
incidentes e acidentes.
A abrangência da responsabilidade da empresa sobre o cliente, ou seja, onde começa e
termina a responsabilidade sobre a operação naquele produto específico.
ATENÇÃO
Em uma atividade de Turismo de Aventura podemos ter um grande número de perigos e
estes podem variar em função de diferentes fatores (local da atividade, equipamento,
condições meteorológicas, perfil de clientes etc). Deve-se pensar nos perigos com base na
própria experiência de operação e em relatos de experiências de outros empreendimentos e
outros lugares. O pensamento deve ser preventivo, ou seja, tentar esgotar as possibilidades e
antecipar situações, mesmo que nunca tenham ocorrido ou que pareçam inicialmente
impossíveis de ocorrer. Uma boa lista de perigos dá a empresa informações essenciais para a
prevenção e para a reação imediata aos eventos não planejados.
68
5.4.3 Exemplos de Perigos
Nos anexos, visualize um documento preparado como exemplo, que contem algumas listas de
perigos de atividades de turismo de aventura.
Cavalgada.
Rafting.
Tirolesa.
Caminhada.
Vale destacar que um mesmo perigo pode gerar diferentes tipos de danos. Se tomarmos os
danos a vida como exemplo, é possível perceber que um mesmo perigo pode gerar um dano
simples, que pouco interfere na execução da atividade; como pode levar a situações
envolvendo maior gravidade, muitas vezes exigindo a interrupção da atividade ou que as
despesas ambulatoriais ou hospitalares sejam altas.
ATENÇÃO
O fato de existirem controles já existentes não significa que não existem perigos. Estes
controles serão considerados futuramente, durante a análise e avaliação de riscos a ser
abordada no próximo módulo.
69
5.4.5 Danos
Danos são efeitos imediatos de uma situação de perigo, são modificações causadas à saúde e
segurança do cliente ou colaborador decorrente das atividades, instalações ou serviços da
empresa de Turismo de Aventura.
Vejamos alguns exemplos: o cliente sofrer uma queda e ter um arranhão; cabo de aço da
tirolesa se soltar e acertar o condutor gerando um corte profundo; veículo colidir com outro
veículo em movimento e gerar mortes, estes são exemplos de situações em que o evento
indesejado (perigo), gera efeitos (danos) .
Os danos sem dúvida fazem parte da conseqüência, mas não podem ser considerados
isoladamente para se analisar uma conseqüência. Nem sempre um dano leve causa
conseqüências leves. O importante é sempre analisar todo o contexto da operação.
70
5.4.7 Perigos, Danos e Causas
Uma maneira simples de entender os Perigos, Danos e Causas é criar uma tabela com estes
itens e preenchê-la a partir de uma situação ou etapa da operação em que pretende
promover o gerenciamento do risco.
EXEMPLO
Utilizemos, como exemplo, a atividade de Tirolesa. Uma das fases desta operação é a de
acesso ao local de saída da tirolesa, a partir de uma plataforma, de uma escada, de uma
caminhada, etc. Imaginemos que em uma operação comercial o cliente suba uma escada até
a plataforma, dê início à atividade em si e sofra uma queda. Essa queda (perigo) teve causas
reais ou potenciais e gerou danos com diferentes níveis.
O exemplo ilustra como um mesmo perigo pode ter sido originado por diferentes causas,
como também, pode gerar diferentes danos. A identificação das causas será muito importante
para adoção de controles operacionais como preleção (briefing), manutenção de
equipamentos, uso de equipamentos obrigatórios, melhoria de procedimentos já utilizados
etc.
A identificação dos danos será importante para a Análise do Risco, uma vez que levará em
consideração a característica do dano, o perigo em si e a situação em que ocorre.
71
elétrico, perigo de colisão, perigo de corte, perigo tóxico, perigo de fogo, perigo de
afogamento).
DICA
Faça uma lista extensa de perigos com calma. Uma boa lista inicial de perigos embasa todo o
restante da gestão de risco de seu SGS. Tenha paciência e dedique tempo a essa etapa.
72
Antes da análise e após identificados os perigos e os danos associados, deve-se pensar nos
procedimentos e controles que a empresa já utiliza em seu dia a dia para reduzir as
probabilidades de ocorrência dos perigos identificados e suas conseqüências. Estamos falando
dos Controles Operacionais Existentes.
73
ATENÇÃO
Os controles operacionais deverão ser considerados para a fase seguinte do preenchimento
do Inventário, pois serão determinantes na Análise dos Riscos. O fato da empresa já adotar
um controle operacional, faz com que estes níveis sejam reduzidos.
74
Ao pontuar a probabilidade considere o perigo identificado e os danos associados a este
perigo. No exemplo citado na identificação de perigos temos: “Queda de cliente da escada
chegando ao solo”.
ATENÇÃO
Este perigo trará danos que podem variar na escala apresentada, de um simples susto até a
morte. Ao considerarmos a probabilidade, esta deve ser analisada tomando como base os
controles operacionais existentes e a natureza dos danos.
75
no item 3.2 desse módulo, temos:
Probabilidade 3 = Pouco provável. Deverá ocorrer algumas poucas vezes.
Conseqüência 3 = Moderada. Requer remoção e breve tratamento hospitalar.
Comprometimento da continuação da atividade.
Antes de definir o valor da probabilidade acima, temos que considerar o local onde a escada
se encontra, a altura máxima em que a pessoa pode cair, o tipo de piso escorregadio ou não,
a existência de corrimão, os acidentes e incidentes já ocorridos e obviamente todos os
controles operacionais já existentes que diminuam a probabilidade da queda ocorrer. A
definição da conseqüência obedece ao mesmo princípio, considerando os danos mais
prováveis de ocorrerem, as facilidades de remoção de uma vítima, os recursos médico-
hospitalares existentes nas proximidades e também os controles operacionais já existentes.
76
5.6.1 Planilha do Inventário
Neste caso seria necessário estabelecer um tratamento para o risco cujo valor é igual a 9,
considerado tolerável mas necessitando de tratamento obrigatório.
Veja como fica nossa planilha do inventário de perigos e riscos, agora considerando as cores
definidas para cada nível de risco avaliado:
77
5.7 Gestão de riscos: Tratamento de riscos (Requisito
5.1.5)
CONCEITO
Tratamentos de Riscos, basicamente, são ações que a empresa entende como necessárias
para reduzir a probabilidade de ocorrência de um evento não desejado ou a conseqüência
gerada pelo mesmo. Isso com o intuito de reduzir os níveis de risco.
78
importância de sempre realizar uma investigação e determinação das causas possíveis, que
levarão às ocorrências indesejadas.
Atenção:
Caso a redução das probabilidades não seja possível ou não seja suficiente para reduzir o
nível de risco, procure reduzir as conseqüências, ou seja, tenha procedimentos que evitarão
que os efeitos de um evento indesejável sejam ampliados.
ATENÇÃO
Caso a empresa não consiga reduzir probabilidade e conseqüência fazendo com que os níveis
de risco se tornem aceitáveis e não tenha como eliminar o risco, sugerimos que ela divida
parcial ou integralmente os riscos com alguém , como por exemplo, os próprios clientes,
parceiros e fornecedores ou através de contratos ou seguros.
79
Tratamentos que eliminam o risco:
Não operar em período de chuvas.
Desviar um caminho exposto na caminhada.
Evitar uma corredeira no rafting.
Cancelamento da operação por qualquer motivo que comprometa a segurança.
80
5.7.6 Inventário de perigos e riscos: a coluna vertebral do
SGS
81
5.7.8 Procedimento e Plano de Tratamento: diferenças
Procedimento é mais amplo, vale para todos os tratamentos. Define de forma geral como os
tratamentos serão implementados. Basicamente a Norma exige que o Procedimento para
Tratamento de Riscos contenha uma série de informações. Veja na tela a seguir quais essas
informações...
82
Análise crítica:
O resultado da análise em relação à implementação, considerando as medidas de
desempenho e os resultados esperados.
83
5.7.13 Tratamento de Riscos: Resumindo
84
5.7.14 Tratamento de riscos: Inventário de
perigos e riscos
A forma mais comum de condensar e documentar todas as
informações necessárias na gestão de riscos é através de uma planilha
conhecida como “Inventário de perigos e riscos”, cujo um exemplo de
preenchimento passo a passo foi mostrado nesse item. Importante
lembrar que se trata de um EXEMPLO, e que a empresa possui
liberdade para criar novas ferramentas de acordo com suas
necessidades e sua realidade operacional. O inventário de perigos e
riscos em formato de planilha não é uma exigência da norma ABNT
NBR 15331.
DICA
Não tente tratar todos os riscos de uma só vez. Priorize os de maior nível e planeje os seus
tratamentos um a um. Você pode tratar os riscos com calma, desde que estejam bem
planejados.
85
5.8 Política de Segurança (Requisito 4)
86
ATENÇÃO
Hoje no Brasil as principais referências de boas práticas consagradas de segurança no
turismo de aventura são as normas técnicas da ABNT. Portanto procure sempre estar em
conformidade com todas as normas de turismo de aventura aplicáveis ao seu negócio.
ATENÇÃO
A Política de Segurança da empresa deve ser documentada!
87
5.8.4 Elaboração da Política de Segurança
A Política de Segurança deve ter a identidade da organização e expressar aquilo que a mesma
tem condições de implementar e manter. Um belo texto de Política que não seja apropriado
às estratégias de atuação da empresa ou que não possa ser implementado, coloca em risco a
sua eficácia.
ATENÇÃO
A Política de Segurança deve ser compreendida e incorporada pelos colaboradores e aqueles
que trabalham para ou em nome da empresa, bem como comunicada aos clientes para que
todos tenham conhecimento da proposta de segurança da empresa e disponibilizada para as
partes interessadas, ou seja, pessoas ou grupo de pessoas que de alguma forma poderão ser
afetados pelo desempenho da segurança na operação das atividades de turismo de aventura.
88
5.8.7 Exemplo de uma Política de Segurança
89
5.9.1 Objetivos de Segurança
Ao planejar uma ação é necessário definir primeiro o que se pretende atender ou atingir.
CONCEITO
Objetivos de Segurança são os cenários que determinam onde se pretende chegar.
Quando a empresa define que um de seus objetivos de segurança é certificar seus produtos
de turismo de aventura de acordo com a Norma ABNT NBR 15331 - Sistema de Gestão de
Segurança, ela está projetando um cenário futuro onde deseja estar ou que deseja alcançar.
Sempre que pensamos em crescimento e melhoria contínua, devemos ter em mente objetivos
a serem alcançados. Estes objetivos não podem ser nem muito fáceis ou pouco instigantes,
nem audaciosos ou distantes demais da realidade, pois farão com que a empresa não se
empenhe como poderia ou desista antes de ver os primeiros resultados.
ATENÇÃO
Os Objetivos e Metas de Segurança somados aos Programas de Gestão sofrerão mudanças
constantes ao longo da implementação e manutenção do Sistema de Gestão de Segurança,
assim, precisarão ser acompanhadas e monitoradas à medida que as ações são realizadas,
que os prazos vão sendo expirados e que os objetivos e metas vão sendo alcançados.
DICA
É muito comum as empresas confundirem objetivos com metas. Um objetivo pode ter várias
metas, e as metas precisam ser mensuráveis ,ou seja, é possível identificar se ela foi
alcançada ou não. Se a sua meta é subjetiva e não for possível “medir” se foi alcançada,
repense-a!
90
5.9.5 Definição dos Programas de Gestão de Segurança
Agora com os objetivos e metas estabelecidos, precisamos definir um Programa de Gestão
para alcançarmos esses objetivos. Esse Programa é bem simples, basta elencar as ações
necessárias, os responsáveis, os prazos e os recursos.
Na prática os objetivos são o que queremos, as metas são o quanto queremos e os
programas de gestão são o como chegaremos lá.
Veja o exemplo a seguir:
ATENÇÃO
Lembramos também que os objetivos não podem ser tão fáceis e nem tão difíceis de serem
alcançados. Se eles forem muito fáceis mostram que o nosso comprometimento com a
segurança do cliente é pequeno, e se forem muito difíceis acabamos perdendo a motivação
para alcançá-los. Devemos criar algo que realmente agregue valor à nossa empresa e que
seja possível de medir.
91
5.10.1 Introdução aos requisitos legais e outros
Também faz parte do PLANEJAMENTO do Sistema de Gestão da Segurança o estabelecimento
de procedimentos para identificação, atualização e comunicação das informações mais
relevantes sobre requisitos legais e outros requisitos de segurança que se apliquem a
atividade de turismo de aventura oferecida. Toda empresa deve listar e ter conhecimento da
legislação e outros requisitos de segurança pertinentes ao seu foco de atuação.
92
EXEMPLO
Um exemplo claro seriam exigências legais relacionadas ao uso de equipamentos específicos.
Se em alguma lei é obrigatório o uso de capacete em uma atividade, o condutor deverá saber
disso, portanto a informação sobre esse requisito legal deverá ser comunicada pela empresa.
93
5.10.4 Leis, Decretos, Medidas Provisórias e outros
Os requisitos legais serão compostos pelo conjunto de Leis, Decretos, Resoluções, Medidas
Provisórias e as Constituições em âmbito municipal, estadual e federal relacionadas à
segurança que sejam pertinentes às atividades de sua empresa.
Outros requisitos são quaisquer requisitos de segurança aplicáveis à empresa, mas que não
se enquadrem nos requisitos legais, como por exemplo: Normas da ABNT, normas
estrangeiras e planos de manejo ou uso público de Unidades de Conservação.
É recomendável para o cumprimento desse requisito ter uma boa assessoria contábil e
jurídica. Identificar e manter atualizados os requisitos legais pode não ser uma tarefa muito
fácil para quem desconhece os trâmites legais e os melhores caminhos para identificar tais
requisitos.
94
A questão da legislação é mais importante ainda quando as operações de Turismo de
Aventura acontecem em Unidades de Conservação (UC's) e áreas privadas.
SAIBA MAIS
Se você quiser se aprofundar neste tema recomendamos fazer o curso Gestão Empresarial, o
seu Módulo Jurídico trata com mais detalhes da legislação aplicável às empresas de Turismo
de Aventura. Participe do curso de Gestão Empresarial!
95
Questão 2:
Observe a descrição feita por uma empresa que implementa o SGS: « “Durante a trilha,
especificamente no banho dos clientes no poço da Cachoeira do Encantado, ocorre a prática
do rapel em cachoeira por esportistas independentes e por outras empresas de turismo de
aventura. Essa prática afeta a segurança dos nossos clientes participantes da caminhada que
tomam banho no poço logo abaixo da cachoeira.” »
Essa descrição está relacionada a que informação obrigatório do contexto da gestão de
riscos?
Questão 3:
Assinale a única alternativa correta relacionada à identificação de perigos e riscos.
Podemos afirmar que o perigo “exposição prolongada ao sol” não existe nas atividades
de uma empresa em que são tomados todos os cuidados para o cliente não sofrer
queimaduras solares, desde o início e durante as atividades, tal como: informar
previamente a necessidade de usar protetor solar, de usar bonés ou chapéus para
proteger a cabeça e ainda reforçando através de informes a cada 2 horas da necessidade
de repassar o protetor.
Perigo é por definição um evento imprevisível, que pode causar danos à saúde e a
integridade física das pessoas.
Uma vez identificado os perigos de uma operação, estes deixam de ser considerados
causadores de acidentes e consequentemente de danos às pessoas. Uma boa gestão de
riscos é aquela que identifica todos os perigos em um prazo estipulado de tempo, para
que após esse prazo a operação não tenha mais acidentes.
A falta de manutenção de equipamentos de rapel pode ser uma das causas do perigo de
x “queda” durante o rapel e os danos causados por esse perigo vão depender de uma série
de variáveis, por exemplo, da altura da queda, da posição em que a pessoa caiu, do tipo
de solo existente no local da queda etc.
Questão 4
Observe o extrato de um inventário de perigos e riscos abaixo:
Considere: Probabilidades com escala de 1 a 5
Consequências com escala de 1 a 5
96
Baseado no inventário acima, responda se as questões abaixo são verdadeiras ou falsas:
Questão 5:
Observe as informações abaixo relacionada à gestão dos riscos de uma empresa de turismo
de aventura:
97
Considerando todas as informações acima, assinale apenas as alternativas corretas:
v O inventário nos mostra dois perigos com graves consequências, mas devido à menor
probabilidade da ocorrência o ataque de cobras pode ser considerado de menor risco.
O perigo “ataque de abelhas, vespas marimbondos e insetos do gênero” não é
v controlado pela empresa, e a oferta do produto precisará ser interrompida para que o
risco seja tratado.
Se a empresa tivesse como controle operacional o uso de perneiras de couro pelos
v clientes e condutores para controlar os riscos relacionados ao perigo “ataque de cobras”,
a consequência poderia ser reanalisada para nível 3 e o risco passaria a ser considerado
aceitável mesmo com a probabilidade se mantendo no nível 2.
Não seria errado considerar a probabilidade de ataque de cobras como nível 1. Isso
depende da percepção da empresa baseado no histórico de ataque de cobras da região e
v em suas próprias experiências. Nesse caso, o risco relacionado a ataque de cobras será
considerado aceito, ainda que neste momento a empresa não tenha estabelecido
nenhum controle ou tratamento.
Em outra empresa, adotando outros critérios de gestão dos riscos e outros controles
operacionais, porém a mesma atividade e local, as análises e avaliações podem ser
diferentes, e o risco “ataque de cobras” pode ser considerado mais elevado que o risco
“ataque de abelhas, vespas marimbondos e insetos do gênero”.
Questão 6:
Responda se as afirmações são verdadeiras ou falsas em relação à política de segurança de
uma empresa de turismo de aventura:
98
( F ) O texto da política deve ser original e demonstrar a identidade e a personalidade
da empresa. Uma política simples, com compromissos factíveis e linguagem acessível, será
disseminada entre os colaboradores e clientes muito mais facilmente.
Questão 7:
Arraste e cole as palavras nas expressões correspondentes:
I. COMO FAREMOS?
II. QUANTO QUEREMOS? QUANDO QUEREMOS?
III. O QUÊ QUEREMOS?
Questão 8:
Assinale V para as afirmações verdadeiras e F para as falsas:
( ) A identificação dos requisitos legais e outros requisitos deverá ser de todas as
Leis, Decretos, Resoluções, Medidas Provisórias e as Constituições em âmbito municipal,
estadual e federal existentes, independentes se são referentes à segurança ou se são
pertinentes à empresa.
( ) A empresa deverá ter um procedimento, não necessariamente documentado,
para a identificação, atualização e comunicação das informações mais relevantes sobre
requisitos legais e outros requisitos de segurança que se apliquem a atividade de turismo de
aventura oferecida.
( ) Com a implementação do SGS a empresa passa a precisar cumprir com as
legislações pertinentes de segurança. As demais leis referentes às questões trabalhistas,
ambientais ou penais não serão de cumprimento obrigatório segundo as exigências da ABNT
NBR 15331.
5.12 Conclusão
99
5.13 Síntese
Nesse módulo aprendemos como planejar uma gestão de riscos, por
meio da identificação de perigos, análise e avaliação de riscos e
estabelecimento de tratamentos para os riscos inaceitáveis. Vimos
também que gerenciar riscos depende inicialmente de estabelecer
critérios e parâmetros, que deverão ser seguidos em todo o processo
de gestão de riscos. Na seqüência, aprendemos o que é uma política
de segurança e a elaborá-la, entendemos o que são objetivos e metas
e programas de gestão e por último verificamos a importância de conhecer os requisitos
legais aplicáveis a nossa empresa e como cumpri-los e mantê-los atualizados.
100
6 Módulo 4 – Implementação e Operação
6.1 Execução de tarefas planejadas: um grande desafio!
6.1.1 Quem se aventura?
101
6.1.5 O que foi previsto no SGS está sendo executado?
Vamos tomar como exemplo um jogo de futebol. Para que o esquema tático funcione, é
preciso ter os jogadores conscientes de seu papel no time, de suas responsabilidades para
com o restante do grupo, treinados para realizar um bom jogo e preparados para reagir caso
algum imprevisto aconteça. Ou você acha que um time vencedor é feito apenas de bons
jogadores sem a necessidade de uma estrutura organizacional?
102
ATENÇÃO
É importante lembrar que não basta garantir recursos apenas para a implementação, pois o
processo de gestão e de melhoria constante exigirá novos esforços e investimentos.
ATENÇÃO
Estas funções estão relacionadas as responsabilidade e autoridade do pessoal, cujo trabalho
tem algum impacto na segurança da operação e no próprio funcionamento do sistema de
gestão, isto é, aqueles que gerenciam, desempenham e verificam as atividades que tenham
relação com a segurança das operações de turismo de aventura.
A dica é pensar se este colaborador possui algum tipo de relação com as atividades ou se
porventura poderá ser acionado em caso de emergências, por exemplo. O simples fato de o
colaborador ter responsabilidade de monitorar se os clientes estão entrando em áreas não
permitidas ou de uso restrito, evitando assim algum tipo de incidente ou acidente, já seria
suficiente para incluí-lo na estrutura de funções do SGS.
6.2.4 Organograma
Um organograma é uma boa ferramenta para auxiliar o empresário na definição da estrutura
de funções de sua organização, de maneira a representar graficamente estas funções e a
relação de autoridade, ou seja, a hierarquia entre estas funções. Ao identificar aqueles, que
possuem funções administrativas, comerciais e operacionais, sejam eles contratados ou
terceirizados a empresa tem maior facilidade para determinar as responsabilidades e
autoridades de cada função diante do Sistema de Gestão da Segurança.
103
6.2.5 Além dos recursos e da estrutura
CONCEITO
Responsabilidade é o dever atribuído a cada uma das funções no exercício da atividade de
turismo de aventura.
A Norma ABNT NBR 15331 faz referência às responsabilidades associadas
ao Sistema de Gestão da Segurança, mas estas podem ser também
estendidas às atribuições administrativas e operacionais.
Em relação ao SGS, quais as responsabilidades definidas para a função do
Condutor em relação à Política de Segurança, por exemplo? E para a
função de Gerente Operacional?
104
Zelar pela segurança em situações adversas.
Verificar o estado dos equipamentos antes da realização de uma operação.
Dar apoio numa situação de resgate.
Prestar os primeiros socorros, etc.
CONCEITO
Autoridade é o poder atribuído a cada função de acordo com sua capacidade, competência e
aptidão para tomar decisões.
Isso não quer dizer que todas as funções tenham que ter autoridade definida, ou seja, uma
função auxiliar pode ser definida apenas em termos de responsabilidade e a autoridade ser
definida apenas para as funções chave. Em uma operação com dois condutores, por exemplo,
podemos ter um condutor líder com a autoridade para interromper a atividade, impedir que
um cliente dê continuidade a atividade caso não possua a aptidão necessária, retirar do grupo
clientes que possam colocar em risco o restante das pessoas, etc. E o condutor auxiliar
apenas apoia as decisões tomadas pelo líder, auxiliando-o no que for necessário à execução.
ATENÇÃO
Esse responsável deve exercer a liderança do processo de implementação e manutenção do
sistema. É o “homem segurança” da empresa. A Norma ABNT NBR 15331 requer que a
empresa tenha todas essas funções, responsabilidades e autoridades documentadas em um
ou vários documentos.
105
6.2.10 Boas práticas
Como boa prática sugere-se que responsabilidades e autoridades sejam definidas de acordo
com as funções e não em relação às pessoas que ocupam tais funções.
Normalmente temos a tendência de pensar no que é feito no dia-a-dia e não nas atribuições
que a função exige, sendo que algumas delas nem sempre são executadas.
Em virtude do pequeno porte de muitas das empresas de turismo de aventura,
frequentemente uma pessoa atua em várias funções, inclusive o proprietário. É importante
fugir da burocracia e garantir que cada um saiba do que é responsável e o que exatamente
tem que fazer dentro da empresa.
106
6.2.12 Definição das funções
As responsabilidades e as autoridades nem precisam estar necessariamente separadas. O que
importa é que seja claro quem faz o que e quem tem autoridade para tomar que decisão
importante para a segurança dentro da empresa.
DICA
Organize sua empresa por funções claras, mesmo que uma pessoa acumule mais de uma
função. Pense que no futuro sua empresa poderá ter mais colaboradores, e aí já estarão
definidas as funções que precisam ser ocupadas.
107
“alma” de uma operação segura. Portanto, dê a devida importância a esse requisito e o
implemente com muita dedicação e cuidado.
CONCEITO
Competência é o conjunto composto pelos conhecimentos, habilidades e atributos que uma
pessoa possui. É no que consiste “saber fazer” e o “querer fazer” alguma coisa. Saber fazer
um nó específico, saber se comunicar adequadamente, saber interpretar um texto, saber
fazer cálculos matemáticos, saber se localizar numa trilha, são exemplos dos componentes da
competência de alguém, além é claro da vontade de fazer, do perfil, atributos ou índole do
indivíduo, que somados formam o conjunto: competências.
108
ATENÇÃO
As diferenças encontradas entre o perfil do profissional e as competências para o cargo
podem indicar necessidade de treinamento!
109
ATENÇÃO
Reparem que estamos falando de dois níveis de competência que precisam ser estabelecidos
de forma clara e coerente.
ATENÇÃO
Lembre-se sempre de seu comprometimento com as boas práticas consagradas de segurança
nas modalidades de turismo de aventura assumida em sua Política de Segurança. Não seguir
as Normas Técnicas Brasileiras de competências no turismo de aventura, ainda que em parte,
resultará na necessidade de se ter uma boa justificativa para tal. Seguir as Normas Técnicas
da ABNT deverá ser a regra SEMPRE!
110
6.3.9 Distribuição de Responsabilidades e Autoridades
Além disso, é importante que a distribuição de responsabilidades e autoridades seja
consistente com as competências definidas e o que as normas estabelecem. Não pode haver
incoerências e nem conflitos. Ao definir um “plano de treinamento”, devem ser consideradas
as especificidades de cada produto tais como: os riscos, controles operacionais, os aspectos
referentes ao atendimento a emergências e outros requisitos definidos, como também os
diferentes níveis de responsabilidade, de habilidade e de instrução dos colaboradores que
ocupam as funções.
ATENÇÃO
As Normas brasileiras de competências de condutores em diversas modalidades de turismo
de aventura refletem o que os especialistas consideram o mínimo indispensável para uma
operação segura. Não são competências de excelência, e sim as mínimas necessárias.
Portanto, se os condutores de sua empresa não às atendem, estabeleça processos de
desenvolvimento de competências o mais rápido possível.
111
Registros de competência podem ser:
Educação: certificados de 1º ou 2º grau, diplomas de curso superior etc.
Experiência: currículos, declarações de outras empresas etc.
Qualificação: certificados de conclusão de cursos técnicos, atestados, cópia de
documentos etc.
Treinamento: fotos, lista de presenças, avaliações, relatórios etc.
DICA
Não subestime a conscientização de seus colaboradores! É tão ou mais importante que a
capacitação técnica. O comprometimento de sua equipe é fundamental para o sucesso de seu
SGS.
112
SAIBA MAIS
Para saber mais sobre este tema, faça o curso de Competências Mínimas do Condutor.
ATENÇÃO
Na ABNT NBR 15331 a comunicação e consulta está dividia entre possíveis públicos, são eles:
o pessoal relacionado com as atividades, que entendemos como nosso público interno, os
clientes que são o nosso público externo e também às partes interessadas que incluem os
dois anteriores mais outros interessados, como por exemplo um fornecedor de equipamentos.
113
ATENÇÃO
Sempre registre e documente esses processos de comunicação para evidenciar que realmente
existe o fluxo de informações pertinentes ao SGS em sua empresa. Isso ajuda muito desde a
implementação inicial do sistema até sua manutenção cotidiana.
SAIBA MAIS
Veja nos anexos ao final da apostila um modelo de termo de conhecimento de risco.
6.4.3 Comunicação
O termo apresentado é a garantia de que o cliente está ciente dos riscos que envolvem a
prática da atividade, é um termo que além de cumprir o requisito de consulta e comunicação
da norma cumpre um requisito legal, a Lei 8078 de 11 de setembro de 1990 conhecida como
Código de Defesa do Consumidor, esta lei estabelece os direitos do consumidor em seu Art.
6º., no inciso III deste mesmo artigo expõe como um dos direitos do consumidor: “a
informação adequada e clara sobre os diferentes produtos e serviços, com especificação
correta de quantidade, características, composição, qualidade e preço, bem como sobre os
riscos que apresentem;”
114
ATENÇÃO
Além da informação dos riscos e perigos, é importante informar ao cliente qual o
comprometimento que a empresa tem para com a segurança de seus clientes e quais
recursos são disponibilizados para o atendimento de emergência caso ocorra algum acidente.
DICA
Falhas na comunicação podem causar sérios problemas em sua empresa! Comunique-se
sempre com clareza e simplicidade. Consulte seus clientes de forma inteligente e transforme
isso numa ferramenta poderosa para a melhoria de seus serviços. A percepção dos clientes é
extremamente valiosa!
ATENÇÃO
Na verdade, o momento em que os controles operacionais são definidos não está em uma
ordem clara em relação aos outros requisitos da norma. Muitas vezes, controles operacionais
já estão estabelecidos antes da implementação do SGS, auxiliando na gestão de riscos, na
definição das funções e nas necessidades referente a consulta e comunicação.
115
6.5.1 Controles operacionais documentados
A documentação de tais procedimentos facilitam imensamente todo o processo de
disseminação das informações contidas, ajuda a aumentar o comprometimento de seus
colaboradores em cumpri-los, orienta os processos de capacitação de novos colaboradores e
estrutura os processos de revisão e melhoria dos mesmos.
DICA
No curso de competências mínimas do condutor abordamos a operação da atividade, ou seja,
a condução do grupo em três fases destintas: a preparação, o desenvolvimento e o
encerramento. Neste contexto podemos afirmar que os controles operacionais estão
envolvidos com todas estas fases da condução dos grupos.
Não basta que a empresa tenha Controles Operacionais, documentados ou não. É necessário
que a empresa esteja segura que estes controles são efetivamente colocados em prática.
Para isso é necessário que existam registros de monitoramento dos controles, para que sua
eficácia seja comprovada. Colaboradores, fornecedores e terceiros devem estar conscientes
da importância dos controles operacionais para o sucesso do Sistema de Gestão da
Segurança.
116
ATENÇÃO
Os controles operacionais precisam ser entendidos por quem opera diariamente seus
produtos. Envolva sua equipe na elaboração de seus procedimentos de controle.
Procedimentos documentados guardados em uma gaveta não servem para nada!
ATENÇÃO
Ter um bom plano para atender a emergências não quer dizer necessariamente ter toda uma
estrutura de resgate. A estrutura necessária vai depender das condições do local onde o
produto é oferecido. Muitas vezes, próximo a centros urbanos que têm estruturas para o
atendimento a emergência, saber controlar o grupo, manter a calma de todos, saber para
quem ligar e pedir auxílio especializado pode ser suficiente. Enquanto que em áreas remotas,
distante horas de caminhada e horas de carro até a ajuda mais próxima, saber prestar os
primeiros socorros e ter um plano mais estruturado pode significar a diferença entre a vida ou
a morte de uma pessoa.
ATENÇÃO
Dispor de informações básicas sobre os clientes como: nome completo, número do
documento de identidade, pessoa para contato em caso de necessidade, qualquer
característica limitante para a realização da atividade específica, tipo sanguíneo* e quaisquer
restrições a eventuais atendimentos (medicamentos, procedimentos, etc.) se faz necessário e
deverá ser feita consulta prévia a todos os clientes.
* Entendemos que a informação de tipo sangüíneo hoje não é tão relevante para qualquer
processo de tomada de decisão frente a uma emergência. Qualquer procedimento que exija
uma transfusão de sangue ou algo parecido será realizado em ambiente hospitalar e contar
com esta informação previamente não afetará o protocolo seguido pelas unidades de saúde,
porém esta informação é exigida pela Norma ABNT NBR 15331 e ela deve ser registrada no
momento da consulta ao cliente.
117
6.6.2 Procedimentos de resgate: informações aos clientes
Estas informações além de obtidas, devem ser processadas e analisadas, cabendo a empresa
limitar ou não, o acesso do cliente à atividade, caso alguma informação vá contra os critérios
definidos pela empresa para participação na operação. Em última análise, a empresa é quem
decide se o cliente pode ou não participar da atividade, e se preciso for, um colaborador com
autoridade para tal deverá vetar a participação de um cliente não habilitado.
Os clientes devem ser informados previamente dos recursos e facilidades disponíveis de
atendimento a emergências nos locais de prática das atividades de turismo de aventura. É
prudente que os clientes saibam como agir também em situações em que o condutor ou líder
da operação sofra algum tipo de acidente ou fique incapacitado de dar continuidade à
condução do grupo.
ATENÇÃO
O atendimento às situações de emergências só será realizado de forma eficiente se a
organização contar com pessoas qualificadas, capacitadas para reagir de acordo com os
procedimentos definidos. Para isso precisam passar por treinamentos constantes,
participando de testes e simulados freqüentes. Sempre que os planos e procedimentos para
atendimento a emergências forem colocados em prática, a empresa deve analisá-los
criticamente, fazendo da análise uma oportunidade de melhoria. É recomendável registrar
todos os treinamentos e testes.
118
6.6.3 Plano de Emergência
119
Primeiros Socorros: Avaliar cenário, avaliar situação da vítima, prestar o atendimento
(Suporte Básico à Vida).
Gestão de crise: Manter a segurança do restante do grupo, manter a liderança,
gerenciar conflitos e abalos psicológicos. Gerenciar consequências externas ao evento
(mídia, familiares).
Comunicação: Assegurar recursos de comunicação interna e externa para acionamento
da equipe necessária (uso de rádios, telefones importantes, bombeiros, hospitais,
GVBS, etc...)
Remoção: Assegurar a remoção/transporte da vítima até o atendimento hospitalar
mais próximo (caso necessário).
Recursos e atendimento médicos hospitalares: Ter conhecimento dos recursos médico
hospitalares da região para uma remoção/transporte consciente e eficaz da vítima.
Seguro: Assegurar que os trâmites do acionamento do seguro sejam efetivados.
Pós acidente: Manter contato com a família da vítima, assessoria de imprensa.
Análise crítica: Analisar criticamente os planos e procedimentos após simulados,
incidentes, acidentes e emergências.
ATENÇÃO
Antes da realização de qualquer atividade de Turismo de Aventura deve ser verificada a
disponibilidade de serviços ou recursos apropriados para atendimento a emergências médico
hospitalares relacionadas aos riscos prioritários identificados no inventário de perigos e riscos,
inclusive em áreas remotas ou de difícil acesso.
Para ser eficaz, um Plano de Emergência deve ser testado regularmente, quando possível. O
teste de planos de emergência deve ser documentado e após cada teste, os resultados
devem ser revisados de modo a identificar os tipos de melhorias que possam ser feitas na
estratégia de resposta a emergências.
Os testes não precisam ser necessariamente simulados “in loco”, pois muitas vezes simular
uma situação de resgate em determinados locais não é exeqüível.
Nesses casos os chamados “exercícios de mesa” podem ajudar muito, onde toda a equipe
simula virtualmente, geralmente em uma mesa com um mapa ou esquema desenhado, cada
uma das etapas do plano, fazendo com que as pessoas envolvidas descrevam suas ações e
120
responsabilidades durante uma emergência. Esse tipo de exercício tem muito valor para
tornar os planos e procedimentos bem disseminados entre os colaboradores da empresa.
ATENÇÃO
É extremamente importante que no momento de qualquer emergência, o Plano de
Emergência em uso esteja atualizado e por isso, seja eficaz ao lidar com a emergência.
Questão 2:
2. Baseados na compreensão da diferença entre e responsabilidade e autoridade e as
exigências de documentação para o requisito 6.1 preencha as lacunas com “Pode(m)” ou
“Deve(m)” :
121
Questão 3:
3. Assinale V para verdadeiro ou F para falso para as frases afirmativas que seguem:
Questão 4:
4. Baseado na relação entre as funções, responsabilidades e autoridades com a competência
e conscientização do pessoal preencha as lacunas com “deve(m)” e “pode(m)”:
Questão 5:
5. Arraste e cole as frases para a consulta e comunicação de cada público:
122
X. Sobre suas responsabilidades e autoridades.
XI. Sobre os perigos/riscos envolvidos na atividade.
XII. Sobre o processo de análise crítica do sistema.
Questão 6:
6. Assinale V para verdadeiro ou F para falso:
Questão 7:
7. Assinale V para verdadeiro ou F para falso:
123
deste protocolo. Mesmo assim, quando fizemos uma auditoria do Sistema de Gestão da
Segurança tivemos uma não conformidade no requisito 6.2 - competência, conscientização e
treinamento...”
d. ( ) Ao considerar os serviços ou recursos de atendimento médico e de
emergência públicos como parte integrante dos seus planos de atendimento, a empresa deve
se assegurar de sua disponibilidade, fazendo um levantamento destes recursos através de um
processo que garanta as informações pertinentes sobre os mesmos.
e. ( ) “Temos os recursos, desde equipamentos ao pessoal capacitado para
atendimento a emergências e tomamos a decisão de nunca comunicar ao cliente este tipo de
estrutura, pois isso pode levar o cliente a pensar que a atividade é muito arriscada e desistir
de realizá-la.” Frente ao que se estabelece no requisito 6.7, a situação apresentada como
justificativa para não comunicação da estrutura de atendimento a emergências será
considerada adequada.
6.8 Conclusão
Para que um SGS seja eficaz, são necessários procedimentos!
Alguns procedimentos precisam ser documentados e outros não,
mas a criação e o cumprimento deles é imprescindível. Quando
uma empresa define um procedimento, ela está criando uma
memória e conseqüentemente criando uma cultura
organizacional.
Cada colaborador precisa saber qual a sua função, suas
responsabilidades e autoridades, ter competência para exercer a
sua função e estar familiarizado com os procedimentos da
empresa. Se a empresa é organizada, será muito mais fácil recrutar novos colaboradores e
treiná-los.
Os colaboradores atuais estarão em constante evolução e melhorar continuamente a
prestação dos serviços será uma conseqüência. E, se mesmo com todos os procedimentos e
controles, acontecer um acidente, a empresa precisa estar preparada para atender a
emergências.
6.9 Síntese
Neste módulo aprendemos sobre como implementar e operar as atividades de turismo de
aventura conforme as exigências de um SGS. O módulo se resume aos seguintes itens:
Recursos, estrutura e responsabilidade.
Competência, conscientização e treinamento.
Consulta e comunicação.
Controle operacional.
Preparação e atendimento a emergências.
124
7 Módulo 5 – Verificação e ação corretiva
7.1 Apenas o SGS é suficiente?
7.1.1 Quem se aventura?
Para garantir uma operação segura, basta a implantação do SGS? Pode-se,
então, com isto, operar com segurança?
125
7.2.1 Periodicidade no monitoramento
O monitoramento e a mensuração do desempenho deverão acontecer de
maneira periódica a partir de um procedimento estabelecido pela direção
da empresa que possibilite o acompanhamento de itens específicos do
Sistema. Ferramentas do próprio Sistema somadas a outros procedimentos
ajudarão a empresa a assegurar que:
126
DICA
Empresas que utilizem equipamentos para monitoramento e mensuração do desempenho,
deverão ter REGISTROS dos procedimentos de calibração e manutenção dos mesmos.
7.2.5 Feedback
7.2.6 Investigação
Outras ações tomadas para medir o seu desempenho são aquelas relacionadas diretamente
com a investigação dos incidentes e acidentes que ocorreram no período. Estas medidas
127
devem ser sempre tomadas para investigar as causas que geraram os problemas e para
identificar o que pode ser feito para evitar sua repetição.
7.3.1 Incidente
7.3.2 Acidente
128
7.3.3 Qual a diferença afinal?
129
7.3.5 Ações e Investigação
Lembre-se...Não se esqueça também de registrar e tratar os incidentes.
7.3.6 Documentação
Outro instrumento muito eficiente que poderá ser utilizado para verificação do desempenho
da segurança na organização é o registro de incidentes, acidentes e não-conformidades. Este
tipo de registro funciona como um eficiente termômetro do Sistema, medindo a
“temperatura” da segurança nas operações, identificando falhas na implementação, causas de
eventos indesejados, bem como, orientando a promoção de ações preventivas e corretivas.
Antes de qualquer coisa, precisamos definir acidentes, incidentes, não conformidades, ações
corretivas e ações preventivas:
Acidente: “Evento não planejado que resulta em morte, doença, lesão, dano ou outra
perda.” Destacamos nessa definição o “não planejado”. Isso quer dizer que pequenas
lesões, inerentes a prática das atividades de turismo de aventura e já previstas podem
não ser consideradas acidentes. De qualquer forma, que fique claro que acidentes não
130
são apenas os eventos que causam graves lesões. Qualquer lesão não planejada deve
ser considerada acidente, e portanto registrado e investigado.
Incidente: “Evento que deu origem a um acidente ou que tinha o potencial de levar a
um acidente.” Nesse caso é importante ressaltar que o acidente não ocorreu, ou seja,
ainda não houve dano. Foi um “quase acidente”. Mas nem por isso deve ser
desconsiderado ou subestimada a sua importância. Um incidente que se repete pode
muito bem se tornar um acidente, e conseqüentemente causar sérios danos.
131
local (com a exatidão pertinente);
envolvidos (clientes, condutores, etc.);
descrição (inclusive condições ambientais, equipamentos utilizados, circunstâncias
particulares etc. quando pertinente);
causa provável;
tratamento;
conseqüências;
ações corretivas;
ações preventivas;
responsável pelas informações;
aprovação do registro.
7.3.11 Registro
Outros elementos do Sistema de Gestão da Segurança, como por exemplo, a identificação de
perigos e avaliação e controle de riscos, tentam realizar um levantamento proativo da gestão
da segurança e identificar aquelas circunstâncias que possam conduzir a um incidente ou
acidente.
ATENÇÃO
A investigação de acidentes/incidentes, no entanto, segue um monitoramento
predominantemente reativo com tentativas de aprender lições a partir de falhas do Sistema
de Gestão, como por exemplo, de acidentes/incidentes já ocorridos.
Um sistema de investigação apropriado permitirá a identificação da causa, dos fatores
contribuintes e das deficiências do sistema em cada caso em particular.
132
7.4 Auditoria interna (Requisito 7.4)
Se procedimentos de monitoramento e mensuração do desempenho e registros de incidentes,
acidentes e não conformidades trazem informações mais pontuais sobre a gestão da
segurança na empresa, a Auditoria Interna é o momento de passar a limpo todo o Sistema,
realizando de maneira planejada e estruturada uma verificação da conformidade de todos os
itens do SGS em relação ao que é exigido pela Norma ABNT NBR 15331. Para isso a
organização deve estabelecer procedimentos que tragam a informação sobre a abrangência
da auditoria, a freqüência, a metodologia utilizada, as responsabilidades e competências
exigidas para os auditores, bem como a forma que os resultados serão apresentados.
As Auditorias Internas periódicas devem verificar se o Sistema é implementado e mantido e
se vem alcançando os resultados esperados para atendimento à Política de Segurança e
demais objetivos de segurança propostos.
ATENÇÃO
Os resultados das auditorias internas devem ser REGISTRADAS.
Lembre-se...
O Sistema de Gestão da Segurança é um mecanismo de prevenção de acidentes e a auditoria
interna é a ferramenta para você verificar se o Sistema de Gestão está funcionando!
133
DICA
Quanto mais imparciais forem as auditorias internas, melhor! Tente de preferência realizar as
auditorias com um auditor competente de fora da empresa. Troque auditorias com empresas
parceiras se for preciso. Auditorias são um grande aprendizado para quem é auditado e para
quem audita.
a) O monitoramento e mensuração do desempenho do SGS deve ser reativo, isso quer dizer que
dados e fatos são registrados com base no que já ocorreu, tais como incidentes ou acidentes, ou
seja, o monitoramento e mensuração é o requisito do sistema que é aplicado quando algum desvio
ocorre na implementação e operação.
b) Ao menos alguma medida de monitoramento ou mensuração deve ser estabelecida para verificar
se a organização cumpre com os requisitos legais e outros requisitos aplicáveis
c) As exigências referentes a monitorar e mensurar o desempenho do sistema podem ser cumpridas
se a organização realiza suas auditorias internas em intervalos planejados e registrar os dados
obtidos a fim de facilitar a fase seguinte, a análise critica pela direção.
d) Medidas proativas de monitoramento do desempenho do programa de gestão (incluindo os planos
de tratamento), dos critérios operacionais e do atendimento aos requisitos legais e outros requisitos,
quando realizadas de maneira programada e com posterior registro de dados, são suficientes para
garantir a mensuração dos dados e fatos ocorridos e dão base para a melhoria contínua do SGS.
e) O desempenho do sistema deve ser mensurado apenas qualitativamente, pois o que importa é a
qualidade do sistema em relação aos resultados que se pretende alcançar.
Questão 2:
2. Relacione nas colunas os dados mínimos que são exigidos para que seja adequadamente
registrado um incidente ou acidente e quais dados seriam complementares:
I. Atividade.
II. Condições Climáticas.
III. Consequências.
IV. Ações preventivas.
V. Aprovação do registro.
VI. Descrição do ocorrido.
VII. Ações corretivas.
VIII. Quantidade de pessoas do grupo.
IX. Informações sobre acionamento de seguro.
X. Tratamento.
XI. Grau da lesão.
XII. Idade da vítima.
XIII. Causa provável.
XIV. Responsável pelas informações.
XV. Pessoas envolvidas.
XVI. Data.
XVII. Local.
Questão 3:
3. Assinale V para verdadeiro ou F para falso:
134
não ocorram. Desta maneira a ocorrência deve ser vista como uma oportunidade de melhoria
para o SGS. Sendo assim, após o registro de um acidente algumas medidas como, por
exemplo, investigação das causas, acompanhamento das ações corretivas, implementação de
mudanças operacionais bem como manter registros destes processos anteriores são
exigências no quesito verificação e ação corretiva.
b. ( ) A organização deve incumbir-se da investigação dos acidentes ou incidentes
ocorridos, a fim de garantir que as causas serão identificadas e as medidas corretivas ou
preventivas serão estabelecidas e implementadas.
c. ( ) Os procedimentos em que estão estabelecidas as responsabilidades e
autoridades para tratar, registrar e investigar, também devem definir as mesmas condições
para que medidas corretivas e preventivas sejam adotadas. Tais procedimentos serão
estabelecidos a partir do registro de alguma ocorrência seja um incidente, acidente ou não
conformidade.
d. ( ) Os registros referentes aos acidentes e incidentes devem estar acessíveis,
como por exemplo em um mural, no site da empresa ou através de outro mecanismo que
garanta o acesso a todas as partes interessadas.
Questão 4:
4. Assinale V para verdadeiro e F para falso:
7.6 Conclusão
Monitorar e mensurar periodicamente o SGS é fundamental para
garantir o bom desempenho do sistema. Procurar por falhas e corrigir
essas falhas precisa ser rotina dentro da empresa, só assim é possível
melhorar continuamente os processos. Não existem sistemas perfeitos,
existem sistemas muito bem monitorados, possibilitando que através
de registros de monitoramentos decisões sejam tomadas e ações
corretivas ou preventivas executadas. Isso é o que possibilita a
melhoria contínua, fundamento essencial do ciclo PDCA.
7.7 Síntese
135
7.8 Próxima expedição
No próximo módulo veremos como que a alta direção da empresa deve participar da
implementação e manutenção do SGS. A análise crítica pela direção será o assunto abordado.
136
8 Módulo 6 - Análise Crítica Pela Direção
8.1 Apenas o SGS é suficiente?
8.1.1 Quem se aventura?
Você já ouviu o ditado que diz que “o gado só engorda com o olho do dono?”
Quer descobrir o que esse ditado tem a ver com o SGS?
Quem se aventura?
8.1.2 Direção
Pois é... O SGS só é mantido e se desenvolve com o olho do dono! Já parou para pensar em:
Quem dá as diretrizes para o bom andamento do SGS?
Por que o comando de uma organização é intitulado “DIREÇÃO”?
Que direção o SGS e todos os seus colaboradores envolvidos devem tomar para
melhorar continuamente as atividades da empresa?
Quem será que dá essa “direção”?
Óbvio, não é mesmo?
Bom, se não te parece óbvio, então o estudo desse módulo será ótimo para você!
137
8.2.1 Análise crítica
É o momento de todos terem a sua palavra, expressarem as suas opiniões
e participarem ativamente da melhoria dos processos e procedimentos do
SGS. A presença da alta direção da empresa é fundamental, mesmo que
não participe cotidianamente da implementação e manutenção do sistema.
A direção da empresa tomará conhecimento de como anda o desempenho
do SGS, sendo preponderante a sua participação nas tomadas de decisão
importantes.
CONCEITO
O procedimento de Análise Crítica vem assegurar que o Sistema de Gestão da Segurança
esteja condizente com a proposta da Direção para a segurança, se mantenha adequado e
eficiente. A Análise Crítica deve acontecer em intervalos pré determinados e deve ser
documentada/registrada.
ATENÇÃO
Sem informações importantes sobre o desempenho do SGS, a análise crítica não será
eficiente. O mais comum é que as empresas realizem suas análises críticas na mesma
periodicidade das auditorias internas, pois o resultado de uma auditoria interna que verificou
todos os requisitos do SGS é a principal e a mais valiosa fonte de informação sobre a
conformidade do sistema com os requisitos da ABNT NBR 15331.
138
DICA
Planeje bem sua análise crítica. Não analise seu SGS apenas para cumprir a norma. Colete o
máximo de informações possíveis e escute seus colaboradores. Encare como um momento
especial para a melhoria contínua de sua empresa. Reserve no mínimo um dia inteiro para
realizar a análise crítica de seu SGS.
Questão 2:
2. Complete as lacunas.
Questão 3:
3. Assinale a alternativa correta:
a) A análise crítica do sistema deverá ser realizada mesmo que não existam insumos
suficientes, como por exemplo, sem os resultados de uma auditoria interna. O
importante é evidenciar que houve uma análise crítica, independente de sua eficiência
em identificar deficiências no sistema e garantir a melhoria contínua.
b) Dentre os registros mais importantes para condução da análise crítica, os relatórios
das auditorias internas são essenciais para garantir que as eventuais mudanças sejam
tomadas sobre uma ampla base de informações do Sistema.
c) O registro de uma análise critica é mera formalidade e pode ser substituída por planos
de ação a partir do que foi analisado e decidido.
d) Os resultados das auditorias bastam para que a direção da empresa faça uma análise
crítica mais abrangente do SGS, visto que as auditorias são baseadas em processos de
observação que visam demonstrar que todos os requisitos da norma estão sendo
cumpridos.
139
8.6 Síntese
8.7 Conclusão
Um SGS não pode ser mantido sem a participação ativa e periódica da
direção da empresa. A diretoria precisa se fazer presente o máximo
possível, planejando ações, tomando decisões e delegando
responsabilidades. Em muitas empresas de Turismo de Aventura os
diretores assumem responsabilidades de operação, e nesses casos a
participação da diretoria é obviamente mais freqüente. Independente da
freqüência de participação da diretoria nas atividades da empresa, é
imprescindível que no mínimo a cada período determinado a direção da empresa se reúna
com seus colaboradores e discutam o SGS da empresa, identificando os problemas, propondo
soluções e definindo ações para garantir a manutenção e a melhoria contínua do sistema.
140
9 Módulo 7 – Controle de Documentos e Registros
9.1 Quem se aventura?
Quem já não se viu envolto em uma bagunça de papeis espalhados em
uma mesa? Ou não conseguiu encontrar um documento importante? Ou
então não sabia se o documento encontrado era a versão mais
atualizada? Quem se aventura a descobrir como evitar essas situações?
9.1.1 Direção
Imagine a seguinte situação:
Acontece um acidente em sua empresa, nada grave, mas um cliente
quebrou o tornozelo e foi preciso engessar a perna. Anos depois, sem você
esperar, sua empresa é acionada judicialmente por esse cliente. Aí você
procura desesperadamente o registro do acidente, que deveria estar
guardado em um determinado arquivo. Procura também o termo de
conhecimento de riscos assinado pelo cliente, onde ele assina abaixo dos
riscos informados, assumindo que compartilha os riscos com a empresa.
Você não encontra nenhum dos dois registros! E para piorar a situação, o condutor que
estava no dia do acidente não trabalha mais na empresa. Sem o registro, não há memória da
ocorrência! Sem memória e sem papéis, torna a defesa da empresa bem mais difícil. O
resultado disso? Bem, a justiça dirá, mas o prejuízo por ter perdido documentos tão
importantes poderá ser bem elevado!
Você já parou para pensar?
141
9.2.1 Documentação
Documentos são impressos “vivos” que trazem informações para o
Sistema. São vivos, pois podem sofrer alterações durante e após a
implementação do SGS. Por este motivo, exigem um procedimento que
auxilie o empresário em sua organização, de modo que possa acessar
com facilidade a versão mais atualizada dos documentos. Para isso um
procedimento de Controle de Documentos deve trazer informações sobre
a identificação dos mesmos, sua localização, responsáveis pela análise,
revisão e aprovação, o que fazer com documentos obsoletos e com documentos arquivados.
A empresa deve possuir versões atualizadas da documentação do Sistema de Gestão da
Segurança e todos os locais onde são executadas as operações essenciais ao efetivo
funcionamento do SGS.
ATENÇÃO
Vale ressaltar que se qualquer documento do SGS que não esteja sendo utilizado pela
empresa ou não é compreendido por quem deveria usá-lo, ele não está adequado ao sistema
e, portanto não faz sentido para a organização. Sempre considere isso na elaboração e na
disseminação de um documento.
142
Procedimento para identificar e dispor da legislação e outros requisitos de segurança
que lhe são aplicáveis.
Procedimento para assegurar a conscientização do pessoal envolvido com as atividades
de T.A.
Procedimento de controle de documentos.
Procedimentos para definir responsabilidade e autoridade para tratar, registrar e
investigar acidentes, incidentes e não conformidades.
Procedimento para identificação, manutenção e descarte de registros e resultados de
auditorias e análises críticas.
Procedimentos e programas para auditorias internas periódicas.
143
9.3.2 Registros Obrigatórios
Registros exigidos pelo SGS:
Ações de capacitação e treinamento.
Avaliação da eficácia dos treinamentos.
144
Educação, treinamento, experiência e qualificação dos colaboradores envolvidos na
segurança das atividades.
Consulta aos clientes.
Dados e resultados do monitoramento e mensuração do desempenho.
Acidentes, incidentes e não conformidades.
Mudanças nos procedimentos documentados resultante de ações corretivas e
preventivas.
Auditorias internas.
Análise crítica.
ATENÇÃO
Existem vários tipos de registros, o que apresentamos aqui foram apenas alguns exemplos.
Procedimentos não
Documentos exigidos Registros
documentados
Questão 2:
1. Assinale V para verdadeiro ou F para falso:
145
e. ( ) Os registros devem ter suas versões controladas, para garantir que após cada
revisão não surjam dúvidas sobre qual a última versão de cada registro.
Questão 3:
3. Assinale V para verdadeiro ou F para falso:
9.5 Síntese
Nesse tópico final do curso vimos como que os documentos e registros
devem ser controlados, garantindo a localização, armazenamento,
atualização, aprovação, retenção e descarte adequados para cada um
dos documentos e registros gerados pelo SGS.
9.6 Conclusão
146
10 ANEXOS
10.1 ANEXO 1 – Inventário de perigos e riscos
Controle
Opções de
Etapa Perigo Dano Operacional P C AR
tratamento
Existente
147
10.2 ANEXO 2 – Plano de tratamento de riscos
CAUSA
PROVÁVEL
TRATAMENTO:
RESULTADOS
ESPERADOS:
RESPONSÁVEL: DATA:
148
10.3 ANEXO 3 – Perigos associados à cavalgada
PERIGOS À VIDA GERAIS ASSOCIADOS À ATIVIDADE DE CAVALGADA QUE DEVEM
SER LEVADOS EM CONSIDERAÇÃO NA GESTÃO DE RISCOS:
Outras situações:
• Pisada do animal no momento anterior à montaria;
• Exposição prolongada ao frio;
• Exposição prolongada ao sol e ao calor;
• Contato com plantas urticantes;
• Contato com insetos que provocam queimaduras;
• Discussão entre clientes;
• Discussão entre clientes e condutor;
• Agressão entre clientes;
• Agressão entre clientes e condutor;
• Mal súbito.
149
Equipamento transportado fora do veículo atingir pessoas ou veículos.
Carreta de transporte de equipamentos capotar.
Queda de equipamentos presos ao veículo sobre clientes ou guias.
Mão ficar presa na fita que aperta a carga na carreta de transporte.
Mão ficar presa em catraca de regulagem na carreta de transporte.
Choque de partes do corpo com carreta ou veículo de transporte dos equipamentos.
Quebra da fita ou corda de fixação dos botes.
Colocar botes no veículo de transporte com corpo posicionado de forma irregular.
3 – Durante a descida:
Colisão entre botes.
Bote capotar.
Queda de cliente na água.
Queda do cliente dentro do bote.
Queda do condutor na água.
Queda do guia dentro do bote.
Quebra de remos do cliente.
Quebra de remo do guia.
Bote furar.
Bote rasgar.
Perda de equipamentos de proteção individual.
150
Cliente ser atingido por remo.
Condutor ser atingido por remo.
Cliente ficar preso em refluxo.
Condutor ficar preso em refluxo.
Bote ficar preso em refluxo.
Cliente ficar preso em sumidouro.
Condutor ficar preso em sumidouro.
Cliente ou condutor se chocarem em pedras durante queda pois o choque pode ser na
queda ou durante a nadada.
Cliente ou condutor se chocarem em pedras durante natação.
Cliente ficar preso em galhos após queda do bote.
Condutor ficar preso em galhos após queda do bote.
Cliente ser levado por correnteza.
Condutor ser levado por correnteza.
Entrada de grande quantidade de água no estomago.
Entrada de água nas vias respiratórias após queda do bote.
Atrito do pé no trava pé (Finca pé) causando lesão.
Choque entre clientes no interior do bote.
Cliente ser estrangulado por cabo resgate.
Cliente ficar preso entre o bote e algum obstáculo (Pedra, tronco).
Cliente ficar preso embaixo de bote.
Cliente ficar preso em fenda.
Condutor ficar preso em fenda.
O SEGURANÇA ficar preso embaixo de bote.
O SEGURANÇA cair do caiaque, cair do barco d segurança (Existem vários outros
barcos de segurança alem do caiaque).
O SEGURANÇA ser levado por correnteza.
0 SEGURANÇA ficar preso em sumidouro.
O SEGURANÇA ficar preso em refluxo.
Mau súbito.
Exposição excessiva ao calor.
Exposição excessiva ao frio.
Contato com espinhos.
Ser atingido por galhos.
Contato com plantas urticantes.
Ataque de insetos.
Ataque de animais peçonhentos.
Uso de roupa inadequada (ex:Calça jeans).
Atrito de roupa molhada ou calçado com o corpo devido a uso incorreto.
Uso de calçado não apropriado para as características da atividade.
Ataque de animais domésticos.
Ataque de animais silvestres.
Agressão entre clientes.
Cliente agredir fisicamente condutor.
Discussão entre clientes.
Discussão entre cliente e condutor.
Ingestão de alimento impróprio para consumo.
Ingestão de frutos venenosos.
Ingestão de água imprópria para consumo.
Ser atingido por descarga elétrica.
Aumento repentino do volume de água de cursos d’água.
Perder consciência durante banho em rios, lagoas, poços, etc.
Entrar em pânico durante banho em rios, lagoas, poços, etc.
Ter câimbras durante banho em rios, lagoas, poços, etc.
Exaustão física durante natação em rios, lagoas, poços, etc.
Realizar esforço físico acima dos níveis de condicionamento físico.
151
4 – Perigos associados ao acesso ao Rio:
Queda da própria altura durante caminhada.
Escorregão durante caminhada.
Tropeção durante caminhada.
Queda da própria altura em travessia de curso d’água.
Escorregão em travessia de curso d’água.
Tropeção em travessia de curso d’água.
Queda de barranco ou de áreas muito expostas durante caminhada.
Queda em buracos.
Queda em terrenos muito inclinados.
Queda motivada por quebra de pontes, passarelas, etc.
Mau súbito.
Exposição excessiva ao calor.
Exposição excessiva ao frio.
Ser atingido por queda de galhos.
Ser atingido por queda de pedras.
Galho retornar contra a pessoa após passagem de quem vai a frente.
Contato com plantas urticantes.
Uso de calçado não apropriado para as características da atividade.
Ritmo de caminhada acima do desejado para as características do grupo.
Ataque de animais domésticos.
Ataque de animais silvestres.
Agressão entre clientes.
Cliente agredir fisicamente condutor.
Discussão entre clientes.
Discussão entre cliente e condutor.
Ingestão de frutos venenosos.
Ingestão de água imprópria para consumo.
Ser atingido por descarga elétrica.
Ser derrubado pela velocidade do vento.
Se perder na trilha (falta de visibilidade, desconhecimento do caminho, mudança
repentina na paisagem).
Atropelamento (por veículos, bicicletas, animais domésticos, etc).
Realizar esforço físico acima dos níveis de condicionamento físico.
Assalto.
152
Rompimento de ancoragem natural;
Passagem incorreta de corda ou fita unindo cadeirinha e sistema de descida;
Não utilização do auto-seguro em áreas de risco de queda;
Rompimento da corda ou fita do auto-seguro por má conservação;
Nó desfeito por confecção errada;
Falha no sistema de frenagem;
Falha no sistema de frenagem motivada por corda ter se soltado da mão pessoa
responsável pela segurança;
• Falha no sistema de frenagem motivada por segurança não suportar peso do cliente;
• Choque de cliente com galhos durante descida;
• Choque de cliente com árvores durante descida;
• Choque de cliente com estruturas fixas / plataformas;
• Choque de partes do corpo com plataforma ao dar a saída da tirolesa;
Choque de partes do corpo com superfícies por ter virado propositalmente o corpo de
cabeça para baixo;
• Queda de objetos do cliente ou condutor de cima da plataforma sobre terceiros;
• Queda de objetos do cliente ou condutor durante a descida sobre terceiros;
• Condutor ser atingido por polia ao tentar retirá-la do cabo ainda com cliente;
• Condutor ser atingido por corda usada na frenagem;
• Prender os cabelos no equipamento de descida;
• Prender parte da vestimenta no equipamento de descida;
• Encostar parte do corpo no equipamento de descida super aquecido;
• Esforço excessivo para manter o corpo na posição correta;
• Compressão excessiva dos membros inferiores devido a cadeirinha mal regulada;
Atrito do cabo em partes do corpo por posicionamento incorreto durante a descida;
Partes do equipamento ou vestimentas se prenderem em vegetação ou pontas de
pedra impedindo a descida;
• Exposição prolongada ao sol;
• Exposição prolongada ao frio;
Pancada forte ao final da tirolesa causada pelo sistema de frenagem;
Ataque de animais silvestres
Picada de animais peçonhentos (aranha, escorpião, etc.)
Picada de cobras;
Mau súbito;
Discussão entre clientes;
Discussão entre clientes e condutor;
Agressão entre clientes;
Condutor ser agredido por clientes;
Cliente se perder em trilha de acesso ao rapel;
Escorregar;
Tropeçar;
Cair da própria altura;
153
Mal súbito;
Exposição excessiva ao calor;
Exposição excessiva ao frio;
Ausência de água para consumo / desidratação;
Ausência de alimentação para consumo;
Ser atingido por queda de galhos;
Ser atingido por queda de pedras;
Contato com espinhos;
Galho retornar contra a pessoa após passagem de quem vai a frente;
Contato com plantas urticantes;
Ataque de abelhas ou insetos do gênero;
Ataque de cobras;
Ataque de aranhas;
Ataque de escorpiões;
Ataque de carrapatos;
Ataque de insetos;
Atrito de roupa molhada com o corpo;
Uso inadequado da mochila;
Uso de calçado não apropriado para as características da atividade;
Ritmo de caminhada acima do desejado para as características do grupo;
Ataque de animais domésticos;
Ataque de animais silvestres;
Violência de humanos;
Ingestão de alimento estragado;
Ingestão de frutos venenosos;
Ingestão de água imprópria para consumo;
Engasgar com alimentos;
Uso incorreto de utensílios de corte como faca, canivete, facão, etc.;
Ser atingido por descarga elétrica;
Ser derrubado pela velocidade do vento;
Aumento repentino do volume de água de cursos d água;
Queda sobre o bastão de caminhada;
Bastão de caminhada ferir o próprio usuário;
Bastão de caminhada ferir pessoas do grupo;
Arrancar exemplar de flora;
Molestar animais silvestres;
Molestar pessoas participantes da atividade;
Molestar pessoas não envolvidas na atividade;
Necessidades fisiológicas realizadas em local inadequado;
Roubo / furto de pertences pessoais;
Roubo / furto de equipamentos da empresa;
Perda de pertences pessoais;
Perda de equipamentos da empresa;
Se perder na trilha (falta de visibilidade, desconhecimento do caminho, mudança
repentina na paisagem);
Atropelamento (por veículos, bicicletas, animais domésticos, etc);
Perder consciência durante banho em rios, lagoas, poços, etc;
Entrar em pânico durante banho em rios, lagoas, poços, etc;
Ter câimbras durante banho em rios, lagoas, poços, etc;
Exaustão física durante natação em rios, lagoas, poços, etc;
Entrada de água nas vias respiratórias durante banho em rios, lagoas, poços, etc;
Ingestão de medicamentos sem conhecimento de contra indicações;
Realizar esforço físico acima dos níveis de condicionamento físico;
Assalto.
154
10.7 ANEXO 7 – Normas
155
10.8 ANEXO 8 - Termo de Conhecimento de Risco
CLIENTE:
NOME:_________________________________________NASCIMENTO:_____/_____/_____
ENDEREÇO:____________________________________CIDADE/UF:___________________
PAÍS:______________TEL.CELULAR:____________TEL.FIXO:_________________________
E-MAIL:___________________________CPF:_________________RG:_________________
PASSAPORTE: _______________________________________________________________
EMPRESA:
_____________________pessoa jurídica de direito privado, com inscrição no CNPJ sob o
nº._________________ e endereço:____________________________________________.
156
- Para a boa realização da atividade você deverá estar usando roupas... (Detalhar as roupas
adequadas, equipamentos individuais que devem ser levados pelos turistas, bem como
quaisquer outras informações relevantes quanto às vestimentas do turista)
- Lançar neste campo quaisquer outras informações importantes no que se refere à
segurança, ao horário de início e término das atividades.
Local e data,
Cliente: ____________________________________________________________________
Representante da Empresa: ____________________________________________________
Passo 1:
Entenda a importância do SGS para a sua empresa. A decisão de implementar a Norma deve
ser da direção da empresa em seu mais alto nível. Não adianta delegar essa responsabilidade
a alguém e não acompanhar o processo. O comprometimento com a implementação da
norma deve ser de todos, e obviamente deve partir da direção. Não decida pela
implementação apenas para receber um certificado, mas sim para aumentar a segurança de
seus produtos e melhorar a gestão de sua empresa. Este é o passo mais importante, ou seja,
esta tomada de decisão. Depois de decidir pela implementação também deve iniciar um
processo de sensibilização e envolvimento dos colaboradores para que fique claro para todos
a importância deste sistema para a organização. Envolver os colaboradores logo no início
ajuda o empresário a ganhar tempo a partir do momento que os colaboradores começam a
auxiliar desde o planejamento até a análise critica do sistema.
Passo 2:
Defina o escopo do seu SGS. Se não for possível implementar a Norma em todos os produtos
de uma vez, pense em seus produtos mais importantes, mais rentáveis ou mais arriscados.
Passo 3:
Defina a Política de Segurança de sua empresa, lembrando de incluir todos os itens exigidos
pela Norma e outros comprometimentos que fazem parte da filosofia da empresa. A política é
da sua empresa, e não deve ser copiada de nenhum lugar, precisa retratar a “personalidade”
de seu negócio.
Passo 4:
Planeje a sua gestão de riscos. Comece estabelecendo o contexto da gestão de riscos para
cada produto do escopo. Inclua todas as informações pertinentes a segurança no contexto e
pense e planeje com seriedade todos os critérios que serão adotados, pois valerão para todas
as suas análises e avaliações dos riscos.
Passo 5:
Comece a elaborar seu inventário de perigos e riscos identificando cada perigo possível em
sua operação. Faça isso com calma e consciente de que cada minuto investido será
recompensado com uma gestão de risco mais eficiente.
157
Passo 6:
Depois de identificados os Perigos, inicie sua análise. Quais os danos associados a esses
perigos? Quais controles operacionais já existentes? Qual a probabilidade e a conseqüência da
ocorrência de cada um dos perigos dentro desse contexto? Qual a combinação da
probabilidade com a conseqüência? Qual o nível de risco de cada perigo identificado?
Passo 7:
Avalie! Aceito ou não aceito cada um dos riscos? Obviamente se baseie nos critérios
existentes no contexto já elaborado para responder a essa pergunta. Estabeleça uma ordem
de riscos priorizados, dos mais críticos aos mais baixos.
Passo 8:
Defina tratamentos para cada um dos riscos não aceitos ou aceitos temporariamente em sua
operação. Comece pelos mais críticos. Pense primeiro em reduzir probabilidades, em seguida
reduzir conseqüências, e se necessário, elimine o risco.
Passo 9:
Planeje a implementação de cada um dos tratamentos definidos. Quais posso implementar de
imediato? Quais a curto, médio ou longo prazo? Defina o quê fazer, quem é responsável,
quanto custará, como fazer e até quando será a implementação dos tratamentos. Siga o seu
procedimento de tratamentos de riscos que já deverá estar documentado.
Passo 10:
A cada tratamento implementado com sucesso, insira-o em seus controles operacionais
existentes e revise o inventário. Tenha um procedimento na empresa de análises periódicas
de seu inventário. Faça ajustes finos e acrescente informações sempre que algum evento
indicar essa necessidade.
Passo 11:
Nesse momento é interessante começar a documentar os seus procedimentos de controle
operacional. Veja item a item o que foi inserido no inventário. Cada controle considerado
“existente” no inventário deverá estar detalhado em seus procedimentos documentados. Faça
a “receita” da sua operação passo a passo!
Passo 12:
Agora pense no futuro de sua empresa. Defina seus objetivos e metas a curto, médio e longo
prazo. Aonde você quer chegar? Seja coerente com sua Política! Defina um planejamento
para alcançá-los. O que? Quem? Como? Quanto? Quando? Respondendo essas perguntas, e
você terá seu Programa de Gestão.
Passo 13:
Quais as leis e outros requisitos de segurança pertinentes e aplicáveis ao seu negócio de
turismo de aventura? Faça uma lista. Defina um procedimento para mantê-la atualizada e
para comunicar seus aspectos pertinentes aos seus clientes e colaboradores.
Passo 14:
Quais os recursos que precisará para estabelecer, implementar, manter e melhorar o SGS?
Se assegure que haverá recursos para o que foi planejado. Portanto, planeje sempre de
acordo com suas possibilidades.
Passo 15:
Defina quais são as funções, responsabilidades e autoridades de cada colaborador envolvido
nas atividades de turismo de aventura. Documente. Não esqueça de também atribuir as
responsabilidades e autoridades do Representante da Direção em relação ao SGS. Comunique
essas informações com clareza a todos os seus colaboradores.
158
Passo 16:
Quais as competências necessárias aos seus colaboradores? Defina essas competências
pensando nas mínimas necessárias e também nas desejadas. Estipule um programa de
treinamento para a aquisição de novas competências e para a manutenção das competências
já existentes. Use as normas da ABNT como referência (quando existirem). Reúna registros
das competências de seus colaboradores e não esqueça de registrar sempre todos os
treinamentos realizados.
Passo 17:
Conscientize seus colaboradores da importância do SGS! Reuniões, palestras, mural de
avisos, e-mails, conversas particulares, etc... Nenhum esforço para conscientizar seus
colaboradores será em vão. Estabeleça procedimentos para a conscientização periódica de
sua equipe.
Passo 18:
Estabeleça canais de comunicação eficientes com seus clientes, colaboradores e fornecedores.
O que e como serão comunicadas as informações importantes relacionadas à gestão de riscos
de suas atividades? Envolva todos nesse processo de comunicação! Seja criativo e verifique
sempre a eficiência de seus processos de comunicação. Elabore um Termo de Conhecimento
de Riscos para seus clientes. Documente todas as providências tomadas.
Passo 19:
Defina maneiras para consultar seus colaboradores, fornecedores e principalmente seus
clientes com regularidade em relação às suas percepções do SGS. Crie uma ferramenta
eficiente para consultar seus clientes e registre essas consultas. Aprenda com as informações
que colher e use-as para melhorar seus produtos.
Passo 20:
O que faço se acontecer uma emergência? Essa pergunta precisa ser respondida agora!
Estabeleça um Plano para atendimento à emergências (PAE). Preveja as principais situações
possíveis baseadas em seu inventário e se prepare para elas. Teste o seu PAE com
peridiocidade. Pense nos seguintes elementos mínimos: Informações sobre os clientes,
informações aos clientes, competências necessárias, primeiros socorros, gestão de crise,
comunicação, remoção, recursos médico hospitalares disponíveis, acionamento de seguro,
análise crítica do PAE.
Passo 21:
Como saber se está correndo tudo como planejado e determinado? Estabeleça procedimentos
de monitoramento de seu SGS. O que precisa ser monitorado e medido? Da simples
verificação visual de suas operações aos monitoramentos minuciosos das condições de
estruturas e equipamentos, não deixe passar nada! Não deixe seu SGS ficar só no papel!
Passo 22:
Verificou algo errado? Registre! Todos os acidentes, incidentes e não conformidades deverão
ser registrados. Crie uma ferramenta para registrar os acidentes e incidentes com as
informações mínimas exigidas pela Norma e defina um procedimento para isso.
Passo 23:
Aprenda com os erros e aja nas causas! Se algo deu errado, houve um motivo. Investigue
sempre e descubra as causas dos acidentes, incidentes e não conformidades. Descobriu?
Agora implemente ações corretivas e preventivas para melhorar e corrigir seu SGS.
Passo 24:
Periodicamente verifique todo o seu sistema, requisito por requisito. Consiga alguém que seja
auditor interno e realize uma auditoria interna na sua empresa. Não deixe passar nada!
Descubra todas as não conformidades existentes e registre-as.
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Passo 25:
Junte sua equipe e todos os indicadores possíveis do SGS de sua empresa (Auditoria interna,
monitoramentos, programa de gestão, registro de acidentes e incidentes, etc...) e faça uma
Análise Crítica. Tome decisões estratégicas para a melhoria contínua do SGS.
Passo 26:
Todos os passos acima vão gerar documentos e registros. Controle-os de forma eficaz para
manter o bom andamento do SGS.
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11 Glossário
Normas : as Normas Brasileiras para o setor do turismo estão disponíveis para
consulta e download na Internet na página do Ministério do Turismo
(www.turismo.gov.br1), como resultado de uma parceria entre a ABNT e o MTur.
SGS: Sistema de Gestão da Segurança.
Direção: Entende-se por Direção os responsáveis pela tomada de decisões na empresa
ou em uma organização. O seu comprometimento é essencial ao sucesso do
funcionamento do Sistema de Gestão da Segurança.
Auditoria Interna: Processo sistemático realizado internamente com o objetivo de
avaliar a conformidade e eficácia de um Sistema de Gestão.
Critérios Operacionais: Requisitos definidos para a operação segura e eficaz de um
Sistema de Gestão.
Legislação de Segurança: Leis e regulamentos que devem ser seguidos por uma
organização para atendimento aos requisitos de segurança estabelecidos.
Monitoramento Predominantemente Reativo: Aprendizado a partir de falhas do
Sistema de Gestão, como por exemplo, de acidentes/incidentes já ocorridos.
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