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Solidão e Convivialidade

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Solidão e convivialidade

No conto “Sempre é uma companhia”, de Manuel da Fonseca, é evidente a oposição entre a


solidão e monotonia vivida na primeira parte do conto com a animação e convivialidade da
última parte do mesmo.

No início do conto, é nos apresentada a monotonia dos dias de Batola, que fica sentado na sua
venda à espera dos poucos fregueses que por vezes aparecem. O álcool era o seu único escape
daquele desinteresse pela vida.

Num segundo momento da obra, há a chegada da telefonia, um meio de informação que


permitiu aos habitantes daquela aldeia isolada receber notícias sobre o mundo exterior. A fim
de um dia de trabalho, os habitantes da Alcaria dirigiam-se à venda de Batola, para ouvir as
notícias da guerra, e ouvir as melodias que passavam na telefonia, verifica-se,

É, portanto, evidente que a telefonia veio combater a monotonia vivida na aldeia, evidente
através do alvoroço e agitação vivida na mesma apos a sua chegada.

Caracterização do espaço: físico, psicológico e sociopolítico

Na obra de Manuel da Fonseca, “Sempre é uma companhia”, a ação passa-se numa pequena
aldeia alentejana chamada Alcaria.

No início do conto, é nos apresentada a vida de um casal que vive proprietário de uma venda.
A aldeia é descrita como uma localidade rural muito pequena e isolada, onde os seus
habitantes levam uma vida monótona e rotineira. O narrador tem acesso aos pensamentos dos
personagens, dando enfase a um espaço psicológico marcado pela tristeza e melancolia.

O conto decorre durante a segunda guerra mundial, quando o regime que vigorava era o
Estado Novo, onde os habitantes enfrentavam uma vida marcada pela pobreza e opressão,
reveladores de um atraso social e cultural.

Na segunda parte do conto, com a chegada da telefonia à aldeia, os habitantes reuniam se na


venda de Batola para ouvir as notícias sobre a guerra, dançar e cantar, o que veio a combater o
isolamento da aldeia em relação ao resto do mundo.

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