Monografia Pio IX Augusto
Monografia Pio IX Augusto
Monografia Pio IX Augusto
A IMPORTANCIA DA EDUCAÇÃO
INFANTIL NA FORMAÇÃO DO
EDUCANDO
PIO IX-PI
2013
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A IMPORTANCIA DA EDUCAÇÃO
INFANTIL NA FORMAÇÃO DO
EDUCANDO
Pio IX-PI
2013
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A IMPORTANCIA DA EDUCAÇÃO
INFANTIL NA FORMAÇÃO DO
EDUCANDO
BANCA EXAMINADORA
___________________________________________________________________
Prof. Mestrando Orientador Edson Carlos de Sousa Leal
Faculdade Evangélica Cristo Rei
Presidente
___________________________________________________________________
Prof. Avaliadora Andréa Karla de Sousa Gonzaga
Faculdade Evangélica Cristo Rei
Membro
___________________________________________________________________
Prof. Avaliadora Rosa Irene de Sousa
Faculdade Evangélica Cristo Rei
Membro
4
RESUMO
ABSTRACT
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO....................................................................................................... 09
2 A EDUCAÇÃO INFANTIL E A FORMAÇÃO DA IDENTIDADE DA CRIANÇA.... 12
2.1 A importância da educação infantil no desenvolvimento integral da
criança...................................................................................................................... 16
3 O PAPEL E A IMPORTÂNCIA DA FAMÍLIA E ESCOLA NO
DESENVOLVIMENTO DA IDENTIDADE INFANTIL................................................ 21
4 A AFETIVIDADE E A RELAÇÃO PROFESSOR X ALUNO NA EDUCAÇÃO
INFANTIL.................................................................................................................. 31
4.1 As condições de ensino e a mediação do professor.................................... 36
4.2 A influência da relação aluno x professor na aprendizagem das
crianças................................................................................................................... 41
CONSIDERAÇÕES FINAIS...................................................................................... 46
REFERÊNCIAS......................................................................................................... 47
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1 INTRODUÇÃO
Por outro lado, deve-se considerar que as crianças são diferentes entre si,
que cada uma possui um ritmo de aprendizagem. Por isso o professor deve estar
preparado para propiciar às crianças uma educação baseada na condição de
aprendizagem de cada uma, considerando-as singulares e com características
próprias.
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A educação infantil vive um período bastante agitado, porém muito rico, uma
vez que diversos caminhos têm sido trilhados para se definir seu lugar e sua função
atual em nossa sociedade. Novas perspectivas em relação ao desenvolvimento
infantil têm aberto interessantes possibilidades de promover a aprendizagem e o
desenvolvimento de crianças pequenas em ambientes de educação coletiva, como a
creche e a pré-escola.
Conforme Demo (1996) uma das importantes questões nesse processo é a
formação do professor de educação infantil, considerado como sendo todo
profissional que trabalha diretamente com as crianças no período em que elas ficam
na creche ou na pré-escola. Muitos desses profissionais têm uma formação mais
próxima de uma visão tradicional do que seria o trabalho escolar com crianças mais
velhas, faltando-lhes modelos de desempenho adequados para mediar o
desenvolvimento de crianças desde o nascimento.
Outros, em número não desprezível, não têm sequer o nível mínimo de
escolaridade legalmente requerido – a habilitação magistério ou o curso normal em
nível médio –, o que tem levado as políticas públicas na área a dar maior atenção ao
problema, criando programas especiais de formação docente, sobretudo para os
educadores de creches (OLIVEIRA, 2000).
Para ter este caráter polivalente requer uma formação profissional ampla e
que o mesmo esteja em constante aprendizado, refletindo constantemente sobre
sua prática, no processo de reflexão-ação-reflexão, e debatendo com seus pares,
dialogando com as famílias A partir da constatação de que as experiências da
primeira infância são determinantes para o desenvolvimento do ser humano, o papel
do profissional de creches e pré-escolas passa por reformulações profundas e, como
decorrência, as exigências relacionadas à sua formação começam a ser
repensadas.
Independentemente da concepção sobre a qual se estrutura o trabalho na
instituição, entende que a criança é um ser pleno de potencialidades e que uma boa
proposta pedagógica pode estimular suas capacidades e proporcionar à criança
oportunidades de conhecimento e de desenvolvimento, ampliando as possibilidades
de compreensão do mundo que a cerca.
Ao longo do processo de desenvolvimento, de acordo com Bonamigo (1999,
p. 7).
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Segundo Brasil (1998) destaca alguns objetivos que devem ser desenvolvidos
pelas instituições de ensino às crianças de zero a três anos. Compete a estas
instituições desenvolverem um ambiente de acolhimento, segurança e confiança às
crianças, garantindo oportunidades para que sejam capazes de:
No Brasil a escola tem sido concluída apenas por uma minoria. A maioria, de
baixa renda, não consegue terminá-la. Na verdade, a escola tem funcionado como
uma instituição confirmadora da instituição de renda e de classe social; aos de maior
renda, maior número de anos de estudo e de cursos concluídos; aos de baixa renda,
a evasão e a repetência somam-se ao trabalho precoce, delineando um quadro já
antigo: uns para pensar, outros para trabalhar.
Assim, nota-se que o discurso das propagandas governamentais, que
afirmam “a escola para rodos”, não é confirmado quando se verifica a travessia
escolar da população da baixa renda.
A família é um grupo social composto por indivíduos relacionado uns aos
outros em razão de fortes lealdades e afetos recíprocos, ocupando um lar ou
conjunto de lares que persistem por anos e décadas (ROMANELLI, 1999).
Conforme Lacan (1997) entra-se na família através do nascimento, adoção ou
casamento e deixa-se de fazer parte dela apenas pela morte. Essa é a definição de
família mais abrangente quando se a vê do ponto de vista psicológico. O que define
a família, a nosso ver, são as funções desempenhadas por seus membros em suas
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Segundo Tiba (2002), Os filhos usam tudo aquilo que aprendem a seu favor.
Se o filho percebe o quanto seus pais discordam e criticam a escola de seu filho,
este fará o mesmo e desrespeitará os professores. Isso, por sua vez, irá distanciar
ainda mais a família da escola. Os pais devem tentar entender o motivo de a escola
fazer de determinada maneira, através de diálogos sempre que for necessário.
Ainda não inventaram melhor forma de trocar ideias do que o próprio diálogo, pois o
olho-no-olho aproxima as pessoas e é mais provável que se chegue num
denominador comum.
pais ainda ocupam grande parcela de poder de decisão sobre filhos menores.
Segundo Prado “a família, é a instituição mais sólida desde os princípios da era
cristã” (p. 64). É nela que a criança mantém os contatos mais íntimos, já que é o
primeiro grupo social a que ela pertence, devendo a família juntamente com a
escola, desenvolver o processo educacional. A família e a escola são os primeiros
‘espelhos’ da criança, onde aprende ase ver, a descobrir seu lugar no mundo,
aprende o que o homem e o que é a mulher, suas diferenças e como deve se
expressar. “É preciso distinguir as expectativas sociais em relação á família, como
também aquelas que ela própria preencha em relação aos elementos mais indefesos
da sociedade: criança e deficientes em todas as idades” (PRADO, 2000 p. 35).
Desse modo, dependendo das expectativas sociais, a família recebe apoio de
outras instituições sociais e assume inúmeras funções como: a função de
identificação, de socialização, de transmissora de hábitos e atitudes, de
conhecimento e atitudes necessárias para a participação na sociedade. A família
assume função diferente da escola, tem que dar acolhimento a seus filhos num
ambiente estável e de respeito mútuo (PORTES, 2000).
As famílias ocupam papel importante na vida escolar dos filhos, e este não
pode ser desconsiderado, pois consciente e intencionalmente ou não, influenciam
no comportamento escolar dos filhos. Muitas, infelizmente influenciam
negativamente, seja por questões econômicas, pessoais, de relacionamento, de
amadurecimento dos pais ou separação. Zago afirma que,
teorias que se baseiam numa visão mais integrada do ser humano. A tradicional
visão dualista do homem enquanto corpo/mente, matéria/espírito, afeto/cognição,
que tem permeado a trajetória do pensamento e do conhecimento humano há
muitos séculos, tem se manifestado em estudos sobre o comportamento a partir de
uma visão cindida entre racional e emocional, pressupondo-se, geralmente, que o
primeiro deveria dominar o segundo, impedindo uma compreensão da totalidade do
ser humano (ALMEIDA, 1999).
O advento de concepções teóricas, como a abordagem histórico-social,
marcadas pela ênfase nos determinantes culturais, históricos e sociais da condição
humana, tem possibilitado uma nova leitura das dimensões afetiva e cognitiva no ser
humano, na direção de uma interpretação modesta, em que pensamento e
sentimento se fundem, não mais possibilitando análises isoladas dessas dimensões.
Tais interpretações têm provocado profundas modificações na Psicologia, seja
enquanto área de produção científica, ou enquanto área que subsidia diversas
práticas profissionais (ALMEIDA, 1999).
sujeito. Destaca que, de todos esses acontecimentos, os mais importantes são, sem
dúvida, as reações e as atitudes das outras pessoas em relação ao indivíduo:
A afetividade, por sua vez, tem uma concepção mais ampla, envolvendo uma
gama maior de manifestações, englobando sentimentos (origem psicológica) e
emoções (origem biológica). A afetividade corresponde a um período mais tardio na
evolução da criança, quando surgem os elementos simbólicos. Segundo Wallon, é
com o aparecimento destes que ocorre a transformação das emoções em
sentimentos. A possibilidade de representação, que consequentemente implica na
transferência para o plano mental, confere aos sentimentos certa durabilidade e
moderação.
Como se pode observar, Wallon (1985) defende que, no decorrer de todo o
desenvolvimento do indivíduo, a afetividade tem um papel fundamental. Tem a
função de comunicação nos primeiros meses de vida, manifestando-se,
basicamente, através de impulsos emocionais, estabelecendo os primeiros contatos
da criança com o mundo. Através desta interação com o meio humano, a criança
passa de um estado de total sincretismo para um progressivo processo de
diferenciação, onde a afetividade está presente, permeando a relação entre a
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de vista; os alunos relatam suas experiências, que não são únicas e que não podem
serem repetidas, e que podem trazer muitas lições ao professor e aos colegas.
Dessa forma, o professor deixará de ser instrutor ou treinador para transformar-se
em educador.
Haja vista que uma pessoa não deixa de aprender quando exerce a função
de professor. Posto que a aprendizagem é um processo contínuo, que dura toda a
vida. Isto é, só se cresce e desenvolve na medida em que estiver abertos a novos
conhecimentos, na medida em que estiver dispostos a modificar opiniões, crenças,
convicções. É preciso se nos pegar às ideias, sem disposição para discuti-las e para
modificá-las, uma vez que assim permanecemos parados no tempo, ou melhor,
caminhar-se para trás.
Bock (1998 apud WERNECK, 2005) destaca que alguns professores são
temidos por seus alunos devido à severidade em sala de aula, parecida como de um
pai autoritário, fazendo com que a criança aprenda a estabelecer relações de poder
e submissão que circunda a sociedade. Daí, segundo do autor são grandes os
desafios:
Grande parte das dificuldades que surgem no processo de
aprendizagem, alunos distraídos, rebeldes, que não conseguem
aprender, resulta na falta de liberdade. Ninguém se sente bem
quando é obrigado a ler um texto, a ouvir uma aula que não interessa,
a realizar um trabalho do qual não gosta, a ficar sentado horas
seguidas sem se mexer. Nessas circunstâncias, o que é feito com má
vontade não produz aprendizagem e muito menos realização. Ao
contrário, a opressão exercida sobre os alunos e a imposição de
atividades desinteressantes só pode levar à frustração e à revolta
(WERNECK, 2005 p. 94).
mostrar-se irritado; pode mostrar-se interessado ou não nos alunos numa certa aula:
satisfeito ou insatisfeito com o trabalho dos alunos. Quando o professor é autêntico
em relação a seus alunos, manifesta seus sentimentos, e mostra-se aberto ao
diálogo e às sugestões, chega mais facilmente a seus objetivos: a aprendizagem e a
realização pessoal. Os alunos mostram-se compreensivos em relação aos
sentimentos do professor, respeitam tais sentimentos e, sentindo-se valorizados e
livres para trabalhar, colaboram para que os objetivos da classe como um todo,
aluno e professor, sejam atingidos (BOCK, 1998 APUD WERNECK, 2005).
O professor precisa ter sempre em mente que o aluno é um ser humano
comum, com altos e baixos, com medos, problemas, aspirações e desejos a realizar.
Nem todos os dias o aluno está disposto a ouvir em silêncio, a acompanhar as
atividades prescritas pelo professor. O aluno é imperfeito, como todas as pessoas,
erram como todos, mas, como todos também têm grandes potencialidades a
desenvolver. Para isso precisam de apreço, aceitação e confiança por parte do
professor. O aluno que se sente aceito e merecedor da confiança do professor
manifesta entusiasmo e interesse na realização das atividades escolares, tornando-
se responsável diante de qualquer atividade (BOCK, 1998 APUD WERNECK, 2005).
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
CUNHA, M. I. da. O bom professor e sua prática. São Paulo: Papirus, 2002.
WERNECK, H. Se você finge que ensina, eu finjo que aprendo. 17 ed.São Paulo:
Cortez, 2005.