Língua Portuguesa - Classes de Palavras: Aula 4
Língua Portuguesa - Classes de Palavras: Aula 4
Língua Portuguesa - Classes de Palavras: Aula 4
CLASSES DE PALAVRAS
AULA 4
Tema 1 – O advérbio;
Tema 2 – A preposição e a interjeição;
Tema 3 – A conjunção: parte I;
Tema 4 – A conjunção: parte II;
Tema 5 – Palavreando.
TEMA 1 – O ADVÉRBIO
a) Advérbio de modo
Exemplo: Os músicos executaram bem a peça de Beethoven.
b) Advérbio de lugar
Exemplo: Os materiais encontram-se dentro do armário.
c) Advérbio de intensidade
Exemplo: Os atletas treinaram muito para as olimpíadas.
d) Advérbio de tempo
Exemplo: Os estudantes de Letras devem ler diariamente.
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O termo locução diz respeito à ideia de “mais de uma palavra” formando um sentido.
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e) Advérbio de dúvida
Exemplo: Provavelmente amanhã fará um dia de sol.
Que lindeza o
bebê dormindo!
Observemos que (3a), (3b) e (3d) são formações que apresentam uma
pergunta direta, por sua vez, (3c) traz uma pergunta indireta. Os termos
destacados “onde”, “quando”, “como” e “porque” expressam respectivamente as
noções de “lugar”, “tempo”, “modo” e “causa” e independentemente de a
pergunta ser direta ou indireta, atuam como advérbios interrogativos.
De acordo com Bechara (2001), palavras ou locuções que denotam
inclusão (também, até mesmo etc.); exclusão (só, somente, apenas etc.);
retificação (aliás, isto é, melhor etc.); explicação (a saber, por exemplo etc.);
expletivo (lá, só etc.) entre outras são compreendidas como denotadores ou
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Repare que, na referida construção, mesmo sendo uma pergunta a palavra “porque” é escrita
junta, pois apresenta uma hipótese de resposta na própria pergunta.
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palavras denotativas. Logo, constituem-se um grupo à parte dos advérbios,
dado que não exprime circunstância.
Entre os gramáticos, contudo, não há consenso na definição das palavras
que denotam negação, como é o caso de “não”. Para Bechara (2001), este é um
advérbio, por sua vez, para Rocha Lima (2010, p.229), este integra o conjunto
das palavras denotativas, pois incide sobre “quaisquer palavras que queiramos
marcar negativamente”, e não apenas o verbo.
Vimos nesta seção a classe dos advérbios e as propriedades que nos
permitem organizá-los em uma classe. Tratamos também de apresentar as
principais circunstâncias denotadas por eles. Por fim, percebemos que entre os
gramáticos nem sempre há consenso na maneira de classificar os advérbios,
como ocorre com a palavra “não” que, a depender da abordagem, pode ser
considerada advérbio ou palavra denotativa. No próximo tema, vamos discutir
sobre outra classe invariável, a da preposição.
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A classe das preposições se subdivide em dois grupos: o das chamadas
preposições essenciais e o das chamadas preposições acidentais. As
preposições essenciais são assim denominadas porque “só aparecem na língua
como preposições” (Bechara, 2001, p.301). Por sua vez, as acidentais são
aquelas que passaram a funcionar como preposições após terem perdido seu
“valor e emprego primitivo” (Bechara, 2001, p.301). No esquema abaixo,
encontramos disponibilizadas as preposições de acordo com os grupos aos
quais pertencem:
PREPOSIÇÕES
Essenciais Acidentais
preposições, que nada mais são do que duas ou mais palavras que atuam como
uma preposição. De acordo com Rocha Lima (2010, p.232), nessas locuções, “a
última palavra é sempre preposição”. Na tabela a seguir, encontramos alguns
exemplos de locução prepositiva:
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Locuções prepositivas
ao lado de apesar de
além de de acordo com
acima de por causa de
abaixo de junto a
2.1 A interjeição
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No primeiro quadro, podemos inferir que algum personagem está
passando por uma experiência de dor, o que se confirma no último quadrinho,
quando Garfield deixa explícito que se trata de John, que encontrou as
“armadilhas” para os ratos. A ideia de que lançamos mão no primeiro quadrinho
ocorre por conta da palavra “ai!”, que exprime justamente a “emoção” da dor.
Assim sendo, podemos afirmar que “ai!” é uma interjeição, pois, como afirma
Rocha Lima (2010, p. 239), “interjeição é a palavra que exprime emoção”. Ainda
segundo o autor, as interjeições correspondem a elementos afetivos da
linguagem, valendo por uma frase inteira. Seu sentido pode variar a depender
da entonação dada. A seguir, temos algumas das interjeições e o sentimento
que evocam:
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Sabemos que, nesse gênero textual, o humor se estabelece por meio da
quebra de expectativa, não é mesmo? Neste caso, especificamente, Miguelito
permanece sentado, pensando em uma justificativa razoável para o seu
sentimento de preguiça. Logo, se “a preguiça é mãe de todos os vícios”, é preciso
respeitá-la, visto que as mães devem ser respeitadas. Repare que, na
construção do pensamento apresentado, a atuação das palavras “mas” e “e” é
de fundamental importância, visto serem elas que fazem o estabelecimento da
concatenação lógica do raciocínio desenvolvido pelo garoto. Sendo assim,
podemos afirmar que “mas” e “e” são conjunções, de maneira que as palavras
dessa classe “relacionam entre si dois elementos de mesma natureza ou duas
orações de natureza diversa” (Lima, 2010, p.236).
As conjunções, são classificadas em dois grupos: o das coordenativas e
o das subordinativas. Neste tema, vamos nos dedicar ao estudo das primeiras,
deixando para o Tema 4 a análise das outras.
Dessa forma, temos que as conjunções coordenativas são classificadas
de acordo com as diferentes relações de sentido que estabelecem. Mas, afinal,
quais seriam essas relações? Vamos começar analisando a seguinte formação:
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TEMA 4 – A CONJUNÇÃO: PARTE II
Na oração (3), é colocada uma condição para que ocorra a ida à praia:
“fazer sol no final de semana”. É introduzida pela conjunção “se”, a qual se
classifica como conjunção condicional.
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que Carlos. A relação de sentido de comparação é, portanto, estabelecida pelas
conjunções comparativas.
Or. principal
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TEMA 5 – PALAVREANDO
1. a) Maria contou o sonho que teve essa noite para a mãe dela.
b) Maria comeu um sonho ontem.
c) O sonho da Maria é ir para a Disney.
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Vimos neste tema que adentrar o terreno da Morfologia é se deparar com
um objeto altamente complexo, que é a “palavra”, e ao mesmo tempo fascinante.
Nas próximas aulas, vamos nos debruçar sobre a estrutura da palavra,
destancando os morfemas que existem no português e os processos de
formação de palavras. Sugerimos que você revise as discussões realizadas nas
aulas anteriores para darmos sequência ao nosso estudo.
NA PRÁTICA
FINALIZANDO
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REFERÊNCIAS
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