Física1 05
Física1 05
Física1 05
Prof. A.F.Guimarães
Física 1 – Questões 5
Questão 1
Dois blocos, de massas m1 e m2, são interligados por uma mola de peso desprezível. Os corpos estão
apoiados sobre uma mesa plana sem atrito. Após terem sido afastados e soltos, o bloco 1 adquire uma
aceleração instantânea igual a a1 . No mesmo instante a aceleração do bloco 2 vale a2 = 3a1 .
a) Obtenha a razão m1/m2;
b) Se m1 = 2 kg e se a2 = 12m ⋅ s−2 qual seria a força exercida pela mola sobre os blocos?
Resolução:
a)
FR1 = FR2 = Felástica
m1a1 = m2 a2
m1
= 3.
m2
b)
a2
FR1 = Felástica ⇒ Felástica = m1a1 ; a1 = = 4 m ⋅ s −2
3
Felástica = 2 ⋅ 4 = 8 N .
Questão 2
Um carro possui velocidade constante de 60 km⋅h‐1 e sua massa vale 1,2 toneladas (1 tonelada = 103
kg). Num dado instante o motorista usa os freios e o carro pára após percorrer 50m. Calcule:
a) O módulo da força de frenagem;
b) O tempo necessário para o carro parar.
Resolução:
a)
v 2 = v02 − 2a∆x
0 = 16, 7 2 − 2a ⋅ 50
a = 2, 79m ⋅ s−2
FR = m ⋅ a = 1, 2 ⋅10 ⋅ 2, 79
3
∴ FR = 3348 N .
b)
v = v0 − a ⋅ t
0 = 16, 7 − 2, 79t
∴ t = 5,99 s.
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Questão 3
G
F1
Duas forças, F1 e F2, atuam sobre um corpo de massa m, como indica a
figura. Considere m=8,0kg, F1=4,0N, F2=6,0N. Determine o vetor
aceleração do corpo.
Resolução:
m G
A força resultante é a soma de todas as forças que atuam em um corpo. F2
Assim, teremos:
G G G G G
F1 FR FR = F1 + F2 ⇒ FR = F12 + F22
G ∴ FR ≅ 7, 2 N .
a
θ
O vetor aceleração está na mesma direção da força resultante e possui
m G
F2 módulo de:
7, 2 4
FR = m ⋅ a ⇒ a = = 0,9m ⋅ s−2 ; θ = arctan ≅ 33, 70.
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Questão 4
Um bloco partindo do repouso no topo de um plano inclinado sem atrito, cujo comprimento é de 16m,
chega à base do plano 5,0s depois. Um segundo bloco é projetado da base para cima do plano no
instante em que o primeiro bloco começa a sua trajetória, de tal modo que ele retorne à base do plano
simultaneamente com o primeiro bloco.
a) Ache a aceleração de cada bloco no plano inclinado;
b) Calcule a velocidade inicial do segundo bloco;
c) Que distância ao longo do plano percorre o segundo bloco?
d) Determine o ângulo que a plana forma com a horizontal.
Resolução:
a) Utilizando a equação do espaço, pode‐se determinar a aceleração do primeiro bloco.
at 2 a ⋅ 52
∆S = v0t + ⇒ 16 = 0 +
2 2
−2
∴ a = 1, 28m ⋅ s .
b) A aceleração do segundo bloco também vale 1,28m⋅s‐2. Além disso, o tempo que o segundo bloco
leva para subir será metade do tempo que o primeiro bloco leva para descer. Então:
v2 = v02 − a ⋅ t
0 = v02 −1, 28 ⋅ 2,5
v02 = 3, 2m ⋅ s−1.
c) Para descer, o segundo bloco leva 2,5s. Partindo do repouso, teremos:
a ⋅ t 2 1, 28 ⋅ 2,52
∆S2 = = = 4m.
2 2
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São 4m para subir e mais 4m para descer.
d) Sendo um plano inclinado, vale a seguinte relação: a = gsenθ . Utilizando o valor g = 9,8m ⋅ s−2 ,
teremos:
1, 28
1, 28 = 9,8senθ ⇒ θ = arcsen
9,8
θ ≅ 7,50.
Questão 5
Um pára‐quedista possui massa igual a 70 kg e quando salta do avião com um pára‐quedas ele sofre
uma aceleração para baixo igual a 2,0 m⋅s‐2. A massa do pára‐quedas vale 5,0 kg.
a) Determine o valor da força exercida pelo ar de baixo para cima sobre o pára‐quedas;
b) Ache o módulo da força exercida pelo homem sobre o pára‐quedas.
Resolução:
FAR
PPAR T
T
PHOM
a)
⎪⎧⎪ FRPAR = T − PPAR − FAR
⎨
⎪⎪⎩ FRHOM = PHOM − T
(mHOM + mPAR ) a = (mHOM + mPAR ) g − FAR
75 ⋅ 2 = 75 ⋅ 9,8 − FAR
∴ FAR = 585 N .
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b) T=?
FRHOM = PHOM − T
140 − 686 = −T
∴ T = 546 N .
Questão 6
O eixo da roldana indicada na figura é impulsionado por uma F
força F de baixo para cima. Despreze o atrito do mancal e a
massa da do fio e da roldana. O corpo m1 possui massa igual a
2 kg e o outro corpo amarrado na outra extremidade da
roldana possui massa m2 igual a 4 kg. O corpo de massa m2
está inicialmente apoiado na horizontal. Faça um diagrama
das forças sobre a roldana e sobre cada um dos blocos. Com
base neste diagrama e nas leis de Newton, determine:
a) O maior valor que a força F pode ter de modo que m2
permaneça em repouso sobre a superfície; m1
b) A tensão no fio supondo F = 100N.
c) A aceleração de m1 no caso “b”.
Resolução:
a) Previamente vamos representar as forças que atuam na
roldana e em cada corpo. m2
Roldana:
F
T T
Corpo 1: Corpo 2:
T
T
N
P1
P2
Para que o corpo 2 permaneça em equilíbrio no apoio da horizontal, a seguinte condição deve
ser satisfeita: P2 = T + N . Porém, se N → 0 , a condição a ser satisfeita será: P2 = T . Assim, o máximo
F
valor de T será: T = 4 ⋅ 9,8 = 39, 2 N , onde g = 9,8m ⋅ s−2 . E como T = ⇒ F = 78, 4 N .
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F
b) Como T = = 50 N .
2
c) Utilizando o resultado do item “b”, teremos para o corpo 1:
FR1 = T − P1
2 ⋅ a1 = 50 −19, 6
∴ a1 = 15, 2m ⋅ s−2 .
Obs.: A aceleração no corpo 1 é ascendente.
Questão 7
Determine as acelerações dos corpos nos dois casos abaixo. Considere a aceleração da gravidade igual
a “g”. Despreze as massas das polias.
a) b)
1
3
2 1
2
3
Resolução:
a) Previamente, representaremos o diagrama de forças nos corpos 1, 2 e 3, bem como nas roldanas.
Corpo 1: Corpos 2 e 3:
T
N
Freação
T T
T/2 T/2
P1
T
T/2
T/2
P3
P2
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Para o corpo 1, teremos:
N = P1 ; FR1 = T = m1 ⋅ a1 . (7.a.1)
E para os corpos 2 e 3, teremos:
T T
FR 2 = P2 − ⇒ m2 ⋅ a2 = m2 ⋅ g − (7.a.2)
2 2
e
T T
FR 3 = P3 − ⇒ m3 ⋅ a3 = m3 ⋅ g − . (7.a.3)
2 2
Teremos que fazer algumas considerações acerca da roldana suspensa. Observando a figura abaixo,
podemos concluir que a aceleração da mesma é a média das acelerações dos corpos 2 e 3.
∆y1
2∆y1 + /L −∆y3 + /L −∆y2 = /2 /L
∆y2 + ∆y3 1
2 ∆y1 = ; ∆y = a ⋅ t 2 (7.a.4)
2 2
L
a + a3
3 ∆y2 ∴ a1 = 2 .
∆y3 2
3 2
Agora, utilizando o resultado de (7.a.4) nas equações (7.a.2) e (7.a.3), teremos:
m ⎛ a + a3 ⎞⎟
m2 a2 = m2 g − 1 ⎜⎜ 2 ⎟ (7.a.5)
2 ⎜⎝ 2 ⎠⎟
e
m ⎛ a + a3 ⎞⎟
m3 a3 = m3 g − 1 ⎜⎜ 2 ⎟ . (7.a.6)
2 ⎜⎝ 2 ⎠⎟
Poderemos utilizar a equação (7.a.5) para resolver a2 e em seguida substituir na equação (7.a.6) para
encontrar a expressão de a3 . Logo teremos:
⎡ 4m1m2 g − m12 a3 ⎤
4m3 a3 = 4m3 g − ⎢ ⎥ − m1a3
⎢ 4m2 + m1 ⎥
⎣ ⎦
16m3m2 a3 + 4m1m3a3 + 4m2 m1a3 = 4 g (4m3m2 + m1m3 − m1m2 ) (7.a.7)
∴ a3 = (4m2 m3 + m1m3 − m1m2 )⋅ A.
Onde,
−1
A = g (4m2 m3 + m1m3 + m2 m1 ) . (7.a.8)
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Agora, substituindo o resultado de (7.a.7), na equação (7.a.5), poderemos encontrar a expressão de a2 .
Assim, teremos:
a2 = (4m2 m3 + m1m2 − m1m3 )⋅ A . (7.a.9)
Utilizando os resultados de (7.a.4), (7.a.7) e (7.a.9), teremos:
a1 = 4m2 m3 ⋅ A . (7.a.10)
b) Conforme foi feito no item “a”, previamente, representaremos o diagrama de forças nos corpos 1, 2
e 3, bem como nas roldanas.
Corpo 1: Corpos 2 e 3:
2T T
T T
T/2 T/2
T
P2
P3
P 1
Para o corpo 1, teremos:
FR1 = m1a1 = T − P1 ⇒ T = m1 (a1 + g ) . (7.b.1)
Para os corpos 2 e 3, teremos:
T m
FR 2 = m2 a2 = m2 g − ⇒ m2 a2 = m2 g − 1 (a1 + g ) (7.b.2)
2 2
e
T m
FR 3 = m3 a3 = m3 g − ⇒ m3 a3 = m3 g − 1 (a1 + g ) . (7.b.3)
2 2
Aqui, também se aplica o resultado de (7.a.4). Assim, as equações (7.b.2) e (7.b.3) podem ser
expressas por:
4m2 a2 = 4m2 g − m1 (a2 + a3 ) − 2m1 g (7.b.4)
e
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4m3 a3 = 4m3 g − m1 (a2 + a3 ) − 2m1 g . (7.b.5)
Utilizando a equação (7.b.4) podemos encontrar uma expressão para a2 e depois substituir na
equação (7.b.5) e assim determinar a3 . Logo, teremos:
⎡ 2 g (2m2 − m1 ) ⎤
4m3 a3 = 4m3 g − m1 ⎢ ⎥ − m1a3 − 2m1 g
⎢ 4m + m ⎥
⎣ 2 1 ⎦
16m3 m2 a3 + 4m1m3 a3 − m1 a3 + 4m2 m1a3 + m1 a3 = 16m2 m3 g + 4m1m3 g − 4m1m2 g + 2 gm12 − 8m1m2 g − 2m12 g
2 2
Questão 9
Duas partículas de mesma massa m estão ligadas por um fio 2L
leve de comprimento 2L, conforme mostra a figura. Aplica‐
se uma força contínua F no ponto médio da corda (x = 0), m m
perpendicularmente à posição inicial da corda. Determine a
aceleração de m numa direção perpendicular à força
aplicada, em função da distância x de uma das partículas à F
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linha de ação da força aplicada.
Resolução:
Vamos representar os diagramas de forças.
2 2 1/2 x
Fx (L ‐ x )
Observando a figura poderemos concluir que a força
Fy T θ resultante em cada partícula é dada por:
T T
T
L
T
FR = ma = T ⇒ a = .
m
F
Assim, podemos escrever:
T
ax = a cos θ ⇒ ax = cos θ .
m
Mas,
F
F = 2Tsenθ ⇒ T = .
2senθ
Logo, teremos:
F cos θ
ax = .
2m senθ
Do triângulo retângulo, temos:
cos θ x
=
senθ ( L − x 2 )1 2
2
Assim,
F x
ax = ⋅ .
2m ( L2 − x 2 )1 2
Questão 10
A resistência do ar ao movimento dos corpos depende de muitos fatores, tais como: tamanho e forma
do corpo, densidade e temperatura do ar, velocidade do corpo, etc. Uma hipótese aceitável, pelo
menos para cálculos de ordem de grandeza, afirma que a força resistiva fR é proporcional ao módulo
da velocidade do corpo. Como a força resistiva é contrária ao movimento, podemos escrever fR = ‐kv,
onde k é uma constante de proporcionalidade. Denomina‐se velocidade terminal de um corpo no seio
de um fluido a velocidade atingida pelo corpo quando a aceleração do movimento torna‐se nula, isto é,
o corpo passa a se mover com velocidade constante no seio do fluido.
a) Aplique a Segunda Lei de Newton para um corpo que cai verticalmente no ar;
b) Obtenha a equação diferencial do movimento;
c) Calcule a velocidade terminal;
d) Obtenha a expressão da velocidade em função do tempo;
e) Obtenha a expressão do espaço percorrido em função do tempo.
Resolução:
a)
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FR = mg − f R ⇒ ma = mg − kv.
b)
dv
m = mg − kv
dt
ou
2
d y dy
m 2 = mg − k .
dt dt
c) FR = 0. Assim,
P = kv
mg
vt = .
k
d) Utilizando a equação diferencial da velocidade do item “b”, teremos:
dv k
= g− v
dt m
dv
= dt
k
g− v
m
dv
∫ k = ∫ dt
g− v
m
m ⎛ k ⎞
− ln ⎜⎜ g − v⎟⎟⎟ + const. = t
k ⎝ ⎜ m ⎠
Tomando as condições iniciais v = 0 quando t = 0, teremos:
(
v = vt 1− e
−kt
m
).
e) Do resultado anterior, podemos escrever:
dy
dt
−kt
(
= vt 1− e m . )
Assim, de forma semelhante ao item anterior, teremos:
− kt
dy = vt dt − vt e m
−kt
∫ dy = ∫ v dt − ∫ v e
t t
m
dt
vt m −kt m
∴ ∆y = vt t + e .
k
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Porém, esse resultado não se mostra muito confiável, pois não atende às condições iniciais. Para
vm
t = 0 ⇒ ∆y = 0 . Substituindo t = 0 na equação, encontramos ∆y = t . O mais correto a se fazer é
k
utilizar a constante de integração e depois determinar o valor da constante de integração impondo as
condições iniciais. Assim, teremos:
−kt
dy = vt dt − vt e m
−kt
∫ dy = ∫ vt dt − ∫ vt e m
dt
vt m −kt m
∆y = vt t + e + const.
k
Utilizando as condições iniciais, t = 0 ⇒ ∆y = 0 , teremos:
v m −k 0 vm
0 = vt 0 + t e m + const. ⇒ const. = − t
k k
∴ ∆y = vt t +
k
e (
vt m −kt m
−1 . )
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