Termina Is
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1. T E M A S C O R R E N T E S P A R A R E F L E X Ã O
“ A v i t a l i d a d e n ã o s e d e m o ns t r a a p e n a s c o m a p e r s i s t ê n c i a , m a s
também com a capacidade de começar de novo ”
(F. Scott Fitzgerald)
a. Introdução
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Razões básicas para a armazenagem:
Necessidade de produção
- Produtos como queijos, vinhos e bebidas alcoólicas
necessitam tempo para a maturação ou envelhecimento.
Considerações de Marketing
- É fu ndamental para a área de marketing a disponibilidade do
produto no mercado. A credibilidade estará comprometida se as
vendas forem realizadas e não se dispuser das mercadorias para
entregar aos clientes.
O s c o n s u m i d o r e s n e m s e m p re e s t ã o p r ó x i m o s à s f o n t e s d e
produção e muitas vezes é necessário a estocagem em vários locais
do país. A análise das prováveis localizações deve considerar
fatores como: custo de transporte, custo de manutenção de
estoques, disponibilidade de informações sobre a área, o fluxo de
pedidos considerando-se a quantidade de itens estocados,e a
proximidade de grandes centros populacionais, entre outros.
Definida a área geográfica onde se situarão os armazéns, os
seguintes fatores devem ser analisados na escolha da localização
da instalação:
- As leis de zoneamento locais;
- Atitude da comunidade e do governo local;
- Custo para preparação do terreno;
- Disponibilidade e acesso a serviço de transportes;
- Potencial para expansão;
- Disponibilidade, faixa salarial e capacitação da mão de
obra;
- Taxas relativas ao local e operação de armazenagem;
- Segurança (fogo, furto, inundações);
- Valor promocional do lugar;
- Taxa de seguro e disponibilidade de financiamento; e
- Condições do tráfego.
d. Funções da armazenagem
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1) Abrigo de produtos
O uso mais comum é guardar os estoques, fruto do
desbalanceamento entre oferta e demanda. Em conseqüência, o
armazém deve proporcionar proteção, conservação, segurança,
rotação de estoques e reparos etc. Além disso, as instalações
devem estar preparadas para o período de tempo no qual se espera
que os produtos devam permanecer armazenados.
2) Consolidação
O armazém é a instalação onde são agregadas as cargas de
uma empresa que adquire mercadoria de diferentes fornecedores e,
em seguida, as transporta num único carregamento até o destino
final. Esse procedimento acarreta em redução no preço do frete do
transporte.
3) Transferência e Transbordo
A transferência se caracteriza pelo uso do terminal para
fracionar as cargas transportadas em grandes volumes para lotes
menores, conforme solicitação dos clientes. A transferência
caracteriza o princípio logístico de despachar tão longe quanto
possível com maior volume viável. Nessa atividade, o produto pode
ser estocado por algum tempo para sincronizar as entradas com as
saídas.
A utilização do terminal para transbordo é semelhante à de
transferência, exceto no que se refere à guarda do produto. O
armazém é o ponto final da viagem dos grandes lotes, normalmente
n o m o d a l c u j o f r e t e é mais econômico, e o inicial da entrega dos lotes
fracionados. Nesse caso, o a r m a z é m e n c a r r e g a - s e d a o p e r a ç ã o
intermodal, realizando o transbordo de um veículo para outro.
4) Agrupamento
Nesta função, o armazém se especializa em agrupar os itens de
produção de empresas que os fabricam em unidades industriais
diferentes. Os itens são agrupados de acordo com o pedido do
cliente. A empresa compensa o custo de armazenagem pela
economia proporcionada pela produção especializada em cada
fábrica.
5) Cross Docking
É uma função que se assemelha ao transbordo por não
necessitar guardar o produto. Consiste numa operação rápida de
movimentação de produtos acabados para expedição entre
fornecedores e clientes. A medida que os paletes chegam à doca de
expedição para serem entregues aos fornecedores são
transportados diretamente à doca de expedição para serem
entregues imediatamente ao cliente nas quantidades previamente
estabelecidas.
6) Postponement
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O postponement ou postergação é uma estratégia das empresas
retardando a finalização do produto até receber o pedido. Os
produtos são fabricados de uma forma genérica e estocados. No
armazém, ocorre a montagem final, desde que seja simples, o
acabamento, a embalagem, a montagem em kits, a aplicação de um
rótulo de marca da loja, postergando o passo final no processo até o
pedido do cliente estar disponível.
As vantagens dessa estratégia consistem na redução do volume
de inventário de produtos acabados, na obsolescência dos produtos
no mercado e maior flexibilidade operacional para os produtos de
movimentação mais lenta.
e. Tipos de armazém
1) Armazéns Próprios
A maior parte das indústrias e grandes empresas comerciais
possuem seus armazéns que variam desde instalações simples para
acondicionamento de pequenas quantidades até grandes instalações
especializadas em comodities, granéis, frigoríficos , utilidades
domésticas e mobiliários, etc. O questionamento que se faz em
investir num armazém próprio é se a taxa de retorno é
compensatória. Além do risco da perda de capital, a empresa irá
criar mais um elo de atividade-meio, quando poderia dedicar todos
os seus esforços na produção, atividade fim.
2) Terceirização
As empresas poderão contrabalançar o custo benefício de ter
armazenagem própria terceirizando esta atividade. O depósito
próprio pode ter capacidade ociosa e os custos de manutenção
permanecerem fixos ou ainda a necessidade de armazenagem da
empresa, seja por curtos períodos de tempo, nesses casos o custo
de terceirizar pode ser vantajoso. Os serviços terceirizados
proporcionam os recursos de armazenagem que o cliente necessita,
com a vantagem da despreocupação da empresa com esta atividade,
podendo dedicar-se exclusivamente ao esforço de produção.
3) Aluguel de Armazém
É um estágio intermediário entre a terceirização e o
a r m a z e n a m e n t o p r ó p r i o . C a r a c t e r i z a - s e p e la p o s s i b i l i d a d e d e o b t e r -
se menores taxas do proprietário do armazém. Em compensação, o
usuário deve garantir o aluguel por um período especificado em
contrato, sendo-lhe concedido, entretanto, o direito de controlar
tanto a área alugada como o equipamento que se fizer necessário.
4) Estoque em Trânsito
O estoque em trânsito refere-se ao tempo no qual as
mercadorias permanecem nos veículos de transportes durante sua
entrega. As diferentes alternativas de transportes acarretam
diferentes tempos de trânsito, podendo o operador logístico
selecionar um modal que reduza substancialmente ou mesmo elimine
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a necessidade de armazenagem convencional. É uma alternativa
atraente para transporte de estoques sazonais e a longas
distâncias.
f. M a n u s e i o d e m a t e r i a l
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h. Conclusão
Armazém Tradicional
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Armazém do Futuro
Sinistro em queda
Ano Sinistro (US$ bilhões)
2000 4,2
2001 2,8
2002 1,9
Fonte: SALOMÃO, Sérgio, P o r t o s e N a v i o s , Q u e b r a- M a r L T D A , P . 1 6
a. Principais Características
O porto do Rio Grande, em um raio de 500 milhas náuticas (de
Buenos Aires a Paranaguá) é o ponto geográfi co central e que
oferece o maior calado para os navios operarem, 40 pés. Estes
fatores o credenciam a se firmar como o PORTO DO MERCOSUL. O
Porto Organizado é composto pelo Porto Velho (1890), Porto Novo
(1915) e Superporto (1970).
Uma das primeiras características que elege Rio Grande como
Superporto do Mercosul é a sua centralidade geográfica. A distância
do Complexo do Rio Grande para o Porto de Sepetiba, no Rio de
Janeiro, e para o Porto de Baía Blanca, na Argentina, ambos com
calado e porte semelhantes ao do Rio Grande, é praticamente a
mesma.
Foi ainda o pioneiro na privatização dos terminais, como parte
do processo de modernização dos portos (Lei de 1993) e aí se
destacam o TERGRASA e TERMASA (terminais graneleiros), o Píer
Petroleiro, o Terminal de Contêineres do Super Porto de Rio Grande
(TECON) e o Terminal da TREVO (produtos químicos). Com pouco
mais de quatro anos de privatizado mostra evidentes sinais de
competitividade. A movimentação anual de navios em 2002 foi de
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1680, o que confirma a capacidade de recuperação do Porto em
relação aos últimos anos.
b. Aspectos Econômicos
O complexo portuário do Porto de Rio Grande tem uma área de
influência grande, abrangendo 30% de Santa Catarina, 60% do
Uruguai, 20% do Paraguai e 10% da Argentina.
Como foi dito anteriormente, o porto já é o segundo em volume
de movimentação de contêineres, tendo alcançado em 1999 a
expressiva marca de 261.660 TEUs, tendo passado o do Rio de
Janeiro. Em 2002 o movimento de co ntêineres teve um aumento de
21,8% - 317.161 TEUs.
O TE C O N R i o G r a n d e , c o m a a m p l i a ç ã o d e s u a s i n s t a l a ç õ e s , o
aumento do cais em 600 metros, calado de 40 pés, capacidade de
área para armazenamento de contêineres de 130 mil metros
quadrados e a recente aquisição de equipamento de última geração,
certamente, em breve, irá alcançar seu propósito principal de fazer
com que o terminal se torne um dos mais competitivos do Mercosul.
Tudo isso somado a uma redução nos custos de movimentação que
caiu de US$ 420 em 97 para US$ 165 em 2000. A movimentação
g e r a l d e c a r g a no a n o d e 1 9 9 9 f o i d e c e r c a d e 1 2 m i l h õ e s d e
toneladas, aumentando para 13 milhões em 2000 (aumento de
7,41%).
As principais mercadorias exportadas por este porto são:
- granéis sólidos = fumo (18%), calçados (13%), arroz (14%),
resinas (12%) e frango (4%) ;
- granéis líquidos = óleo de soja, combustível marítimo e
produtos químicos (aumento de 14,25%); e
- carga geral = madeiras (queda na safra de 4,07%).
O projeto de ampliação do Porto de Rio Grande prevê o aprofundamento do calado de 40 pés
(12,2m) para 60 pés (18,3m) e o prolongamento dos molhes. Com isso o Governo Federal pretende
transformar o Porto de Rio Grande em um "hub port", ou seja, um porto de concentração e
r e d i s t r i b u i ç ã o d e c a r g a s , c o m a e n t r a d a d e n a v i o s d e 1 5 0 m i l t o n e l a d a s d e p o r t e b r u t o e porta -
contêineres de 4.000 a 6.000 mil TEUs.
5. TIPOS DE AFRETAMENTO
Contrato por Viagem
Prevê o transporte de uma carga entre dois portos, por uma cota
acordada antecipadamente. O armador fica responsável por toda a
operação.
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f. D E S - D E L I V E R E D E X S H I P - E N T R E G U E N O N A V I O
A mercadoria é entregue quando colocada à disposição do
comprador a bordo do navio, sem desembaraço para importação no
porto de destino. O vendedor arca com custos de transporte e
importação.
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