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Diferentes Eras Das Organizações

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Diferentes eras das organizações

1.Organização

O termo organização pode ter mais de um significado dependendo do contexto em que é


colocado, pode significar:

a) Na administração é ato ou efeito de organizar, modo de estruturar e dividir o trabalho ou


actividades a serem executadas. Tem como elementos básicos a ordenação e integração
de meios e distribuição de responsabilidades.
Ex: organização do funcionamento de um departamento empresarial.

b) Organização como associação ou agrupamento de meios é um agrupamento de pessoas,


recursos materiais e financeiros, que combinam esforços individuais e em equipe com
finalidade de realizar propósitos colectivos.
Ex: empresas, associações, entidades públicas e privadas, etc.

Organizações é uma combinação de esforços individuais, somados a recursos matérias,


tecnológicos, administrativos e financeiros, com a finalidade de realizar propósitos colectivos.

Caracterizam se pela existência de objectivos, planejamento, divisão de trabalho e estrutura


hierarquizado. São projectadas como sistema de actividades e autoridades, deliberadamente
estruturadas e coordenados, actuam de maneira interativa com o meio ambiente que as cerca.

Para o autor Etzioni (1989), a base da organização é ser uma unidade social, onde os objectivos
organizacionais tem varias funções, entre elas:

- Ser a fonte de legitimidade que justifica suas actividades;

- Estabelecer padrões para avaliar sua eficiência e rendimento;

- Criar unidade de medida para verificar sua produtividade.


O autor destaca que existem muitas organizações que, simultaneamente e legitimamente, tem
dois ou mais objectivos, isto é possuem finalidades múltiplas, deixando claro que a organização
deve ser vista como uma unidade social que procura atingir objectivos específicos sendo
estruturadas para tal.

1.2 Objectivos das organizações

Segundo Chiavenato, objectivos organizacionais são o fim desejado que a organização pretende
atingir e que orientam o seu comportamento em relação ao futuro e ao ambiente interno e
externo. Neste sentido os objectivos organizacionais são a razão de ser das organizações, e vão
de acordo com a finalidade de cada organização.

Amabile e kramer defendem que organizações com objectivos bem definidos, com recursos
suficientes para alcançar esses objectivos e com pessoal unido no esforço para alcance dos
mesmos, são também organizações com colaboradores que demostram melhores sentimentos
relativamente ao trabalho e a motivação, e uma melhor percepção da organização e sua
importância.

Os objectivos organizacionais visam assim atender ao um conjunto de funções, servem como


uma fonte de justificativa para existência da organização, constituindo igualmente uma fonte de
motivação e envolvimento para os colaboradores, na medida em que, funcionam como guia para
a acção, delimitando critérios de desempenho.
1.3 Características das organizações

Para Maximiano (1995), organização compreende uma combinação de esforços individuais que
tem como finalidade realizar propósitos colectivos. Alem de pessoas, as organizações utilizam
outros recursos, como maquinas e equipamentos, dinheiro, tempo, espaço e conhecimentos.

Elas se caracterizam pela existência da divisão social do trabalho, do planejamento, dos


objectivos que justificam a própria finalidade de sua existência, alem de uma estrutura de poder
hierarquizada e racionalizado.

Possuem algumas características que são básicas e comuns e quase todas existentes.

De acordo com seus objectivos, as organizações são criadas para obtenção de produtos e/ou
serviços, com a finalidade de lucro ou não.

Para Maximiano as organizações possuem objectivos desde seu início, pois foram criadas para
atender a necessidade especificas.

De acordo com Moraes (2004) os elementos humanos e matérias, que fazem parte das
organizações, possuem forte ligação e interdependência do meio ambiente, no qual estão
inseridas, e a este fazendo trocas constantes.

As organizações são diferentes entre si, não existem duas iguais, assim como as pessoas.

Podem durar meses, décadas, ou séculos, sobrevivendo aos seus fundadores, ou podem
desaparecer repentinamente, pelo simples fato de que não são sistemas perfeitos.
1.4 Importância das organizações

A sociedade moderna se caracteriza como sociedade das organizações, visto que os indivíduos
passam a maior parte da sua vida trabalhando, manifestando-se, divertindo-se por meio delas, e a
maioria dos produtos e serviços essenciais dependem do empenho das organizações em realiza-
los.

As organizações não tem papel de apenas atender as necessidades dos clientes e gerar lucros elas
também tem uma função social. Assim como elas recebem influências das pessoas, buscando
identificar quais são suas necessidades, afim de atende-las, as organizações também influenciam
as pessoas na sociedade.

Sua influência estende-se a diversos níveis sociais e ambientais. Alem da geração de empregos e
movimentação de renda, as organizações contribuem para o desenvolvimento social e ambiental
do País.

As organizações são participantes activas na sociedade, ou seja, agentes modificadores da


sociedade.

Na actualidade são as organizações que assumem as responsabilidades pela execução das


principais actividades necessárias para o bom funcionamento da sociedade, são elas que
asseguram a produção de bens e serviços, a prestação de serviços de saúde, segurança, desporto,
ensino, defesa do ambiente, a solidariedade social, entre muitas outras.

1.5 Como se estabelece uma organização

A organização se estabelece enquanto poderoso instrumento social através da coordenação de


grande número de acções humanas. Combina pessoas e recursos, ao reunir lideres, especialistas,
operários, maquinas, e matérias primas.

Esse processo leva as organizações a satisfazer de forma eficiente, as diversas necessidades da


sociedade ao mesmo tempo, gera a maioria das forcas modeladoras e orientadoras do
desenvolvimento das qualidades e dos hábitos, proporcionando aqueles que ocupam posições de
responsabilidade os meios para exercerem autoridade e consequentemente, influenciar os demais.
1.6 Classificação das organizações

As organizações podem serem classificadas de acordo com os seguinte critérios;

- Finalidade (com fim lucrativo ou sem fim lucrativo);

- Estrutura (formais e informais);

- Tamanho (pequena, media, grande);

- Localização (local, regional, nacional, ou internacional);

- Nacionalidade (nacional ou internacional);

- Tipo de produção (bens ou serviços);

-Propriedade (privada, publica ou mista);

- Atitude frente as mudanças (rígida ou flexível);


2.Tipos de organizações

As organizações são criadas para prover produtos e serviços, segundo Moraes (2004), e podem
ser de natureza económica ou social.

a) Natureza económica são as organizações que tem carácter específico de empresa e


buscam finalidade lucrativa. Estas assumem riscos, e são dirigidas por uma filosofia de
negócio.

b) Natureza social são as organizações voltadas as acções comuns ou de utilidade publica,


fundamentam-se na aceitação dos valores e das normas sociais, sem finalidade lucrativa.

2.1 Organizações Sociais

Organizações sociais, no âmbito do direito e com base nos conceitos sociológicos, consiste numa
associação particular, sem fins lucrativos, com personalidade jurídica e que recebe capital do
Estado para prestar serviço que sejam do interesse público.

Todas essas instituições sociais devem ser identificados por um propósito social, abrangendo
indivíduos de determinado grupo, seja de natureza humana ou animal.

Ex: No Brasil, a qualificação das entidades como organizações sociais está prevista na lei nr
9.637 de 15 de Maio de 1998.

2.2Organizações Civis

As organizações civis são aqueles agrupamentos, cidadãos criadas para cobrir alguma
necessidade social, como os partidos políticos, as ONGs, sindicatos, clubes, entre outras.

E uma instituição privada sem fins lucrativos, que presta um serviço com finalidade social.
A lei nr 13.019 estabelece o regime jurídico das parcerias entra a administração pública e as
organizações da sociedade civil. Ela define como organizações civis, três diferentes tipos de
estruturas.

-Entidade privada sem fins lucrativos,

-Sociedades cooperativas,

-Organizações religiosas

2.3Organizações Não Governamentais

Organizações Não Governamentais (ONGs) são entidades que não tem fins lucrativos e realizam
diversos tipos de acções solidárias para públicos específicos.

Elas podem actuar nas áreas da saúde, educação, assistência social, economia, ambiente, entre
outras, em âmbito local, estadual, nacional e ate internacional.

A actuação da ONG acontece na esfera pública, embora não estatal. Apesar de não pertencer ao
Estado, oferece serviços sociais, geralmente de carácter assistencial, que atendem a um conjunto
da sociedade maior do que apenas os fundadores e/ou administradores da organização.

De uma forma geral, as ONGs são associações civis, sem fins lucrativos de direito privado, de
interesse público e que tem as seguintes características, entre outras:

As organizações não governamentais são organizações sem fins lucrativos, constituídas


formalmente e autonomamente, caracterizado por acções de solidariedade no campo das políticas
e pelo legítimo exercício de pressões políticas em proveito de populações excluídas da condições
da cidadania.
2.4 Organizações Governamentais

As organizações governamentais são aquelas criadas pelo estado para desenvolver algum tipo de
tarefa social e que estão dirigidas pelo governo em função e financiadas através de fundos
públicos.

2.5 Organizações Publicas

São organizações do governo, as que são administradas pelo governo e tem como objectivo
prestar serviços a comunidade em geral, e são mantidas pela arrecadação de impostos, taxas e
contribuições.

Ex: -Organizações Militares

- Escolas Públicas

-Serviços de Saúde

-Organizações ligadas a segurança Pública.

2.6 Organizações Privadas

São organizações criadas com recursos próprios (dos proprietários em forma de capital social) e
também com recursos de terceiros, como fornecedores e credores em geral (como empréstimo e
financiamentos). O seu resultado e distribuído aos sócios e o restante é mantido como reserva de
lucros para a empresa.
3. Diferentes eras das organizações

As empresas estão sempre mostrando diferentes características na sua estrutura e nos seus
processos. E segundo Idalberto Chiavenato, podemos considerar três eras das organizações no
século 20 e 21.

3.1 A era da industrialização clássica (1900 / 1950):

Respondeu o período da industrialização Brasileira, ou seja, a nossa “Revolução Industrial”.


Nesse período as principais características das nossas empresas foram:

a) Formato pirâmedal e centralizador,


b) Departamentalização funcional,
c) Criação do modelo burocrático,
d) Centralização das decisões no topo da pirâmide organizacional.

Nessa época as pessoas eram consideradas recursos de produção juntamente com outros recursos
organizacionais (materiais, logísticos e etc.) e o homem era considerado um apêndice da
máquina.

3.2 Era da industrialização neoclássica (1950 / 1990)

Período iniciado após a segunda guerra mundial onde o velho modelo burocrático, centralizador
e piramedal se tornou inflexível e vagaroso demais para acompanhar as mudanças que ocorriam
no ambiente. Adicionou-se as organizações em esquema de departamentalização por produtos e
serviços, a fim de agilizar o funcionamento e proporcionar inovação, dinamismo e maior
competitividade, As relações industriais foram substituídas por administração de recursos
humanos e se passou a enxergar as pessoas como recursos vivos, inteligentes e não mais como
factor inerte de produção. Na verdade, durante a década de 1980 o mundo continuava mudando e
essas mudanças já eram velozes e extremamente rápidas,
3.3 Era da informação (a partir de 1990)

A tecnologia da informação provocou o surgimento da globalização da economia. A


competitividade se tornou mais intensa entre as empresas. Apôs o advento da internet a
informação passou a cruzar o planeta em questão de segundos. O capital deixou de ser o recurso
mais importante e deu lugar ao conhecimento. A cultura organizacional sofreu forte impacto e
passamos a privilegiar mudanças e a inovação voltadas para o futuro. As mudanças passaram a
serem rápidas, velozes e sem continuidade com o passado.

Isso trouxe um contexto ambiental de turbulências e de imprevisibilidade. Mas em algum


momento desse passado as empresas, os governos e os próprios interessados negligenciaram suas
responsabilidades nos aspectos formação e capacitação profissional e, a consequência disso, foi a
formação de um enorme contigente de pessoas desqualificadas e despreparadas para actuarem
nesse mercado de trabalho, cada vez mais competitivo e exigente.

Isso é um grande desabafo para aqueles que precisam de uma colocação profissional e também
para as organizações, as quais necessitam cada vez mais de funcionários capacitados e
qualificados.

A receita não é nova. Essas pessoas que necessitam se empregar tem que assumir o compromisso
consigo mesma e investir em seu aprendizado continuamente, ou seja, elas necessitam investir no
seu capital humano. Por parte das empresas, elas precisam investir mais em capacitação
profissional a fim de proporcionarem aos seus colaboradores os conhecimentos suficientes para
poderem desempenhar bem suas funções.

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