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Vibracoes Mecanicas Final

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UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ

ALEXANDRE BIU ILKIU


ELOISE WENDENHOVSKI
HIAGO RENNEE TISSIANI
MARIA EDUARDA RESSETTI
NICOLAS CORIZOLA SIQUEIRA

VIBRAÇÕES MECÂNICAS

Relatório apresentado ao Curso Engenharia


Mecânica, da Universidade Tuiuti do Paraná, como
requisito avaliativo do 1º bimestre da disciplina de
Elemantos de Máquinas I.
Prof. Alexandre Guilherme de Lara

CURITIBA
2021
RESUMO

Embora a vibração mecânica nem sempre seja um causador de algum problema,


sendo até necessário para algumas atividades, muitos equipamentos são projetados
para operar de forma regular (sem vibrações severas, de modo que a mesma passa
a ser um indicador de anormalidades, que caso não sejam identificadas e tratadas,
provocarão riscos operacionais, financeiros e de segurança, em alguns casos, a
vibração pode danificar equipamentos com gravidade, levando à sua interrupção e
acarretando em elevados prejuízos financeiros. O ponto positivo está na possibilidade
de que se a vibração for notada e analisada corretamente, pode ser usada como
indicador da condição da máquina, ajudando em diagnósticos de correção e
auxiliando os operadores de manutenção a tomar ações corretivas que evitarão
futuros transtornos. Este relatório trata-se de uma profunda abordagem na análise das
vibrações mecânicas e verificação de até que ponto as mesmas são aceitáveis dentro
de um projeto.

Palavras-chaves: Vibrações mecânica. Danificar. Diagnósticos. Prevenção.


LISTA DE FIGURAS

FIGURA 1 - VIBRAÇÕES MECÂNICAS ...................................................................... 6


FIGURA 2 – FAIXAS DE FREQUÊNCIA E DESLOCAMENTO DE VIBRAÇÃO. ........ 10
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ............................................................................................... 5
2 CONCEITOS TEÓRICOS ............................................................................... 6
2.1 DESLOCAMENTO.......................................................................................... 6
2.2 VELOCIDADE ................................................................................................ 7
2.3 ACELERAÇÃO ............................................................................................... 7
3 ÁNALISE DE VIBRAÇÃO .............................................................................. 9
4 NÍVEIS ACEITAVEIS DE VIBRAÇÕES ....................................................... 10
5 COMPONENTES ELEMENTARES DE UM SISTEMA VIBRATÓRIO ......... 11
6 CONCLUSÃO............................................................................................... 12
REFERÊNCIAS......................................................................................................... 13
5

1 INTRODUÇÃO

Vibração mecânica é o estudo do movimento repetitivo de corpos em relação


a um sistema de referência estacionário ou posição nominal (em geral, posição de
equilíbrio), a mesma se faz presente em todos os lugares e, em muitos casos,
influência enormemente as características de projetos de engenharia.
As propriedades vibratórias de dispositivos de engenharia são, muitas vezes,
fatores limitantes em seu desempenho, de forma prejudicial, a vibração deve ser
evitada, mas também pode ser extremamente útil.
A explicação física dos fenômenos de vibração envolve a interação entre
energia potencial e energia cinética. Um sistema vibratório deve ter um componente
que armazena energia potencial e a libera como energia cinética na forma de
movimento (vibração) de uma massa, por sua vez, o movimento da massa transfere
sua energia cinética na forma de energia potencial para o componente de
armazenamento (INMAN, 2018).
Exemplos típicos de vibração muito familiar para a maioria das pessoas são
como por exemplo o movimento de uma corda de guitarra, o movimento vertical de
um automóvel ou motocicleta, o movimento das asas de um avião e o balançar de um
grande edifício devido ao vento ou a um terremoto.
A vibração é modelada de forma matemática com base em princípios
fundamentais, como as leis de Newton, e analisada usando resultados de cálculo e
equações diferenciais.
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2 CONCEITOS TEÓRICOS

Vibração mecânica é um tipo de movimento, no qual se considera uma massa


reduzida a um ponto ou partícula submetida a uma força. A ação de uma força sobre
o ponto obriga-o a executar um movimento vibratório.
No detalhe da figura a seguir, o ponto P, quando em repouso ou não
estimulado pela força, localiza-se sobre o eixo x. Sendo estimulado por uma força, ele
se moverá na direção do eixo y, entre duas posições limites, equidistantes de x,
percorrendo a distância 2D, isto é, o ponto P realiza um movimento oscilatório sobre
o eixo x.
Para que o movimento oscilatório do ponto P se constitua numa vibração, ele
deverá percorrer a trajetória 2D, denominada trajetória completa ou ciclo, conhecida
pelo nome de período de oscilação.
Com base no detalhe da ilustração, podemos definir um deslocamento do
ponto P no espaço. Esse deslocamento pode ser medido pelo grau de distanciamento
do ponto P em relação à sua posição de repouso sobre o eixo x. O deslocamento do
ponto P implica a existência de velocidade que poderá ser variável. Se a velocidade
for variável, existirá uma certa aceleração no movimento (INMAN, 2018).

FIGURA 1 - VIBRAÇÕES MECÂNICAS

FONTE: INMAN, 2018

2.1 DESLOCAMENTO

De acordo com o detalhe mostrado na ilustração, podemos definir o


deslocamento como a medida do grau de distanciamento instantâneo que
experimenta o ponto P no espaço, em relação à sua posição de repouso sobre o eixo
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x. O ponto P alcança seu valor máximo D, de um e do outro lado do eixo x. Esse valor
máximo de deslocamento é chamado de amplitude de deslocamento, sendo medida
em micrometro (mm). Atenção: 1 mm = 0,00, mm = 10-3 mm.
Por outro lado, o ponto P realiza uma trajetória completa em um ciclo,
denominado período de movimento período de período de movimento, porém não é
usual se falar em período e sim em frequência de vibração.
Frequência é a quantidade de vezes, por unidade de tempo, em que um
fenômeno se repete. No caso do ponto P, a frequência é a quantidade de ciclos que
ela realiza na unidade de tempo.
No Sistema Internacional de Unidades (SI), a unidade de frequência recebe o
nome de hertz (Hz), que equivale a um ciclo por segundo. Na literatura mecânica é
comum encontrarmos rotações por minuto (rpm) e ciclos por minuto (cpm) como
unidades de frequência. Essas unidades podem ser aceitas, considerando-se que o
movimento de rotação do eixo é a causa, em última instância, da existência de
vibrações em uma máquina, e aceitar que quando o eixo completa uma rotação, o
ponto P descreverá um número inteiro de trajetórias completas ou ciclos (INMAN,
2018).

2.2 VELOCIDADE

O ponto P tem sua velocidade nula nas posições da amplitude máxima de


deslocamento e velocidade máxima quando passa pelo eixo x, que é a posição
intermediária de sua trajetória. No SI, a unidade de velocidade é metros/segundo
(m/s). No caso particular do ponto P, a velocidade é expressa em mm/s.

2.3 ACELERAÇÃO

Como a velocidade do ponto P varia no decorrer do tempo, fica definida uma


certa aceleração para ele. A variação máxima da velocidade é alcançada pelo ponto
P em um dos pontos extremos de sua trajetória, isto é, ao chegar à sua elongação
máxima D. Nessas posições extremas, a velocidade não somente muda de valor
absoluto, como também de sentido, já que neste ponto ocorre inversão do movimento.
A aceleração do ponto P será nula sobre o eixo x, pois sobre ele o ponto P estará com
8

velocidade máxima. Resumindo, o movimento vibratório fica definido pelas seguintes


grandezas: deslocamento, velocidade, aceleração, amplitude e frequência.
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3 ÁNALISE DE VIBRAÇÃO

Por meio da medição e análise das vibrações existentes numa máquina em


operação, é possível detectar com antecipação a presença de falhas que podem
comprometer a continuidade do serviço, ou mesmo colocar em risco sua integridade
física ou a segurança do pessoal da área. A aplicação do sistema de análise de
vibrações permite detectar e acompanhar o desenvolvimento de falhas nos
componentes das máquinas. Por exemplo, pela análise de vibrações constatam-se as
seguintes falhas:
• Rolamentos;
• Deteriorados;
• Engrenagens defeituosas;
• Acoplamentos desalinhados;
• Rotores desbalanceados;
• Vínculos desajustados;
• Eixos deformados;
• Lubrificação deficiente;
• Folgas excessivas em buchas;
• Falta de rigidez;
• Problemas aerodinâmicos ou hidráulicos;
• Cavitação;
• Desbalanceamento de rotores de motores elétricos.

O registro das vibrações das estruturas é efetuado por meio de sensores ou


captadores colocados em pontos estratégicos das máquinas. Esses sensores
transformam a energia mecânica de vibração em sinais elétricos. Esses sinais
elétricos são, a seguir, encaminhados para os aparelhos registradores de vibrações
ou para os aparelhos analisadores de vibrações. Os dados armazenados nos
registradores e nos analisadores são, em seguida, interpretados por especialistas, e
desse modo obtém-se uma verdadeira radiografia dos componentes de uma máquina,
seja ela nova ou velha. A análise das vibrações também permite, por meio de
comparação, identificar o aparecimento de esforços dinâmicos novos, consecutivos a
uma degradação em processo de desenvolvimento.
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4 NÍVEIS ACEITAVEIS DE VIBRAÇÕES

Para projetar um dispositivo em termos de sua resposta de vibração, a


resposta desejada deve ser claramente indicada, muitos métodos diferentes de
medição e descrição de níveis aceitáveis de vibração são propostos.
Se os critérios devem ou não ser estabelecidos em termos de deslocamento,
velocidade ou aceleração, e exatamente como esses devem ser medidos precisa ser
esclarecido antes de um projeto começar (INMAN, 2018).
Essas opções dependem muitas vezes da aplicação específica. Por exemplo, na
prática, é normalmente aceito que a melhor indicação de potencial f alha estrutural é
a amplitude da velocidade da estrutura, enquanto que a amplitude de aceleração é a
mais perceptível pelos seres humanos.
Na imagem abaixo verificamos intervalos comuns de frequência de vibração e
deslocamento:

FIGURA 2 – FAIXAS DE FREQUÊNCIA E DESLOCAMENTO DE


VIBRAÇÃO.

FONTE: INMAN, 2018.

O nomograma da Figura 2 é uma representação gráfica da relação entre


deslocamento, velocidade, aceleração e frequência para um sistema de um grau de
liberdade não amortecido. A Figura 2 é representativa e baseia-se na vibração
induzida em torno das máquinas como um exemplo de como a ISO tenta classificar
os níveis de vibração. Como abordado nos conceitos teóricos, os níveis de vibração
aceitáveis são então indicados em termos de todas as três respostas físicas:
deslocamento, velocidade e aceleração, bem como a frequência.
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5 COMPONENTES ELEMENTARES DE UM SISTEMA VIBRATÓRIO

1 - Massa: Considera-se que a massa ou inércia é um corpo rígido (não


deforma), sendo o meio de armazenar energia cinética. Esse componente não possui
nenhum mecanismo de dissipação de energia.
2- Mola: Componente do sistema mecânico que possui flexibilidade elástica
relativamente alta, logo, apresenta grandes deformações quando solicitada, sendo
assim o meio de armazenar energia potencial elástica ao se opor à força nela aplicada.
3- Amortecedor: Componente do sistema mecânico pelo qual a energia é
dissipada na forma de calor ou som fazendo analogia com um circuito elétrico, um
amortecedor equivale a um resistor, que dissipa energia elétrica sob a forma de calor.
Na modelagem matemática, consideramos que o amortecedor não tem nem massa
nem rigidez.
Em casos de vibrações não amortecidas, o sistema é denominado “massa-
mola”. Quando o elemento amortecedor complementa o sistema, este é denominado:
massa-mola-amortecedor.
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6 CONCLUSÃO

Neste trabalho abordámos sobre vibrações mecânicas no qual, as


propriedades vibratórias de dispositivos de engenharia são, muitas vezes, fatores
limitantes em seu desempenho, de forma prejudicial, a vibração deve ser evitada, mas
também pode ser extremamente útil, pode ser explicada da seguinte forma: é um tipo
de movimento, no qual se considera uma massa reduzida a um ponto ou partícula
submetida a uma força. A ação de uma força sobre o ponto obriga-o a executar um
movimento vibratório.
Por meio da medição e análise das vibrações existentes numa máquina em
operação, é possível detectar com antecipação a presença de falhas que podem
comprometer a continuidade do serviço, ou mesmo colocar em risco sua integridade
física ou a segurança do pessoal da área, tendo componentes elementares no
sistema, sendo eles massa, mola e amortecedor. Essa vibração pode ter níveis
aceitáveis com critérios estabelecidos antes do projeto começar.
Com isso podemos concluir que a vibração em um sistema mecânico deve
ser bem estudado e levado em conta antes do projeto, podendo essa vibração ser
prejudicial ao sistema, benéfico se for de acordo com o projeto, ou com um nível
aceitável de vibração.
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REFERÊNCIAS

BUDYNAS, Richard, NISBETT, J. Keith. Elementos de Máquinas de Shigley, 10th


edição. AMGH, 01/01/2016. [Acervo virtual: Minha Biblioteca].

INMAN, J. Daniel, IOSSAQUI, G. Juliano. Vibrações mecânicas. Rio de Janeiro:


Elsevier, 2018

NIEMANN, Gustav; REHDER, Otto Alfredo(trad.). Elementos de máquinas. São Paulo:


Edgard Blücher, 1995.

NORTON, Robert L. Projeto de máquinas: uma abordagem integrada. 2. ed. Porto


Alegre, RS: Bookman, 2006.

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