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Malaquias 3

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MALAQUIAS 3.

10 REPRESENTA UMA APLICAÇÃO CORRETA


PARA DAR O DÍZIMO?

Criar uma nova doutrina bíblica utilizando textos fora do contexto é muito
fácil. Deve-se conhecer o contexto do texto antes de se criar um pretexto. É
exatamente isto que acontece com o famoso texto de Malaquias 3: 8-10.
Talvez seja este o texto mais distorcido da Bíblia. Embora quase que
universalmente aceito, contém muitos erros de interpretação. O dízimo se
enquadra unicamente na lei cerimonial. A lei que caducou na cruz. A lei que
não tem mais nenhuma validade para todos nós que vivemos sob o novo
concerto pois mandamentos cerimoniais são para os judeus do velho
testamento.lo
Tome cada passagem bíblica sobre dízimo e observe que os contextos
sempre contêm instruções cerimoniais. Agregados aos dízimos lá estão as
ofertas alçadas, os bodes os sacerdotes, os levitas, o templo. Etc.
Quando Jesus morreu no calvário o véu do templo se rasgou de cima
em baixo. Neste instante a lei cerimonial foi cravada na cruz. Caducava o velho
concerto. Daquele momento em diante os crentes passariam a viver sob a nova
aliança. Dízimo é lei cerimonial, tema do velho concerto. Você conhece algum
texto bíblico que instrua o povo de Deus a pagar dízimos após a ressurreição
de cristo?
O leitor atento notará que Malaquias 3:8-10 pertence a um grande texto
com início no capítulo 2 verso 1 estendendo-se até o verso 18 do capítulo 3.
( faz-se necessário ler todo o texto para se captar o contexto).
Atente para o primeiro verso do capítulo 2. Para quem é a dura
mensagem? Para os sacerdotes, é claro! Agora, ó sacerdotes, este
mandamento é para vós. A mensagem é para os sacerdotes e não para nós.
Eles é que estavam roubando a Deus, e ainda eram bem hipócritas.
Mesmo o trecho ´´vós a nação toda´´ (mal. 3:9) é dirigida a eles. É uma
hipérbote, uma figura de linguagem que Malaquias usou querendo dizer: Tá
todo mundo roubando.
Entretanto, mesmo que toda a nação estivesse roubando a Deus, a
responsabilidade ainda era dos sacerdotes conforme declarado no verso 8 do
capítulo 2: mas vós desviastes do caminho, a muitos fizestes tropeças na lei.
A Bíblia contém mensagens específicas para determinadas pessoas.
Não podemos tomá-las e sair por aí aplicando-as as nossas vidas.
O dízimo citado em Malaquias 3:8-10 não é dinheiro. É alimento. Em
coerência com todos os demais textos bíblicos sobre o assunto, dízimo aqui é
mantimento.
O povo trazia animais perfeitos para a casa do tesouro e, provavelmente
os sacerdotes corruptos estivessem roubando os animais perfeitos para a casa
do tesouro e, provavelmente os sacerdotes corruptos estivessem roubando os
animais sãos e oferecendo em seu lugar animais defeituosos, Malaquias afirma
categoricamente que os animais eram roubados! (Mal. 1:8 e 13).
Como o dízimo tinha três utilidades básicas: ser consumido pelo próprio
dizimista perante o Senhor (Deut. 14.23), sustentar o clero (Num. 18:24) e
socorrer os necessitados (Deut. 14:28,29), todos saíam perdendo. Os
sacerdotes estavam roubando a adoração a Deus. Impediam ao povo cultuar a
Deus conforme as instruções contidas na Lei de Moisés. Eles estavam
roubando a glória de Deus. (Mal. 2:7-9).
Os defensores da doutrina do dízimo interpretam muito mal o texto de
Malaquias 3:10 afirmando que casa do Tesouro corresponde a igreja
(Associação) e que os dízimos são dez por cento de nossas rendas.
Mas não se pode tomar um versículo bíblico e aplicar técnicas de
contextualização em apenas parte dele. Se dízimo, casa do Tesouro e minha
casa foram contextualizados logo Mantimento também precisa sofrer a mesma
regra.
Ou deixamos o texto inteiro na sua forma literal ou contextualizamos
tudo. É por isso que Mantimento em Malaquias 3.10 contextualizando
significará A PALAVRA DE DEUS, o pão espiritual, e nunca o pão literal, o
sustento do clero, o arroz e o feijão que pastores compram no supermercado.
Os homens tentaram modificar a palavra de Deus, mas note que inserido
no próprio texto do profeta Malaquias, antes das instruções dizimistas dos
versos 8 a 10 do capítulo 3, Deus declara que Ele não muda. Uma importante
advertência aos que pretendem modificar o sentido da mensagem adaptando-a
a interesses financeiros.
Os líderes têm a responsabilidade de guardar e de manter o
conhecimento. Pastores e Líderes devem passar para o povo a instrução
correta, pois são os depositários da verdade. Precisam parar de ensinar
heresias, distorcendo textos aqui e acolá. Os sacerdotes modernos precisam
assumir o papel de mensageiros do Senhor dos Exércitos. Não podem enganar
os filhos de Deus. Onde está a coragem sacerdotal para dizer a igreja toda a
verdade do livro de Malaquias? ´´Mas vós desviastes do caminho e a muitos
fizestes tropeçar´´ Mal 2.8.
Quanto a nós cristão membros comuns da igreja, não somos ladrões.
Não estamos furtando a Deus. Estamos livres em Cristo vivendo felizes sob o
novo concerto. A graça de Jesus já nos libertou destes dogmas. Altar de
incenso, circuncisão, dízimos são temas do velho concerto. Nós vivemos numa
outra época. ´´ Cada um contribua segundo o seu coração. Não com tristeza ou
por necessidade, pois Deus ama o que dá com alegria. (II Cor. 9.7).

A PASSAGEM DE 2 CRÔNICAS 7. 14 ESTÁ SENDO USADA DE


MANEIRA ERRADA?
São inúmeras as pregações que utilizam essa passagem bíblica, do
segundo Livro das Crônicas de Israel. É grande o volume de esboços e
sermões disponíveis, que fazem alusão à fala de Deus a Salomão. Mas, na sua
grande maioria, os sermões e esboços não consideram o texto dentro do seu
contexto. Poucos são os pregadores que, ao lerem o verso quatorze, ao menos
leem o capítulo sete de segunda crônicas. Poucos conseguem depreender do
texto, que se trata de uma promessa solene, personalíssima e condicional e
que, portanto, não possui relação com a igreja de Cristo e nem com os seus
membros, em particular.
“Se eu fechar os céus, e não houver chuva; ou se ordenar aos gafanhotos que
consumam a terra; ou se enviar a peste entre o meu povo;” (2 Crônicas 7.13).
Esse versículo é essencial para o contexto e entendimento da promessa
que Deus fez a Abraão. Na grande maioria dos esboços e sermões, a análise
do texto tem como alvo o versículo 14, de Segundas Crônicas 7, porém, o
verso 13 é imprescindível para a compreensão e exposição.
Quando Deus alerta que, se Ele cerrar os céus, de modo que não
houvesse chuvas ou, se compelisse os gafanhotos para consumir a terra ou, se
enviasse a peste entre o povo, temos algumas possibilidades que tem por alvo
o povo de Israel e a terra da promessa.
A falta de chuva nesse verso não tem relação com outros povos, antes é
personalíssimo: o povo de Israel! A terra, em questão, não se trata de outro
território, a não ser a terra prometida que os filhos de Israel entraram a possuir,
após passarem o rio Jordão, portanto, o território das cidades dos reinos de
Judá e de Israel.
Após ser inaugurado o templo de Salomão, Deus avisou que, se o povo
desobedecesse, seria punido com as maldições anunciadas através do monte
Ebal. Ao ser inaugurada a igreja, Jesus não anunciou nenhuma punição ou
maldição, pois, quem não obedece ao evangelho, já está sob maldição e a
igreja, por sua vez, só é composta de pessoas obedientes, porque estão
sujeitas a Cristo.
Os membros do corpo de Cristo possuem herança celestial, diferente
dos filhos de Israel, cuja herança é terrena. Como prometido a Abraão, os filhos
de Israel herdaram a terra prometida, mas os membros do corpo de Cristo não
têm, neste mundo, cidade permanente.
Se os filhos de Israel desobedecessem, não haveria chuva na terra que
herdaram, as suas plantações seriam atacadas por gafanhotos e sofreriam o
infortúnio de diversas pragas, infortúnios que não alcançam os membros do
corpo de Cristo, pois, a igreja, não se vincula a um território e nem a um povo.
Se fossem desobedientes, os filhos de Israel seriam arrancados da terra
prometida e o templo de Salomão destruído, o que não tem como ocorrer com
a igreja de Cristo, pois os membros do corpo de Cristo não possuem uma
pátria (povo e território) neste mundo e o templo que está sendo edificado, que
é a igreja, jamais será destruído.
Analisando o texto e o contexto que expõe a fala de Deus ao rei
Salomão, verifica-se que é impossível aplicar o texto à igreja de Cristo ou, aos
seus membros, em particular.
Temos que ter em mente, que o que foi registrado nas Escrituras, com
relação aos filhos de Jacó, foi estabelecido como figura (exemplo), para os
cristãos não cobiçarem as coisas más e não sejam desobedientes, como foram
os filhos de Jacó. Tudo o que foi escrito é para aviso dos que creem, pois, os
fins dos séculos já são chegados.
O que Deus disse ao rei Salomão deve ser considerado pelos cristãos
como figura, um alerta, um aviso, objetivando conscientizar os cristãos a não
incorrerem em desobediência ao evangelho, portanto, não significa que os
membros da igreja de Cristo estejam sujeitos às maldições estabelecidas no
monte Ebal como estava o povo de Israel.
A má leitura do texto, sem considerar o contexto, dá suporte a
pregações, esboços e mensagens de que o cristão pode se privar de receber
as bênçãos divinas de Deus, por atitudes contrárias à vontade do Senhor.
Alardeiam que cada cristão toma posse das bênçãos de Deus, através de suas
atitudes, sendo que é, por meio do evangelho, que o cristão alcança a bem-
aventurança prometida.
Não podemos confundir a igreja de Cristo com a nação de Israel, pois
essa só receberia as bênçãos de Deus, somente quando atendessem
(ouvissem) a voz de Deus, enquanto aquela já recebeu todas as bênçãos
espirituais e tudo o que diz respeito à vida e à piedade.

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