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Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação à Distância

Tema: Fundamentos para uma boa deontologia Profissional

Eusébio Fernando – Código 708181917

Curso: História
Disciplina: Ética Profissional
Ano de Frequência: 4o ano
Docente: Alexandre C. S. Muianga

Gurué, Maio de 2021


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Classificação
Categorias Indicadores Padrões Pontuação Nota do
Subtotal
máxima tutor
 Capa 0.5
 Índice 0.5
Aspectos  Introdução 0.5
Estrutura
organizacionais  Discussão 0.5
 Conclusão 0.5
 Bibliografia 0.5
 Contextualização
(Indicação clara do 1.0
problema)
 Descrição dos
Introdução 1.0
objectivos
 Metodologia
adequada ao objecto 2.0
do trabalho
 Articulação e
domínio do discurso
académico
2.0
Conteúdo (expressão escrita
cuidada, coerência /
coesão textual)
Análise e  Revisão
discussão bibliográfica
nacional e
2.
internacionais
relevantes na área de
estudo
 Exploração dos
2.0
dados
 Contributos teóricos
Conclusão 2.0
práticos
 Paginação, tipo e
tamanho de letra,
Aspectos
Formatação paragrafo, 1.0
gerais
espaçamento entre
linhas
Normas APA 6ª  Rigor e coerência
Referências edição em das
4.0
Bibliográficas citações e citações/referências
bibliografia bibliográficas
Folha para recomendações de melhoria: A ser preenchida pelo tutor

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Índice
1.1. Introdução ........................................................................................................................ 3

2. Fundamentos para uma boa deontologia Profissional ......................................................... 4

3. Moral ................................................................................................................................... 4

4. Deontologia ......................................................................................................................... 4

5. Carácter prudencial da racionalidade prática ...................................................................... 4

6. Capacidades e disposições do sujeito ético ......................................................................... 4

7. Deontologia da Profissão Docente ...................................................................................... 5

8. Modelos de Códigos Deontológicos ................................................................................... 6

9. Formação Ética dos Professores: Estratégias e Perspectivas .............................................. 8

10. Conclusão ........................................................................................................................ 9

11. Bibliografia .................................................................................................................... 10


1.1. Introdução
O presente, trabalho aborda sobre Fundamentos para uma boa deontologia Profissional.
Apresentam-se neste artigo alguns aspectos de uma investigação sobre pensamento ético e
deontológico dos professores. Partindo do conceito de natureza ética da educação, procura-se
saber que princípios e valores presidem às práticas docentes, como é que os professores
concebem os seus deveres profissionais, que tipo de relação estabelecem entre deveres e
princípios e como encaram a possível criação de um código deontológico da profissão.
Discute-se ainda a possível influência da situação do professor na carreira no modo de
conceber estas questões. O trabalho esta estruturado em introdução, desenvolvimento,
conclusão e as referências bibliográficas.

1.2. Objectivos.
1.2.1. Geral:
 Conhecer as regras de deontologia profissional na função de docente.
1.2.2. Específicos:
 Definir o conceito de ética e deontologia profissional.
 Descrever as virtudes de um bom profissional na função de docente.

1.3. Metodologia do trabalho:


Para a elaboração do presente trabalho contou com a pesquisa bibliográfica que através de
consulta de vários materiais desde o modulo de ética profissional outros manuais colhidos na
internet.

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2. Fundamento para uma boa deontologia Profissional
A ética diz respeito à reflexão sobre os fundamentos e os fins da acção, tendo por base
autoria do humano consensualizada em cada tempo histórico. A ética corresponde,
então, ao processo de articulação racionalizado bem, à sua especificação necessária nos
diferentes patamares de decisão e acção.

3. Moral
Para Kant, (1995), considera-se que amoral corresponde ao plano de realização histórica da
ética, remetendo para as dimensões normativas e imperativas da acção valorizadas pela
tradição de ontológica de inspiração kantiana.
Nesta perspectiva, é a vontade humana que de termina a qualidade moral da acção,
justificando que ela seja pratica da por respeito ao dever e não apenas em conformidade com
o dever. e para que tal aconteça, é necessário que os imperativos morais assuma numa forma
categórica e não hipotética.).

4. Deontologia
O termo “deontologia” (do grego deonta–deverelogos–razão) foi introduzido pelo jurista
e filósofo inglês Jeremy Bentham (1748–1832) na obra deontology orthe science of
morality, publicada em1834, dois anos após a sua morte.
Jeremy Bentham não pretendeu, como Kant seu contemporâneo, desenvolver uma
teoria geral do dever, preferindo centrar sen a análise das dimensões do dever ser
relativas a cada comunidade e a cada situação em concreto.

5. Carácter prudencial da racionalidade prática


A passagem da ética pelo crivo da norma é essencial numa perspectiva de justiça, como
foi dito. Contudo, articulação necessária entre o plano teleológico e o plano deontológico re-
quer modalidades de pensamento prático que, não só não põe em causa a imperatividade
do dever, como a sustentam.

6. Capacidades e disposições do sujeito ético


Remeter os desafios de reflexividade ética e de consolidação deontológica para o plano
da racionalidade prática, isto é, para o território complexo e dilemático da deliberação
moral, significa valorizar o papel dos próprios sujeitos e o exercício pleno da sua soberania
racional. As acções concretas são realizadas por pessoas concretas que, nessa

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condição, devem assumir responsabilidade por elas (cortina,1993). É preciso, pois,
ligar a acção ao seu agente: Quem fala? Quem responde? Quem relata? Quem realizou a
acção? Quem é o sujeito de predicação avaliativa e de imputação moral? Quem profere
juízo? Quem tem responsabilidade?

7. Deontologia da Profissão Docente


Dada, então, a natureza ética da profissão docente, atestada por vários pensadores desde a
antiguidade até à contemporaneidade, é legítimo que se pergunte de que modo - ou modos -
será possível passar do nível da normatividade ideal para o da conduta prática; isto é: como
passar dos princípios éticos, válidos para a acção em geral, para uma deontologia específica
da profissão que encontre neles o seu fundamento.

No momento presente, parece justificar-se plenamente o crescente interesse da investigação


educacional pelos assuntos de natureza deontológica.

Estrela (1993) justifica este interesse não só pelas perspectivas teóricas que tal reflexão abre,
mas também pelas aplicações práticas que pode vir a ter. E dada a multiplicação e
complexificação dos problemas que afectam as sociedades contemporâneas, cuja repercussão
a escola não pode deixar de sentir, a reflexão deontológica não só se justifica como se mostra
realmente necessária. Ao mesmo tempo, determinados conflitos gerados na escola,
relacionados com práticas menos correctas por parte de alguns professores, parecem exigir
que algo seja feito para minorar, se não prevenir, os seus efeitos.

Lembra ainda a autora que entre os vários aspectos que permitem caracterizar o
profissionalismo se conta o “ exercício correcto e autónomo de uma função socialmente
reconhecida como altruísta, de que o código ético constitui uma expressão”, como se fosse
uma espécie de “imagem de marca da profissão.

As principais vantagens de um código adviriam da incrementação de uma identidade


profissional, que se reflectiria na imagem interna e externa da profissão e na afirmação de
autonomia relativamente à heteronomia dos regulamentos provenientes das instâncias
governamentais.

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8. Modelos de Códigos Deontológicos
Em vários países, associações profissionais de professores tomaram a iniciativa de elaborar
códigos de deveres; em Portugal, contudo, nunca as associações de professores deram corpo a
qualquer código deontológico que fosse expressão de luta pela autonomia ou de um ideal de
profissionalismo.

Reflectindo sobre este tema, D’Orey da Cunha (1996) começa por,


Comparar o estado da reflexão deontológica em vários grupos
profissionais, colocando de um lado médicos, juristas e jornalistas e,
do outro, professores. Enquanto os primeiros terão desenvolvido
reflexões sistemáticas em torno da deontologia e, na sequência desse
processo, elaborado códigos deontológicos, os segundos, reconhecendo
embora a natureza ética da profissão docente, não consubstanciaram
os princípios éticos numa deontologia codificada.

O autor justifica esta diferença recorrendo aos paradigmas que, no seu entender, suportam os
respectivos procedimentos: o paradigma deontológico de médicos e juristas, dada a natureza
liberal de ambas as profissões que estabelecem com o cliente uma relação directa, é um
“paradigma de responsabilidade”; aqui, são as necessidades do cliente que determinam os
deveres tornando-se estes, por sua vez, critérios de controlo da qualidade profissional.

Os professores, em contrapartida, dada a sua situação de empregados por conta de outrem,


seja o empregador o estado ou uma entidade privada, tomam como referência um “paradigma
deontológico de direitos” e os deveres, de origem administrativa, são-lhes impostos ou, em
certos casos, negociados, sistematizados sob a forma de estatutos ou de contratos; é o caso do
Estatuto da Carreira Docente que consigna os direitos e os deveres dos professores, na
sequência de um processo negocial.

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D’Orey da Cunha considera, todavia, que os referidos paradigmas não têm necessariamente
de ser vistos como contraditórios e que, no caso dos professores, por serem simultaneamente
profissionais e empregados, seria pertinente “conciliar dois paradigmas numa integração
criativa” (p. 114). Para esse fim apresenta três sugestões: que, em todos os actos educativos, o
professor coloque sempre o bem dos alunos à frente do seu próprio “interesse pessoal ou
corporativo” (p.114); que, com vista ao bem educativo do aluno, reivindique
empenhadamente as condições óptimas para a realização do seu trabalho e que, sempre dando
a primazia ao bem educativo do aluno, este possa ter precedência sobre normas emanadas dos
empregadores.
Quanto à estrutura, propõe cinco pontos organizadores: (1) Preâmbulo; (2) Deveres para com
os alunos: na ordem do seu desenvolvimento integral, do saber, da relação pedagógica e da
isenção; (3) Deveres recíprocos dos docentes; (4) Deveres dos docentes para com a
comunidade educativa e (5) Deveres para com a sociedade.

Também Estrela (1993), depois de ter analisado alguns códigos provenientes de vários países,
pensa ser possível inferir aspectos caracterizadores e distintivos que poderiam ser resumidos
no seguinte quadro:

Quadro 1 - Tipos de Códigos Deontológicos


Origem  Associações sindicais
 Escolas de formação de professores

Estrutura Com ousem Preâmbulo


 Com ou sem fórmula de juramento
 Enunciação das normas reguladoras, em blocos ou em capítulos, seguida
ou não da explicitação das condutas incorrectas

Extensão  10 ou 12 normas
 Várias dezenas de normas

Orientaçã Relativas aos alunos, pais e colegas


o das  Relativas à escola, ao público em geral, à profissão, às práticas de
normas emprego, à associação profissional

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 Salvaguarda dos direitos fundamentais do Homem e do cidadão
 Salvaguarda dos valores cuja universalidade se pretende assegurar

Outra grande vantagem dos códigos deontológicos, explicitamente reconhecida por muitos
investigadores da deontologia docente (Strike e Soltis, 1985; Soltis, 1986; Blázquez, 1986;
Watras, 1986; Nash, 1991; Estrela, 1991, 1993; Cunha, 1996) reside no facto de
proporcionarem um ponto de partida e um pretexto para a reflexão e o debate em torno dos
valores e dos deveres inerentes ao exercício da profissão docente. Cunha (1996), por exemplo,
pensa que o código “pode constituir um instrumento de formação, tanto de formação contínua
de professores já formados, como de formação inicial daqueles que se prepararam para
serem professores”.
Blázquez (1986) acentua outro aspecto, o da “ chamada constante a um sentido mais
profundo de responsabilidade por parte de todas as pessoas implicadas no trabalho
educacional.” (p. 495)

9. Formação Ética dos Professores: Estratégias e Perspectivas


Dada a responsabilidade moral e social inerente ao trabalho educativo, não seria desejável
dotar os professores de competências que os habilitassem a resolver fundamentada e
eficazmente os dilemas e conflitos profissionais que, certamente, encontram?

“Todos os dias, nas nossas escolas, há professores que cometem actos deontologicamente
discutíveis (...). Todos os dias, nas salas de aula, há professores que revelam princípios
morais diferentes conforme se trate de avaliar a sua conduta ou a conduta dos alunos.” - são
afirmações de Estrela (1991: 585) que justificam plenamente a necessidade de uma cuidada
formação ética dos professores, se não de formação moral, sobretudo se se atender à
transformação dos valores sociais no sentido de uma crescente indiferenciação.

Este ponto de vista está longe de ser pacífico e a autora recorda, a propósito, as posições
tradicionais da Psicologia, que parecem corroborar o senso comum, segundo as quais as
aprendizagens se fazem num tempo próprio, o sujeito estabiliza e torna-se cada vez mais
difícil mudar comportamentos e hábitos.

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10. Conclusão
Em vários países, associações profissionais de professores tomaram a iniciativa de elaborar
códigos de deveres; em Portugal, contudo, nunca as associações de professores deram corpo a
qualquer código deontológico que fosse expressão de luta pela autonomia ou de um ideal de
profissionalismo. Ao mesmo tempo, qualquer programa de formação moral ou ética deveria
pressupor investigação acerca do pensamento moral dos professores, de modo a compreender
que princípios norteiam as suas condutas profissionais, que regras se auto-impõem, como
solucionam os conflitos de valores que caracterizam qualquer situação profissional e, ainda,
que valores pretendem transmitir ou promover. Sejam quais forem as estratégias adoptadas
com vista à formação moral e ética dos professores, o respectivo valor só pode ser realmente
apreciado quando essas estratégias são integradas num programa global de formação e no
modelo que o enforma. Mas é de admitir que as estratégias mistas sejam as mais frutuosas,
por abarcarem as múltiplas dimensões do comportamento moral e permitirem articular “a
ética da intenção e da acção”.

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11. Bibliografia
OCDE (1990). Nouvellestâches, nouvellesresponsabilités. Élargissementdurôle de
l’enseignant». In OCDE.L’enseignantaujourd’hui.Fonctions, statut, politiques. Paris: OCDE.

Platão (1990) A República. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian.

Platão (1992). Górgias. Lisboa: Edições 70.

Popkewitz, T. (1995). Profissionalização e formação de professores: algumas notas sobre a


sua história, ideologia e potencial». In A. Nóvoa (Coord.), Os professores e a sua formação.
Lisboa: Dom Quixote.

Ricoeur, P. (1990). Étiqueetmorale. Revista Portuguesa de Filosofia, Janº/Março, 5-17

Ryan, K., e Phillips, D. (1982).Teacher characteristics. In H. E. Mitzel (Ed.), Encyclopedia of


educacional research, 4. New York: The Free Press.

Savater, F. (1997).O Valor de educar.Lisboa: Presença.

Silva, M. L. S. (1994.) A profissão docente: ética e deontologia profissional. Contributo para


o estudo da deontologia dos professores do 2.º e 3.º ciclos do ensino básico. Dissertação de
Mestrado, não publicada. Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação. Lisboa:
Universidade de Lisboa.

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