1039582-Pr Leoberto Negreiros
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Leoberto Negreiros
ÍNDICE PÁGINA
Reflexão!!! 03
Último Sermão de Martin Luther King Jr 04
Titulo: O Deus da Segunda Oportunidade 05
Titulo: O Poder da Adoração 06
Titulo: Visão Ungida por Deus 07
Titulo: Deus está procurando Pessoas Comuns 08
Titulo: Aonde ha Clamor a Glória 09
Titulo: Sem Impedimento Alguma 10
Titulo: Quem pode Impedir o Agir de Deus? 11
Titulo: A Gloria do Senhor encheu a Casa de Deus 12
Titulo: O que Deus é capaz de fazer com um Bastardo em suas mãos 13
Titulo: Ele Jogou a Capa Fora 14
Titulo: Portas Abertas 15
Titulo: Vaso de Honra 16
Título: Deus abre Caminho onde não existe Caminho 17
Titulo: Prosseguindo até o Fim 18
Titulo: Tudo que Jesus Conquistou na Cruz é Direito Nosso 19
Titulo: Os Três Degraus da Fé 20
Titulo: Comece com cinco Pãezinhos e dois Peixes 21
Titulo: Impossível Fugir de Deus 22
Titulo: Tem Coisas que só Jesus Faz 23
Titulo: Não permaneça no lugar que limita a tua Visão 24
Titulo: Até que Ele venha 25
Titulo: Andando de Cabeça Erguida em Qualquer Circunstância 26
Titulo: Determinados a Fazer a Vontade de Deus 27
Titulo: O Deus das Pequenas Coisas 28
Titulo: Disponíveis ou Indisponíveis para Deus 29
Titulo: Tipos de Vestes na Vida do Cristão 30
Titulo: Pecadores nas Mãos de um Deus Compassivo 31
Titulo: Pecadores nas Mãos de um Deus Amoroso 32
Titulo: Pecadores nas Mãos de um Deus Misericordioso 33
Titulo: O nome que está acima de todo nome 34
Titulo: Não desista de prosseguir até alcançar o alvo 35
Titulo: Vivendo com Abundância ou de Migalhas? 36
Titulo: o que aconteceu depois da morte de Jesus? 37
Titulo: Onde Deus Está? 38
Titulo: Tudo está Consumado 39
Titulo: As Três Dimensões da Adoração 40
Titulo: Em breve nosso maior inimigo será esmagado 41
Titulo: Restaurando o Altar do Senhor 42
Titulo: Era Necessário Jesus Passar por Samaria 43
Título: A Janela de Êutico 44
Titulo: A Escolha de Deus 45
Titulo: Maria Escolheu a Melhor Parte 46
Titulo: Fracasso Transformado em Sucesso 47
Titulo: O que Fazer no Meio da Tempestade? 48
Titulo: A Santa Ceia – Um privilégio reservado a igreja 49
Titulo: A Singularidade da Presença de Deus 50
Titulo: Os Gigantes Sempre Voltam 51
Título: Conheçamos e Prossigamos em Conhecer ao Senhor 52
Titulo: Servos Úteis e Inúteis 53
Titulo: Peço que Mostres a tua Gloria 54
Titulo: Uma Boa Noticia 55
Titulo: Infinitamente mais 56
Título: Nem sempre a melhor decisão é seguir em frente 57
Grandes pregadores & Pequenas notas 58
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ESBOÇOS DE PREGAÇÃO Pr. Leoberto Negreiros
REFLEXÃO!!!
Precisamos é de pregadores que tenham o fogo de Deus. Precisamos é de pregadores que tenham o
poder de Deus. Precisamos é de pregadores que tenham paixão pelas mensagens que proclamam.
Precisamos é de pregadores que nos alimentem da Palavra escrita de Deus e que depois nos apontem
para o Verbo vivo de Deus. Precisamos é de pregadores que sejam consumidos pelo fogo do céu para
que nós também sejamos consumidos por Deus. Precisamos é de pregadores que sejam inflamados
por sua paixão pela Palavra de Deus.
Por favor, ajudem-nos, pregadores! Sabemos que temos uma responsabilidade pessoal por nosso
próprio caminhar com Deus. Mas precisamos de ajuda. Somos fracos, somos frágeis, somos
esquecidos. Precisamos ouvir do céu. Não precisamos ouvir sobre pescarias ou viagens turísticas nas
pregações. Não precisamos ouvir sobre festas ou confraternizações na igreja. Não precisamos ouvir
sobre nosso time favorito de futebol. Não precisamos ouvir sobre suas realizações, premiações ou
qualificações profissionais. O que precisamos ouvir é que você foi autorizado por Deus para
proclamar a palavra da vida para nós.
Estamos desfalecendo aqui nos bancos da igreja, desfalecendo porque há pouca ou nenhuma visão de
Deus na maioria dos púlpitos. Estamos cansados de ouvir o texto de Provérbios 29.18 (“Não havendo
profecia [ou visão] o povo se corrompe [ou dispersa]”) interpretado erroneamente como uma
exortação a planejamento de longo prazo. Nós, o povo, estamos perecendo porque não há visão de
Deus.
Levantem-se! Tomem sua posição! Não aceitem mediocridade! Não aceitem algo inferior! Busquem
tudo que puderem de Deus, transmitam-no para nós e depois voltem para buscar mais. Persigam a
Deus com paixão. Não subam ao púlpito enquanto não tiverem uma mensagem da parte dele para nos
transmitir. Não preguem enquanto não souberem que estão bem com Deus. Não subam ao púlpito
enquanto não tiverem convicção de que foram ungidos por Deus e que têm o fogo de Deus.
Com Sinceridade,
Kenny
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ESBOÇOS DE PREGAÇÃO Pr. Leoberto Negreiros
ÚLTIMO SERMÃO
de
Martin Luther King Jr
Eu gostaria que alguém mencionasse aquele dia em que Martin Luther King tentou dar a vida a
serviço dos outros. Eu gostaria que alguém mencionasse o dia em que Martin Luther King tentou
amar alguém. Quero que digam que eu tentei ser direito e caminhar ao lado do próximo. Quero que
vocês possam mencionar o dia em que tentei vestir o mendigo, tentei visitar os que estavam na
prisão, tentei amar e servir a humanidade. Sim, se quiserem dizer algo, digam que eu fui um arauto:
um arauto da justiça, um arauto da paz, um arauto do direito. Todas as outras coisas triviais não têm
importância. Não quero deixar atrás nenhum dinheiro.
1. O rei mais ímpio da história de Judá, (apesar de ser filho do piedoso rei Ezequias)
2. Agoureiro e Feiticeiro. Envolveu-se com: Astrologia e Magia negra (sacrifício de vidas humanas)
3. Defendeu e praticou o culto macabro a moloque e profanou o templo do Senhor.
4. Conduziu o povo a praticas abomináveis e segundo a tradição judaica, Manasses, mandou cerrar o
profeta Isaías em duas partes, para silenciar o homem de Deus, que reprovava as suas praticas ímpias
Manasses sofreu as conseqüências, II Crônicas 33.11. Quem daria uma segunda oportunidade a este
homem? Pois ele recebeu de Deus uma “segunda oportunidade”. II Crônicas 33.12-16.
Introdução
1. Se Deus quer abrir o mar para o seu povo passar a pé enxuto... Quem pode impedí-lo?
2. Se Deus quer fazer brotar água da rocha para o seu povo beber... Quem pode impedí-lo?
3. Se Deus quer endurecer o coração de Faraó para sua gloria... Quem pode impedí-lo?
4. Se Deus quer exaltar Mardoqueu e humilhar o exaltado Hamã... Quem pode impedí-lo?
5. Se Deus quer andar no meio da fornalha acessa com 3 moços... Quem pode impedí-lo?
6. Se Deus quer fazer milagres no vale de ossos secos... Quem pode impedí-lo?
7. Quando Deus quer pegar alguém do monturo e o fazer assentar entre os príncipes...
Quem pode impedí-lo?
Contexto: II Rs 6 e 7
1. Antigamente as cidades eram muradas e Samaria tinha esta proteção contra os inimigos
2. O rei da Síria cercou Samaria e fechou todas as entradas e saídas da cidade. II Rs 6.24.
3. Um medo paralisante imobilizou todos os habitantes de Samaria (grandes e pequenos).
4. A Fome esmagadora trouxe crises e transtornos de comportamento. II Rs 6.25-30.
5. A Incredulidade do Rei: "... Por que devo continuar esperando por Deus?" II Rs 6.23.
6. A Incredulidade do Capitão do Exercito: "..ainda que o Senhor fizesse janelas no céu..".
II Rs 7.2: Para o capitão, Deus não iria atropelar o curso normal da situação, pois o trigo ou a
cevada, são semeados, nascem, crescem e frutificam, levando algum tempo para esse processo. Para
um incrédulo é sempre difícil crer numa intervenção sobrenatural de Deus.
1. Deus usou 4 leprosos que estavam fora da cidade, pessoas desprezíveis e rejeitadas.
2. Não tinham convívio social: Viviam fora da cidade.
3. Não tinham convívio familiar: Viviam longe da família.
4. Não tinham convívio religioso: Não podiam frequentar a sinagoga.
5. A decisão unânime dos quatro leprosos. II Rs 7.3-5.
6. Houve uma intervenção divina. II Rs 7.6. Essa foi uma intervenção sobrenatural de Deus, pois usou
pessoas que estavam à margem da história, vivendo crises existenciais, sem nenhuma perspectiva de
vida, para realizar o milagre da provisão. Aqueles leprosos tornaram-se aos ouvidos dos sírios um
poderoso exército em marcha, deflagrando uma fuga sem limites entre eles, levando-os a
apoderarem-se dos despojos do inimigo.
Conclusão
1. Aconteceu um milagre em Samaria. Deus tem a sua maneira de trabalhar, seu estilo.
2. Quando Samaria estava cercada pelos sírios – Deus usou 4 leprosos para dar livramento.
3. Quando Sansão estava cercado em Gaza – Deus usou sua força para dar livramento.
4. Quando Paulo estava cercado em Damasco – Deus usou uma janela para o livramento.
5. Se Deus quer que você seja livre daquilo que o cerca, imobiliza, fere... Se Deus quer curar o doente
de suas enfermidades... Se Deus quer mudar a tua historia, o teu cativeiro... Se Deus quer acalmar a
tempestade... Quem pode impedí-lo? O Desafio de Deus: Operando Eu, quem impedirá? Isaias 43.13.
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ESBOÇOS DE PREGAÇÃO Pr. Leoberto Negreiros
Introdução
I. Eles perderam a benção porque não tiveram paciência para esperar até o fim
1.1. Esperaram o noivo com azeite durante um tempo, mas, não o tempo todo. Mt 25.8
1.2. Depois esperaram o noivo sem azeite (ou seja, de qualquer maneira) Mt 25.3
1.3. Perderam o que poderia ter ganhado. Mt 25.11-12
2. Saul
2.1. Saul não teve "paciência" para esperar até o fim e perdeu a benção. I Sm 13.8-14
2.2. Saul perdeu o que poderia ter ganhado. I Sm 13.13-14
2.3. Contextualização: A falta de paciência tem trazido sérios prejuízos a muitas pessoas.
II. Eles ganharam a benção porque tiveram paciência para esperar até o fim
1. Davi soube esperar até o fim e recebeu o que esperava receber. Sl 40.1
2.1. As cinco virgens prudentes esperaram até o fim com azeite. Mt 25.9
2.2. Esperar com azeite (como precisa) produz resultado satisfatório. Mt 25.10
2.3. Contextualização: Você está esperando como deve esperar?
Os Três Degraus da Fé
Introdução
Dentro deste capítulo, os versículos 13-21 contêm um dos maiores milagres do Senhor Jesus que foi a
multiplicação de cinco pães e dois peixes para alimentar “cinco mil homens, além das mulheres e
crianças”. Dentre todos os milagres realizados por Jesus, nenhum outro é tão repetidamente
mencionado no Novo Testamento. Mateus, Marcos, Lucas e João... Todos, referem-se a este prodígio!.
Nenhum mágico, nenhum impostor ou falso profeta, teria jamais intentado fazer isso. Não obstante,
este milagre dá provas contundentes e conclusivas de Jesus era o próprio Deus!. Também podemos
compreender neste episódio o ensino de uma lição preciosa: O alicerce das grandes coisas são as
pequenas coisas. Os grandes milagres foram precedidos por coisas pequenas. Moisés tocou com o seu
Cajado no mar e o Mar se abriu. Davi atirou uma Pedrinha no gigante e o Gigante desabou. Jesus fez
um Lodo passou nos olhos do cego e mandou ele se lavar no tanque de Siloé, ele fez o que Jesus
mandou e passou a ver. Não pense em possuir 200 denários, que é o salário de 200 dias de trabalho
de um operário. Não pense em começar com coisas grandiosas - comece com os cinco pãezinhos e
dois peixes.
Pessoas que Começaram com Pouco
Este milagre ocorreu no tanque de Betesda que significa Casa de Misericórdia, porém, naquele lugar
não havia misericórdia, solidariedade, compreensão, compaixão das pessoas. Havia competição
naquele lugar e quando há competição não existe solidariedade. Este homem precisou superar a falta
de solidariedade e a multidão.
Primeira Verdade: A Dramática Situação do Paralitico de Betesda
1. Um homem com um sério problema físico, paralítico há 38 anos.
2. Um homem com problema psicológico (sentimento de inferioridade).
3. Um homem marcado pela dor, pelo desprezo e pela impossibilidade.
Segunda verdade: A Capacidade de Prosseguir, apesar das Circunstancias Desfavoráveis
1. Este homem não perdeu em função das circunstâncias contrarias o “alvo”.
2. A leitura equivocada de um fato positivo traz sérias conseqüências, v 7.
3. Este homem tinha tudo para desistir do seu sonho, mas não desistiu.
4. A superação: Quem não é capaz de superar os obstáculos, jamais alcançará seus objetivos. Ele não
se conformou com aquele estado, situação, paralisia.
Terceira Verdade: Jesus libertou aquele homem do que o Imobilizava
1. Com uma palavra, Jesus o libertou da paralisia que o aprisionava por 38 anos.
2. Quando Ele ordena o sobrenatural e o impossível acontece.
3. Contextualização: Jesus Cristo continua libertando o homem e a mulher da paralisia espiritual,
daquilo que te impede de tomar decisões, de andar, de se mobilizar, de agir, se posicionar.
Pensamentos destrutivos, complexos, etc.
Conclusão
1. Aquele que chegou com as costas na cama, saiu, com a cama nas costas.
2. A primeira vez que Jesus o encontrou, Ele estava Deitado no Tanque, V6.
3. A segunda vez que Jesus o encontrou, Ele estava de Pé no Templo, v 15.
4. Nunca mais aquele homem foi o mesmo.
5. A cama que era o instrumento de vergonha e dor, Jesus o transformou em um troféu:
Toma a tua cama e anda.
6. Contextualização
6.1. Palavra profética: Eu ainda vou te ver diferente em Nome de Jesus.
6.2. O dia do milagre vai chegar para a tua vida, em nome de Jesus.
6.3. Faça o “possível” e Ele é poderoso para fazer o “impossível”.
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ESBOÇOS DE PREGAÇÃO Pr. Leoberto Negreiros
Introdução: Ninguém consegue ir além do que a sua visão alcança. Existe um princípio para
realização: Eu só posso realizar aquilo que enxergo no meu espírito – aquilo que consigo conceber. O
que motiva a realização é a visão: Josué e Calebe foram motivados àquela grande realização de
conquistar a terra porque enxergaram: Enxergaram suas famílias comendo o fruto da terra, o povo
abençoado e os propósitos de Deus cumpridos.
Uma visão sem ação é somente um sonho. Uma ação sem visão é apenas um
passatempo. Uma “visão com ação pode transformar o mundo”.
Eles foram convidados por deus para saírem do lugar em que Estavam
II. Elias estava dentro da CAVERNA que limitava a sua visão, I Rs 19.9
Introdução: O Senhor deu sonhos a Faraó, interpretado por José e cumpridos literalmente a respeito
do período de fartura e fome sem precedentes na terra. Quando houve uma fome na nação e não
havia mais comida, Deus enviou José, filho de Jacó, ao Egito. José foi capacitado a prover trigo ao seu
pai e seus irmãos. E a Jacó foi concedido ver o Faraó, o poderoso rei do Egito. Os súditos se
apresentavam diante de Faraó ajoelhados, e Jacó como ficou diante de Faraó? Jacó não chegou
humilhado, se arrastando, como um coitado, cabisbaixo, se prostrando, chegou “abençoando na
chegada e na saída”, a Bíblia diz: "E Jacó abençoou a Faraó". Gn 47.10. Como deve ter ficado o tal do
Faraó?
1. Eu Sou o que Deus diz que Eu Sou. Na Bíblia está escrito o que Eu Sou.
2. Eu Tenho o que Deus diz que Eu Tenho. Na Bíblia está escrito o que Eu Tenho.
3. Eu Posso o que Deus diz que Eu Posso. Na Bíblia está escrito o que Eu Posso.
1. Para José a fome, foi usada para ele sair da prisão direto para o trono. Gn 41.38-44
2. Para Jacó a fome, foi usada para ele receber o melhor da terra de Remasses. Gn 47.11.
3. Para você alguns tipos de obstáculos têm sido usados por Deus para abençoá-lo?
Certa vez um rei colocou uma pedra bem pesada no leito de uma estrada, e escondeu-se nas
cercanias, esperando ver quem iria removê-la. Muitos dos que por ali passaram, culparam o governo,
em alto e bom som, por não cuidar das estradas como devia. Mas ninguém se deu ao trabalho de
remover o obstáculo. Finalmente, um camponês rude e pobre veio, parou, e retirou a pedra do
caminho. Surpreso, encontrou no lugar onde ela estava, um pacote com moedas de ouro, e uma nota
dizendo que era essa a recompensa que o rei estava dando a quem removesse aquele obstáculo!
1. Davi transformou o pouco em muito (usou 20%) derrotou Golias e ainda sobrou (80%)
2. Sansão transformou o pouco em muito, venceu mil filisteus e ainda sobrou queixada
3. Um garoto com apenas cinco pães e dois peixinhos, alimentou cinco mil e ainda sobrou
4. O cristão com Deus transforma o pouco em muito e ainda sobra (milagre da multiplicação)
Quarta: Porque o Cristão não dá ao Inimigo o Prazer de vê-lo andando como um derrotado
Introdução: Para alguns a obra que o povo realizava parecia sem importância. No entanto, nenhuma
obra feita sob o poder do Espírito de Deus, e com a sua benção, deve ser considerada insignificante.
Pelo contrario: tem valor e importância eterna. Zorobabel é levantado para dar continuidade à
construção do templo paralisada pelos inimigos, 15 anos. Com Deus nada fica pela metade. A Obra foi
concluída. Eles souberam usar o que tinha no dia em que estas coisas pareciam insignificantes. Todos
tinham um grande problema e o que eles tinham parecia pequeno demais para fazer frente a
tamanho obstáculo.
Conclusão
Quem és tu, ó monte grande? Diante de Zorobabel, serás uma campina? Zc 4.7.
Introdução: Conta-se a história de um homem que se atolou num poço barrento até o pescoço e de lá
do fundo clamava desesperado às pessoas que passavam lá fora: Por favor, socorro, tire-me daqui.
Alguns dos que passavam eram fundadores de religiões. Olhavam para ele com muita pena, mas nada
faziam para tirá-lo dali. Passou Buda, o fundador do budismo, e lhe disse num misto de tristeza e
repreensão: “Meu filho, se tivesses seguido os meus conselhos não estarias nesta lamentável
situação”. Passou Confúcio, o fundador do confucionismo, e com “profunda sabedoria” falou: “É uma
lástima não teres entendido minha doutrina, nada mais posso fazer por ti”. Passou Allan Kardec, o
doutrinador do espiritismo, e limitou-se a dizer-lhe: “Desejo que noutra encarnação estejas num
estado mais agradável”. Então passou Jesus Cristo, o meigo e poderoso Salvador dos homens. Ouviu
os gritos daquele coitado, amou-o imediatamente e fez o que nenhum dos outros religiosos havia
feito: foi descendo poço abaixo e arrancou aquele pobre homem daquela situação aflitiva. Isto sim é
compaixão.
O Exército de seu pai vai em busca dos Rebeldes, ex-aliados e soldados de Israel. Preocupação, Morte
e lamento de Davi: Davi disse a seu general: "Poupa o meu filho Absalão!". O exército de Absalão foi
derrotado e ele fugiu num cavalo. Ao passar por baixo de um “carvalho frondoso”, seu cabelo
prendeu-se nos ramos da árvore e ele ficou suspenso, enquanto o animal continuava a correr.
Levaram a notícia a Joabe. Este tomou três lanças e traspassou com elas o coração de absalão. Depois
vieram os escudeiros e acabaram de matá-lo. Davi, cheio de tristeza, repetia a chorar e a gritar: "Meu
filho Absalão! Absalão filho meu! Quem me dera ter morrido por ti, Absalão meu filho!".
1. Nenhum poeta, escritor, mestre ou o mais sábio pode descrever esta compaixão.
2. Pai dos Órfãos, Sl 68.5.
3. Pai dos Rejeitados, Sl 27.10.
4. Pai sempre presente, Rm 8.15.
5. Pai que não faz acepção de pessoas, I Pe 1.17.
6. Pai Compassivo e Bondoso, Mt 7.11.
Conclusão: Fomos alcançados pela compaixão de Deus.
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ESBOÇOS DE PREGAÇÃO Pr. Leoberto Negreiros
Introdução: A Inglaterra vislumbrou um amor intenso 1878. A segunda filha da Rainha Victoria era a
Princesa Alice. O filho dela, aos quatro anos, ficou infectado com uma aflição horrível conhecida como
difteria preta. Os médicos quarentenaram o menino e avisaram a mãe para se manter afastada dele.
Mas ela não pôde. Um dia ela o escutou sussurrando para a enfermeira, “Por que minha mãe não me
beija mais?” As palavras derreteram o coração dela. Ela correu ao filho e o cobriu de beijos. Dentro de
alguns dias, ambos foram enterrados. O que levaria uma mãe a fazer algo assim? O que levaria Deus a
fazer algo maior? Amor. Um dia o poeta declarou: Se os mares todos fossem tinta... E os céus sem fim
fossem papéis... Se as hastes todas fossem penas... E os homens todos escrivãs. Nem mesmo assim, o
amor seria descrito em seu fulgor. Oh! Maravilha deslumbrante, desse eternal amor. Amor:
incomparável, inigualável, inexplicável, insondável, incondicional, sem limites. O Amor de Deus:
Deus Mostrou o Seu Amor Principalmente Pela Morte de Seu Filho, Romanos 5:8.
Jesus Cristo foi torturado por amor a humanidade.
1. Tortura psicologia, espiritual e física.
2. Levou 39 Chibatadas. Chicote: Um cabo de madeira curto com doze tiras de couro e com chumbo
ou pedaços de ossos. Segundo os especialistas: na primeira sessão de espancamentos os açoitas
abriam valas na carne. Na segunda a dor era como chumbo derretido e na terceira sessão a vítima
perdia o controle do aparelho digestivo e alguns iam a óbito.
3. Via dolorosa: A distância total tem sido estimada em 595 metros.
4. Cruz: A barra transversal provavelmente pesava entre 36 e 50 quilos.
5. Coroa de espinhos: Mediam de 2.54 a 5.08 centímetros de comprimento.
6. Pregos: Os pregos utilizados na crucificação mediam entre 12 a 15 cm.
7. Martelo: Aproximadamente 4 marteladas em cada mão e 6 em cada pé.
8. Cana: Com o suposto cetro de sua majestade, bateram em sua cabeça.
Conclusão: Quem pode descrever este amor? Hino: Via dolorosa e ministração.
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ESBOÇOS DE PREGAÇÃO Pr. Leoberto Negreiros
É necessário entender o significado da Misericórdia é perceber como ela se relaciona com a Graça:
Através da GRAÇA você recebe aquilo que não merece (ou seja, favor sem mérito algum de nossa
parte). Através da MISERICÓRDIA você não recebe aquilo que merece (ou seja, punição impedida).
I. As Misericórdias de Deus impediram que Israel perecesse em Babilônia
1. Palavra profética sobre o cativeiro babilônico e o período, Jr 25.11.
2. Invasão babilônica (ano 576 a.C) depois de um cerco de 18 meses.
3. Violência: Vazaram os olhos do rei Zedequias e mataram os seus filhos.
4. Destruição, mortes, roubos e cativeiro, Lm 1.1,9 e Sl 137.
5. Palavra profética sobre um tempo de misericórdia, Jr 29.10.
6. Cumprimento literal: Salmo 126. “A misericórdia trouxe Restauração, v3”.
II. As Misericórdias de Deus impediram que Nínive fosse Destruída
1. A crueldade dos moradores de Nínive (um povo cruel e sem limites).
2. A sentença de Deus, Jn 3.14.
3. A oportunidade do arrependimento, Jn 1.1.
4. O patriotismo de Jonas e o prévio conhecimento da misericórdia, Jn 4.2.
5. O arrependimento dos Ninivitas, Jn 3.5-9.
6. A misericórdia impede o juízo, Jn 3.10.
III. Em todos os Juízos, a Misericórdia sempre precedeu o Julgamento
1. Antes do dilúvio, a arca era o símbolo da misericórdia de Deus.
2. Antes do juízo sobre Sodoma e Gomorra, Ló era o símbolo da misericórdia.
3. Antes do juízo sobre o Egito, Moisés e Arão eram o símbolo da misericórdia.
4. Antes de Judas cometer suicídio, poderia ter sido alçando pela misericórdia.
5. Antes de morrer, o ladrão da cruz, poderia ter alcançado misericórdia.
6. Antes do juízo final, a misericórdia pode ser encontrada em Jesus.
Conclusão
1. O cego Bartimeu Clamou por Misericórdia e alcançou misericórdia, Mc 10.47.
2. O pai que tinha um filho lunático Clamou por Misericórdia e alcançou, Mt 17.15.
3. Dez leprosos Clamaram por Misericórdia, e alcançaram misericórdia, Lc 17.13.
4. A mulher Cananéia Clamou por misericórdia e alcançou misericórdia, Mt 15.22.
5. O publicano Clamou por Misericórdia e alcançou misericórdia, Lc 18.13.
6. Jeremias ensina-nos a invocar o Senhor o Deus de Misericórdia, Lm 5.21.
Introdução
Conclusão
Fl 2.10,11: Para que ao no me de Jesus se dobre todo joelho dos que estão nos céus, na terra e debaixo
da terra e toda língua confesse que Jesus Cristo é o Senhor, para gloria de Deus Pai.
Um dia todos os Filósofos dobrarão os seus joelhos e confessarão o nome do Senhor entre eles estarão,
Sócrates, Platão, Aristóteles e todos os outros. Um dia todos os Déspotas dobrarão os seus joelhos e
confessarão o nome do Senhor, entre eles estarão os, Faraós, Idi Amim, Adolf Hitler e todos os outros.
Um dia todos os Ateus dobrarão os seus Joelhos e confessarão o nome do Senhor, entre eles estarão,
Jonn Lennon, Karl Marx, Nietzsche, e os outros. Um dia todos os grandes e pequenos, nobres e
plebeus, ricos e pobres. Pessoas de todas as tribos, raças e nações. Todo Joelho dos que estão nos
céus, na terra e debaixo da Terra se dobrará diante Dele e com a sua Boca Confessará que Jesus Cristo
é o Senhor, para gloria de Deus Pai. Prostremo-nos, ajoelhados diante do Senhor e O adoremos e o
louvemos. Temos o direito e a autorização para utilizar o poderoso nome do Senhor. Usemos com
ousadia, convicção e fé naquele que tudo pode.
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ESBOÇOS DE PREGAÇÃO Pr. Leoberto Negreiros
Primeira decisão: a decisão de esquecer as coisas que ficam para trás (passado) v 13ª
1. PAULO tinha todos os motivos para ser um homem amargo e frustrado
2. PAULO tinha todos os motivos para se sentir um homem acima da média
3. PAULO optou em continuar prosseguindo para o alvo
4. Contextualização
4.1. É necessário “esquecer” as coisas que ficaram para trás (superação).
4.2. Não seja refém do passado. O Passado não possa ser APAGADO, deve ser ESQUECIDO.
Segunda decisão: A decisão de avançar para as coisas que estão adiante, v13b
1. O Apóstolo estava determinado a avançar com determinação e ousadia.
2. Paulo em nenhum momento de seu ministério perdeu o Foco Principal.
3. Contextualização
3.1. Devemos prosseguir, avançar, mesmo em circunstancias desfavoráveis.
3.2. Temos que resistir a pressão diária e a tentação de optar pelo atalho.
3.3. Avançar nem sempre é a escolha mais fácil, porém, sempre será a melhor.
3.4. O que está diante de mim? Vitória. Unção. O melhor de Deus ainda está por vir.
Terceira decisão: A decisão de prosseguir para o alvo, v14
1. Paulo poderia pedir aposentadoria, mas esta não era a sua meta.
2. Paulo estabeleceu o alvo como motivação para prosseguir, II Tm 4.7-8.
3. Paulo estava determinado a prosseguir até alcançar o seu objetivo.
4. Contextualização
4.1. Estabeleça um alvo fixo, um objetivo único.
4.2. Não faça das circunstâncias, mas, do alvo a sua motivação, Hb 12.2.
4.3. Pessoas que passam à vida inteira, tentando descobrir o que realmente querem.
4.4. O Futuro depende das decisões que são tomadas no presente. O futuro para quem
não toma as decisões que deveriam ser tomadas, já está definido no presente.
Conclusão: Insista um pouco mais. Você nunca sabe quando aquele pequeno pouco mais pode fazer a
grande diferença. Uma competição é ganha às vezes por centésimos de segundos. Um pequeno pouco
mais a cada passo do caminho irá acrescentar uma grande vantagem no final.
(a) O alvo do crente materialista, imediatista, superficial e carnal, é o aqui e agora.
(b) Prosseguir até o fim não é opcional, é compulsório para quem quer alcançar o alvo.
(c) O fim pesa mais do que o começo.
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ESBOÇOS DE PREGAÇÃO Pr. Leoberto Negreiros
I. As Conseqüências da Desobediência
1. Deus leva Ezequiel no vale de osso secos e pergunta: Poderão viver esses ossos?
2. A pergunta tem uma resposta óbvia. Certamente aqueles ossos não podem reviver.
2.1. É esta resposta óbvia pela qual pautamos nossa vida muitas vezes.
3. A resposta óbvia é muitas vezes a resposta do desânimo.
4. A do profeta é resposta é evasiva: Senhor Deus, tu o sabes. Ez 37.3
5. Dois tipos de vale de ossos secos, (dos que crêem e dos que não crêem mais).
6. Quem confia em Deus vai além do óbvio, é a grande mensagem de Jesus.
Introdução
O salmista vive um momento dramático, ele enfrenta três fases progressivas: Na primeira o salmista
está aflito e decepcionado, VV 1 e 2, (afetou o estado físico). Ele se compara a uma pessoa muito
doente e ninguém se importa com a sua dor. Na segunda, abandono, preocupação e insônia, VV 3 e 4,
(afetou o estado emocional). Abandonado, fica profundamente preocupado a tal ponto de não
conseguir dormir. Na terceira, dúvidas em relação à imutabilidade de Deus, VV 5-10 (afetou o
espiritual).
Ápice: O desespero chega ao cúmulo de pensar que Deus, já não é o mesmo. É possível o cristão ser
compelido ao desespero da solidão e abatimento. A impossibilidade, a imensidade, a futilidade e a
apatia se somam, para criar uma profunda sensação de impotência.
O salmista progride do desespero para a esperança, mediante o exame dos “atos e milagres que Deus
efetuou no passado, VV 11-20”. O passado pode ser um forte aliado, um referencial, um estimulo.
O cristão deve firma-se na Palavra de Deus e não nos seus sentimentos ou evidências. Deus não está
longe, escondido ou indiferente, está mais perto do que o ar que respiramos.
Conclusão
O Rio Amazonas é o 2º maior rio do mundo (6.280 km) perdendo em extensão apenas para o Rio
Nilo. As águas do Rio Amazonas entram oceano adentro com tanta força que ainda á água doce a
grande distância da praia. Certo navio, não tinha mais água potável a bordo e os tripulantes, longe da
terra firme, fizeram sinal a outros navios pedindo água, demoraram muito tempo para acreditar na
resposta: Deitem os baldes no oceano, porque a água é doce. Finalmente, experimentaram e
descobriram que realmente estavam cercados por água doce.
Nenhuma declaração causou tanto impacto como esta declaração proferida às 3 horas da tarde no
monte calvário. Está feito, Permanece feito e sempre estará feito.
1. Cura no Corpo físico, não existe enfermidade que Ele não possa curar.
2. Cura na Alma, não existe doença psicossomática que Ele não possa curar.
3. Cura no Espírito, não existe morte espiritual que Ele não possa curar.
Introdução
O ser humano é essencialmente uma criatura que cultua, assim é a sua natureza. A única pergunta
que fazemos, a quem ele adora e cultua? Ao que adoramos, logo servimos,é assim como funciona.
Quanto mais adoramos a algo ou alguém, mais nos comprometemos e ao final nos tornamos igual ao
que adoramos.
1ª. Razão: Por Causa de sua Morte Sacrificial: Jesus não veio para ser uma Celebridade, Um Notável
ou um Mega Star viveu uma vida simples, discreta, sem nenhuma vaidade, nem ostentação, na
verdade sendo dono de tudo, viveu sem nada.
2ª. Razão: Por Causa de sua Ressurreição: Parece filme de terror, mas é a pura verdade: existe um
lugar, no Arizona, onde estão guardados cerca de cinqüenta “mortos-vivos”. Pelo menos, é assim que
se espera. Na verdade, todos estão bem mortos, mas, devidamente congelados, esperando o dia em
que possam voltar a viver. Além destes, há mais de 1.000 outros candidatos esperando apenas a
oportunidade de entrar no tanque de nitrogênio e aguardar a “ressurreição”. No entanto, a Bíblia
afirma que todos têm um tempo determinado por Deus e principalmente que aqueles que crêem em
Jesus têm a vida eterna. A esperança do cristão, não está “congelada“. Nossa “esperança” morreu há
dois mil anos atrás, ressuscitou ao terceiro dia e está vivo para todo o sempre. (Jesus).
3ª. Razão: Por Causa das Bênçãos Recebidas: Quem já foi agraciado com as Bênçãos?
I. Período imperial
1. Os imperadores foram usados por satanás para destruir a igreja.
2. Os imperadores tiveram o incentivo e a participação dos religiosos em geral.
3. Os cristãos enfrentaram a fúria dos leões (coliseu, as catacumbas de Roma...)
4. Tentou de todas as formas destruírem a igreja, (mas não conseguiram).
II. Período Medieval
1. Livres da “perseguição imperial” a igreja agora enfrenta outro tipo de perseguição a “perseguição
papal, o poder religioso, as cruzadas, as inquisições e muitas atrocidades.
2. Um tempo de atrocidades e crimes cometidos em nome de Deus.
3. Perseguida implacavelmente, mas, não destruída.
III. Período Moderno
1. Convivemos com as maiores ameaças ao verdadeiro cristianismo.
2. Ameaças: Mundanismo, banalização, evangelho social, substituição.
3. Pessoas que sustentam apenas uma aparência, profanação do sagrado.
4. Satanás não conseguiu esmagar a igreja no passado, não vai conseguir no presente,
e nem no futuro, por um motivo simples: Ela é Indestrutível.
4.1. As mais poderosas Nações, não são indestrutíveis.
4.2. Os mais poderosos Impérios não são indestrutíveis.
4.3. Os mais poderosos Exércitos não são indestrutíveis.
4.4. Porém, existe um Povo que jamais será destruído, a Igreja.
Conclusão
I. Palavra Bíblica, Rm 16.20
1.1. E o Deus da paz, em breve, “esmagará” debaixo dos vossos pés a satanás.
1.2. Tanto no Sl 91.13 e Lc 10.19 - está escrito sobre “pisar” o inimigo.
1.3. Algo pode estar embaixo dos nossos pés, porém não esmagado, mas ele será.
II. Palavra Escatológica: Triunfo Final
1. Na guerra no céu, foi derrotado e expulso, Apoc 12.7-9.
2. Na tentativa de conquistar o Universo, conquistou apenas este “mundo”.
3. Foi derrotado, na “vida” de Jesus.
4. Foi derrotado, na “morte” de Jesus.
5. Foi derrotado, definitivamente na “ressurreição” de Jesus.
6. Vai ser destruído por Jesus, no final do milênio, desaparecendo para sempre.
III. Palavra Profética: Muito em Breve
1. O que vai acontecer muito em breve?
2. A tua cura (seja física, espiritual, sentimental)
3. A tua restauração. (de tudo que foi consumido, roubado, espoliado, saqueado).
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ESBOÇOS DE PREGAÇÃO Pr. Leoberto Negreiros
Introdução
A História registra que muitos judeus ortodoxos faziam uma volta de mais ou menos 60 Kilometros,
“só para não passar em Samaria”. Na opinião dos Rabinos, todos os Samaritanos eram ritualmente
imundos. Os Samaritanos não eram considerados uma “raça ariana” devido a mistura com os gentios:
Eram rejeitados, menosprezados, abomináveis aos olhos dos judeus. Para os Judeus “não era
necessário passar por Samaria” (não era prioridade). Porém, para Jesus era “necessário” passar por
Samaria. Porque? Observe os três principais motivos:
1. Porque Ele queria salvar uma mulher que não era valorizada nem mesmo em Samaria Junto a fonte
de Jacó, Ele toma a iniciativa e começa o dialogo com ela. Perplexa ela o questiona (v 9): Como sendo
tu judeu pedes a mim água para beber? A resposta de Jesus a deixa “mais impressionada” (revelação
progressiva).
A mulher samaritana viu Jesus apenas como “um Judeu”, V 9.
A mulher samaritana viu Jesus como “um profeta”, v 19.
A mulher samaritana viu Jesus como o Messias (o Cristo), v 29.
2. Porque era necessário Jesus passar por Samaria? Porque esta mulher seria transformada numa
missionária e “muitos” acreditariam na sua mensagem, v 39.
3. Porque “muitos mais” creriam na sua mensagem ao ouvi-lo pessoalmente, v 41.
II. Não era Necessário para Jonas passar em Nínive (a sua Samaria)
1. Para muitos suas prioridades se concentram em tudo aquilo que lhes traz proveito.
2. O que a Bíblia diz?
2.1. É necessário para a igreja: O pão nosso de cada dia, Mt 6.11.
2.2. É necessário para a igreja: O suprimento de suas necessidades, Fl 4.19.
2.3. É necessário para a igreja: Buscar o reino de Deus em primeiro lugar, Mt 6.33.
2.4. É necessário para a igreja: Amar a Deus sobre todas as coisas, Mt 22.37-40.
2.5. É necessário para a igreja: Cumprir o ide de Jesus, Mc 16.15.
Conclusão
Introdução: Usualmente as casas do oriente tinham grandes janelas (quase uma porta), que se
abriam para o lado de fora e geralmente permaneciam abertas para proporcionar abundância de
ventilação dentro da casa. Podemos imaginar Êutico participando do Culto: cantando, orando,
celebrando... E derrepente se sente seduzido e atraído pela janela... E acabou dormindo e caindo da
janela e muitos a exemplo dele continuam caindo. Lições preciosas:
Terceira Lição: Êutico não soube estar muito tempo na presença de Deus
Conclusão: Janela não foi feita para servir de assento. Ele viu a janela e decidiu sentar nela. O fato de
achar que é certo não muda nada. Errado vai continuar errado. Is 5.20. Você pode evitar sofrer o dano
que Êutico sofreu, se as suas atitudes forem diferentes das dele!
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ESBOÇOS DE PREGAÇÃO Pr. Leoberto Negreiros
Introdução: Cerca de três quilômetros a sudeste de Jerusalém, na vila de Betânia, havia um lar de
duas irmãs e um irmão. Estes eram três dos mais chegados amigos de Jesus e, freqüentemente,
quando ele estava viajando próximo a Jerusalém, ele parava ali. Numa destas paradas, a história
seguinte (Lucas 10.38-42) é registrada: Jesus morava em Cafarnaum, na Galiléia, distante delas mais
de cem quilômetros. As viagens eram feitas a pé. Jesus pregava muito mais na Galiléia e arredores.
Poucas vezes se deslocava para Jerusalém. Portanto, poucas vezes Jesus se hospedou em casa de
Lázaro, Marta e Maria. E nessas oportunidades, por seu anseio de revelar-lhes as verdades do reino,
Jesus aproveitava para as ensinar.
Maria amava a Jesus e estava sentada a seus pés ouvindo-o. Marta também amava a Jesus, mas sentia
a necessidade de estar de pé preparando a comida e servindo. Jesus disse que Marta estava muito
distraída com todo o seu trabalho. O que ela estava fazendo era uma coisa até boa; mas Maria havia
escolhido a melhor parte. E nós, estamos escolhendo a melhor parte?
II. Maria representa o cristão ocupado primeiramente com o reino de Deus e a sua justiça
Introdução: Amanhecia mais um dia à beira do lago de Genesaré. Os pescadores voltavam de uma
noite de intenso trabalho e estavam lavando as suas redes, preparando-se para voltar para casa. O
trabalho daquela noite não havia sido compensador, eles não conseguiram pescar nada. Isso
significava a frustração de haver perdido tempo e a certeza de que naquele dia não entraria dinheiro
para as necessidades, pois não haveria peixe para vender. Simão, o pescador, arrumava o seu
material talvez pensando no que iria dizer ao chegar a casa sem o pão e o leite para o café da manhã.
Conclusão
1. Andando com Jesus, temos surpresas. Andando com ele tudo pode acontecer.
2. Nos outros barcos Jesus, não estava e por isso lá não aconteceu nada.
3. Tua rede não ficará vazia sempre, Ele vai encher a tua rede!!!
4. A noite ainda vai passar, Deus tem um amanhecer de fartura, de bênçãos, de honra.
4.1. Com Jesus... Eles viram o que queriam ver (o barco vazio)
4.2. Com Jesus... Eles sentiram o que gostariam de sentir.
5. A última palavra é a de Jesus. Lc 5.4.
6. Lançar a rede novamente significa: Não desista!!! O fim é mais importante que o começo!!!
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Introdução: Israel viveu a maior parte de sua história, lutando para conquistar o direito de ser o
povo de Deus!O jovem Samuel, que vivia sob a orientação do sacerdote Eli, viu os filisteus
derrotarem o seu povo, e levarem a Arca da Aliança! Um dia, surge um jovem chamado Davi, que
desafia o chefe dos filisteus, o gigante Golias! Com a derrota de Golias, o povo pensou que a paz
estava garantida! mas, eles perceberam mais tarde que os gigantes sempre voltam! Por isto todo o
cristão deve estar preparado com a armadura de Deus, para enfrentar as investidas dos gigantes!
1. É preciso ter consciência de que sozinhos, nós não temos chances de vencer!
2. V.16 - a armadura do gigante! a lança pesava cerca de 3.5kg
3. Ele estava com uma armadura nova! O inimigo sempre renova suas armas!
4. Enquanto Davi estava fraco, cansado, o gigante se mostrava com toda sua força!
5. V. 17 - “Porém Abisai... socorreu-o, feriu o filisteu e o matou”
6. O jovem Abisai - veio em socorro de Davi!
7. A igreja precisa de muitos “Abisais” para vencer seus gigantes!
8. Um pastor sozinho - não consegue vencê-los!
9. Um membro que se ausenta da comunhão está fortalecendo o inimigo!
III. A batalha não terminou com a vitória de Abisai sobre o gigante filisteu!
Observe: esses quatro gigantes não foram vencidos por Davi! Quem os derrotou foram seus homens!
Por que eles lutaram em defesa de Davi? Porque perceberam que um soldado, um capitão, e até
mesmo um rei morto poderiam ser substituídos! Mas, Davi ungido por Deus para dirigir o povo, não
poderia correr esse risco! A igreja precisa se mobilizar para defender aquele que a dirige por ordem
do Senhor! Juntos - nós podemos expulsar os gigantes... do medo, das doenças, da falta de recursos,
das impossibilidades, dos fracassos...
Conclusão: É hora de renovar as nossas armas para vencermos todos os gigantes que estão
impedindo o progresso da obra de Deus!
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V. Exemplos de pessoas úteis: (Deus não procura pessoas famosas, e sim úteis)
Conclusão: Queres apresentar a Deus como alguém útil ou passares o teu tempo na igreja
inutilmente?.
Introdução
1. O alto preço para conquistar a gloria terrena. Oferendas, Pactos, Leilão da alma.
2. Viveram com “muita” gloria, morreram “sem” gloria e não sei se “estão” na Gloria.
Como morreu Elvis Presley? E Frank Sinatra? Seu último pedido: Uma garrafa de
Uísque. Um maço de cigarro malboro. Um isqueiro e dez moedas de 10 centavos.
3. Existe um povo que deseja outro tipo de gloria, a Gloria de Deus, Mt 4.8-11.
III. A Terra
IV. A Igreja
1. O que Deus disse ao pedido de Moisés? Ex 33.18.21. 1500 ANOS DEPOIS, Jo 1.14.
2. Jesus Manifestou a sua Gloria em Cana da Galiléia, Jo 2.11.
3. Jesus Manifestou a sua Gloria em Betsaida, Lc 9.16.
4. Jesus Manifestou a sua Gloria no Tanque de Betesda, João 5.6-9.
5. Jesus Manifestou a sua Gloria no templo em Jerusalém, Mt 21.14.
6. Jesus Manifestou a sua Gloria em Naim ressuscitando, Lc 7.14-15.
7. Jesus Manifestou a sua Gloria em Betânia ressuscitando, Jo 11.43.44.
8. Jesus Manifestou a sua Gloria na Casa de Jairo ressuscitando, Lc 8.4-55.
9. Jesus continua Manifestando a sua Gloria no templo, em casa, na empresa.
Primeira: Ver a glória de Deus, Jo 11.40. O segredo para ver a gloria de Deus está desvendado em João
11.40, Crer.
Segunda: Ser cheio da glória de Deus: Tem pessoas que se contentam em apenas Ver, outros querem
mais, não querem apenas ver, querem receber a gloria que Jesus disse na oração sacerdotal “Pai, eu
lhes a gloria que a mim me deste”, Jo 17.22 e ser Cheios do Espírito, Ef 5.18. Assim como Deus encheu
o Tabernáculo e o Templo com a sua Glória. Deus quer encher um outro templo, a Igreja. As jarras
vazias não chamavam nenhuma atenção na festa em Cana da Galiléia.... Somente uma pessoa não
deixou de observá-las, seus olhos pousaram sobre elas, Ele as viu. E justamente elas foram
recipientes do melhor vinho e nelas se "manifestou a sua glória. Essas jarras de água vazias
simbolizam nossa vida. Ele deseja que você se torne recipiente da Sua glória. Ministração: Ele quer
trazer sua gloria para dentro de você.
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Introdução
1. Prosseguir não é a melhor decisão quando percebemos que diante de nós existe um abismo.
2. Prosseguir não é a melhor decisão quando percebemos que saímos do caminho.
3. Prosseguir não é a melhor decisão quando confronta a vontade de Deus.
4. Prosseguir não é a melhor decisão quando o melhor ficou para trás.
1. Éfeso uma cidade paganizada (conhecida principalmente pelo templo da deusa Diana)
2. Éfeso uma idade impactada pelo poder do Senhor através de Paulo. Atos 18
3. A Igreja em Éfeso foi fundada por Paulo e teve como seu pastor o apóstolo João.
4. Seus melhores dias estavam no passado (seu presente e futuro estavam comprometidos)
5. Jesus queria tratar com o “porém” da igreja em Éfeso, Apo 2.4 (como com Naamã. II Rs 5.1,18)
6. Três conselhos do Senhor:
Primeiro: Lembra-te de onde caíste. Apoc 2.5a
Segundo: Arrepende-te. Apoc 2.5b
Terceiro: Volta a prática das primeiras Obras. Apoc 2.5c
Conclusão
Primeiro: Desejar ardentemente a restituição do melhor (Lembra-te de onde caíste, Apoc 2.5ª)
Segundo: Tomar as decisões necessárias para materializar o melhor (arrepende-te, Apoc 2.5b)
Terceiro: A atuação indispensável Daquele que tudo pode. Jó 42.2; Apoc 2.5c.
GRANDES PREGADORES
PEQUENAS NOTAS
(1834-1892)
Em março de 1861 sua Igreja concluiu a construção do Metropolitan Tabernacle, local que
comportava uma média de 5.000 pessoas a cada culto dominical, isto perdurando pelos próximos 31
anos. Pregou em cidades de toda a Inglaterra e noutros países: Escócia, Irlanda, Gales, Holanda e
França. Pregava ao ar livre e nos maiores edifícios, em média oito a doze vezes por semana! Contava
com trezentos intercessores que, todas as vezes que pregava, mantinham-se em súplica.
Spurgeon publicou inúmeros livros. Milhares de sermões seus foram publicados e traduzidos para
diversas línguas. Além de pregar constantemente a grandes auditórios e de escrever tantos livros,
esforçou-se em vários outros ramos de atividades. Inspirado pelo exemplo de Jorge Muller, fundou e
dirigiu o orfanato de Stockwell. Reconhecendo a necessidade de instruir os jovens chamados por
Deus a proclamar o Evangelho, fundou e dirigiu o Colégio dos Pastores e os ensinava como pregar
com excelência, como você pode observar a seguir:
TÍTULO
Não há nenhum título inspirado para este salmo, e não é necessário, pois ele não registra nenhum
evento especial, e não precisa de outra chave além daquela que todo cristão pode encontrar em seu
próprio peito. É a Pastoral Celeste de Davi; uma obra poética excelente, que nenhuma das filhas da
música pode superar. A clarinada da guerra aqui dá lugar ao cachimbo da paz, e aquele que tão
recentemente chorou as mágoas do Pastor em melodia ensaia as alegrias do rebanho.
Sentado sob uma árvore frondosa, com seu rebanho em volta, como o pastorzinho de Bunyan no Vale
da Humilhação, visualizamos Davi cantando essa pastoral incomparável com um coração cheio de
alegria; ou, se o salmo é o produto de seus anos avançados, temos certeza de que sua alma se voltou
em contemplação para os solitários ribeiros de água que ondulavam sussurrantes entre os pastos do
deserto, onde nos primeiros dias ela fazia sua morada.
Esta é a pérola dos salmos, cujo esplendor suave e puro deleita os olhos; uma pérola da qual Helicon
não precisa se envergonhar, embora o Jordão o reivindique. Desse canto delicioso pode-se afirmar
que sua piedade e sua poesia são iguais, sua doçura e sua espiritualidade são incomparáveis.
A posição deste salmo é digna de nota. Segue o salmo 22, que é peculiarmente o Salmo da Cruz. Não
há pastos verdes, não há águas tranqüilas do outro lado do salmo 22. Só depois que lemos “Meu Deus,
meu Deus, porque me desamparaste?” é que chegamos a “O Senhor é meu Pastor”. Precisamos
conhecer por experiência o valor do derramamento de sangue, e vermos a espada acordada contra o
Pastor, antes que possamos verdadeiramente conhecer a doçura do cuidado do bom pastor.
Já se disse que aquilo que o rouxinol é entre os pássaros, esta ode divina é entre os salmos; pois tem
soado docemente nos ouvidos de muitos pranteadores em sua noite de choro, e o tem podido esperar
por uma manhã de alegria. Eu me aventuro a compará-la também à cotovia, que canta enquanto sobe,
e sobe enquanto canta, até que some de vista, e mesmo então não nos deixa sem ouvi-la. Observe as
últimas palavras do salmo – “Habitarei na casa do Senhor para sempre” -; são notas celestiais, mais
adequadas às mansões eternas do que a esses lugares de moradia abaixo das nuvens. Ó, que nós
possamos entrar no espírito do salmo enquanto o lemos, e então viveremos a experiência dos dias do
céu aqui na terra!
VERS. 1. Trabalhe a comparação entre um pastor e suas ovelhas. Ele governa, guia, alimenta e as
protege; e elas o seguem, o obedecem, o amam e confiam nele. Pesquise se somos ovelhas; mostre a
sina dos cabritos que se alimentam ao lado das ovelhas.
VERS. 1 (segunda cláusula). O homem que está além do alcance da penúria para o tempo presente e a
eternidade.
VERS. 2 (primeira cláusula). O descanso de crer.
1. Vem de Deus – “Ele me faz”.
2. É fundo e profundo – “deitar”, repousar.
3. Tem sustento sólido – “em verdes pastagens”.
4. É assunto para louvor constante.
Vers. 2. O elemento contemplativo e o elemento ativo são satisfeitos.
Vers. 2. A frescura e a riqueza das Sagradas Escrituras.
Vers. 2 (segunda cláusula). Em frente. O Guia, o caminho, os confortos da estrada, e o viajante nela.
vers. 3. Restauração graciosa, direção santa e motivos divinos.
Vers. 4 O silêncio macio do trabalho do Espírito.
Vers. 4. A presença de Deus é o único apoio seguro na morte.
Vers. 4. Vida na morte e luz nas trevas.
Vers. 4 (segunda cláusula). A calma e a quietude do fim do homem bom.
Vers. 4 (última cláusula). Os sinais do governo divino – a consolação dos obedientes.
Vers. 5. O guerreiro banqueteado, o sacerdote ungido, o hóspede satisfeito.
Vers. 5 (última cláusula). Os meios e os usos do ungir do Espírito Santo contínuas vezes.
Vers. 5. Providenciais abundâncias, e qual o nosso dever a respeito disso.
Vers. 6 (primeira cláusula). A bem-aventurança do contentamento.
Vers. 6. Na estrada e em casa, ou atendentes celestiais e mansões celestiais.
(1837-1899)
"Ao findar, Moody disse: 'Levantemo-nos para cantar: Oh! vinde vós aflitos! e, enquanto o fazemos, os
porteiros abram todas as portas para que possam sair todos os que quiserem. Depois faremos o culto,
como de costume, para aqueles que desejarem aceitar o Salvador.' Uma das pessoas que assistiu a
esse culto, disse: 'Eu esperava que todos saíssem imediatamente, deixando o prédio vazio. Mas a
grande massa de cinco mil homens se levantou, cantou e assentou-se de novo; nenhum deles deixou
seu assento!'
"Moody, então disse: 'Quero explicar quatro palavras: Recebei, crede, confiai, aceitai.' Um grande
sorriso passou de um a outro em todo aquele mar de rostos. Depois de falar um pouco sobre a
palavra recebei, fez um apelo: 'Quem quer recebê-lo? É somente dizer: Quero.' Cerca de cinqüenta dos
que estavam em pé e encostados às paredes, responderam: 'Quero', mas nenhum dos que estavam
sentados. Um homem exclamou: 'Eu não posso', ao que Moody replicou: 'Falou bem e com razão,
amigo; foi bom ter falado. Escute e depois poderá dizer: Eu posso'. Moody então explicou o sentido da
palavra crer e fez o segundo apelo: 'Quem dirá: Quero crer nele?' De novo alguns dos homens que
estavam em pé responderam, aceitando, mas um dos chefes dirigente dum clube, bradou: 'Eu não
quero!' Moody, vencido pela ternura e compaixão, respondeu com voz quebrantada: 'Todos os
homens que estão aqui esta noite têm de dizer: Eu quero ou Eu não quero'.
"Então, levou todos a considerarem a história do Filho Pródigo, dizendo: 'A batalha é sobre o querer -
só sobre o querer. Quando o Filho Pródigo disse: Levantar-me-ei a luta foi ganha, porque alcançara o
domínio sobre a sua própria vontade.
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É com referência a este ponto que depende tudo hoje. Senhores, tendes aí em vosso meio o vosso
campeão, o amigo que disse: Eu não quero . Desejo que to dos aqui, que acreditam que esse campeão
tem razão levantem-se e sigam o seu exemplo, dizendo: Eu não quero.'
Todos ficaram quietos e houve grande silêncio até que, por fim, Moody interrompeu, dizendo: 'Graças
a Deus! Ninguém diz: Eu não quero. Agora quem dirá: Eu quero? Instantaneamente parece que o
Espírito Santo tomou conta do grande auditório de inimigos de Jesus Cristo, e cerca de quinhentos
homens puseram-se de pé, as lágrimas rolando pelas faces e gritando: 'Eu quero! Eu quero!'
Clamaram até que todo o ambiente se transformou. A batalha foi ganha.
"O culto terminou sem demora, para que se começasse a obra entre aqueles que estavam desejosos
de salvação. Em oito dias, cerca de dois mil foram transferidos das fileiras do inimigo para o exército
do Senhor, pela rendição da vontade. Os anos que se seguiram provaram a firmeza da obra, pois os
clubes nunca se ergueram. Deus, na sua misericórdia e poder, os aniquilou por seu Evangelho."
Um total de quinhentas mil preciosas almas ganhas para Cristo, é o cálculo da colheita que Deus fez
por inter médio de seu humilde servo, Dwight Lyman Moody. R. A. Torrey, que o conheceu
intimamente, considerava-o, com razão, o maior homem do século XIX, isto é, o homem mais usado
por Deus para ganhar almas.
Não é exagero dizer que, hoje em dia, muitas décadas depois de sua morte, os crentes se referem ao
seu nome mais do que a qualquer outro nome depois dos tempos dos apóstolos. Que ninguém julgue,
contudo, que D. L. Moddy era grande em si mesmo ou que tinha oportunidades que os de mais não
têm. Seus antepassados eram apenas lavradores que viveram por sete gerações, ou duzentos anos, no
vale do Connecticut, nos Estados Unidos. Moody nasceu a 5 de fevereiro de 1837, de pais pobres, o
sexto entre nove filhos. Quando era ainda pequeno, seu pai faleceu e os credores tomaram conta do
que ficou, deixando a família destituída de tudo, até da lenha para aquecer a casa em tempo de
intenso frio.
Não há história que comova e inspire tanto quanto a daqueles anos de luta da viúva, mãe de Moody.
Poucos meses depois da morte de seu marido, nasceram-lhe gêmeos e o filho mais velho tinha apenas
doze anos. O conselho de todos os parentes foi que ela entregasse os filhos para outros criarem. Mas
com invencível coragem e santa dedicação a seus filhos, ela conseguiu filhos no próprio lar. Guarda-
se ainda, como tesouro precioso, sua Bíblia com as palavras de Jeremias 49.11 sublinhadas: "Deixa os
teus órfãos, eu os conservarei em vida; e confiem em mim tuas viúvas."
- "Pode-se esperar outra coisa a não ser que os filhos ficassem ligados à mãe e que crescessem para
se tornarem homens e mulheres que conhecessem o mesmo Deus que ela conhecia?" - Assim se
expressou Moody, ao lado do ataúde quando ela faleceu com a idade de noventa anos: -"Se posso
conter-me, quero dizer algumas palavras. É grande honra ser filho de uma mãe como ela. Já viajei
muito, mas nunca encontrei alguém como ela. Ligava a si seus filhos de tal maneira que representava
um grande sacrifício para qualquer deles afastar-se do lar.
Durante o primeiro ano depois que meu pai faleceu, ela adormecia todas as noites chorando.
Contudo, estava sempre alegre e animada na presença dos filhos. As saudades serviam para chegá-la
mais perto de Deus. Muitas vezes eu me acordava e ela estava orando, às vezes, chorando. Não posso
expressar a metade do que desejo dizer. Aquele rosto, como é querido! Durante cinqüenta anos não
senti gozo maior do que o gozo de voltar a casa. Quando estava ainda a setenta e cinco quilômetros
de distância, já me sentia tão inquieto e desejoso de chegar que me levantava do assento para passear
pelo carro até o trem chegar à estação... Se chegava depois de anoitecer, sempre olhava para ver a luz
na janela da minha mãe.
Senti-me tão feliz esta vez por chegar a tempo de ela ainda me reconhecer! Perguntei-lhe: -'Mãe, me
conhece?' Ela respondeu: - 'Ora, se eu te conheço!' Aqui está a sua Bíblia, assim gasta, porque é a
Bíblia do lar; tudo que ela tinha de bom veio deste livro e foi dele que nos ensinou. Se minha mãe foi
uma bênção para o mundo é porque bebia desta fonte. A luz da viúva brilhou do outeiro durante
cinqüenta anos. Que Deus a abençoe, mãe; ainda a amamos! Adeus, por um pouco, mãe!"
Com a idade de dezessete anos, Moody saiu de casa para trabalhar na cidade de Boston, onde achou
emprego na sapataria de um seu tio. Continuou a assistir aos cultos, mas ainda não era salvo. Seu
professor da Escola Dominical, Eduardo Kimball, conta: "Resolvi falar-lhe acerca de Cristo e de sua
alma. Vacilei um pouco em entrar na sapataria, não queria embaraçar o moço durante as horas de
serviço. Por fim, entrei, resolvido a falar sem mais demora. Achei Moody nos fundos da loja,
embrulhando calçados. Aproximei-me logo dele e, colocando a mão sobre seu ombro, fiz o que depois
parecia-me um apelo fraco, um convite para aceitar a Cristo. Não me lembro do que eu disse, nem
mesmo Moody podia lembrar-se alguns anos depois. Simplesmente falei do amor de Cristo para com
ele, e o amor que Cristo esperava dele, de volta. Parecia-me que o moço estava pronto para receber a
luz que o iluminou naquele momento e, lá nos fundos da sapataria, entregou-se a Cristo."
Na história dos crentes, através dos séculos, não há crente que fosse, no zelo, menos remisso e, no
espírito, mais fervoroso em servir ao Senhor, desde a conversão até o dia da morte, do que Moody de
Northfield. Quantas vezes depois, o senhor Kimball dava graças a Deus por não ter sido desobediente
à visão celestial; qual teria sido o resultado se não tivesse falado ao moço naquela manhã na
sapataria?! Era costume das igrejas daquela época, alugarem os assentos.
Moody, logo depois da sua conversão, transbordando de amor para com seu Salvador, pagou aluguel
de um banco, percorrendo as ruas, hotéis e casas de pensão solicitando homens e meninos para
enchê-lo em todos os cultos. Depois alugou mais um, depois outro, até conseguir encher quatro
bancos, todos os Domingos. Mas isso não era suficiente para satisfazer o amor que sentia para com os
perdi dos. Certo domingo visitou uma Escola Dominical em outra rua. Pediu permissão para ensinar
também, uma classe. O dirigente respondeu: "Há doze professores e dezesseis alunos, porém o
senhor pode ensinar todos os alunos que conseguir trazer à escola."
Foi grande a surpresa de todos quando Moody, no domingo seguinte, entrou com dezoito meninos da
rua, sem chapéu, descalços e de roupa suja e esfarrapada, mas, como ele disse: "Todos com uma alma
para ser salva." Continuou a levar cada vez mais alunos à Escola até que, alguns domingos depois, no
prédio não cabiam mais; então resolveu abrir outra escola em outra par te da cidade.
Moody não ensinava, mas arranjava professores, providenciava o pagamento do aluguel e de outras
despesas. Em poucos meses essa Escola veio a ser a maior da cidade de Chicago. Não julgando
conveniente pagar outros para trabalhar no Domingo, Moody cedo, pela manhã, tirava as pipas de
cerveja (outros ocupavam o prédio durante a semana), varria e preparava tudo para o
funcionamento da escola. Depois, então, saía para convidar alunos. Às duas horas, quando voltava de
fazer os convites, achava o prédio repleto de alunos.
Depois de findar a escola, ele visitava os ausentes e convidava todos para ouvirem a pregação, à noite.
No apelo, após o sermão, todos os interessados eram convidados a ficar para um culto especial, no
qual tratavam individual mente com todos. Moody também participava nessa colheita de almas.
Antes de findar o ano, 600 alunos, em média, assistiam à Escola Dominical, divididos em 80 classes. A
seguir a assistência subiu a 10000 e, às vezes, a 1500.
O êxito de Moody na Escola Dominical atraiu a atenção de outros que se interessavam pelo mesmo
trabalho. De vez em quando era convidado a participar nas grandes convenções das Escolas
Dominicais. Certa vez, depois de Moody haver falado numa convenção, um orador censurou-o
severamente por não saber dirigir-se a um auditório. Moody foi para a frente, e depois de explicar
que reconhecia não ser instruído, agradeceu ao ministro por ter mostrado seus defeitos e pediu-lhe
que orasse a Deus para que o ajudasse a fazer o melhor que pudesse.
Ao mesmo tempo que Moody se aplicava à Escola Dominical com tais resultados, esforçava-se,
também, no comércio todos os dias. O grande alvo da sua vida era vir a ser um dos principais
comerciantes do mundo, um multimilionário. Não tinha mais de 23 anos e já tinha ajuntado 7000
dólares! Mas seu Salvador tinha um plano ainda mais nobre para seu servo.
Certo dia, um dos professores da Escola Dominical entrou na sapataria onde Moody negociava.
Informou-o de que estava tuberculoso e que, desenganado pelo médico, resolvera voltar para Nova
Iorque e aguardar a morte. Confessou-se muito perturbado, não porque tinha de morrer, mas porque
até então não conseguira levar ao Salvador nenhuma das moças da sua classe da Escola Dominical.
Moody, profundamente comovido, sugeriu que visitassem juntos as moças em suas casas, uma por
uma. Visitaram uma, o professor falou-lhe seriamente acerca da salvação da sua alma. A moça deixou
seu espírito leviano e começou a chorar, entregando-se ao seu Salvador. Todas as outras moças que
foram visitadas naquele dia fizeram o mesmo.
Passados dez dias, o professor foi novamente à sapataria. Com grande gozo informou a Moody que
todas as moças se haviam entregado a Cristo. Resolveram então convidar todas para um culto de
oração e despedida na véspera da partida do professor para Nova Iorque. Todos se ajoelharam e
Moody, depois de fazer uma oração, estava para se levantar quando uma das moças começou,
também, a orar. Todos oraram suplicando a Deus em favor do professor. Ao sair Moody suplicou: "Ó
Deus, permite-me morrer antes de perder a bênção que recebi hoje aqui!" Moody, mais tarde,
confessou: "Eu não sabia o preço que tinha de pagar, como resultado de haver participado na
evangelização individual das moças. Perdi todo jeito de negociar; não tinha mais interesse no
comércio. Experimentara um outro mundo e não mais queria ganhar dinheiro... Oh! delícia, a de levar
uma alma das trevas deste mundo à gloriosa luz e liberdade do Evangelho!"
Então, não muito depois de casar-se, com a idade de vinte e quatro anos, Moody deixou um bom
emprego com o salário de cinco mil dólares por ano, um salário fabuloso naquele tempo, para
trabalhar todos os dias no serviço de Cristo, sem ter promessa de receber um único cêntimo. Depois
de tomar essa resolução, apressou-se em ir à firma B. F. Jacobs & Cia., onde, muito comovido,
anunciou: - "Já resolvi empregar todo o meu tempo no serviço de Deus!" -"Como vai manter-se?" -
"Ora, Deus me suprirá de tudo, se Ele quiser que eu continue; e continuarei até ser obriga do a
desistir."
É muito interessante notar o que ele escreveu não muito depois, a seu irmão Samuel: "Caro irmão: As
horas mais alegres que já experimentei na terra foram as que passei na obra da Escola Dominical.
Samuel, arranja uma classe de moços perdidos leva-os à Escola Dominical e pede a Deus sabedoria, e
instrui-os no caminho da vida eterna!" Ao mesmo tempo em que Moody descrevia a sua alegria, foi
obrigado a deixar a pensão, a alimentar-se mais simplesmente e a dormir num dos bancos do salão.
Acerca de seu desprendimento pelo dinheiro, R. A. Torrey fez esta observação: "Ele (Moody) disse-
me que, se tivesse aceitado lucros provenientes da venda dos hinários por ele publicados, eles
somariam um milhão de dólares. Porém Moody recusou-se a tocar naquele dinheiro, embora por
direito fosse seu... Numa certa cidade visitada por Moody nos últimos dias de sua vida, estando eu em
sua companhia, foi publicamente anunciado que ele não aceitaria qualquer recompensa por seus
serviços. O fato era que ele quase não tinha outros meios de sustento senão aquilo que recebia nas
suas conferências, todavia ele não comentou o anúncio feito, mas saiu daquela cidade sem receber
um centavo sequer pelo seu árduo trabalho; e, parece-me, que foi ele mesmo quem pagou sua conta
no hotel onde se hospedara."
A parte da biografia de D. L. Moody que trata dos primeiros anos do seu ministério está repleta de
proezas feitas na carne. Mencionamos aqui apenas uma, isto é, o fato de Moody fazer 200 visitas em
um só dia. Ele mesmo mais tarde se referia àqueles anos como uma manifestação do "zelo de Deus,
mas sem entendimento", acrescentando: Há, contudo muito mais esperança para o homem com zelo
e sem entendimento do que para o homem de entendi mento sem zelo."
Rompeu a tremenda Guerra Civil e Moody chegou com os primeiros soldados ao acampamento
militar onde armou uma grande tenda para os cultos. Depois ajuntou dinheiro e levantou um templo
onde dirigiu 1500 cultos durante a guerra. Uma pessoa que o conhecia assim comentou sua ação:
"Moody precisa estar constantemente em todos os lugares, dia e noite, nos domingos e todos os dias
da semana; orando, exortando, tratando com os soldados acerca das suas almas, regozijando-se nas
oportunidades abundantes de trabalhar no grande fruto ao seu alcance por causa da guerra."
Depois de findar a guerra, dirigiu uma campanha para levantar em Chicago um prédio para os cultos,
com capa cidade para três mil pessoas. Quando, mais tarde esse edifício foi destruído por um
incêndio, ele e dois outros iniciaram outra campanha, antes de os escombros haverem esfriado, para
levantar novo edifício. Trata-se do Farwell Hall II, que se tornou um grande centro religioso em
Chicago. O segredo desse êxito foram os cultos de oração que se realizavam diariamente, ao meio-dia,
precedidos por uma hora de oração de Moody, escondido no vão debaixo da escada.
No meio desses grandes esforços, Moody resolveu, inesperadamente, fazer uma visita à
Inglaterra. Em Londres, antes de tudo, foi ouvir Spurgeon pregar no Metropolitan Tabernacle. Já
tinha lido muito do que "o príncipe dos pregadores" escrevera, mas ali pôde verificar que a grande
obra não era de Spurgeon, mas de Deus, e saiu de lá com uma outra visão.
Visitou Jorge Müller e o orfanato em Bristol. Desde aquele tempo a Autobiografia de Müller exerceu
tanta influência sobre ele como já o tinha feito "O Peregrino", de Bunyan. Entretanto, nessa viagem, o
que levou Moody a buscar definitivamente uma experiência mais profunda com Cristo, foram estas
palavras proferidas por um grande ganha dor de almas de Dubim, Henrique Varley: "O mundo ainda
não viu o que Deus fará com, para, e pelo homem inteiramente a Ele entregue."Moody disse consigo
mesmo: "Ele não disse por um grande homem, nem por um sábio, nem por um rico, nem por um
eloqüente, nem por um inteligente, mas simplesmente por um homem. Eu sou um homem, e cabe ao
homem mesmo resolver se deseja ou não consagrar-se assim. Estou resolvido a fazer todo o possível
para ser esse homem." Apesar de tudo isso, Moody, depois de voltar à América, continuava a se
esforçar e a empregar métodos naturais. Foi nessa época que a cidade de Chicago foi reduzida a
cinzas no pavoroso incêndio de 1871.
Na noite do início do pavoroso incêndio, Moody pregou sobre este tema: - "Que farei, então, de Jesus,
chamado Cristo?" Ao concluir seu sermão, ele disse ao auditório, o maior a que pregara em Chicago:
"Quero que leveis esse texto para casa e nele mediteis bem durante a semana e no domingo vindouro
iremos ao Calvário e à cruz e resolveremos o que faremos de Jesus de Nazaré."
- "Como errei!" disse Moody, depois. - "Não me atrevo mais a conceder uma semana de prazo ao
perdido para decidir sobre a salvação. Se eles se perderem serão capazes de se levantar contra mim
no dia do juízo. Lembro-me bem de como Sankey cantou e como sua voz soou quando chegou a
estrofe de apelo: "O Salvador chama para o refúgio. Rompe a tempestade e breve vem a morte."
"Nunca mais vi aquele auditório. Ainda hoje desejo chorar... Prefiro ter a mão direita decepada, a
conceder ao auditório uma semana para decidir o que fará de Jesus. Muitos me censuram dizendo: -
"Moody, o senhor quer que o povo se decida imediatamente. Por que não lhe dá tempo para
consultar?."
"Tenho pedido a Deus muitas vezes que me perdoe por ter dito naquela noite que podiam passar oito
dias para considerar, e se Ele poupar minha vida não o farei de novo."
O grande incêndio rugiu e ameaçou durante quatro dias; consumindo Farwell Hall, o templo de
Moody e a sua própria residência. Os membros da igreja foram todos dispersos. Moody reconheceu
que a mão de Deus o castigara para o ensinar, e isso tornou-se para ele motivo de grande regozijo.
Foi a Nova Iorque, a fim de granjear dinheiro para os flagelados do grande sinistro. Acerca do que se
passou, ele mesmo escreveu: "Não sentia o desejo no coração de solicitar dinheiro. Todo o tempo eu
clamava a Deus pedindo que me enchesse do seu Espírito. Então, certo dia, na cidade de Nova Iorque
- Ah! que dia! Não posso descrevê-lo, nem quero falar no assunto; é experiência quase sagrada
demais para ser mencionada. O apóstolo Paulo teve uma experiência acerca da qual não falou por
catorze anos. Posso apenas dizer que Deus se revelou a mim e tive uma experiência tão grande do seu
amor que tive de rogar-lhe que retirasse de mim sua mão. Voltei a pregar. Os sermões não eram
diferentes; não apresentei outras verdades; contudo, centenas se converteram. Não quero voltar para
viver de novo como vivi outrora nem que eu pudesse possuir o mundo inteiro."
Acerca dessa experiência, um de seus biógrafos acrescentou: "O Moody que andava na rua parecia
outro. Nunca jamais bebera mosto, mas então conhecia a diferença entre o júbilo que Deus dá e o
falso júbilo de Satanás. Enquanto andava, parecia-lhe que um pé dizia a cada passo, 'Glória!' e o outro
respondia, 'Aleluia!'. O pregador rompeu em soluços, balbuciando: 'Ó Deus, constrange-nos andar
perto de ti para todo o sempre.'"
Sobre o mesmo acontecimento, ainda outro escreveu o seguinte: "O fruto da sua pregação tinha sido
pequeno. Angustiado em espírito, ele andava pelas ruas da grande cidade de noite orando: 'Ó Deus
unge-me com teu Espírito!' - Deus ouviu e concedeu-lhe lá mesmo na rua, aquilo por que rogava. Sua
vida anterior era como se experimentasse puxar água dum poço que parecia seco. Fazia funcionar a
bomba com toda a força, mas tirava muito pouca água. Agora Deus fez sua alma como um poço
artesiano onde nunca falta água. Assim chegou a compreender o que significam as palavras: "A água
que eu lhe der, virá a ser nele uma fonte de água que mana para a vida eterna."
O Senhor supriu dinheiro para Moody construir um edifício provisório para realizar os cultos em
Chicago. Era de madeira rústica, forrado de papel grosso para evitar o frio; o teto era sustentado por
fileiras de estacas colocadas no centro. Nesse templo provisório realizaram-se os cultos, durante três
anos, no meio dum deserto de cinzas. A maior parte do trabalho de construção fora feita pelos
membros que moravam em ranchos ou mesmo em lugares escavados por debaixo das calçadas das
ruas. Ao primeiro culto assistiram mais de mil crianças com seus respectivos pais!
Esse templo provisório serviu de morada para Moody e Sankey, seu evangelista-cantor; eram tão
pobres como os outros em redor, mas tão cheios de esperança e gozo que conseguiram levar muitos a
Cristo e se tornarem ricos, apesar de nada possuírem. Onda após onda de avivamento passou sobre o
povo.
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ESBOÇOS DE PREGAÇÃO Pr. Leoberto Negreiros
Os cultos continuavam dia e noite, quase sem cessar, durante alguns meses. Multidões choravam seus
pecados, às vezes dias inteiros e no dia seguinte, perdoados, clamavam e louvavam em gratidão a
Deus. Homens e mulheres até então desanimados participavam do gozo transbordante de Moody,
transformado pelo batismo com o Espírito Santo. Não muito depois de haver construído o templo
permanente (com assentos para 2000 pessoas - e sem endividar-se), Moody fez a sua segunda
viagem à Inglaterra. Nos seus primeiros cultos nesse país, encontrou igrejas frias, com pouca
assistência e o povo sem interesse nas suas mensagens. Mas a unção do Espírito, que Moody recebera
nas ruas de Nova Iorque, ainda permanecia na sua alma e Deus o usou como seu instrumento para
um avivamento mundial.
Não desejava métodos sensacionais, mas usou os mesmos métodos humildes até o fim da vida:
sermão dirigido direto aos ouvintes; aplicação prática da mensagem do Evangelho à necessidade
individual; solos cantados sob a unção do Espírito; apelo para que o perdido se entregasse
imediatamente; uma sala no lado aonde levava os que se achavam em "dificuldades" em aceitar a
Cristo; a obra que depois os salvos faziam entre os "interessados" e recém-convertidos; diariamente
uma hora de oração ao meio-dia, e cultos que duravam dias inteiros.
O próprio Moody disse estas palavras: "Se estamos cheios do Espírito, e de poder, um dia de serviço
com poder vale mais do que um ano de serviço sem esse poder." Outra vez acrescentou: "Se estamos
cheios do Espírito, ungidos, nossas palavras alcançarão os corações do povo."
Durante o verão, pregou em Aberdeen, Montrose, Brechin, Forfar, Huntley, Inverness, Arbroath,
Fairn, Nairn, Elgin, Ferres, Grantown, Keith, Rothesay e Campbel-town; muitos milhares assistiam a
todos os cultos. Na Irlanda, Moody pregou nos maiores centros com os mesmos resultados, como na
Inglaterra e Escócia. Os cultos em Belfast continuaram durante quarenta dias. O último culto foi
reservado para os recém-convertidos, que só podiam ter ingresso por meio de bilhetes, concedidos
gratuitamente. Assistiram 2.300 pessoas. Belfast fora o centro de vários avivamentos, mas todos
concordam em que nunca houvera um avivamento antes desse de resultados tão permanentes.
Haymarket Opera House, 60 cultos, 330.000; Vitória Hall, 45 cultos, 400.000 assistentes. Como é
glorioso acrescentar aqui o seguinte: "As diferenças entre as denominações quase desapareceram.
Pregadores de todas as igrejas cooperavam numa plataforma comum para a salvação dos perdidos.
Abriram-se de novo as bíblias e houve um grande interesse pelo estudo da Palavra de Deus."
Quando Moody saiu dos Estados Unidos em 1873, era conhecido apenas em alguns Estados e tinha
fama, apenas como obreiro de Escola Dominical e da Associação Cristã de Moços. Mas quando voltou
da campanha na Inglaterra em 1875, era conhecido como o mais famoso pregador do mundo.
Contudo continuou o mesmo humilde servo de Deus. Foi assim que uma pessoa que o conhecia
intima mente descreveu sua personalidade: "Creio que era a pessoa mais humilde que jamais
conheci... Ele não fingia humildade. No íntimo do seu coração rebaixava-se a si mesmo e
superestimava os outros. Ele engrandecia outros homens, e, sempre que possível arranjava para que
eles pregassem. Fazia tudo para não aparecer."
Ao chegar novamente aos Estados Unidos, Moody recebeu convites, para pregar, de todas as partes
do País. Sua primeira campanha (em Brooklyn) foi um modelo para todas as outras. As
denominações cooperavam; alugaram um prédio que comportava 3000 pessoas. O resultado foi uma
grande e permanente obra.
Durante um período de vinte anos, ele dirigiu campanhas com grandes resultados nas maiores
cidades dos Estados Unidos, Canadá e México. Em diversos lugares as campanhas duraram até seis
meses. Em todos os lugares Moody proclamava clara e praticamente a mensagem do Evangelho. Nas
suas campanhas havia ocasiões que eram realmente dramáticas. Em Chicago, o Circo Forepaugh, com
uma tenda de lona que tinha assentos para 10.000 pessoas e lugares para outras 10.000 em pé,
anunciou representações para dois domingos. Moody alugou a tenda para os cultos de manhã, os
donos achando muita graça em tal tentativa. Mas no primeiro culto a tenda ficou repleta. Foram tão
poucos os que assistiram às representações do circo à tarde, que os donos resolveram não fazer
sessão no segundo domingo.
Entretanto, o culto realizou-se sob a lona no segundo domingo, o calor era tanto que dava a
impressão de matar a todos, porém 18.000 pessoas ficaram em pé, banhados em suor e esquecidos
do calor. No silêncio que reinava durante a pregação de Moody, o poder desceu e centenas foram
salvos. Acerca de um desses cultos certo assistente deu estas impressões:
"Nunca jamais me esquecerei de certo sermão que Moody pregou. Foi no Circo de Forepaugh durante
a Exposição Mundial. Estavam presentes 17.000 pessoas, de todas as classes e de todas as
qualificações. O texto do sermão foi: Pois o Filho do homem veio buscar e salvar o que se havia
perdido.' Grandiosa era a unção do pregador; parecia que estava em íntimo contacto com todos os
corações daquela massa de gente. Moody disse repetidamente: Pois o Filho do homem veio - veio
hoje ao Circo Forepaugh - para procurar e salvar o que se perdera.' Escrito e impresso, isso parece
um sermão comum, mas as suas palavras, pela santa unção que lhe sobreveio, tornaram-se palavras
de espírito e de vida."
Durante a Exposição Mundial, no dia designado em honra de Chicago, todos os teatros da cidade
fecharam, porque se esperava que todo o mundo fosse à Exposição a seis quilômetros de distância.
Porém Moody alugou o Central Music Hall e R. A. Torrey testificou que a assistência era tão grande,
que ele só conseguiu entrar por uma janela dos fundos do prédio. Os cultos de Moody continuaram
tão concorridos que a Exposição Mundial teve de deixar de funcionar aos domingos, por falta de
assistência. Henrique Moorehouse, pregador escocês, dá a seguinte opinião acerca dos discursos de
Moody:
(1) "Crê firmemente que o Evangelho salva os pecadores, quando eles crêem, e confia na história
simples do Salvador crucificado e ressuscitado.
(2) "Espera a salvação de almas, quando prega, e o resultado é que Deus honra a sua fé.
(3) "Prega como se nunca jamais se realizasse outro culto e como se os pecadores nunca mais
tivessem oportunidade de ouvir o som do Evangelho. Seus apelos a decisão agora mesmo são
comoventes.
(4) "Consegue levar os crentes a trabalhar com os interessados depois do sermão. Insiste em que
perguntem aos que estão assentados ao lado se são salvos ou não. Tudo na sua obra é muito simples
e aconselho os obreiros da seara do Senhor a aprenderem de nosso amado irmão algumas lições
preciosas sobre a obra de ganhar almas."
O doutor Dale disse: "Acerca do poder de Moody, acho difícil falar. É tão real e ao mesmo tempo tão
diferente do poder dos demais pregadores, que não sei descrevê-lo. Sua realidade é inegável. Um
homem que pode cativar o interesse de um auditório de três a seis mil pessoas, por meia hora, de
manhã, por quarenta minutos, de novo, ao meio-dia e de um terceiro auditório, de 13 a 15 mil,
durante quarenta minutos, à noite, deve ter um poder extraordinário."
Acerca desse poder maravilhoso, Torrey testificou: "Várias vezes tenho ouvido diversas pessoas
dizerem que viajaram grandes distâncias para ver e ouvir D. L. Moody, e que ele, de fato, é um
maravilhoso pregador. Sim, ele era em verdade um maravilhoso pregador; considerando tudo, o mais
maravilhoso que eu jamais ouvi; era grande o privilégio de ouvi-lo pregar, como só ele sabia pregar.
Contudo, conhecendo-o intimamente, quero testificar que Moody era maior como intercessor do que
como pregador. Enfrentando obstáculos aparentemente invencíveis, ele sabia vencer todas as
dificuldades. Sabia, e cria no mais profundo de sua alma, que não havia nada demasiadamente difícil
para Deus fazer, e que a oração podia conseguir tudo que Deus pudesse realizar."
Certo dia, na sua grande campanha em Londres, Moody estava pregando num teatro repleto de
pessoas da alta sociedade, e entre elas havia um membro da família real. Moody levantou-se e leu
Lucas 4.27: "E havia muitos leprosos em Israel no tempo do profeta Eliseu..." Ao chegar à palavra
"Eliseu", ele não a podia pronunciar e começou a gaguejar e balbuciar. Começou a ler o versículo de
novo, mas de novo não podia passar adiante. Experimentou a terceira vez e falhou pela terceira vez.
Então fechou o livro e muito comovido olhou para cima, dizendo: "Ó Deus! use esta língua de gago
para proclamar Cristo crucificado a este povo!" Desceu sobre ele o poder de Deus e ele derramou sua
alma em tal torrente de palavras que o auditório inteiro ficou como que derretido pelo fogo divino.
Foi durante essa segunda visita às Ilhas Britânicas que fez a sua obra entre os homens das suas
célebres universidades, Oxford e Cambridge. É uma história muitas vezes repetida de como ele, sem
instrução, mas, com a graça de Deus e diplomacia, venceu a censura e fez entre os intelectuais o que
alguns consideram a maior obra da sua vida.
Apesar de Moody não ter instrução acadêmica, reconhecia o grande valor da educação e sempre
aconselhava a mocidade a se preparar para manejar bem a Palavra de Deus. Reconhecia a grande
vantagem da instrução também para os que pregam no poder do Espírito Santo. Ainda existem três
grandes monumentos às suas convicções nesse ponto - as três escolas que ele fundou: O Instituto
Bíblico em Chicago, com 38 prédios e 16000 alunos matriculados nas aulas diurnas, noturnas e
Cursos por Correspondência; o Northfield Seminário, com 490 alunos, e a Escola do Monte Hermom,
com 500 alunos.
Entretanto, ninguém se engane como alguns desses alunos e como diversos crentes entre nós,
pensando que o grande poder de Moody era mais intelectual do que espiritual. Nesse ponto ele
mesmo falava com ênfase: para maior clareza, citamos o seguinte de seus "Short Talks": "Não
conheço coisa mais importante que a América precise do que de homens e mulheres inflamados com
o fogo do Céu; nunca encontrei um homem (ou uma mulher) inflamado com o Espírito de Deus que
fracassasse. Creio que isso seja mesmo impossível; tais pessoas nunca se sentem desanimadas.
Avançam mais e mais e se animam mais e mais. Amados, se não tendes essa iluminação, resolvei
adquiri-la, e orai: 'Ó Deus ilumina-me com o teu Espírito Santo!'"
No que R. A. Torrey escreveu aparece o espírito dessas escolas que fundou: "Moody costumava
escrever-me antes de iniciar uma nova campanha, dizendo: Pretendo dar início ao trabalho no lugar
tal e em tal dia; peço-lhe que convoque os estudantes para um dia de jejum e oração.' Eu lia essas
cartas aos estudantes e lhes dizia: Moody deseja que tenhamos um dia de jejum e oração para pedir,
primeiramente, as bênçãos divinas sobre nossas próprias almas e nosso trabalho! Muitas vezes
ficávamos ali na sala das aulas até alta noite - ou mesmo até a madrugada - clamando a Deus, porque
Moody nos exortava a esperar até que recebêssemos a bênção. Quantos homens e mulheres não
tenho eu conhecido, cujas vidas e caracteres foram transformados por aquelas noites de oração, e
quantos têm conseguido grandes coisas, em muitas terras, como resultado daquelas horas gastas em
súplicas a Deus!
"Até o dia da minha morte não poderei esquecer-me de 8 de julho de 1894. Era o último dia da
Assembléia dos Estudantes de Northfield... Às 15 horas reunimo-nos em frente à casa da progenitora
de Moody... Havia 456 pessoas em nossa companhia... Depois de andarmos alguns minutos,
Moody achou que podíamos parar. Nós nos sentamos nos troncos de árvores caídas, em pedras, ou
no chão. Moody então franqueou a palavra, dando licença para qual quer estudante expressar-se. Uns
75 deles, um após outro, levantaram-se, dizendo: 'Eu não pude esperar até às 15 horas, mas tenho
estado sozinho com Deus desde o culto de manhã e creio que posso dizer que recebi o batismo com o
Espírito Santo.' Ouvindo o testemunho desses jovens, Moody sugeriu o seguinte: 'Moços, por que não
podemos ajoelhar-nos aqui, agora, e pedir que Deus manifeste em nós o poder do seu Espírito de um
modo especial, como fez aos apóstolos no dia de Pentecoste?' E ali na montanha oramos.
"Na subida, tínhamos notado como se iam acumulando nuvens pesadas; no momento em que
começamos a orar, principiou a chuva a cair sobre os grandes pinheiros e sobre nós. Porém houve
uma outra qualidade de nuvem que há dez dias estava se acumulando sobre a cidade de Northfield -
uma nuvem cheia da misericórdia, da graça e do poder divino, de sorte que naquela hora parecia que
nossas orações bombardeavam essas nuvens, fazendo descer sobre nós, em grande poder, a virtude
do Espírito Santo.
"Homens e mulheres, eis o de que todos nós carecemos - o batismo com o Espírito Santo!"
Que Moody mesmo era um estudante incansável, vê-se no seguinte: "Todos os dias da sua vida, até o
fim, segundo creio, ele se levantava muito cedo de manhã para meditar na Palavra de Deus.
Costumava deixar sua cama às quatro horas da madrugada, mais ou menos, para estudar a Bíblia. Um
dia ele me disse: Para estudar, preciso me levantar antes que as outras pessoas acordem'. Ele se
fechava num quarto afastado do resto da família, sozinho com a sua Bíblia e com o seu Deus.
"Pode-se falar em poder, porém, ai do homem que negligenciar o único Livro dado por Deus, que
serve de instrumento, por meio do qual Ele dá e exerce seu poder. Um homem pode ler inúmeros
livros e assistir a grandes convenções; pode promover reuniões de oração que durem noites inteiras,
suplicando o poder do Espírito Santo, mas se tal homem não permanecer em contato íntimo e
constante com o único Livro, a Bíblia, não lhe será concedido o poder. Se já tem alguma força não
conseguirá mantê-la, se não pelo estudo diário, sério e intenso desse Livro."
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ESBOÇOS DE PREGAÇÃO Pr. Leoberto Negreiros
Tudo no mundo tem de findar; chegou o tempo também para D. L. Moody findar o seu ministério aqui
na terra. Em 16 de novembro de 1899, no meio de sua campanha em Kansas City, com auditórios de
15.000 pessoas, pregou seu último sermão. É provável que soubesse que seria o último: certo é que
seu apelo era ungido com poder vindo do Alto e centenas de almas foram ganhas para Cristo.
Para a nação, a sexta-feira, 22 de dezembro de 1899, foi o dia mais curto do ano, mas para D. L.
Moody, foi o dia que clareou, foi o começo do dia que nunca findará. Às seis horas da manhã dormiu
um ligeiro sono. Então os seus queridos ouviram-no dizer em voz clara: "Se isto é amor te, não há
nenhum vale. Isto é glorioso. Entrei pelas portas e vi as crianças! (dois de seus netos já falecidos). A
terra recua; o céu se abre perante mim. Deus está me chamando!" Então virou-se para a sua esposa, a
quem ele queria mais do que a todas as pessoas, a não ser Cristo, e disse: "Tu tens sido para mim
uma boa esposa."
No singelo culto fúnebre, Torrey, Scofield, Sankey e outros falaram à grande multidão comovida que
assistiu. Depois o ataúde foi levado pelos alunos da Escola Bíblica de Monte Hermom a um lugar alto
que ficava próximo, chamado "Round Top". Três anos depois, a fiel serva de Deus, Ema Moody, sua
esposa, também dormiu em Cristo e foi enterrada ao lado do marido, no mesmo alto, onde
permanecerão até o glorioso dia da ressurreição.
Contemplemos de novo, por um momento, a vida extraordinária desse grande ganhador de almas.
Quando o jovem Moody chorava sob o poder do alto na pregação do jovem Spurgeon, foi inspirado a
exclamar: "Se Deus pode usar Spurgeon, Ele me pode usar também". A biografia de Moody é a
história de como ele vivia completamente submisso a Deus, para esse fim. R. A. Torrey disse: "O
primeiro fator por cujo motivo Moody foi instrumento tão útil nas mãos de Deus é que ele era um
homem inteiramente submisso à vontade divina. Cada grama daquele corpo de 127 quilos pertencia
ao Senhor; tudo que ele era e tudo que tinha pertencia inteiramente a Deus... Se nós, tu e eu, leitor,
queremos ser usados por Deus, temos de nos submeter a Ele absolutamente e sem reservas."
Leitor, resolve agora, com a mesma determinação e pelo auxílio divino: "Se Deus podia usar Dwight
Lyman Moody, Ele me pode usar também!".
Deus usa pessoas comuns para mudar a história de muitas pessoas, mudando a eternidade!!!
Deus não quer que você envie um substituto; Ele quer usar você!!!
Você sabia que Deus pode usar pessoas, mas pode não aprová-las?
Deus pode usar um falso cristão para pregar a Verdade? É claro que tudo pode ser usado por Deus
para os Seus propósitos, mas o fato de algo ser usado não significa que seja bom. Deus usou uma
mula para falar com Balaão, mas não acredito que isto signifique que os cristãos podem parar de falar
da parte de Deus já que Ele poderia usar mulas para isso.
JONATHAN EDWARDS
(1703-1758)
Acima de tudo, para Edwards e para os grandes pregadores contemporâneos (John Wesley e George
Whitefield), o que trazia o mover e o poder de Deus era a pregação inspirada pelo Espírito. Ao ler
algumas das pregações destes homens, talvez não sintamos hoje o mesmo efeito que causavam nos
seus ouvintes quando foram pregadas originalmente. Em parte, isto é porque não estamos
acostumados com o estilo lógico e detalhado que usavam naquela época, quando a pregação mais
parecia um tratado teológico. Segundo um relato, uma das mensagens do pai de Jonathan Edwards
continha nada menos que 66 pontos!
Qual a explicação, então, para a fantástica reação emocional que ocorreu durante a pregação de
Pecadores nas Mãos de um Deus Irado? Na ocasião, havia pessoas gritando e gemendo, sentindo
quase que literalmente as chamas do inferno, caindo no chão, desmaiando, incomodadas e
extremamente angustiadas enquanto não encontrassem paz com Deus. A cena era como se um
furacão tivesse passado no meio de uma floresta. Durante toda a noite seguinte, a convicção de
pecados continuou nos lares, onde pessoas buscavam um verdadeiro encontro com Deus. Era como
se o dia do Senhor já tivesse chegado.
Uma das chaves, sem dúvida, foi a estratégia inspirada que Edwards usou. Para começar, o sermão foi
uma obra-prima de retórica e seqüência lógica, em que todas as saídas naturais para o homem foram
metodicamente destruídas, e a pessoa se via sem qualquer chance de escapar da ira de Deus.
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ESBOÇOS DE PREGAÇÃO Pr. Leoberto Negreiros
Entretanto, mais do que isto, Edwards lançou mão de um estilo que era usado com criminosos
condenados, logo antes da sua execução, em que o ministro enfatizava seu iminente encontro com
Deus e os chamava ao arrependimento. Tais sermões freqüentemente eram publicados e, assim, o
povo sabia identificar o estilo com facilidade.
Numa aplicação ousada e chocante, Edwards se dirigiu à sociedade respeitável de uma congregação
em Enfield com este tipo de sermão. Enfatizando a vida pecaminosa daqueles que se consideravam
membros fiéis da igreja, martelando em seus ouvidos a insegurança de sua posição diante de Deus,
que só não os tinha julgado antes por pura misericórdia, ele os estava comparando, com efeito, a
criminosos condenados.
Mas embora esta fosse uma estratégia poderosa e eficaz, não era em si a explicação mais importante.
Isto fica ainda mais claro quando descobrimos que poucas semanas antes de pregar em Enfield com
aqueles tremendos resultados, Edwards pregou a mesma mensagem em sua própria paróquia em
Northampton. Pelo que sabemos, a única reação que obteve lá foi que o povo o cumprimentou à porta
para dizer-lhe: 'Bela pregação, pastor', antes de ir para casa almoçar.
Assim, na própria análise de Edwards, a palavra pregada é o instrumento essencial que Deus usa para
trazer despertamento; porém, é o Espírito que faz a obra e ele sopra aonde quer. Quando ele visita
um lugar, entretanto, os efeitos são duradouros. As pessoas se tornam humildes, fiéis, santas e
dispostas a orar. As igrejas passam a ser mais intensas na adoração e mais famintas pela Palavra.
De qualquer forma, por mais que a linguagem não nos seja comum e apesar da nossa dificuldade em
nos identificar com a cultura da sua época, vale a pena reler este poderoso sermão, pois contém
verdades que ainda precisamos ouvir, visto que a mesma situação continua nas igrejas hoje. Assim
como lemos as profecias de Jeremias, Ezequiel e outros, podemos ainda ouvir a voz profética de Deus
nestas palavras. Talvez, ao ler estas palavras, você fique aflito pensando: 'Chega de palavras pesadas!
Será que ele não vai mostrar a graça e o perdão?' Mas este, possivelmente, seja nosso problema hoje:
Oferecemos a solução para pessoas que ainda não se convenceram do seu fracasso e condenação.
Conheça agora o sermão Pecadores nas Mãos de um Deus Irado, de Jonathan Edwards, 1741:
Nesse versículo os ímpios e incrédulos israelitas, que eram o povo visível de Deus, e que viviam
debaixo de Sua graça, são ameaçados com a vingança do Senhor. Apesar de todas as obras
maravilhosas que Deus operara em favor desse povo, este permanecia sem juízo e destituído de
entendimento, como está escrito no versículo 28, e mesmo sob todos os cuidados do céu produziram
fruto amargo e venenoso, conforme verificamos nos dois versículos anteriores.
A declaração que escolhi para meu texto, "A seu tempo, quando resvalar o seu pé", parece
subentender as seguintes questões, relativas à punição e destruição que aqueles ímpios israelitas
estavam sujeitos a sofrer:
1. Que eles estavam sempre expostos à destruição , assim como está sujeito a cair todo aquele que se
coloca de pé, ou anda por lugares escorregadios. A maneira como serão destruídos vem aí
representada pelo deslize de seus pés. A mesma citação encontramos no Sl 73.18-19, "Tu certamente
os pões em lugares escorregadios, e os fazes cair na destruição".
2. Faz supor também que estavam sempre sujeitos a uma súbita e inesperada destruição, à
semelhança daquele que anda por lugares escorregadios e a qualquer instante pode cair. O ímpio não
consegue prever se, num momento, ficará de pé, ou se, em seguida, cairá. Quando cai, cai
subitamente, sem aviso, como está escrito, também, no Sl 73.18-19, "Tu certamente os põe em
lugares escorregadios, e os fazes cair na destruição. Como ficam de súbito assolados! Totalmente
aniquilados de terror!"
3. Outra coisa implícita no texto é que os ímpios estão sujeitos a cair por si mesmos, sem serem
derrubados pelas mãos de outrem, pois aquele que se detém ou anda por terrenos escorregadios não
precisa mais do que seu próprio peso para cair por terra.
4. E também a razão pela qual ainda não caíram, e não caem, é por não haver chegado ainda o tempo
determinado pelo Senhor. Pois está escrito que quando este tempo determinado, ou escolhido,
chegar, seu pé irá resvalar. E então serão entregues à queda, para a qual já estão predispostos por
causa do próprio peso. Deus não os susterá mais em lugares escorregadios, mas vai deixá-los
sucumbir. Então, nesse exato momento, cairão em destruição, à semelhança daqueles que transitam
em terrenos escorregadios, à beira de precipícios, e não conseguem se manter de pé sozinhos,caindo
imediatamente e se perdendo ao serem abandonados.
Eu insistira agora num exame maior das seguintes palavras: não há nada, a não ser a boa vontade de
Deus, que impeça os ímpios de caírem no inferno a qualquer momento. Por mera boa vontade de
Deus, me refiro à sua vontade soberana, ao seu livre arbítrio, o qual não é restringido por nenhuma
obrigação, nem tolhido por qualquer tipo de dificuldade. Em última análise, sob qualquer aspecto,
nada, exceto a vontade de Deus, tem poder para preservar os ímpios da destruição por um instante
sequer.
1. Não falta poder a Deus para lançar os ímpios no inferno a qualquer momento. A mão dos homens
não é suficientemente forte quando Deus se levanta. O mais forte deles não tem poder para resistir-
lhe, e ninguém consegue se livrar de suas mãos. Ele não só pode lançar os ímpios no inferno, como
pode fazê-lo com a maior facilidade. Muitas vezes, uma autoridade terrena encontra grande
dificuldade em dominar um rebelde, o qual acha meios de se fortalecer e se tornar mais poderoso
pelo número de seguidores que alicia. Mas com Deus não é assim. Não há força que resista ao seu
poder. Mesmo que as mãos se unam, e que enormes multidões de inimigos do Senhor juntem suas
forças e se associem, serão todos facilmente despedaçados. São como montes de palha seca e leve
diante de um furacão, ou como grande quantidade de restolho perto de chamas devoradoras. Nós
achamos fácil pisar e esmagar uma lagarta que se arrasta pelo chão. Achamos fácil também cortar ou
chamuscar um fio de linha fino que segura alguma coisa. Então, é simples para Deus, quando lhe
apraz, lançar seus inimigos no inferno profundo. Quem somos nós, que imaginamos poder resistir
Àquele ante cuja repreensão a terra treme, e perante quem as pedras tombam?
2. Eles merecem ser lançados no inferno. Assim, a justiça divina não se interpõe no caminho dos
ímpios; nem faz objeção pelo fato de Deus usar seu poder para destruí-los a qualquer momento.
Muito pelo contrário, a justiça fala assim da árvore que produz frutos maus: "... pode cortá-la; para
que está ela ainda ocupando inutilmente a terra?". Lc 13.7. A espada da justiça divina está o tempo
todo erguida sobre suas cabeças, e somente a mão de absoluta misericórdia e a mera vontade de
Deus podem detê-la.
3. Os ímpios já estão debaixo da sentença de condenação ao inferno. Eles não só merecem ser
lançados ali, mas a sentença da lei de Deus, esse preceito de eterna e imutável retidão que o Senhor
estabeleceu entre si mesmo e a humanidade, também se coloca contra eles, e assim os mantém.
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Portanto, tais homens já estão destinados ao inferno. "... o que não crê já está julgado." Jo 3.18. Assim,
todo impenitente pertence, verdadeiramente, ao inferno. Ali é o seu lugar, ele é de lá, como temos em
João 8.23: "vós sois cá debaixo" e para lá é destinado. Este é o lugar que a justiçam, a Palavra de Deus
e a sentença de sua lei imutável reservam para ele.
4. Assim sendo, eles são objetos da ira e da indignação de Deus, que se manifesta através dos
tormentos do inferno. E a razão de não descerem ao inferno agora mesmo não é pelo fato do Senhor,
em cujo poder se encontram, estar menos irado com eles no momento, ou, pelo menos, não tão
encolerizado como está com aquelas miseráveis criaturas a quem ele atormenta no inferno, as quais
experimentam e sofrem ali a fúria de sua indignação. Sim, Deus se acha muito mais furioso com um
grande número de pessoas que está vivendo na terra agora, talvez de modo mais tranqüilo e
confortável, do que com muitos daqueles que estão experimentando as chamas do inferno. Portanto,
a razão porque Deus ainda não abriu a sua mão e os liquidou, não é por ele não se importar com suas
iniqüidades, ou não se ofender. O Senhor não se parece com eles, embora pensem que sim. A fúria de
Deus arde contra eles, sua condenação não demora. O abismo está preparado, o fogo está pronto, a
fornalha incandescente está ardendo, pronta para recebê-los. As chamas vermelhas queimam. A
espada luminosa foi afiada e pesa sobre suas cabeças. O inferno abriu a sua boca debaixo deles.
5. O diabo está pronto a cair sobre os ímpios, para apoderar-se deles como coisa sua, no momento em
que Deus o permitir. Eles lhe pertencem, suas almas encontram-se em seu poder e sob seu domínio.
As Escrituras os apresentam como propriedade de satanás. Lc 11.21. Os demônios os espreitam,
estão sempre ao seu lado, à sua direita, esperando por eles como leões esfaimados e enfurecidos que
vêem a presa, aguardando a hora de agarrá-la, mas são restringidos por enquanto. Se Deus retirasse
sua mão, a qual os refreia, eles cairiam sobre suas pobres almas num instante. A velha serpente está
pronta a dar o bote. O inferno escancara sua boca para recebê-los. E se Deus permitisse, seriam
rapidamente engolidos e consumidos.
6. Nas almas dos pecadores reinam aqueles princípios diabólicos que os faria arder agora mesmo no
inferno, se não fosse a restrição imposta por Deus. Existe na própria natureza carnal do homem uma
potencialidade alicerçando os tormentos do inferno. Há aqueles princípios corruptos que agem de
maneira poderosa sobre eles, que só dominam completamente, e que são sementes do fogo do
inferno. Esses princípios são ativos e poderosos, de natureza extremamente violenta, e se não fosse a
mão restringidora do Senhor sobre eles, seriam logo destruídos.
Iriam arder em chamas da mesma forma que a corrupção e a rebeldia fazem arder os corações das
pessoas condenadas, gerando nelas os mesmos tormentos. As almas dos ímpios são comparadas nas
Escrituras com o mar agitado. Is 57.20. Por enquanto Deus controla as iniqüidades deles pelo seu
imenso poder, como faz com as ondas enfurecidas do mar, dizendo: "virão até aqui, mas não
prosseguirão." Mas se Deus retirasse deles seu poder refreador, seriam todos tragados por elas. O
pecado é a ruína e a miséria da alma. Ele é destrutivo pela própria natureza. E se Deus o deixasse sem
controle, não seria preciso mais nada para tornar as almas humanas absolutamente miseráveis. A
corrupção no coração do homem é algo cheio de fúria incontrolável e sem freio. Enquanto os
pecadores viverem aqui, essa fúria será como fogo reprimido pelas restrições divinas. Ao passo que,
se fosse liberada, incendiaria o curso natural da vida. E como o coração é um poço de pecado, este
mesmo pecado iria imediatamente transformar a alma num forno incandescente ou numa fornalha
de fogo e enxofre, caso não fosse restringido.
7. O fato de não haver sinais visíveis da morte por perto, não quer dizer que haja, por um momento,
sequer segurança para os ímpios. O fato do homem natural ter boa saúde, de não prever que poderia
deixar este mundo num minuto por um acidente, de não haver perigo visível à sua volta, nada disso
lhe ser vê de segurança.
Contínuas e inúmeras experiências humanas, em todas as épocas, nos mostram que não existem
provas de que o homem não esteja à beira da eternidade, ou de que seu próximo passo não venha a
ser no outro mundo. Os caminhos e meios, invisíveis e imprevistos, de chegar lá são incontáveis e
inconcebíveis. Os homens não convertidos caminham por cima das profundezas do inferno, sobre
uma superfície frágil onde existem varias áreas quebradiças, também invisíveis, as quais não
conseguirão agüentar o seu peso. As flechas da morte voam ao meio-dia sem serem vistas. O olhar
mais atento não pode distingui-las.
Deus tem muitas maneiras diferentes e misteriosas de tirar os homens pecadores do mundo e
despachá-los para o inferno. Não há nada que faça crer que o Senhor precise de ajuda de um milagre,
ou que necessite se desviar do curso natural de sua providência para destruir qualquer pecador, a
qualquer momento. Desde que todos os meios para fazer os ímpios deixarem este mundo estão de tal
forma nas mãos de Deus, tão absoluta e universalmente sujeitos ao seu poder e determinação, segue-
se que a ida dos pecadores para o inferno, a qualquer momento, depende simplesmente da vontade
de Deus – quer usando meios ou não.
8. O cuidado e a prudência dos homens naturais em preservar suas vidas, ou o cuidado de terceiros
em preservá-las, não lhes dá segurança por um momento sequer. A providência divina e a
experiência humana testificam isso. Existem evidências claras de que a sabedoria dos homens não
lhes é segurança contra a morte. Se não fosse assim, haveria uma diferença entre a morte prematura
e inesperada de homens sábios e prudentes, e dos demais. Mas, o que realmente acontece? "Como
morre o homem sábio? Assim como um tolo." Ec 2.16.
9. Todo o esforço e artimanha dos ímpios para escaparem do inferno não os livram do mesmo, nem
por um momento, pois continuam a rejeitar a Cristo, e portanto permanecem ímpios. Quase todos os
homens naturais que ouvem falar do inferno alimentam a ilusão de que vão escapar dele. Quanto a
sua própria segurança, confiam em si mesmos. Vangloriam-se do que fizeram, do que estão fazendo e
do que pretendem fazer. Cada um traça seu próprio plano, pensa em evitar a condenação, e se
vangloria e que irá tramar tão bem todas as coisas que seu esquema, com certeza, não falhará. Na
verdade, eles ouvem dizer que poucos se salvam, e que a maior parte dos homens que já morreram
foram para o inverno; mas cada um deles se imagina capaz de planejar melhor a própria fuga, do que
os outros puderam fazer.
Dentro de si mesmos dizem que não pretendem ir para esse lugar de tormento, e que pretendem
tomar todo o cuidado necessário, esquematizando as coisas de tal forma na ao terem possibilidade de
falhar. Mas os insensatos filhos dos homens iludem-se miseravelmente quanto a seus próprios
planos. A confiança que depositam na própria força e sabedoria é o mesmo que confiar na fragilidade
de uma sombra. A maior parte daqueles que antes viveram debaixo da dispensação da graça, e agora
estão mortos, sem dúvida alguma foram para o inferno. E não é por terem sido menos espertos do
que os que ainda estão vivos, nem por terem planejado as coisas de tal forma que não lhes assegurou
o escape.
Se pudéssemos falar com eles, um a um, e perguntar-lhes se, quando vivos, esperavam ser vítimas de
tamanha miséria, sem dúvida ouviríamos todos dizer: "Não, eu nunca pensei em vir para cá. Eu tinha
esquematizado as coisas de maneira bem diferente. Pensei que iria conseguir algo melhor para mim,
que meu plano era adequado. Pensei em me precaver melhor, mas tudo aconteceu de maneira tão
repentina. Não esperava por isso naquela época, e nem daquela maneira. Mas tudo veio como um
ladrão. A morte foi mais esperta que eu. A ira de Deus foi rápida demais para mim. Oh!, maldita
insensatez! Eu me gabava, e me deleitava em sonhos vãos quanto ao que faria no futuro. E justamente
quando eu mais falava de paz e segurança, me sobreveio uma súbita destruição."
10. Deus não se sujeita a nenhuma obrigação, nem a nenhuma promessa de manter o homem natural
fora do inferno por um momento sequer. Ele não fez absolutamente nenhuma promessa de vida
eterna, ou de libertação ou proteção da morte eterna, senão àquelas que estão contidas na aliança da
graça – as promessas concedidas em Cristo, no qual todas as promessas são o sim e o amém. Mas
obviamente os que não são filhos da aliança da graça não têm interesse na mesma, pois não crêem em
nenhuma das suas promessas, e nem têm o menor interesse no Mediador dessa aliança.
Portanto, apesar de tudo que os homens possam imaginar ou pretender sobre promessas de
salvação, devido suas lutas pessoais e buscas incessantes, deixamos claro e manifesto que qualquer
desses esforços ou orações que se façam em relação à religião, será inútil. A não ser que creiam em
Cristo, o Senhor, de modo nenhum Deus está obrigado a conservá-los fora da condenação eterna.
Então, os homens impenitentes estão detidos nas mãos de Deus por cima do abismo do inferno. Eles
merecem o lago de fogo e para ele estão destinados. Deus se acha terrivelmente irritado. Seu furor
para com eles é tão grande quanto para com aqueles que já estão agora sofrendo o suplício da fúria
de sua ira no inferno. Esses ímpios não fizeram absolutamente nada para abrandar ou diminuir sua
cólera, portanto o Senhor não está de modo algum preso a qualquer promessa de livramento, nem
por um momento sequer.
O diabo espera por eles, o inferno já escancarou a sua boca para tragá-los. O fogo latente em seus
corações agrava-se agora querendo explodir. E como continuam sem o menor interesse no Mediador,
não existem meios, ao alcance deles, que lhes possa dar segurança. Em suma, eles não têm refúgio e
nada onde se segurar. O que os retém a cada instante é a absoluta boa vontade divina e a clemência
sem compromisso, sem obrigação, de um Deus enraivecido.
Aplicação
Essa mensagem pode despertar as pessoas não convertidas para o significado do perigo que estão
correndo. Isso que vocês escutaram é o caso de todo aquele que não está em Cristo. Esse mundo de
tormento, isto é, o lago de enxofre incandescente, está aberto debaixo de vossos pés. Ali se encontra o
terrível abismo de chamas que ardem com a fúria de Deus, e o inferno com sua imensa boca
escancarada. E vocês não têm onde se apoiarem, nem coisa alguma onde se segurarem. Não existe
nada entre vocês e o inferno, senão o ar, e só o poder e o favor de Deus podem vos suster.
Provavelmente vocês não têm consciência dessas coisas, acham que vão conseguir se livrar do
inferno, e não vêem nisso tudo a mão de Deus. E olham as coisas ao seu redor, como o bom estado de
vossa saúde física, os cuidados que tomam de vossas vidas, e os meios que usam para vossa própria
preservação. Mas essas coisas não representam nada. Se Deus retirasse sua mal, elas de nada
valeriam para impedir-vos a queda; elas valem tanto como a brisa tênue que tenta sustentar uma
pessoa no ar.
Vossas iniqüidades vos fazem pesados como chumbo, pendentes para baixo, pressionados em direção
ao inferno pelo próprio peso, e se Deus permitisse que caíssem vocês afundariam imediatamente,
desceriam com a maior rapidez, e mergulhariam nesse abismo sem fundo. Vossa saúde, vossos
cuidados e prudência, vossos melhores planos, toda a vossa retidão, de nada valeriam para sustentar-
vos e conservar-vos fora do inferno. Seria como tentar segurar uma avalancha de pedras com uma
teia de aranha. Se não fosse a misericórdia de Deus, a terra não suportaria vocês por um só momento,
pois são uma carga para ela. A natureza geme por causa de vocês. A criação foi obrigada a se sujeitar
à escravidão, involuntariamente, por causa da vossa corrupção. Não é com prazer que o sol brilha
sobre vocês, para que sua luz vos alumie para pecarem e servirem a satanás. A terra não produz de
bom grado os seus frutos para satisfazer vossa luxuria.
Nem está disposta a servir de palco à exibição de vossas iniqüidades. Não é voluntariamente que o ar
alimenta vossos corpos, mantendo viva a chama dos vossos corpos, enquanto vocês gastam a vida
servindo os inimigos de Deus.
As coisas criadas por Deus são boas e foram feitas para o homem, por meio delas, servisse ao Senhor.
Não é com prazer que prestam serviço a outros propósitos, e gemem quando são ultrajadas ao
servirem objetivos tão contrários à sua finalidade e natureza. E a própria terra vomitaria vocês se
não fosse a mão soberana d'Aquele a quem vocês tanto tem ofendido. Eis aí as nuvens negras da ira
de Deus pairando agora sobre vossas cabeças carregadas por uma tempestade ameaçadora, cheia de
trovões. Não fosse a mão restringidora do Senhor, elas arrebentariam imediatamente sobre vocês. A
misericórdia soberana de Deus, por enquanto, refreia esse vento impetuoso, do contrário ele
sobreviria com fúria, vossa destruição ocorreria repentinamente, e vocês seriam como palha
dispersada pelo vento.
A ira de Deus é como grandes águas represadas que crescem mais e mais, aumentam de volume, até
que encontram uma saída. Quanto mais tempo a correnteza for reprimida, mais rápido e forte será o
seu fluxo ao ser liberada. É verdade que até agora ainda não houve um julgamento por vossas obras
más. A enchente da vingança de Deus encontra-se represada. Mas, por outro lado, vossa culpa cresce
dava dez mais, e dia a dia vocês acumulam mais e mais ira contra si mesmos. As águas estão subindo
continuamente, fazendo sua força aumentar mais e mais. Nada, a não ser a misericórdia de Deus,
detém as águas, as quais não querem continuar represadas e forçam uma saída.
Se Deus retirasse sua mão das comportas, elas se abririam imediatamente e o mar impetuoso da fúria
e da ira de Deus iria se precipitar com furor inconcebível, e cairia sobre vocês com poder onipotente.
E mesmo que vossa força fosse dez mil vezes maior do que é, sim, dez mil vezes maior do que a força
do mais forte e vigoroso diabo do inferno, não valeria nada para resistir ou deter a ira divina.
O arco da ira de Deus já está preparado, e a flecha ajustada ao seu cordel. A justiça aponta a flecha
para vosso coração, e estica o arco. E nada, senão a misericórdia de Deus – um Deus irado! – que não
se compromete e a nada se obriga, impede que a flecha se embeba agora mesmo do vosso sangue.
Assim estão todos vocês que nunca experimentaram uma transformação real em vossos corações
pela ação poderosa do Espírito do Senhor em vossas almas – todos vocês que não nasceram de novo,
nem foram feitos novas criaturas, ressurgindo da morte do pecado para um estado de luz, e para uma
vida nova nunca experimentada antes. Por mais que vocês tenham modificado a conduta em muitas
coisas, e tenham possuído simpatias religiosas, e até mantido uma forma pessoal de religião com
vossas famílias e em particular, indo à casa do Senhor, sendo até severos quanto a isso, mesmo assim
vocês estão nas mãos de um Deus irado. Somente sua misericórdia vos livra de ser, agora, neste
momento, tragados pela destruição eterna.
Por menos convencidos que vocês estejam agora quanto às verdades ouvidas, no porvir serão
plenamente convencidos. Aqueles eu já se foram, e que estavam na mesma situação que a vossa,
percebem que foi exatamente isso que lhes aconteceu, pois a destruição caiu de repente sobre muitos
deles, quando menos esperavam, e quando mais afirmavam vier em paz e segurança. Agora eles vêem
que aquelas coisas nas quais puseram sua confiança para obter paz e segurança eram nada mais que
uma brisa ligeira e sombras vazias.
O Deus que vos mantém acima do abismo do inferno vos abomina; ele está terrivelmente irritado e
seu furor contra vocês queima como fogo. Ele vê vocês como apenas dignos de serem lançados no
fogo. E seus olhos são tão puros que não podem tolerar tal visão. Vocês são dez mil vezes mais
abomináveis a seus olhos do que é a mais odiosa das serpentes venenosas para olhos humanos. Vocês
o têm ofendido infinitamente mais do que qualquer rebelde obstinado ofenderia a um governante.
No entanto, nada, a não ser a sua mão, pode impedir-vos de cair no fogo a qualquer momento. O fato
de vocês não terem ido para o inferno a noite passada e de terem tido permissão para acordar ainda
aqui neste mundo, depois de terem fechado os olhos ontem para dormir, atribui-se ao mesmo favor.
Não existe outra razão porque vocês não foram lançados no inferno ao se levantarem pela manhã, a
não ser o fato da mão de Deus ter-vos sustentado. E não existe outra razão porque vocês não caiam
no inferno neste exato momento.
Oh!, pecador, pense no perigo terrível que se encontra! É sobre uma grande fornalha de furor, sobre
um abismo imenso e sem fim, cheio do fogo da ira, que você está pendurado, seguro pela mão de
Deus, cujo furor acha-se tão inflamado contra você, como contra muitas pessoas já condenadas no
inferno. Você está suspenso por uma linha tênue, com as chamas da cólera divina lampejando à tua
volta, prontas para atearem fogo e queimar-te por inteiro. E você continua sem interesse no
Mediador, sem nada onde se agarrar para poder se salvar, nada que possa afastar as chamas da
cólera divina, nada de teu próprio, nada que tenha feito ou possa vir a fazer, para persuadir o Senhor
a poupar tua vida por um minuto sequer. Considere, então, mais detidamente, vários aspectos dessa
cólera que te ameaça com tão grande perigo.
1. A quem pertence essa ira? É a ira do Deus infinito. Se fosse somente a ira humana, mesmo a do
governante mais poderoso, comparativamente seria considerada como coisa pequena. A ira dos reis é
bastante temida, principalmente dos monarcas absolutos, que possuem os bens e as vidas de seus
súditos inteiramente sob o seu poder, para serem usados quando bem entenderem. "Como o bramido
do leão é o terror do rei; o que lhe provoca a ira peca contra a sua própria vida." (Pv 20.2). O súdito
que enfurece este tipo de governante arbitrário, sofre os maiores tormentos que se possa conceber,
ou que o poder humano possa infligir.
Porém, os maiores principados da terra, em toda a sua grandeza, majestade e poder, mesmo
revestidos de seus grandes terrores, não são mais do que vermes débeis e desprezíveis que rastejam
no pó, quando comparados com o grande e todo-poderoso criador e rei dos céus e da terra. Mesmo
quando estão enraivecidos e sua fúria chega ao máximo, é muito pouco o que podem fazer. Os reis da
terra são, perante Deus, como gafanhotos. Valem menos que nada. Tanto o seu amor quanto o seu
ódio são desprezíveis. A ira do grande Rei dos reis é muito mais terrível do que a deles, tal como é
maior a sua majestade. "Digo-vos, pois, amigos meus: não temais os que matam o corpo e, depois
disso, nada mais podem fazer. Eu, porém, vos mostrarei a quem deveis temer: temei aquele que
depois de matar, tem poder para lançar no inferno. Sim, digo-vos, a esse deveis temer". Lc 12.4-5.
2. É à ferocidade de sua ira que vocês estão expostos. Lemos, com freqüência, sobre a ira de Deus,
como por exemplo em Is 58.18. "Segundo as obras deles, assim retribuirá; furor aos seus
adversários." E também em Is 66.15 "Porque, eis que o Senhor virá em fogo, e os seus carros como
um torvelinho, para tornar a sua ira em furor, e a sua repreensão em chamas de fogo." E assim é em
muitos outros lugares da Bíblia. Lemos também em Apoc 19.15: "... o lagar do vinho do furor da ira do
Deus todo-poderoso." Essas palavras são incrivelmente aterradoras. Se estivesse escrito apenas a "ira
de Deus", isso já nos faria supor algo bastante temível. Mas está escrito "o furor da ira de Deus", ou
seja, a fúria de Deus, o furor de Jeová! Oh!, quão terrível deve ser esse furor! Quem pode exprimir ou
conceber o que essas palavras contêm? Mas não é apenas isso que está escrito, e sim "o furor da ira
do Deus Todo-Poderoso." Essas palavras dão a entender que uma grande manifestação de seu poder
onipotente vai acontecer. Através dela ele infligirá aos homens todo o furor de sua ira. Assim como os
homens costumam manifestar sua própria força através do furor de sua ira, a onipotência divina irá,
da mesma forma, se enfurecer e se manifestar. Então, qual será a conseqüência de tudo isso? O que
será do pobre verme que vier a sofrer todo este mal? Que mão serão tão fortes, e que coração
conseguirá suportar tanto furor? A que terrível, inexprimível, inconcebível abismo de miséria irá
chegar a pobre criatura humana que será vítima disso tudo!
Pensem bem, vocês que estão aqui agora, e que permanecem em estado pecaminoso. O fato de Deus
vir a efetivar o furor da sua ira, torna implícito que ele infligirá esse castigo sem compaixão. Quando
Deus olhar a indescritível aflição do vosso estado, e vir como vossos tormentos são absolutamente
desproporcionais à vossa força, e como vossas pobres almas estão esmagadas, imersas em trevas
eternas, não terá compaixão de vocês, não ira deter a execução de sua ira, ou, de forma alguma,
tornar mais leve sua mão. Nessa hora Deus não usará de misericórdia para com vocês, nem conterá
seu vento impetuoso. Ele não terá consideração para com o vosso bem estar, e nem irá evitar que
vocês sofram. Na verdade, fará com que sofram na medida exata que sua rigorosa justiça vier a
requerer.
Nada será modificado só pelo fato de ser difícil para vocês suportarem. "Pelo que também eu os
tratarei com furor; os meus olhos não pouparão, nem terei piedade. Ainda que me gritem aos ouvidos
em alta voz, nem assim os ouvirei." Ez 8.18. Deus está pronto, agora, a usar de compaixão com vocês.
Hoje é o dia da misericórdia. Vocês podem clamar neste instante, e ter esperanças de alcançar sua
graça. Mas quando o dia da misericórdia passar, vosso lamento, o pranto mais doloroso, os gritos,
serão em vão. No que diz respeito ao vosso bem estar, vocês estarão completamente perdidos e
alienados de Deus. O Senhor não terá outra opção senão a de entregar-vos ao sofrimento e à miséria.
E vocês continuarão não tendo outra perspectiva, pois serão vasos de ira, preparados para a
destruição. Não haverá outro uso qualquer para tais vasos, senão o de enchê-los da ira de Deus.
Quando clamarem ao Senhor, ele estará tão longe de consolar-vos que, inclusive, está escrito a este
respeito que Deus irá, simplesmente, 'rir e zombar' de vocês. Pv 1.25-26.
Vejam quão terríveis são estas palavras do grande Senhor: "O lagar eu o pisei sozinho, e dos povos
nenhum homem se achava comigo; pisei as uvas na minha ira; no meu furor as esmaguei, e o seu
sangue me salpicou as vestes e me manchou o traje todo." Is 63.3. É quase impossível se conceber
palavras que tragam em si uma manifestação maior destas três coisas: desprezo, ódio e fúria de
indignação. Se clamarem a Deus por consolo, ele estará longe de querer vir consolar-vos, ou de
querer demonstrar-vos interesse ou favor. Ao contrario, o Senhor simplesmente irá esmagar-vos sob
seus pés. E apesar de saber que, ao pisotear-vos, vocês não poderão suportar o peso de sua
onipotência, ainda assim ele não vai se importar, e irá esmagar-vos debaixo de seus pés, sem piedade,
espremendo o vosso sangue e fazendo com que o mesmo espirre longe, manchando suas vestes,
maculando seu traje. Ele não só irá odiar-vos, como devotará a vós o maior desprezo. Lugar algum
será considerado próprio para vocês, a não ser debaixo de seus pés, para serem pisados como a lama
das ruas.
3. A miséria a que vocês estão sujeitos é aquela que Deus vos infligirá, a fim de demonstrar a força da
ira do Senhor, Deus tem em seu coração a intenção de mostrar aos anjos e aos homens, não só a
excelência do seu amor, como a severidade de seu furor. Às vezes os governantes da terra resolvem
mostrar a força de sua ira através de castigos extremos que mandam infligir sobre aqueles que os
enfurecem. Nabucodonosor, o poderoso e arrogante rei do império dos caldeus, demonstrou seu
furor quando, ao se irritar com Sadraque, Mesaque e Abdenego, ordenou que se acendesse a fornalha
de fogo ardente sete vezes mais do que o normal. Como era de se esperar, a fornalha foi aquecida
intensamente, até atingir o mais alto grau que poderia produzir.
O grande Deus também quer revelar a sua ira, e exaltar sua tremenda majestade e grandioso poder
através dos sofrimentos desmedidos de seus amigos. "Que diremos, pois, se Deus querendo mostrar a
sua ira, e dar a conhecer o seu poder, suportou com muita longanimidade os vasos da ira, preparados
para a perdição." Romanos 9.22. E visto que esse é o seu desígnio e o que ele determinou, ou seja,
mostrar quão terrível e ilimitada é a ira, a fúria e a indignação do Senhor, ele o mostrará realmente.
Será realizado algo horrendo, muito terrível.
Quando o grande e furioso Deus tiver se levantado e executado sua terrível vingança sobre o mísero
pecador, e o desgraçado estiver sofrendo o peso e o poder infinito de sua indignação, então Deus
chamará o universo inteiro para contemplar a imensa majestade e o tremendo poder que nele existe.
"Os povos serão queimados como se queima a cal, como espinhos cortados arderão no fogo." "Ouvi
vós os que estais longe, o que tenho feito; e vós, que estais perto, reconhecei o meu poder.
Os pecadores em Sião se assombram, o tremor se apodera dos ímpios; e eles perguntam: quem
dentre nós habitará com o fogo devorador? Quem dentre nós habitará com chamas eternas?" Isaías
33.12-14.
Assim será com vocês que não são convertidos, se permanecerem neste estado. O poder infinito, a
majestade e a grandiosidade do Deus onipotente serão exaltados em vocês através da inexprimível
força dos tormentos que vos sobrevirão. Vocês serão atormentados na presença dos santos anjos e na
presença do Cordeiro. E quando estiverem nesse estado de sofrimento, os gloriosos habitantes do céu
sairão para contemplar esse espetáculo horrendo, e verão como é a fúria do Todo-poderoso.
E quando virem todas essas coisas, se prostrarão e adorarão seu grande poder e majestade. "E será
que de uma lua nova à outra, e de um sábado a outro, virá toda a carne a adorar perante mim, diz o
Senhor. Eles sairão, e verão os cadáveres dos homens que prevaricaram contra mim; porque o seu
verme nunca morrerá, nem o seu fogo se apagará; e eles serão um horror para toda a carne." (Isaías
66.23-24).
4. É uma ira eterna. Já seria algo terrível sobre o furor e a cólera do Deus Todo-poderoso por um
momento. Mas vocês terão de sofrê-la por toda a eternidade. Essa intensa e horrenda miséria não
terá fim. Ao olhar para o futuro, vocês verão à frente uma interminável eternidade, de duração
infinita, que irá devorar vossos pensamentos e assombrar vossas almas. E vocês irão se desesperar,
com certeza, por não conseguirem nenhum livramento, termo, alívio ou descanso para tanta dor.
Saberão também, que terão de sofrer até à última gota por longos séculos, por milhões e milhões de
anos, lutando e pelejando contra essa vingança inclemente e todo-poderosa. Então, depois de passar
por tudo isso, quando tantos séculos vos tiverem consumido, saberão que tudo não passa apenas de
uma gota d'água quando comparado ao que ainda resta. Portanto, vosso castigo será, com certeza,
infinito. Oh!, quem poderia exprimir o estado de uma alma em tais circunstâncias? Tudo o que
pudermos dizer sobre o assunto, vai nos dar, apenas, uma débil e frágil visão da realidade. Ela é
inexprimível, inconcebível, pois "Quem conhece o poder da ira de Deus?"
Que horrendo é o estado daqueles que diariamente, a cada hora, se encontram em perigo de sofrer
tamanha ira e infinita miséria! Mas esse é o caso sinistro de toda alma que ainda não nasceu de novo,
por mais moral, austera, sóbria e religiosa que seja. Queira Deus vocês pensassem em todas essas
coisas, sejam jovens ou velhos. Há razões de sobra para acreditar que muitos daqueles que ouviram o
evangelho certamente estarão expostos a esse tormento por toda a eternidade. Não sabemos quem
são eles, nem o que pensam. Pode ser que estejam tranqüilos agora, escutando esta mensagem sem
se perturbarem muito, e que estejam até se gabando de que, no caso deles, conseguirão escapar. Se
soubéssemos que dentre os nossos conhecidos existe uma pessoa, uma só, sujeita a sofrer tal
tormento como seria doloroso para nós encarar o assunto. Se conhecêssemos essa pessoa, sempre
que a víssemos uma tal visão seria terrível para nós.
Iríamos todos levantar grande choro, e prantear por sua causa. Mas, infelizmente, em vez de uma
pessoa só, é provável que muitos se lembrem destas exortações somente no inferno! E inúmeras
pessoas podem estar no inferno em breve tempo, antes mesmo do ano terminar. E aqueles que estão
agora com saúde, tranqüilos e seguros, podem chegar lá antes do amanhecer.
Todos os que dentre vocês continuarem até o fim em estado natural pecaminoso, e que conseguirem
ficar fora do inferno por mais tempo, estarão lá também em breve. Sua condenação não tardará; virá
de súbito, e provavelmente para muitos de vocês, de maneira repentina.
Vocês têm toda razão em se admirarem de não estar ainda no inferno. É ocaso, por exemplo, de
alguns conhecidos seus, que não mereciam o inferno mais do que vocês e que antes aparentavam ter
possibilidade de estarem vivos agora tanto quanto vocês. Para o caso deles já não há esperança. Estão
clamando lá em extrema penúria e perfeito desespero. Mas aqui estão vocês, na terra dos vivos,
cercados pelos meios de graça, tendo a grande oportunidade de obter a salvação. O que não dariam
aquelas pobres almas condenadas, desesperadas, pela oportunidade de viver mais um só dia, como
que vocês desfrutam neste momento!
E agora vocês têm uma excelente ocasião. Hoje é o dia em que Cristo abre as portas da misericórdia
de par em par, e se coloca de pé clamando e chamando em alta voz aos pobres pecadores.
Este é o dia em que muitos estão se reunindo a ele, se apressando em chegar ao reino de Deus.
Inúmeros estão vindo diariamente do norte, sul, leste e oeste. Muitos que estavam até bem pouco
tempo nas mesmas condições miseráveis que vocês estão felizes agora, com os corações cheios de
amor por Aquele que os amou primeiro, e os lavou de seus pecados com seu próprio sangue,
regozijando-se na esperança de ver a glória de Deus.
Como é terrível ser deixado para trás num dia assim! Ver os outros se banqueteando, enquanto vocês
estão penando e se definhando! Ver os outros se regozijando e cantando com alegria no coração,
enquanto vocês só têm motivos para prantear por causa do sofrimento de seus corações, e de
lamentar por causa das aflições e vossas almas! Como podem vocês descansar por um momento
sequer em tal estado de alma? Será que vossas almas não são tão preciosas como as almas daqueles
que, dia a dia, estão se juntando ao rebanho de Cristo?
Não existem, porventura, muitos que, apesar de estarem há longo tempo neste mundo, até hoje não
nasceram de novo, e por isso são estranhos à comunidade de Israel, e nada têm feito durante a vida, a
não ser acumular ira sobre ira para o dia do castigo? Oh! senhores, o caso de vocês é, sem dúvida,
extremamente perigoso. A dureza de vossos corações e a vossa culpa são imensas.
Acaso vocês não vêem como geralmente pessoas de vossa idade são deixadas para trás na
dispensação da misericórdia de Deus? Vocês precisam refletir e despertar de vosso sono, pois jamais
poderão suportar a fúria e a ira do Deus infinito. E vocês que são rapazes e moças, irão negligenciar
este tempo precioso que desfrutam agora, quando tantos outros jovens de vossa idade estão
renunciando às futilidades da juventude e acorrendo céleres a Cristo?
Vocês têm neste momento uma oportunidade, mas se a desprezarem, sucederá o mesmo que agora
está acontecendo com todos aqueles que gastaram em pecado os dias mais preciosos de sua
mocidade, chegando a uma terrível situação de cegueira e insensibilidade.
E vocês crianças, que não se converteram ainda, não sabem que estão indo para o inferno onde
sofrerão a horrenda ira daquele Deus que agora está encolerizado contra vocês dia e noite? Será que
vocês ficarão felizes em ser filhos do diabo, quando tantas outras já se converteram e se tornaram
filhos santos e alegres do Rei dos reis?
Queira Deus todos aqueles que ainda estão fora de Cristo, pendentes sobre o abismo do inferno, quer
sejam senhoras e senhores idosos, ou pessoas de meia idade, quer jovens ou crianças, que possam
dar ouvidos agora aos chamados da Palavra e da providência de Deus.
Este ano aceitável do Senhor que é um dia de grandes misericórdias para alguns, sem dúvida será um
dia de extremo castigo para outros. Quando negligenciam suas almas os corações dos homens se
endurece, e a sua culpa aumenta rapidamente. Podem estar certos, porém, que agora será como foi
nos dias de João Batista. O machado está posto à raiz das árvores; e toda árvore que não produz fruto,
deve ser cortada e lançada no fogo.
Portanto, todo aquele que está fora de Cristo, desperte e fuja da ira vindoura. A ira do Deus Todo-
poderoso paira agora sobre todos os pecadores. Que cada um fuja de Sodoma: "Livra-te, salva a tua
vida; não olhes para trás, nem pares em toda a campina; foge para o monte, para que não pereças ."
“E assim, conhecendo o temor do Senhor, persuadimos aos homens”. “De sorte que somos
embaixadores em nome de Cristo, como se Deus exortasse por nosso intermédio. Em nome de Cristo,
pois, rogamos que vos reconcilieis com Deus”. II Coríntios 5.11-20; 6.2. “Buscai o Senhor enquanto se
pode achar, invocai-o enquanto está perto. Deixe o perverso o seu caminho, o iníquo os seus
pensamentos; converta-se ao Senhor, que se compadecerá dele, e volte-se para o nosso Deus, porque
é rico em perdoar”. Isaías 55.6-7. Amém.
Alguns homens e mulheres têm um dom especial: decifrar a Bíblia para falar do amor de Deus. São
pregadores da última hora, que atendem ao “Ide” de Jesus Cristo, chacoalhando nossas almas com
mensagens poderosas que abalam o inferno. “Tive o privilégio de assistir a pelo menos uma
ministração desses pregadores, que tiveram grande ascendência sobre minha vida e meu ministério,
mesmo que nem sequer o soubessem”.
O que têm de especial esses homens e mulheres que, com suas mensagens, fazem almas se
entregarem ao Salvador, outras são batizadas com o Espírito Santo e curadas? Intimidade com Deus.
É assim que esses pregadores conseguem a unção de poder em suas palavras, mesmo que paguem
um alto preço por ela. As lembranças remontam à adolescência, como quando ouvi o pastor Bernhard
Johnson numa cruzada: “Com uma mensagem simples e cristocêntrica, prendia a atenção dos
ouvintes, levando a uma explosão de milagres”.
Príncipes de Deus, escolhidos entre toda a humanidade para semear a Palavra e estremecer a terra.
“Não receberam medalhas nem coroas em sua caminhada terrena, mas garantiram, por meio de suas
obras, um tesouro na Eternidade”.
Agradecimentos
Agradeço primeiramente ao meu Deus pelo privilegio de preparar este simples sermonario
com Esboços de Pregação. Quero deixar meu tributo de gratidão a minha família
(dádiva de Deus para a minha vida e ministério). A Ana, Esposa compreensível e
guerreira. A Gisele, amiga, companheira e colaboradora. A Priscila, sempre abençoando
a nossa vida e ministério.
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