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GENEALOGIA TROPEIRA

PARANÁ.
SÉCULOS XVII, XVIII E XIX.

VOLUME I

COLETÂNEA DE MATERIAL
HISTÓRICO E GENEALÓGICO

ORGANIZADO POR CLÁUDIO NUNES


PEREIRA

2008
Agradecimentos:

A Roselys Roderjan, José Carlos Veiga Lopes, Moacyr Domingues, Manuel Duarte,
Antônio Ribeiro do Nascimento, Paulo Xavier e João Borges Fortes, pioneiros no estudo do
povoamento do Sul do país.
PAULISTAS PRECURSORES DE PORTO ALEGRE ................................................................................ 4
POVOADORES GAÚCHOS DO SÉCULO XVII ....................................................................................... 6
POVOADORES GAÚCHOS DO SÉCULO XVIII ...................................................................................... 8
PAULISTAS PRECURSORES DE RIO PARDO ...................................................................................... 11
REFORÇOS PAULISTAS PARA O RIO GRANDE DO SUL .................................................................. 14
POVOADORES DE CURITIBA ................................................................................................................ 15
BANDEIRANTES NA GENEALOGIA CURITIBANA I ......................................................................... 26
SESMARIAS DO PARANÁ ENTRE 1721 E 1821 ................................................................................... 29
CASAS DE FUNDIÇÃO-MINEIRAÇÃO .................................................................................................. 48
As Primeiras Minas de Paranaguá (1646) .................................................................................................... 50
As Minas do Planalto Paranaense ................................................................................................................ 51
POVOADORES E SESMEIROS DE PARANAGUÁ E CAMPOS DE CURITIBA ................................. 54
MANOEL DE LEMOS CONDE ................................................................................................................. 55
GASPAR TEIXEIRA DE AZEVEDO ........................................................................................................ 56
DOMINGOS CARDOSO DE LIMA .......................................................................................................... 56
MATEUS MARTINS LEME ...................................................................................................................... 58
JOÃO RODRIGUES SEIXAS .................................................................................................................... 58
MANOEL GONÇALVES DE AGUIAR .................................................................................................... 59
POVOADORES DO TAMANDUÁ- CAMPOS GERAIS ......................................................................... 60
CAMPOS GERAIS ...................................................................................................................................... 61
PIONEIROS DOS CAMPOS DA LAPA .................................................................................................... 62
POVOADORES DOS CAMPOS GERAIS ................................................................................................. 83
JOÃO PEREIRA BRAGA ........................................................................................................................... 83
JÁCOMO RODRIGUES ............................................................................................................................. 95
ANTONIO DE QUADROS BICUDO ...................................................................................................... 126
INÁCIO DE SÁ ARRUDA ....................................................................................................................... 133
FAZENDA DA CINZA ............................................................................................................................. 134
MANOEL JOSÉ DE ARAÚJO ................................................................................................................. 145
JOSÉ CAETANO DE OLIVEIRA ............................................................................................................ 145
ANTÔNIO DA ROCHA LOURES ........................................................................................................... 146
INÁCIO TAQUES DE ALMEIDA ........................................................................................................... 147
FRANCISCO ANTÔNIO DE ARAÚJO ................................................................................................... 150
JOSÉ FERREIRA BUENO ....................................................................................................................... 151
ANTÔNIO LOPES DE TOLEDO ............................................................................................................. 152
ANTÔNIO BICUDO CAMACHO ........................................................................................................... 153
CAPITÃO MIGUEL RODRIGUES RIBAS ............................................................................................. 155
LUÍS DE GÓIS .......................................................................................................................................... 159
MIGUEL FERNANDES DE SIQUEIRA ................................................................................................. 161
JOÃO ANTUNES MACIEL ..................................................................................................................... 164
ANTÔNIO ALVES MARTINS ................................................................................................................ 166
SALVADOR DE OLIVEIRA AIRES ....................................................................................................... 167
SALVADOR DE OLIVEIRA AIRES ....................................................................................................... 170
DOMINGOS ANTÔNIO ........................................................................................................................... 172
FRANCISCO ARAÚJO MONTEIRO ...................................................................................................... 176
FRANCISCO ANTUNES MACIEL ......................................................................................................... 186
PANTALEÃO PEDROSO DE MORAIS ................................................................................................. 187
MATEUS DA COSTA ROSA................................................................................................................... 192
JOÃO PIRES SANTIAGO ........................................................................................................................ 203
FRANCISCO DE PAULA TEIXEIRA ..................................................................................................... 206
FRANCISCO RIBEIRO DA SILVA......................................................................................................... 210
JOÃO ÁLVARES MARTINS ................................................................................................................... 213
FRANCISCO CARNEIRO LOBO ............................................................................................................ 223
PAULISTAS PRECURSORES DE PORTO ALEGRE

Paulo Xavier

Correio do Povo. 28 de Abril de 1978.


Já referimos em artigo anterior que uma das incumbências marcadas por Gomes Freire de
Andrade aos duzentos paulistas alistados por Cristóvão Pereira de Abreu foi o reconhecimento
da navegabilidade do Jacuí a partir do chamado porto do Viamão, isto é, do sitio onde hoje se
encontra nossa capital.
E assim destacou-se do grupo de sessenta sertanejos paulistas sob o comando do capitão
Mateus de Camargo e Siqueira que acampou naquele 19 do novembro de 1752 em terras da
estância de Jerônimo Dorneles. Aqui construíram os barcos para reconhecerem o rio com o fim
de usá-lo como via navegável no caminho das Missões. Devassaram para isso uma área, até
então privada, que logo atrairia muitos moradores açorianos, que deviam iniciar outra etapa de
viagem para as novas terras prometidas Missões, objetivo último de sua presença no Continente
— aqui foram chegando.
Os acontecimentos supervenientes, porém, não permitiriam a ocupação missioneira,
retendo-os no acampamento provisório onde arrancharam, por mais tempo que o previsto. Por
tanto tempo que muitos se tornaram moradores definitivos desse novo núcleo urbano, tornado a
Porto Alegre de hoje.
A documentação desse decisivo momento histórico de nosso processo de povoamento se
encontra guardada no Arquivo Histórico do Estado. Por ela podemos individualizar todos os
paulistas destacados para Viamão a fim de cumprirem a dupla missão de construir barcos e
reconhecer o Jacuí para por ele se navegar até onde fosse mais perto das Missões.
Eis a nominata dos sessenta paulistas com algumas informações que podemos reunir para
sua identificação.
O capitão Mateus do Camargo Siqueira apresentou-se voluntário em Curitiba a 28-VI-
1752. Inscrevendo seis dos seus escravos (Clemente, crioulo, Inácio, mulato, Manoel, crioulo
Felisberto, Damião, angola e Francisco, moçambique. Pertencia à família com larga tradição de
experientes sertanistas, os filhos do cel. Estevão Lopes de Camargo (falecido em 1723) e neto do
capitão Fernando de Camargo Ortiz, o moço (1628-90), um dos principais auxiliares do valente
cabo de guerra Domingos Barbosa Calheiros que tanto se destacou na expedição contra o gentio
bravo da Bahia, em 1658. O capitão Mateus foi casado com Maria Paes da Silva. nat. 1756 em
Sorocaba, deixando sete filhos.
Francisco de Camargo Paes, casado e natural da cidade de S. Paulo, alistado no mesmo
dia do seu comandante e possível parente de Mateus do Camargo, acompanhado de dois
escravos: Alberto e Bonifácio, crioulos de S. Paulo,
Francisco Munhoz de Camargo, também alistado em Curitiba no mesmo dia dos
anteriores, quando declara ser solteiro e natural da cidade do São Paulo. Trouxe um escravo por
nome Antonio, da nação congo.
Outro grupo de parentes incorporados para os serviços da demarcação era constituído por
João Antunes Maciel, alistado em 1-XI-52 que identificamos como filho do Miguel Antunes
Maciel e de Maria Pais Domingues (Silva Leme, I, 135). Miguel Antunes Pereira, filho do
anterior, alistado na mesma data. Francisco Soares Antunes, alistado em Curitiba, a 28-VI-52.
Manoel Soares Pais, alistado em 14-V-52 em Itú, ambos irmãos do João Antunes Maciel acima
referido, sendo portanto sobrinhos do Cel. Antonio Antunes Maciel (nosso ascendente) que com
seus irmãos (João a Gabriel) integravam a bandeira do Pascoal Moreira Cabral Leme, que
descobriu em 1718 o ouro de Cuiabá,
João Esteves, alistado em Curitiba em 28-VI-52, casado e natural de S. Paulo. Gabriel
Alves, pardo, alistado em Curitiba na mesma data acima. Salvador Gonçalves, preto, alistado em
Itu, 3-V-52, casado e morador em S. Amaro, SP. Agostinho Gonçalves, alistado em S. Paulo, 25-
III-52, quando declara que era casado com Maria Rodrigues da Silva, residente em S. João do
Atibaia. Antonio Corrêa de Sousa, alistado em 3-V-52, casado e morador na vila de Paranaguá.
João Cardoso Bicudo, alistado em 23-IV-52, casado com Catarina Rodrigues, morador S. João
de Atibaia. Manoel Vieira, alistado em 12-XI-1752. Lourenço Alves do Oliveira, alistado em 12-
XI-1752. Albano Corrêa da Costa, alistado em Curitiba, a 28-VI-52, solteiro, natural do São
Paulo. Inácio Lopes Pari, alistado em São Paulo, 1-lV-1752, solteiro, natural do S. Paulo. João
Pedroso Morungava, alistado em 28-VI-52, em Curitiba, negro foro, crioulo admnistrado de
Agostinho Rodrigues Saruama, João Rodrigues Neves, oficial de ferreiro, alistado em 29-III-52
casado com Rosa Barbosa, forra, morador em S. João Atibaia.
Bartolomeu Bueno da Silva, cujos dados já referimos (em Suplemento Rural Correio do
Povo”, ed. do 14-IV-78); João Luiz da Silveira (índio), solteiro e natural do Sorocaba. Demétrio
Francisco das Neves, alistado em 17-IV-1752, em Paranaguá, casado com Rosa Pires do Prado,
nats. de S. João de Atibaia. Domingos Francisco, já identificado (ver nosso artigo na ed. de 14-
IV-78). Sebastião Pereira de Sousa, alistado em Itu, 3-V-52, solteiro, natural do Rio do Janeiro.
Domingos da Costa, alistado em Mogi das Cruzes, 11-III 52, casado, fleg. de Vicente Fonseca e
de Mariana Pires, naturais e moradores da vila de Guaratinguetá. Antônio José Domingues,
alistado em Curitiba, a 18-VI-52, solteiro, n. freg do S. Amaro fleg. de Onofre Moreira.
Guilherme Pereira Pais, alistado em Curitiba. 28-VI-52 bastardo, casado em Apiaí. Pedro
Celestino da Cunha, solteiro, n. da cidade de S. Paulo onde se alistou em 21-IV-52 com seus
dois irmãos abaixo indicados: João Barbosa Lara e José dos Santos Monteiro. Pedro Freire
Garcia, alistado em Curitiba, 18-VI-51, natural de Sorocaba, solteiro, fleg. do Estanislau Freire.
José Freire Garcia, alistado em 17-XI-52. Miguel Pais, da nação bororó, alistado em 21-II-52,
em Taubaté.
Salvador Nunes de Cândia, alistado em 4-III-52, em Jacareí, casado, morador nessa vila
fleg. de Carlos Pedroso e de Joana Nunes de Freitas. Xavier Monteiro alistado em 10-V-52.
Antonio de Santa Rita, alistado em 21-II- 52 em Taubaté. Sebastião de Almeida, alistado em 21-
II-51, solteiro, n. nessa vila fleg. do Francisco do Almeida. João Pinto, alistado em 24-II-52,
fleg. de Miguel e de Francisca, n. S. Paulo. Bento do Rego e Brito, alistado em 2-III-52, Jacareí,
n. do Taubaté, solteiro, morador em Rio do Peixe, termo desta vila. Francisco do Nascimento
Teles, alistado em 21-II- 52.—Faustino Pimenta de Carvalho, alistado em 23-IV-52, natural de
Jacareí, solteiro, Miguel Soares Pais, alistado em 21-II-52, Antonio Simões de Loures, alistado
em 21-II-52 em Taubaté, natural de Chaves, fleg. de José Simões e de Maria Simões. José de
Morais, alistado em 18-III-52, em São Paulo, n. da vila do Parnaíba, solteiro. Antonio, preto
forro. Valério Machado. Vitorino Bernardino do Sousa, alistado em 29-III-52, casado com
Joana, preta, escrava do Antônio Mota.
São estes os paulistas alistados por Cristóvão Pereira de Abreu que se instalaram
pioneiramente em Porto Alegre, como precursores dos açorianos.

POVOADORES GAÚCHOS DO SÉCULO XVII

Paulo Xavier

Correio do Povo. 14 de abril de 1978.


A história do povoamento do Rio Grande do Sul não pôde ser ainda escrita porque
continuam inconclusas algumas das pesquisas básicas deste importante capítulo. Sem duvida
uma das maiores contribuições é esperada dos estudos genealógicos que infelizmente contam
com reduzido número de pesquisadores em nosso meio.
Entre as sete correntes povoadoras para aqui canalizadas durante o século XVIII se
incorporaram inúmeros paulistas, como alguns dos “sertanejos” convocados por Cristóvão
Pereira de Abreu. As pesquisas genealógicas reconhecidas permitiram identificar muitos deles,
que aqui casaram e se radicaram definitivamente.
Jorge Felizardo, um mestre de todos nós valorizou generosamente a revelação de uma
documentação que localizamos em 1956 entre os inéditos do Arquivo Histórico, relativa à
participação dos alistados paulistas para servirem na demarcação de limites (Jorge G. Felizardo)
“A Bandeira de Cristóvão Pereira e o povoamento do Rio Grande do Sul”— publicado no
Correio do Povo ed. de 28-VIII-1956, p. 8.
Da longa lista que então publicou nos utilizamos agora para a retomada do tema, destacar
nomes de uns que se tornaram povoadores definitivos.
Antonio Dias da Costa, identificado com um nascido na N. freguesia de N. S. da Graça,
lugar de Freixos, termo da vila de Trancoso, bispado da Guarda, filho de Antonio da Costa n.
Chaves a de Maria de Andrade. n. Trancoso. Casou com Perpétua Francisca Pereira b. 16-
III-1745 em Rio Grande fleg. de Francisco Gonçalves Retorta e de Ana Perpétua de Souza.
Houve pelos menos 5 filhos nascidos em Viamão, entre 1770-83.
Segundo nossas pesquisas o Antônio Dias da Costa alistado em Guaratinguetá em 8—II-
1752 entre os que vieram se oferecer para acompanhar o cel. Cristóvão Pereira de Abreu...”
dizendo-se morador na mesma vila. Mas não informa a sua naturalidade. Sua esposa indicada na
nota de Felizardo, era irmã de Rosa Joaquina Pereira de Souza que casou com o ten. Tomás José
Luis Osório. E deste casal entre outros filhos foi Ana Joaquina Luiza Osório, a mãe do
reverenciado general Osório.
Antônio Fernandes da Fonseca. Foi identificado por aquele mesmo autor como nascido
em Santa da Parnaíba. filho de Antônio Soares da Fonseca., n. de S. Paulo e de Maria Pais de
Barros. n. em Santos. Casou com Brígida Maria de Jesus, bat. em Rio Grande. fleg. de
Domingos Rodrigues Nunes n. da ilha de S. Miguel Açores e de Cipriana Gonçalves Cardoso n.
da ilha de Santa Catarina. Houve pelo menos quatro filhos todos nascidos na Aldeia dos Anjos”.
Os sogros desse paulista são nossos ascendentes. Domingos Rodrigues Nunes (açoriano)
era filho de Manoel Rodrigues Nunes de Maria Rodrigues: faleceu com mais de cem anos.Sua
esposa era filha de João Gonçalves, natural e batizado na freguesia de N. S. do Carmo de
Bordeaus, França, de onde se transferiu para Santa Catarina. Nesta ilha constituiu família e
passou a morar em Rio Grande onde lhe ainda alguns filhos. João Gonçalves, o ‘francês’, como
ficou conhecido foi um dos pioneiros moradores de Rio Grande.
Segundo o auto de alistamento assinado em S. Paulo, em 22 de março de 1752. Antônio
Fernandes da Fonseca se diz natural de Itu e confirma a filiação indicada pelo prof. Felizardo.
Antonio Fernandes de Siqueira “Talvez se identifique (como escreve o autor em
referência) com um nascido em Curitiba, casado com Joana Lopes, n. Laguna. Houve pelo
menos um filho nascido em Cachoeira”.
Não encontramos seu alistamento ou outra informação.
Boaventura Bueno da Silva—“Identificado como natural de Guaratinguetá, filho de João
Bueno da Silva, nascido em Parnaíba e de Ursula Luzia n. de Taubaté. Casou aqui no sul com
Margarida da Silveira, n. Faial (Açores), fleg. de Manoel Garcia e Páscoa da Silveira, nts. Da
mesma ilha. Houve pelo menos sete filhos nascidos a partir de 1755, sendo dois em Rio Pardo,
dois em Viamão e um na Aldeia dos Anjos e dois em Triunfo.
Segundo apuramos era ferreiro e se alistou em 8-II-1752 em Guaratinguetá. Uma de suas
filhas (Ana Clara do Nascimento) casou com o Sgto –mór Antônio Adolfo Charão, n. Rio Pardo
em 21—V-1761. Esse oficial foi um dos subscritos do pedido às autoridades eclesiásticas para a
construção da capela original de São Sepé. O nome de sua família é uma corruptela de Schram,
cujo ascendente (bisavô) João Adolfo Schramm era natural de Brunswick e que como médico no
Rio de Janeiro, onde se radicou e clinicou com muito sucesso e préstimo público.
Domingos Francisco, possivelmente se identifica com o que nasceu na freguesia de N. S.
da Luz, de Torres Vedras, fleg. de Antônio de Perestrelo e de Clara Francisca. Casou em Viamão
com Maria das Candeias, n. da freguesia de N. S. das Neves. Ilha de S. Jorge (Açores), fleg. de
Manoel Ferreira e Antonia Pereira, nts. da mesma ilha. Pelo menos dez filhos, sendo um nascido
em Viamão, um em Rio Pardo e oito em Triunfo”.
Como se nota, Jorge G. Felizardo não tinha certeza sobre a identificação proposta.
Podemos verificar que quando se alistou em 21-IV-1752, declara que estava casado com Ana
Maria, natural da freguesia de S. João de Atibaia”.
A maneira como foi registrada esta informação não nos esclarece- o que seria de grande
auxílio para uma identificação- se a indicação de freguesia de S. João de Atibaia. Se refere a sua
esposa ou a ele mesmo...
Prosseguiremos em outra oportunidade a comentar mais alguns dados identificadores de
alguns dos paulistas alistados por Cristóvão Pereira de Abreu.

POVOADORES GAÚCHOS DO SÉCULO XVIII

Paulo Xavier

Correio do Povo. 31de abril de 1978.


A constituição das populações é um dos problemas básicos da Sociologia que, dentro dos
limites de sua abrangência conceitual deve analisar também a distribuição entre a cidade e o
campo. Sua concentração e limites, como sua qualidade biológica. Encontramos no estudo da
Genealogia um instrumento cientifico da maior significação para o estudo das migrações e
identificação dos personagens do processo da ocupação de uma determinada área geográfica.
Por isso repetidamente temos abordado nessas páginas assuntos genealógicos numa
tentativa de contribuir para o conhecimento dos contingentes formadores de nossa sociedade. Na
última semana divulgamos algumas informações sobre os integrantes de uma corrente de
povoadores de origem paulista trazidos por convocação oficial para o trabalho de demarcação de
limites 2 internacionais marcados pelo tratado de 1750. Continuamos hoje a relação de alguns
nomes a identificados em trabalho do grande genealogista que foi entre nós, Jorge G. Felizardo.
Francisco Fernandes. Este como os demais nomes constantes das listas administrativas
organizadas para prestação de contas de Cristóvão Pereira foi identificado por Felizardo como
nascido em Laguna, fleg. de Simões Fernandes n. em Lisboa e de Ana Vera, n. Laguna. Casou
em Rio Grande com Bárbara Lopes, n. Rio Grande, fleg. de Luís Coelho Lopes e de Maria
Josefa, nts. da Ilha de São Jorge, Açores. Houve pelo menos um filho nascido em 1789 em Rio
Grande. Não encontramos seu alistamento.
Francisco Gonçalves. “Possivelmente se identifique como o nascido na freg. de S. João
Batista da Vila do Conde, Braga, fleg. de João Gonçalves e de Maria da Costa. nts. da mesma
freguesia. Casou em 29-VII-1759 em Rio Grande com Joana Maria, n. freg. de S. Cruz da cila da
Praia, Ilha Terceira (Açores), fleg. Manoel Antonio. Não descobrimos geração.
Segundo o termo de alistamento feito em Curitiba, a 28-V- 1752, era natural de
Paranapanema, solteiro.
Francisco José da Costa. “Talvez se identifique com o nascido v. na freg. de Sé, de
Lamego e fal. 15-VIII-1781 em Viamão. fleg. de Manoel da Costa Lobo e de Maria Rodrigues,
nats. da mesma freguesia. Casou em Rio Grande com Bernadina de Jesus Pinto, b. 16-V-1754,
em Rio Grande e fal. 1820 em Porto Alegre, fleg. de Antonio Pinto da Costa, n. Tras-os-Montes
e de Teodosia Maria de Jesus, n. Colônia do Sacramento. Teve pelo menos seis filhos nascidos
na aldeia dos Anjos.”
Verificamos que seu alistamento ocorreu na cidade de São Paulo em 18-III-1752, quando
declarou ser ‘solteiro, filho da vila do Conde”.
Francisco Martins Soares. Irmão de Antonio Fernandes da Fonseca (já referido) natural
da freg. de Santo Antônio, campanha de Rio Verde, MG e fal. 24-VI-1792 em Viamão, filho de
Antonio Soares da Fonseca e de Maria Pais de Barros. Casou com Ana Maria de Jesus, n.
Desterro/SC, fleg. de José da Fonseca e de Margarida Antonia Pamplona. Houve pelo menos três
filhos nascidos em Viamão”.
Na ata de alistamento se lê que ele incorporou no mesmo dia, 28-II-1752, e S. Paulo em
que seu irmão Antonio Fernandes da Fonseca (já referido), declarando-se também natural de Itu.
Francisco Munhoz de Camargo. “Era natural da cidade de S. Paulo ou da freg. de Cotia,
fleg. de Fernando Munhoz Pais e do Vitória de Camargo.Casou provavelmente em Viamão com
Maria de São Francisco, n. freg.de N. S. do Rosário da Ilha Terceira (Açores). Houve pelo
menos oito filhos, sendo um nascido em Viamão e os outros em Rio Pardo”.
Encontramos no alistamento realizado em Curitiba, 28-VI—1752 com o nome de
“Francisco de Camargo Paes. Casado e natural da cidade de S. Paulo, com dois escravos:
Alberto, crioulo de S. Paulo e Benedito, também crioulo que vão vencendo tanto o senhor como
os dois escravos, cada um 168 rs por dia, além de Cr$ 400 rs que também cada um recebe de
ajuda de custo e sustento, cuja conta e do mais que vão vencendo, recebeu 51$250 rs”. Como se
vê o senhor recebia a remuneração dos serviços prestados por seus escravos... Pelas referências
de autores paulistas que estudaram o bandeirismo como Carvalho Franco, sabemos que sua
família era muito relacionada com destacados sertanistas, sendo seu pai cunhado de Antônio
Rodrigues Arzão, de origem holandesa, que segundo a tradição foi o bandeirante que revelou
primeiro ouro das Gerais (1693) e de Bartolomeu Bueno de Siqueira, sertanista que andou com
seus irmãos no descobrimento do ouro nos sertões mineiros.
Francisco Ramos. “Possivelmente se identifique com o nascido na freg. do Rio de S.
Francisco do Norte, casado com Maria Rodrigues, na Colônia de Sacramento. Houve pelo menos
um filho nascido em Rio Grande”.
Não encontramos seu alistamento ou outra referência.
Francisco Xavier Pereira, “Possivelmente se identifica com o nascido em Parati, casado
com Ana Fernandes, n. Curitiba, havendo pelo menos um filho, natural de Porto Alegre.”
Seu alistamento ocorreu em Curitiba em 28-VI-1752 quando declarou ser ‘solteiro e
natural da vila de Iguape, fleg. de Alberto Pereira Nunes.
Inácio Rodrigues. “Talvez se identifique com um nascido em São Paulo, fleg. de
Domingos Rodrigues Pais e de Beatriz Vieira, n. de S. Paulo e de Isabel Dutra. Houve pelo
menos, três filhos, sendo um nascido em Triunfo e dois em São Pauto.”
João Pedroso ou João Pedroso da Silva. “Talvez se identifique com o que casou com
Maria Bernarda, n. Viamão, fleg. de Bernardo Baquedano, n. em Tucumã nas Índias da Espanha
e de Bernarda Corrêa de Souza n. Laguna. Houve pelo menos um filho nascido em Rio Pardo em
1784.”
Consta da relação dos sertanistas” isto é dos sertanistas porém encontramos porém seu
alistamento.
José de Góis do Silva, identificado como natural da freg. de Santana de Mogi-das-Cruzes.
fleg. de Tomé Góis do Silva e de sua 1ª mulher Maria da Apresentação. Casou em 1ªs núpcias
em São Paulo e em 2ªs núpcias em Viamão com Maria Inácia da Assunção, n. ilha de Fatal
(Açores) fleg. de João Álvares e de Bárbara Nunes, açorianos. Houve do 2º matrimônio pelo
menos cinco filhos dois nascidos em Viamão e três em Mogi das Cruzes.
Em seu alistamento realizado em Mogi, em 11 de março de 1752 declarou ser morador de
Mogi, viúvo e fleg. de Tomé de Góis e Silva e de Maria da Apresentação de Jesus. Confirmando
a identificação feita por Felizardo.
Pedro Celestino da Cunha. Talvez se identifique com o nascido em São Paulo casado com
Ana Maria Santos, n. S. Paulo. Houve pelo menos três filhos nascidos em Rio Pardo a partir de
1756 Verificamos seu alistamento em 21-IV-1752 na cidade de S. Paulo onde declarou ser
solteiro e natural da mesma cidade.
Foram estes os sertanistas paulistas identificados.
Embora reduzido o seu número e limitadas as informações aqui trazidas, nem por isso
diminui o seu significado e nossa intenção de chamar a atenção para tema da maior relevância
quando se quiser a composição dos formadores de nossa sociedade.
PAULISTAS PRECURSORES DE RIO PARDO

Paulo Xavier

Correio do Povo. 5 de maio de 1978.

Na ampla geografia rio-grandense de nossos dias podemos demarcar a pequena porção


freqüentada e debilmente aproveitada pelos luso-brasileiros ali a metade do século XVIII.
Deveu-se o alargamento dos limites e o preenchimento do vazio destas dilatadas acompanham a
coragem e ao persistente trabalho de muitos ancestrais dos gaúchos de hoje.
Quando se estuda esta ocupação em detalhes se verifica quantas omissões persistem nos
trabalhos publicados que se preocuparam com a grande abrangência da História. Muitas vezes,
porém, o estudo circunscrito a um pequeno acontecimento poderá revelar um pormenor que se
torna um “por maior” para usarmos uma expressão característica de nosso apreciado amigo, o
destacado pesquisador prof. Carlos Galvão Krebs.
Podemos tomar a caso da ação dos paulistas alistados por Cristóvão Pereira do Abreu.
Convocados para os trabalhos singelos de abertura de piques nas matas, a fim de possibilitar os
demarcadores a lançarem os rumos dos limites determinados pelo Tratado de 1750, tornam-se
agentes de muitas outras ações.E na simples enumeração desses trabalhos e ocupações dos
paulistas surpreende-nos elementos decisivos para o balizamento da origem histórica de alguns
de nossos núcleos urbanos.
Efetivamente foi com a chegada de um grupo deles, em 19 de novembro de 1752 e seu
acampamento em terras da fazenda do Jerônimo Dorneles que se desencadeou o processo de
surgimento de Porto Alegre, como já analisamos em outras oportunidades (Ver Porto Alegre,
Origem do agrupamento urbano in Revista do Instituto histórico e Geográfico do Rio Grande do
Sul n.º 121, p. 16, 1974).
Inicialmente a determinação de Gomes Freire do Andrade era a cumprimento do acordo
firmado por seu rei e o da Espanha em 31 do janeiro de 1750. Suas primeiras providências
visaram convocar povoadores e proporcionar os meios de transporte para levá-los até as aldeias
dos padres (os Sete Povos) que deviam, nos termos do Tratado, serem entregues “inteiros em
casas”, o que não aconteceu. Essa preocupação do representante do rei do Portugal podemos
verificar em sua carta datada via Colônia em 15-II-1753, dirigida a Diogo do Mendonça Corte
Real: “Mandei indagar o melhor caminho para terra das Missões; espero os exploradores
(Paulistas) para a determinação que deve tomar no transporte das famílias (de açorianos) que
daquela vila (Rio Grande) se hão de ir estabelecer nos seus destinos, tendo já algumas famílias e
tropa em Viamão para subirem o rio Grande acima e, no caso de guerra, atacar a aldeia de S.
Ângelo e, no do estipulado (no Tratado), povoá-lo”.
Como vemos, foi da noticia dada pelos exploradores paulistas da viabilidade da navegação
pelo Jacuí que decorreu a decisão de iniciar o transporte dos povoadores (açorianos) para as
missões. E, no momento que Gomes Freire escrevia a referida carta, já estava em marcha alguns
deles para em sucessivas levas embarcarem em Porto Alegre para subirem o Jacuí.
Mas, como sabemos, aconteceu logo a antevista hipótese da guerra...
E as hostilidades, nessa linha de penetração, iniciaram-se em Rio Pardo, onde os paulistas
precursores sofreram o primeiro ataque. Eram vinte os paulistas que tinham chegado no sitio
onde hoje está Rio Pardo, debaixo do comando do furriel Francisco Manoel de Távora (sobrinho
de Cristóvão Pereira). Vejamos sua noticia em documento da época: “sendo mandado
ultimamente o furriel de Dragões Francisco Manoel do Távora com alguns paulistas, chegaram
no rio Pardo que entra no Guaíba (Rio Jacuí de hoje) cousa de 30 léguas acima da barra do dito
rio Pardo, descortinaram um pouco de mato que facilitou um passo até então desconhecido em
pouco vadeado”.
Depois, no fim de um dia do trabalho, alguns deles foram se banhar no rio. Teve (no relato
documental da época) a curiosidade de passar a outra banda e colher frutos chamados jerivás; a
tempo que se achava nesta curiosa diligência lhe saiu um Índio e, sendo visto do paulista, cada
qual gritou pelos seus, lançando-se este no rio que com brevidade repassou e acudindo as vozes
os camaradas. já então viram mais outro índio montado a cavalo com uma grossa lança e depois
de lançar da aljava algumas setas, a apresentava, dando a entender passava pelas suas armas os
que se não retirassem daquele posto e com estas visagens se retirou.
Este fato, segundo pudemos apurar, aconteceu em 31 de janeiro de 1754. Imediatamente
comunicaram o ocorrido, sendo logo pelas autoridades determinado o estabelecimento de uma
guarda militar nessa ponta tendo sido designado para comandá-la o tenente de Dragões
Francisco Pinto Bandeira.
Este destacamento foi constituído por 60 homens reunidos em Viamão. Muitos destes seus
subordinados eram também paulistas dos convocados por Cristóvão Pereira como se comprova
neste relato contemporâneo:
“O tenente de Dragões Francisco Pinto Bandeira que estava em Viamão (Recebeu ordem)
para que com todos os paulistas que na mesma parte (Viamão) residiam e outros da mesma
qualidade (paulistas) que se tinham mandado alistar, fosse escolher os atravessadores e
guarnecer o passo do rio Pardo por onde poderiam ser surpreendidos no caso de que os Tapes se
resolvessem a disputar aqueles campos.
De fato, antes de um mês Rio Pardo sofreu o primeiro assalto, já em termos de guerra, por
cerca de mil Índios comandados pelo tão decantado Sepé e todos assistidos militarmente pelo Pe.
Tadeu Xavier Henis S.J.. Este Jesuíta deixou um pormenorizado “Diário de la Guerra del
Paraguay” e “Efemérides de la Guerra de los Guaranis desde el ano de 1754” que pode ser lido
no volume LII dos Anais da Biblioteca Nacional.
Efetivamente, no dia 23 do fevereiro de 1754 foi ocorrido o assalto assinalado,
abreviadamente em documento da época:
‘Passados vinte e três dias do encontro dos paulistas, na madrugada de 23 do fevereiro
foram os nossos atacados por um grande número, ficando ferido o tenente de Dragões de uma
flecha no braço e mais dois paulistas de flechas. “E no Diário da Demarcação, registro oficial do
partido português, se consigna que “. - . comandados por um padre da Companhia (tinham)
atacado um forte fabricado de novo (Recentemente) no Continente de Viamão, aonde chamam o
Rio Pardo, em cujo ataque valorosamente pelejaram os nossos soldados, destroçando os índios e
fazendo a poder de fogo, render as vidas a 19 e em todos mui grandes hostilidades, cujo destroço
os obrigou a fugir sendo a nossa perda de três pessoas e feridos sendo um o comandante, tenente
Francisco Pinto Bandeira com uma flecha no braço esquerdo”. Muito justamente, hoje Pinto
Bandeira é considerado um dos mais destacados dentro os fundadores de Rio Pardo que tanto a
defendeu, recebendo sangrenta condecoração e logo depois promovido ao posto do capitão pelo
seu desempenho nesse encontro.
Nossas fontes documentais continuam à espera de pesquisadores para que se evitem tantos
equívocos em nossa história.
REFORÇOS PAULISTAS PARA O RIO GRANDE DO SUL

Paulo Xavier
Correio do Povo.
Em seguida novos exploradores paulistas foram feitos no Continente de São Pedro do Rio
Grande do Sul, com vistas a defender e incorporar mais terras ao Oeste, em direção as Missões,
como se depreende do texto a seguir, no povoamento da reigão de Taquari:
Carta endereçada ao Governo do Cel. José Custódio de Sá e Faria. Publicação oficial de
Documentos interessantes para a História e costumes de São Paulo- Arquivo do Estado de S.
Paulo- Vol XXIII-1896. (In: Revista do Museu Júlio de Castilhos e Arquivo Histórico do Rio
Grande do Sul. Ano I. Oficinas Gráficas da Imprensa Oficial. Porto Alegre , 1951. Pg. 244 e
245.)
“Ilmoº e Exm.º Snr.- Com esta remeto a V. Exa o mappa das quatro
companhias de Aventureiros Paulistas, que por ordem do Conde de Cunha Vice-Rey,
fiz expedir da Villa de Santos para irem servir na Fronteira de Viamão; delle se vê o
nº de gente de que acompanharão, e da conta que vay junta o que despende com os
soldos e ajudas de custo que vencerão em tres mezes e tres dias contados de onze de
Setembro de 1765 em que partirão de São Paulo para a praça de Santos té 14 de
Dezembro do mesmo anno, em que lhe fez a conta na dita praça para se lhes pagar
no dia do embarque, que foi a 3 de Janeiro deste prezente anno de 1776, e nelle se vê
o dinheiro que tinhão recebido, e Sistencias com que os socorri por esta Provedoria
de São Paulo, o que receberão por conta da Provedoria do Rio de Janeiro na ocazião
da mostra, e o que ficou dezembolçando a mayores a Provedoria desta Capitania, que
se não lhe pagou, e são despezas que se fizerão nos transportes, alugueres de cazas, e
outras miudezas necessarias que se não puderão escuzar. Deos Guarde a V.Exa. São
Paulo 27 de Dezembro de 1766. — D. Luiz Antônio de Souza”
(Nesta carta seguem as contas; porém, estas são minuciosas, extensas e
inteiramente estragadas por água, de modo, que algarismos não se podem lê e a sua
copia é impossivel). Lê-se o seguinte:
1ª Comphia, cap. Francisco Correa Sarafana1, 50 praças, despesas 489$235
2ª Comphia, cap. Manoel Lopes de Siqueira, 51 praças, despesas 590$85
3ª Comphia, cap. Antonio Roiz Fortes23, 51 praças, despesas 587$15

1
Militar conhecido e com inúmeros descendentes no Rio Grande do Sul.
2
Cap. Antônio Rodrigues Fortes, paulista e Sertanista. Chefiou uma das Companhias de aventureiros paulistas na
exploração da região de Taquari em 1766. Revista do Museu Júlio de Castilhos e AHRGS, ano I, 1951. Um
homônimo ou o próprio é descrito na Genealogia Paulistana: Antônio Rodrigues Fortes (ou da Cunha), casado com
Rosa Francisca, filho de Francisco Rodrigues Fortes e Antônia Furtado. Uma filha casou em Guarulhos em 1765.
Gen. Paulistana, Vol. 1.
3
Superintendência das Minas – Paranapanema. - Mencionada em 28 de março de 1729, quando Leandro Rodrigues
Fortes foi designado seu Superintendente, já existia em 1727, ocasião em que Antônio de Camargo Ortiz e
4ª Comphia, cap. Bento Barboza de Siqra. 49 praças, despesas 546$675”

POVOADORES DE CURITIBA

Boletim Informativo da Casa Romário Martins V.21 N.15 Junho/95

De Eleodoro Ébano Pereira e dos vereadores de Paranaguá, ao Governador Antonio


Galvão, tem-se:
Nos campos de Curitiba, sertão desta baía, descobriram outros ribeiros de ouro de
lavagem, donde já estive antes e fiz experiências haverá doze anos vindo em visita destas
Capitanias por ordem do Governador Salvador Corrêa de Sá e Benevides de que levei amostras...
O ouro encontrado no sertão da baia de Paranaguá, ou seja, no planalto curitibano, atraiu
mineradores vindos, sobretudo de São Paulo e São Vicente, que se estabeleceram em diversos
arraiais, um dos quais seria o de Curitiba, e que não seria abandonado com a descoberta das
Gerais, povoado já com moradores eletivos e com diversas sesmarias concedidas.
Assim, a de Baltazar Carrasco dos Reis, que participara da bandeira de Antonio
Domingues, em 1648, aos campos do Bituruna, concedida por Salvador Corrêa de Sá e
Benevides, a 29 de junho de 1661, localizada na paragem de Barigüi, onde acabavam as terras de
Matheus Leme. Este receberia sua sesmaria, a 1º de setembro de 1668, concedida pelo Capitão
Mor Gabriel de Lara. Também foram de 1668, as sesmarias concedidas a Domingos Rodrigues
da Cunha, a João de Carvalho Pinto e a Luiz de Góes.
Gabriel de Lara, estando “nesta Vila de Nossa Senhora da Luz dos Pinhais”, atendeu a
requerimento de seus moradores, mandando levantar pelourinho, a 4 de novembro de 1668, em
nome do Donatário, Marques de Cascais.
Este ato foi procedido com “todas as solenidades necessárias, em paragem e lugar decente
nesta praça”.
Além do Capitão-Mor, foram signatários da Ata do Levantamento do Pelourinho,
dezessete moradores curitibanos:
1. Amaro Pereira. Sem identificação até o momento.
2. André Fernandes dos Reis. Filho mais velho de Baltazar Carrasco dos Reis e de Isabel
Antunes. Casado com Maria Rodrigues.
3. Ângelo Nunes Camacho. Sem identificação até o momento.
4. Antonio Martins Leme. Escrivão da Ata do Levantamento do Pelourinho. Filho de
Matheus Martins Leme e de sua mulher Antonia de Góes. Foi casado com Margarida Fernandes

Albuquerque ocupava esse cargo. (FONTES: CARVALHO FRANCO, Dicionário de Bandeirantes, 17 -RIHG/SP,
26 (ARQUIVO. AGUIRRA) - RIHGB/AHU/SP, 2:8 - Documentos Interessantes, 27/2a:3). Leandro Rodrigues
Fortes pode ser ascendente ou colateral do mencionado Antônio Rodrigues Fortes, já que os nomes se repetem na
família, mesmo em ramos que se readicaram no Rio Grande do Sul, que deve descender destes.
dos Reis, filha de Baltazar Carrasco dos Reis e de Isabel Antunes. Recebeu sesmaria de Gabriel
de Lara, em 10 de outubro de 1674. Dizia-se morador nos campos de Curitiba há "tempos".
5. Domingos André. Era ainda morador em Curitiba, em 23 de março de 1690, quando
batizou a filho João, com Maria Rodrigues.
6. Domingos Rodrigues da Cunha. “Morador nesta Vila de Nossa Senhora da Luz dos
Pinhais”. Recebeu sesmaria de Gabriel de Lara, a 26 de novembro de 1668, entestando com a de
Luiz de Góes.
7. Francisco da Gama Pais. Sem identificação até o momento.
8. Gaspar Carrasco dos Reis. Filho de Baltazar Carrasco dos Reis. Casado com Ana da
Silva, filha do capitão Antonio da Costa Veloso e de sua mulher Ana Maria da Silva, filha de
Matheus Martins Leme e de Antonia de Góes. Assinou o ato da criação da Câmara, em 1693,
bem como os Provimentos do Ouvidor Pardinho, em 1720.
9. Inocêncio Fernandes (Preto). Sobrinho do bandeirante Manoel Preto. Casado com
Catarina Cortes. Pai de Juliana Antunes Cortes, casada com Gonçalo Pires Bicudo. Já se
achavam em Curitiba, em 1660.
10. João da Gama. Sem identificação até o momento.
11. João Martins Leme. Filho de Antonio Martins Leme e de Margarida Fernandes dos
Reis. Neto de Matheus Martins Leme e de Baltazar Carrasco dos Reis.
12. Luiz de Góes. Casado com Maria de Siqueira Cortes, filha de Inocêncio Fernandes
Preto, o Moço, e de Maria de Siqueira. Obteve sesmaria, em 1668, de Gabriel de Lara.
13. Manoel Cardoso. Casado com Joana de Siqueira. Pais de Salvador Cardoso, casado
com Maria Esteves, filha do Braz Esteves de Ana Maria Dias.
14. Manoel Martins Leme. Sem identificação até o momento.
15. Matheus Martins, o velho. Natural de São Paulo. Filho de Matheus Martins Leme.
Casado com Isabel do Prado Delgado.
16. Matheus Martins Leme. Casado com Antonia de Góes. Filho de Thomé Martins e de
Leonor Leme, esta falecida em São Paulo, a 24 de julho de 1659. Tiveram os filhos, que também
assinaram a petição: a) Antonio Martins Leme, natural de São Paulo, casado com Margarida
Fernandes dos Reis, filha de Baltazar Carrasco dos Reis. Foi tabelião de Curitiba, de 1668 a
1674. b) Matheus Martins Leme, o moço. Natural de São Paulo. Casado com Isabel do Prado
Delgado. Falecido em Curitiba, a 26 de setembro de 1740, com 12 anos; bem Como ainda os
filhos: c) Ana Maria da Silva, casada com o Capitão Antônio da Costa Veloso, d) Maria Leme
da Silva, casada com o capitão Manoel Picão de Carvalho, e) Salvador Martins Leme, casado
com Isabel Fernandes Siqueira.
17. Thomaz de Castanheda. Sem identificação até a momento.

Este ato “solene e justo”, todavia, não foi seguido por aqueles da eleição e instalação da
Câmara Municipal, o que seria realizado somente em 1693.
Informação de Dom Rodrigo de Castelo Branco, em carta de 26 de fevereiro de 1679, dá
conta que Jorge Soares de Macedo sairia dentro de três dias de Paranaguá, e “dali para os
campos de Curitiba, onde se descobriram uns lavadoiros de ouro, segundo notícia que tivera do
sindicante João da Rocha Pita”.
Aliás, de Curitiba, por iniciativa de Dom Rodrigo de Castelo Branco, partiriam bandeiras
para o descobrimento de ouro no sertão de Curitiba, como a tropa do Capitão Agostinho de
Figueiredo e a tropa do Padre Antonio de Alvarenga, em agosto de 1679.
Segundo Pedro Taques de Almeida, as minas de ouro de lavagem de Curitiba, sertão e
serra acima de Paranaguá, “são tão antigas que foram descobertas no ano de 1680 pelo paulista
Salvador Jorge Velho”. Da Vila de Curitiba, “foi fundador o mesmo Eleodoro Ébano Pereira
que, penetrando a Serra do Mar, fez porto e escala para os campos de Curitiba, onde estabeleceu
a dita Vila com este nome” . Apóia sua afirmativa no livro de Registro, Título 1675, p. 13 v, do
Arquivo da Câmara Municipal de São Paulo.
As sesmarias continuavam a serem concedidas. A 15 de fevereiro de 1683, o Capitão-Mor
de Paranaguá, Thomaz Fernandes de Oliveira, expedia carta em favor de Manoel Soares, no
Botiatuva, junto às terras de Baltazar Carrasco dos Reis. Manoel Soares era casado com Maria
Paes, uma de suas filhas. Assinaria em 1693 o requerimento para a criação das justiças.
A 24 de março de 1693, os moradores “todos assistentes nesta povoação de Nossa Senhora
da Luz e Bom Jesus dos Pinhais’, e por ser muito crescido o povo” por passarem de noventa
homens “, fazendo o” número de três povos”, solicitavam ao Capitão Povoador a eleição e
criação da justiça, assim como a formação da Câmara Municipal.
Alegavam a ausência de governo e de disciplina, inclusive pela idade avançada em que se
encontrava Matheus Martins Leme.
Os requerentes sabiam que por duas vezes o Capitão-Povoador havia procurado os
Capitães-Mores das Capitanias de baixo para que viessem criar justiça na povoação de Nossa
Senhora da Luz de Curitiba e que a resposta fora no sentido de que isto não era necessário “por
ter havido já aqui justiça em algum tempo criada pelo defunto Capitão-Mor Gabriel de Lara, que
levantou pelourinho em nome do donatário, o Senhor Marques de Casais..."
Assim, o requerimento foi deferido e mandado reunir o povo. Deste modo, a 29 de março,
na Igreja de Nossa Senhora da Luz e Bom Jesus dos Pinhais, foi procedido o ato da criação da
justiça, realizando-se a escolha de eleitores e a eleição dos membros da Câmara. Assinaram a
ata, os seguintes moradores de Curitiba:

1. Aleixo Leme Cabral. Na verdade, não assinou o ato de criação, mas foi nomeado para
Procurador do Conselho Paulista. Capitão de Ordenanças. Casado com Maria Furtado de
Mendonça. Recebeu, a 30 de marco de 1690, sesmaria concedida pelo Capitão-Mor Matheus
Martins Leme, entre terras de João Tavares e Manoel Soares. Faleceu em Curitiba.
2. Agostinho de Figueiredo. Foi administrador das minas de ouro e prata do Sul, por
Provisão de 29 de abril de 1670, cargo que exerceu até 1678, quando substituído por Dom
Rodrigo de Castelo Branco. Fixou residência em Curitiba, em 1680, já viúvo de Bárbara Gomes
e sem herdeiros legítimos. Integrou a Câmara Municipal em 1696, e em 171. Faleceu em 1711,
sendo sepultado na Igreja Matriz. lnstituiu por herdeiros universais ao Capitão Manoel Picão de
Carvalho e sua filha Dionísia Leme.
3. Amador Nunes Bulhões. Sem identificação até o momento.
4. André Rodrigues da Silva. Sem identificação até o momento.
5. Antonio Alvarenga. Vigário de Curitiba. Não assinou o ato de criação, mas tomou o
juramento dos seis eleitores e assinou a Ata de Eleição dos Membros da Câmara.
6. Antonio da Costa. Sua mulher, Rita Leme da Silva, faleceu em 1747 com 80 anos. A 6
de junho de 1694 batizou a filho João, casado com Catarina do Rosário.
7. Antonio da Costa Veloso. Natural de Setúbal. Casado com Ana Maria da Silva, filha de
Matheus Martins Leme e de sua mulher Antonia de Góes. Sua filha Ana da Silva Leme casou-se
com Gaspar Carrasco dos Reis, filho de Baltazar Carrasco dos Reis. Nomeado para Juiz da
Câmara Municipal, a 29 de março de 1693. Foi camarista em 1694, 1699, 171 e 174. Foi
arrematador do estanco de aguardente da terra, em 1696, dando como fiador o Capitão Matheus
Martins Leme. Faleceu em Curitiba, em 174.
8. Antonio do Couto. Sem identificação até o momento.
9. Antonio Garcia da Costa. Possuidor de terras que confrontavam com as de Guilherme
Dias Cortes.
10. Antonio Luiz Tigre. Natural de Parnaíba, em São Paulo. Segundo Ermelino de Leão,
era filho de Antonio da Mota Maris e de Maria de Piña e assim neta, pelo lado paterno, de
Matheus Luiz Grou (sesmeiro no Juruqui-Mirin e que foi morador em Paranaguá) e de sua
mulher Isabel de Piña Cortes. Esta seria irmã de Isabel Antunes, casada com Baltazar Carrasco
dos Reis (v. 1, p. 93). Casou-se com Ana Rodrigues de França, filha do Capitão-Mor de
Paranaguá, João Rodrigues França. Capitão de Ordenanças. Camarista em 1700 e 1702. Em 24
de janeiro de 1726 deu à sua sobrinha Ana de Mello Coitinho, natural de Paranaguá, filha de
Francisco de Mello Coitinho e de Isabel Luiz Tigre, a sesmaria do Rio Verde e moradas de casas
em Curitiba, e à sobrinha Catarina Gonçalves Coitinho, uma sesmaria no Rodeio e Campo
Largo. Instituiu em 1727, a Capela do Tamanduá. Faleceu a 30 de dezembro de 1738, já viúvo
de Ana de França.
11. Antonio Martins Leme. Filho de Matheus Martins Leme e de Antonia de Góes. Genro
de Baltazar Carrasco dos Reis e de Isabel Antunes. Foi o redator da Ata do Levantamento do
Pelourinho, em 1668.
12. Antonio dos Reis Cavaleiro. Foi eleito Juiz da Câmara a 29 de março de 1693; foi um
dos medidores do rocio da Vila, em 1º de maio de 1693. lntegrou a Câmara em 1694. Em 24 de
outubro de 1694, batizou o filho Diogo, com Domingas Pinto.
13. Antonio Rodrigues Cid. Natural de ltanhaem, filho de Jerônimo Rodrigues e de Luiza
Maria de Side Cunha. Casado e viúvo de Maria de Lara, filha de Gabriel de Lara e de Brígida
Gonçalves. Casado novamente com Isabel Garcia Antunes, filha do Capitão Baltazar Carrasco
dos Reis e de Isabel Antunes da Silva. Faleceu em Curitiba, em 1694, já viúvo.
14. Antonio Rodrigues Seixas. Natural de Cananéia, filho de João Rodrigues Seixas,
falecido em Curitiba, em 176, e de Maria Maciel Barbosa. Casado com Maria Soares Paes, filha
de Manoel Soares, natural de Lisboa, e de Maria Paes, natural de Parnaíba. Foi Camarista em
171 e em 173. Capitão de Ordenanças, foi também Juiz Ordinário e de Órfãos. Possuía terras em
Campo Largo, Sambaqui e Cubatão. Foi também signatário dos Provimentos do Ouvidor
Pardinho. Faleceu em Curitiba, a 20 de janeiro de 1735, com 75 anos de idade.
15. Antonio de Siqueira Leme Batizou a 27 de outubro de 1684 o filho José com Maria
Celíaca.
16. Baltazar Carrasco dos Reis. Filho de Miguel Garcia Carrasco, natural de São Lucas da
Cana Verde, e de Margarida Fernandes. Já em 1645 fez entradas no sertão e, em 1648, participou
da bandeira de Antonio Domingues nos campos dos Bituruna. Casado com Isabel Antunes da
Silva, da família Preto, de São Paulo, filha de João de Piña e Domingas Antunes. O seu filho
Gaspar casou-se com Ana da Silva Leme, neta de Matheus Martins Leme. Recebeu em 29 de
junho de 1661, sesmaria concedida por Salvador Corrêa de Sá e Benevides, localizada na
paragem do Barigüi onde acabavam as terras de Matheus Martins Leme.
Faleceu em Curitiba, cm 1697, Com testamento.
17. Bartolomeu Nunes. Sem identificação até o momento.
18. Braz Leme de Siqueira. Sem identificação até o momento.
19. Caetano Leme Cabral. Sem identificação até o momento.
20. Diogo da Costa. Filho de Mateus da Costa Rosa. Casou-se em 1716 com Paula
Fernandes de Oliveira, filha de João Rodrigues Side e Isabel de Oliveira. Em 1721, em
sociedade com o Capitão José Palhano de Azevedo, propôs construir a casa da Cadeia e Câmara.
Morreu aos 90 anos, em 1747. Todavia, não assinou os provimentos de Pardinho.
21. Domingos André. A 25 de março de 1690 batizou o filho João com Maria Rodrigues.
Foi signatário da Ata do Levantamento do Pelourinho, em 1668.
22. Domingos Ribeiro de Abreu. Sem identificação até a momento.
23. Domingos Rodrigues Soares. Filho de Manoel Soares e de Maria Paes.
24. Francisco de Mello (Coitinho). Natural de São Paulo. Casado com Isabel Luiz Tigre,
irmã do Capitão Antonio Luiz Tigre, e neta do Capitão Matheus Luiz Grou, sesmeiro nos
campos de Curitiba, em 1639, e de Isabel de Piña Cortes. Pais de Salvador de Mello Coutinho,
casado com Isabel Palhano de Oliveira, de Ana de Mello Coutinho, casada com Domingos
Gonçalves Padilha. Faleceu em Curitiba, em 1739. Capitão de Ordenanças. Foi camarista em
1696, 1700, 1701,1703 e 1705.
25. Frutuoso da Costa. Casado com Ursula Garcia de Siqueira ou Ursula de Veras. Foi
camarista em 172. Seu filho Salvador da Costa foi casado com Ana Leme da Silva, filha do
Capitão Matheus Martins Leme, o Moço, natural de São Paulo, casado com Isabel do Prado
Delgado. A 4 de Abril de 1695, batizou a filha de nome Maria.
26. Garcia Rodrigues (da Cunha). Filho de Domingos Rodrigues da Cunha, signatário da
Ata de Levantamento do Pelourinho. Eleitor e juiz em 1693. Um dos medidores do rocio da Vila
em 1º de maio de 1693. Camarista em 1694 e 1696. Capitão de Ordenanças. Considerado um
dos descobridores de ouro em Curitiba. Teve sesmaria, com o pai Domingos Rodrigues da
Cunha e a irmão, localizada no Barigüi, na região conhecida como Tindiqüera. Casado com
Isabel Bicudo de Mendonça ou Isabel de Lara Bicudo, filha de Gonçalo Pires Bicudo, um dos
primeiros “ou o primeiro povoador de Curitiba", segundo Ermelino de Leão (v. 3, p. 1235). Era
neta do bandeirante Manoel Pires. Foram moradores de Paranaguá, depois passaram a Curitiba.
Faleceu a 4 de março de 1740.
27. Gaspar Carrasco dos Reis. Filho de Baltazar Carrasco dos Reis. Casado com Ana da
Silva Leme, filha do Capitão Antonio da Costa Veloso e de sua mulher Ana Maria da Silva, filha
de Matheus Martins Leme e de Antonia de Góes. Assinou a Ata do Pelourinho, em 1668, e os
provimentos de Pardinho em 1720.
28. Gonçalo Pires (Bicudo). Filho do bandeirante Manoel Pires e de Maria Bicudo. Casado
em São Paulo, em 1634, com Juliana Antunes Cortes, filha de Inocêncio Fernandes Preto, a
Velho, e de Catarina Cortes. Em 1660, já eram moradores de Curitiba, conforme procuração
passada em pousadas do Capitão-Mor Gabriel de Lara. O sogro Inocêncio Fernandes Preto veio
com toda a família para Curitiba, em 1653, fundando o povoado dos Cortes, segundo Ermelino
de Leão (v.2, p. 776).
29. Inocêncio de Medina. Em 24 de maio batizou Francisca filha de Servita Rufina.
30. Jerônimo Rodrigues Cid. Casada com Luiza Maria Side da Cunha. Pais do Capitão
Antonio Rodrigues Side, que foi casado com Isabel Garcia Antunes, filha de Baltazar Carrasco
dos Reis, já viúvo de Maria de Lara, filha de Gabriel de Lara e Brígida Gonçalves. Possuía casa
e sitio nos limites fixados a sudeste do rocio da Vila. Morreu, em Curitiba, em 1694, já viúvo.
31. João Álvares Martins. Filho de Salvador Martins Leme e de Isabel Fernandes de
Siqueira. Neto do Capitão Matheus Martins Leme. Casado com Maria Souto, em 29 de
dezembro de 1692 batizou a filho joão. Faleceu em São José dos Pinhais, em 1730.
32. João Felix Cavalcanti. Sem identificação até o momento.
33. João Martins Leme. Assinou a Ata do Levantamento do Pelourinho. Filho de Antonio
Martins Leme e Margarida Fernandes dos Reis. Neto de Matheus Martins Leme. Casado em
Curitiba com Catarina Rodrigues Pinto, filha de João Carvalho Pinto e Maria Rodrigues da
Cunha. Assinou os provimentos de Pardinho.
34. João Leme da Silva. Eleitor em 1693.
35. João Pereira de Avelar. Sem identificação até o momento.
36. João Rodrigues Seixas. Eleito escrivão da Câmara em 1693. Filho do Capitão Antonio
Rodrigues Seixas e de Catarina Marins. Natural de Viana, Portugal. Casado com Maria Maciel
Barbosa, de Cananéia. O filho do Capitão Antonio Rodrigues Seixas casou com Maria Soares
Paes, filha de Manoel Seixas. A filha Isabel Rodrigues casou com Lourenço de Andrade.
Faleceu em 1700. Não assinou, todavia, a Ata de 1693.
37. João de Siqueira (Nunes). Eleitor em 1693. Camarista em 1699.
38. João Veloso da Costa. Possível neto de Matheus Martins Leme. Mineiro do Arraial
Grande. Declarou que até 30. 6.1725 tirou 200 oitavas de ouro.
39. José de Góes. Casado com Páscoa Rodrigues, filha de Jerônimo Rodrigues Cid e Luzia
Martins Side. Em 28 de março de 1693 batizou a filha Domingas.
40. João Rodrigues Cid. Morador em Paranaguá, recebeu sesmaria de Gabriel de Lara, em
18 de março de 1681, alegando ser morador a dois anos na povoação de Nossa Senhora da Luz
dos Pinhais, com criações de gado.
41. José Pereira y Quevedo. Nomeado Juiz a 29 de março de 1693. Recebeu carta de
sesmaria, a 25 de dezembro de 1691, de Matheus Martins Leme, as terras indo até onde
terminavam as de Antonio Leme e Paula Leme da Costa.
42. Luiz de Góes. Casado com Maria de Siqueira Cortes, filha de Inocêncio Fernandes
Preto, o Moço, e de Maria Siqueira. Recebeu sesmaria de Gabriel de Lara, em 1668, abaixo do
Rio Barigüi até a Passaúna (Tindiqüera). Fora signatário da Ata de Levantamento do Pelourinho.
43. Luiz Leme da Silva. Sem identificação até o momento.
44. Luiz Rodrigues (da Cunha).Em 20 de janeiro de 1685 batizou Úrsula e em 29 de
janeiro de 1687 batizou Sebastião, seus filhos, com Isabel de Pinna. Foram pais ainda de Luzia
Rodrigues, casada com Vicente de Góes. Foi camarista em 1696. Vendeu terras em 1731 ao
Capitão Antonio Luiz Tigre.
45. Luiz da Siqueira. Camarista em 1696. Casado com Ana de Leme. Ambos naturais de
São Paulo. Em 12 do agosto de 1687, batizou a filha Maria e em 16 de novembro de 1688, a
filho Antonio.
46. Lourenço Pinto. Batizou em 7 de agosto de 1695, o filho Antonio com Maria Garcia, e
em 15 de fevereiro de 1699, o filho Manuel. Em 175, recebeu sete braças de terras correndo
defronte de suas casas.
47. Manoel Álvares Pedroso. Foi Tabelião Judicial e Notas e Escrivão de órfãos e
Almotaçaria, em 1697. Escrivão da Câmara em 172.
48. Manoel Dias Cortes. Sem identificação até o momento.
49. Manoel Picão de Carvalho. Natural de Paranaguá. Foi um dos povoadores de Curitiba,
onde passou a residir em 1683. Camarista em 1695 e 1699.Teve patente do Capitão-Mor de
Paranaguá, foi Capitão de Infantaria da Vila de Curitiba, em 28 de junho de 1698. Filho do
Capitão Manoel Picão de Carvalho e de Ana Maria Bicudo, esta, filha do Capitão Garcia
Rodrigues Velho e de sua mulher Isabel Bicuda de Mendonça. Casado com Maria Leme, filha de
Matheus Martins Leme e Antonia de Góes, em 27 de julho de 1683. Assinou os Provimentos do
Ouvidor Pardinho. Faleceu em 1728.
50. Manoel da Silva Baião. Filho de Bernardo da Silva e de Maria Coutinha de Melo.
Casou-se a 15 de julho de 1685 com Maria da Silva Veloso, filha de Antonio da Costa Veloso e
Ana Maria Silva. A 6 de agosto de 1689 batizou o filho Manoel.
51. Manoel Soares. Foi nomeado juiz da Câmara em 1693 e medidor do rocio em 1º de
maio de 1691. Sua mulher Maria Paes era filha de Baltazar Carrasco dos Reis. Foi camarista em
1694 e 171. Recebeu sesmaria em 15 de fevereiro de 1683, no Botiatuva, vizinho às terras de
Baltazar Carrasco dos Reis. Faleceu em Curitiba em 8 de fevereiro de 175.
52. Matheus João Leme. Sem identificação até o momento.
53. Matheus Martins Leme, o Velho. Filho de Thomé Martins e de Leonor Leme. Casado
com Antonia de Góes. Tiveram os filhos: 1. Antonio Martins Leme, natural de São Paulo,
casado com Margarida Fernandes dos Reis, filha de Baltazar Carrasco dos Reis, Tabelião de
Curitiba de 1668 a 1674; 2. Matheus Leme da Silva, natural de São Paulo, casado com Isabel do
Prado Delgado; 3. Ana Maria da Silva, casada com Antonio da Costa Veloso; e 4. Maria Leme,
casada com Manoel Picão de Carvalho. Teve ainda o filho legitimado Salvador Martins Leme,
casado com Isabel Fernandes de Siqueira, e o filho Miguel Martins Leme, não legitimado,
falecido solteiro antes de 1695.
54. Matheus Martins, a Moço, ou Matheus Leme da Silva. Filho de Matheus Martins Leme
e Antonia de Góes. Natural de São Paulo. Casado com Isabel do Prado Delgado. Camarista em
173. Faleceu em Curitiba, em 1740, com 12 anos. Foi signatário da Ata do Levantamento do
Pelourinho. Contudo, não assinou os Provimentos de Pardinho.
55. Miguel Delgado. Sem identificação até o momento.
56. Miguel Fernandes de Siqueira. Natural de São Francisco. Casado com Maria Luiz
Tigre, a 8 de abril de 1687. Antigo povoador de Antonina, transferiu-se para Curitiba, onde se
casou. Batizou em 23 de junho de 1690 o filho Antonio e em 12 de março de 1694, a filha
Catarina. Foi Tabelião, de 1717 a 1723. Faleceu em 1751, com 90 anos.
57. Miguel Rodrigues. Sem identificação até o momento.
58. Nicolau de Miranda Franco. Foi almotacel em 1696. Batizou em 7 de abril de 1697 o
filho Antonio com Silvana.
59. Paulo da Costa Leme. Em 3 de outubro de 1688 batizou a filha Antonio com Isabel
Nunes de Bittencourt, e em 21 de março de 1693, a filha Josefa. Recebeu terras em 1691.
60. Pedro Gonçalves Martins. Sem identificação até o momento.
61. Pedro Rodrigues (Escudeiro). Natural de São Paulo. Filho de Afonso Escudeiro e de
Maria Rodrigues. Casou-se, em 22 de fevereiro de 1688, em Curitiba, com Luzia Rodrigues Sid,
filha de João Rodrigues e Isabel de Oliveira. Em 1695 foi nomeado almotacel pela Câmara
Municipal.
62. Pedro de Moraes de Monforte. Casado com Catarina de Lemos, filha de Manoel de
Lemos Conde.Tiveram os filhos Pedro de Moraes de Monforte, o Moço, e o Capitão Gaspar
Gonçalves de Moraes. Catarina de Lemos era já viúva e decrete em 1731.
63. Plácido de Ramos. Sem identificação até o momento.
64. Roque Fernandes. Casado com Domingas Pinto.
65. Salvador Martins (Leme). Filho legitimado de Matheus Martins Leme. Casou-se em
Curitiba, a 7 de junho de 1683, com Isabel Fernandes de Siqueira, filha de Luiz Fernandes de
Siqueira e Suzana de Siqueira. Em 9 de abril de 1694, batizou o filho Alberto, e, em 17 de junho
de 1694, a filha Maria.
6. Salvador Rodrigues. Casado com Domingas Siqueira de Almeida. Batizou a 2 de junho
de 1695, o filho Domingos.
67. Vicente de Góes. Casado com Luzia da Cunha ou Rodrigues, filha de Luiz Rodrigues e
Isabel de Pinna, de Paranaguá, e falecida em 1691.

Outros moradores estavam presentes em Curitiba, na conjuntura da instalação da Vila,


ainda que não houvessem assinado o Ato da Criação da Justiça, conforme se conhece por outras
fontes, assim, por exemplo:

1. Antonio de Lara. Filho de Gabriel de Lara e de Brígida Lourenço. Casado a 26 de abril


de 1683 com Antonia Luiz de Marins, filha de Antonio da Mota Maris e de Maria do Piña, neta
de Matheus Luiz Grou.
2. Antonio Marques. Casado com Ana de Freitas. Batizaram a 24 de outubro de 1688, a
filha Joana.
3. Antonio Martins Frutuoso. Casado em Curitiba a 1º de setembro de 1685, com Maria
Mendes.
4. Bartolomeu Gonçalves. Casado a 25 de abril de 1686, com Elena de Souto. Ele, filho de
João Gonçalves e Maria Pendes. Ela, de Agostinho Rodrigues e Felicia Rodrigues, de São Paulo.
5. Antonio Ribeiro da Costa, o Baião. Filho de Estevão Ribeiro da Silva, o Baião, e de
Madalena Fernandes Feijó. Foi camarista em 1698. Faleceu em Curitiba em 1725. Casado com
Maria de Siqueira Almeida, filha do Capitão Manoel da Cunha Gago e de Ana de Siqueira,
falecida em 1617. Foram os pais do Capitão Estevão Ribeiro Baião.
6. Diogo Dias de Moura. Casado com Leonor Gonçalves. A 17 de junho de 1690,
batizaram a filha Cecília, e a 10 de junho de 1694, Suzana.
7. Domingos da Silva. Casado com Ana Martins. Batizaram o filho João, a 10 de abril de
1684.
8. Francisco Dias. Casado com Luzia Teixeira. A 15 de maio de 1694, batizaram a filha
Tereza.
9. Francisco Luiz. Casado com Maria Side (Rodrigues). A 9 de abril de 1694 batizaram a
filho Antonio e a 9 de junho de 1695, a filha Ventura. Casado em segundas núpcias com Maria
Álvares Pedrosa.
10. Guilherme Dias Cortes. Foi um dos medidores do rocio da Vila, a 1º de maio de 1693.
Camarista cm 1694, 1700, 1702, 1709 e 1714. Natural da Parnaíba. Casado com Maria das
Neves, filha de Baltazar Carrasco dos Reis e de Isabel Antunes. Tomou parte na bandeira de
1679.Proprietário do Sítio de Barigüi e Passaúna (sesmaria recebida em 1695), além de sesmaria
entre os Rios Iapó e Fortaleza. Em 1730, aos 56 anos, casou-se com a viúva Maria Leme do
Prado.
11. Guilherme de Oliveira Lara. Casado com Severina. Batizaram a 8 de abril de 1697, a
filha Maria.
12. João de Carvalho Pinto. Juiz de Órfãos em 1694 e almotacel em 1695. Natural de
Portugal, casado com Maria Rodrigues da Cunha, filha do Capitão Garcia Rodrigues Velho e
Isabel Bicudo de Lara. Sua filha Catarina, casou-se com João Martins Leme, neto de Matheus
Martins Leme. A 6 de julho de 1695, batizaram a filha Maria. Em 1668, recebeu sesmaria entre
o Passaúna e as matos de Curirihó.
13. João Carneiro. Casado com Francisca Carneiro. Batizaram o filho Jose, a 15 de
outubro de 1690.
14. João Lopes Pereira. Casado com Antonia Borges. A 13 de março de 1694, batizaram a
filha Maria.
15. João Martins. Casado com Ana de Souto, batizaram o filho Manoel a 14 de maio de
1695.
16. João do Couto. Filho de Martinho do Couto e Vivência Deveras, casado em lº de
novembro de 1689, com Isabel da Guarda, filha de Pedro da Guarda e Maria Soares. A 31 de
janeiro de 1695, batizaram a filha Maria.
17. João Tavares de Miranda. Casado com Isabel Domingues. Exerceu o cargo de
avaliador em 1697, em Curitiba, e de escrivão em Paranaguá, em 1699. Faleceu em Curitiba, em
1710.
18. José Martins Leme. Filho de Antonio Martins Leme e Margarida Fernandes dos Reis.
Neto de Matheus Martins Leme e de Baltazar Carrasco dos Reis. Casou com Antonia Ribeiro da
Silva, filha do Capitão Antonio Ribeiro da Silva e de Maria Siqueira de Almeida.Recebeu
sesmaria, em 1681, na campina de Dom Rodrigo (Campo Largo).
19. José Teixeira de Azevedo. Nasceu em Iguape. Camarista em 1695, 1699, 1702 e 1703.
Almotacel em 1696 e Juiz de órfãos em 1741. Casado com Domingas Antunes Cortes, filha de
Baltazar Carrasco dos Reis e Isabel Antunes, a 1º de novembro de 1685.
20. Manoel Corrêa. Casado com Florinda. Em 29 de junho de 1697, batizaram o filho
João.
21. Manoel de Freitas. Casado com Serafina Magalhães. A 2 de fevereiro de 1695,
batizaram os gêmeos Salvador e Joana.
22. Manoel Rodrigues Fenirio. Casado com Silvana. Batizaram a 9 de fevereiro de 1693, o
filho Gaspar.
23. Martinho do Couto. Casado com Vicência Deveras. A 9 de julho de 1684 batizaram o
filho Marçal, a 2 de fevereiro de 1689, a filha Ana. Pais de João do Couto, casado cm 1689 com
Isabel da Guarda, filha de Pedro da Guarda e de Maria Soares.
24. Nuno Bicudo de Mendonça. Natural da Parnaíba. Filho do bandeirante Capitão Manoel
Pires e de Maria Bicudo. Casado com Maria de Souza, filha de Antonio de Souza e de Isabel de
Oliveira. Procuração de 15 de abril de 1660, os declarava “moradores na Vila de Nossa Senhora
da Luz de Curitiba”. Foi Ouvidor da Capitania de Paranaguá, em 1671.
25. Salvador da Costa. Casado com Teodósia. Batizaram o filho Álvaro, em 28 de junho de
1695.
26. Salvador Nunes de Abreu. Casado com Antônia Rodrigues. Em 9 de agosto de 1694
batizaram a filha Isabel.

Logo após a instalação da Câmara, o Provedor das Minas de Paranaguá, Gaspar Teixeira
de Oliveira, em carta de 18 de março de 1695, afirmava que na povoação de Curitiba existiam
minas de ouro de lavagem "já há dois anos” (sic), e “como os mineiros delas são todos
moradores na Vila de São Paulo, e tem feito estrada por aquela povoação, por onde se recolhem
às suas casas, levando quarenta dias, é difícil obrigá-los a quintar o ouro que levam em grande
quantidade”.
O Ouvidor Geral Rafael Pires Pardinho, em carta de 30 de agosto de 1721, na qual dava
contas ao Rei dos trabalhos realizados na Correição das Vilas do Sul, em relação à Curitiba,
dizia textualmente:
Esta povoação se principiou haverá 80 anos por alguns moradores que subiram desta Vila
(Paranaguá) e levaram pela serra acima algumas cabeças de gado vacum e algumas éguas que
multiplicaram
Segundo o Ouvidor Geral, muitos paulistas andavam lavrando em suas paragens, “mas as
largaram para irem para as Minas Gerais, quando se descobriram”.
Assinala que, no ano de 1693, “se levantou esta povoação em Vila por aclamação dos
moradores”.
Aliás, alude à existência de duas freguesias: a de Nossa Senhora da Luz de Curitiba e a de
São José e do Senhor Bom Jesus do Perdão.
Memória Histórica sobre a Capitania de São Paulo, de autoria de Marcelino Pereira Cleto,
datada de Santos, 11 de fevereiro de 1785, existente no Arquivo Nacional da Torre do Tombo,
afirma que Eleodoro Ébano Pereira fundou as povoações de Paranaguá e Curitiba, conforme
consta da carta de sesmaria concedida por Manoel Pereira Lobo, Capitão-Mor de São Vicente e
Loco-Tenente do Conde de Monsanto, aos 21 de outubro de 1648, a Eleodoro Ébano Pereira,
conforme está registrado às fls. 77 do Livro de Sesmarias nº 10, da Executória de São Paulo.
Manoel Pereira Lobo, era competente para fazê-lo pois por Resolução Régia, de 4 de maio de
1647, era designado para a função (J. Cortesão, p. 400).
Bastante conhecida é a carta de Lourenço Ribeiro de Andrade ao Coronel Antonio Neves
de Carvalho, datada de 30 de novembro de 1797, dando notícias acerca das origens e fundação
de Curitiba.
Conforme a narrativa de Lourenço de Andrade Ribeiro, tem-se que :.

BANDEIRANTES NA GENEALOGIA CURITIBANA I

Ricardo Costa de Oliveira

Em 27 de setembro de 1742 casaram na Igreja de Nossa Senhora da Luz dos Pinhais de


Curitiba o Alferes Miguel de Miranda Coutinho e Isabel da Silva de Jesus. Ele era filho de
Amaro de Miranda Coutinho com Maria de Barros, moradores em Paranaguá. Ela era filha do
Capitão João Carvalho de Assunção com Maria Bueno da Rocha. Meu bisavô e minha bisavó
descendiam desse casamento. (O meu avô paterno deveria fazer uma hemodiálise tamanha a
quantidade de sangue de raças infectas judeu e tupi).
João Carvalho de Assunção era filho de Manoel Picam de Carvalho com Maria Leme
(filha do Capitão-Povoador de Curitiba Mateus Martins Leme com Antonia de Góes). O Manoel
Picam de Carvalho era filho do pai de mesmo nome Manoel Picam de Carvalho com Ana Maria
Bicudo. Ela era filha do descobridor do ouro em Curitiba, o Garcia Rodrigues Velho (SL7,456)
com a Isabel Bicudo de Mendonça. O Garcia seria neto do avô de mesmo nome Garcia
Rodrigues Velho casado com Maria Beting (Silva Leme, Volume nº 7, 452), filha do Geraldo
Beting, alemão especialista em mineralogia, casado com Custódia Dias, por sua vez neta do
Manoel Fernandes Ramos com Suzana Dias (cabeça do título Fernandes Povoadores, criadores
de Santana do Parnaíba e de Sorocaba). A Suzana seria neta do Tibiriçá. Outra filha do Geraldo
Beting com a Custódia foi a Maria Beting, casada com o Fernão Dias Paes, o das esmeraldas.
Voltando para o descobridor do ouro em Curitiba, o Garcia Rodrigues Velho, sua mulher
era a Isabel Bicudo de Mendonça, filha do Gonçalo Pires Bicudo com a Juliana Antunes Cortes,
povoadores de Curitiba desde a década de 1650 (SL 8,326). O Gonçalo era filho do Manoel
Pires, bandeirante que desde 1615 aparece nas entradas para o sul. Em 1628 estiveram na grande
bandeira do Guairá com o seu genro Antonio Raposo Tavares. O Manoel atacou o Colégio dos
Jesuítas em Barueri e também foi um dos chefes na bandeira desbaratada em Mbororé em 1641.
Foi casado com Maria Bicudo.Tinha fazendas em Parnaíba e em Cutia com muitos escravos
índios.
O casal patriarca nos campos de Curitiba, o Gonçalo Pires Bicudo c.c. Juliana Antunes
Cortes formaria um novo ponto remoto de apoio e refúgio do partido dos Pires (partido mais
orientado para a facção portuguesa) na luta contra os Camargos, como se percebe no título de
Nossa Senhora da Luz invocado na formação da nova povoação. A Juliana era filha do Inocêncio
Fernandes Preto (neto do Antonio Preto, cabeça do título dos Pretos SL8,269,323-26) c.c
Catarina Cortes. Antonio Preto participou da primeira entrada no sertão do litoral paranaense em
1585 sob o comando do Capitão-Mor Jerônimo Leitão. Os Preto, tradicional família de
assassinos dos sertões e membros da governança de SP, estiveram presentes em todo o ciclo
meridional das bandeiras. O Gonçalo era filho do Manoel Pires c.c Maria Bicudo e n.m do
Antonio Bicudo Carneiro, natural da Ilha de São Miguel nos Açores. Foi da governança de SP e
teria mandado levantar o seu pelourinho em 1585 (da turma da ordem e progresso). Também
participou da grande bandeira contra o Guairá em 1628.
O bandeirantismo foi um fenômeno controlado por poucos grupos familiares. Umas dez
redes de parentesco todas ligadas entre si e com forte presença tupiniquim. O que significou o
bandeirantismo? A posse das terras além do Tratado de Tordesilhas. A formação do território
brasileiro. O seu empreendimento reuniu as energias de uma nova sociedade criada na fusão
entre os tupiniquins e os portugueses. Uma bandeira possuía um contingente indígena muito
maior que o número de "brancos". Os tupis eram descritos como mais ferozes que os
portugueses. Grupos de combate extremamente operacionais e bem adaptados aos sertões.
Violência e crueldade resultavam como produto da busca e apreensão de mão-de-obra para a
economia paulista dos séculos XVI e XVII. Primeiro defenderam São Paulo contra os
tupinambás (tamoios) e franceses do RJ e depois passaram a ofensiva. Quem quiser verificar o
impacto destrutivo das bandeiras pode ler o depoimento do Padre Montoya na Conquista
Espiritual (Editada pel!o Martins Livreiro). Tal como 388 anos de escravidão negra, a verdade
deve ser pesquisada. Não podemos mudar o passado e somos o que os nossos antepassados
fizeram. Como é difícil essa dialética entre grandeza e miséria, glórias e sofrimentos eternos.
Isabel da Silva de Jesus c.c o Alferes Miguel de Miranda Coutinho em Curitiba em
27/IX/1742.
A sua mãe foi a Maria Bueno da Rocha ( (SL 3,24), filha do capitão Antonio Bueno da
Veiga, filho do Baltazar da Costa Veiga, potentado em arcos que seguiu na bandeira de Fernão
Dias Pais em 1676 em MG. O chefe dos paulistas na guerra dos emboabas foi o Capitão-Mor
Amador Bueno da Veiga, irmão do Antonio e filho do Baltazar. Antonio Bueno da Veiga estava
em Curitiba desde 1684, posteriormente iria para MG. O pai do Baltazar foi o Jerônimo da
Veiga, falecido em 1660, c.c Maria da Cunha (título dos Cunha Gago e Prado). A mulher do
Baltazar foi a Maria Bueno de Mendonça, filha do Amador Bueno (o moço SL1,419) e neta do
Amador Bueno da Ribeira (o aclamado) c.c Bernarda Luiz. Principal núcleo do poder mameluco
seiscentista de São Paulo, descendentes dos maiorais tupis (Tibiriçá, Piquerobi) com João
Ramalho, os Pires, o Carvoeiro e outros. A Isabel Fernandes da Rocha (Mãe da Maria Bueno da
Rocha) c.c Capitão Antonio Bueno da Veiga, inventariada em 1717 em Curitiba, era filha do
Capitão Antonio Bicudo Camacho (NegrãoV4,210), muito ativo na mineração curitibana dos
fins do século XVII, filho do Sebastião Fernandes Camacho, por sua vez filho do pai com
mesmo nome de Sebastião Fernandes Camacho c.c Maria Affonso e neta do Pedro Affonso que
"resgatou" a polêmica tapuia também antepassada dos Camargos SL1,2,6 e7).
O segundo Sebastião Fernandes Camacho foi c.c. Isabel Bicudo de Brito, filha de Antonio
Bicudo c.c. Maria de Brito (filha do Diogo Pires c. Isabel de Brito). O Antonio seria filho do
Antonio Bicudo Carneiro (Genealogia Paulsitana 6º,297,338) já descrito na última mensagem,
título Bicudo. O último Capitão-Mor de São Francisco do Sul, o Antonio de Carvalho Bueno
(bisavô da minha bisavó) era filho do João Mathias de Carvalho, irmão da Isabel da Silva de
Jesus, logo neto do João Carvalho de Assunção c.c a Maria Bueno da Rocha. Tudo sangue bom
(como se diz no RJ tudo CB).
Documento da Câmara de Laguna descrevendo o que havia então registrado nessa vila em
9/XI/1723
Títulos dos livros e mais papéis que há no cartório desta Vila de Santo Antonio dos Anjos
da Laguna. Inventário dos bens do Capitão Antonio Bicudo Camacho feito pelo Juiz do Rio de
São Francisco Joseph Vieira em 1712.
Inventário que fez Joseph Pinto Bandeira por morte de sua mulher Catherina de Brito feito
pelo Juiz Domingos de Oliveira Camacho no ano de 1715.
Inventário por morte de Margarida Siqueira mulher de Sebastião Fernandes Camacho
sendo Juiz Baltazar Soares Lozada no ano de 1720
Inventário de Domingos Alvares sendo Juiz Domingos de Oliveira Camacho em 1723
Inventário de Domingos André sendo Juiz Domingos de Oliveira Camacho em 1723
Inventário de José Velho, sendo Juiz Sebastião Fernandes Camacho em 1723.
Testamento com que faleceu Antonio Bicudo Camacho no ano de 1720.Testamento de
Francisco Machado Chaves.Testamento em que faleceu Maria dos Passos em 1721. Há várias
referências a Manoel Manso de Avelar, Sebastião de Brito, Vito de Brito e Estevão de Brito.
Processos e devassas sobre assassinatos de pessoas e de índios na região. Lázaro de Lemos,
Escrivão da Câmara. Infelizmente era uma relação sobre esses títulos sem conteúdo, papéis de há
muito já perdidos. C0257. Laguna 25-IV-4.Arquivo do Estado de São Paulo
Docs de SC, Laguna 1723 ". Ricardo Costa de Oliveira
SESMARIAS DO PARANÁ ENTRE 1721 E 1821

Amaro Miranda Coutinho, morador em Paranaguá. Uma légua de terras em quadra na


paragem chamada Olho d'Agua, junto ao sítio em que se assiste, que vai conquistar com as terras
dos padres da Companhia que corre ao Sul a testada ao rumo de Norte e quarta de Nordeste.
Anna Pinheira, moradora em Paranaguá. 800 braças de terra na paragem chamada
Cubatão, partindo das terras de José Machado pelo rio acima até o córrego chamado Cuary.
Anna Siqueira Mendonça. Três léguas de terras a saber: Uma légua na paragem onde o
suplicante tem o seu perímetro curral, que chamam de S. Domingos na paragem velha do
ribeirão chamado Tibagy, correndo ribeirão acima entre o capão chamado dos Porcos, debaixo
de onde nasce até entestar com o mato grosso do Itaembé a perfazer o resto no mesmo correr do
Itaembé que vai cercando os campos para a parte do Cambejú e as duas na paragem chamada
Itaiacoca pelo caminho antigo buscando a cabeceira do Rio Verde que nasce no mato grosso do
Itaembé correndo rio abaixo entrando num capão que fica da outra banda do ribeirão chamado
do Pouso Alegre com as quadras para o sertão.
Anna de Siqueira Mendonça. Campos de Curitybana, paragem chamada Tibagy e Pouso
Alegre. Três léguas de terras a saber. Uma légua na paragem onde está o seu primeiro curral,
começando no lugar onde chamam a passagem do rio Tibagy, correndo o rumo de Noroeste e as
duas na paragem chamada Tiayacoco correndo para a paragem do rio Verde entretanto um capão
que fica do outro lado do ribeirão chamado dos Pousos Alegres com as quadras para o sertão.
Antonio Costa Ferreira, morador em Curityba. Três léguas de terra de comprido e uma de
largo, sitas no termo da Villa de Curityba entre o Pirahy Guassú e o Pirahy Mirim as quais
partem com Francisco da Costa e vão fazer barra no rio Hyapó.
Antonio Ferreira Amado45, morador na Villa Nova do Príncipe. Uma sorte de terras
compradas a João Dias de Freitas nas testadas ou sobrequadras dos campos denominados de
Santa Clara, pertencentes ao patrimônio do Reverendo João Cardoso de Menezes, desde o fim
dos ditos campos do patrimônio daquele padre, finda a sua medição e campo e matos que
sobrarem entre dois ribeirões por eles acima, denominados Santa Clara e São Francisco, até onde
perfazer uma légua de sertão, servindo de testada o rumo e quadra do referido patrimônio.
Antonio Ferreira Mattoso, morador em Paranaguá. Meia légua de terras de testada e légua
e meia de fundo na paragem chamada Morumby, distrito da Villa de Paranaguá que de um lado
partem com o ribeirão que passa ao pé do morrete onde está situada Ignez Pedrosa e de outro

4
Descendentes em Cruz Alta.
5
Antônio Ferreira Amado, morador em Vila Nova do Príncipe. Terras compradas a João Dias de Freitas nas testadas
ou sobrequadras dos campos denominados de Santa Clara, pertencentes ao patrimônio do reverendo João Cardoso de
Meneses, desde o fim dos ditos campos do patrimônio daquele padre, finda a sua medição e campos e matos que
sobrarem entre os dois ribeirões por eles acima denominados Santa Clara São Francisco até onde perfazer uma légua
de sertão, servindo de testada o rumo e quadra do referido patrimônio. 2 de setembro de 1815 (Registro de sesmaria
na Lapa, José Carlos Veiga Lopes).
principia da barra do dito ribeirão com o fundo para a. serra do Morumby.
Antonio Ferreira de Quadros. Veja Margarida Domingues.
Antonio Gonçalves Padilha6, morador em Viamão. Uns campos na paragem chamada de
Lages, Fazenda de N. S. da Natividade, comprados a Manoel Barbosa Franco, acusa, digo acima
da serra a uma parte da estrada que vai para Viamão e Rio Grande, principiando na paragem
chamada Morro da Boa Vista pequena, confrontam pela parte do Sul com a fazenda do Coronel
Felix José Pereira correndo rumo direito a Norte até a porteira do cercado e arranchamento do
dito padre José Carlos da Silva a que poderá ter de distância 2 léguas e meia, pouco mais ou
menos, cujo rumo fica servindo de data sendo o sertão em quadra com a mesma testada de Leste
principiando nas testadas ou fim dos campos de Simão Barbosa Campos, até entestar com o
ribeirão Pellotinhas que divide os campos de João Antunes Pinto.
Antonio Gonçalves Rodrigues, morador em Curityba.Três léguas de terras no distrito da
Villa de Curityba, da outra parte do registro, correndo o rio Grande abaixo coisa de seis léguas
pouco mais ou menos adiante de um restingão em que findam os campos de Manoel da Luz.
Antonio José Pinto Bandeira, da Villa de Curityba. Uma sorte de terra onde residiu algum
tempo Francisco Fernandes Saraiva, que principiam do morro do Potunaá, águas vertentes e
correndo entre os dois arroios, um denominado do Potunaá e outro rio dos Patos, fazendo testada
no rio Capivary.
Antonio Lopes Thomar. Veja Luiz Rodrigues Villares (duas).
Antonio Luiz Tigre, morador nos campos gerais de Curityba. Uma légua de terras de
testada que começará no rio Verde até a paragem chamada da Índia, pelo rumo de Leste ao Este
e três de comprido pelo rumo de Norte a Sul até o rio Grande que é a parte do Sul e para o Norte
o que se achar.
Antonio Pinto Guedes. Curityba. Uma légua de terras em quadra entre o rio Hyapó e o
Pitanguy, onde faz barra no Hyapó o Tibagy, começando da sesmaria que apresentava,
começando na dita barra como constava da sesmaria que apresentava em virtude da qual
formava a fazenda São João.
Antonio Pompeu Taques. Três léguas de sertão no rio Verde, sertão de Curityba e uma de
testada. Começa a sua testada no rio Verde e o sertão até o Itararé rumo direito.
Antonio Rodrigues de Carvalho, morador em Paranaguá. Meia légua de terras na paragem
Cubatão, principiando em um charco nos fundos dos cultivados do suplicante correndo o rio
Cubatão acima pela parte esquerda até o ribeirão Cari, onde este recebe parte da água do Rio
Grande junto à tapera de Ignacio Alvares, partindo pela parte de baixo com terras de José
Machado correndo de Nordeste a Sudoeste com todos os seus fundos.
Antonio de Toledo Lara (padre) e suas irmãs Anna, Escolastica e Ursula. Quatro léguas de
terras, digo quatro léguas e meia de terras no Curralinho, distrito da Villa de Curityba, que houve

6
Em Lages.
por herança de seus pais com títulos de sesmaria e que estas findam no Ribeirão chamado da
Fortaleza e que o número de gado por ser já muito numeroso não pode subsistir nos campos da
dita paragem por serem pequenos e pastam desde o princípio da dita fazenda estabelecida há
mais de 50 anos nos campos, que principiam do dito ribeirão e vão pelos do Salto até o rio do
Vorá, por ser místico aos campos da dita fazenda com divisa comente do dito ribeirão.
Bartholomeu Paes de Abreu, Antonio Pinto Guedes e José de Goes e Moraes. Terras no
sertão de Curityba. Uns campos que descobriram chamado São João entre o rio Hyapó e o
Pitanguy, até onde fazia barra no Hyapó o Tibagy. Légua e meia de comprido e uma de largo,
começando onde tem assento o seu curral, vizinho ao rio Hyapó desde o dito curral e légua e
meia de comprido ao rumo de Oeste e a légua de largo fazendo quadra no mesmo curral onde
principiará a medir a dita légua e meia de comprido a rumo de Oeste e a de largo para o Norte
até entestar o Itaembé que fica sobre o Hyapó e o que faltar para inteirar a dita légua se inteirará
para a parte do Sul e quando o rumo do Oeste encontre com o rio Hyapó sempre será o
suplicante inteirado do mesmo campo da dita légua e meia.
Bartholomeu Paes de Abreu, Antonio Pinto Guedes e o Capitão-Mór José de Goes e
Moraes, Curityba. Terras na paragem chamada S. João, entre o rio Hyapó e o Pitanguy até onde
faz barra no Hyapó o Tibagy.
Bartholomeu Paes de Abreu. Veja Antonio Pinto Guedes.
Belchior Barbosa Lobo. Um sítio chamado as Palmeiras que corre pelo riacho assim
chamado, direito à serra e parte por uma banda com o ribeirão das Lages e por outra com o
ribeirão do Bezerra, não excedendo de três léguas de comprido e uma de largo.
Belchior Barbosa Lobo. Um sítio que lhe deu Domingos Bezerra chamado Santa Engracia
no ribeirão do Bezerra que parte com o capitão Francisco Paes pela parte de baixo principiando o
comprimento onde faz a extrema correndo rio acima três léguas até o ribeirão da Rancharia
ficando com uma légua de largo.
Belchior Barbosa Lobo. Um sítio da Tapera por compra feita a Domingos Bezerra de
Mesquita, principiando suas confrontações no corpo da fazenda correndo rio do Bezerra acima
até a Palmeira com a largura que alcançar entre a serra em que entra um capão de mato grosso
que se acha dentro da mesma fazenda.
Benedicto Marianno Ribas, morador na Villa de Castro. Meia légua de terras em quadra,
contíguas ao campo de S. Miguel e principiando no ribeirão do mesmo nome em frente e que
corre ao Sul, nascendo as cabeceiras dos campos de Pitanguy a fazer barra para a parte do Norte
com o mesmo Rio Pitanguy e partindo com o arroio que divide as terras de que está de posse
Lino Sutil de Oliveira e que corre para o Nascente a fazer barra pelos fundos para a parte do
sertão com o ribeirão grande, servindo este de divisa e confrontação dos ditos fundos.
Bento Marques Chavasques. Palmital. Meia légua de terras em quadra principiando sua
demarcação na entrada do capão do Palmital do lado do povoado, partindo com as terras do
capitão Luiz Pedroso que ficam na encruzilhada da Curityba correndo pela dita estrada e capão
para a parte das Minas ficando-lhe esta em meio até fazer a dita meia légua.
Bento Rocha. Veja Margarida Domingues.
Bernardino da Costa Filgueiras, da Villa de Lages. Uns campos e matos chamados os
Indios, termo da mesma Villa, que principiam na serra do rio Caveiras donde saem dois
ribeirões, um chamado o Piçarrão, que divide os campos de José do Amaral e outro que passa do
mato de S. Catharina, chamado a posse de José Gomes e ambos deságuam no rio Canoas e
fazem fundo os campos do suplicante.
Bernardo Furquim. Uma légua de terras em quadra no caminho de Curityba, principiando
sua demarcação rumo direito de Norte a Sul pela mesma estrada na paragem onde acabam as
terras de Francisco Pedroso Xavier até se fazer a dita légua.
Bernardo Martins da Silva. Paranaguá. Uma légua em quadra no rio da Cachoeira do
Furado de João Rodrigues rio acima, principiando no dito Furado que ficará em meio da dita
data com meia légua de sertão para cada uma das ditas partes.
Caetano Costa, morador nos Campos Gerais de Curityba. Légua e meia de terras em
quadra nos Campos Gerais de Curityba na paragem chamada Apó, começando onde acaba a
sesmaria de Manoel Gonçalves da Costa, rio abaixo do dito Apó a entestar com o rio chamado
das Fortalezas e da outra parte com as fazendas do padre Lucas Rodrigues França.
Chrispim Antonio Miranda. Sargento-mór, morador em Guaratuba. Uma légua de terras de
testada com três de fundo na mesma Villa no lugar denominado Rio São João.
Domingos Gomes Beliago. Terras na paragem Alagoa, caminho da meia ponte para os
Tocantins, havidas por compra a João Pires de Mattos, servindo de divisa o vizinho mais
chegado a parte do Poente chamado as duas Pontes e para o nascente o Pau Papudo que era onde
corria o dito ribeirão da dita povoação.
Diogo Pinto de Azevedo Portugal, Tenente-Coronel comandante em chefe da Real
Expedição dos campos de Guarapuava. Uma légua de testada com três de fundo, no caminho da
invernadinha do Passo do Rio Coutinho, até a entrada do sertão, principiando do mato da estrada
que vai de Curityba para a Atalaia e dali correndo o mesmo rumo de Norte a Sul até o Rio
Jordão, correndo por ele acima até o mato grosso da parte de Leste.
Diogo de Toledo Lara. Uma légua de terras de largo e três de comprido na paragem
chamada as Furnas, no caminho que vai para a Villa de Curityba, entre um Itaembé e a fazenda
chamada Montenegro. Uma das léguas de comprido começava no lugar em que estava fundado o
curral da fazenda do suplicante para a parte do poente e as duas do lugar da mesma fazenda para
a parte do Nascente até o curral que depois fundou o sargento-mór Manoel Gonçalves de Aguiar.
Diogo de Toledo Lara. Caminho de Curityba, na paragem chamada Curralinho. Uma légua
de largura que servirá de testada, partindo de uma parte com a fazenda chamada Montenegro,
servindo de divisa um ribeirão ao qual segue um Itaembé e da outra parte partia com os campos
de Manoel de Lima tendo também por divisa outro ribeirão com seu Itaembé que começará do
ribeiro chamado ribeirão do padre e seguirá a rumo de um ribeiro que partia os ditos campos
começando o dito sertão da banda, digo da barra do dito ribeirão que partia os ditos campos e
fazia barra no dito ribeirão do Padre e seguindo o rumo do dito ribeirão até o mato grosso que
ficava da outra parte do caminho da Curityba que teria de comprido o campo duas léguas e meia.
Eusebio Gomes da Silva, morador da Villa de Paranaguá. Meia légua de terras no rio de
Cubatão, principiando ela onde acabam as de Benedicto, digo Bento Pereira de Azevedo, na
situação de um marco que se acha correndo a rumo de Norte a Sul e com os fundos pelo rio
Itapecetanduva acima até o sertão.
Felicio Antonio Martins. Veja José Antonio Moreira.
Felippe Luz. Campos de Curityba. Uma légua de testada correndo o rumo de Leste ao
Este, princiando onde acabam as do sargento-mór Manoel Gonçalves e três léguas de sertão
correndo o rumo de Norte a Sul nos ditos campos e mato do sertão do termo da Villa de
Curityba.
Francisco Chagas Lima, padre, da povoação de Guarapuava. Três léguas de testada e uma
de fundo ou vice versa que deverão principiar no ribeirão Maracujás que segue no rio Lageado
grande onde acaba a sesmaria dos Indios até o cume dos morros encadeados denominados São
João, pelos rumos que se acharem convenientes a sesmaria dos Indios, inteirando-se as três
léguas para o lado ou como for mais conveniente.
Francisco Jeronymo Carvalho. Curityba. Uma légua de terras em quadra principiando onde
faz barra o rio de Mombetuba em o rio Tibagy, correndo pelo dito rio de Monbetuba acima
fazendo quadra para o sertão.
Francisco Luiz de Oliveira, morador em Curityba. Duas léguas de terras e campos
chamados de Palmeira dentro da Villa de Curityba, que se dividem da parte do Nascente pelo
ribeirão de Capivary que corre a rumo de Norte, misto ao campo chamado o Pulegas e que de
suas cabeceiras até a barra do dito ribeirão, que fica pouco abaixo da estrada geral que segue
para o Carrapato e desta cortando a rumo de Oeste a procurar o capão do Lago Velho, e barra do
ribeirão que nasce do campo chamado a Palmeira, deságua no rio Caneú e que da barra do dito
ribeirão correndo pelo Caneú acima até o córrego que nasce do sítio de Manoel Martins de
Valença, subindo pelo mesmo acima até a estrada que de Santa Quitéria vai para a Capella de N.
S. da Conceição, até entestar pela parte do Sul no ribeirão chamado Capivary.
Francisco Luiz de Oliveira. Veja Manoel Gonçalves Guimarães.
Francisco Xavier de Salles, caminho de Curityba no rio Jaguariahyva. Uma fazenda com
uma légua de largo que começa desde o termo da fazenda do Reverendo licenciado Lourenço
Leite Penteado e seu irmão o sargento-mór João Leite Penteado correndo o mesmo rumo da
testada com eles para a parte do mato grosso até onde ajusta a dita légua de largo e 3 de
comprido que correrão emparelhadas com o rumo das datas dos mesmos padre Lourenço Leite
Penteado e João Leite Penteado entre o Itaembé e o ribeirão que mana dos Pinheirinhos que
ficam defronte do valo velho até o ribeirão a que chamam de Francisco Ribeiro, que lhe serve de
divisa dos campos chamados Monte Negro.
Francisco Xavier de Salles. Uma légua de largo no caminho de Curityba do outro lado do
ribeirão chamado Jaguariahyva, que começa no termo da fazenda do reverendo licenciado
Lourenço Leite Penteado correndo o mesmo rumo da testada com eles para a parte do mato
grosso até onde ajusta a dita légua de largo e três de comprido que correrão emparelhados com o
rumo das datas dos mesmos padre Lourenço Leite Penteado e João Leite Penteado entre o
Itaembé e o ribeirão que mana dos Pinheirinhos que fica defronte do valo até o ribeirão da Cinza
(a que chamam de Francisco Ribeiro) que lhe serve de divisa dos campos chamados Monte
Negro.
Francisco de Paula Teixeira Coelho7, capitão-mór, e José de Miranda e Silva, guarda-mór
da Villa do Príncipe. Uma sorte de terras comprada a Francisco Luiz de Siqueira,
compreendendo 3/4 de légua mais ou menos entre os cultivados de Bento Luiz de Siqueira e
herdeiros do falecido José dos Santos Pacheco correndo a testada nos limites das terras de D.
Gertrudes Maria dos Santos com légua e meia de sertão.
Francisco Pedroso Xavier. Caminho de Curityba, na paragem chamada Paranapitanga, em
um campo com uma légua em quadra a saber de Norte a Sul rumo direito correndo pela mesma
estrada de Curityba começando no rio Paranapitanga até o ribeirão do Cascalho.
Francisco Rodrigues Penteado. Uma légua de terras de largo e três de fundo no caminho
para Curityba, que começam a correr do termo da fazenda do padre Lourenço Leite Penteado até
o ribeirão da Peretiva e o sertão correrá rio acima entre os dois ribeirões do Taquary e Peretiva
emparelhando com o rumo da data do dito Padre Lourenço Leite Penteado.
Francisco Silva Xavier, morador em Curityba, comarca de Paranaguá. Légua e meia de
comprido e uma de largo dos campos a que chamam Guarauna e Embituba.
Francisco Teixeira de Azevedo, capitão, moradror na Villa de Castro. Uma légua de terras
de testada e duas de sertão no termo da mesma villa, principiando a testada nos cultivados de
Lino Sutil e Manoel Gomes França e o sertão para a parte do mar.
Guaratuba, distrito da Villa de Paranaguá. Meia légua. de terras de testada e outro tanto de
sertão, que servirá de patrimônio à igreja matriz.
Ignacio da Costa e Leandro da Costa. Umas terras na ribeira do Paraná e vocação de Santa
Maria que partem de um lado com João Rodrigues Souto e de outro com Manoel Roque.
Ignacio José Cardoso, da Villa de Guaratuba. Uma légua de frente e uma de fundo no
distrito da Villa de Guaratuba no rio Sahy Guassú a saber: 1/2 légua da parte direita e subindo
rio acima com fundos de uma légua para o rio de Baguassú Grande servindo de divisa os fundos
do mesmo rio por ser este navegável e outra meia légua da parte esquerda subindo rio acima com

7
Descendentes em Júlio de Castilhos/RS.
fundos de uma légua para o rio Sahy Pequeno servindo de divisa aos fundos dito rio por ser
também navegável e no caso de se não preencher a légua de fundos tanto de uma como de outra
parte, requeria se inteirasse a légua de fundo na frente, seguindo os rumos que forem próprios
naquele lugar.
Ignacio Morato. Sertão de Curityba. Uns campos na paragem chamada Tibagy que de uma
parte divide com os pastos e campos de Anastacio de Freitas Trancoso e da outra com Carlos
Barbosa, contendo uma légua de fundo e légua e meia de comprido.
Ignacio Taques. Uma légua de terras de testada com três de sertão no distrito da Villa de
Curityba, principiando a sua demarcação no Ribeirão Hyapó 8 correndo para o mato grosso,
partindo com terras do padre Lucas Rodrigues França.
Ignacio Tavares de Miranda, morador no termo da Villa de Paranaguá. Uma sorte de terras
comprada ao padre Vicente Ferreira dos Santos Cordeiro, no rio da Faisqueira, termo da Villa de
Antonina, na paragem intitulada Cavoca, cuja frente segue Norte Sul, mais ou menos, correndo
rio acima onde logo seguem terras realengas e pela parte de baixo partem com terras de José da
Silva, servindo de divisa um córrego que deságua no mesmo rio Faisqueira.
Jeronymo Veiga Cunha. Légua e meia de terras em quadra, começando a testada no rio
Tibagy onde acabam as terras do padre Pedro Esteves, digo padre Estevam de Oliveira, fazendo
a testada o rio e o sertão rumo de Sudoeste.
João Almeida Lara. Curityba. Terras na paragem Embituba que da parte de cima partiam
com os campos de Francisco Jeronymo, a parte de baixo do rio Tibagy com campos de Manoel
Gomes Sueiro, contendo légua e meia de comprimento e uma légua de largo.
João Chrisostomo Salgado. Duas léguas de campos entre o rio Grauna e Embituba, distrito
de Curityba, principiando sua medição no ribeirão chamado do Amaro, correndo para o rumo do
Sul até o mato grosso servindo-lhe de divisa para a parte do Norte o mesmo ribeirão com os
campos do capitão Francisco Cardoso de Menezes e de Leste ao Este os sobreditos rios entre que
se acham.
João Correa de Araujo. Campos de Curityba. Uma légua de Leste ao Este e outra de Norte
a Sul, principiando a demarcação légua e meia abaixo do sítio chamado Cajerú.
João da Costa Madureira. Um sítio no sertão do Paraná chamado o Boqueirão, que parte do
Sul com o rio Paraná, do Nascente com Luiz de Cerqueira Brandão, do Poente ou parte de baixo
com a serra dos Bois e do Norte com Belchior Barbosa Lobo ou quem diretamente tocar.
João Costa Moreira, da Villa de Laguna. Uma fazenda comprada ao Capitão Bento do
Amaral Gurgel Annes e ao Tenente Bento Soares da Motta, na paragem chamada Tijucas distrito
da Villa das Lages como consta da escritura. Partem os campos da dita fazenda da parte do Norte
com os campos do Furriel Pedro da Silva Ribeiro, fazendo divisa por uma restinga de mato que
nasce da serra do mar e finda na barra do ribeirão da Portrª, e que pela parte de Leste pela serra

8
Castro.
do mar e pela do Sul com os campos Porto da Jararaca dele mesmo comprador: faz divisa por
um ribeirão que nasce do pé da serra do mar e faz barra no rio das Contas acima do Paço que vai
para o dito Porto da Jararaca.
João Francisco Espinheira. Duas léguas de terras em quadra nos campos da
Secunhaporanga, distrito da Villa de Curityba que partem do Rio de Santo Anselmo até o rio
Opó correndo para o Norte.
João Francisco Laynes, morador em Paranaguá, três léguas de terras de comprido e uma de
largo sitas no distrito da Villa de Paranaguá caminho do Cubatão para o termo da Villa de
Curityba as quais correndo o rio Grande do dito Cubatão a partir com terras do Tenente
Francisco da Silva Freire, com as demarcações de um lado com o rio chamado Santa Fé e de
outro com o chamado Guarumby que terá de distância de um e outro rio 1/2 légua pouco mais ou
menos.
João Leite Penteado. Curityba. Uma légua de terras de testada e três de comprido
começando o rumo do valo que divide sua fazenda com a do mestre de campo Manoel Dias da
Silva, principiando do Itaembé que ficava sobre o ribeirão Jaguariahyva, e o sertão principiará
do valo que divide o campo até o ribeirão que divide a fazenda chamada Monte Negro e o rumo
será o Itaembé que divide os campos do capão das Cinzas e este de que se faz menção, que
correrá o dito sertão a completar as três léguas.
João Martins Leme. Curityba. Uma légua de terras que começará onde acabam as terras do
Conselho, fazendo a testada pelo rio Bariquihy acima até os campos Butiatuba e da outra parte
até entestar com terras de Diogo da Costa e da outra a entestar com terras do Capitão José
Nicolau Aarão Ribeiro.
João Mello Rego. Légua e meia de terras de testada no sertão de Curityba, começando a
sua demarcação do ribeirão da Cinza que parte com os campos de Manoel Gonçalves de Aguiar
e légua e meia de sertão para a parte do capão da Cillada.
João Ribeiro Caldas, morador na ribeira do Paraná. Um sítio na paragem Ribeirão do
Bezerra, fazendo pião na barra das Palmeiras que pela parte de cima faz extrema no boqueirão
da serra com José Carvalho e pela parte de baixo com Domingos Bezerra Mesquita no riacho
fundo que sabe do Murinho da mão direita e faz barra no mesmo ribeirão do Bezerra e de largura
da serra ao ribeirão sobredito.
João Silva Dantas. Três léguas de terras de circunferência nas cabeceiras do Paraná e pela
outra a serra da Figueira que principia pela parte de baixo com as extremas da Fazenda de
Manoel Roque e da parte de cima com João Rodrigues Souto fazendo pião no meio da dita
fazenda.
João Silva Machado, de Villa Nova do Príncipe. Meia légua de terra de frente e uma de
fundo nos matos denominados os Cardosos, sendo a frente de Norte a Sul e o fundo de Leste a
0este, confrontando pelo Sul com a posse que foi de João Dias de Freitas, por um pau de Cedro
que ficou no começo dos roçados dele suplicante de onde correrão os rumos de Norte a Sul por
uma pequena vertente que corre junto ao mesmo Cedro, por onde se divide com a posse de José
Antonio Cardoso até a forquilha da dita vertente da qual se seguirá rumo direito de Sul a Norte
até o completo da 1/2 légua de frente e pelo Norte e pelo Sertão com matos devolutos.
João Silva Braga. Veja José Antonio Moreira.
João Souza. Meia légua de terras em quadra principiando no mato que abeira o ribeirão
chamado da Cachoeirinha indo da beira dos campos do poço para a passagem do Paranapanema
do caminho para a parte da mão esquerda até onde chegue a meia légua de terras que se
concedeu a Manoel de Araujo Beltrão que principia na dita passagem e como a dita distância de
terras não chegava a meia légua queria o suplicante fabricar um capão de mato que se achava
devoluto vizinho ao dito lugar junto de um ribeirão chamado de Pedras de Amolar que deságua
no rio Paranapanema, abaixo da passagem.
João de Souza. Veja Manoel Gonçalves de Aguiar.
João Veiga Siqueira. Uma légua em quadra na praia que vai para Guaratuba, começando
sua demarcação onde acabam as terras de Amaro de Miranda, correndo para a parte dos morros
de Guaratuba.
Joaquim Carneiro Lobo, morador na Villa de Castro. Uns campos na Villa de Castro que
partem do lado do Nascente com terras do Capitão-mór Rodrigo Felix Martins e faz divisa um
córrego que deságua no rio Imbitumirim e continuam pelas margens do mesmo rio acima sertão
adentro ao rumo do Poente contendo três léguas na dita paragem com todas as terras, matos e
restingas que se compreenderem no dito limite, servindo de confrontação o dito córrego e rio
para se fazer a medição.
José Andrade, morador em Curityba. Duas léguas de terras na paragem chamada
Papagaios Novos entre o rio Caneú e o rio Guarauna com todas as confrontações necessárias
fora das sesmarias de Manoel Gonçalves Cruz e seus sucessores.
José Antonio Martins. Veja José Antonio Moreira.
José Antonio Moreira, João da Silva Braga, Pedro Fagundes, Felicio Antonio Martins,
Antonio Martins e José Antonio Martins, da Villa de Curityba. Uma sorte de terras na paragem
Area Branca do Tucum, sendo três léguas em quadra para cada um entestado com terras dos
irmãos Ferreira Simões que se acham na margem do Paranapanema e Paraná, possuídas por
compra.
José Caetano de Souza9, morador na Villa de Curityba, digo na Villa de N. S. dos Prazeres
das Lages. Uns campos comprados de Antonio de Souza Pereira, que foram povoados
primeiramente por Antonio Gonçalves Padilha, os quais por uma parte dividem com os do
alferes Manoel de Souza Passos e os divide o ribeirão Grande e pela outra com o alferes José
Raposo Pires e os divide uma lomba que está adiante de um capão chamado a restinga seca, e

9
Em Lages.
pela dita lomba correndo rumo direito aos fundos e nestes faz divisa com os de Matheus José de
Souza e pela parte com os do capitão-mór Regente da dita Villa e os divide o ribeirão chamado
da Forqueta.
José Luiz Cordeiro. Meia légua de terras na Ilha da Tibicanga, as quais partem com as dos
religiosos da Companhia de Jesus, da Villa de Paranaguá e principiam da primeira ponta que fica
defronte da Ilha dos Pinheiros correndo a costa ao rumo de Sul quadra de Sueste.
José Felicio da Silva Passos, da freguesia de Hyapó dos Campos, termo da Villa de
Curityba. Uns campos na paragem chamada o Campo dos Bugres, desde a barra chamada da
Faisqueira, seguindo pelo rio do Alegre acima até a barra do ribeirão denominado Brumado,
correndo o sertão até entestar com a sesmaria do capitão Manoel Antonio de Azevedo.
José Francisco Xavier, morador em Curityba. Uma légua de terras na paragem chamada as
Furnas do Itaembé que serve de testada aos campos de Manoel Gonçalves da Costa no
Boqueirão do campo que desce para a parte do Hyapó e légua e meia de sertão que corre para o
rio Hyapó.
José Goes e Moraes. Légua e meia de terra em quadra nos campos de São João, distrito de
Curityba, com a denominação de São Francisco. Partem de uma e outra parte com as suas
fazendas de S. Romualdo e São João, ficando os ditos campos de permeio entre os quatro rios
Hyapó, Tibagy, Cutia e São João.
José Goes e Moraes. Meia légua de terras em quadra nos campos de São João hoje
chamados de São Romualdo, partindo de um lado com os pastos e campos do capitão
Bartholomeu Paes de Abreu e do outro com os de S. João e para o sertão com o rio Tibagy e
Hyapó.
José Goes e Moraes, capitão-mór. Légua e meia de terras em quadra desde o rio Hyapó até
Itajoacoca começando no capão da Tapera. Desta paragem e capão que chamam Tapera, légua e
meia para a parte que chamam Fortalezas que é a parte de Sudoeste e o que faltar para a meia
légua em quadra, digo o que faltar para a légua e meia se inteirará para a parte do rio Pitanguy e
do mesmo capão da Tapera para a parte do Rio Tibagy que fica entre Oeste e Noroeste a outra
légua e meia.
José Goes e Moraes. Veja Antonio Pinto Guedes.
José Miranda e Silva. Veja Francisco de Paula Teixeira Coelho.
José Palhano de Azevedo. Uma légua de terras em quadra sitas no termo da Villa de
Curityba na paragem clamada Itaguá correndo pelo Barigui acima, onde faz barra o dito rio
Itaguá fazendo a testada ao rumo do Norte ao campo de Botiatuba ou conforme o rio andar, com
o sertão ao rumo de Oeste.
José Raposo Pires10, morador na Villa das Lages. Uns campos devolutos na paragem
chamada o Ribeirão das Pelotinhas com três léguas de fundo e uma de testada correndo o rio

10
Em Lages.
Pelotinhas a um campo chamado Restinga Seca, que fica ao pé da lomba comprida fazendo
fundos do rio Pelotinhas abaixo, sendo sua testada defronte dos três Pinheiros fazendo divisas de
uma banda com Matheus José de Souza e pelas outras partes com Manoel de Souza Passos e o
mesmo rio.
José Rocha. Veja Margarida Domingues.
José Rodrigues França (padre). Uma légua de terras de comprido e outra de largo sitas nos
campos gerais da Villa de Curityba, as quais são maninhas e abeiram o rio Hyapó logo abaixo da
passagem do dito rio indo para Pirahy e acompanhando os ditos campos a estrada que vai para
São Paulo, por trás das restingas chamadas Restingas Grossas até entestar com terras do capitão
Manoel da Rocha Carvalhaes com quem partem pela estrada velha.
José Rodrigues França (padre). Campos Gerais de Curityba. Uns campos chamados de São
João, principiando onde faz barra o rio Hyapó correndo pelo rio Tibagy acima légua e meia de
testada e três de fundo.
Lages (Moradores dos campos das). Duas léguas e meia de terras de testada e outro tanto
de sertão no campo das Lages aos moradores do mesmo campo para patrimônio da Igreja Matriz.
Leandro Costa. Veja Ignácio Costa.
Lourenço Castanho Araújo. Légua e meia de terras em quadra no distrito de Curityba na
paragem chamada as Butiatyba com sua resaca e baldios principiando a sua demarcação onde
acabam as terras da sesmaria que lhe concedeu o Conde de Sarzedas.
Lourenço Castanho Araújo. Uma légua de terras de testada e três de comprido, na paragem
chamada Maracanandiva termo da Villa de Curityba nos campos que foram já citados, digo já
situados do capitão João Gonçalves Figueira, começando a légua de testada do rio Hyapó e as
três de sertão para a parte do mato grosso.
Lourenço Castanho Taques. Sertão de Curityba, na paragem Capão Alto. Três léguas de
sertão e uma de testada, partindo do lado do Sul com a fazenda de Luiz Rodrigues Villares e do
lado do Norte com o mesmo sertão sem mais confrontes.
Lourenço Rocha Pita, capitão-mór. Um sítio chamado dos Bois, sertão do Paraná,
freguesia de São Felix que parte do Nascente com o rio Paraná e do Sul com terras que hoje
possui o capitão-mór Luiz de Siqueira Brandão, fazendo divisão pelo ribeirão das pedras e da
parte do Poente e Norte com o sertão e serra dos Bois até o estreito da parte de baixo, não
excedendo de três léguas de comprido e uma de largo.
Luiz Cerqueira Brandão. Capitão-mór. Um sítio na ribeira do Paraná chamado São
Domingos, que pela parte de cima faz extrema com Antonio Diniz de Oliveira no ribeirão
chamado rio manso e faz barra no rio chamado S. Domingos e pelo dito ribeirão acima faz
extrema em um riacho chamado rio da prata que extrema com o dito Antonio Diniz de Oliveira e
com a fazenda chamada Santo Antonio dos Murinhos e pelo Paraná abaixo faz extrema em um
riacho chamado Gameleira e este parte com o sítio chamado Santa Rita.
Luiz Cerqueira Brandão. Capitão-mór. Um sítio na ribeira do Paraná, chamado Santa Rita,
o qual faz extrema pelo dito rio Paraná acima no riacho da Gameleira com a fazenda chamada
São Domingos, e pelo Paraná abaixo faz extrema com a fazenda do Boqueirão do capitão-mór
Lourenço da Rocha Pita no riacho chamado Ingazeiro, e de largura o que compreender a beira do
rio Paraná à Serra.
Luiz Cerqueira Brandão. Capitão-mór. Um sítio na ribeira do Paraná chamado S. Estevam,
que faz extrema no riacho do Brejo com a fazenda de José Nunes chamada Santa Cruz e pelo
Paraná abaixo faz extrema abaixo da queima, em um riacho seco chamado as Lages que extrema
com a fazenda do mestre de campo Manoel Rodrigues e chamada S. Bernardo e compreende da
beira do rio Paraná à Serra.
Luiz Mendes de Almeida. Uma légua de terras em quadra na paragem entre o rio
Paranapanema e o capão do Palmital, fazendo pião junto ao ribeiro no pouso dos passageiros a
que chamam da Sepultura ficando-lhe o caminho geral em meio.Luiz Pedroso de Barros.
Curityba. Uma sorte de terras com três léguas de comprido no Rio Verde até o Itararé e uma de
largo, começando a sua demarcação adiante do rio Peritiva no rio Verde até o rio Itararé.
Luiz Pedroso de Barros. Curityba. Uma sorte de terras entre o rio Peritiva e Itararé, com
três léguas de comprido e uma de largo, começando a sua demarcação no rio Peritiva até a barra
do rio Verde.
Luiz Pedroso de Barros. Veja Maximo de Goes e Siqueira.
Luiz Rodrigues Villares e Antonio Lopes Tomar. Curityba. Na parte do Sul onde faz barra
o Tibagy com o Hyapó a sair com sua testada no rio Alegre, confrontando pela parte do Norte
com os campos de São João e fazenda de Lourenço Castanho Taques, morador na mesma cidade
e do sertão pela parte do Sul com o rio do Borá.
Luiz Rodrigues Villares e Antonio Lopes Thomar. Sertão de Curityba, na paragem
denominada Campos de N. S. da Conceição. Légua e meia de terras em quadra, principiando a
sua demarcação da parte do Sul onde faz barra o rio Tibagy com... (palavra comida por traça)... a
sair com a testada no rio do Alegre, confrontando da parte do Norte com os campos de São João
e fazenda de Lourenço Castanho Taques, morador desta mesma cidade e do sertão pela parte do
Sul com o rio do Borá na qual passagem em que puseram pelo dia em que descobriram os
campos de N. S. da Conceição, nas quais tinham os suplicantes desde o princípio do ano de 1722
povoado de escravos, com princípio de 500 cabeças de gado vacum e 50 de cavalar de que
pagaram dízimos.
Manoel Almeida. Umas terras na paragem chamada o Buraco nas cabeceiras do Paraná
que corre pelas forquilhas até a serra do Bezerra e faz extrema no ribeirão dos crixaes e pela
outra parte com a fazenda chamada S. Bartholomeu.
Manoel Almeida. Umas terras no distrito de S. Bartholomeu, correndo pelo rio Paraná
acima até a serra do campinho que vai para a Bandeirinha e da outra parte com a fazenda do
Buraco e pela parte de baixo com a fazenda dos Crixaes fazendo pião no meio da fazenda onde
já tem seus currais.
Manoel Almeida. Boa Vista. Meia légua de terras em quadra fazendo pião no córrego da
aguada do sítio, correndo pela estrada de uma e outra parte dos matos que se acham entre as
Minas de Paranapanema e os campos do Poço.
Manoel Antonio de Araujo, comprou de José Gomes Valente umas terras na Villa das
Lages que foram do Capitão João Antunes Pinto, como também a Antonio de Souza Pereira uma
tapera que foi do capitão Antonio José Pereira mista a dita fazenda que terão três léguas em
quadra, dividindo-se pela parte do Sul com os campos de Antonio de Souza Pereira cuja divisa é
um braço do rio das Pelotinhas que corre distante das casas do dito Antonio de Souza coisa de
1/4 de légua, pelo Norte com o rio das Caveiras, pela de Oeste com os campos do Alferes
Manoel de Souza Passos que divide o Lageado Grande e pela de Leste com os campos de
Sebastião Pinto da Cruz, que divide o ribeirão que vai fazer barra nas Caveiras.
Manoel Antonio de Araújo, morador em Curityba. Uns campos existentes nos fundos de
sua fazenda, na freguesia de Hyapó11, denominada Sant'Anna de Itacolomy, com uma légua em
quadra, cercado de mato o qual campo se divide da fazenda dele suplicante por um ribeirão
chamado da Fortaleza, o qual se acha devoluto, que somente serve ao gentio para seu passeio,
precisando também dos matos que rodeiam os ditos campos.
Manoel Barbosa Tinoco, morador na Villa das Lages. Uns campos na paragem das
Cabeceiras do rio das Caveiras que partem de um lado com o mesmo rio e do outro com os
campos de Sebastião Pinto, de outro com a serra e de outro com os campos de Simão Barbosa.
Manoel Barros12, morador na Villa das Lages. Três léguas de campos na costa da serra do
mato daquele continente, nas cabeceiras do rio Pelotas e rio Lavatudo, fazendo divisa por um
lado pelo dito Rio Pelotas, por um braço que do mesmo nasce da dita serra e pelo outro com o
dito Rio Lavatudo, fazendo pião em um morro que fica fronteiro a situação que nos ditos tem,
correndo a distância de légua e meia para a serra e outra meia dita para a Tapera que foi do padre
José Carlos, tendo os fundos três léguas fazendo divisa com a fazenda do Bom Sucesso.
Manoel Fernandes Jardim. Veja Margarida Domingues.
Manoel Francisco Correa, da Villa de Paranaguá. Um sítio no distrito da dita Villa, no rio
da Serra Negra, paragem denominada Três Barras, com meia légua de terras na dita paragem
fazendo pião nas capoeiras onde morou Manoel José dos Anjos, correndo o rio acima 750 braças
e outras tantas rio abaixo.
Manoel Francisco Correa, Tenente, da Villa de Paranaguá. Uma légua de terras em quadra
no morro Tiberibe, fazendo pião nos ditos, digo nos seus cultivados ou mencionado morro, ou
em outro qualquer lugar que se ache mais acomodados para as balizas, ficando para logradouro

11
Castro.
12
Morador em Lages. Lagoa dos Barros.
os pantanais e lagoas que formam o rio.
Manoel Francisco Gonçalves. Ribeirão das Bateas, caminho das minas de Paranapanema.
Meia légua de terras em quadra correndo pela estrada com 1/4 de légua ribeirão acima e outro
ribeirão abaixo, ficando-lhe este servindo de demarcação entre as ditas terras e as de Julião
Ribeiro, digo Julião Pereira Chaves.
Manoel Gomes França, morador na Villa de Castro. Uma légua de terras em quadra no
termo da Villa de Castro, comprada a Antonio Luiz Duarte que confina de um lado com o rio
Pitanguy, de outro com os herdeiros da mulher de Lino Sutil, de outro com Manoel Bueno, tendo
na frente um largo sertão de matos devolutos para a parte do mar.
Manoel Gonçalves de Aguiar. Uns campos chamados Tucunduva, na estrada que vai para
Curityba, entre os rios Jaguaricatú e Jaguariahyva à mão direita, com três léguas de comprido de
um rio a outro e uma légua de largo.
Manoel Goncalves de Aguiar. Curityba. Terras na paragem chamada o Alegre nas furnas
perto do Tibagy que de uma parte partem com o campo de João Pereira Braga e da outra com
Antonio Lopes, contendo três léguas de comprido e uma de largo.
Manoel Goncalves de Aguiar. Curityba. Três léguas de terras de comprido e uma de largo
na paragem as furnas, compradas a Manoel Pilam de Carvalho, principiando em um ribeirão
junto ao curral do Capitão José Martins, cultivando, digo continuando pela estrada adiante que
vai para a cidade de São Paulo até onde acabar as ditas léguas.
Manoel Gonçalves de Aguiar e João de Souza. Uns campos chamados do Poço entre os
rios Paranapanema e Paranapitanga e ribeirão das Almas, no caminho para Curityba à mão
esquerda, cujos campos abeiram com os que ficam na estrada. Três léguas de comprido e uma de
largo, principiando no rio Paranapanema correndo para o Sul e uma légua fazendo-lhe testada de
uma parte o rio Paranapitanga e da outra o ribeirão das Almas.
Manoel Gonçalves de Aguiar. Uma légua de terras de comprido e três de largo nos campos
gerais de Curityba, paragem os Carlos, principiando estas do ribeirão do Rodeo e acabar no rio
das Mortes do Tamanduá, o qual rio das Mortes servirá de demarcação para as terras que foram
do capitão Antonio Luiz Tigre e de comprido as três léguas principiando na borda do rio Grande
que servirá de demarcação vindo correndo por seu rumo a buscar a Taimbé da paragem chamada
Camaradinhas.
Manoel Gonçalves Costa. Duas léguas de terras em quadra nos campos gerais de Curityba,
na paragem chamada entre as Furnas Grandes e pequenas sobre o rio Hyapó em que é chamado a
Ponte da Pedra e pela língua de terra Itacolomy onde está situada a segunda fazenda do
suplicante.
Manoel Gonçalves Guimarães, da Villa de Curityba. Uns campos chamados do Portão
onde o suplicante se acha com seus animais, com duas léguas de campos e matos, depois de
inteirada a sesmaria concedida a Manoel Gonçalves Cruz, fazendo pião onde mais conveniente
lhe for e se lhe inteirará as ditas léguas de campos e matos que se divide pela parte do Sul pelo
rio do Registro que corre a rumo do Este e pela parte do Norte se dividirão na paragem chamada
Caiocanga pelo espigão que corta ao rumo de Este e cabeceiras do rio Areas até ser inteirado das
mesmas duas léguas.
Manuel Gonçalves Guimarães. Dizimeiro da Villa de Curityba. Três léguas de terras e
campos do distrito da Villa de Castro, no caminho que vai para Guarapuava, principiando sua
medição do ribeirão das Almas seguindo pela picada ou caminho feito pelo suplicante até
entestar no sertão ou mato grosso com toda a largura que tem desde as cabeceiras do rio
Imbituba até onde faz barra no dito campo que poderá ter os referidos campos três léguas em
quadra.
Manoel Gonçalves Guimarães e Francisco Luiz de Oliveira. Uns campos e terras
compradas ao capitão Francisco Cardoso de Menezes e sua mulher Anna Maria das Neves, no
continente de Curityba, na paragem Gorauna e que se acham dentro dos três rios Gorauna,
Imbituba e Tibagy e que pela outra parte confinam com a sesmaria de João Chrisostomo
Salgado, dos campos da Lagoa, em cuja circunferência terão de comprido duas léguas e meia e
uma de largura.
Manoel Gonçalves Nascimento, da Villa de Paranaguá. Umas terras na paragem Cubatão
onde estão sitiados uns moradores sem títulos cujas terras principiarão no fim do pasto de José
Machado, rio acima a rumo do Norte, das quais quer o suplicante por sesmaria meia légua para
estabelecer seu engenho e os ditos moradores que ali se acham sem título podem continuar a sua
situação, acabada a meia légua que ainda sobram terras.
Manoel José Alves, morador na Villa de Antonina. Légua e meia de campos e terras entre
os rios Taquary e Capivary, no distrito da Villa de Curityba, fazendo testada de rio a rio e os
fundos pelo rio abaixo seguindo o rumo que a agulha der confrontando o mesmo rio.
Manoel José Pereira. Uma légua e quarto de terras na paragem chamada Curitybaahyva,
freguesia do Pilar, distrito da Villa de Paranaguá, principiando esta concessão onde acabam suas
posses e cultivados dos moradores daquela freguesia que estão morando de uma e outra parte do
dito rio e findando ao pé da serra do caminho antigo que houve para a Villa de Curityba. As
quais terras terão uma légua e quarto pouco mais ou menos.
Manoel José Novaes Guimarães, alferes, da Villa de Castro. Duas léguas de testada e duas
de fundo nas sobrequadras da sua mesma sesmaria, termo da Villa de Castro, denominada
Fazenda de São Bento, que foi do coronel Joaquim José Pinto de Moraes Leme, com sesmaria
confirmada de légua e meia em quadra.
Manoel de Lima Bicudo, morador na Villa de Curityba, em a paragem Boqueirão, servindo
o rio Tibagy de testada, principiando rio abaixo da barra do ribeirão das Congonhas pelo rio
acima ao Tibagy e a testada até o rio de Guabetumirim que poderá ter légua e meia pouco mais
ou menos e para o sertão légua e meia correndo o rumo de Sueste.
Manoel de Lima Pereira, morador em Curityba. Meia légua de terras de testada,
começando em um ribeirão a que chamam Barreiros, correndo rio acima o Perauna e uma légua
de sertão rumo de Noroeste.
Manoel Mendes Pereira. Campos Gerais de Curityba. Légua e meia de terra em quadra,
principiando sua demarcação abaixo do sítio chamado Cajerú nas testadas da casa onde o
suplicante tem uns currais de gado cavalar, correndo de Leste a Oeste com travessão de Norte a
Sul.
Manoel Mendes Pereira. Campos de Curityba. Légua e meia de terra em quadra,
principiando sua demarcação no sítio chamado Cajerú, três léguas nas testadas da data que o
suplicante tem currais de gado vacum correndo a légua e meia de terra de Leste ao Este com o
travessão de Norte a Sul.
Manoel Mendes Pereira. Campos de Curityba. Légua e meia de terra principiando a sua
demarcação abaixo do sítio Cajerú nas testadas de João Correa de Araujo, correndo de Leste ao
Este com o travessão de Norte a Sul.
Manoel Miranda Coutinho, da Villa de Guaratinguetá, digo da Villa de Guaratuba. Uma
légua de terras de testada com três de fundo no lugar denominado Rio de S. João, principiando
no rio Claro, seguindo para cima a rumo Sul.
Manoel Ribeiro Lopes, morador em Curityba, freguesia de Sant'Anna das Lages. Duas
léguas de terras da outra parte do restingão de mato do Capivary para a parte do Este e lhe ficava
a fazenda do alferes Antonio Gonçalves dos Reis 13 para o Norte e a de Victorino Furtado para o
Sul.
Manoel Rocha Carvalhaes, morador em Curityba. Uma légua de terras de testada e uma de
largo nos Campos Gerais de Curityba na paragem chamada Macaranduva que entesta nas
cabeceiras com os campos cultivados por João Gonçalves Figueira, na paragem chamada
Tucunduva e a restinga que reparte os campos do dito João Gonçalves Figueira correndo as ditas
terras para o Lessudoeste.
Manoel Rocha e Souza, do termo da Villa de Castro. Duas léguas de terra de comprido e
légua e quarto na paragem denominada o Amparo confrontando da parte de Leste com Bento da
Rocha Carvalhaes, da parte de Este com o rio Capivary do Mato, parte do Norte com o mesmo
rio e da parte do Sul com o sertão do Guarapuava fazendo pião onde melhor convier.
Manoel Rodrigues Motta. Légua e meia de terras de testada e uma de largo nos campos de
Cajerú, digo nos campos de Curityba, na paragem chamada Maracananduva entre o ribeirão
Tucununduva e outro chamado Cunhaporanga, principiando de um capão grande que está nas
cabeceiras do dito campo para o rumo de Oeste.
Manoel Teixeira Oliveira Cardoso14, da Villa de Lages. Uns campos devolutos que têm seu

13
Morador em Lages.
14
Em Lages.
principio no fim dos matos do potreiro Grande e Potreiro de N. S. servindo-lhe de divisa por um
lado o córrego que divide os campos de Manoel Correa da Camara e do outro o ribeirão que sai
do mato grosso e divide os campos do serrito, que ambos deságuam no rio Caveiras, onde faz
fundos os ditos campos.
Marcos Machado Lima. Cubatão. Caminho das minas de Paranapanema. Meia légua em
quadra fazendo pião onde tem o sítio defronte de uma cachoeira que fica na aguada de um
ribeirão que vai desaguar no ribeirão das Almas o qual sítio fica entre o morro chamado Itaembé.
Margarida Domingues, José da Rocha, Bento da Rocha, Miguel da Rocha, Manoel
Fernandes Jardim e Antonio Ferreira de Quadros, moradores na Villa de Castro. Uma sorte de
terras na paragem denominada o ribeirão frio, principiando na barra que faz no rio Tibagy o
ribeirão fundo, correndo por este acima até entestar nos matos gerais e pelo Tibagy abaixo até a
barra que nele faz o Rio Capivarv e por este acima até os ditos matos gerais, cujos matos e terras
terão de comprido duas léguas e uma de largo, pouco mais ou menos.
Maria Faustina Miquelina, viúva do Coronel Joaquim Manoel da Silva Castro1516. As

15 Dona Maria Fausta Miquelina de Araújo Azambuja resolveu vender as fazendas e passou procuração ao
reverendo Joaquim Manuel de Oliveira e Castro. Não sabemos porque, as escrituras de venda foram lavradas na Vila
Nova do Príncipe.
No dia 29 de março de 1817 foi vendida para o capitão Salvador de Oliveira Aires a fazenda de Itaiacoca, com os
campos e matos a ela pertencentes, e constavam da carta de confirmação régia passada em 11 de junho de 1746 a
requerimento de dona Ana de Siqueira e outra carta de confirmação régia passada a 5 de novembro de 1816 a
requerimento da mesma dona vendedora. Entraram na venda os móveis e ferramentas da fazenda, os escravos João,
Paulina (mulher dele), Leandro e Caetano, 7 bois carreiros, 93 touros de 3 anos, 156 touros de 2 anos, 92 terneiros de
ano, 545 vacas, 198 vitelas de 2 anos, 300 terneiras de ano, 46 ovelhas, 97 éguas, 6 potrancas, 6 potrilhos de ano, 6
pastores, 28 potros de 2 anos, 66 cavalos e éguas de costeio, 74 terneiros de ano.
No dia 1º de abril de 1817 foram vendidos para Domingos Ferreira Pinto os campos e matos do Cambiju, constantes
das sesmarias que se achavam em poder do capitão-mór Salvador de Oliveira Aires, comprador de Itaiacoca, pela
divisa o ribeirão chamado Natureza até contestar a rumo sueste com o mato grosso. Entraram na venda móveis e
ferramentas, os escravos Francisco, Maria (mulher dele), Onofre, Josefa, Domingas, Antônio, Daniel, Grácia, Maria,
Venâncio, Joaquim e Joana, 7 bois carreiros, 113 bois de 3 anos, 288 bois de 2 anos, 157 terneiros de ano, 116 vacas,
36 carneiros, 382 éguas, 20 potrancas, 40 potrilhos, 10 potros, 35 cavalos mansos.
Em 1817 o Cambiju pertencia a Domingos Ferreira Pinto e Itaiacoca ao capitão-mor Salvador de Oliveira Aires,
morador no Registro de Curitiba. No cadastro de 1818 o Cambiju media 7500 x 6000 braças e Itaiacoca 6000 x 6000
braças. Salvador de Oliveira Aires era filho de Manuel Afonso Gaia e de Maria Pinto da Rocha, casado em 1793
com Isabel Nunes Vieira, filha capitão Domingos Nunes Vieira e de Maria Nunes de Siqueira
Gabriel Aires de Aguirre, morador na vila de Itapetininga, vendeu em 20 de dezembro de 1828 a Bento Aires de
Aguiar uma parte de campos na fazenda de Taiacoca, que lhe tocara por legítima de seu falecido pai o capitão-mor
Salvador de Oliveira Aires, à vista da folha de partilha que apresentou, extraída do inventário do dito falecido. Em
17 de outubro de 1829, Paulino Aires de Aguirre e sua mulher Maria Joaquina do Sacramento (filha de Benedito
Mariano Ribas), senhores de um rincão de campos na fazenda de Taiacoca, que possuíam livre e desembaraçado por
herança e compra que fizeram aos mais herdeiros do falecido capitão-mor Salvador Aires, venderam os mesmos
também para Bento Aires de Aguiar.
16
Em 24/XII/1776, o Capitão Paulino Ayres de Aguirre e o sargento-mor Manuel Joaquim da Silva e Castro fazem
petição às autoridades judiciais da Vila Nossa Senhora dos Prazeres de Itapetininga referente à arrematação por
3:622$000 (três contos, seiscentos e vinte e dois mil réis) pagáveis em 2 prestações anuais da Fazenda Boa Vista de
Botucatu, com todos os seus pertences. Esta foi dos extintos jesuítas. A autuação de posse foi elaborada em
10/I/1777 e encontra-se no AFI.No inventário do Cel . Paulino Ayres de Aguirre, falecido em 1798, constam esses
bens de raiz cujas divisas sempre foram o Rio Guareí, o Rio Paranapanema e a Serra de "Ínhumbi" (é exatamente
assim que a palavra entre aspas está escrita no documento); a) Fazenda Santo Inácio (Itapetininga) com todos os seus
pertences. Nesta, entra uma casa co parede de mão, coberta de telhas com 6 portas e 2 janelas e com alguns paióis
com cobertura de palha avaliada em 14$000. Desta fazenda fazem parte também um campo de criar, com terras
lavradias avaliado em 250$000 e um campo de criar com matos lavradios denominado Capela Velha avaliado em
100$000 com estes pontos de referência: Ribeirão do Jacuí-mirim e Rio Guareí (parte de cima), b) Fazenda Botucatu
(Itapetininga) com todos os seus pertences. Avaliação: 3:200$000. As propriedades a) e b) ficaram com a viúva-
inventariante Maria de Nazareth do Nascimento Lima. Pelo menos a propriedade b) foi por ela possuída através de
sobras dos campos das fazendas que tem no termo da Villa de Castro, não excedendo de duas
léguas em quadra, no lugar chamado Cambijú e Taiacoca entre o rio Tibagy e o ribeirão do Rio
Verde e divide-se nos fundos com a fazenda dos Religiosos de S. Bento.
Maria Lucia de Menezes, viúva do desembargador Manoel Lopes Branco da Silva,
morador na Villa de Castro. Légua e meia de terra em quadra de campos na mesma villa, nas
sobras da fazenda do Tucanduva, principiando donde findar a meia légua que forma a dita
fazenda de Tucunduva concedida por sesmaria do snr. Rei D. João 5º de 25 de Março de 1728 ao
bisavô da suplicante, Manoel Gonçalves de Aguiar17.
Maria Rodrigues de Oliveira, da Villa Nova do Príncipe. Duas léguas de terras na paragem
Ribeirão Passa-Dois, que confrontam da parte de Leste com o ribeirão que divide os campos de
Miguel Dias de Meira e da parte de Oeste com os campos chamados o Faxinal do falecido
Capitão-mór Francisco Teixeira Coelho e da parte do Sul com um ribeirão chamado Passa Dois
e do Norte com o mato geral; igualmente uma porção de terras lavradias que ficam do outro lado
do mesmo ribeirão Passa Dois.
Matheus Costa Rosa, morador em Paranaguá. Quatro lotes de terras que não excederão de
três léguas de comprido e uma de largo, sitas em o termo da Villa de Paranaguá a saber: o
primeiro consta de 1/2 légua que arrematou em praça e foram de Thomé Nabo de Mendonça,
seus ascendentes e de quem eles as houveram, cujas terras principiam defronte do sítio que foi
de João Tavares e as demarcações divide um rio que nasce do sertão, no princípio navegável
servindo o dito rio de demarcação até o sertão e correm as ditas terras rio acima, de frente,
buscando o sítio que foi de Matheus Luiz Grou, cortando em direitura ao mesmo ribeirão, digo,
direitura ao mesmo sítio e os fundos sertão a dentro, passando um rio chamado Sambaqui. Outro
consta de uma légua de terras que também foi arrematado em praça e foram de Matheus Luiz
Grou, de seus ascendentes e de quem eles houveram, as quais principiam onde acabam as que
foram de Thomé Nabo de Mendonça, que agora pertencem ao suplicante e de fronteira corre rio
acima que sai no rio do Porto de Curityba e buscam o Porto Real do Jordão e corre rio acima em
direitura com seu sertão. Outro de meia légua de terras que por falecimento do pai do suplicante
lhe coube em legítima e que arrematou em praça e foram de Claudio Ramos e de seus
ascendentes, as quais principiam onde acabam as que foram do dito Matheus Luiz Grou, que
hoje são do suplicante e correm o mesmo rumo de fronteira e sertão. Outro de uma légua de terra
que também houve em folha de partilha por falecimento do dito seu pai que as possui por título

licitação ocorrida em 6/VII/1799 com a presença de todos os herdeiros, do curador de menores e de interessados
nesta. Em 29/XII/1799, Maria de Nazareth do Nascimento Lima vendeu por 8:800$000 para Américo Antonio
Ayres, filho do Cel. Paulino Ayres de Aguirre, as Fazendas Reunidas Santo Inácio e Boa Vista de Botucatu ou
Aterradinho de Botucatu, ou somente Botucatu ou somente Aterradinho, ambas no termo da Vila de Itapetininga. O
negócio foi realizado na Vila Nossa Senhora da Ponte de Sorocaba e a escritura encontra-se no Livro de Notas do
mencionado ano às fls 37v e 38. (Livro Guareí - Silvio Vieira de Andrade)
17
Descendente de Antônio José Pereira Branco, filho de coronel José Joaquim Pereira Borges. Nasceu em São
Paulo-SP. Casou-se com Balbina Iria dos Guimarães, batizada em 12/IV/1794 em Curitiba , filha de Manuel
Gonçalves Guimarães nascido em Delães, Vila Nova de Famalicão, Braga (Portugal e de Maria Madalena de Lima,
nascida em Paranaguá-PR (J. Simões Lopes, Diego Pufal).
de sesmaria há mais de 50 anos ou 60, cujas principiam acabando as de Claudio Ramos que hoje
também são do suplicante como fica exposto e correm o mesmo rumo de fronteira e sertão como
as mais.
Maximo de Goes e Siqueira e Luiz Pedro de Barros. Curityba. Três léguas de terra entre os
rios Itararé e Jaguaricatú.
Miguel da Rocha. Veja Margarida Domingues.
Miguel Rodrigues de Araujo, da Villa de Castro. Uma légua de terras e légua e meia de
fundo no termo da Villa de Castro, na paragem chamada São Thomé comprada ao capitão-mór
Luciano Carneiro Lobo e que foi sesmaria do primeiro possuidor o padre José Rodrigues França,
servindo de testada a estrada geral, principiando no Arroio do Marçal e seguindo pela estrada
velha até confinar com as terras do sargento-mór José Carneiro que terá uma légua pouco mais
ou menos com os fundos até o rio Pirahy e pode ter de extensão meia légua.
Pantaleão Pedroso de Moraes, da Villa de Curityba. Uma sorte de terras de matos e
campos havidas por compra na paragem chamada Santa Cruz, do mesmo distrito, correndo entre
o Rio Tibagy e o Pitanguy, o que naquele vão se achar até a barra destes que terá duas léguas de
fundo e a testada na paragem e cabeceira do ribeirão São José, discorrendo pela bocaina até
entestar no dito rio Pitanguy que terá uma légua.
Paschoal Correa Lima. Uma fazenda no Paraná acima que parte ao Norte com as terras de
Manoel Rodrigues Soares, pelo ribeirão de São Bernardo que é extrema e da parte do Nascente
com a primeira serra e ao Sul com o rio S. Miguel, partindo com Manoel do Sacramento e ao
Poente faz forquilha dos dois rios.
Pedro Fagundes. Veja José Antonio Moreira. Raphael Archanjo, Lourenço Pinto, Antonio
Cordeiro, Francisco Anhaia, Pedro José, João Pinto da Conceição, Daniel da Silva Furtado, José
Antonio, José Gomes, Antonio Paes e Thereza de Jesus, moradores no termo da Villa de Castro.
Uns campos e matos no lugar denominado Fundão no qual se compreendem vários rincões que
ao todo poderá ter uma légua de testada e três quartos de fundo, que dividem pelo Norte com a
Campina da Palmeira, pelo Sul com o Ribeirão da Cambuca, pelo Leste com o sertão devoluto e
pelo Oeste com o Rio Hyapó.
Registro de Curitiba. Uma légua de terras de testada e outro tanto de fundo na dita
paragem que servirão de patrimônio da Igreja Matriz.
Rosa de Siqueira e Mendonça. Três léguas de comprido e uma de largo nos campos gerais
de Curityba na paragem chamada Cambejú e Itaiacoca.
Salvador Teixeira de Castilho e Anna Perpetua Coelho. Da Villa Nova do Príncipe e
freguesia de Santo Antonio da Lapa. Légua e meia de terras na paragem, digo na margem do rio
denominado Passa Dois para a parte do Sul, principiando a divisa para a parte de cima onde faz
barra no dito Passa Dois o ribeirão das Três Barras, partindo por ele acima com o Capitão-mór
Francisco Teixeira Coelho até dar no lugar das Três Barras e dali seguindo rumo de Sul, fazendo
testada pelo rio Passa Dois abaixo, a rumo direito com o alferes Manoel Carneiro Lobo e para a
parte de baixo divide com o sertão inculto e realengo.
Thomé de Almeida Paes. Meia légua de terra de testada e uma de fundo na paragem
chamada ribeirão fundo, distrito das minas de Piahy caminho de Curityba, principiando do dito
Ribeirão Fundo até o córrego de Itapeva todo o campo e terras lavradias que se achar.
Virissimo Gomes da Silva, morador em Paranaguá, na paragem do rio chamado Furalles
rio acima onde acabam as terras que tem um Manoel Gonçalves Correa, como também a ilha de
terra que faz o dito rio fronteiro e mística a declarada terra e terá menos de meia légua de
comprido e menos de 4 de largo.

CASAS DE FUNDIÇÃO-MINEIRAÇÃO

Receita Federal. Casas de Fundição

As antigas casas de fundição de ouro podem fornecer preciosas informações genealógicas,


pois ali ficavam registradas todas as operações dos mineradores, entre os quais, muitos são
nossos ancestrais. Estas fontes podem revelar a profissão, residência e pistas sobre nascimentos
de filhos, casamentos, compra de terras e inventários.
Iguape e Paranaguá estão entre as mais antigas, conforme pode ser verificado no texto
abaixo.
Os mais antigos órgãos encarregados da arrecadação dos tributos sobre a mineração. A
primeira Casa de Fundição foi estabelecida em São Paulo, por volta de 1580, para fundir o ouro
extraído das minas do Jaraguá e de outras jazidas nos arredores da vila. As Casas de Fundição
recolhiam o ouro extraído pelos mineiros, purificavam-no e o transformavam em barras, nas
quais era aposto um cunho que a identificava como "ouro quintado". isto é, do qual já fora
deduzido o tributo do "quinto". Era também expedido um certificado que deveria acompanhá-la
daí em diante. As Casas de Fundição eram dirigidas por um Provedor, auxiliado por Escrivães,
fundidores, ensaiadores, cunhadores, meirinhos, tesoureiros e fiscais. Estes últimos eram
nomeados por indicação das Câmaras Municipais. No decorrer do século XVII, duas outras
casas de fundição foram instaladas na capitania de São Vicente: uma em Iguape e outra em
Paranaguá, ambas por volta de 1650.

Casa de Fundição Iguape


- Embora não mencionada por muitos autores, é certa a sua existência, disputando com
Paranaguá a primazia de ser a primeira fora da vila de São Paulo. Ernesto Guilherme Young, o
historiador de Iguape, chegou a localizar e transcrever preciosa documentação relativa a essa
repartição na Revista do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo, volume VI, sob o título
"Subsídios para a História de Iguape Mineração do Ouro". Por esses dados, verifica-se que já
existia casa de fundição em Iguape em 1668, com o nome de "Casa da Oficina". Sabe-se também
que Manuel da Costa foi provedor dessa casa de 1672 a 1679. Não nos foi possível apurar
quando deixou de operar essa casa, mas em 1722 havia sido reaberta por instruções do ouvidor-
geral Rafael Pires Pardinho com o nome de "Casa dos Quintos".
Segundo Carvalho Franco, a Casa de Fundição de Iguape foi estabelecida em 1653, pelo
Administrador Geral das Minas, Pedro de Sousa Pereira, que encarregou dela a Diogo Vaz de
Escobar. O ouro da casa de fundição de Iguape financiou, em 1678, as diligências do malogrado
D. Rodrigo Castel Blanco. O prédio onde funcionava a Casa de Fundição ainda existe
atualmente, ocupado pelo Museu de Iguape, depois de ter sido usado sucessivamente como
cadeia, quartel e Casa da Câmara. Está magnificamente restaurado e é o mais antigo edifício
fazendário do Brasil. Nós o visitamos recentemente e o fotografamos, para enriquecer o acervo
fotográfico do "Projeto Memória da Receita".
Ele merece maior atenção de nossa parte, especialmente para que o Museu ali instalado
possa recuperar os instrumentos usados na fundição do ouro, que dali foram retirados há
algumas décadas. Segundo consta, essas peças teriam sido encaminhadas ao Museu Nacional.
Com o funcionamento do Museu de Iguape, elas devem ser devolvidas ao seu ambiente de
origem, onde ilustrarão melhor o Ciclo do Ouro. Veja também CASA DOS QUINTOS DE
IGUAPE. (FONTES: CARVALHO FRANCO, História das Minas de São Paulo, 98 e 138
SALLES OLIVEIRA, Moedas do Brasil, 1;161 e 170 ABN, 98:37 AMUL, 6:25. RIHG/SP,
6:400/435 e v. 7, 8, 9 e 10).
Casa de Fundição PARANAGUÁ
- Segundo alguns teria sido criada em 1675, mas existem indícios de sua existência em
1652 e até mesmo antes, em 1647, quando Mateus de Leão foi nomeado Provedor das Minas de
Paranaguá. Notícias bem documentadas informam que, em 1649, barretas de ouro eram fundidas
em Paranaguá, cunhadas com o selo real. Nesse ano o Provedor das Minas pediu ajuda à Câmara
de São Paulo para ir a Paranaguá impedir o funcionamento da Casa de Fundição lá instalada. E
há uma carta de Pedro de Sousa Pereira, Administrador Geral das Minas do Sul, datada de 20 de
maio de 1653, comunicando ao Rei que transferira a "Casa dos Quintos" de Paranaguá para
Iguape. A versão oficial é a de que Duarte Correia Vasqueanes. também Administrador Geral
das Minas da Repartição do Sul, a criara em 3 de março de 1650, apenas para a segurança dos
"reais quintos" e "não com o fundamento de se instituir nova casa de fundição".
É certo, porém, que, em 1655, ali já se "quintava" o ouro. E a Oficina dos Reais Quintos
existia em 1674, chefiada por Manuel de Lemos Conde, Provedor das Minas de Paranaguá. Teria
sido extinta em 1682 e restabelecida em 1719, para ser definitivamente abolida em 1736, quando
foi substituída por uma Intendência do Ouro. Benedicto Calixto diverge dessas datas e aponta o
ano de 1697 para sua instalação e 1730 para sua extinção, mas ele mesmo a menciona como
existindo em 1735, razão pela qual não pode ser levado em consideração. (FONTES: ARRUDA,
A Circulação, As Finanças e as Flutuações Econômicas, 192 CALIXTO, Capitania de Itanhaém.
Memórias Históricas PEDRO TAQUES, História da Capitania de São Vicente, 141 SANTOS,
Memórias Históricas da Cidade de Paranaguá, 38/46 Pauliceae, 2:260).

As Primeiras Minas de Paranaguá (1646)

Casa Romário Martins

Dentre as regiões onde primeiro apareceram notícias de minas de ouro e que mais
esperanças despertaram de grandes êxitos, figurou Paranaguá. Em 1646 Gabriél de Lara
manifestava em S. Paulo o descobrimento das minas de ouro de Peruna e simultaneamente eram
divulgados descobrimentos semelhantes em Iguape, Cananéa e nos sertões da Ribeira
(compreendendo o Apiaí) e do Assunguí (compreendendo o sertão das Furnas e os campos de
Curitiba).
As duas zonas principais de penetração de mineradores e pesquisadores de minas, ao
mesmo tempo ou com pequena diferença, foram as do vale do Ribeira de Iguape, compreendidos
o Ribeirinha e o Assunguí, suas principais nascentes; e no Cubatão, atual Nhundiaquara, onde
em 1653 já estavam assinaladas onze jazidas auriferas.
Ambos esses rumos eram tradicionalmente conhecidos. Pelo Ribeira-Assunguí,
penetravam os bandeirantes as regiões de Tibagí, Piquirí, Iguassú e mais tarde Uruguai, desde os
primeiros tempos de suas incursões caçadoras de índios.Em todo o litoral de Iguape a São
Francisco, foram descobertas e exploradas jazidas auriferas, até a Serra do Mar, inclusive.
O processo de extração de ouro com a "bateia" era o geralmente seguido; mas por vezes
desviavam temporariamente o curso dos ribeiros e atacavam o leito descoberto retirando do
fundo tanto minério quanto podiam". (Euzebio de Oliveira, Geologia e Recursos Minerais do
Paraná, 113) .
Com as minas manifestadas por Lara, em 1646, ia eficientemente começar o ciclo da
mineração no Paraná e até mesmo na Colônia. Antes que a exploração se iniciasse regularmente,
porém, já o govêrno da metrópole, pelo seu delegado, o Governador Geral do Rio de Janeiro,
nomeava Administrador e Provedor para o seu desenvolvimento, pesquisas de novas jazidas e
defesa fiscal dos quintos reais.
Foi para esse fim que em 1645-1647 o Governador Geral do Sul do Brasil Duarte Corrêa
Vasqueannes, expediu a Eleodoro Ebano Pereira como Entabolador e Adminitrador nos
Distritos do Sul e o Provedor da Fazenda Real, Pedro de Souza Pereira, a Mateus de Leão para
seu delegado em Paranaguá, onde mal se tinham descoberto as primeiras minas e nem se sabia
ainda se seriam produtivas.
Mas o próprio fato da presença de autoridades oficiais nas regiões das minas então
descobertas, contribuiu para despertar o interesse por esse novo gênero da atividade economica
sertanista e em breve Iguape e Paranaguá se tornaram "as povoações mais florescentes da costa,
enquanto não foram descobertos os ricos aluviões de Minas Gerais". (Euzebio de Oliveira,
Geologia e Recursos Mineirais do Paraná, 113).
No litoral foram notáveis, pelo menos pela esperança que despertaram, as minas de Peruna
(Santa Fé) de Don Jaime, as da serranias da baía dos Pinheiros e as marginais do rio Cubatão
(Nhundiaquara).

Fonte: Martins, Romário. História do Paraná. Editora Guaíra, Curitiba, 19xx, p. 180/181.

As Minas do Planalto Paranaense

Casa Romário Martins

No interior a área da exploração proveitosa do aluvião aurifero atingiu principalmente a


vasta região do Assunguí, de Jaguariaíva e Tibagí e do Planalto de Curitiba.
Há notícias de longas explorações das famosas lavras do Itaimbé (Assunguí) por ventura
início da caça ao ouro no Brasil, ao mesmo tempo que nas minas da Ribeira de Iguape à cuja
região hidrográfica pertencia. As três principais investigações oficiais sôbre o Itaimbé foram das
primeiras realizadas nos distritos auriferos do Sul: por Ebano Pereira entre 1645 e 1647, por
Agostinho de Figueiredo em 1670 e por Don Rodrigo de Castelo Branco em 1679. Ainda na
região do Assunguí foram notáveis as minas de N. S. da Conceição, da Cachoeira e do Ribeirão,
exploradas durante mais de 20 anos por Salvador Jorge Velho e seu genro Antonio Pires de
Campos a partir de 1678 até 1699 e deste ano em diante também por seu irmão Simão Jorge
Velho.
Em S. José dos Pinhais há vestígios de grandes trabalhos de mineração nas lavras de
Saraiva, nas da serra que forma os vales dos rios Guaratubinha e da Prata. Em Lavrinhas, no sítio
denominado Fazendinha em Campo Largo, há indícios de exploração de ouro em veeiro de
quartzo; e em lugar incerto, ainda em 1712, o Capitão-Mor João Rodrigues de França
garimpava com sucesso.
As minas do Arraial Grande (S. José dos Pinhais) formadoras de um dos núcleos de
origem do povoamento efetivo de Curitiba pelo grupo de Balthazar Carrasco dos Reis poucos
anos antes de 1661, ainda em 1741 eram satisfatóriamente exploradas pelos descendentes desse
políada seiscentista, Gaspar Carrasco dos Reis e Baltazar Veloso da Silva e por Salvador de
Albuquerque18.

Fonte: Martins, Romário. História do Paraná. Editora Guaíra, Curitiba, 19xx, p. 181/182.
De vez em quando no século XVIII, os governadores da Capitania de S. Paulo ordenavam
aos oficiais da Câmara de Curitiba que intimassem perante o Juiz Ordinário os
desencaminhadores dos quintos reais "a declararem por suas consciências" as importâncias
sonegadas aos quintos reais. Por uma dessas declarações, feita em 1725, sabe-se alguma cousa
do movimento da mineração nesse ano, no Distrito de Curitiba e dos nomes de diversos
mineradores.
Em 1725 declararam "por suas consciências": João Veloso da Costa, haver extraido 200 oitavas;
Zacarias Dias Côrtes, 200 oitavas; Manoel Soares da Silva, dever 12 oitavas; Manoel Duarte
de Camargo, dever 5 oitavas; Francisco Xavier dos Reis, dever 10 oitavas; Bento Soares de
Oliveira (minas de Catanduvas), dever 17 oitavas. Marcelino Rodrigues, Angelo Pedroso e
outros, descobridores e exploradores de doze ribeiros auriferos no Tibagí, sem ordem legal,
foram, então, processados.
De um outro documento, o "Registro da Entrega de Ouro, em Curitiba ao Juiz Ordinário,
com destino à Casa de Fundição de Paranaguá, a 12 de Setembro de 1731", se verifica o declinio
das extrações de ouro em pó no terraço curitibano, no Arraial Grande, Canguirí, Uvaporanga e
Purunã. Quintos remetidos, em oitavas:
Joan da Costa Borges (Arraial Grande), 120; Miguel Rodrigues Ribas (Arraial Grande),
(112 libra); Frei Lauriano da Silva, 78 oitavas; Manoel Gonçalves Corrêa, 20; Manoel
Rodrigues da Mota, 15; Agostinho Lopes (negociante), 15; Miguel Rodrigues Ribas (mercador
no Arraial Grande) 811/s; Manoel Pinto do Rego, 20; Pedro Gouveia (ourives em Curitiba), 42;
Padre Francisco Tomaz de Assunção Braga (mercador de "fazendas secas" no Arraial Grande),
117; Miguel Rodrigues Ribas (mercador de fazendas no Arraial Grande), 42; Manoel Rodrigues
da Mota, 25; Joan da Cruz Borges, 83; Frei Lauriano da Silva, 11/2; Alferes Manoel Moreira
(pagamento dos mineiros das Minas Velhas do Arraial Grande), 20; Antonio de Aguiar
(viajante), 18; Miguel Rodrigues Ribas (mercador de fazendas nas Minas Velhas do Arraial
Grande), 30; Joseph Dias Côrtes (mineiro nas Minas Velhas do Purunã), 31; Miguel Rodrigues
Ribas (mercador nas Minas Velhas do Arraial Grande), 232; Padre Francisco Tomaz de
Assunção (mercador de fazendas no Arraial Grande), 116. Vários mineiros fizeram mais de uma
remessa, na mesma data.

Fonte: Martins, Romário. História do Paraná. Editora Guaíra, Curitiba, 19xx, p. 182/183.

18
Pode ser.: Salvador de Albuquerque nasceu em São Paulo-SP. Ele casou-se com Maria do Carmo Vale. Capitão, n.
1686, São Paulo e fal. 24.9.1756, Paranaguá. Filho de Manuel Pacheco de Albuquerque e Catarina Moreira Godoy
(João Simões Lopes Filho).
A mineração seduzia a todos, conforme podemos ver abaixo, embora pouco representasse
aos mais abastados, o interesse era geral.

A oitava de ouro, em 173, valia, na Casa de Fundição do Rio de Janeiro, 1$200 (Réis).
Nestas condições 1.000 oitavas, que se acumularia com sacrifícios fáceis de imaginar, não
passavam de 1:200$000. Mas esta quantia era "in ilo tempore", uma riqueza. Da do porte, talvez,
da de Salvador Jorge Velho, que Avevedo Marques diz ter levado de Curitiba para São Paulo, e
que mereceu ao historiador paulista o qualificativo de "considerável".

De 1º de Janeiro a 31 de Dezembro de 1731, foi a seguinte a remessa de ouro dos quintos à


Casa de Fundição de Paranaguá, em oitavas: Joan da Cruz Borges (mercador no Arraial
Grande), 47; Capitão Braz Domingues Veloso (viajante, morador em Paranaguá) 32; João
Pereira Braga (morador nos Campos Gerais), 30; Miguel Rodrigues Ribas (negociante na vila),
336 ¹/² ; Frei Lauriano da Silva, 40; Antonio de Aguiar, 44; Joa N da Cruz Borges (morador
em Paranaguá), 19; Juan Dias Côrtes (minerador nas lavras do Canguirí e Uvaporanga), 112 ¹/²;
Agostinho Lopes (negociante na vila), 77 ¹/²; Manoel Rodrigues Ribas (Arraial Grande), 73;
Capitão Antonio Luiz Tigre, 50; Frei Lauriano da Silva, 80; Zacarias Dias Côrtes (mineiro nas
Lavras Velhas do Purunã), 25; Jua N da Cruz Borges (morador em Paranaguá), 280;
Guilherme Paulo, 200; Manoel da Costa Filgueira, 50; Miguel Rodrigues Ribas, 54;
Agostinho Lopes, 47 ¹/²; Manoel Alves Fontes, 60; Sebastião dos Santos, 14; Manoel
Rodrigues da Mota, 100; Manoel Martinez de Faria, 78; Antonio de Aguiar, 16; Pedro de
Gouveia (ourives na vila), 24; Capitão Antonio Luiz Tigre, 40; Sebastião dos Santos Pereira,
por Juan Cruz Borges, 86; Sebastião dos Santos Pereira, 33; Francisco Diniz Pinheiro, 90;
Miguel Rodrigues Ribas, 481; Agostinho Lopes, 92 ¹/²; Miguel Gonçalves Lima, 23; Sebastião
dos Santos pereira, 74; Miguel Gonçalves Lima (por conta de Juan da Cruz Borges), 20;
Manoel Gonçalves Lima, 23; Miguel Gonçalves Lima, 60; Francisco dos Reis, 20 ¹/².

Fonte: Martins, Romário. História do Paraná. Editora Guaíra, Curitiba, 19xx, p. 183/184.

De vez em quando no século XVIII, os governadores da Capitania de S. Paulo ordenavam


aos oficiais da Câmara de Curitiba que intimassem perante o Juiz Ordinário os
desencaminhadores dos quintos reais "a declararem por suas consciências" as importâncias
sonegadas aos quintos reais.
Por uma dessas declarações, feita em 1725, sabe-se alguma cousa do movimento da
mineração nesse ano, no Distrito de Curitiba e dos nomes de diversos mineradores. Em 1725
declararam "por suas consciências": João Veloso da Costa, haver extraido 200 oitavas; Zacarias
Dias Côrtes, 200 oitavas; Manoel Soares da Silva, dever 12 oitavas; Manoel Duarte de
Camargo, dever 5 oitavas; Francisco Xavier dos Reis, dever 10 oitavas; Bento Soares de
Oliveira (minas de Catanduvas), dever 17 oitavas. Marcelino Rodrigues, Angelo Pedroso e
outros, descobridores e exploradores de doze ribeiros auriferos no Tibagí, sem ordem legal,
foram, então, processados. De um outro documento, o "Registro da Entrega de Ouro, em
Curitiba ao Juiz Ordinário, com destino à Casa de Fundição de Paranaguá, a 12 de Setembro de
1731", se verifica o declinio das extrações de ouro em pó no terraço curitibano, no Arraial
Grande, Canguirí, Uvaporanga e Purunã. Quintos remetidos, em oitavas:
Joan da Costa Borges (Arraial Grande), 120; Miguel Rodrigues Ribas (Arraial Grande),
(112 libra); Frei Lauriano da Silva, 78 oitavas; Manoel Gonçalves Corrêa, 20; Manoel
Rodrigues da Mota, 15; Agostinho Lopes (negociante), 15; Miguel Rodrigues Ribas (mercador
no Arraial Grande) 811/s; Manoel Pinto do Rego, 20; Pedro Gouveia (ourives em Curitiba), 42;
Padre Francisco Tomaz de Assunção Braga (mercador de "fazendas secas" no Arraial Grande),
117; Miguel Rodrigues Ribas (mercador de fazendas no Arraial Grande), 42; Manoel Rodrigues
da Mota, 25; Joa N da Cruz Borges, 83; Frei Lauriano da Silva, 11/2; Alferes Manoel
Moreira (pagamento dos mineiros das Minas Velhas do Arraial Grande), 20; Antonio de Aguiar
(viajante), 18; Miguel Rodrigues Ribas (mercador de fazendas nas Minas Velhas do Arraial
Grande), 30; Joseph Dias Côrtes (mineiro nas Minas Velhas do Purunã), 31; Miguel Rodrigues
Ribas (mercador nas Minas Velhas do Arraial Grande), 232; Padre Francisco Tomaz de
Assunção (mercador de fazendas no Arraial Grande), 116. Vários mineiros fizeram mais de uma
remessa, na mesma data.

Fonte: Martins, Romário. História do Paraná. Editora Guaíra, Curitiba, 19xx, p. 182/183.

POVOADORES E SESMEIROS DE PARANAGUÁ E CAMPOS DE CURITIBA

Roselys Roderjan

A importância da Capitania de Paranaguá se evidencia com o aumento da sua população.


O estudo de antigas famílias parnanguaras revela suas origens predominantemente em São
Paulo, Cananéia, Santos e Iguape e no elemento que constantemente chega do Reino e das Ilhas.
São o luso-brasileiro, o mameluco paulista e o português, que formam essas famílias.
Destacaram-se entre os primeiros povoadores de Paranaguá, os capitães-mores Gaspar
Teixeira de Azevedo, Francisco da Silva Magalhães e João Rodrigues de França e também o
provedor Manoel de Lemos Conde.
Seus descendentes se transportaram para Antonina e Morretes, vilas litorâneas, onde novos
núcleos familiares foram constituídos. Sua descendência alcançará os planaltos paranaenses
principalmente as atuais cidades da Lapa e da Palmeira, já no início do século XIX.
Em Curitiba, distinguiram-se entre seus primeiros povoadores, Baltasar Carrasco dos Reis,
Mateus Martins Leme, João Rodrigues Seixas e Luis de Gois, cujos descendentes casaram entre
si, constituindo numerosa parentela. Muitos ocuparam lugar de relevo na história do Paraná e sua
descendência se estendeu até os dias atuais.
Dos fins do século XVII em diante os povoadores de Paranaguá e Curitiba, que têm
origens comuns em São Paulo e nas suas vilas litorâneas, estreitam seus laços familiares, unindo-
se os Lara, Teixeira de Azevedo, Palhano, Cunha Gago, Fagundes, Cardoso Lima, França,
Moraes Cordeiro, Matoso, Morato do litoral, aos Leme, Carrasco dos Reis, Gois, Siqueira
Cortes, Rodrigues Seixas, Dias, Carvalho, Bueno, Andrade e Ribas de Curitiba.

MANOEL DE LEMOS CONDE

Roselys Roderjan

Manoel de Lemos Conde, natural de Portugal, foi vereador e almotacé da Câmara de São
Paulo em 1656. Deu conhecimento a El-Rey e ao governador-geral. na Bahia, da descoberta de
minas em Paranaguá, em 1674. Seu destino foi trágico. Dom Rodrigode Castelo Branco,
governador-geral das minas, provando a inexistência delas, prendeu-o e sequestrou-lhe os bens.
Em São Paulo, na prisão. Lemos Conde se suicida.
Lemos Conde casou com Ana Cordeiro Matoso Morato, filha do bandeirante português
Valentim Cordeiro e de Ana Morato. O pai de Ana Morato é o bandeirante Manoel Morato
Coelho e sua mãe descende de Antônio Rodrigues de Alvarenga e de Estevão Ribeiro Baião
Parente.
Lemos Conde teve:
F 1 Francisco de Lemos Matoso
F 2 Antônio Morato
F 3 Manoel de Lemos Conde (filho)
F 4 Catarina de Lemos
F 5 Maria de Lemos Conde.
Sua filha Catarina de Lemos casou com Pedro de Morais Monforte, que assinou a ata da
fundação da vila de Curitiba em 1693. Gaspar Gonçalves de Morais, filho desse casal, casou
com Catarina de Senne, filha de Francisco Ferreira do Vale e Joana Cordeiro Matoso e irmã de
Antônio Ferreira Matoso. Catarina e Antônio tinham como antepassados, pela parte paterna,
Domingos e Francisco Pinto do Rego, André Cursino Monteiro de Matos, Diogo Pinto do Rego,
Domingos Brito Peixoto e Lucrecia Leme (Guerra), esta filha de Pedro Leme e Helena do Prado.
Esta é a mesma ascendência dos Brito Peixoto e dos Pinto Bandeira de Laguna e do Rio Grande
do Sul.

GASPAR TEIXEIRA DE AZEVEDO

Roselys Roderjan

Capitão-mor de Paranaguá de 1789 a 1792, Gaspar Teixeira de Azevedo, nascido em


Portugal, teve Domingos Teixeira de Azevedo, do seu primeiro casamento com Maria da Silva,
neta do capitão-mor governador Amadeu Bueno. Domingos Teixeira de Azevedo, casou com
uma descendente de Brás Esteves e Leonor Leme, Ana Siqueira de Mendonça, filha de José
Tavares da Siqueira e Isabel Maria da Cruz.
Por seu segundo casamento em Paranaguá com Catarina de Ramos, filha de Manoel da
Cunha Gago e Antonia Siqueira de Almeida, o capitão-mor de Paranaguá, Gaspar Teixeira de
Azevedo, teve Maria de Assunção, casada com Anastácio de Freitas Trancoso, que foram os pais
de: Maria da Conceição. Esta, por seu casamento com Antônio Ferreira Matoso, liga-se aos
Morais Cordeiro, aos Matoso e aos Morato.
Aparentado com os Teixeira de Azevedo, Luis Palhano de Azevedo, morador em
Paranaguá, tem descendentes casados com familiares de Baltasar Carrasco dos Reis, pelas filhas
deste, Maria Pais, Isabel Garcia Antunes e Domingas Antunes Cortes, moradores em Curitiba.

DOMINGOS CARDOSO DE LIMA

Roselys Roderjan

Domingos Cardoso de Lima, natural de Portugal, sargento-mor da Milícia de Paranaguá,


falecido em 1781, era casado com Felicia Xavier Barbosa. Foi possuidor de minas de ouro em
Morretes tendo conseguido grande fortuna. Teve sete filhos, sendo que sua última filha, Joana
Cardoso de Lima, casada com o português Manoel Nunes de Lima, teve numerosa descendência
nos Campos Gerais de Curitiba. Este casal casou sua filha Maria Madalena da Silva com o
português Manoel Gonçalves Guimarães, abastado proprietário nos Campos Gerais, ligado ao
tropeirismo.
Das filhas deste último casal, Ana Ubaldina de Guimarães casou com João da Silva
Machado, o barão de Antonina e Francisca de Paula Lima, com Francisco Teixeira de Azevedo,
descendente de Baltasar Carrasco dos Reis. Este último casal foi proprietário do Carambeí, nos
Campos Gerais. Sua filha Maria do Nascimento casou com Antônio Dias Batista e teve Firmino
Teixeira Batista (o coronel Vivida), Francisco Antônio Batista Rosas e Anacleto Dias Batista,
que casaram em Passo Fundo, no Rio Grande do Sul. Os dois primeiros passaram a residir
respectivamente em Palmas e em Ponta Grossa, no Paraná, tendo Anacleto se fixado em Passo
Fundo. Bonifácio Bias Batista, irmão dos precedentes, agraciado com o título de barão de Monte
Carmelo, residiu em Castro. A principal atividade desses quatro irmãos, foi o tropeirismo.
O português Manoel Gonçalves Guimarães, c. com Maria Madalena da Silva. Das filhas
deste último casal, entre outros (ver o título Manuel Gonçalves Guimarães)
F 1 Ana Ubaldina de Guimarães casou com João da Silva Machado, o barão de Antonina e
F 2 Francisca de Paula Lima, com Francisco Teixeira de Azevedo19, f.º de João Gonçalves
Teixeira e de Ana Maria de Jesus, ambos de Curitiba.descendente de Balthazar Carrasco dos
Reis. Este último casal foi proprietário do Carambeí, nos Campos Gerais.
N 1 Balbina (bat. 20/XII/1825 Castro), c.c. José Joaquim Marques de Souza;
BN 1 Agnelo Marques
BN 2 Cândida Marques
N 2 Maria do Nascimento, c.c. 1.º Antônio Dias Batista, 2º vez, c.c. Fernando
Penteado Rosas.
BN 1 Francisco Antônio Batista Rosas passou a residir em Ponta Grossa
BN 2 Firmino Teixeira Batista (o coronel Vivida), passou a residir em Palmas,
BN 3 Anacleto Dias Batista, que casou e se fixou em Passo Fundo, no Rio
Grande do Sul. Inventário de Lages 1885 (sem testamento). Falecida e inventariada: Marcelina
Rodrigues de Attayde filha de Claro Rodrigues de Attaydes, já falecida na época do inventário.
Foi casada com Anacleto Dias Batista, pais de:
TN1 Leocadia, casada com Manoel Esequiel da Silva, residente nesta
cidade.
TN 2 Bernardino Dias Baptista, solteiro, idade dezoito anos, morador
nesta cidade.
TN 3 Anna Dias Baptista, solteira, com dezesseis anos de idade.
TN 4 Claro Dias Baptista, solteiro, falecido posteriormente a
inventariada.
BN 4 Bonifácio Dias Batista20, irmão dos precedentes, foi agraciado com o
titulo de barão de Monte Carmelo, residiu em Castro.
N 3 João Teixeira

19
Tropeiro - Francisco Teixeira de Azevedo Na lista de ordenanças de 1820, foi recenseado o Capitão Francisco
Teixeira de Azevedo, com 60 anos, negociante de tropas e fazenda de criar. Era casado com Francisca de Paula e
tinha quatro filhos (Pesquisa, Museu do Tropeiro, Castro).
20
-Tropeiro. Bonifácio Dias Baptista Nasceu em 1827 na Vila do Príncipe. Iniciou-se como Tropeiro em 1843, com
apenas 15 anos de idade. Negociou durante anos no Tropeirismo, desenvolvendo depois as atividades de fazendeiro
e político. Recebeu em 1886, do Imperador D. Pedro II, o título de Barão do Monte Carmelo (Pesquisa, Museu do
Tropeiro, Castro).
N 4 Ana Placedina, c.c. Antônio Madureira. Pais de:
BN 1 capitão Cláudio José de Madureira

MATEUS MARTINS LEME

Roselys Roderjan

Mateus Martins Leme era filho de Tomé Martins Bonilha, de ascendência espanhola e de
Leonor Leme, esta descendente de Brás Esteves e Leonor Leme, que vieram da ilha da Madeira
para São Vicente, em 1550. Mateus Leme casou em São Paulo em Antonia de Gois. Vieram para
Curitiba, onde já residiam em 1661. Foi "capitão povoador" de Curitiba, onde faleceu em 1695,
tendo presidido em 1693 a fundação dessa vila. Mateus Leme e Antonia de Gois tiveram os
seguintes filhos:
F 1 Antônio Martins Leme, casado em Curitiba com Margarida Fernandes, filha de
Baltasar Carrasco dos Reis e Isabel Antunes. O seu filho José Martins Leme casou com Antonia
Ribeiro da Silva, descencente de Estavão Baião Parente, povoador de São Paulo por volta de
1600. Tiveram Maria de Almeida e Margarida da Silva, casadas em Curitiba com dois filhos de
Lourenço Castanho Taques (o moço) e também Estevão Ribeiro Baião, sertanista que fez parte
da expedição do Tibagi, em 1769.
F 2 Mateus Martins Leme, casado com Isabel Pedroso.
F 3 Ana Maria da Silva ou Ana da Silva Leme, casada com Antônio da Costa Velloso,
natural de Portugal, que teve Brás Domingues Velloso. Este casou em primeiras núpcias com
Catarina de Melo Coutinho, neta do capitão-mor João Rodrigues de França. Em segundas
núpcias casou com Maria Pais de Jesus, bisneta de Baltasar Carrasco dos Reis, com quem residia
em Campo Largo em 1766.
F 4 Maria Leme da Silva, casada em Curitiba com o capitão Manoel Picão de Carvalho,
neto de Garcia Rodrigues Velho, povoador de Curitiba." Na sua descendência figuram os Rocha
Loures e os Dias Batista, povoadores de Guarapuava e Palmas, com descendentes no Rio Grande
do Sul.
F 5 Salvador Martins Leme, casado com Isabel Fernandes de Siqueira.

JOÃO RODRIGUES SEIXAS

Roselys Roderjan
João Rodrigues Seixas, natural de Portugal, casou com Maria Maciel Barbosa em
Cananeia, onde residiam. Aproximadamente em 1670, tiveram Antônio Rodrigues Seixas e
depois Isabel Rodrigues Seixas.
Antônio Rodrigues Seixas Casou em Curitiba com Maria Soares Pais, filha de Manoel
Soares e Maria Pais, esta filha de Baltasar Carrasco dos Reis e Isabel Antunes da Silva,
povoadores de Curitiba. Antônio Rodrigues Seixas e Maria Soares Pais, tiveram:
F 1 Ines Rodrigues
F 2 Juliana Rodrigues
F 3 João Rodrigues Seixas, c.c. Francisca Maciel Sampaio21, filha de Manoel Martins
Valença e de Joana Maciel Sampaio
F 4 Manoel Rodrigues Seixas, c.c. Isabel Martins Valença, filha de Manoel Martins
Valença e de Joana Maciel Sampaio. Tiveram:
N 1 Maria Soares Rodrigues Pais, que casou com Francisco Monteiro de Araújo,
filho de outro de igual nome, natural de Portugal e de Isabel Rodrigues Barbosa. Pais de:
BN 1 Ana Maria da Conceição, casada com Manoel José de Araújo,
fundadores da cidade paranaense de Palmeira, origem dos Araújo, Marcondes, Sá, Albuquerque
e Camargo da Palmeira.
BN 2 Lourenço Justiniano de Araújo, cujos descendentes foram povoadores de
Palmas, no sudoeste paranaense, em meados do século XIX.
F 5 Isabel Rodrigues Seixas, natural da Cananeia, casou com Lourenço de Andrade (de
Portugal). Eles foram o tronco dos Andrade e Lustosa de Andrade de Curitiba. Tiveram três
filhos:
N 1 Antônio,
N 2 Maria Rodrigues de Andrade, natural de Curitiba, casou com o capitão Miguel
Rodrigues Ribas (de Portugal). Desse casamento descendem os Ribas de Curitiba e dos Campos
Gerais. Descendentes no Rio Grande, em Cruz Alta.
N 3 Agostinho de Andrade.

MANOEL GONÇALVES DE AGUIAR

Roselys Roderjan

Manoel Gonçalves de Aguiar, sargento-mor comandante da praça de Santos, possui


sesmarias nos Campos de Curitiba, desde 176, tendo sido o instituidor do vínculo de Nossa
Senhora das Neves, que compreendia várias fazendas. Desde 1711 inspecionava o litoral para a
Coroa, tendo explorado as costas de Paranaguá até Laguna. Em seu testamento declarou ser

21
netas de Gregório Mendes Barbudo (de Portugal) e de Francisca Maciel Sampaio, estes residentes em Cananeia.
natural de São João da Foz da Barra, do Porto, casado com Maria Pinheira, filha de José Pinheiro
e Joana Rodrigues de França e que não tiveram descendência.

POVOADORES DO TAMANDUÁ- CAMPOS GERAIS

Mauro Esteves

Abaixo a relação de sesmeiros do Tamanduá mencionados na obra "Campo Largo desde


1500",.
1 João Rodrigues França
2 Antonio Luiz Tigre
3 José Rodrigues França
4 Manoel Gonçalves da Cruz
5 Antonio dos S. Soares
6 Antonia da Cruz R. F.
7 Manoel G. de Aguiar
8 João Pereira Braga
9 Manoel G. de Siqueira
10 Domingos G. Padilha
11 Braz Domingues Velloso
12 Pedro de S. Cortes
13 Joaquim Lopes de S. Cascaes
14 Manoel Rodrigues da Motta
15 Felipe de Santiago
16 Manoel Dias da Costa
17 Manoel Rodrigues Thomar
18 Francisco X. Pinto
19 Manoel Soares
20 João Ribeiro do Valle
21 Antonio Rodrigues Seixas
22 Bento Pires Leme
23 José Martins Leme
24 Manoel P. de Carvalho
25 Zacarias Dias Cortes
CAMPOS GERAIS

José Carlos Veiga Lopes

O povoamento dos Campos Gerais na parte ao sul do rio Iguaçu apresenta características
diferentes em relação aos campos ao norte do citado rio. Com a descoberta do ouro nas Minas
Gerais, no início do século XVIII o rei de Portugal mandou incentivar a criação de gado vacum,
cavalar e muar nas capitanias do sul para abastecimento das minas; já havia um caminho que
ligava as vilas de Curitiba e Sorocaba desde o final do século anterior, que serviu para o
transporte de animais produzidos nas primeiras sesmarias, concedidas a moradores de São Paulo,
Santos e Paranaguá. Pedro Taques de Almeida e familiares pediram em 174 terras entre o rio
Jaguaricatu e Itaiacoca,
Manuel Gonçalves de Aguiar obteve em 176 a sesmaria dos Carlos e apossou-se da de São
Luís (do Purunã), Antônio Luís Tigre também em 176 obteve a sesmaria do Rio Verde e
apossou-se das terras do Tamanduá, Manuel Gonçalves da Cruz em 178 obteve sesmaria nos
atuais municípios de Palmeira e Porto Amazonas e Felipe Luís em 179 das terras em Santa
Quitéria, a assim por diante. As terras abaixo do rio Grande, que eram os campos depois
denominados da Lapa e do Tenente, ficaram um pouco esquecidas, embora havia alguns
moradores na Boa Vista, como veremos mais adiante.
Em 11 de fevereiro de 1728 foi iniciada por Souza Faria a abertura do caminho entre o sul,
Morro dos Conventos (Araranguá) e os Campos Gerais de Curitiba. Após mais de dois anos
pelos sertões passou o rio Una (Negro), seguiu por campos e restingas, chegou ao rio Grande
pequeno (Rio da Várzea) e desse aos Campos Gerais de Curitiba e rio do Registro em 8 de
setembro de 1730; o piloto dele, José Inácio, disse que mais adiante de um rio chamado São
Bartolomeu, oito braças de largo e três palmos de fundo, e caminho do norte, ficava o rio Grande
pequeno, teria de largo doze braças e pouco mais de cinco palmos de fundo, e distava de São
Bartolomeu cinco léguas, e seguindo o mesmo rumo do norte sete léguas mais avante deram no
rio Grande de Curitiba.
Em novembro de 1732 Cristóvão Pereira de Abreu chegou aos campos de Curitiba com a
primeira tropa, constituída por 800 cavalgaduras suas que trouxera da Colônia do Sacramento, e
mais 2.200 que pertenciam a diversos proprietários, além de 500 vacas que arrebanhara nos
campos, iniciando o ciclo do tropeirismo, motivo do desenvolvimento da região.
Quando da abertura do caminho por Souza Faria, como ele demorava a dar notícias, em
1730 Manuel Rodrigues da Mota organizou uma bandeira para abrir uma picada a fim de
encontrar a que Francisco de Souza Faria vinha abrindo do rio Araranguá, nos Conventos, que
fracassou em sua tarefa; mais tarde Manuel declarou que gastara na empreitada mais de 400$000
de sua fazenda, e em reconhecimento recebeu patente de sargento-mor e também foi nomeado
em 26 de julho de 1731 para o cargo de superintendente do registo do gado e das cavalgaduras.
Em 1733 Manuel Rodrigues da Mota foi nomeado no posto de tenente-general. Talvez tenha
sido ele que deu o nome ao Campo do Tenente.

PIONEIROS DOS CAMPOS DA LAPA

José Carlos Veiga Lopes

Os primeiros proprietários dos campos da Lapa moravam nos mesmos, muitos oriundos de
Curitiba, ao contrário dos demais de outras partes dos Campos Gerais, que deixavam as fazendas
por conta de fazendeiros ou de capatazes, morando em Paranaguá, Santos, São Paulo e Itu.
O povoamento dos Campos Gerais na parte ao sul do rio Iguaçu apresenta características
diferentes em relação aos campos ao norte do citado rio. Com a descoberta do ouro nas Minas
Gerais, no início do século XVIII o rei de Portugal mandou incentivar a criação de gado vacum,
cavalar e muar nas capitanias do sul para abastecimento das minas; já havia um caminho que
ligava as vilas de Curitiba e Sorocaba desde o final do século anterior, que serviu para o
transporte de animais produzidos nas primeiras sesmarias, concedidas a moradores de São Paulo,
Santos e Paranaguá.
Pedro Taques de Almeida e familiares pediram em 174 terras entre o rio Jaguaricatu e
Itaiacoca, Manuel Gonçalves de Aguiar obteve em 176 a sesmaria dos Carlos e apossou-se da de
São Luís (do Purunã), Antônio Luís Tigre também em 176 obteve a sesmaria do Rio Verde e
apossou-se das terras do Tamanduá, Manuel Gonçalves da Cruz em 178 obteve sesmaria nos
atuais municípios de Palmeira e Porto Amazonas e Felipe Luís em 179 das terras em Santa
Quitéria, a assim por diante. As terras abaixo do rio Grande, que eram os campos depois
denominados da Lapa e do Tenente, ficaram um pouco esquecidas, embora havia alguns
moradores na Boa Vista, como veremos mais adiante.
Em 11 de fevereiro de 1728 foi iniciada por Souza Faria a abertura do caminho entre o
sul, Morro dos Conventos (Araranguá) e os Campos Gerais de Curitiba. Após mais de dois anos
pelos sertões passou o rio Una (Negro), seguiu por campos e restingas, chegou ao rio Grande
pequeno (Rio da Várzea) e desse aos Campos Gerais de Curitiba e rio do Registro em 8 de
setembro de 1730; o piloto dele, José Inácio, disse que mais adiante de um rio chamado São
Bartolomeu, oito braças de largo e três palmos de fundo, e caminho do norte, ficava o rio Grande
pequeno, teria de largo doze braças e pouco mais de cinco palmos de fundo, e distava de São
Bartolomeu cinco léguas, e seguindo o mesmo rumo do norte sete léguas mais avante deram no
rio Grande de Curitiba.
Em novembro de 1732 Cristóvão Pereira de Abreu chegou aos campos de Curitiba com a
primeira tropa, constituída por 800 cavalgaduras suas que trouxera da Colônia do Sacramento, e
mais 2.200 que pertenciam a diversos proprietários, além de 500 vacas que arrebanhara nos
campos, iniciando o ciclo do tropeirismo, motivo do desenvolvimento da região.
Quando da abertura do caminho por Souza Faria, como ele demorava a dar notícias, em
1730 Manuel Rodrigues da Mota organizou uma bandeira para abrir uma picada a fim de
encontrar a que Francisco de Souza Faria vinha abrindo do rio Araranguá, nos Conventos, que
fracassou em sua tarefa; mais tarde Manuel declarou que gastara na empreitada mais de 400$000
de sua fazenda, e em reconhecimento recebeu patente de sargento-mor e também foi nomeado
em 26 de julho de 1731 para o cargo de superintendente do registo do gado e das cavalgaduras.
Em 1733 Manuel Rodrigues da Mota foi nomeado no posto de tenente-general. Talvez tenha
sido ele que deu o nome ao Campo do Tenente.
Os primeiros proprietários dos campos da Lapa moravam nos mesmos, muitos oriundos de
Curitiba, ao contrário dos demais de outras partes dos Campos Gerais, que deixavam as fazendas
por conta de fazendeiros ou de capatazes, morando em Paranaguá, Santos, São Paulo e Itu.
Após a descoberta do ouro nas Minas Gerais, o rei de Portugal incentivou a concessão de
sesmarias nas capitanias do sul do Brasil, para que fornecessem montarias e alimentos ao
mineradores, assim, já a partir de 174 encontramos diversas nos Campos Gerais, ao norte do rio
Iguaçu, formando-se fazendas que abasteceram São Paulo e as minas nas primeiras décadas do
século XVIII. Ao contrário das outras partes dos Campos Gerais, não encontramos no início
desse século cartas de sesmaria dos campos da região da Lapa, os povoadores fizeram posse.
O povoamento dos Campos Gerais na parte ao sul do rio Iguaçu apresenta características
diferentes em relação aos campos ao norte do citado rio. Com a descoberta do ouro nas Minas
Gerais, no início do século XVIII o rei de Portugal mandou incentivar a criação de gado vacum,
cavalar e muar nas capitanias do sul para abastecimento das minas; já havia um caminho que
ligava as vilas de Curitiba e Sorocaba desde o final do século anterior, que serviu para o
transporte de animais produzidos nas primeiras sesmarias, concedidas a moradores de São Paulo,
Santos e Paranaguá. As terras abaixo do rio Grande, que eram os campos depois denominados da
Lapa e do Tenente, ficaram um pouco esquecidas, embora havia alguns moradores na Boa Vista,
como veremos mais adiante.
Os primeiros proprietários dos campos da Lapa moravam nos mesmos, muitos oriundos de
Curitiba, ao contrário dos demais de outras partes dos Campos Gerais, que deixavam as fazendas
por conta de fazendeiros ou de capatazes, morando em Paranaguá, Santos, São Paulo e Itu.
Um dos primeiros moradores dos campos da Lapa foi João Pereira Braga. Ele foi batizado
no dia 13 de fevereiro de 1696 no orago de Santa Maria da freguesia de Covas, concelho de Vila
Verde, arcebispado de Braga, filho de José Martins e de Esperança Pereira. No dia 27 de maio de
1724, na solicitação da sesmaria do Alegre (atual Monte Alegre, município de Telêmaco Borba)
João Pereira Braga disse que era morador nos campos de Curitiba na paragem chamada Boa
Vista; em outro documento do mesmo ano João Pereira Braga disse que assistia nos campos de
Curitiba havia mais de cinco anos beneficiando alguns gados na paragem chamada Boa Vista.
Então ele teria chegado ali mais ou menos em 1719 e realçamos que anos mais tarde, conforme
veremos adiante, a fazenda pertencente à sua viúva denominava-se Boa Vista.
João Pereira Braga teve com Teresa de Oliveira uma filha natural, Francisca Pereira,
nascida mais ou menos em 1722, também conhecida por Francisca de Oliveira.
João Pereira Braga contraiu núpcias na matriz de Nossa Senhora da Luz de Curitiba com
Josefa da Silva, filha de João da Silva Reis e Josefa da Silva (ver mais dados deste casal
adiante), no dia 14 de janeiro de 1726.
Segundo Francisco Negrão, em 1729 João Pereira Braga era o administrador da fazenda
dos Campos Gerais no lugar denominado Lapa, pertencente ao capitão Manuel Dias da Costa e
sua mulher Isabel Pinheiro, inventariado em nesse mesmo ano em Curitiba; infelizmente este
inventário foi destruído pelo fogo quando se incendiou o arquivo da vara de órfãos de Curitiba
(mais ou menos em 1933). Não sabemos se este lugar denominado Lapa era na região da atual
cidade da Lapa ou no local escrito Lapa no mapa feito pelo Dr. Antônio dos Santos Soares sobre
parte dos Campos Gerais, datado de 1728; este último local estava na fazenda então denominada
Capão Grande, nas cabeceiras do rio dos Papagaios, e sua formação geomorfológica está com
relativa precisão no citado mapa.
A fazenda Capão Grande era vizinha às fazendas de Manuel Gonçalves de Aguiar,
concunhado de Manuel Dias da Costa, e após a morte do primeiro foi realizado um contrato para
administração das fazendas dos Carlos e São Luís, doadas a Nossa Senhora das Neves, onde está
dito que nas ditas fazendas também se achava gado cavalar e pouco vacum pertencente aos
órfãos do capitão Manuel Dias da Costa, que o outorgado seria obrigado a marcar com a sua
marca e beneficiá-lo, que tomasse conta o tutor ou seu procurador nas fazendas do Dr. Antônio
dos Santos Soares chamadas Papagaios e Cancela, que nelas se achassem dito gado vacum e
cavalar e nelas teria o curral dos ditos órfãos chamado o Capão Grande.
Que sabemos, eram órfãos do capitão Manuel Dias da Costa, frei Manuel e frei João,
religiosos de Nossa Senhora do Carmo, e também havia a filha Maria Teresa de Jesus, que foi
madrinha de sua prima Ana Maria das Neves. A fazenda Capão Grande depois passou a
denominar-se Sant’Ana e a veio a pertencer à dita Ana Maria das Neves.
Em terras do atual município da Lapa encontramos dois requerimentos de sesmarias, mas
não as cartas. Manuel Gonçalves de Aguiar, sargento-mor da infantaria paga da praça de Santos,
fez requerimento no dia 25 de janeiro de 1722, dizendo que nos Campos Gerais de Curitiba
(Curuiuba) da outra banda do rio Grande defronte donde o suplicante tinha uns currais de gado,
estavam uns campos a que chamavam de Taabauna, devolutos, os quais queria o suplicante
povoar para o que pedia légua e meia dos ditos campos de Taabauna, na mesma paragem onde
os padres da Companhia de Paranaguá em algum tempo os largaram por inútil e que a dita légua
e meia começaria aonde os ditos padres formaram curral, correndo rio abaixo e rio acima onde
concluía a légua e meia, com uma légua de sertão, para nos ditos campos e matos mandar fazer o
suplicante fazendas e lavouras para de tudo pagar dízimo.
Em 15 de outubro de 1722 o cunhado de Manuel, o padre José Pinheiro Machado,
presbítero do cabido de São Pedro, requereu dizendo que no campo de Itabaúna da parte do rio
Grande de Curitiba, onde os reverendos padres da Companhia tiveram gado em algum tempo e
por estarem devolutos, fabricou o suplicante duas fazendas de gado vacum e cavalgaduras de
que pagava dízimos a Deus, assim do dito gado como das lavouras, cujos campos os queria
haver por carta de data de sesmaria, a saber, de um capão chamado do Pinheiro em que o
suplicante tinha a dita fazenda uma légua de largo ao rumo dos oes-sudoeste e do dito capão
légua e meia rumo do noroeste; légua e meia caminho e rumo de sudoeste servindo o dito capão
de pião, cujos campos tinham seus capões e partiam com campos e terras do cunhado do
suplicante, sargento-mor Manuel Gonçalves de Aguiar. Estes documentos estão no Arquivo
Público do Estado de São Paulo em lata contendo Sesmarias e Requerimentos com despacho
final.
Em 11 de fevereiro de 1728 foi iniciada por Souza Faria a abertura do caminho entre o sul,
Morro dos Conventos (Araranguá) e os Campos Gerais de Curitiba. Após mais de dois anos
pelos sertões passou o rio Una (Negro), seguiu por campos e restingas, chegou ao rio Grande
pequeno (Rio da Várzea) e desse aos Campos Gerais de Curitiba e rio do Registro em 8 de
setembro de 1730; o piloto dele, José Inácio, disse que mais adiante de um rio chamado São
Bartolomeu, oito braças de largo e três palmos de fundo, e caminho do norte, ficava o rio Grande
pequeno, teria de largo doze braças e pouco mais de cinco palmos de fundo, e distava de São
Bartolomeu cinco léguas, e seguindo o mesmo rumo do norte sete léguas mais avante deram no
rio Grande de Curitiba.
Em novembro de 1732 Cristóvão Pereira de Abreu chegou aos campos de Curitiba com a
primeira tropa, constituída por 800 cavalgaduras suas que trouxera da Colônia do Sacramento, e
mais 2.200 que pertenciam a diversos proprietários, além de 500 vacas que arrebanhara nos
campos, iniciando o ciclo do tropeirismo, motivo do desenvolvimento da região.
O casal João Pereira Braga e Josefa da Silva teve os filhos, as datas correspondendo a
batizados: Maria Pereira da Silva (27-III-1728), padre João da Silva Reis (7-VIII-1730), Ana
Pereira da Silva (1-XI-1733), Joana Pereira da Silva (2-II-1737), Inácia Maria Pereira da Silva
(2-VII-1739), tenente Domingos Pereira da Silva (7-VII-1743).
Em 1745 o brigadeiro José Custódio de Sá e Faria fez viagem entre Santo Antônio da
Patrulha e Sorocaba. No dia 20 de novembro de 1745 passaram o rio da Várgea foram seguindo
sempre para o norte, e nornordeste, pousaram no campo da Lapa. No dia 22 saíram do campo da
Lapa correndo direitos ao norte. Primeiro documento onde encontramos a denominação Lapa.
João Pereira Braga faleceu no dia 7 de agosto de 1747 e foi sepultado na Capela de Nossa
Senhora da Conceição do Tamanduá.

Vamos dar a seguir algumas informações sobre a família de João Pereira Braga.
Na lista de ordenanças de 1765, no Registo (sic, em todos os documentos antigos era
escrito sem o “R”, e em Portugal ainda é assim), em terras do atual município da Lapa, estavam
os genros de João Pereira Braga: Manuel Correia, casado com Ana Pereira da Silva; Manuel
Simões, casado com Joana Pereira (da Silva); e João Gonçalves Barreiros, casado com Inácia
Maria (da Silva), o filho Antônio Gonçalves dos Reis, 1 ano; além do filho Domingos Pereira da
Silva, que morava com a mãe viúva Josefa da Silva; o outro filho, o futuro padre João da Silva
Reis, que foi o primeiro vigário da freguesia de Santo Antônio da Lapa, não aparece;
encontramos também Francisco dos Reis, casado com Joana Rodrigues. Na freguesia de São
José encontramos morando o genro de João Pereira Braga, José dos Santos Pacheco (Lima),
casado com Maria Pereira da Silva, que cuidava da Fazenda Rio Grande.
Na relação de 1772 a fazenda de Josefa da Silva (viúva de João Pereira Braga) chamada a
Boa Vista estava na estrada, tinha 85 vacas de ventre, 15 novilhas, 4 touros, 6 bois capados, 2
ditos mansos, 25 éguas de ventre, 2 potros, 6 potras, 2 cavalos mansos, 2 pastores, 4 éguas
mansas, 1 porca, 1 marrão, 2 capados, 4 escravos. Josefa faleceu no dia 29 de junho de 1779.
Vamos dar alguns dados sobre os filhos de João Pereira Braga, de quem descendem muitas
das famílias tradicionais da Lapa.
Inácia Maria Pereira casou no Tamanduá no dia 26 de julho de 1761 com João Gonçalves
Barreiro, natural de Santa Olália do Cerdal, Braga, nascido em 1739, filho de José Gonçalves
Barreiro e de Maria Afonsa. Foi feita uma escritura pública de contrato entre o Dr. Gaspar da
Rocha Pereira (denominado constituinte), por seu procurador bastante o reverendo Padre Doutor
José Rodrigues França (outorgante) com João Gonçalves Barreiros (outorgado) no dia 12 de
julho de 1756, para feitor e conservador das fazendas, e mais bens pertencentes à capela de
Nossa Senhora das Neves e os testamentos do tenente-general Manuel Gonçalves de Aguiar e de
sua mulher dona Maria Pinheira de que o dito constituinte, o doutor Gaspar da Rocha Pereira era
o administrador por cabeça de sua mulher dona Maria Gomes Pinheira, e eram duas fazendas de
gado vacum e cavalar nos Campos Gerais, distrito desta vila de Curitiba, chamada uma de
Carlos e outra de São Luís. No citado contrato, João Gonçalves Barreiro tinha que conservar as
fazendas, ficando com a quarta parte do gado vacum e cavalar. Na relação de 1772, em terras da
freguesia de Santo Antônio da Lapa, a fazenda de João Gonçalves Barreiros, na estrada do
sertão, tinha 40 vacas de ventre, 15 novilhas, 6 touros, 2 bois mansos, 6 éguas mansas, 1 cavalo
manso, 2 porcas, 7 leitões, 1 marrão, 4 escravos. Na lista de 1775 encontramos no Rocio a casa
de João Gonçalves Barreiro. João Gonçalves Barreiro faleceu em 23 de junho de 1789 e Inácia
Maria da Silva em 3 de janeiro de 1822.
O Padre João dos Reis foi ordenado presbítero em 1757. Após ordenado costumava
celebrar sacramentos na capela de Nossa Senhora da Conceição do Tamanduá. Foi o primeiro
vigário da freguesia de Santo Antônio da Lapa. Na relação de 1772 a fazenda do reverendo
vigário João dos Reis era distante da estrada uma légua e tinha 4 vacas, 8 novilhas, 8 touros, 20
éguas de ventre, 5 potras, 2 pastores, 2 cavalos mansos. Faleceu na Lapa no dia 21 de fevereiro
de 1785.
No dia 24 de maio de 183 foi lavrada uma escritura de declaração na fazenda da Boa Vista,
termo da vila de Nossa Senhora da Luz dos Pinhais de Curitiba, onde o tabelião foi, sendo
presentes de uma parte como outorgante o tenente Domingos Pereira da Silva e da outra como
aceitante Joaquim José do Canto e Melo, ambos moradores da dita freguesia de Santo Antônio
da Lapa; o outorgante, como testamenteiro que era do falecido seu irmão reverendo João da
Silva Reis, declarou que o mesmo em sua vida além dos mais bens que possuía era bem assim
senhor de uma sorte de terras e campos e matos lavradios que principiavam no passo do arroio
ao pé do sítio de Antônio de Torres (?) correndo por um arroio mais pequeno que nele fazia
barra a procurar o pau papudo e desse correndo por um espigão de matos até a cabeceira de um
lajeado, correndo por ele abaixo até a barra que fazia no ribeirão de José Preto da Cruz, seguindo
por ele abaixo até a barra que nele fazia um arroiozinho que nascia do espigão da Boa Vista e da
dita barra correndo o mesmo arroiozinho acima até o buracão da Palmeira e desse a rumo direito
até a cabeceira de um arroio a procurar a ponta da serra, correndo a dita serra até o fim dela que
era onde principiavam as ditas confrontações, em cujos limites se compreendiam terras
lavradias, vargens, capoeiras e campos, que tudo havia o dito testador dado em dote de
casamento ao aceitante por se casar com uma de suas expostas de nome Antônia Francisca da
Silva, que por esse motivo sendo ele outorgante testamenteiro e inventariante nas terras a
inventário nem de seus herdeiros a requereram por saberem da verdade da dita doação, ficando
logo o doado de posse havia vinte anos a essa parte sem contradição de pessoa alguma.
Ana Pereira da Silva casou em primeiras núpcias com Manuel Correia, natural da freguesia
de Nossa Senhora da Assunção, vila de Cascais, filho do tenente Domingos Correia e de Maria
Carrasca, no dia 2 de fevereiro de 1749, em Curitiba. Casou em segundas núpcias no dia 9 de
janeiro de 1770 com Francisco Gonçalves Dias Senra, natural da freguesia de Santa Maria da
Abadia, vila de Barcelos, filho de Francisco Gonçalves Castelo Branco e Domingas Dias, viúvo
de Maria Rodrigues. Na relação de 1772 a fazenda de Francisco Gonçalves Dias (Senra), na
estrada, tinha 17 vacas de ventre, 5 novilhas, 2 touros, 3 éguas mansas, 2 escravos, 1 porca, 3
leitões, 1 marrão. Na lista de 1775 encontramos no Rocio a casa de Francisco Gonçalves Dias.
Ana Pereira da Silva faleceu em 31 de outubro de 1780.
No dia 13 de setembro de 1793 Francisco Gonçalves Dias Senra vendeu para Alferes
Joaquim Vicente um sítio na paragem chamada Alagoa que de um lado partia com a restinga da
freguesia de Santo Antônio unida à Lapa, e de outra com o tenente Domingos Pereira da Silva e
servia de divisa nos fundos o córrego Capivari e à frente o capão do Maia e a campina de
Francisco da Silveira, como também vendia 150 braças de terras lavradias com seus fundos
correspondendo para o sertão na paragem chamada a Barra, fazendo testada no ribeirão que
vinha do faxinal do tenente Domingos Pereira da Silva correndo para o mato dentro encostadas a
Manuel de Moura Cardoso e de outra parte partiam em terras do vendedor.
Joana Pereira da Silva casou no Tamanduá no dia 26 de julho de 1759 com Manuel
Simões, natural de São Bento, Barcelos, Braga, filho de Manuel Gomes e de sua mulher
Domingas Simões. Na lista de 1772 o sítio de Manuel Simões em terras de José dos Santos
Pacheco tinha 12 vacas criadeiras, 2 novilhas, 1 touro, 8 éguas de ventre, 2 ditas mansas, 3
potras, 1 pastor, 2 cavalos mansos, 3 escravos, 1 porca, 1 marrão, 6 leitões. Na lista de 1775
encontramos na freguesia de Santo Antônio da Lapa a casa do alferes Manuel Simões, 55 anos,
casado. Joana Pereira da Silva faleceu repentinamente na Lapa em 14 de fevereiro de 1795.
Manuel Simões faleceu em 31 de julho de 1800.
Domingos Pereira da Silva foi casado com Casimira da Costa França, filha do capitão José
da Costa Resende, natural da ilha dos Açores e de Maria d’Ó França. Na lista de 1775
encontramos na freguesia de Santo Antônio da Lapa a casa do tenente Domingos Pereira da
Silva; e no Campo do Tenente a casa do alferes Domingos Pereira da Silva. Na relação de 1776
encontramos Domingos Pereira da Silva, a mulher Casimira da Costa, o filho João, 3 anos. Tinha
3 escravos, 2 reses, 3 éguas e vivia das suas lavouras. No dia 15 de junho de 181 foi lavrada uma
escritura entre o tenente Domingos Pereira da Silva e sua mulher dona Casimira da Costa França
e seu sobrinho Francisco Gonçalves da Silva. Por Domingos e Casimira foi dito que eles tinham
feito troca com
Francisco Gonçalves Senra, pai do comprador, dando a esse um pedaço de terras lavradias
na paragem denominada Barra, entrando pelo caminho de carro à direita até uma divisa que
sempre conservaram com o dito Senra, como também um pedaço de campo no fundo do potreiro
deles vendedores, que descia para a Barra fazendo um valo para dentro cortando rumo direito da
ponta do dito valo ao ribeirão que ia da casa do alferes Manuel Simões, ficando pertencendo
tudo do valo para a Barra ao dito Senra, assim terras lavradias como campo, recebendo eles
vendedores um rincão de campo pertencente ao comprador, que nesse tempo era órfão menor e
porque de presente em razão da nulidade da dita troca, ficou cada um com aquilo que
antigamente lhe pertencia e como as ditas terras e campos livres e desembargados a eles
vendedores, então de suas livres vontades e sem constrangimento de pessoa alguma vendiam
como de fato vendido tinham a ele comprador pelo preço e quantia de 20$000. Domingos
faleceu em 1812.
Maria Pereira da Silva casou-se no Tamanduá no dia 28 de agosto de 1753 com José dos
Santos Pacheco Lima, natural de Ponte de Lima, filho de Francisco Pacheco de Miranda e de sua
mulher Cristina da Costa Miranda. Na lista de 1775 encontramos no Rossio a casa de José dos
Santos Pacheco. José dos Santos Pacheco era dono da fazenda do Bom Jardim, antes chamada de
Registo Velho, por se achar à passagem do registo. José dos Santos Pacheco Lima faleceu em
186. Manuel dos Santos Pacheco, Francisco dos Santos Pacheco, Manuel José Barbosa e
Francisco José de Sampaio pediram sesmaria das posses do falecido pai José dos Santos
Pacheco. O juramento da câmara da Vila do Príncipe foi em 6 de setembro de 1816.
Em 15 de novembro de 1816 o capitão-mor Francisco de Paula Teixeira Coelho informou
o que dizia matos maninhos se achavam devolutos dentro das confrontações requeridas e porque
dentro do mesmo limite da sesmaria pedida se achava arranchado Francisco Antônio com porção
bastante de cultivados, por parte do mesmo necessitava ter-se requerido à câmara dessa vila
fosse o mesmo contemplado na mesma sesmaria com igual porção de mato que lhe tocasse pro
rata e que entraria na igual despesa. No dia 20 de outubro de 1817 disseram Manuel dos Santos
Pacheco, Francisco dos Santos Pacheco, Manuel José Barbosa e Francisco José de Sampaio que
eles suplicantes moradores na Vila do Príncipe estabelecidos em terras lavradias sem legítimo
título, conservando as posses do falecido José dos Santos Pacheco, pai dos suplicantes, as quais
teriam uma légua de testada e duas de sertão, correndo para o nascente, partiam com as terras do
guarda-mor José de Miranda e Silva e Manuel Rodrigues Coira, e desejando os suplicantes haver
por sesmaria para sustentação de numerosa família de todos os suplicantes. Em outro documento
disseram ter 36 escravos.
A filha natural Francisca de Oliveira casou no dia 23 de novembro de 1744 com Miguel da
Serra, filho de Pedro da Serra e de Maria Páscoa; ele também era conhecido por Miguel Serra
Castelhano, tendo ela 25 anos em 1747, quando do inventário do pai. Em 1750, Francisca
Pereira, filha natural do defunto João Pereira Braga, casada com Miguel Serra, passou uma
quitação, dizendo que em vida do defunto seu pai recebeu em dinheiro de contado o valor e
quantia de 100$000 e por falecimento do dito defunto ajustou-se com sua madrasta a senhora
dona viúva Josefa da Silva, com certa quantia de gado e éguas e dinheiro da legítima que lhe
tocara, como também lhe deram e aceitou umas terras em que vivia, chamada a paragem o
Cercadinho, que partia com o mato grosso chamado Maracananduba, advertindo que eram três
cercados, o primeiro e o segundo o que se achava e povoado e com casa, esses o era e outro logo
que se seguia. Estas terras estavam no atual município de Castro.
João da Silva Reis era natural da freguesia de Lordelo, Portugal, filho de Manuel dos Reis
e de sua mulher Maria Francisca. Foi casado em primeiras núpcias com Felícia Martins Paiva, e
tiveram uma filha chamada Josefa. Casou-se em segundas núpcias com Maria Rodrigues (ou
Maria Rosa, segundo documentos de Portugal), natural da freguesia de São João da Foz do
Douro, Porto. Maria Rodrigues nasceu em 9 de maio de 1680, filha de Manuel Rodrigues e
Maria Pinheira, da rua da Mota; foram seus padrinhos João de Sequeira, alferes do Castelo e
morador na cidade do Porto, e Maria da Luz, mulher do capitão Luís Carvalho, da freguesia de
Miragaia (2º bairro do Porto). Entre outros filhos, João da Silva Reis e Maria Rodrigues tiveram
Josefa da Silva. Vieram para o Brasil e fixaram-se nos campos da Lapa. Segundo Negrão,
quando vieram para cá a filha Josefa da Silva tinha dez anos de idade.
Maria Rodrigues fez testamento no dia 12 de outubro de 1750, onde declarou ser filha de
Manuel Rodrigues e Maria Pinheira, já defuntos, e que fora casada com João da Silva Reis, de
cujo matrimonia vivia unicamente sua filha Josefa da Silva; declarou que possuía nos Campos
Gerais as campinas chamadas de João Pereira de Avelar (João Pereira de Avelar morava no atual
município de Castro). Faleceu no dia 17 de julho de 1755, sendo sepultada na capela de Nossa
Senhora da Conceição do Tamanduá; foram testamenteiros Manuel Correia e João da Silva Reis.
Também vieram para os campos da Lapa, Francisco dos Reis e sua mulher Joana
Rodrigues. Francisco dos Reis era natural de Couto de São João da Foz e filho de Manuel dos
Reis. Joana Rodrigues nasceu na freguesia de São João da Foz do Douro, Porto, Portugal, em 25
de julho de 1684, filha de Manuel Rodrigues Macieira e Maria Pinheira, portanto irmã de Maria
Rodrigues; foram seus padrinhos o capitão de Castelo Antônio de Almeida e o padre Manuel dos
Santos. Na lista de ordenanças de 1765 encontramos Francisco dos Reis, 80 anos, 4 escravos,
casado com Joana Rodrigues. Francisco dos Reis fez testamento em 12 de janeiro de 1767 e
faleceu a 18 de março (ou abril) de 1768, aos 80 anos, e foi sepultado na capela de Nossa
Senhora da Conceição do Tamanduá; foi testamenteiro o padre João da Silva Reis.
Joana Rodrigues faleceu na freguesia de Santo Antônio da Lapa em 26 de junho de 1771,
sendo sepultada na igreja matriz. Esta havia feito testamento em 21 de setembro de 1768,
dizendo ser natural de São João da Foz, bispado da cidade do Porto, filha de Manuel Rodrigues
Macieira e Maria Pinheira, que fora casada com Francisco dos Reis sem deixar filhos; declarou
possuir os escravos José e sua mulher Isabel, Maria, outra Maria, Marta, Eufrásia, Paulo e
Teodósia, 6 vacas, 6 novilhas, 10 éguas com suas crias e alguns móveis poucos que se achavam
em sua casa; deixou em testamento o escravo Paulo para seu sobrinho Domingos, a escrava
Teodósia para sua sobrinha Joana, mulher de Manuel Simões, a escrava Marta para sua sobrinha
Inácia, mulher de João Gonçalves, e escrava Maria a mais moça das duas para Maria mulher de
José dos Santos, e deixou por sua universal herdeira, depois de cumpridos os legados, a sua
sobrinha Josefa da Silva; foi testamenteiro seu sobrinho neto o padre João da Silva Reis. No dia
20 de junho de 1773 Josefa declarou que estava de posse dos bens herdados de sua tia.
Dom Luís Antônio de Souza Botelho Mourão, governador e capitão geral da capitania de
São Paulo, atendendo o que representaram por petição os moradores do Registo de Curitiba, que
ele havia mandado fundar na dita paragem uma povoação por ordem que para isso tivera de sua
majestade, e como para efeito de poderem subsistir necessitavam de pasto espiritual, pretendiam
formar uma igreja para que pelo tempo adiante lhe servisse de matriz, a qual se não podia erigir
sem se fazer patrimônio, para do seu rédito ter a dita igreja a sua devida conservação; e como na
dita paragem havia muitas terras devolutas e não possuídas por pessoa alguma, pretendiam os
suplicantes que ele lhes concedesse uma légua de terras de testada e outro tanto de sertão para
patrimônio da dita igreja, pelo que lhe pediam lhes mandasse passar carta de sesmaria das terras
acima declaradas visto ser para fim tão justo, que os suplicantes requeriam e de se cumprir assim
a sua ordem, porque mandar fundar a referida fundação.
Deu por sesmaria aos moradores da nova povoação do registro de Curitiba uma légua de
testada e outro tanto de sertão, as quais não poderiam vender ou transpassar a outro em tempo
algum, por qualquer razão que houvesse, sem sua expressas ordem, e só serviriam para
patrimônio da dita igreja, na forma declarada; e logo que de todo estivesse formada e
congregados os moradores de modo já tivessem de cinqüenta vizinhos para cima, mandariam
confirmar essa sua carta por sua majestade; e antes de tomar posse das ditas terras iria o seu
ajudante de suas ordens Afonso Botelho de Sampaio e Souza, com o procurador da câmara
respectiva, piloto, e mais pessoas necessárias em semelhantes atos a demarcar a paragem em que
se havia perfazer para dita igreja....fariam auto nas costas dessa para a todo tempo constasse
sendo para esse efeito notificadas as pessoas com quem confrontasse para que se evitassem
dúvidas para o futuro. Dada a carta de sesmaria aos 13 de maio de 1768. Marina Ritter diz que
estava localizada na paragem da Lapa, de outra parte do Registro, num campestre entre a
restinga grande e a Lapa até um cercado chamado boqueirão e o sítio de Diogo Gonçalves.
A freguesia de Santo Antônio da Lapa foi ereta no dia 13 de junho de 1769. O primeiro
vigário foi o padre João da Silva Reis, nomeado por Dom Frei Manuel da Ressurreição, que
tomou posse a 15 de junho de 1769, quando feita a medição judicial do patrimônio. O padre Reis
iniciou em 1784 a construção da igreja matriz.
O vigário padre Reis faleceu em 21 de fevereiro de 1785 e ficou como vigário interino frei
Ângelo da Trindade, carmelita do Tamanduá; nesse mesmo ano de 1785 foi designado vigário o
padre Antônio Gonçalves Pereira Cordeiro. O padre Cordeiro no dia 14 de junho de 1785
registrou que o distrito da freguesia da Lapa começava do ribeirão chamado de Isabel Alves, que
estava junto à lagoa das Almas, e a dividia da freguesia de São José e terminava na Estiva, que
estava no meio do sertão que se estendia para a vila de Lajes; da freguesia de Curitiba a dividia o
rio do Registo, e dali todo o terreno ainda inculto que ia até as serras do mar, até perder-se; eram
ali os seus limites, assim na extensão como na circunferência, deles estava de posse desde a sua
ereção.
O padre Cordeiro permaneceu até 1791; em seguida o vigário foi o padre Francisco
Pacheco de Oliveira. Em 31 de outubro de 1791, em casas de morada do vigário da freguesia de
Santo Antônio da Lapa foi lavrado pelo escrivão Francisco de Paula Teixeira um termo de
apresentação, quando apareceu o diretor das obras da dita freguesia, o capitão Francisco Teixeira
Coelho, e apresentou uma provisão do bispo e uma provisão (pam) com um despacho do vigário
capitular que mandava se benzesse a igreja em virtude da mesma provisão, e o vigário da dita
freguesia, o padre Francisco Pacheco de Oliveira, prometeu cumprir tudo na forma dela.
A região da Lapa possuía muitos moradores, vamos citar alguns, somente os que tinham
terras na relação de fazendas e sítios elaborada por Afonso Botelho em 1772.
Manuel Rodrigues da Luz, nascido mais ou menos em 1717, era filho do sargento-mor
Antônio Rodrigues de Lara e de Maria Rodrigues Antunes; casou com Ana Luísa de Siqueira.
Segundo Marina Ritter, Manuel Rodrigues da Luz obteve sesmaria em 20 de março de 1751,
localizada abaixo do rio Grande até as terras de Baltasar Fernandes Leme. Baltasar Fernandes
Leme obteve em 12 de abril de 176 sesmaria localizada de leste oeste pelo rio Grande abaixo,
medindo uma légua por três. Na sessão da câmara da vila de Curitiba de 7 de dezembro de 1752
foi requerido que fosse notificado Manuel Rodrigues da Luz para em um termo depois de citado
desistisse de umas terras que tinha aforado no rossio da citada vila e os tinha deixado, por cuja
razão os tinha pedido por aforamento em que os oficiais da câmara tinham deferido, que fazendo
o dito Manuel Rodrigues desistência se lhe deferiria e assim requeria fosse citado para o que
apresentava segunda petição para a dita diligência que requeria fosse feita para o dito Manuel
dissesse em um termo o que tivesse.
Na sessão de 17 de fevereiro de 1753 foi requerido fosse Manuel Rodrigues da Luz
apregoado, pois o tinha feito e notificado para desistir de 100 braças de terras do rocio da vila de
Curitiba, pelas ter desamparado e ausentando-se para as partes do Registo da dita vila, as quais
tinha o procurado pedido por devolutas, para em um termo dizer o que tivesse a dita citação ou
desistir das ditas terras e não podendo, se lhe assinasse um termo e sendo o dito Manuel
Rodrigues da Luz apregoado pelo alcaide, que fazia às vezes de porteiro, por não aparecer nem
outrem por ele. Na sessão de 31 de março foi mandado que Manuel Rodrigues da Luz fosse
conservado nas 100 braças, visto ter pagado José Luís por sua ordem o foro delas. Na relação de
1772 a fazenda ou sítio de Manuel Rodrigues da Luz, distante da estrada duas léguas e meia,
tinha 8 vacas, 3 novilhas, 1 touro, 3 éguas mansas, 1 pastor, 2 ovelhas, 5 capados, 2 porcas, 5
leitões, 1 marrão.
Antônio Gonçalves dos Reis já morava na região na relação de 1765, era solteiro. Em 16
de fevereiro de 1765 disse o alferes Antônio Gonçalves dos Reis que da outra parte do Registo,
correndo rio Grande abaixo seis léguas, pouco mais ou menos, adiante de um restingão em que
findavam os campos de Manuel da Luz, se achavam uns campos que o suplicante havia um ano
tinha fabricado e cultivado com fogos e gados, cujos campos depois poderiam vir a ter três
léguas, pouco mais ou menos, e o suplicante queria pedi-los por sesmaria ao senhor conde vice-
rei. A câmara da vila de Curitiba concordou em 23 de fevereiro de 1765. Antônio Gonçalves dos
Reis, morador no distrito da vila de Curitiba obteve a carta de sesmaria em 3 de fevereiro de
1767, da outra parte do Registo correndo o rio Grande abaixo, coisa de seis léguas pouco mais
ou menos, adiante até um restingão em que findavam os campos de Manuel da Luz, onde se
achavam uns campos que o suplicante havia três (?) anos tinha fabricado e cultivado com fogos e
gados, devolutos e incultos, que depois poderiam vir a ter três léguas com pouca diferença. Na
relação de 1772 a fazenda da Boa Vista dos Faxinais do capitão Antônio Gonçalves dos Reis era
distante da estrada 3 léguas, tinha 80 vacas de ventre, 20 novilhas, 6 touros, 2 bois carreiros, 25
éguas bravas, 6 éguas mansas, 2 cavalos pastores, 6 cavalos mansos de costeio, 2 porcas, 6
leitões, e um por culhudo, 6 escravos. Na lista de 1776, Antônio Gonçalves dos Reis estava
ausente.
Ordem do general governador de 11 de janeiro de 1779 ordenou que pela grande ausência
que fez Antônio Gonçalves dos Reis, capitão de ordenanças da freguesia de Santo Antônio, se
nomeasse outro para servir o referido posto. Antônio Gonçalves dos Reis vendeu estas terras
para Manuel Antônio de Araújo, que as denominou de Serrito. Em 15 de agosto de 184 foi
arrematado no juízo da vila de Curitiba um campo e matos com seus faxinais denominado
Serrito, na outra banda do Registro, na freguesia da Lapa, pertencentes por herança aos herdeiros
do falecido mestre de campo Manuel Antônio de Araújo
Na lista de 1765 encontramos Antônio Garcês, 16 anos, uma arma, filho de Miguel Garcês.
Na relação de 1772 encontramos o sítio de Miguel Garcês da Cunha, distante da estrada uma
légua. Na relação de 1776 encontramos a casa de Miguel Garcês, 60 anos, a mulher Maria de
Góes, 60, o filho Miguel, 16 anos.
João Cordeiro Matoso, natural de Paranaguá, casou com Maria Pereira Maciel. Na lista de
1765 encontramos João Cordeiro Matoso com a família. Na relação de 1772 encontramos a
fazenda de João Cordeiro ao pé do Registo, distante da estrada um quarto de légua, tinha 1 vaca
de ventre, 5 novilhas, 2 touros, 2 bois mansos, 9 éguas de ventre, 3 potras, 2 éguas mansas, 1
pastor, 2 porcas, 8 leitões, 1 marrão. João Cordeiro Matoso e sua mulher Maria Pereira Maciel
faleceram de sarampo, ele em 31 de agosto de 1781, 58 anos, e ela em 3 de setembro de 1781,
com 45 anos. Eram herdeiros Plácido, com 22 anos, Venâncio com 18 anos, Serino (Cirino) com
14 anos, Bernarda com 9 anos, Luísa com 6 anos e Maurícia com 6 meses. Maria Pereira Maciel
às vezes aparece como Maria Pereira da Silva.
Manuel Ribeiro Lopes era natural de Curitiba, filho de Luís Ribeiro Lopes e de Ângela
Pereira; mais ou menos em 1766 arrematou em praça no inventário de seu pai terrenos na região
da Lapa. Disse Manuel Ribeiro Lopes, morador na vila de Curitiba, freguesia de Santo Antônio
da Lapa, que ele suplicante haveria oito anos que tinha fabricado em uns faxinais, cultivado-os
em campos de criar, onde trazia animais, e nos matos suas lavouras, que eram as terras que
ficavam para dentro dos campos do Capivari, entre as terras de Vitorino Furtado e as do alferes
Antônio Gonçalves dos Reis, que corriam do restingão aos ditos campos de Capivari para o este
e a quadra do dito Vitorino da Silva Furtado para o norte, tudo teria duas léguas, pouco mais ou
menos, e porque o suplicante não tinha mais terras em que pudesse viver, lavrar e fabricar
fazendas e as queria possuir por títulos, para os poder os pedia. A câmara da vila de Curitiba
concordou em 1º de novembro de 1770.
Em 4 de agosto de 1771 disse Manuel Ribeiro Lopes, morador em o termo da vila de
Curitiba na freguesia de Santo Antônio da Lapa, que ele suplicante havia oito anos que
rompendo o sertão achara uns faxinais vizinhos à dita freguesia e os tinha cultivados, reduzindo-
os a pastos criadores, onde trazia seus gados e lavouras nos matos, cujas terras estavam da outra
banda do restingão de mato do Capivari para a parte do este e até lhe ficava a fazenda do alferes
Antônio Gonçalves dos Reis para o norte e a de Vitorino Furtado para o sul, cujos campos e
faxinais com sua terras lavradias poderiam ter duas léguas como tudo constava da atestação dos
oficiais da câmara que junto estava. Manuel Ribeiro Lopes, morador em Curitiba, na freguesia
de Santo Antônio da Lapa obteve em sesmaria no dia 17 de outubro de 1771, duas léguas de
terras da outra banda do restingão de mato do Capivari para a parte oeste e lhe ficava a fazenda
do alferes Antônio Gonçalves dos Reis para o norte e de Vitorino Furtado para o sul. No dia 27
de setembro de 1779 Manuel Ribeiro Lopes passou um papel onde disse que era verdade que
vendia a Antônio Francisco um sítio em Capivari com as benfeitorias fabricadas, arvoredos e a
posse que tinha nos campos por onde costumava queimar para pasto dos seus animais, divisando
com o licenciado Inácio da Silva Moreira pelo capão e um lajeado que desaguava no rio do
Registo e para o sul em Capivari, enfim tudo na forma que os tinha possuído havia treze anos
que os arrematou na praça por falecimento do defunto seu pai e assim o vendia por 16$000 de
cuja quantia estava pago e satisfeito por verdade de tudo isso lhe passou aquele papel.
O sítio de Ângela Correa, em Santa Fé (?), pagava foro aos herdeiros de Salvador
Fernandes, distante da estrada uma légua. No dia 19 de maio de 1800 Inácia Esméria de Miranda
vendeu por 25$000 para João Dias de Freitas (este por procuração passada a João Vieira
Gonçalves) uma parte de campo na paragem Cercado Grande, termo e limites da freguesia de
Santo Antônio da Lapa, cujo campo era em um rincão em que tinham parte os herdeiros do
falecido Manuel Rodrigues conforme os limites e confrontações que via da escritura deles,
porque tudo o mais que se achava no dito rincão pertencia a ela outorgante por arrematação que
mandou fazer no juízo de órfãos da vila de Curitiba pelo falecido capitão-mor Lourenço Ribeiro
de Andrade, como havia de constar do inventário feito por falecimento de Salvador Fernandes, o
qual vendeu parte do dito rincão na sua vida ao dito Manuel Rodrigues.
No dia 1º de agosto de 181 foi lavrada uma escritura de declaração entre os outorgantes
José Antônio Mendes Viana por cabeça de sua mulher Maria Ângela, tenente João Antônio da
Costa por cabeça de sua mulher Dona Francisca de Paula Ribas, tenente-coronel Francisco de
Paula Ribas, ajudante Antônio Ribeiro de Andrade e o tenente Manuel José Taborda, todos
herdeiros do falecido capitão-mor Lourenço Ribeiro de Andrade, e do outro lado como aceitante
Inácia Esméria de Miranda, moradora na freguesia de Santo Antônio da Lapa; foi dito pelos
outorgantes que seu falecido pai e sogro dito capitão-mor Lourenço Ribeiro de Andrade, em sua
vida arrematara no juízo de órfãos da vila de Curitiba uns campos de criar na paragem
denominada Capivari além do rio do Registo que constava do inventário que se fez por
falecimento de Salvador Fernandes, a quem pertenceram os ditos campos, que principiava de
uma barra que fazia no Capivari um ribeirão pelo qual se dividiam com os campos de João Luiz,
descendo pelo Capivari abaixo até fazer barra no rio do Registo e por ele abaixo até a barra de
um lajeado chamado do Adão (Adam) e por ele acima até o capão donde nascia o mesmo lajeado
e do dito capão nascia outro arroio que ia fazer barra no ribeirão que dividia os campos
denominados de Santa Clara e por esse acima até o passo denominado Taboão e dali cortando
por uma grota ao capão chamado da Invernada e dali partindo por outro capão até ir dar no passo
do meio do ribeirão de João Luís descendo por ele abaixo até a barra que fazia no Capivari,
vinha a ser tudo o que pertencia ao dito falecido Salvador Fernandes segundo os títulos antigos
de sua compra e porque a dita arrematação fizera o mesmo capitão-mor em dinheiro e por que de
troco da dita aceitante (dão a entender que o pai e sogro comprara para Inácia com dinheiro que
ela dera) por essa escritura vinham declarar que tudo o que constava da dita arrematação a ela
pertencia e como tal sempre estado na posse dos ditos campos e nem eles outorgantes fizeram
dele menção no inventário do dito capitão-mor por lhes não pertencer mas sim à dita aceitante.
No dia 1º de agosto de 181 Inácia Esméria de Miranda vendeu para Inácio Serino Leite, homem
tropeiro, por 100$000, um campo de criar na paragem denominada Capivari, por arrematação
que mandou fazer pelo capitão-mor Luciano Ribeiro de Andrade, já falecido, no juízo de órfãos
da vila de Curitiba, constante do inventário do falecido Salvador Fernandes, a quem pertenceram
os ditos campos de que tinha estado de posse e na mesma forma que possuía sem foro nem
pensão alguma vendia ao dito comprador os citados campos (seguem as mesmas divisas
declaradas acima).
Inácio da Silva Moura morava ao pé do rio Capivari, distante da estrada uma légua. Na
freguesia de Santo Antônio da Lapa, no dia 7 de agosto de 1793, Manuel da Silva Lira como
testamenteiro de Inácio da Silva Moura vendeu a José Soares, terras lavradias com seus campos
da mesma forma que o testador declarou em seu testamento, na paragem chamada São Patrício,
que misticavam com terras de Inácia de Jesus até o córrego seco, das quais o testamenteiro disse
tinha carta de sesmaria que se achava registrada no cartório ordinário (de Curitiba) ou nos livros
da câmara, como também vendia todas as posses que o testador tinha nessa paragem em sua
vida, com entradas e saídas e seus faxinais e o mais que lhe pertencesse.
Na relação de 1772 encontramos outros sítios e fazendas na região do atual município da
Lapa. A fazenda de Gonçalo José de Meneses, na paragem chamada Santa Clara, distava da
estrada 2 léguas. A fazenda de Antônia de Souza Neves (ou Naves) ao pé do Registo, estrada do
sertão. O sítio de Salvador Martins nas terras de Santo Antônio. O sítio de Manuel Batista,
distante da estrada légua e meia. O sítio de Roque Vaz, distante da estrada légua e quarto. O sitio
de Diogo Gonçalves Ribeiro, ao pé da freguesia, distante da estrada uma légua. O sítio de José
da Veiga de Godoy, distante da estrada 2 léguas. O sítio de Vitorino da Silva, distante da estrada
uma légua e um quarto. O sítio de Liberato Ferreira, na estrada.
No dia 28 de agosto de 1750 o reverendo padre frei Inácio Pinheiro, religioso de Nossa
Senhora do Monte do Carmo, vendeu o seu sítio Santa Clara junto ao Registo, com 3 léguas de
campinas e todos os matos, capões, casas e benfeitorias que nele se achassem, como também
seus roçados de 2 alqueires de milho de mata virgem ao reverendo padre Francisco de Meira
Colaço, por preço e quantia de quatro éguas mansas de carga, que recebia em contento, e porque
o sítio chamado Santa Clara o possuía porque o herdara de seu irmão o reverendo padre José
Pinheiro do hábito de São Pedro e possuiu após sua morte; as divisas partiam de um ribeirão que
fazia divisa com o licenciado José Rodrigues França e de outra parte com o rio de Capivari, que
de tudo melhor constava de uma sesmaria que se obrigava a entregar ao comprador. No dia 12 de
janeiro de 1753 o reverendo padre coadjutor Francisco de Meira Colaço vendeu para Salvador
Fernandes de Siqueira três léguas de campinas de testada pouco mais ou menos, na paragem
chamada Santa Clara, junto ao Registo da vila de Curitiba, que partiam com Roque Fernandes de
Siqueira pelo rio de Capivari acima e com o ribeirão que fazia divisa com o reverendo padre
doutor José Rodrigues França, fazendo testada ao rumo de noroeste, correndo pelo rio Grande
abaixo fazendo sertão a rumo de leste, com todos os capões e restingas que se achassem dentro
desta testada.
No dia 20 de fevereiro de 1777 Dom Pedro de Ceballos invadiu Santa Catarina. O governo
de São Paulo resolveu mandar um exército de 6.000 homens para acudir. No dia 14 de maio
compareceu na câmara da vila de Curitiba o tenente José Joaquim Mariano da Silva César e em
nome do capitão general governador de São Paulo comunicou que conforme ordem que trazia,
de 15 de abril de 1777, a dita deveria de abastecer com 9.300 alqueires de milho, 4.650 dito de
farinha, 3.000 animais suficientes arriados e cangalhas, 1.200 reses gordas mansas e de conta,
500 pessoas para arrieiros e peões do gado, 20 bruacas de sal, 200 couros desfeitos em surrões
de alqueire. Na mesma sessão a câmara de Curitiba protestou, alegando pobreza da região,
expondo em detalhes os problemas da vila, principalmente pela grande quantidade de
suprimentos solicitada. Ainda na mesma sessão, em resposta às ponderações da Câmara, o
tenente César entregou várias determinações, com muitos detalhes, inclusive a relação de pousos
onde seriam entregues as requisições; o caminho a ser utilizado era o antigo das tropas, passando
por Jaguariaíva, Cinza, Furnas, Carneiro, Iapó, Carambeí, Pitangui, Itaiacoca, Porcos, São Luís,
Registo e Santo Antônio da Lapa.
Em cada pouso haveria pessoas responsáveis pelo recebimento, para o Registo foi
designado para feitor o sargento João de Deus Borges, que receberia 250 alqueires de milho, 75
ditos de farinha, uma quarta de sal, 20 animais arriados de cangalhas, 30 reses gordas e seis
pessoas (para arrieiros); no pouso de Santo Antônio deveriam ser entregues ao feitor o alferes
Francisco Teixeira Coelho, por falta desse ao feitor José dos Santos Pacheco Lima, 4500
alqueires de milho, 225 alqueires de farinha. Na ordem estava dito que os mantimentos que se
remetessem a Santo Antônio não indo em surrões deveriam ir em cestos, porém também
acondicionados, que não sucedesse derramar-se e levariam por cima um ligal por conta dos
tempos que os podia arruinar e se fazia indispensável remeter a câmara de Curitiba a Santo
Antônio sem demora cinqüenta couros, cobrando recibo de todos os feitores; deveria mandar
também imediatamente a Santo Antônio 225 alqueires de farinha, 600 ditos de milho, 200 de
feijão, 300 animais arriados e a primeira partida dos homens acima referidos, uma vez que não
poderia ser remetida toda a requisição de uma só vez. Ordem do governador datada de 23 de
agosto de 1777, recebida pela câmara de Curitiba no dia 7 de setembro mandou que os feitores
dos pousos entregassem os mantimentos, cavalgaduras e gados que estavam aprontados pelos
referidos pousos; o tratado de Santo Ildefonso, assinado em 1º de outubro de 1777, veio pôr fim
às campanhas militares.
No termo de vereança da câmara da vila de Curitiba de 3 de novembro de 1777, está dito
que no mesmo instante que receberam a ordem do governador geral de 23 de agosto, recebida no
dia 7 de setembro, mandaram aos feitores dos pousos que entregassem os mantimentos,
cavalgaduras e gados que estavam aprontados pelos referidos pousos, e como o feitor respectivo
do pouso de Santo Antônio não tinha dado execução às ordens que a câmara lhe tinha mandado
respectivo aos animais e mais víveres, por cuja demora mandaram o vereador João Barbosa
Calheiros, morador na mesma freguesia., que em virtude da mesma ordem do governador e da
máquina de queixas do povo pela demora e seus animais se lhes inconviu (sic) os regressos de
todas as cavalgaduras que a câmara tinha remetido para a mesma freguesia, e muito
principalmente as cavalgaduras que na última recoluta se encaminharam para aquela freguesia
depois de haver notícia certa voltarem as companhias para trás, cuja conduta já parecia
desnecessária; e sendo assim deveria o mesmo vereador da mesma forma que dali se remeteu
fazer voltar para a vila de Curitiba para se entregar a seus donos, visto se não ter ocupado no real
serviço; e como obrasse muito o contrário do que a câmara lhe determinara, sem atenção ao
prejuízo do povo, resolveu mandar uns poucos de animais sem relações que os acompanhasse
nem os arriadores saberem seus donos, de donde tinha nascido segundo lhes constava ter se
descaminhado alguns daquele pouso, como foram dois animais que sendo da vila de Curitiba de
Sebastião Alves de Araújo, foram esses achados na freguesia de São José; e pelo pouco caso que
tinha feito das ordens da câmara e inovedientes ao real serviço, mandaram passar mandado para
que um oficial de justiça fosse à freguesia de Santo Antônio da Lapa e notificasse da parte da
câmara ao feitor daquele pouso José dos Santos Pacheco e o vereador João Barbosa Calheiros
para virem dar contas de tudo o quanto se lhe incumbiu respectivo ao real serviço, com pena de
que não oferecendo assim logo que notificado fossem se proceder contra eles como fosse de
direito e justiça, da qual diligência passariam os oficiais certidão para a todo tempo constar.
Segundo Negrão, o feitor do pouso da freguesia de Santo Antônio da Lapa, José dos Santos
Pacheco por não cumprir inteiramente a ordem do general, foi preso e remetido para a cadeia de
São Paulo em fins de 1777, e quando do inventário de sua sogra em 1779 ainda estava
encarcerado.
Os moradores da região tinham certas vantagens na passagem do Registo, que foram
cortadas por administrador, o que levou a uma petição passada a requerimento dos moradores de
Santo Antônio da Lapa e Tamanduá aos senhores oficiais da câmara de Curitiba. Diziam os
moradores da freguesia de Santo Antônio da Lapa e os moradores de Tamanduá, termo da vila
de Curitiba, que o Registo desse continente fora criado para arrecadação dos quintos dos animais
que eram conduzidos de São Pedro do Sul partes de Viamão e debaixo dessa criação muitos anos
foi conservado o contrato dos referidos quintos e passados muitos anos foi povoada a dita
freguesia estabelecendo-se os moradores da mesma com suas fazendas e lavouras, cuja freguesia
e seu distrito fora mística com o rio de onde se achava o dito Registo, e assim estiveram noutros
anos isentos de pagarem quintos de animais que em suas fazendas criavam, que depois de largos
anos foi requerimento dos contratadores dos mesmos quintos, conseguiram pela Real Junta da
cidade de São Paulo pagarem quintos os animais criados no distrito daquela freguesia, que
depois disso indo em aumento os moradores ficaram muito destrocados, e não satisfeitos os
contratadores daqueles quintos com esse vexame que haviam causado aos suplicantes, porém a
criando mais que no contrato passado de que foi contratado o mestre-de-campo Manuel de
Oliveira Cardoso conseguiu despacho do ilustríssimo e excelentíssimo senhor general da
capitania de São Paulo para que cinco léguas ao redor do dito Registo não houvesse loja de
fazenda em que houvesse negócio algum, mas de que tão somente no mesmo Registo tivesse loja
de fazenda o mesmo contratador, e por essa ordem assim concedida pelo dito ilustríssimo e
excelentíssimo senhor, de uma vez ficaram os suplicantes destruídos e inábeis, porque indo em
aumento a mesma freguesia muitos moradores a tinham despovoado, que não oprimidos no já
referido mas ainda privados de negociarem, quando o monte se sua majestade fidelíssima que
Deus guardasse, uma que todos os procuravam meios de viver, uns por negócios e outros por
suas lavouras, do intento daquele contratador mentor de todo esse vexame foi só dirigido a fazer
negócio para si próprio e privar de que os suplicantes o fizessem para só virem comprar por
avultados preços, e como isso assim estava concedido e nesse presente contrato o arrematante
dele arrematou sendo-lhe assim concedido, e tinha chegado a tanto que sendo os suplicantes
chamados para justiça da vila de Curitiba para algumas dependências da mesma Justiça, naquele
Registo os não deixaram passar sem que primeiro lhe pagassem de suas pessoas, e quintos dos
cavalos em que vinham montados, pois sendo administrador o capitão Francisco de Paula
Teixeira do mesmo contrato e vindo a essa vila o sargento-mor Francisco José Monteiro com
ordem do dito excelentíssimo senhor general a fazer recruta de soldados, e vindo alguém daquela
freguesia no Registo o dito capitão os não deixou passar pedindo-lhes pagamento, e havia pouco
tempo na mesma freguesia sucedeu-se fazer das mortes, e vindo algumas testemunhas para na
vila de Curitiba jurarem na devassa também os não deixaram passar e tudo puseram os
suplicantes atestação de vossas mercês.
Pediam fossem servidos passarem atestação do sobredito e daquilo que eles (os oficiais da
câmara) fossem cientes debaixo de juramento de seus nobres cargos, no que recebiam mercês.
No dia 31 de maio de 1794 o juiz presidente e mais oficiais da câmara que esse ano serviam na
vila de Curitiba e seu termo, por bem de ordem de sua majestade fidelíssima, que Deus
guardasse, atestaram debaixo de juramento de seus cargos que então serviam que era certo de
que a petição fora substabelecida para autuação dos quintos tão somente dos animais que vinham
de São Pedro do Sul continente de Viamão, e que depois de assim substabelecido dali alguns
anos foi fundada e povoada a freguesia de Santo Antônio da Lapa para lá do outro lado do
registo, essa nos seus primeiros tempos floresceu e passaram-se anos que aqueles moradores
foram isentos de pagar quintos de animais criados no distrito daquela mesma freguesia, e depois
por requerimento de um contratador do dito contrato, a Real Junta da cidade de São Paulo
conseguiu que os animais criados curitibanos daquela freguesia pagassem quintos; também era
certo que no contrato passado de que foi contratador na última arrematação que fez em São
Paulo o mestre-de-campo Manuel de Oliveira Cardoso conseguiu despacho do ilustríssimo e
excelentíssimo senhor general da capitania para que no circuito de cinco léguas ao redor do
mesmo Registo não houvesse lojas de negócios e não tão somente naquele contrato, o que assim
se tinha observado e era constante o prejuízo grande que os moradores daquela freguesia
recebiam, e por causa disso e se achar não só a capela do Tamanduá se não a mesma freguesia
por estar sem comércio no circuito das ditas cinco léguas as duas povoações, que comerciavam
com as lojas, muito tem despovoado e viriam todos os povos a despovoar aquela freguesia da
Lapa, por se lhe ter tirado o comércio, vendo-se essa era fronteira junto à gentilidade, e útil ao
bem público do comércio de sua majestade a conservariam dos ditos povos, pois os
contratadores procuravam esses meios para aumentar as suas conveniências e poderem reputar
suas fazendas, como faziam por preços exorbitantes por estar aquela freguesia e seu distrito
místicos, e com o rio do Registo; e também era certo que os moradores da mesma freguesia
quando eram chamados pela justiça da vila de Curitiba para algumas dependências da mesma
justiça os não deixavam passar sem primeiro pagar passagem, e quinto dos cavalos, ainda que
fosse para vir e voltar com os mesmos cavalos debaixo do mesmo serviço da majestade, e isso
mesmo sucedeu quando foi da recruta dos soldados que o sargento-mor Francisco José Monteiro
veio fazer como também então de poucos dias vindo testemunhas daquela freguesia para a vila
de Curitiba donde tinha de longe quinze léguas vinham essas testemunhas jurarem por chamado
da justiça em uma devassa de duas mortes e no Registo os não deixaram passar por só poder tirar
aquela devassa e por nos ser pedida a presente a mandamos pelo escrivão da câmara o alferes
Francisco da Silva Leme e foi por eles oficiais assinada e selada com o selo que lhes servia.
A 6 de junho de 186 a freguesia de Santo Antônio da Lapa foi elevada a vila com a
denominação de Vila Nova do Príncipe.
Após a criação da Vila Nova do Príncipe foram concedidas algumas sesmarias.
Maria Rodrigues de Oliveira do termo da Vila do Príncipe, disse que ela possuía uns
campos chamados Faxinais, dos quais tinha posse havia mais de vinte anos, onde tinha criações,
cujos campos teriam de comprido légua e meia e de largura uma légua pouco mais ou menos,
que confrontavam da parte de leste com um ribeirão que dividia os campos de Miguel Dias de
Meira, e da parte d’oeste com os campos chamados o Faxinal, do falecido capitão-mor Francisco
Teixeira Coelho, e da parte do sul com um ribeirão chamado Passa Dois, e do Norte com o Mato
Geral, utilizando-se igualmente de uma porção de terras lavradias que ficavam de outro lado do
mesmo ribeirão o Passa Dois, onde tinha suas lavouras e cultivados, cujo terreno pedia lhe
concedesse carta de sesmaria. Conseguiu a carta de sesmaria em 5 de julho de1813, com a
observação de que para não originar dúvidas se devia declarar nessa carta de sesmaria que meia
légua havia com terras lavradias ou matos no lugar do arranchamento da suplicante até o ribeirão
Passa Dois, onde principiavam os campos, e légua e meia de campo debaixo das referidas
confrontações, se entre essas houvesse a dita légua e meia de extensão, e no caso que não
chegasse deveria a sesmeira contentar-se com o que houvesse na ocasião da medição, e sobrando
campos, também não estenderia o seu domínio a mais do que se lhe concedesse. Obteve em 2 de
setembro de 1815
Em 29 de agosto de 1815 disse Antônio Ferreira Amado, morador na vila do Príncipe, que
ele comprara de João Dias de Freitas um sítio com seu pedaço de campo que tinha de
propriedade, e uns cultivados que fizera em terras devolutas na testada, ou sobrequadras dos
campos denominados de Santa Clara, pertencentes ao patrimônio do reverendo João Cardoso de
Meneses da vila de Parnaíba, e para melhor possuir e ter justo título das ditas terras, as queria o
suplicante haver por sesmaria desde o fim dos ditos campos do patrimônio daquele padre,
findava a sua medição o campo e mato que sobrassem entre dois ribeiros, por eles acima,
denominados Santa Clara e São Francisco, até onde perfizesse uma légua de sertão e servindo de
tesada o rumo e quadra do dito patrimônio.
A câmara da Vila Nova do Príncipe de Santo Antônio da Lapa atestou em 2 de novembro
de 1815 e pedido em 22 de dezembro de 1815. Disseram o capitão-mor Francisco de Paula
Teixeira Coelho e o guarda-mor José de Miranda e Silva, da Vila do Príncipe, que eles
suplicantes se achavam estabelecidos com posse pessoal e por compra de uma sorte de terras
lavradias sem título legítimo, os quais os suplicantes desejavam haver por sesmaria para as
cultivarem e pagarem dízimos, compreendendo nas ditas sesmarias as posses dos suplicantes e a
compra que fizeram de Francisco Luís de Siqueira, que teriam três quartos de légua mais ou
menos entre os cultivados de Bento Luís de Siqueira e herdeiros do falecido José dos Santos
Pacheco, correndo a testada nos limites das terras de dona Gertrudes Maria dos Santos, com
légua e meia de sertão para a Lagoa das Almas; obtiveram a sesmaria em 15 de janeiro de 1816.
Em 21 de julho de 1826 Manuel Inácio Peres e Ana Ferreira de Jesus venderam para o sargento-
mor João da Silva Machado umas terras, capoeiras, com matos de planta, na paragem
denominada Bairro do Antunes, metade de uma sesmaria que tinha sido concedida ao capitão-
mor Francisco de Paula Teixeira Coelho e guarda-mor José de Miranda e Silva, e eles
vendedores obtiveram por compra ao dito capitão-mor, o que fazia de leste a oeste seu maior
comprimento e de norte a sul sua competente largura. Em 15 de janeiro de 1827 José de Miranda
e Silva vendeu para o sargento-mor João da Silva Machado a outra metade da sesmaria.
João da Silva Machado morador na Vila Nova do Príncipe lhe requereu, que não tinha
terras de cultura e tendo escravos bastantes, e posses para estabelecer uma fazenda, queria que
lhe concedesse em uma sesmaria nos matos denominados os Cardosos, de meia légua de frente
de norte a sul, e uma légua de fundo de leste a oeste, confrontando pelo sul com a posse que foi
de João Dias de Freitas, por um pau de cedro que ficava no começo dos roçados do suplicante,
de onde correriam os rumos de norte a sul por uma pequena vertente que corria junto do mesmo
cedro e outro se dividia com a posse de José Antônio Cardoso até a forquilha da dita vertente, da
qual se seguiria rumo direito de sul a norte, até o completo da meia légua de frente, e pelo norte,
e pelo sertão com matos devolutos. Obteve a sesmaria em 31 de maio de 1816.
Salvador Ferreira de Castilho e Ana Perpétua Coelho, da Vila Nova do Príncipe e freguesia
de Santo Antônio da Lapa solicitaram légua e meia de terras em quadra na margem do rio
denominado Passa Dois, para a parte do sul principiando a divisa para a parte de cima onde faz
barra no dito Passa Dois o ribeirão das Três Barras, partindo por ele acima com o capitão
Francisco Teixeira Coelho, até dar no lugar das três barras e daí seguindo a rumo do sul, fazendo
testada pelo rio Passa Dois abaixo, a rumo direito com o alferes Carneiro Lobo e para a parte de
baixo partia com o sertão inculto e realengo. Obtiveram em 15 de maio de 1819.

Na relação da lei régia de 1817, realizada em 1818, as terras e patrimônio do padroeiro da


vila situadas no rocio da paróquia estavam aforadas a 34 pessoas.
Por lei de 15 de outubro de 1827 foi criado o distrito judiciário do Príncipe (*).
Em 21 de dezembro de 1853 o chefe da Polícia comunicou por ofício ao presidente da
província que a Vila do Príncipe era termo e 1º distrito do mesmo.
O decreto imperial nº 1418 de 16 de agosto de 1854 determinou que haveria no termo da
Vila do Príncipe juiz municipal e de órfãos.
No dia 31 de agosto de 1855 pelo procurador Fabrício José de Oliveira Botelho foram
cadastrados terrenos que possuía o padroeiro Santo Antônio na Vila do Príncipe. Uns terrenos de
campos e matos com uma légua em quadra mais ou menos, conforme o termo de medição que se
acha no cartório feito em 1769 e tem princípio em cima da Lapa donde supõe-se pertencer a
Santo Antônio, no meio da restinga que está ao pé da casa de Reginaldo Rodrigues, em uma
baixa que faz e seguindo daqui para o poente mais ou menos descendo o cerro da cabeceira do
córrego que divide o potreiro de Antônio Gonçalves dos Santos e Antônio Alves de Oliveira, e
descendo por este arroio abaixo até o fundo da chácara de José Vieira Nunes, donde faz barra
no arroio do passo da Quitéria, e subindo por este acima por entre o potreiro de Francisco
Lídio de Almeida e Tristão da Rosa a ir bater no valo de João Suplici, deixando as casas do
boqueirão à esquerda, e seguindo pelo vale adiante para o poente até onde o mesmo finda, e
seguindo por uma quebrada abaixo por onde está cercado até no fundo para cima para cima da
casa do finado Castilho, de onde ficar em frente a um pinheiro que está no alto no campo rumo
do sul, cujo pinheiro tem cruz antiga, neste lugar ainda não estão bem verificadas as divisas de
Santo Antônio com os Castilhos, e seguindo de dito pinheiro da cruz rumo do sul, deixando a
casa de Caetano Prestes à esquerda, por uma lomba e bater no alto do morro no campo em uma
pedra grande, indo ao mesmo rumo entrando no mato, e passando o arroio do aterrado até em
cima no espigão em um pinheiro mais alto meio branco, que do campo aparece, neste lugar até
sair no campo não está bem verificada a divisa com os Veigas e Miguel de Paula Xavier Bueno,
e deste pinheiro rumo do sul até sair no campo em frente à cabeceira de uma quebrada que
atravessa a estrada e divide com os campos de Gaspar Teixeira, e da quebrada d’onde está um
marco fincado a rumo do nascente pelo pé da cerca de Manuel Afonso Vieira, por onde é
conhecido até em cima da serra, e seguindo o mesmo rumo saindo no campo de Joaquim
Pereira Resende, deixando este à direita, e abeirando a restinga que fica à esquerda duas
braças por dentro da restinga, e passando por um marco deixando este à direita, indo ao mesmo
rumo do nascente a passar por detrás do atual quintal de Inácio Antônio e rodeando o quintal
até a cabeceira de uma grota que cai no itambé, abaixo da casa de Inácio Antônio, e descendo
pela grota abaixo pelo mato até o passo do Mariano de Barros, e descendo pelo mesmo abaixo
até o ribeirão Grande, daqui olhando para o cerro de uraí (?) por uma lomba das capoeiras,
que divide com João Leandro da Fonseca até o cerro de pedra, e indo abeirando o cerro
dividindo com o mato do uraí, indo pelo paredão até em frente ao pau arcado e passando por
este pau atravessando a estrada rumo do nascente até a cabeceira de uma grota que cai no
itambé, e descendo por este arroio abaixo dividindo no fim com a campina de Benedito da
Silveira até o ribeirão grande, e subindo por este acima dividindo com os matos dos Silveiras,
deixando o monjolo de João Colaço à esquerda até o meio da restinga perto da casa do referido
Reginaldo em uma quebrada no meio da restinga donde teve princípio. Estes terrenos foram
dados a Santo Antônio pelo reverendo padre João da Silva Reis e sendo ainda esta vila
freguesia ou capela, foi medido e demarcado pela justiça de Curitiba em 1769, cujo termo de
medição e sesmarias e mais documentos... e os ditos terrenos se acham aforados de quarto de
légua para fora.
Pelo decreto imperial nº 2924 de 14 de maio de 1862 o termo do Príncipe ficou reunido ao
de Curitiba, sob a jurisdição de um só juiz municipal e de órfãos, ficando revogado o decreto nº
1418. Pelo decreto imperial nº 3283 de 11 de junho de 1864 ficou separado do termo de Curitiba
o do Príncipe, e criado nele um juiz municipal, que acumularia as funções de juiz de órfãos.
Em 30 de maio de 1870, pela lei nº 212, ficou criada uma comarca com a denominação de
Lapa, compreendendo o termo do Príncipe e o município da Palmeira, desanexando-se este da
comarca de Castro e aquela da de Curitiba; instalada em 11 de junho de 1871. Pela lei nº 293 de
7 de março de 1872, foi elevada à categoria de cidade a vila do Príncipe, na comarca da Lapa,
com a denominação de cidade da Lapa.
Pelo decreto nº 81 de 16 de maio de 1890, considerando que com a elevação a cidade, pela
lei nº 293 de 7 de março de 1872, tomou a vila do Príncipe, na comarca da Lapa, a denominação
de cidade da Lapa, conservando o respectivo termo por anomalia o antigo nome da vila,
denominar-se-ia termo da Lapa o atual termo da Vila do Príncipe.
A estação ferroviária foi inaugurada em 1891
Durante a revolução federalista a Lapa, sob o comando das forças legalistas do então
coronel Antônio Ernesto Gomes Carneiro, foi cercada pelas tropas revolucionárias no dia 17 de
janeiro de 1894 e houve heróica resistência, tendo Carneiro falecido no dia 9 de fevereiro e no
dia 15 de fevereiro a praça capitulou. Este episódio atrasou o deslocamento das tropas revoltosas
em direção a São Paulo, dando tempo a Floriano de preparar-se, o ocasionou a retirada dos
maragatos.
No dia 2 de maio de 195 foi realizada uma escritura pública, onde a Igreja Matriz da
cidade da Lapa, representada pelo bispo de Curitiba, vendeu para a Câmara Municipal da Lapa
uma sorte de terras devolutas, compostas de campos, matos, ervais, capoeiras e faxinais, com a
área de 39.436.547,5m2, primitivamente uma légua de testada e outro tanto de sertão, nos
arredores da cidade, que lhe fora doado para construção de seu patrimônio pelo governo de
Portugal, conforme carta de sesmaria expedida pelo governador e capitão general da capitania de
São Paulo, dom Luís Antônio de Souza Botelho Mourão em 13 de maio de 1768. Dividia com o
patrimônio da Câmara Municipal da Lapa, constituído por um quarto de légua em raio de
círculo.

POVOADORES DOS CAMPOS GERAIS

JOÃO PEREIRA BRAGA

José Carlos Veiga Lopes

Um dos primeiros moradores dos campos da Lapa foi João Pereira Braga. Ele foi batizado
no dia 13 de fevereiro de 1696 no orago de Santa Maria da freguesia de Covas, concelho de Vila
Verde, arcebispado de Braga, filho de José Martins e de Esperança Pereira. No dia 27 de maio de
1724, na solicitação da sesmaria do Alegre (atual Monte Alegre, município de Telêmaco Borba)
João Pereira Braga disse que era morador nos campos de Curitiba na paragem chamada Boa
Vista; em outro documento do mesmo ano João Pereira Braga disse que assistia nos campos de
Curitiba havia mais de cinco anos beneficiando alguns gados na paragem chamada Boa Vista.
Então ele teria chegado ali mais ou menos em 1719 e realçamos que anos mais tarde, conforme
veremos adiante, a fazenda pertencente à sua viúva denominava-se Boa Vista.
João Pereira Braga foi batizado no dia 13 de fevereiro de 1696 no orago de Santa Maria da
freguesia de Covas, concelho de Vila Verde, arcebispado de Braga, filho de José Martins e de
Esperança Pereira, naturais da freguesia de Santa Maria de Covas (ou Couras), termo da vila de
Barca, arcebispado de Braga.
Foi dito por Negrão que em 1710 o tio (afim) de João Pereira Braga, o sargento-mor
Manuel Gonçalves de Aguiar, mandou vi-lo de Portugal para administrar as fazendas de
Curitiba; essa informação é errônea, pois na citada data de 1710 tinha apenas quatorze anos. Em
um processo de 1734, onde foi testemunha, disse que tinha a idade de 34 anos pouco mais ou
menos. João Pereira Braga não veio casado de Portugal, e chegou aqui solteiro, em 1719 já
estava morando na paragem chamada Boa Vista (nos campos da Lapa.
João Pereira Braga teve com Teresa de Oliveira uma filha natural, Francisca Pereira,
nascida mais ou menos em 1722, também conhecida por Francisca de Oliveira.
No dia 27 de maio de 1724, João Pereira Braga, assistente na cidade de São Paulo e
morador nos campos de Curitiba na paragem chamada Boa Vista, disse que ele suplicante havia
ano e meio descobrira com muito trabalho e risco da sua vida no dito sertão, uns campos na
paragem chamada o Alegre (atual Monte Alegre, município de Telêmaco Borba), distante donde
ele suplicante assistia mais de cinco dias de viagem, que tinha de sertão três léguas e duas de
testada, partindo com o rio do Alegre e sem haver mais pessoas com quem lhe iriam repartir, nos
quais campos tinha ele suplicante metido já alguns gados para princípio de sua pessoa e
porquanto queria justificar o referido para da dita justificação se lhe passasse uma carta de
sesmaria para título de suas terras, portanto pedia em sua petição lhe fizessem mandar tomar
justificação e que dela se passasse seu instrumento.
Em outro documento João Pereira Braga disse que era natural do distrito de Braga e que
assistia nos campos de Curitiba havia mais de cinco anos beneficiando alguns gados na paragem
chamada Boa Vista. Foram ouvidas várias testemunhas e no termo de conclusão foi dada por
justificada a petição do suplicante, publicada em 20 de maio de 1724. Mas João não obteve carta
de sesmaria, e sim seu tio Manuel Gonçalves de Aguiar, em 6 de outubro de 1727.
João Pereira Braga contraiu núpcias em Curitiba com Josefa da Silva, filha de João da
Silva Reis, em 14 de janeiro de 1726, quando então administrou as fazendas do tio dela: Manuel
Gonçalves de Aguiar; como vimos, João possuía, antes de casar, uma filha natural, Francisca
Pereira, nascida mais ou menos em 1722, que recebeu bens quando de seu falecimento, e se
fosse adulterina nada teria herdado. Josefa era sobrinha do sargento-mor Manuel Gonçalves de
Aguiar (cremos que da esposa dele), proprietário das fazendas dos Carlos e de São Luís, entre
outras.
Manuel Gonçalves de Aguiar era natural de São João da Foz da Barra do Porto, Portugal,
filho de Pedro Gonçalves da Cunha e de Maria de Aguiar; veio para o Brasil, onde se radicou na
vila de Santos, tendo casado com Maria Pinheira, filha de José Pinheiro Machado 22 e de sua
segunda mulher, Joana Rodrigues França, com quem não teve filhos; José Pinheiro Machado
nasceu em Matozinhos, filho de Sebastião Machado e Francisca Pinheira.

O casal João e Josefa teve 6 filhos:


§ 1 Maria Pereira da Silva (27-III-1728),
§ 2 padre João da Silva Reis (7-VIII-1730),
§ 3 Ana Pereira da Silva (1-XI-1733),
§ 4 Joana Pereira da Silva (2-II-1737),
§ 5 Inácia Maria Pereira da Silva (2-VII-1739),
§ 6 tenente Domingos Pereira da Silva (7-VII-1743).

§1
Maria Pereira da Silva (27-III-1728).
Maria Pereira da Silva23 casou-se no Tamanduá no dia 28 de agosto de 1753 com José dos

22
Manuel Gonçalves de Aguiar, sargento-mor da infantaria paga da praça de Santos, fez requerimento no dia 25 de
janeiro de 1722, dizendo que nos Campos Gerais de Curitiba (Curuiuba) da outra banda do rio Grande defronte
donde o suplicante tinha uns currais de gado, estavam uns campos a que chamavam de Taabauna, devolutos, os
quais queria o suplicante povoar para o que pedia légua e meia dos ditos campos de Taabauna, na mesma paragem
onde os padres da Companhia de Paranaguá em algum tempo os largaram por inútil e que a dita légua e meia
começaria aonde os ditos padres formaram curral, correndo rio abaixo e rio acima onde concluía a légua e meia, com
uma légua de sertão, para nos ditos campos e matos mandar fazer o suplicante fazendas e lavouras para de tudo
pagar dízimo.Em 15 de outubro de 1722 o cunhado de Manuel, o padre José Pinheiro Machado, presbítero do cabido
de São Pedro, requereu dizendo que no campo de Itabaúna da parte do rio Grande de Curitiba, onde os reverendos
padres da Companhia tiveram gado em algum tempo e por estarem devolutos, fabricou o suplicante duas fazendas de
gado vacum e cavalgaduras de que pagava dízimos a Deus, assim do dito gado como das lavouras, cujos campos os
queria haver por carta de data de sesmaria, a saber, de um capão chamado do Pinheiro em que o suplicante tinha a
dita fazenda uma légua de largo ao rumo dos oes-sudoeste e do dito capão légua e meia rumo do noroeste; légua e
meia caminho e rumo de sudoeste servindo o dito capão de pião, cujos campos tinham seus capões e partiam com
campos e terras do cunhado do suplicante, sargento-mor Manuel Gonçalves de Aguiar. Estes documentos estão no
Arquivo Público do Estado de São Paulo em lata contendo Sesmarias e Requerimentos com despacho final.
Pela morte do padre José Pinheiro seu irmão o frei beneditino Inácio Pinheiro herdou os seus bens.
No dia 28 de agosto de 1759 o reverendo padre frei Inácio Pinheiro, religioso de Nossa Senhora do Monte do
Carmo, vendeu o seu sítio Santa Clara junto ao Registo, com 3 léguas de campinas e todas os matos, capões, casas e
benfeitorias que nele se achassem, como também seus roçados de 2 alqueires de milho de mata virgem ao reverendo
padre Francisco de Meira Colaço, por preço e quantia de quatro éguas mansas de carga, que recebia em contento, e
porque o sítio chamado Santa Clara o possuía porque o herdara de seu irmão o reverendo padre José Pinheiro do
hábito de São Pedro e possuiu após sua morte; as divisas partiam de um ribeirão que fazia divisa com o licenciado
José Rodrigues França e de outra parte com o rio de Capivari, que de tudo melhor constava de uma sesmaria que se
obrigava a entregar ao comprador (J. C. Veiga Lopes).
23
Maria Pereira da Silva casou-se no Tamanduá no dia 28 de agosto de 1753 com José dos Santos Pacheco Lima,
natural de Santa Maria dos Anjos de Ponte de Lima, Ponte de Lima, onde nasceu a 1-XI-1732, tendo sido batizado a
4-XI-1732 na mesma freguesia e faleceu em 186 nos Campos Gerais, filho de Francisco Pacheco de Miranda (bat.
18-9-1698 na mesma freguesia do filho, onde também casou a 29-8-1716) e de sua mulher Cristina Rodrigues da
Costa, bat. 16-7-1695, freguesia de Romarigães, Paredes de Coura, Viana do Castelo, n.p. Pedro Barbosa e de Maria
Pacheca de Miranda (esta filha natural do Padre Manuel Pacheco de Miranda e de Maria Pereira), n.m. Amaro
Santos Pacheco Lima, natural de Ponte de Lima, filho de Francisco Pacheco de Miranda e de sua
mulher Cristina da Costa Miranda.
O casal teve os filhos:
F 1 Gertrudes Maria dos Santos, bat. 20-V-1765, Curitiba e fal. 25-2-1832, Lapa, casada
em 13 de junho de 1774 com Francisco Teixeira Coelho, natural de São Miguel, Bastos,
arcebispado de Braga, filho de Custódio Teixeira e Catarina Francisca;
Na lista de 1775 encontramos no Rocio a casa de Francisco Teixeira, 27 anos, casado.
Na lista de 1776 encontramos a casa de Francisco Teixeira 30 anos, a mulher Maria,
21anos, 3 escravos, vivia de seus negócios.
O casal teve os filhos:
N 1 Francisco de Paula Teixeira Coelho (2-IV-1777), casado com Clara Joaquina de
Oliveira, natural do Rio Grande do Sul; Damaso (4-II-1780), falecido em 26 de outubro de 1786;
N 2 Serafim (19-VIII-1781), falecido em 15 de dezembro de 1781;
N 3 Maria da Conceição Coelho, (3-X-1783), casou com o capitão José Francisco
Corrêa, natural de São Pedro de César, entre o Douro e Minho;
N 4 Ana Perpétua Teixeira Coelho (2-XII-1786), casada em primeiras núpcias com
Manuel Carneiro Lobo, natural de Castro, filho de Luciano Carneiro Lobo e Francisca de Sá, e
em segundas com Elias Rodrigues de Almeida, natural de Sorocaba;
N 5 Manuel Teixeira Coelho (27-VI-1791), casado no Rio Grande do Sul com uma
filha de Manuel Gonçalves de Almeida;
N 6 Antônio Teixeira Coelho (17-IX-1792), casado no Rio Grande do Sul com uma
filha de Manuel Castanho;
N 7 Joaquina Teixeira Coelho (22-I-1795), casada com o comendador Manuel
Antônio da Cunha, natural de Portugal.
Na sessão da câmara da vila de Curitiba de 23 de janeiro de 1779, Francisco Teixeira
Coelho foi nomeado capitão de ordenança da freguesia de Santo Antônio, que era então alferes
da mesma freguesia.
A câmara da Vila Nova do Príncipe de Santo Antônio da Lapa atestou em 2 de novembro
de 1815.
Pedido em 22 de dezembro de 1815. Dizem o capitão-mor Francisco de Paula Teixeira
Coelho e o guarda-mor José de Miranda e Silva, da Vila do Príncipe, que eles suplicantes se
achavam estabelecidos com posse pessoal e por compra de uma sorte de terras lavradias sem
título legítimo, os quais os suplicantes desejavam haver por sesmaria para as cultivarem e
pagarem dízimos, compreendendo nas ditas sesmarias as posses dos suplicantes e a compra que

Rodrigues e Ana Pires da Costa, naturais de Romarigães. Francisco Pacheco de Miranda e Cristina Rodrigues da
Costa ainda foram pais de Luiz Vicente Pacheco de Miranda (bat. 3-8-1723, Ponte de Lima e casado a 7-2-1755,
Triunfo, com Gertrudes Barbosa de Menezes, filha de Jerônimo de Ornelas Menezes e Vasconcelos e Lucrecia Leme
Barbosa). (D. Pufal)
fizeram de Francisco Luís de Siqueira, que terias três quartos de légua mais ou menos entre os
cultivados de Bento Luís de Siqueira e herdeiros do falecido José dos Santos Pacheco, correndo
a testada nos limites das terras de dona Gertrudes Maria dos Santos, com légua e meia de sertão
para a Lagoa das Almas.
Francisco de Paula Teixeira Coelho, capitão-mor e José de Miranda e Silva, guarda-mor,
da Vila do Príncipe. Uma sorte de terras compradas a Francisco Luís de Siqueira,
compreendendo ¾ de légua mais ou menos entre os cultivados de Bento Luís de Siqueira e
herdeiros do falecido José dos Santos Pacheco correndo a testada nos limites das terras de D.
Gertrudes Maria dos Santos com légua e meia de sertão. 15 de janeiro de 1816.
F 2 Joaquim José dos Santos Pacheco2425, casado no Rio Grande do Sul, onde passou a
assinar Joaquim José dos Santos Lima. Foi Alferes. Faleceu a 9-5-1820 nos Campos das Missões
no RS, tendo seus restos sido enterrados somente em 12-1-1822 em Triunfo/RS, conforme
consta em seu óbito: "Aos doze dias do mes de Janeiro do anno de mil oito centos e vinte dous,
nesta // Freguesia do Triunfo se sepultarão os ossos do fallecido Alferes Joaquim //José dos
Santos Lima, que falleceu nos Campos das Mosses aos nove de // Mayo de mil oito centos, e
vinte, com idade de sessenta annos, natural de // Curitiba, e era casado com Ignacia Barboza de
Menezes, não tinha tes-//tamento. Foi por mim encomendado e foi sepultado nesta Matriz. De
que // para constar fiz este assento, que assignei. O Vigr.o. Manoel Marq.s. de S.Payo". Joaquim
casou em Triunfo/RS a 15-1-1782 com a sobrinha de seu tio, Inácia Barbosa de Menezes, bat. 2-
1-1765, Viamão (2-43), filha de Jacinto Roque Pereira Guimarães (n. São Sebastião, Guimarães,
Braga) e de Brígida Ornelas de Menezes (*Viamão, filha de Jerônimo de Ornelas Menezes e
Vasconcelos e Lucrecia Leme Barbosa). Foram pais de dez filhos:
N 1 Maria Joaquina dos Santos, bat. 9-9-1782, Triunfo, onde casou a 18-2-1822 com
o espanhol Diogo Zamóra, filho de Diogo Zamóra e Damiana Luiza.
N 2 Padre Clementino José dos Santos Lima, n. 30-5-1784, Triunfo e fal. 1837 Santa
Maria ou Triunfo.
N 3 Florisbela Joaquina dos Santos, bat. 9-1-1786, Triunfo. Casou com o major
Domingos Gomes Monteiro.
N 4 Alteia Joaquina dos Santos, bat. 29-7-1787, Triunfo.
24
Manuel dos Santos Pacheco, Francisco dos Santos Pacheco, Manuel José Barbosa e Francisco José de Sampaio
pediram sesmaria das posses de do falecido pai José dos Santos Pacheco. O juramento da câmara da Vila do Príncipe
foi em 6 de setembro de 1816. Em 15 de novembro de 1816 o capitão-mor Francisco de Paula Teixeira Coelho
informou o que dizia matos maninhos se achavam devolutos dentro das confrontações requeridas e porque dentro do
mesmo limite da sesmaria pedida se achava arranchado Francisco Antônio com porção bastante de cultivados, por
parte do mesmo necessitava ter-se requerido à câmara dessa vila fosse o mesmo contemplado na mesma sesmaria
com igual porção de mato que lhe tocasse pro rata e que entraria na igual despesa. No dia 20 de outubro de 1817
disseram Manuel dos Santos Pacheco, Francisco dos Santos Pacheco, Manuel José Barbosa e Francisco José de
Sampaio que eles suplicantes moradores na Vila do Príncipe estabelecidos em terras lavradias sem legítimo título,
conservando as posse do falecido José dos Santos Pacheco, pai dos suplicantes, as quais teriam uma légua de testada
e duas de sertão, correndo para o nascente, partiam com as terras do guarda-mor José de Miranda e Silva e Manuel
Rodrigues Coira, e desejando os suplicantes haver por sesmaria para sustentação de numerosa família de todos os
suplicantes. Em outro documento disseram ter 36 escravos (J. C. Veiga Lopes).
25
Descendência e notas bibliográficas fornecidas por Diego Pufal.
N 5 Dorothea Joaquina dos Santos, bat. 4-1-1789, Triunfo. Casou com Francisco de
Oliveira Pinto, n. 23-6-1790, Triunfo, filho do Alferes Reginaldo Ferreira de Miranda (ou
Reginaldo Pinto de Oliveira), n. 1765, Santana de Iapó, Castro/PR e fal. 22-3-1827, Porto
Alegre, e de Eufrásia Maria da Conceição, bat. 11-3-1772, Triunfo, n.p. de Antônio Ferreira de
Miranda (*Taubaté/SP e fal. 1813, Piraí, Castro/PR) e de Maria do Rosário (*Mogi das
Cruzes/SP), n.m. Francisco de Oliveira Raposo e Angélica Maria Pereira de Souza. Pais de:
BN 1 Joaquina Eufrásia de Oliveira, n. 2-2-1811, Triunfo, onde casou com
José Calisto Colaço, *Viamão, filho de Joaquim José Colaço e Maria de Jesus.
BN 2 Generoso de Oliveira Santos Lima, n. 20-XI-1812, Triunfo e fal. 1876,
Rio Pardo, onde casou a 8-1-1836 com Emília Fausta de Oliveira, ali nascida, filha de Antônio
José de Carvalho e Domiciana Antônia de Olvieira.
BN 3 Jerônimo Francisco de Oliveira, n. 20-5-1815, Triunfo.
BN 4 Francisca Rosa de Oliveira, n. 30-9-1817, Triunfo. Casou em Santa
Maria a 19-XII-1835 com Manuel José Lopes, n. São Borja, filho de José Lopes de Paula e
Maria Antônia de Bittencourt.
BN 5 Inácia Barbosa, n. 2-9-1821, Triunfo, e fal. 1887, Santa Maria, onde
provavelmente casou com João Alves de Oliveira, bat. 30-9-1820, Santa Maria e onde fal. 17-3-
1876, filho de Mariano Alves de Oliveira e Maria Joaquina do Nascimento (esta filha de José
Mariano de Salles, citado no vol. V da Genealogia Tropeira). Inácia e João foram pais de seis
filhos, dentre eles: Benedicto Alves de Oliveira e Francisca Alves de Oliveira, ambos
ascendentes de Diego de Leão Pufal).
N 6 João José dos Santos Lima26, bat. 11-7-1790, Triunfo, onde casou a 28-2-1829
com Francisca da Silva Lima, n. Triunfo, filha de José Antônio da Silva Ferrão e Ermelinda
Maria de Jesus, nats. Santo Amaro/RS.
N 7 Manuel José dos Santos Lima, bat. 22-4-1794, Triunfo.
N 8 Francisco José dos Santos Lima, n. 12-1-1796, Triunfo.
N 9 Rita Joaquina dos Santos, n. 21-5-1800, Triunfo.
N 10 Joaquim José dos Santos Lima, n. 3-3-183, Triunfo.
F 3 Manuel dos Santos Pacheco, capitão de ordenança, nasceu em 1761, casou-se em 4 de
agosto de 1798 com sua prima Maria Coleta da Silva, filha de João Gonçalves Barreiro e Inácia
da Silva, sua prima;

26
Pode se tratar desse. Inv 22 M7, 1866, OA, SBorja (Zelce Mousquer- Arquivo Público do Estado). Francisca da
Silva Lima faleceu 14.10.1865
João José dos Santos Lima, viúvo. Filhos:
F 1 Antonio 32 anos, casado
F 2 Cesario 30 anos,
F 3 João 28 anos, acha-se servindo no exército imperial, em operações contra o Paraguai. Solt
F 4 Isabel 19 anos, solt
F 5 Ermelinda 16 anos
F 6 José 12 anos.
Pais de:
N 1 José Gaspar dos Santos Lima, nascido na cidade paranaense da Lapa, em 184.
Juiz de direito em Cruz Alta e São Borja. Casado em Itú, com Messia de Oliveira Lima.
N 2 David dos Santos Pacheco, o barão dos Campos Gerais (PR);
N 3 Tenente-coronel Joaquim Pacheco dos Santos Resende.Casou com Ana
Marcondes de Oliveira Pacheco, filha dos Barões de Tibagi. (Palmeira PR). Sua mulher
descende dos povoadores da atual cidade paranaense de Palmeira, Manoel José de Araújo (MG)
e Ana Maria da Conceição Araújo, esta descendente do povoador de Curitiba, em meados do
século XVII, Baltasar Carrasco dos Reis.
Joaquim Pacheco da Silva Resende descende de João Pereira Braga e de Josefa Guimarães
da Silva (de Portugal), povoadores dos Campos de Curitiba e da Lapa (PR) na primeira metade
do século XVIII. teve propriedades no Rio Grande do Sul.
F 4 João dos Santos Pacheco;
F 5 Maria Angélica Pacheco (11-III-1776);
F 6 capitão Francisco dos Santos Pacheco Lima, casado em 28 de janeiro de 186 com Ana
Francisca Câmara, filha de João Francisco Correia e Ana Maria da Luz;
F 7 Rosa dos Santos Pacheco, casada com Manuel José Barbosa, natural de Portugal, filho
de João Marques da Silva e Joana Maria;
F 8 Francisca de Assis Pacheco, casada com Francisco Luís de Siqueira;
F 9 Maria do Espírito Santo Pacheco, casada em 13 de novembro de 185 com José
Francisco de Sampaio, filho de Timóteo Sampaio e Ana Maria de Jesus; João Batista, faleceu
com mais de vinte anos em 2 de setembro de 1789.
Na lista de 1775 encontramos no Rocio a casa de José dos Santos Pacheco, 40 anos,
casado e o filho Joaquim dos Santos, 20 anos.
Na relação de 1776 encontramos José dos Santos Pacheco, 40 (verificar) anos, a mulher
Maria Pereira, 50, os filhos Joaquim, alferes auxiliar, 22 anos, Manuel, 13, João, 10, Francisco,
8, Rosa, 6, Francisca, 4 e Maria, 1; tinha 2 escravos, 20 reses e vivia de suas lavouras.
José dos Santos Pacheco era dono da fazenda do Bom Jardim, antes chamada de Registro
Velho, por se achar à passagem do registro.
Na lista de 1782 encontramos José dos Santos Pacheco, 50 anos, com a mulher Maria
pereira da Silva, 52 anos. Na lista de 1791 encontramos José dos Santos Pacheco, 62 anos, com a
mulher Maria Pereira da Silva.
José dos Santos Pacheco Lima faleceu em 186.
Manuel dos Santos Pacheco, Francisco dos Santos Pacheco, Manuel José Barbosa e
Francisco José de Sampaio pediram sesmaria das posses de do falecido pai José dos Santos
Pacheco. O juramento da câmara da Vila do Príncipe foi em 6 de setembro de 1816.
Em 15 de novembro de 1816 o capitão-mor Francisco de Paula Teixeira Coelho informou
o que dizia matos maninhos se achavam devolutos dentro das confrontações requeridas e porque
dentro do mesmo limite da sesmaria pedida se achava arranchado Francisco Antônio com porção
bastante de cultivados, por parte do mesmo necessitava ter-se requerido à câmara dessa vila
fosse o mesmo contemplado na mesma sesmaria com igual porção de mato que lhe tocasse pro
rata e que entraria na igual despesa.
No dia 20 de outubro de 1817 disseram Manuel dos Santos Pacheco, Francisco dos Santos
Pacheco, Manuel José Barbosa e Francisco José de Sampaio que eles suplicantes moradores na
Vila do Príncipe estabelecidos em terras lavradias sem legítimo título, conservando as posse do
falecido José dos Santos Pacheco, pai dos suplicantes, as quais teriam uma légua de testada e
duas de sertão, correndo para o nascente, partiam com as terras do guarda-mor José de Miranda e
Silva e Manuel Rodrigues Coira, e desejando os suplicantes haver por sesmaria para sustentação
de numerosa família de todos os suplicantes. Em outro documento disseram ter 36 escravos.

§2
Padre João da Silva Reis (7-VIII-1730)
No dia 24 de maio de 183 foi lavrada uma escritura de declaração na fazenda da Boa Vista,
termo da vila de Nossa Senhora da Luz dos Pinhais de Curitiba, onde o tabelião foi, sendo
presentes de uma parte como outorgante o tenente Domingos Pereira da Silva e da outra como
aceitante Joaquim José do Canto e Melo, ambos moradores da dita freguesia de Santo Antônio
da Lapa; o outorgante, como testamenteiro que era do falecido seu irmão reverendo João da
Silva Reis, declarou que o mesmo em sua vida além dos mais bens que possuía era bem assim
senhor de uma sorte de terras e campos e matos lavradios que principiavam no passo do arroio
ao pé do sítio de Antônio de Torres (?) correndo por um arroio mais pequeno que nele fazia
barra a procurar o pau papudo e desse correndo por um espigão de matos até a cabeceira de um
lajeado correndo por ele abaixo até a barra que fazia no ribeirão de José Preto da Cruz seguindo
por ele abaixo até a barra que nele fazia um arroiozinho que nascia do espigão da Boa Vista e da
dita barra correndo o mesmo arroiozinho acima até o buracão da Palmeira e desse a rumo direito
até a cabeceira de um arroio a procurar a ponta da serra correndo a dita serra até o fim dela que
era onde principiavam as ditas confrontações, em cujos limites se compreendiam terras
lavradias, vargens, capoeiras e campos, que tudo havia o dito testador dado em dote de
casamento ao aceitante por se casar com uma de suas expostas de nome Antônia Francisca da
Silva, que por esse motivo sendo ele outorgante testamenteiro e inventariante nas terras a
inventário nem de seus herdeiros a requereram por saberem da verdade da dita doação, ficando
logo o doado de posse havia vinte anos a essa parte sem contradição de pessoa alguma.

§3
Ana Pereira da Silva (1-XI-1733). Ana Pereira da Silva casou-se em primeiras núpcias
com Manuel Correia, natural da freguesia de Nossa Senhora da Assunção, vila de Cascais, filho
do tenente Domingos Correia e de Maria Carrasca, no dia 2 de fevereiro de 1749, em Curitiba,
com quem teve os filhos:
F 1 Manuel Correia da Silva, nascido em 1755, casado em Piratini com Rosa da Silva;
F 2 Clemente Correia da Silva, nascido em 1753;
F 3 Joaquim Correia Pereira da Silva, nascido em 1766, casado no Rio Grande do Sul;
F 4 José Correia da Silva, nascido em 1766, faleceu no Rio Grande do Sul.
Casou-se em segundas núpcias no dia 9 de janeiro de 1770 com Francisco Gonçalves Dias
Senra, natural da freguesia de Santa Maria da Abadia, vila de Barcelos, filho de Francisco
Gonçalves Castelo Branco e Domingas Dias, viúvo de Maria Rodrigues, com que teve os filhos:
F 5 Francisco Gonçalves da Silva, batizado na Lapa em 9 de dezembro de 1770, casou
com Ana Maria de Jesus, faleceu em 9 de dezembro de 182 de convulsão;
F 6 Antônio Gonçalves da Silva, batizado em 4 de agosto de 1775 e falecido 4 de agosto
de 1782.

§4
Joana Pereira da Silva (2-II-1737), casou no Tamanduá no dia 26 de julho de 1759 com
Manuel Simões, natural de São Bento, Barcelos, Braga, filho de Manuel Gomes e de sua mulher
Domingas Simões. O casal teve os filhos:
F 1 Manuel Simões, falecido em 179527;
F 2 Francisco Simões;
F 3 Rosa Pereira da Silva, casada em primeiras núpcias com o alferes Joaquim Vicente e,
em segundas núpcias, com o capitão Bernardo Gomes de Campos;
F 5 Maria da Luz, casada com Antônio de Souza Fagundes;
F 6 Maria do Rosário, casada com Alexandre Luís Monteiro;

27
Joana Pereira da Silva casou no Tamanduá no dia 26 de julho de 1759 com Manuel Simões, natural de São Bento,
Barcelos, Braga, filho de Manuel Gomes e de sua mulher Domingas Simões. O casal teve os filhos: Manuel Simões,
falecido em 1795; Francisco Simões; Rosa Pereira da Silva, casada em primeiras núpcias com o alferes Joaquim
Vicente e em segundas núpcias com o capitão Bernardo Gomes de Campos; Maria da Luz, casada com Antônio de
Souza Fagundes; Maria do Rosário, casada com Alexandre Luís Monteiro; Florência Maria Simões, casada com
Manuel José de Macedo e Castro, filho de Afonso de Macedo e Araújo, natural de Braga, e de sua mulher Maria
Rodrigues de França; Maria Inês Simões, casada com Manuel de Melo Cardoso; Matilde.
Na lista de 1772 o sítio de Manuel Simões em terras de José dos Santos Pacheco tinha 12 vacas criadeiras, 2
novilhas, 1 touro, 8 éguas de ventre, 2 ditas mansas, 3 potras, 1 pastor, 2 cavalos mansos, 3 escravos, 1 porca, 1
marrão, 6 leitões, semeavam um alqueire e meio de milho e colheria 230 mãos, plantou 1 alqueire de feijão que
poderia rende 20 alqueires.
Na lista de 1775 encontramos na freguesia de Santo Antônio da Lapa a casa do alferes Manuel Simões, 55 anos,
casado.
Na relação de 1776 encontramos o alferes Manuel Simões, 66 anos, a mulher Joana Pereira, 36 anos, os filhos
Alexandre, 9, Francisco, 8, Manuel, , Maria, 16, Maria, 14, Rosa, 10 e Maria, 5. Tinha, 2 escravos, 20 reses, 4 éguas
e vivia de suas lavouras.
Na lista de 1782 encontramos Manuel Simões, 78 (?) anos, com a mulher Joana Pereira da Silva, 43 anos. Joana
Pereira da Silva faleceu repentinamente na Lapa em 14 de fevereiro de 1795. Manuel Simões faleceu em 31 de julho
de 1800.
F 7 Florência Maria Simões, casada com Manuel José de Macedo e Castro, filho de
Afonso de Macedo e Araújo, natural de Braga, e de sua mulher Maria Rodrigues de França;
F 8 Maria Inês Simões, casada com Manuel de Melo Cardoso; Matilde.
Joana Pereira da Silva faleceu repentinamente na Lapa em 14 de fevereiro de 1795.
Manuel Simões faleceu em 31 de julho de 1800.

§5
Inácia Maria Pereira da Silva (2-VII-1739),

§6
Tenente Domingos Pereira da Silva28 (7-VII-1743), foi casado com Casimira da Costa
França, filha do capitão José da Costa Resende, natural da ilha dos Açores e de Maria d’Ó
França.
Na lista de 1775 encontramos na freguesia de Santo Antônio da Lapa a casa do tenente
Domingos Pereira da Silva, 30 anos, casado; e no Campo do Tenente a casa do alferes Domingos
Pereira da Silva, casado, 49 anos.
Na relação de 1776 encontramos Domingos Pereira da Silva, a mulher Casimira da Costa,
o filho João, 3 anos. Tinha 3 escravos, 2 reses, 3 éguas e vivia das suas lavouras.
O casal teve os filhos:
F 1 tenente João da Mota Resende, batizado em 28 de fevereiro de 1773, casado com Ana
Ferreira, filha de João Ferreira Torres e Maria de Sá;
F 2 Maria Angélica da Silva, batizada em 10 de dezembro de 1782;
F 3 Francisco de Paula Resende, batizado na Lapa em 8 de setembro de 1784, casado com
Florinda Mendes de Sampaio;
F 4 tenente Lourenço da Silva Resende, casado em 28 de dezembro de 184 com sua prima
Rosaura Maria da Silva, filha de João Gonçalves Barreiro e Inácia Maria da Silva.
Domingos faleceu em 1812.
Na lista de 1782 encontramos Domingos Pereira da Silva, 40 anos, com a mulher Casemira
da Costa, 40 anos. Na lista de 1791 encontramos o tenente Domingos Pereira da Silva, 47 anos, a
com a mulher Casemira da Costa, 40 anos.

28
No dia 15 de junho de 181 foi lavrada uma escritura entre o tenente Domingos Pereira da Silva e sua mulher dona
Casimira da Costa França e seu sobrinho Francisco Gonçalves da Silva. Por Domingos e Casimira foi dito que eles
tinham feito troca com Francisco Gonçalves Senra, pai do comprador, dando a esse um pedaço de terras lavradias na
paragem denominada Barra, entrando pelo caminho de carro à direita até uma divisa que sempre conservaram com o
dito Senra, como também um pedaço de campo no fundo do potreiro deles vendedores, que descia para a Barra
fazendo e um valo para entro cortando rumo direito da ponta do dito valo ao ribeirão que ia da casa do alferes
Manuel Simões, ficando pertencendo tudo do valo para a Barra ao dito Senra, assim terras lavradias como campo,
recebendo eles vendedores um rincão de campo pertencente ao comprador, que nesse tempo era órfão menos e
porque de presente em razão da nulidade da dita troca, ficou cada um com aquilo que antigamente lhe pertencia e
como as ditas terras e campos livres e desembargados a eles vendedores, então de suas livres vontades e sem
constrangimento de pessoa alguma vendiam como de fato vendido tinham a ele comprador pelo preço e quantia de
20$000. Domingos faleceu em 1812 (J. C. Veiga Lopes).
No dia 15 de junho de 181 foi lavrada uma escritura entre o tenente Domingos Pereira da
Silva e sua mulher dona Casimira da Costa França e seu sobrinho Francisco Gonçalves da Silva.
Por Domingos e Casimira foi dito que eles tinham feito troca com Francisco Gonçalves Senra,
pai do comprador, dando a esse um pedaço de terras lavradias na paragem denominada Barra,
entrando pelo caminho de carro à direita até uma divisa que sempre conservaram com o dito
Senra, como também um pedaço de campo no fundo do potreiro deles vendedores, que descia
para a Barra fazendo e um valo para entro cortando rumo direito da ponta do dito valo ao
ribeirão que ia da casa do alferes Manuel Simões, ficando pertencendo tudo do valo para a Barra
ao dito Senra, assim terras lavradias como campo, recebendo eles vendedores um rincão de
campo pertencente ao comprador, que nesse tempo era órfão menos e porque de presente em
razão da nulidade da dita troca, ficou cada um com aquilo que antigamente lhe pertencia e como
as ditas terras e campos livres e desembargados a eles vendedores, então de suas livres vontades
e sem constrangimento de pessoa alguma vendiam como de fato vendido tinham a ele comprador
pelo preço e quantia de 20$000.
Em 1729, nos autos do inventário do capitão Manuel Dias da Costa, João Pereira Braga era
o administrador da fazenda dos Campos Gerais no lugar denominado Lapa, pertencente ao dito
capitão Manuel Dias da Costa e sua mulher Isabel Pinheiro. Não sabemos se esse lugar Lapa era
no atual município da Lapa, ou no local em que no mapa elaborado pelo doutor Antônio dos
Santos Soares em 1728 está escrito Lapa, onde depois situou-se a fazenda de Sant’Ana, atuais
municípios de Balsa Nova e Campo Largo. Isabel Pinheiro era irmã de Maria Pinheiro, mulher
de Manuel Gonçalves de Aguiar; em seu testamento em 1745 Manuel Gonçalves de Aguiar
declarou que foi tutor dos filhos de seu defunto seu cunhado Manuel Dias da Costa, a saber, Frei
Manuel e Frei José, religiosos de Nossa Senhora do Carmo, e a ambos tinha satisfeito suas
legítimas, e o tanto que lhes devia constava de uma escritura.
No dia 12 de julho de 1756 foi celebrado um contrato com João Gonçalves Barreiro para
feitor e conservador das fazendas dos Carlos e de São Luís, pertencentes a Nossa Senhora das
Neves, e está citado que nas ditas fazendas também se achava gado cavalar e pouco vacum
pertencente aos órfãos do capitão Manuel Dias da Costa, que as teria obrigado (Barreiro) a
marcar com a sua marca e beneficiá-lo, requerendo o quarto ao juízo dos órfãos da vila de Santos
e quem sem isso o não teria por ele outorgante não poder nem o dito seu constituinte dele dispor,
o Sr. Antônio Gonçalves Ribas (sobrinho de Manuel Gonçalves de Aguiar), tutor dos órfãos do
capitão Manuel Dias e João Maria de Oliveira (ou Pereira), ao qual faria entrega o que lhe
pertencesse e constasse da folha de partilha de cada um, que lhe mandava entregar por sua
sentença de meação julgado a que ficasse ele outorgado fazendo na fazenda dos Carlos a dita
entrega ao dito tutor ou procuradores na forma pelo juízo de resíduos a ele ordenasse do gado
cavalar e de algumas cabeças de vacum e manifestando que de mais gado que lhe pertencia e
tomasse conta o dito tutor ou seu procurador nas fazendas do Dr. Antônio dos Santos Soares
chamadas Papagaios e Cancela, que nelas se achassem dito gado vacum e cavalar e nelas teria o
curral dos ditos órfãos chamado o Capão Grande (o Capão Grande ficava junto à fazenda de
Sant’Ana), que por essa lhe dava em nome do dito seu constituinte a ele outorgado de poder e
autoridade para que em nome do dito seu constituinte em juízo e fora dele podia defender as
ditas fazendas de qualquer ... deforça e esbulho, o fruto pedindo judicialmente quando não
pudesse logo incontinente desforçar-se por si, que trataria finalmente da conservação dos
escravos e do vestuário deles, do rendimento dos frutos dela ano e mês que sobrassem do
sustento na forma da ordem que ele dito outorgante em nome do seu dito constituinte lhe daria
por escrito e que em tudo o mais o serviria exatamente com diretório e por ele dessa escritura
principalmente no tirar e remeter das boiadas que ele outorgante ou seu dito constituinte
ordenasse.
No dia 20 de janeiro de 1742 João Pereira Braga comprou de Diogo da Costa Rosa uma
parte de terras e campos na paragem chamada Palmeira nos Campos Gerais de Curitiba, junto
aos rios Verde e Pitangui (Ponta Grossa), mas cremos que desistiu do negócio, pois estas terras
vieram a pertencer aos herdeiros de Diogo.
No testamento de Manuel Gonçalves de Aguiar, em 1745, ele deixou doze bois de conta de
esmola ao Colégio dos jesuítas de Santos, cuja esmola se entregaria ao Padre Reitor, mandasse
ele tomar conta deles. Deixou por esmola ao convento de Santo Antônio da vila de Santos doze
bois de conta, que os mandariam receber na Fazenda do Rio Grande, tanto para esse convento
como para o Colégio.
Declarou que esses vinte e quatro bois era sua vontade que se tirassem cada ano das suas
fazendas do Rio Grande e da parte do Rio Grande para o dito Colégio e convento de Santo
Antônio e tirados os vinte e quatro cada um ano e o mais gado que sobrasse ficava no monte
unido ao seu sobrinho João Pereira Braga e seus filhos para tratarem da dita fazenda e ao dito
seu sobrinho ele deixava cada ano para ele e seus filhos vinte cabeças o que se entendia de cada
parição anual, ficando a fazenda sempre em ser com os mais rendimentos para Nossa Senhora
das Neves sua legítima herdeira, que por tal instituía.
Deixou por seu administrador das suas fazendas de Curitiba ao seu sobrinho João Pereira
Braga, para que ele cuidasse como bom parente nos aumentos das ditas fazendas, como até então
o tinha feito.
João Pereira Braga faleceu no dia 7 de agosto de 1747, com a idade aproximada de 40 anos
(esta idade consta do registro do óbito, mas deve estar errada) e foi sepultado na Capela de
Nossa Senhora da Conceição do Tamanduá.
Na relação de 1765, na freguesia de São José encontramos morando o genro de João
Pereira Braga, José dos Santos Pacheco (Lima), casado com Maria Pereira da Silva, seguindo-se
os escravos de Nossa Senhora das Neves da vila de Santos, num total de 100; nas minas de
Itambé repetiram os 100 escravos, de 5 fazendas (Rio Grande, Carlos, São Luís, Capão Redondo
e Furnas) de Nossa Senhora das Neves da vila de Santos.
No Registo (em terras do atual município da Lapa) estavam os genros: Manuel Correia, 52
anos, 2 armas, 3 escravos, casado com Ana Pereira da Silva, e os filhos Clemente Correia, 15,
Manuel Correia, 12 e José Correia, 3; Manuel Simões, 46 anos, uma arma, 4 escravos, casado
com Joana Pereira (da Silva), os filhos Alexandre Simões, 6 anos e Francisco Simões, 2 anos; e
João Gonçalves Barreiros, 39 anos, uma arma, 5 escravos, casado com Inácia Maria (da Silva), o
filho Antônio Gonçalves dos Reis29, 1 ano; além do filho Domingos Pereira da Silva, 22 anos, 2
armas, 4 escravos, que morava com a mãe viúva Josefa da Silva; o outro filho, o futuro padre
João da Silva Reis, que foi o primeiro vigário da freguesia de Santo Antônio da Lapa, não
aparece, devia estar no seminário.

JÁCOMO RODRIGUES

José Carlos Veiga Lopes

Jácomo Rodrigues, também conhecido por Jacques Frestier ou Jacques Rodrigues Francês,
pirata (?), natural de Marselha, era morador em Itanhaém, onde foi vereador em 1655; foi casado
com Maria de França, natural de Itanhaém. Que sabemos, o casal teve dois filhos: João
Rodrigues França e Joana Rodrigues França. Pais de 2 filhos, qd:
Título 1. Capitão-mor João Rodrigues França, natural de Itanhaém.
Titulo 2. Joana Rodrigues França.

29
Na relação de 1765 encontramos Antônio Gonçalves dos Reis, 45 anos, alferes....na força....a terra de Viamão.
Cremos que ele era solteiro.
Em 16 de fevereiro de 1765 disse o alferes Antônio Gonçalves dos Reis que da outra parte do Registo, correndo rio
Grande abaixo seis léguas, pouco mais ou menos, adiante de um restingão em que findavam os campos de Manuel
da Luz, se achavam uns campos que o suplicante havia um ano tinha fabricado e cultivado com fogos e gados, cujos
campos depois poderiam vir a ter três léguas, pouco mais ou menos, e o suplicante queria pedi-los por sesmaria ao
senhor conde vice-rei. A câmara da vila de Curitiba concordou em 23 de fevereiro de 1765
Antônio Gonçalves dos Reis, morador no distrito da vila de Curitiba obteve a carta de sesmaria em 3 de fevereiro de
1767, da outra parte do Registo correndo o rio Grande abaixo, coisa de seis léguas pouco mais ou menos, adiante até
um restingão em que findavam os campos de Manuel da Luz, onde se achavam uns campos que o suplicante havia
três (?) anos tinha fabricado e cultivado com fogos e gados, devolutos e incultos, que depois poderiam vir a ter três
léguas com pouca diferença.
Na relação de 1772 a fazenda da Boa Vista dos Faxinais do capitão Antônio Gonçalves dos Reis era distante da
estrada 3 léguas, tinha 80 vacas de ventre, 20 novilhas, 6 touros, 2 bois carreiros, 25 éguas bravas, 6 éguas mansas, 2
cavalos pastores, 6 cavalos mansos de costeio, 2 porcas, 6 leitões, um por culhudo, 6 escravos., semeavam 2
alqueires de milho e colheriam 400 mãos, um alqueire de feijão e colheria 20 alqueires, 1 alqueire de trigo e colheria
10 alqueires.
Na lista de 1775 encontramos a casa do capitão Antônio Gonçalves dos Reis, 60 anos, solteiro.
Na lista de 1776, Antônio Gonçalves dos Reis, 60 anos, estava ausente; tinha 160 reses, 60 éguas, 10 escravos, vivia
de suas lavouras e diziam ser rico.
Ordem do general governador de 11 de janeiro de 1779 ordenou que pela grande ausência que fez Antônio
Gonçalves dos Reis, capitão de ordenanças da freguesia de Santo Antônio, se nomeasse outro para servir o referido
posto.
Título 1

Capitão-mor João Rodrigues França, natural de Itanhaém, casado com Francisca Pinheira,
natural de Santos, filha de José Pinheiro Machado e de sua primeira mulher Maria Pinta.
Também tinha filhas com Maria da Conceição. Faleceu em 1715.
Teve com Francisca Pinheiro:
Cap. 1 Joana Rodrigues de França;
Cap 2 Maria da Assunção;
Cap. 3 Padre Nicolau Rodrigues de França, da Companhia de Jesus.
Cap. 4 Padre Inácio Rodrigues de França, da Companhia de Jesus.
Cap. 5 Frei João Rodrigues de França, irmão de Santo Antônio.
Cap. 6 Padre Júlio Rodrigues de França
Cap. 7 Padre Lucas Rodrigues de França, batizado em Paranaguá em 25 de outubro de
1692, falecido entre 1762 e 1763. Possuía fazendas nos Campos Gerais.
Cap. 8 Padre Doutor José Rodrigues de França. Quando estudava em Coimbra teve um
filho, de quem não sabemos o nome da mãe. Faleceu em 19 de novembro de 1760.
Cap. 9 Sargento-mor Cristóvão Pinheiro de França
Cap. 10 Custódia Rodrigues de França
Cap. 11 Paula Rodrigues de França
Cap. 12 Ana Rodrigues de França

Cap. 1
Joana Rodrigues de França, casada em primeiras núpcias, antes de 1715, com Manuel
Gonçalves da Cruz, português (já era falecido em 12 de novembro de 1719), em segundas
núpcias com Manuel Mendes Pereira (em 14 de abril de 1722 já estavam casados e em 6 de
dezembro de 1724 já estava ele morto) e em terceiras núpcias com o Doutor Antônio dos Santos
Soares, português (provavelmente antes de 1728), que sobreviveu à esposa. Ela faleceu entre
1764 e 1765. Teve do primeiro casamento:
F 1 Antônia da Cruz França30, batizada em 27 de janeiro de 1715 na matriz de Paranaguá.
Casada em 1734 com o doutor Manuel dos Santos Lobato, português, falecido entre 1759 e
1760, e em segundas núpcias, no dia 20 de março de 1770, com o sargento-mor Francisco José
Monteiro de Castro, natural da freguesia de Nossa Senhora dos Anjos da cidade de Lisboa, filho

30
Antonia herdou de seus pais seis fazendas nos Campos Gerais (Papagaios, Cancela, Botuquara, Porcos de Cima,
Lago e Santa Cruz). Quatro dessas fazendas passaram para o capitão-mor de Paranaguá José Carneiro dos Santos,
que era casado com Maria Angélica Gomes França, neta de Maria de Assunção, tia de Antonia. Esta possuía outros
bens em Santos e Paranaguá e sesmarias nos Campos de Curitiba. Faleceu com testamento em 1770, sem
descendência (R. Roderjan).
de Francisco Monteiro de Souza e Sande e de dona Arcângela de Santa Maria Engrácia de
Sampaio e Castro. Faleceu em 10 de outubro de 1770, sem descendência.

Cap. 2
Maria da Assunção, casada em primeiras núpcias com o capitão Francisco Rodrigues
Godinho, natural de Conceição de Itanhaém, e em segundas núpcias com o capitão-mor André
Gonçalves Pinheiro. Sua descendência é muito grande e podemos encontrar no terceiro volume
da Genealogia Paranaense de Francisco Negrão, vamos nomear apenas os filhos e os netos, além
de outros descendentes que vieram a possuir terras na região estudada. (Observe-se que Negrão e
Ermelino a chamam Maria da Ascensão, mas em todos os documentos de fonte primária que
vimos sempre está escrito Maria da Assunção).
Teve do primeiro casamento:
§ 1 Josefa Rodrigues de França;
§ 2 Francisca Pinheiro
§ 3 Maria Pinheiro de França
Teve do segundo casamento:
§ 4 Ana Pinheiro de França;
§ 5 Maria d’Ó França;
§ 6 Bernarda Rodrigues de França;
§ 7 Lourença Rodrigues de França;
§ 8 Isabel Rodrigues França ou Isabel Pinheiro da Costa, faleceu solteira.
§ 9 Vitória Rodrigues da Costa
§ 10 Joana Rodrigues de França, casada com Antônio José Gambino, natural de Portugal.
§ 11 Padre José Rodrigues de França.
§ 12 Padre João Rodrigues de França.

§1
Josefa Rodrigues de França, casada com o capitão Francisco da Silva Freire31, filho de
Antônio da Silva Freire e Isabel da Silva. Teve os filhos:
F 1 Antônio Esteves Freire, casado com Ana Antônia Laynes, filha do sargento-mor doutor
João Francisco Laynes.
F 2 Padre Policarpo Elói da Silva.
F 3 Miguel da Silva Freire, casado com Maria Pinto, filha de Bento Pereira.
F 4 Joana Rodrigues de França, casada com o alferes Antônio dos Santos Teixeira, filho de
Gaspar Teixeira Ribeiro e Maria Rodrigues do Rosário.

31
Deles descende Manoel Antônio Guimarães, o visconde de Nácar, cuja mãe é neta de Gaspar Gonçalves de
Morais.
F 5 Margarida da Silva Freire, casada com o alferes Antônio Lopes Vês.
F 6 Isabel Rodrigues de França, casada com o tenente Tomás Correia Pimentel, natural dos
Açores.
F 7 Eufrosina da Silva Freira, casada com Raimundo José Sanábio, natural de Angra.

§2
Francisca Pinheiro, casada em primeiras núpcias com Domingos Machado e em segundas
núpcias com o capitão Veríssimo Gomes da Silva, natural da freguesia de Santo Ildefonso da
cidade do Porto. Teve do primeiro casamento:
F 1 Beatriz Pinheiro, casada em primeiras núpcias com o coronel José Francisco de Faria,
natural de Portugal e em segundas núpcias com Manuel Domingos dos Santos, natural da cidade
de Santos.
F 2 Domingos Machado Pereira, casado com Francisca Xavier Pimentel, filha de Caetano
Antônio.
N 1 Tenente Domingos Machado Pereira, casado com Ana Maria da Rocha, sua
parente. Faleceu em 19 de fevereiro de 1840 com 66 anos mais ou menos
N 2 Modesta Xavier Machado.
N 3 Apolinária Libânia Pereira.
F 3 Manuel Machado Pereira.
F 4 Padre Francisco de Borja Pinheiro.

Teve do segundo matrimônio:


F 5 Antônio Gomes. Casado com Maria, filha de João Francisco.
F 6 Padre José Pinheiro.
F 7 Eusébio Gomes da Silva, casado com Ana Maria Laynes, filha do capitão-mor João
Francisco Laynes e de Maria de Brito e Silva.
F 8 Maria Angélica Gomes França, casada com capitão-mor José Carneiro dos Santos,
natural da freguesia de Santiago de Carreira, arcebispado de Braga, filho de Joaquim Carneiro e
Josefa Pereira. Maria Angélica faleceu em 5 de janeiro de 1811 e José Carneiro dos Santos entre
1815 e 1816. Pais de 10 filhos:
N 1 Ricardo Carneiro dos Santos, casado com Josefa de Souza Guimarães, filha de
Alexandre de Souza Guimarães e Isabel Martins Novaes
BN 1 Alferes José Ricardo Carneiro
BN 2 Amálio
BN 3 Ana Carneiro de Simas
BN 4 Maria Ricarda Carneiro
BN 5 Isabel dos Santos Carneiro
BN 6 Francisca Carneiro dos Santos
BN 7 Maria dos Anjos
N 2 Francisco Carneiro dos Santos, casado com Ana Maria de Jesus, filha de João
Pereira de Lima e Maria do Nascimento de Jesus.
BN 1 Benedito Carneiro dos Santos, falecido em 15 de maio de 1823
BN 2 Francisco Carneiro dos Santos
BN 3 Eduvigem Marcília de França, casada com Simão José Henrique
Deslandes, natural de Marselha.
N 3 Veríssimo Carneiro dos Santos ou Veríssimo José Gomes, casado no dia 16 de
outubro de 1790 no Tamanduá com Rita Maria do Nascimento32, filha de Marcelino Gomes da
Costa e de Joana Francisca de Abreu. Faleceu em 1817
BN 1 Josefa (26-II-1792), falecida em 27 de março de 1796.
BN 2 José Marcelino Carneiro (26-X-1793), casado com Ana Maria
Marcondes, filha do tenente-coronel Francisco de Paula Ribas e Maria Joaquina Marcondes de
Sá.
TN 1 Fernando Carneiro.
TN 2 Generoso Carneiro.
TN 3 Maria Clara Carneiro.
TN 4 Josefa Marcondes
TN 5 Fidêncio Marcondes Carneiro
TN 6 Balbina Marcondes Carneiro, casada com Antônio Leite.
QN 1 César Marcondes Leite
QN 2 Olegário Boaventura Marcondes
QN 3 Elisa Marcondes, casada com Joaquim de Souza Camargo.
TN 7 Francisca Marcondes Carneiro.
TN 8 Maria Joaquina.
TN 9 Prudência Carneiro.
TN 10 Marcelino Marcondes Carneiro.
TN 11 Amantina Carneiro
TN 12 Francisco de Paula Carneiro.
TN 13 Cândido Marcondes Carneiro.
TN 14 Luísa Marcondes de Oliveira e Sá
BN 3 Maria (3-XI-1795), faleceu em 23 de fevereiro de 1796.

32
Eles residiam nos Campos Gerais, onde casaram filhas suas com os Araújo fundadores da Palmeira, de quem
descende a baronesa de Tibagi. Seus descendentes vão povoar Palmas e Guarapuava (R. Roderjan).
BN 4 Josefa Joaquina Pinheiro de França (10-XII-1796), casada com
Domingos Inácio de Araújo33, filho de Manuel José de Araújo e Ana Maria da Conceição, no
dia 8 de março de 1810.
TN 1 Maria dos Anjos de Araújo (12-XII-1810),
TN 2 Cândida Marcondes,
TN 3 Isabel Caetana de França (25-VII-1813). Casou-se com Antônio
Joaquim de Oliveira, filho de Joaquim Antônio d‘Oliveira e Maria da Luz Ferreira do
Sacramento, de quem se divorciou em 9 de julho de 1846
TN 4 Veríssimo Inácio de Araújo Marcondes (16-X-1814),
TN 5 João Carneiro de Araújo Marcondes (1-I-1816),
TN 6 Maria das Dores de Araújo (20-X-1817),
TN 7 Antônio Cornélio Marcondes (21-X-1819),
TN 8 Maria de Jesus (5-VII-1821),
TN 9 Manuel Marcondes de Sá (30-V-1823),
TN 10 Maria Joana (14-VIII-1825),
TN 11 José Prudêncio Marcondes (6-VI-1827), casado em 8 de
dezembro de 1851 com Cândida Joaquina Branco Marcondes,sua parente.
TN 12 Maria da Conceição (8-XII-1835),
TN 13 Pedro Marcondes,
TN 14 Francisco Inácio Marcondes de Araújo.
BN 5 Joaquim, mentecapto.
BN 6 Emiliana Amália França (12-II-184), casada com João Batista de
Oliveira Ribas, filho de Joaquim Mariano Ribeiro Ribas e Maria Rita de Oliveira Bueno, em 5
de agosto de 1823.
BN 7 Manuel da Cruz Carneiro (15-V-186), casado com Francisca Caetana
Marcondes. de Oliveira34, filha de José Caetano de Oliveira e Querubina Marcondes de Oliveira
e Sá (Barões de Tibagi).
BN 8 Ana Amália de França casada com Antônio Gonçalves Dias (ou da
Silva), filho de Francisco Gonçalves Dias Senra e Ana Pereira da Silva, em 25 de novembro de
1823.
TN 1 Joana Francisca, casada com Eugênio Westphalen35.
TN 2 Amalio Gonçalves da Silva.
TN 3 Paulino Gonçalves da Silva.
TN 4 Eugênio Marçal Gonçalves da Silva

33
Os fundadores de Palmeira. Paraná (R. Roderjan).
34
Filha dos barões de Tibagi e neta dos fundadores de Palmeira.
35
Com descendência do Paraná e na região serrana do Rio Grande do Sul.
BN 9 Maria Rita de França, casada com Manuel Martins de Araújo, filho de
Domingos Inácio de Araújo (o tio) em 15 de abril de 1827.
TN 1 Manuel Martins de Araújo, casado com Ana Martins de Araújo.
QN 1 Maria das Dores de Araújo, casada com José Martins de
Araújo.
QN 2 Rita do Nascimento Martins de Araújo, casada com
Frederico Mascarenhas Martins.
TN 2 – Frederico Martins de Araújo.
TN 3 – Generoso Martins de Araújo, casado com Maria Madalena
Branco
QN 1 Manuel Martins de Araújo, casado com Rita Branco.
QN 2 Felício Martins de Araújo, casado com Francisca de Almeida
Araújo.
QN 3 Josino Martins casado com Dulcina Guimarães.
QN 4 Francisca Martins, casada com Jeremias de Almeida.
QN 5 Minervina Martins, casada com João Branco.
QN 6 Maria Rita Martins, casada com Vespasiano Madureira.
QN 7 Balbina Martins, casada com Ricardo Lustosa Ribas.
QN 8 Juvenal Martins, casado com Cecília Cardoso Martins.
TN 4 Veríssimo Martins de Araújo, solteiro.
TN 5 Delfina Martins de Araújo, solteira
TN 6 Francisca Martins de Araújo, casada com Bernardo Mascarenhas
Martins.
QN1 Bernardo de Assis Mascarenhas Martins, casado com
Clementina de Oliveira Lima.
TN 7 João Martins de Araújo França, casado com Francisca Martins de
Araújo
BN 10 João Nepomuceno Carneiro, casado com Maria Soledade dos Santos.
TN 1 Ambrosina Carneiro, casada com Germano Westphalen.
TN 2 Lídia Carneiro, casada com Francisco da Cruz Bastos.
TN 3 Porcina de Sá Carneiro, casada com Eugênio Marçal da Silva.
TN 4 Gil dos Santos Carneiro, casado com Eliza Schulki.
TN 5 José Veríssimo Carneiro, solteiro.
TN 6 Eduardo dos Santos Carneiro.
BN 11 Maria Josefa de França (6-X-1816), casada com Francisco Inácio de
Araújo Pimpão, filho de Domingos Inácio de Araújo e mãe incógnita;
BN 12 Francisca, morreu com 3 meses em 9 de junho de 1818.
N 4 Padre João Carneiro dos Santos, nascido e batizado em Paranaguá no dia 28 de
junho de 1771.
N 5 Joaquim, falecido solteiro em estado de demência em 184.
N 6 Ana, falecida solteira antes dos pais.
N 7 Serafim, falecido antes dos pais.
N 8 José, falecido antes dos pais.
N 9 Maria, falecida antes dos pais.

§3
Maria Pinheiro de França, casada com o sargento-mor Damião Carvalho da Cunha.

Teve do segundo casamento:

§4
Ana Pinheiro de França, casado com o mestre de campo Antônio Gomes Setúbal, natural
de Portugal. Teve:
F 1 Maria Gomes Setúbal, casada com o capitão Antônio Rodrigues de Carvalho, natural
de Trás-os-Montes, Portugal.

§5
Maria d’Ó França, casada com o capitão José da Costa Resende3637, natural da ilha de São
Miguel. Teve:
F 1 Cônego Joaquim da Costa Resende.
F 2 Córdula Rodrigues de França, casada com Custódio Martins de Araújo, natural da
freguesia de São Miguel do Alcaide de Braga.
F 3 Casemira Rodrigues e França, casada com o tenente Domingos Pereira da Silva38, filho
de João Pereira Braga e de Josefa Gonçalves da Silva.

36
Esse casal é a origem dos Rezende, Lacerda, Braga, Munhoz da Rocha, Araújo França do Paraná, muitos deles
naturais da cidade paranaense da Lapa (R. Roderjan).
37
Joaquim Rezende Corrêa de Lacerda, n. 1847, na Lapa (Paraná), onde t, em VII-195, c.c. Maria Madalena
Moojen, n. 2S-V-1857, em Passo Fundo (Rio Grande do Sul), t 9-XII-1931, na
Lapa, Pais de:
F 1 José de Lacerda, n. 22-VIII-1877, na Lapa, onde t, a 6-X-1940. A 5-XII-193, em Curitiba (Paraná), c.c. Cecília
Brito, n. n-VI-1888, em Curitiba, filha de Francisco de Paula Moura Brito, n. e t em Curitiba, e de d.a Rosa Licia
Pedrosa, n. 5-IV-1857, em Curitiba, onde t a 24-I-1940. Pais de:
N 1 Dr. Joaquim Brito de Lacerda, n. 8-IV-1914, na Lapa, reside em S. Mateus (Paraná). Em Curitiba, a 28-VI-1937,
c.c. Glicínia Perneta, ali nascida a 31-I-1917, ilha de Júlio David Perneta, t em Curitiba, e de Carolina Xavier. Pais
de:
Bn 1 Maria Teresa, n. ll-IV-1938, na Lapa.
Bn 2 José, n. 29-IV-1939, na Lapa (Anuário Genealógico, IV, 1942).
38
Descendentes em Júlio de Castilhos.
§6
Bernarda Rodrigues de França, casada com o cirurgião Manuel Gonçalves Silvestre,
natural de Portugal. Teve:
F 1 Luís
F 2 José

§7
Lourença Rodrigues de França, casada com José Pedro da Costa Lobato, português,
sobrinho do ouvidor Manuel dos Santos Lobato, marido de sua prima Antônia da Cruz França.
F 1 Ana, falecida em criança.

§8
Isabel Rodrigues França ou Isabel Pinheiro da Costa, faleceu solteira.

§9
Vitória Rodrigues da Costa, casada com Lourenço Maciel Azamor, natural de Esporande,
filho de Dionísio Maciel Azamor e Clemência da Costa Teixeira. Teve:
F 1 Carlos.
F 2 Maria.
F 3 José Cireno.
F 4 Antônio Maciel Azamor, casado com Ana Luísa, do Rio de Janeiro.

§ 10
Joana Rodrigues de França, casada com Antônio José Gambino, natural de Portugal.

§ 11
Padre José Rodrigues de França.

§ 12
Padre João Rodrigues de França.

Cap. 3

Padre Nicolau Rodrigues de França, da Companhia de Jesus.

Cap. 4
Padre Inácio Rodrigues de França, da Companhia de Jesus.

Cap. 5

Frei João Rodrigues de França, irmão de Santo Antônio.

Cap. 6

Padre Júlio Rodrigues de França

Cap. 7

Padre Lucas Rodrigues de França, batizado em Paranaguá em 25 de outubro de 1692,


falecido entre 1762 e 1763. Possuía fazendas nos Campos Gerais.

Cap. 8

Padre Doutor José Rodrigues de França. Quando estudava em Coimbra teve um filho, de
quem não sabemos o nome da mãe. Faleceu em 19 de novembro de 1760. pai de (verificar):
João Crisóstomo, natural de Coimbra, casado no Pilar da Graciosa com Domingas
Cordeiro, filha de André Rodrigues Cordeiro e Maria da Assunção. Foi dono dos campos do
Guartelá, São Damaso, São Tomé e Santa Cruz, herdados de seu pai, que doou às filhas. Teve as
filhas:
F 1 Ana Maria do Ó, casada em 9 de fevereiro de 1762 com Joaquim José Alvres Freire,
filho de Manuel Alvres Freire e Antônia Maria. Teve:
N 1 Cosme da Silva Alves ou Alves Freire (5-X-1766), casado com Escolástica
Maria
BN 1 Tristão
BN 2 Francisco
BN 3 Ana.
BN 4 Angélica.
BN 5 Hipólito Alves Freire
N 2 Francisco de Paula Freire (13-II-1768), casado com Rosa Maria Coelho, viveram
juntos apenas um ano, não tiveram filhos. Teve dois filhos naturais reconhecidos.
BN 1 Basílio José de Paula, casado com Ana, filha de Manuel Afonso Ennes.
BN 2 Veríssimo José de Paula.
N 3 Teodora (9-X-1774).
F 2 Maria Marcela Ana de Jesus, casada em Curitiba no dia 12 de outubro de 1775 com
Antônio Rodrigues Pinto, natural de Minas Gerais, filho de José Pinto da Mota e Maria
Rodrigues de Moura.
N 1 Clemência (24-IV-1779)
N 2 Manuel (30-V-1782)
N 3 Antônio.
N 4 Ana Maria.
N 5 Joaquina.
N 6 Maria.
N 7 João.
N 8 Mariana.

Cap. 9

Cristóvão Pinheiro de França. Licenciado, advogava em Paranaguá. Faleceu solteiro em 1º


de março de 1789.

João Rodrigues França teve com Maria da Conceição39 as filhas que moravam em
Curitiba, enquanto que os outros filhos moravam em Paranaguá.

Cap. 10

Custódia Rodrigues de França, casada com Manuel da Costa Filgueira.


F 1 Antônio da Costa Filgueira, casado com Maria Vieira Pedrosa.
F 2 Rita da Conceição França, casada com Francisco Fernandes Saraiva.
F 3 Maria Rodrigues de França, casada em primeiras núpcias com Amaro Fernandes da
Costa em segundas com Afonso de Macedo Araújo
F 4 Bruno da Costa Filgueira.
F 5 José da Costa Filgueira.
F 6 Bernardino da Costa Filgueira, casado com Margarida Cardoso de Jesus
F 7 João da Luz Costa Filgueira casado com Francisca Rodrigues Teixeira.

39
Dessas três netas de João Rodrigues de França e Francisca Pinheiro, provém a sua maior descendência. A união
com os descendentes de Gaspar Gonçalves de Morais, fizeram de Paranaguá o berço das mais antigas famílias do
Paraná, as quais se estendem depois a Morretes e Antonina (cidades paranaenses do litoral) e aos planaltos (R.
Roderjan).
Cap. 11

Paula Rodrigues de França, casada com Manuel Gonçalves de Siqueira40. Pais de 9 filhos:
§1 Domingos Gonçalves Padilha
§ 2 Josefa Rodrigues Gonçalves, casada com Manuel da Rocha Carvalhais
§ 3 Catarina de Melo Coutinho, casada com Brás Domingues Veloso
§ 4 Ana Gonçalves Coutinho, casada com Pedro de Siqueira Cortes
§ 5 Maria
§ 6 João
§ 7 Francisco Gonçalves Siqueira
§ 8 Manuel Ferreira de Souza.
§ 9 Helena Rodrigues Coutinho, casada com Manuel Rodrigues da Mota

§1
41
Domingos Gonçalves Padilha , casado com Ana de Melo Coutinho, filha de Francisco de
Mello (Coitinho), natural de São Paulo e de Isabel Luiz Tigre, irmã do Capitão Antonio Luiz
Tigre, e neta do Capitão Matheus Luiz Grou, sesmeiro nos campos de Curitiba, em 1639, e de
Isabel de Piña Cortes.
F 1 Cap. Antônio Gonçalves Padilha42, casado com Ângela Maria do Nascimento.

40
Natural da ilha de São Sebastião e que faleceu em Curitiba em 1729 (R. Roderjan).
41
Domingos Gonçalves Padilha, fal. 23-VIII-1747 em Tamanduá, c. 50 anos. (casou com Ana De Mello Coutinho,
n. Curitiba, filha de Francisco Coutinho, n. SP e de s.m. Izabel Luiz Tigre, fal. 21.12.1739, com 70 anos, viúva. Ana
recebeu do Cap. Antônio Luiz Tigre, como dote por ter contratado com Domingos, uma sesmaria de 1/2 légua no
Rio Verde e casas em Curitiba. Sua sogra fez doação em 28.12.1731 de 750 braças de terras no Bariguy. Ana
viuvou. Tiveram 11 filhos (R. Roderjan).
42
No dia 20 de julho de 1795 Silvestre Preto de Oliveira vendeu para Antônio Gonçalves Padilha uma sorte de terras
e campos que tinham princípio na barra do Tubaúna correndo rio Grande acima até a divisa com Joaquim Cardoso
correndo ao rumo do sul até entestar com terras que foram de Josefa da Silva, pela composição que o vendedor fizera
com a dita e constava dos autos de apelação e um termo que neles se achava, cujas terras houve ele vendedor por
compra que fizera a Bernardo José e sua mulher por escritura passada na vila de Curitiba.
Antônio Gonçalves Padilha42, nat. de Curitiba (matriz de NS da Luz), fal. em Cima da Serra a 10-X-1788; casou com
Águeda Vieira Pinheiro.
O inventário de Padilha foi autuado a 23-IX-1789 (C. O. de P. Alegre, n. 146, m. 10, est. 2), e forma três grossos
volumes. Foram partilhados:
1) "uns campos sitos em Cima da Serra com três léguas de comprido e duas de largo pouco mais ou menos, em que
se acha situada a fazenda chamada Santa Bárbara, que foram comprados ao capitão Miguel Pedroso Leite, com
várias benfeitorias e casas de vivenda, que parte com a Estância Grande Rio Fundo da Camisa", no valor de 2 contos de
réis;
2) "Um potreiro de campos e matos sito no distrito da vila de Santo Antônio da Guarda Velha deste Continente, que
parte pelo norte com a Serra e mato que banha o Rio do Sino e do sul com a Estrada Geral, servindo-lhe de ataque uma
sanga ou arroio próximo à dita estrada e pelo oeste com campo e matos dos herdeiros de Francisco de Almeida e de
leste com campos e matos dos herdeiros de Francisco e José Silveira Peixoto, divididos por um córrego com sua
restinga de mato, que terá de comprido meia légua e de largo um quarto, com seu rancho e arvoredos", por 300$000;
3) "uma casa de pau-a-pique coberta de palha sita na freguesia de Santo Antônio da Guarda Velha, que parte por um lado
com Antônio José de Freitas e pelo outro com casas vizinhas, com seu quintal", no valor de 30$000.
No recenseamento de proprietários da freguesia de Sta Antônio, feito a 2-VI-1785 (Arq. Hist. do RGS, Códice 128)
explica-se que a fazenda Santa Bárbara, com 3/4 de légua de comprido por uma de largo, fora comprada por escritura
pública ao capitão Miguel Pedroso Leite, que a adquirira ao 1° possuidor Manuel de Barros Pereira, figura esta muito
ligada à história de Santo Antônio; possuía nessa fazenda 1800 reses, 20 cavalos, 500 éguas, 14 bestas, 2 burros e 4
burras.
F 2 Ângelo Gonçalves Padilha43, casado em 25 de maio de 1776 com Ana Joaquina do
Nascimento, filha de João Gonçalves da Costa e Joana Francisca de Souza
N 1 Francisca Padilha (16-XII-1782).
N 2 Manuel Gonçalves Padilha (28-VIII-1785).
N 3 Ten.Cel. João Gonçalves Padilha44.
N 4 José Maria Padilha45, casado com Josefa Alves de Bastos.
N 5 Jeremias (11-V-1794)46
F 3 Maj. Leocádio Gonçalves Coutinho
F 4 Maria da Penha França
F 5 Felipe Gonçalves Padilha47
F 6 Vitória Rodrigues de França (ou Rodrigues Padilha), c. em 21-IX-1751 c. Francisco
Rodrigues Coura48, fal. 1º-VII-1800, filho de outro de igual nome e de Lucrécia Leme de Brito,
n. na Vila de Santo Antônio de Pádua de Guaratinguetá, SP.

Era possuidor de outro campo na Vacaria, despovoado, com 2 léguas de comprido por uma de largo, comprado a
Francisco Álvares da Silva e Manuel Álvares de Gusmão, que o haviam adquirido em praça pública; finalmente,
ainda na Vacaria, a fazenda do Morro Agudo, com 3 léguas de comprido por uma de largo, comprada a Francisco
Alvares Xavier, com 3 mil reses, 4 bois, 40 cavalos e 25 éguas. A filha Ana Gonçalves Coutinho, ao casar com Manuel
Francisco Pires, recebera como dote a fazenda Cambará, com 1 légua e quarto de comprido por uma de largo. Do casal
Antônio Gonçalves Padilha/Águeda Vieira Pinheiro houve os seguintes filhos (Rever):
F 1 Ana Gonçalves Coutinho, l ° casou com Manuel Francisco Pires; recebeu em dote "um pedaço de campo chamado
Cambará, que tem de comprido três quartos de légua e de largo em partes um quarto de légua e em partes menos, sito
no distrito de Cima da Serra, que parte com os campos de Miguel Pedroso Leite por um lado e por outro com campos
de Antônio Manuel Velho", em cuja posse se achava a 2-VI-1785 (AHRS, Cód. 128), povoado com 200 reses, 12
cavalos e 4 éguas.
Em 2as núpcias Ana casou com Antônio Manuel Velho, seu vizinho;
F 2 Manuel Joaquim Padilha, pardo forro, nat de São Francisco de Paula de Cima da Serra, casou em Sta Amaro a 18-
IX-1814 (1C-91) com a índia Guarani Inocência Maria, ali nascida, filha de Casimiro Pinto e Joana Maria.
F 3 Joaquim Gonçalves Padilha, casou com Paula Maria de Lemos, nat. de Vacaria, filha de Domingos de Sousa e
Francisca Tavares, a qual Paula Maria tornou a casar-se com José Rodrigues Gularte, fregueses de Canguçu em 1810.
43
No dia 7 de dezembro de 188 Ângelo Gonçalves Padilha e sua mulher Mariana França de Oliveira venderam por
350$000 para Aurélio da Costa Portela e seu filho João da Costa Portela uma sorte de terras e campos que tinham
princípio na barra de Tabaúna correndo rio Grande acima até divisa com Joaquim Cardoso, correndo a rumo do sul
até entestar em terras que foram de Josefa da Silva, pela composição que o vendedor fez com a dita e constava dos
autos de apelação de um termo que neles se achava, cujas terras as houveram eles vendedores a metade por dote a
outra metade compraram, tudo tinha sido de Silvestre Preto de Oliveira Preto, pai e sogro deles vendedores. Na lista
de 1818 a fazenda Tabaúna pertencia a João da Costa Portela e media 1500x1500 braças.
44
Batizado. Tamanduá a 7-VI-1787 e fal. 13-VII-1859 na FAZENDA DO SOBRADO, hoje Júlio de Castilhos, c.
em 8-III-1859 c. Bernardina Gomes da Silveira, em Passo Fundo, b. 1-VI-1830 em Lages- SC e que nesse mesmo
ano casou com o Maj. Francisco José de Salles, n. e b. em Sorocaba, filho de Antônio José de Salles e de Maria
Gertrudes Camargo, ambos da Cotia SP (F. Salles).
45
Negociava para o Sul com tropas e boiadas e ali faleceu. Era muito rico e ofereceu a matriz de Campo Largo a
custódia de prata e ouro que ainda existe. Casou com Josefa Alves Bastos Coimbra, que foram pais de Zeferina
Maria de Jesus Padilha (fal. na C.Alta) casada na Lapa com Ten.Cel José Pinto de Oliveira Ribas -, nat. Lapa, que
casou 1º com Maria Guilhermina Salles e 2ª vez com Amélia Moreira Fagundes (F. Salles).
46
Nascido e b. na Capela de Tamanduá, c.a 31-VII-1831 na freg. de São Martinho, c. Manuela Pereira dos Santos, n.
1814 nessa freg. e * 9-IV-l891, filha de João Pereira dos Santos (1773-l857) e de Lourença Ribeiro. Jeremias morreu
em 1842 em combate nas imediações de JDC contra os farroupilhas. C.G (F. Salles).
47
Ou Maria Dolores Padilha da Rocha.
48
. Pais de:
F 1 Ana Rodrigues França, casada com Joaquim Vieira de Alvarenga, fal. em 186 na vila de N.S. da Luz de Curitiba,
Capitania da São Paulo, que em 1812 foi erigida era Comarca de Paranaguá e Curitiba, filho de José Velho Bicudo e
de Escolástica Cordeiro. Teve 7 filhos:
N 1 Maria Vieira de Alvarenga, c. 28,5.188 em Curitiba, c.seu primo -irmão Ignácio Rodrigues França, filho de
José Rodrigues França e de Escolástica Preto Bueno.
F 7 Joana Gonçalves Coutinho, c.c. João Fagundes dos Reis49.
F 8 Inácio
F 9 Francisco Gonçalves Padilha
F 10 Isabel Rodrigues Coutinho

§2

Josefa Rodrigues Gonçalves, casada com Manuel da Rocha Carvalhais. Manuel era natural
da freguesia de Dantas, bispado da cidade do Porto, filho de Antônio da Rocha e de Maria João,
casado com Josefa Rodrigues Coutinho, filha de Manuel Gonçalves de Siqueira e de Paula
Rodrigues França, esta filha do capitão-mor João Rodrigues França e de Maria da Conceição.
Josefa Rodrigues Coutinho faleceu nos Campos Gerais em 23 de setembro de 1739 e ali
inicialmente enterrada; depois seus ossos foram transferidos para a matriz de Curitiba. Manuel
da Rocha Carvalhais faleceu em 3 de fevereiro de 1757 e foi sepultado na capela de Santo
Antônio do Capão Alto da religião do Carmo.
F 1 Bartolomeu da Rocha Carvalhais (8-IX-1717), casou-se em Curitiba no dia 4 de março
de 1749 com Margarida Domingues, filha de João Paes Domingues e Maria do Espírito Santo,
batizada em 11 de agosto de 1731. Bartolomeu faleceu em 15 de agosto de 1785 e Margarida
Domingues faleceu em 28 de julho de 188.
N 1 Rosa do Espírito Santo Coutinho (25-XII-1749, capela de Santa Bárbara). Casou
em 27 de abril de 1767 com Luís Castanho de Araújo, filho de Inácio de Sá Arruda e Antônia de
Almeida Bueno. Rosa faleceu no dia 4 de novembro de 1816 e Luís Castanho de Araújo no dia
30 de agosto de 1830.

N 2 João Vieira de Alvarenga. Descendentes em Júlio de Castilhos, Rio Grande do Sul, onde foi o doador do
terreno para a fundação da capela.
N 3 Valério Vieira de Alvarenga, n. e b. na freg. de Tamanduá, lugar próximo de Palmas, no hoje Estado do
Paraná, casou a 8-IX-1829 na Capela Curada da Povoação de Santa Maria da Boca do Monte da Província do Rio
Grande do Sul, com Joaquina Buena de Jesus, viúva de Domingos José do Nascimento (C.5,68). Possuía campos nas
proximidades do arroio Buracos, que dividiam-se com a antiga Faz.da Reserva, em 1835
N 4 João Batista Vieira de Alvarenga
N 5 Ana Vieira de Alvarenga, c.c. José Soares da Silva.
N 6 Francisca Vieira de Alvarenga
N 7 Joana Vieira de Alvarenga, n. Curitiba, c. 26-III-1824 com Ignácio Henriques, nat. Itapetininga, filho de João
Henriques e de Ana Leme. Descendentes em Santiago do Boqueirão, Rio Grande do Sul.
F 2 Vitória de França Padilha, c.c. Francisco Rodrigues Barbosa, filho de Francisco Rodrigues Coura nasceu em
Portugal e de Lucrécia Leme Rangel. falecido em 1800 em São José dos Pinhais. Pais de:
N 1 Antônio Rodrigues Padilha, nascido em Curitiba. Casou -se com Faustina Maria da Ascenção, filha de Manuel
Antônio Severo e Maria Joaquina de Jesus, em 13/IX/1824 em Alegrete. Foi fazendeiro em Alegrete inicialmente e
posteriormente em São Martinho, Rio Grande do Sul (F. Salles).
49
Joana Gonçalves Coutinho49, nat. de Curitiba, casou com João Fagundes dos Reis, nat. de Paranaguá; pais de:
F 1 Domingos Fagundes dos Reis, nat. de Curitiba, casou em StQ Antônio da Lapa (Paraná) a 4-X-1781, (1C-33)
com Erigida Maria de Castilhos, nat. de Curitiba, filha de João Batista de Castilhos e Joana Rodrigues de Siqueira;
pais de:
N 1 Joaquim Fagundes dos Reis, nat. de Curitiba (matriz de Nossa Senhora da Luz dos Pinhais), 1º casou com
Vicência Pereira de Lima, nat. de Triunfo/ RS, filha de VItorino Luís Antônio e Inácia Pereira de Lima.
Joaquim Fagundes dos Reis casou 2 vez em Santa Maria a 14-II-1830 (1C-94v) com Emília Francisca de Borba,
nat. de Caçapava, filha de Evaristo Francisco de Borba e Felicidade Perpétua do Nascimento.
BN 1 Belquior (24-VII-1768).
BN 2 Felipe Castanho (20-IX-1770). Residente no Sul, onde faleceu.
TN 2 Luís
BN 3 Antônio Castanho (10-IV-1776). Residente no Sul
BN 4 Ana Maria de Araújo (2-VIII-1779). Casou no dia 3 de fevereiro de 1796
com José Rodrigues Pereira, natural da cidade de Beja, filho de Domingos Pereira (ou
Rodrigues) e Maria da Conceição. José faleceu em 30 de junho de 1819 e Ana Maria faleceu em
15 de novembro de 1855.
TN 1 Antônio Rodrigues de Araújo (14-XI-1799). Casou em 1819 com
Maria da Trindade Carneiro, filha de pai incógnito e Ana do Rosário Carneiro (ver título
Francisco Carneiro Lobo)
TN 2 Joaquim José Castanho (9-III-182). Casou em 27 de dezembro de
1830 com Francisca Carneira, filha de João Alves Pereira e Delfina Carneira.
TN 3 Joaquina Maria Rodrigues (26-XII-183). Casou em 10 de fevereiro
de 1822 com Joaquim Antônio, natural de Curitiba, filho de Joaquim Pinto e Maria da Silva.
TN 4 Gertrudes Maria de Araújo (23-III-186). Casou em 3 de novembro
de 1827 com Bento Machado de Campos, filho de Antônio José de Campos Machado e Maria
Buena.
TN 5 Maria da Conceição (9-II-188). Casou em 7 de janeiro de 1825
com Fernando José de Brito, natural da vila de Viana, arcebispado de Braga, filho de Manuel
Antônio de Caldas e Maria Joaquina de Brito
TN 6 Maria.
TN 7 Luísa Maria da Conceição. Casou em 27 de dezembro de 1829 com
Francisco de Paula Machado, filho de Antônio José de Campos Machado e Maria Buena.
TN 8 Jesuína Castanha. Casou em 21 de maio de 1835 com Manuel da
Silva César, natural de São Roque, filho de Calisto Antônio Ferreira e Ana Francisca do Prado.
TN 9 Rosa Maria de Araújo. Casou em 9 de julho de 1834 com Cirino
José Gomes, filho de Maria Joaquina e pai incógnito.
BN 5 Antônia (1-III-1781)
BN 6 João (25-VII-1783)
BN 7 Marcelo Castanho (21-X-1785). Residente no Sul.
BN 8 Joaquim (26-XI-1788)
N 2 Serafim (1-VI-1751, capela de Santa Bárbara do Pitangui).
N 3 Lourenço da Rocha (8-XII-1752, Capão Alto). Ausente para os espanhóis nos
inventários do pai e da mãe.
N 4 Eufrásia (6-I-1754, Capão Alto).
N 5 José da Rocha Carvalhais (29-IV-1757, Capão Alto). Solteiro, teve dois filhos
naturais reconhecidos.
BN 1 Cristóvão da Rocha Carvalhais.
BN 2 José Bernardes da Rocha.
N 6 João (25-XII-1759, capela do Pitangui)
N 7 Joaquim (13-X-1758, Capão Alto).
N 8 Bento da Rocha Carvalhais (mais ou menos em 1760). Casou com Rita Joaquina
de Jesus (6 filhos em 1820)
N 9 Vitoriano (26-VII-1762).
N 10 Maria Flávia da Rocha ou Maria da Rocha Carvalhais (9-IV-1769, Capão
Alto). Casou com Antônio Pereira de Quadros, filho de Antônio de Quadros Bicudo e Antônia
Pereira.
BN 1Ana Antônia, casada com Francisco de Paula Machado.
BN 2 Maria Eugênia (ou Maria Ludgera de Quadros, confirmar), casada com
seu primo Miguel da Rocha Ferreira, filho de Miguel da Rocha Carvalhais.
BN 3 Antônio Pereira de Quadros. Casou com sua prima Fortunata, filha de
Miguel da Rocha Carvalhais.
BN 4 Manuel Bernardo de Quadros ou Manuel Bernardo da Anunciação.
Casou com sua prima Eufrásia, filha de Miguel da Rocha Carvalhais.
N 11 Miguel da Rocha Carvalhais (15-IV-1774, Capão Alto). Casou em 183 com
Helena Maria Ferreira, filha de José Ferreira Pinto e Bárbara Antônia Pedrosa.
BN 1 Miguel da Rocha Ferreira. Casou com sua prima Eugênia de Quadros,
filha Antônio Pereira de Quadros e Maria Flávia da Rocha.
BN 2 Maria Balbina. Casou com Manuel Rodrigues da Silva.
BN 3 Eufrásia da Rocha. Casou com Manuel Bernardo de Quadros (ausente no
Continente em 1830), filho de Antônio Pereira de Quadros e Maria Flávia da Rocha.
BN 4 José da Rocha
BN 5 Fortunata. Casou com seu primo Antônio Pereira de Quadros, filho de
Antônio Pereira de Quadros e Maria Flávia da Rocha
BN 6 Alexandre da Rocha
BN 7 Placidina
BN 8 Antônio
BN 9 Ana
N 12 Metildes. Casou com Manuel Fernandes Jardim, natural de Santos.
BN 1 Ricardo.
BN 2 Francisco
BN 3 Eufrásio
BN 4 Antônio
BN 5 Leocádia
BN 6 Rita
BN 7 Justino
BN 8 Ponciano
F 2 João Coutinho da Rocha (28-IV-1720) casou no Rio de Janeiro com Maria de
Almeida.
N 1 Joaquim Coutinho da Rocha, casado em 183 com Isméria Maria Prestes, filha de
João de Barros Araújo e Júlia Maria Ferreira.
F 3 Maria da Rocha Carvalhais ou Maria Flávia da Rocha (22-VIII-1723), casou 3 de maio
de 1741 com Bento Soares de Oliveira, natural de São Paulo (alguns dizem Minas Gerais), filho
de João Serrano Soares e Maria Nunes de Oliveira. Bento faleceu em 1779
N 1 Helena (16-VII-1742).
N 2 João Soares de Oliveira (10-XI-1743). Mudou-se para Minas Gerais onde casou
com Ana Joaquina.
N 3 Bernarda Soares ou Bernarda de Oliveira (6-III-1744, Capão Alto). Casou com
Antônio Rodrigues Teixeira e Francisco da Costa Mendes.
Filhos do primeiro casamento.
BN 1 Francisco
BN 2 Ana
BN 3 Margarida
BN 4 Maria
BN 5 Francisca
N 4 Manuel Soares de Oliveira ou Manuel Soares da Rocha. Casou no dia 10 de
fevereiro de 186, na matriz de Castro, com Francisca da Silva, natural da vila de Castro, filha de
José Teixeira e de Teresa da Silva de Jesus, sendo a contraente viúva de Manuel Soares Chaves.
Casou em segundas núpcias em 24 de agosto de 1813 com Bernarda Cordeira, filha de José
Cordeiro do Prado e Inácia Ribeiro do Prado. Manuel faleceu em 18 de agosto de 1820.
Filhos do primeiro casamento:
BN 1 Maria Francisca Teixeira (13-VI-187). Casou com Joaquim Alves
Barreto ou Barbosa.
BN 2 Bento (8-IX-188).
N 5 Teresa Soares de Oliveira (6-VIII-1747). Casou em 1770 no Capão Alto com
Diogo Bueno de Almeida, filho de Inácio de Sá Arruda e Antônia de Almeida Bueno. O
inventário de Teresa é de 1782, onde constam os filhos:
BN 1 Francisco
BN 2 Mariano
BN 3 Francisco José
BN 4 Mariana.
BN 5 Maria.
N 6 Salvador Soares de Oliveira (18-X-1753, Capão Alto). Casou com Teresa de
Almeida.
BN 1 Inácio. Ausente para o sul.
BN 2 José
BN 3 Inocêncio
BN 4 Antônio
BN 5 Antônia
BN 6 Francisco
N 7 Josefa (22-V-1757, Capão Alto).
N 8 Rosa Rodrigues (ou Coutinho ou Serrana da Rocha) (10-IX-1758, Capão Alto).
Casou com João Domingos Maciel ou João Paes Domingues, filho de João Paes Domingues e
Maria do Espírito Santo.
BN 1 Maria.
BN 2 Antônia.
BN 3 Catarina.
BN 4 Maria.
BN 5 Ana.
BN 6 João
BN 7 Benedita
BN 8 Inácia
N 9 Antônia Soares de Oliveira (3-VIII-1755). Casou com Felipe Fogaça de
Almeida.
BN 1 Maria Francisca de Jesus, casada com Hipólito Alves Teixeira.
N 10 Joaquim Soares de Oliveira (14-XII-1760, Capão Alto). Casou com Francisca
Lopes ou Francisca de Almeida. Faleceu em fevereiro de 1790.
BN 1 Luzia
N 11 Felizarda Soares (26-VII-1762, Capão Alto). Casou com Antônio Castanho
Paes, filho de Inácio de Sá Arruda e Antônia de Almeida.
BN 1 Quintiliano
BN 2 Francisco
BN 3 Bernardo Castanho da Rocha. Casou em Castro em 2 de maio de 1811
com Maria Eufrásia e se mudaram para o Rio Grande do Sul
N 12 Francisco Soares. Casou no continente do Sul.
F 4 Paula Rodrigues França ou Paula Rodrigues da Rocha (7-IX-1726, a confirmar, está
danificado), casou em Curitiba no dia 1º de setembro de 1745 com Antônio Martins Lisboa,
filho de José Nicolau Lisboa e Antônia de Lemes. Paula faleceu em 17 de junho de 1769.
Moravam no bairro do Palmital.
N 1 José Martins Lisboa. Faleceu solteiro, parece que teve filhos naturais.
N 2 Josefa Martins dos Santos Coutinho, casada em 13 de julho de 1773 com João
da Silva Leite, de Sorocaba, filho de João Cardoso Leite e Maria da Silva.
N 3 Gertrudes Maria de Jesus ou Gertrudes Maria da Silva, casada em 12 de agosto
de 1772 com Manuel de Oliveira Assunção.
N 4 Isabel de França. Faleceu solteira.
N 5 Maria de Jesus. Faleceu solteira.
F 5 Lourenço da Rocha Carvalhais (25-II-1730).
F 6 Quitéria Rodrigues da Rocha (1-II-1733). Quitéria Rodrigues da Rocha casou-se em 2
de novembro de 1752 com o capitão Francisco Carneiro Lobo, filho do capitão Gabriel Carneiro
Lobo e de sua mulher Ana Pires, naturais de Santa Maria do Douro-Viana-Braga, com quem
teve os filhos, todos batizados no Capão Alto.
N 1 Gabriel (23-X-1753, batizado na fazenda dos religiosos de Nossa Senhora do
Carmo dos Campos Gerais, que deve ter falecido criança).
N 2 Luciano Carneiro Lobo (27-X-1757). Ver o título Francisco Carneiro Lobo,
onde estão casamentos e filhos.
N 3 Francisco Carneiro Lobo Filho (25-XII-1759, Capão Alto). Casou em 3 de maio
de 1797 com Ana de Sá, filha de Inácio de Sá Arruda e Antônia de Almeida. Francisco faleceu
em 1º de março de 1797 e o casal não teve filhos. Ana de Sá Buena faleceu no dia 16 de agosto
de 1836.
N 4 Mariana Vilinda (ou Berlinda) Carneiro (3-II-1762, Capão Alto). Casou com
Francisco Antônio de Meneses, de quem divorciou-se, não tendo filhos.
F 7 José da Rocha (8-VII-1737).

Foram proprietários de fazenda de gado nos Campos Gerais tendo ele falecido em 175750.

50
§ 1 Maria da Rocha, casada com Bento Soares de Oliveira, natural de Minas Gerais, casou em 1741 com Maria da
Rocha Carvalhais, filha de Josefa Rodrigues de França e Manoel da Rocha Carvalhais, natural de Portugal. Por parte
materna Marta da Rocha Carvalhais é neta de Paula Rodrigues de França e Manoel Gonçalves de Siqueira, natural da
ilha de São Sebastião, ela filha do capitão-mor João Rodrigues de França. Seu inventário data de 1810 e nele
constam os seguintes filhos:
F 1 João Soares, falecido, casado em Minas Gerais com Ana. Tem um filho.
F 2 Bernarda Soares, casada com Francisco Mendes da Costa.
F 3 Teresa, casada com Diogo Bueno de Almeida.
Em 1780 Diogo tem 38 anos e reside em Castro com sua mulher Tereza de Oliveira, de 33 anos, e os filhos:
N 1 Francisco, 7anos;
N 2 Mariano, de 5 anos e;
N 3 Francisco, de 10 meses.
Em 1789 Diogo Bueno de Almeida, de 43 anos esta casado com Inácia Maria (2ª esposa), contando com os filhos:
§3

Catarina de Melo Coutinho, casada com Brás Domingues Veloso

§4

Francisco, de 15 anos, Mariana, de 14 anos, Francisco José, de 11 anos, Mariana, de 10 anos e Maria de 8 anos, que,
pelas idades, são filhos da primeira esposa.
O inventario de Diogo Bueno, de 1822, esta quase ilegível. A inventariante e a mulher, Inácia de Quadros.
F 4 Manoel Soares Oliveira, com 60 anos.
F 5 Salvador Soares, casado com Rita de Oliveira, com 58 anos.
F 6 Antonia Soares, falecida, com filhos.
F 7 Felizarda Soares, casada com Antônio Castanho 50. Em 1789 está casada com Antônio Castanho e Maria Flávia
da Rocha Carvalhais casou com Antônio Pereira de Quadros filho do casal Antônio de Quadros Bicudo e Antonia
Pereira, origem dos Quadros dos Campos Gerais de Curitiba e do Planalto Médio do Rio Grande do Sul. Seu
inventário data de 1822, onde constam os seguintes filhos:
N 1 Ana Antonia, casada com o capitão Francisco de Paula Machado.
N 2 Maria Eugênia, casada com Miguel da Rocha Ferreira.
N 3 Antônio, solteiro, de 16 anos.
N 4 Manoel Bernardo, solteiro, de 15 anos. Ou Bernardo Castanho da Rocha. Antônio Castanho e Felizarda Soares
tiveram Bernardo Castanho da Rocha que vai se destacar no povoamento e governança das vilas que se forma no
Planalto Médio do Rio Grande do Sul. Bernardo casou em Castro, a 2 de maio de 1811, com Maria Eufrásia, com
quem vai casado para o Rio Grande do Sul.
F 8 Rosa Soares, casada com João Pais Domingues.
F 9 Francisco Soares, casado no Continente do Sul.
F 10 Joaquim Soares, falecido, casado com Francisca Lopes. Tem uma filha.
§ 2 Quitéria Rodrigues da Rocha, casada com Francisco Carneiro Lobo, natural de Viana do Castelo (Portugal), o
capitão Francisco Carneiro Lobo50 estabeleceu-se nos Campos Gerais, na povoação de Iapó, ao casar em 1752 com
Quitéria Maria da Rocha, nascida em 1733.
O capitão Francisco Carneiro Lobo faleceu a 16 de abril de 1795, com 70 anos. Seu inventário data de 1795, onde
ficou registrada a sua descendência. Do seu primeiro casamento, com Quitéria Rodrigues da Rocha, teve:
F 1 Luciano Carneiro Lobo, casado em 1795 com Francisca de Sá, filha de Inácio de Sá Arruda e Antônia de
Almeida.
F 2 Francisco Carneira Lobo (filho), solteiro em 1795, casado com Ana de Sá, filha de Inácio de Sá Arruda e
Antônia de Almeida, irmã da anterior.
F 3 Francisca Velinda Carneiro, casada com Francisco Antônio de Menezes.
Do seu segundo casamento, com Maria de Jesus Vasconcelos, teve:
F 4 Francisca de Paula Carneiro, com 22 anos, solteira em 1795.
F 5 Ana do Rosário, solteira, com 20 anos.
Dos seus filhos naturais foram incluídos no inventário:
F 6 Joaquim Carneiro Lobo, casado, com 43 anos.
F 7 Quitéria, com 30 anos, casada com José Raimundo Serrano 50.
F 8 Domingas, de 23 anos, foi excluída do inventário.
§ 3 Bartolomeu da Rocha Carvalhais, casado em 1741 com Margarida Domingues.
Eram moradores do distrito de Castro, nos Campos Gerais, na segunda metade do século XVIII. Foram proprietários
de fazenda de gado nos Campos Gerais tendo ele falecido em 1757. Seus 10 filhos:
F 1 Rosa do Espírito Santo da Rocha (ou Coitinho), casada com Luiz Castanho de Araújo 50,
Em 1816 Luís Castanho de Araújo tem anos e faleceu Rosa com 66 anos. Ele foi inventariado em 1830 e constam
como herdeiros:
N 1 Ana Maria, viúva, foi inventariante
N 2 Antônio Castanho, casado, reside no Sul
N 3 Felipe Castanho, falecido, com o filho Luís, residente no Sul
N 4 Marcelo Castanho, residente no Sul.
§ 4 Catarina de Melo Coutinho,
§ 5 Ana Gonçalves Coutinho,
§ 6 Maria,
§ 7 João,
§ 8 Francisco Gonçalves Siqueira,
§ 9 Manoel Ferreira de Sousa, e,
§ 10 Helena Rodrigues Coutinho (R. Roderjan).
Ana Gonçalves Coutinho, casada com Pedro de Siqueira Cortes

§5

Maria

§6

João

§7

Francisco Gonçalves Siqueira

§8

Manuel Ferreira de Souza.

§9

Helena Rodrigues Coutinho, casada com Manuel Rodrigues da Mota


F 1 Manuel Rodrigues da Mota (15-X-1720)
F 2 Antônio da Mota dos Santos (6-VIII-1722).
F 3 Maria Rodrigues Pinta (1-X-1724), casada em primeiras núpcias em 26 de novembro
de 1739 com Manuel Ferreira de Souza, filho de Marcos Ferreira de Souza e Serafina Marinha e
em segundas no dia 29 de maio de 1751com Antônio José de Oliveira Rosa, natural de Vila
Viçosa, bispado de Elvas, filho de José de Oliveira e Vicência de Assunção.
Teve do primeiro matrimônio
N 1 Maria Rodrigues Ferreira (6-X-1740, Tamanduá), casada em 26 de maio de
1758 com Lourenço Álvares da Silva, natural da freguesia de Santa Maria de Gulpiares, filho de
Lourenço Álvares e Ana de Sá. Teve os filhos:
BN 1 Manuel Ferreira de Souza, casado em 18 de janeiro de 1776 com Luzia
Pires do Prado, filha de João Pires Santiago e Ana Maria do Prado.
BN 2 Bernardina Pereira de Jesus, casada com Marcelo Antunes Maciel, filho
de Francisco Antunes Maciel e Teresa de Jesus.
BN 3 Antônio Ferreira Pinto, batizado em 23 de maio de 1762, casado em 21
de junho de 1813 com Francisca Maria de Santa Úrsula, filha de Aleixo Rodrigues da Mota e
Maximiana Maria de Jesus.
Maria Ferreira (6-VI-1814), casou com Joaquim Manuel de Oliveira Ribas, filho de
Joaquim Mariano Ribeiro Ribas e Rita Maria Bueno, em 24 de abril de 1827; Carlota (12-VIII-
1816).
BN 4 Joaquim Ferreira Pinto, batizado em 26 de novembro de 1774, casado em
22 de setembro de 1798 com Maria Rosa dos Santos, filha de Manuel dos Santos e de Maria dos
Passos.
TN 1 Manuel Ferreira dos Santos (19-III-1800) casado com Balbina
Maria de Siqueira, filha de Bento de Siqueira Cortes e de Ana Maria de Jesus, em 10 de janeiro
de 1821.
TN 2 Joaquina Ferreira dos Santos, casada em 15 de junho de 1823 com
Joaquim Gabriel de Souza, filho de Benedito Mendes Sampaio.
TN 3 Antônio Ferreira dos Santos (nascido mais ou menos em 1812)
casou-se com Margarida Antunes, filha de Jeremias José Pinto e Alexandrina Maria de Oliveira
em 5 de fevereiro de 1842.
TN 4 José Ferreira dos Santos (nascido mais ou menos em 1813) casou-
se com Núncia Maria da Rocha, filha de Teodoro da Rocha Ribeiro e de Gertrudes Maria de
Oliveira.
TN 5 Sância Ferreira (25-IX-1814), casada com Francisco Teixeira de
Freitas, filho de Antônio Teixeira de Freitas e de Maria Teresa do Espírito Santo (filha de
Manuel José Teixeira).
TN 6 Maria (14-I-1819); Maria Angélica dos Santos, casada em 2 de
fevereiro de 1819 com Caetano Antônio Teixeira, filho de José Rodrigues do Couto e Maria
Teixeira.
TN 7 Ana Ferreira dos Santos, casada em 3 de janeiro de 1823 com
Jerônimo José Caldas, viúvo de Ana Quadros de Oliveira.
TN 8 Maria Clara, casada em 21 de novembro de 1819 com José
Custódio Guimarães, filho do alferes João da Silva Guimarães e Custódia Maria.
TN 9 Maximiliana Ferreira de Sá (31-V-1820), casou-se em 24 de junho
de 1834 com José de Siqueira, filho de Bento de Siqueira Cortes e Ana Maria de Jesus.
TN 10 Maria (2-VI-1822). Uma das Marias, Maria Joaquina, casou com
João de Dias Batista, e outra, Maria dos Passos, casou com José Antônio de Souza, filho de José
Antônio de Souza e Gertrudes Maria (filha de Benedito Mendes Sampaio) em 12 de março de
1840 e em segundas núpcias com José Cardoso Pases, viúvo de Umbelina de Paula, em 18 de
dezembro de 1849.
TN 11 Gêmeos Manuel e Maria faleceram em 21 de agosto de 1816.
BN 5 Quitéria Maria de Jesus, batizada em 7 de julho de 1766, casada com
João Batista Vieira.
BN 6 Ana, batizada em 19 de março de 1770.
BN 7 Ana Ferreira de Jesus, batizada em 24 de fevereiro de 1772, casada com
Inácio de Lima Pereira.
BN 8 Maria, batizada em 14 de janeiro de 1769.
N 2 Antônio Ferreira de Souza, batizado em 22 de setembro de 1743.
N 3 José Ferreira Pinto, batizado em 10 de janeiro de 1745, casado em 7 de janeiro de
1765 com Bárbara Antônia Pedrosa, filha de Domingos Antônio Duarte (natural de Santiago de
Lustosa, arcebispado de Braga) e Francisca Pedrosa, neta paterna de Frutuoso Antônio e Maria
Luís Duarte e materna de Felipe Leme de Siqueira e Sebastiana Pedroso de Lima
BN 1 Francisca, casada com Joaquim Paes, falecida antes do pai.
TN 1 Joaquim
TN 2 Manuel
BN 2 Domingos Ferreira Pinto, batizado na capela de Nossa Senhora da
Conceição do Tamanduá no dia 10 de dezembro de 1769, casado em 18 de fevereiro de 1814
com Ana Joaquina de Oliveira, filha de José Antônio de Oliveira e Quitéria Ângela Maria.
Faleceu em 30 de abril de 1843.
TN 1 Maria (9-IV-1815)
TN 2 Ana Maria Ferreira, casada com Antônio Bueno.
TN 3 Domingos Ferreira Pinto (5-X-1820), o Barão de Guaraúna, casado
com sua prima Maria Ambrósia da Rocha Ferreira, filha de Teodoro da Rocha Ribeiro e
Gertrudes de Oliveira, com quem não teve filhos. Teve com Ana Flora de Araújo, moradora em
Palmeira, duas filhas naturais, reconhecidas.
QN 1 Nardina Ferreira, batizada em Palmeira no dia 28 de agosto
de 1845, casou no dia 16 de agosto de 1857, na igreja de Nossa Senhora Sant’Ana da Ponta
Grossa, com Francisco Teixeira Alves, natural de Passo Fundo, filho de Manuel Teixeira Alves e
de Francisca Alves. Faleceu em 28 de agosto de 1890.
PN 1 Procópio Teixeira Alves, nascido em Passo Fundo
aproximadamente em 1858, que casou com Maria Alves do Belém.
PN 2 Manuel Teixeira Diniz, nascido em Passo Fundo
aproximadamente em 1860, casou com Zelinda Teixeira d’Almeida.
PN 3 Filomena Teixeira (ou Ferreira d’Almeida), nascida
aproximadamente em 1863, que casou em Ponta Grossa em 26 de julho de 1879 com Bonifácio
d’Almeida e Silva (25-XII-1854, Ponta Grossa, com 9 meses), filho de Atanagildo José de
Almeida e de Francisca da Silva Leiria, estando dito que os nubentes eram naturais da paróquia
de Ponta Grossa;
PN 4 Bernardina de Paula Teixeira, nascida
aproximadamente em 1865, natural de Passo Fundo, casou em Ponta Grossa no dia 25 de julho
de 1880 com Ricardo Dias Batista, natural de Ponta Grossa, filho natural de Maria da Glória.
PN 5 Pedro Teixeira Alves (ou de Paula Teixeira), nascido
aproximadamente em 1867, natural de Passo Fundo, casou em Ponta Grossa no dia 14 de abril
de 1889 com Maria de Jesus Ribas, viúva do finado Augusto de Almeida Taques, filha do major
Dúlcio Mariano Ribas e de dona Francisca de Macedo Ribas.
PN 6 Domingos de Paula Teixeira, nascido aproximadamente
em 1869;
PN 7 Cândida de Paula Teixeira, nascida aproximadamente
em 1871, casou em Ponta Grossa no dia 25 de março de 1891, freguesa da Palmeira, com
Laurindo Dias Batista (ou Ribeiro), filho natural de Maria da Glória.
PN 8 José, nascido em Ponta Grossa no dia 18 de setembro
de 1874, batizado em 8 de dezembro de 1874, que faleceu antes da mãe.
PN 9 Hortêncio Teixeira Alves, nascido em Ponta Grossa no
dia 1º de março de 1877 e batizado em 2 de abril de 1877, casou com Bernardina Teixeira
Bueno.
QN 2 Sinhorinha Ferreira, casada com Jesuíno Pereira de
Camargo.
PN 1 Esídio, batizado em 7 de janeiro de 1865 com 4 meses.
PN 2 Pedro, batizado em 30 de dezembro de 1865 com 15
dias.
PN 3 Laurindo, batizado em 6 de janeiro de 1868 com um
mês.
PN 4 Anardina, batizada em 21 de janeiro de 1870 e nascida
em 5 de dezembro de 1869.
TN 4 José Ferreira Pinto
TN 5 Manuel Ferreira Pinto
TN 6 Joaquim Ferreira Pinto
TN 7Antônio Ferreira Pinto
BN 2 Maria (28-I-1771)
BN 3 Antônio Ferreira da Luz (16-I-1774), casado em 16 de novembro de
1797 com Margarida da Luz, filha natural de José Pedroso de Morais.
BN 4 Teodora (26-VII-1777)
BN 5 Helena, (mais ou menos em 1779) casada com Miguel da Rocha
Carvalhais.
BN 6 José (30-XII-1781).
BN 7 Manuel (12-IV-1784).
BN 8 Francisco (mais ou menos em 1786).
BN 9 Matilde (mais ou menos em 1788).
N 4 Helena Rodrigues Coutinho, batizada em 20 de setembro de 1749, casada com
Eusébio
Teve do segundo casamento
N 5 Margarida Rodrigues de Oliveira, batizada em 30 de março de 1752; casou no
dia 1º de junho de 1768 com Marcos Antônio de Moura, natural da vila de Penajóia, bispado de
Miranda, filho de Domingos Martins Linha, natural da vila de Megadouro, e de Maria de Moura
BN 1 Silvério Antônio de Oliveira, casado em 9 de julho de 1795 com Antônia
Maria de Jesus, filha de Manuel de Lima Pereira e Ana Maria de Jesus.
BN 2 Maria Antônia, casada em 21 de outubro de 1795 com Inácio dos Santos
Belém, filho de Antônio dos Santos Belém e Francisca Diniz Pinheiro.
N 6 Aleixo Rodrigues da Mota, batizado em 20 de agosto de 1754; casou com
Maximiana Maria de Jesus.
BN 1 Isabel, com seis meses em 1776, que morreu criança.
BN 2 Antônio, com 5 anos em 1782, que faleceu solteiro no dia 1º de maio de
1813.
BN 3 Manuel Rodrigues da Mota (26-VI-1780), casou com Ana Joaquina.
BN 4 José Rodrigues da Mota (24-VI-1782) faleceu em 25 de janeiro de 1783.
BN 5 Maria Rodrigues da Mota (8-XII-1784) , morreu sufocada por garrotilho
em 2 de dezembro de 1795, com 11 anos, e foi sepultada no Tamanduá.
BN 6 Maria Rodrigues da Mota (6-VIII-1786) casou em 16 de outubro de 181
com João Mendes de Araújo, filho de Francisco dos Santos Belém e Micaela Arcângela de
Anunciação.
BN 7 José Rodrigues da Mota (24-VI-1788), deve ter morrido solteiro.
BN 8 João Rodrigues da Mota (17-VII-1790), deve ter morrido solteiro.
BN 9 Maria Rodrigues da Mota (20-IX-1792), morreu solteira.
BN 10 Francisca Maria de Santa Úrsula (8-IX-1794), casou com Antônio
Ferreira Pinto em 22 de junho de 1813 e enviuvou em 11 de janeiro de 1816, casou em segundas
núpcias no dia 16 de novembro de 1819 com João Evangelista Ribas, filho de Joaquim Mariano
Ribeiro Ribas e Maria Rita de Oliveira Buena.
BN 11 Ana Josefa de Oliveira (25-XII-1796), casada com Joaquim Delrio
Cardenas (em alguns documentos Cardoso ou Caldeira), natural de Paranaguá.
BN 12 Rita Maria Antonina ou Antônia (1-VI-1800), casou-se com Miguel
José da Silva e foi morar em Morretes.
BN 13 Manuel (10-VIII-182).
F 4 Feliciana do Espírito Santo (27-V-1728).
F 5 Manuel (6-V-1731).
F 6 José (3-I-1734).
F 7 Inês Rodrigues da Mota (30-I-1736).
F 8 Isabel Rodrigues da Mota (8-III-1738, Tamanduá).
F 9 Maria (24-VIII-1740, Tamanduá).
F 10 Joana Rodrigues da Mota (11-IX-1741,Tamanduá).
F 11 Joaquim Rodrigues da Mota (7-XII-1745, Tamanduá).

Cap. 12
Ana Rodrigues de França, casada com Antônio Luís Tigre51, sem descendência.
Fim do primeiro título.

Titulo 2.
Joana Rodrigues França. Foi segunda mulher de José Pinheiro Machado, ele nasceu em
Matozinhos, filho de Sebastião Machado e Francisca Pinheira. Veio para a vila de Santos e foi
casado em primeiras núpcias com Maria Pinta e em segundas núpcias com Joana Rodrigues
França. Pais de 5 filhos:
Cap. 1 Maria Pinheira
Cap. 2 Padre José Pinheiro Machado;
Cap. 3 Isabel Pinheira;
Cap. 4 Ana Pinheira, natural de Santos;
Cap. 5 Padre Inácio Pinheiro.

Cap. 1

51
Doou suas terras as filhas de suas irmãs. O capitão Antônio Luís Tigre nomeou sua herdeira universal à Nossa
Senhora da Conceição do Tamanduá.
Natural de Parnaíba, em São Paulo. Segundo Ermelino de Leão, era filho de Antonio da Mota Maris e de Maria de
Piña e assim neta, pelo lado paterno, de Matheus Luiz Grou (sesmeiro no Juruqui-Miri Ne
que foi morador em Paranaguá) e de sua mulher Isabel de Piña Cortes. Esta seria irmã de Isabel Antunes, casada
com Baltazar Carrasco dos Reis (v. 1, p. 93). Casou-se com Ana Rodrigues de França, filha do Capitão-Mor de
Paranaguá, João Rodrigues França. Capitão de Ordenanças. Camarista em 1700 e 172. Em 24 de janeiro de 1726 deu
à sua sobrinha Ana de Mello Coitinho, natural de Paranaguá, filha de Francisco de Mello Coitinho e de Isabel Luiz
Tigre, a sesmaria do Rio Verde e moradas de casas em Curitiba, e à sobrinha Catarina Gonçalves Coitinho, uma
sesmaria no Rodeio e Campo Largo. Instituiu em 1727, a Capela do Tamanduá. Faleceu a 30 de dezembro de 1738,
já viúvo de Ana de França (R. Roderjan).
Maria Pinheira, casada com o sargento-mor (depois tenente-general) Manuel Gonçalves de
Aguiar, natural de São João da Foz da Barra do Porto, Portugal, onde deve ter nascido entre
1661 e 1662, quando pediu a aposentadoria, obtida em 1732, disse estar com setenta anos. Era
filho de Pedro Gonçalves da Cunha e de Maria de Aguiar. Sem descendência.

Cap. 2

Padre José Pinheiro Machado. De 1714 a 1717 foi vigário de Curitiba

Cap. 3

Isabel Pinheira, casada com o capitão Manuel Dias da Costa. Manuel possuía fazenda no
lugar denominado Lapa, nos Campos Gerais e seu inventário foi realizado na vara de órfãos de
Curitiba em 1729; era tutor dos seus filhos Antônio Gonçalves Ribas, sobrinho de Manuel
Gonçalves de Aguiar.
F 1 Frei Manuel, religioso de Nossa Senhora do Carmo.
F 2 Frei João, religioso de Nossa Senhora do Carmo.
F 3 Maria Teresa de Jesus (foi madrinha de Ana Maria das Neves, estando dito que era
filha do defunto Manuel Dias da Costa)

Cap. 4

Ana Pinheira, natural de Santos, casada com Manuel Gomes Calheiros, das partes de
Portugal, primo irmão do sargento-mor Manuel Gonçalves de Aguiar. Pais de:
Maria Gomes Pinheira, batizada em casa por necessidade em Santos no dia 6 de julho de
1710, casada em Santos no dia 18 de outubro de 1746 com o ouvidor Gaspar da Rocha Pereira,
natural da freguesia de São Miguel de Cristelo e São Pedro Fins da Parada, conselho de Coura,
comarca de Valença do Minho, arcebispado de Braga, filho de Gaspar da Rocha Pereira e de
Paula Maria Fernandes da Costa, juiz de fora de Santos em 1739 e ouvidor de Paranaguá de
1741 a 1743. Foi a primeira administradora do vínculo de Nossa Senhora das Neves. Teve os
filhos, qd:
§1 – Ana Maria das Neves, natural da cidade de Santos
§2 – José Joaquim da Rocha Pereira, padre.

§1
Ana Maria das Neves, natural da cidade de Santos, batizada na capela das Neves no dia 6
de agosto de 1747. Casada em 5 de agosto de 1763 na capela das Neves com Francisco Cardoso
de Meneses e Souza, natural da freguesia de São Cosme e São Damião, da comarca e bispado de
Lamego, filho de Luís Cardoso de Meneses e Souza e de Maria Francisca da Silva, falecido em
20 de dezembro de 1799. Teve os filhos:
F 1 José Francisco Cardoso de Meneses, nascido em Santos mais ou menos em 1765,
casado em Paranaguá mais ou menos em 1796 com Maria Joana Branco e Silva, natural da
cidade de Faro, filha do ouvidor de Paranaguá doutor Manuel Lopes Branco e Silva 52 e de sua
primeira mulher Bibiana Perpétua Branco e Silva. Faleceu em 26 de maio de 1830. Teve os
filhos:
N 1 Maria José Branca de Meneses, batizada no Tamanduá em 16 de julho de 1797
(deve ser dona Maria Bendita Cardoso de Meneses, que em seu testamento declarou dever a seu
irmão Tristão Cardoso de Meneses a quantia de 1:911$000, e cujo pagamento estava a cargo do
Seminário Episcopal de São Paulo; provavelmente era religiosa).
N 2 Tristão Cardoso de Meneses Souza, batizado no Tamanduá em 16 de julho de
1798, casado com sua prima e meia tia Maria Jacinta de Meneses. Faleceu em 7 de fevereiro de
1861 na fazenda da Boiada, onde foi sepultado. Teve os filhos:
BN 1 Maria Joaquina Branco, batizada em 20 de julho de 1823, primeira
esposa de Veríssimo Inácio de Araújo Marcondes, filho de Domingos Inácio de Araújo e Josefa
Joaquina Pinheiro de França, desconhecemos descendência.
BN 2 Francisca, batizada em 24 de julho de 1824, falecida antes do pai.
BN 3 Maria Caetana de Meneses, nascida mais ou menos em 1825, casada em
Ponta Grossa em 18 de agosto de 1858 com Joaquim Pupo Ferreira, filho de Antônio Pupo
Ferreira e Rita Maria do Nascimento. Teve os filhos:
TN 1 João Crisóstomo Pupo Ferreira, casado com Maria de Jesus
Marcondes Ferreira, filha de José Prudêncio Marcondes e Cândida Joaquina Marcondes.
TN 2 Procópio, batizado em Ponta Grossa em 29 de janeiro de 1864.
BN 4 Cândido, nascido mais ou menos em 1827, falecido criança.
BN 5 Maria Cândida de Meneses, batizada em 22 de junho de 1833 na fazenda
do Capão d’Anta, demente.
BN 6 Gabriela Cardoso de Meneses, demente, nascida aproximadamente em
1837 em Santos; faleceu em 1877.
BN 7 Tristão Cardoso de Meneses, nascido aproximadamente em 1840 em
Santos, advogado formado pela academia de São Paulo; casado com Úrsula Santos Cardoso de
Meneses. Teve, que sabemos, o filho:

52
Desse ramo devem descender a família em Cima da Serra de Viamão e da fronteira, estas entrelaçadas aos
Domingues e Domingues e Silva.
TN 1 José Cardoso de Meneses, nascido em 1886.
BN 8 Joaquim Elias Cardoso de Meneses, nascido aproximadamente em 1843
em Santos, falecido solteiro em 1869.
BN 9 Manuel Anselmo Cardoso de Meneses, nascido aproximadamente em
1749 em Santos, falecido solteiro em 10 de outubro de 1870.
BN 10 Maria Flora de Meneses, nascida aproximadamente em 1852 em
Santos, casada com Henrique Pupo Ferreira (supomos filho do cap. Joaquim Pupo Ferreira e de
Ana Maria França, naturais de Xiririca-?-). Faleceu em 1875. Teve os filhos:
TN 1 Domingos Pupo de Meneses, batizado em Ponta Grossa em 8 de
setembro de 1873, casado com Serafina Barbosa de Meneses.
TN 2 Henrique Pupo de Meneses.
N 3 José Cardoso de Meneses e Silva, batizado no Tamanduá em 16 de julho de
1800; deve ter falecido criança.
F 2 Maria Lúcia de Meneses, casada com o doutor Manuel Lopes Branco e Silva, natural
de Alcácer do Sal, comarca de Setúbal, arcebispado de Évora, filho de José da Costa e de
Cristina Maria Jorge, casado em primeiras núpcias com Bibiana Perpétua Branco da Silva. Foi
nomeado ouvidor de Paranaguá por provisão régia de 12 de outubro de 1789 e tomou posse no
dia 9 de outubro de 1790. Maria Lúcia faleceu em 26 de novembro de 1828 e foi sepultada na
capela do Tamanduá. Teve os filhos:
N 1 Manuel Joaquim Branco e Silva.
N 2 José.
N 3 Joaquim Mateus Branco e Silva, casado em Palmeira, Paraná, com Maria das
Dores de Araújo, filha de Domingos Inácio de Araújo e Joaquina Josefa Pinheiro de França.
Teve os filhos:
BN 1 Josefina Branco, casada em primeiras núpcias com Pedro Prestes da
Silva e em segundas com José Gonçalves Pimenta.
BN 2 Maria Dias Dores Branco, casada com Maximiliano de Campos.
BN 3.- Domingos Mateus Branco, casado com Maria de Jesus Branco.
BN 4 Rafael Lopes Branco, casado com Maria Augusta Marcondes.
BN 5 Cândida Joaquina Branco, casada em 8 de dezembro de 1851 com José
Prudêncio Marcondes (1-II-II-VIII-III-IV-11).
BN 6 Frederico Lopes Branco, casado com Maria Barbosa Branco.
BN 7 Eugênio Lopes Branco, casado com Alzira Saldanha Branco.
BN 8 Adelaide Branco.
BN 9 Messias Branco, casada com Inácio Teixeira.
BN 10-Zelinda Branco, casada com Antônio Madureira Branco.
BN 11 David Lopes Branco, casada com Inácio dos Santos Lima.
BN 12 Joaquim Lopes Branco, casado em primeiras núpcias com Julieta
Saldanha e em segundas com Olímpia Flieger.
BN 13 José Branco, solteiro.
BN 14 Joaquina Branco, casada com João Amaral.
BN 15 Maria Jacinta de Araújo Branco, casada com Gervásio Gonçalves de
Vilhena Braga.
BN 16 Gertrudes de Araújo Branco.
BN 17 Gabriel Lopes Branco, casado com Matilde de Araújo Branco.
N 4 Ana Maria Branco e Silva, batizada em 12 de abril de 1800, casada com João
Carlos Kolfers Diffenbach.
BN 1 Maria do Carmo, casada com José Joaquim Correia de Melo (2a esposa
dele).
TN 1 Gaudêncio José de Melo.
TN 2 Galdina Antônia de Melo, casada com José Ferreira de Almeida.
BN 2 Maria dos Prazeres, casada com Anacleto Pereira Bueno53.
TN 1 Edmundo Pereira Bueno ou Branco
TN 2 Anacleto Pereira Bueno ou Branco
TN 3 Alzira Maria Branco Pupo, casada com Tibúrcio Pupo Ferreira.
N 5 Maria, nascida em 16 de novembro de 182, batizada no dia 26 de dezembro de
182 no oratório da fazenda Boa Vista nova, faleceu em 6 de junho de 186, de sarampo.
N 6 Maria, batizada em 4 de maio de 186 na capela da fazenda do Limoeiro e
falecida em 187.
N 7 Maria Jacinta de Meneses, batizada em 5 de novembro de 187 no oratório da
fazenda da Boa Vista. Casou-se com seu primo e meio sobrinho Tristão Cardoso de Meneses,
ver aí a descendência. Faleceu em 1865.
N 8 João, nascido em 21 de janeiro de 189, falecido pequeno.
F 3 Padre José Gaspar da Rocha Cardoso de Meneses, natural e batizado na cidade de
Santos em 25 de março de 1768 na capela de Nossa Senhora das Neves. Faleceu em 12 de março
de 1829 e após sua morte um mulato chamado José Maria do Nascimento quis parte da herança,
e como o padre não declarara por papel de mão ou testamento, os irmãos do falecido deram a ele
somente a quantia de 200$000.
F 4 Ajudante Francisco Cardoso de Meneses Souza.
F 5 Padre Joaquim Maria Cardoso, morador em freguesia de São Fim (?) do arcebispado
de Braga, depois reverendo abade.
F 6 Ana Maria de Meneses Souza.

53
Tropeiro - Felisbino Gonçalves Pereira Bueno Nasceu em Castro, em 1836, no Bairro do Tronco. Em 1892
comprou 500 bestas para vender em Sorocaba. Nesta atividade de tropeiro era ajudado pelos seus filhos, sócios dos
negócios e aprendizes dos seus princípios de honestidade e trabalho (Museu do Tropeiro, Castro).
F 7 Padre Luiz Cardoso de Meneses Souza.
F 8 Mariana de Meneses.
F 9 João Evangelista. Deve ser o futuro o padre João Cardoso de Meneses Souza.

§2

José Joaquim da Rocha Pereira, padre e coroinha, nascido em São João Del Rei. Após sua
morte houve processo de paternidade apresentado por Gertrudes Maria do Espírito Santo para
sua filha Ana Maria Rocha. Gertrudes era filha de Manuel Borges de Sampaio, natural da
freguesia de São João de Chaves, arcebispado de Braga e de Margarida Gonçalves, natural da
vila de Curitiba
F 1 Ana Maria da Rocha, batizada em 30 de maio de 1780 em Curitiba, casou-se no dia 8
de janeiro de 1793 com o tenente Domingos Machado Pereira, seu parente, filho de Domingos
Machado Pereira (1-II-2.2) e de Francisca Xavier Pimentel, que foi dono das fazendas dos
Porcos de Baixo, Cajuru e Bacacheri.
N 1 Maria, batizada em 17 de outubro de 1793, falecida em 22 de janeiro de 1794.
N 2 Domingos Floriano Machado, batizado em 25 de setembro de 1795; faleceu
solteiro, mas tinha filhos naturais não reconhecidos
BN 1 Laurinda Maria da Rocha.
N 3 José, batizado em 5 de novembro de 1796.
N 4 Maria Eufrásia do Nascimento, batizada em 26 de setembro de 1798.
N 5 Lodovina (ou Ludobina) Maria, batizada em 10 de agosto de 1800. Casou em 4
de novembro de 1822 com Joaquim de Maia.
N 6 Fortunato, batizado em 9 de julho de 183 e falecido em 26 de setembro de 183.
N 7 Maria da Anunciação Machado, casada em 16 de julho de 1825 com Manuel
Mendes de Araújo, filho de João Mendes de Araújo e de Maria Rodrigues da Mota.
BN 1 Manuel, batizado em 7 de julho de 1838.
BN 2 José, batizado em 10 de agosto de 1841.
N 8 Maria do Carmo, batizada em 28 de abril de 186, casada com Pedro Jorge
Stebler, conhecido por Pedro Alemão.
BN 1 Umiliana Stebler, casada com Felipe Gref.
N 9 Balbina Maria do Nascimento, batizada em 30 de agosto de 187, casou-se com o
capitão Joaquim José Ferreira Belo. Falecida em 4 de fevereiro de 1857. Teve os filhos:
BN 1 Padre Lourenço Justiniano Ferreira Belo.
BN 2 Padre João Batista Ferreira Belo.
BN 3 Capitão Constantino Ferreira Belo.
BN 4 Capitão José Ferreira Belo, casado com Geraldina da Mota Bandeira
Belo.
BN 5 Joaquim Ferreira Belo.
BN 6 Rosa Maria Madalena, casada com João de Sant’Ana Pinto.
BN 7 Ludovina Ferreira Belo, casada em primeiras núpcias com Felipe Sarty e
em segundas núpcias com Júlio Camilo Belache.
BN 8 Ana Ferreira Belo, casada com Manuel Joaquim Machado.
BN 9 Balbina Ferreira Belo, falecida solteira.
N 10 Francisco Romano Machado, batizado em 19 de março de 1810; casado em
primeiras núpcias em 7 de dezembro de 1832 com Francisca Maria da Conceição, filha de João
Mendes de Araújo e Maria Rodrigues da Mota e, em segundas núpcias, com Cândida Flora dos
Santos.
N 11 Ana Maria da Rocha, casada com Claro Rodrigues Lanhoso.
N 12 Redozina Machado, casada em 12 de março de 1832 com José Rodrigues
Lanhoso, filho de Joaquim Rodrigues Lanhoso e Maria Madalena dos Santos.
N 13 Manuel Joaquim Machado, batizado em 23 de janeiro de 1816.
N 14 Joaquim Antônio Machado, batizado em 22 de fevereiro de 1819. Foi casado
com Laurinda Maria da Anunciação ou Laurinda Maria da Rocha, filha natural de Domingos
Floriano Machado, assassinada pelos índios em 1º de fevereiro de 1854.
BN 1 Maria, assassinada pelos índios em 1º de fevereiro de 1854.
BN 2 Joaquim
BN 3 Senhorinha
N 15 Delfino Prudêncio Machado, batizado em 8 de setembro de 1822.

Cap. 5
Padre Inácio Pinheiro.

ANTONIO DE QUADROS BICUDO

Roselys Roderjan

Antonio de Quadros Bicudo (* 1712 Itu, † 1766 Castro), primo de Manoel de Melo Rego,
de Inacio Taques de Almeida e de Inácio de Sá Arruda (dos troncos dos Quadros, Taques e
Arrudas de São Paulo), citado por Silva Leme no Tit. Quadros, Cap. 3.º § 9.º, 3-2, f.º de
Bernardo de Quadros e Francisca Cubas de Brito, c.c. Antonia Pereira dos Santos (* Curitiba †
1769 Castro), f.ª de João Batista Pereira e de Catarina de Senne Dias.
§ 1 Inácia Pereira de Quadros
§ 2 Francisca de Quadros
§ 3 Ana de Quadros
§ 4 Bernardo Pereira de Quadros
§ 5 Luisa Maria de Quadros
§ 6 Antonio Pereira de Quadros
§ 7 Maria Joana (Joaquina) de Quadros
§ 8 Francisco de Quadros
§ 9 José de Quadros

§1

Inácia Pereira de Quadros, em 1763 , c.c. Antonio Lima de Siqueira, f.º de Felipe Leme de
Siqueira e de Sebastiana, de Curitiba, n. p. de Luiz Siqueira e de Ana Leme, de São Paulo, e n.
m. de Antonio Betim (ou Garcia) e Maria Nunes (* Curitiba), irmão de Felipe Garcia de Lima,
casado com Maria Joaquina n.º § 7.

§2

Francisca de Quadros, c.c. Francisco da Cruz.

§3

Ana de Quadros, c.c. Luis de Melo Rego, f.º de Manoel de Melo Rego e Ana Barbosa
Leme
F 1 Luciano Antonio de Melo (Quadros?), c.c. sua prima Ana Joaquina de Quadros, f.ª de
Mariana de Melo Rego e Pedro Pereira dos Santos
F 2 Joaquim Luis de Melo, c.c. sua prima Felizarda de Melo Rego, f.ª de Mariana de Melo
Rego e Pedro Pereira dos Santos (irmão de Antonia Pereira). Felizarda casou-se ainda com
Valentim Correa de Melo. Sem geração dos dois maridos.
F 3 Francisco de Quadros, c.c. sua prima Isabel de Melo, f.ª de Mariana de Melo Rego e
Pedro Pereira dos Santos
N 1 Manoel Caetano de Quadros
N 2 Felisbina de Melo,
N 3 Ana Emilia de Quadros
N 4 Firmino Pereira de Quadros
N 5 Francisco Pereira de Quadros
§4

Bernardo Pereira de Quadros (* 1755 Castro), c.c. Branca Bueno de Morais (* Curitiba),
f.ª de José Correia de Morais (* Atibaia) e de Antonia Ribeiro, esta f.ª de Inácio Taques de
Almeida54 e Margarida da Silva.
F 1 Ana Florinda de Quadros (* 1781 Castro) em 1798, c.c. Álvaro Gonçalves Martins55,
descendente de Rodrigo Felix Martins, * 1779 Castro).
N 1 Álvaro Gonçalves Martins (* 1818, † 6/193 Castro) em 6/VIII/1858, c.c. Maria
Floriana de Almeida (* 6/1841 Castro?, † 1/IX/1881 Castro)
BN 1 Luziano Gonçalves Martins, c.c. Maria da Luz Braga Carneiro (* Lapa)
BN 2 Laurindo Gonçalves Martins,, c.c. Francisca Georgina Martins, seu
parente.
BN 3 Fernando Gonçalves Martins († solteiro)
BN 4 Eugênio Gonçalves Martins, c.c. Cândida Joaquina Novaes
BN 5 Maria Das Dores Gonçalves Martins (* 23/VIII/1871
Castro, † 6/VI/1960 Castro) em 15/XII/1889, c.c. Augusto Luiz Pinto Martins
(N 1 abaixo, * 24/XI/1866 Passo Fundo, † 11/VII/1931 Castro)
BN 6 Eusébio Gonçalves Martins († solteiro?)
N 2 Joaquim Antonio Pinto Martins (* Castro?, † Sorocaba), c.c. Firmina
Albuquerque († 13/VIII/195 Sorocaba)
BN 1 Augusto Luiz Pinto Martins (* 24/XI/1866 Passo Fundo, † 11/VII/1931
Castro), c.c. Maria Das Dores Gonçalves Martins, seu parente
BN 2 Trajano Heitor Pinto Martins († São Paulo), c.c. Antonietta
BN 3 Alexandre Vital Pinto Martins (* 1870 Sorocaba, † 23/X/1956
Sorocaba) († solteiro)
BN 4 Julia Martins,
BN 5 Francisca Georgina Martins, c.c. Laurindo Gonçalves Martins, seu
parente

54
Tropeiro - Inácio Taques de Almeida Quis o destino que essa nossa terra, antes cenário de verdes pinheiros e
campinas, fosse hoje a cidade de Castro. Às margens do rio Iapó, muitos haveriam de fixar-se, atraídos pelo encanto
irresistível desta terra dadivosa. Para aqui afluíram energias, esperanças e ambições e a terra terminou por fixar o
homem. Foi assim com a família Taques. Lembramos aqui o nome do sobrinho-neto de Pedro Taques de Almeida,
Inácio Taques de Almeida, pioneiro de quem descendem todos os Taques dos Campos Gerais. Inácio Taques de
Almeida foi dono das terras que iam do barranco do rio Iapó, onde depois foi fundada a Vila de Castro, até a
paragem chamada Taponhoacanga. Faleceu em 1769, deixando para sempre seu nome registrado na memória de
Castro (Pesquisa do Museu do Tropeiro, Castro).
55
Tropeiro - Álvaro Gonçalves Martins Neto do tropeiro Rodrigo Félix Martins, considerado patriarca das cidades
Passo Fundo e Carazinho no Rio Grande do Sul. Álvaro Gonçalves Martins nasceu em 188 e foi tropeiro durante
grande parte da sua vida. Realizou muitos negócios de tropas com o Comendador Prates no Rio Grande do Sul. Em
1877 estava presente na Feira de Sorocaba conforme relato de um Jornal da época (Pesquisa do Museu do Tropeiro,
Castro).
BN 6 Clara Martins, c.c. ? Barbosa
N 3 José Raquel Pinto (Martins?) († 1847 Castro), solteiro, sem filhos.
N 4 José Mariano Pinto (Martins?)
N 5 Iria Balbina da Piedade
N 6 Jesuina Joaquina de Jesus
F 2 Luzia Maria de Quadros (* 1785 Castro; † 10/X/1816 em viagem para o sul), em
21/II/1785, c.c. Rodrigo Felix Martins (F 7 dos descendentes de Rodrigo Felix Martins, * 1783
Castro)
N 1 Joaquim Roberto Martins (* 183), c.c. sua tia Ana Emilia de Quadros (F 12
abaixo)
N 2 José Fidelis Martins (* 187), c.c. Ermenegilda Correa Martins
N 3 Ana Claudina Martins (* 189, † 12/II/1879), c.c. Bernardo Pereira de Quadros,
seu tio.
Nasceu em Castro e em 183 e mora com seus pais o irmãos no bairro da Parição, onde seu
pai é fazendeiro (capataz) da FAZENDA SÃO JOÃO, contando Bernardo 4 anos de idade. A
fazenda possui oito escravos e nove agregados. Bernardo Pereira de Quadros transfere-se para o
Planalto Médio do Rio Grande do Sul e indica que casou com Ana Claudina de Quadros, filha de
Rodrigo Felix Martins e Reginalda Buena de Morais, que era sua sobrinha. Sua propriedade
ficava no atual povoado de Carazinho, Rio Grande do Sul.

N 4 Francisco Leandro Martins (* 1811, † 19/IX/1871 Passo Fundo)56, c.c. Maria


Benedita do Amaral (F 3 abaixo, * 22/V/1870 Passo Fundo)
N 5 Francisco Xavier Martins (* 1813), c.c. Ana Antonia Martins. Proprietário da
FAZENDA NÃO-ME-TOCA (Não-Me-Toque). Antigo distrito de Passo Fundo..
N 6 Rodrigo (* 1816, † antes de 1853)
F 3 Reginalda Bueno de Morais (* 1787 Castro), em 21/X/1818, c.c. Rodrigo Felix
Martins57, viúvo de sua irmã Luzia Maria de Quadros acima.
N 1 Maria Leduína do Nascimento (* 1821), c.c. Antônio Pereira de Quadros (†
1891) (N 4 abaixo), filho de Antônio Pereira de Quadros e de Maria Rodrigues Rocha.
Descendentes no Rio Grande.
F 4 Maria de Quadros

56
Tenente Francisco Leandro Martins (*1811, †19/IX/1871 – Fazenda da Glória – Jacuyzinho/Carazinho – Passo
Fundo) c/c Maria Benedita do Amaral (*22/V/1870, Passo Fundo), sua prima, filha de Francisco de Paula Pinto.
Foram os primeiros moradores do local onde está localizada a cidade de Carazinho, na fazenda que deu origem ao
Bairro Glória (Idem).
57
Em novembro deste mesmo ano (1816), o Alferes Rodrigo Félix Martins plantou a timbaúva, marco inicial do
povoamento do Jacuizinho e sede da fazenda São Benedito (Pedro Ari Veríssimo da Fonseca).
F 5 José Antonio de Quadros (* Castro, † 1869 Passo Fundo) em 25/XII/1813, c.c. Alda
Brandina, filha de Iria Balbina da Piedade (§ 5 dos descendentes do capitão-mor Rodrigo Felix
Martins) e de José Manoel Ferreira.
N 1 Clementina (* 1824), c.c. João Floriano de Quadros
N 2 Francisco Manoel de Quadros (* 1826)
N 3 Luzia Lima da Silva (* 1834), c.c. Alexandre Luis da Silva
N 4 Joaquim Manoel de Quadros (* 1837)
N 5 José Manoel de Quadros (* 1839)
N 6 Manoel Inácio de Quadros (* 1841)
N 7 Claudino Antonio de Quadros
N 8 Laurindo Antonio de Quadros (* 1843)
N 9 Ermenegilda,, c.c. João Alberto Correa
N 10 Maria Rita de Quadros (* 1847)
N 11 Severino Antonio de Quadros (* 1851)
N 12 Alexandre Luís de Quadros (* 1855)
F 6 Francisco de Quadros
F 7 Joaquim de Quadros
F 8 Francisco Leandro de Quadros († 27/II/1844)1.º, c.c. Felicidade Maria do Amaral,
filha de Atanagildo Pinto Martins (este filho de Rodrigo Felix Martins) e Ana Joaquina do
Amaral; 2.º, c.c. Carlota Maria do Amaral (* 184), irmã de Felicidade, 3.º, c.c. Balbina Maria da
Trindade58.
N 1 José (filho natural reconhecido, exposto em 21/XII/1825)
Teve da 1.ª:
N 2 Fabrício Luís de Quadros (* 1827), c.c. Ilibia Maria de Quadros (seu parente)
Da 2.ª:
N 3 Honorato Amâncio de Quadros (* 1830) em 26/VII/1855, c.c. Luzia Emilia
Martins, sua parente
Da 3.ª:
N 4 Caldinha de Quadros (* 1835)
N 5 Crispim de Quadros (* 1837)
N 6 Calorinda ou Carolina de Quadros (* 1839)
N 7 Marcolina de Quadros (* 1840)
N 8 Ismael de Quadros (* 1842)
N 9 Francisco de Quadros (* 1844)
Francisco Leandro de Quadros nasceu em Castro, consta na lista da Ordenança de Castro
em 1811 morando com seus pais no bairro de São Dámaso, com 13 anos de idade. Está
registrado no Livro do Regimento de Milícia de Curitiba com 22 anos filho de Bernardo de
Quadros tendo sentado praça a 19 de janeiro de 1815.
Seu falecimento ocorreu em 27 de fevereiro de 1844 e foi inventariado pela mulher,
Balbina Maria da Trindade. No inventário constam seus dois primeiros casamentos, com
Felicidade Carlota do Amaral, inventariadas em 1834, filhas do Sgto-mor Atanagildo Pinto
Martins e sua mulher Ana Joaquina do Amaral. Dos filhos registrados no inventário, José, de 19
era filho natural, reconhecido, exposto em 21 de dezembro de 1825, conforme comprova a padre
Dámaso; da paroquia de Castro, em 1845. Fabrício, de 17 anos, é filho de Felicidade do Amaral
e Honorato, de 13 anos, é filho de sua irmã Carlota do Amaral, ambos netos do Atanagildo Pinto
Martins. Os demais são filhos de Balbina Maria da Trindade.
F 9 Gabriel de Quadros
F 10 Bernardo de Quadros (* Castro, † Carazinho), casou 1.º com Felicidade de Oliveira,
filha de Francisco Xavier de Oliveira (* Castro); casou 2.º com sua sobrinha Ana Claudina
Martins de Quadros († 12/II/1879), sua sobrinha, filha de Rodrigo Felix Martins e sua irmã
Luzia Maria de Quadros.
Teve da 1.ª:
N 1 Maria de Jesus Quadros ( *Carazinho, † Carazinho)
Da 2.ª:
N 2 Ilibia Maria de Quadros (a mesma de BN 1 acima), c.c. Fabrício Luís de
Quadros, seu parente
N 3 Rodrigo Martins de Quadros (o mesmo de BN 2 acima)
N 4 Delminda Quadros, c. c. seu parente Procópio José Martins.
N 5 Ana Maria de Quadros, c. c.seu parente Pedro Bueno de Quadros
N 6 Maria Clarinda Quadros († antes de 1879), c.c. seu parente Manoel Joaquim
Martins
N 7 Josina Maria de Quadros.
F 11 Firmiano de Quadros
F 12 Ana Emilia de Quadros (* 187 Castro † 1896 Passo Fundo) em 2/V/1823, c.c.
Joaquim Roberto Martins (* 1874), seu parente, f.º de Rodrigo Felix Martins e Luzia Maria de
Quadros
N 1 Firmino (ou Firmiano) Martins (seu parente acima)
F 13 João de Quadros

§5

Luisa Maria de Quadros († 1789 em Castro), c.c. capitão Inácio Taques de Almeida, f.º de
Inácio Taques de Almeida e Margarida da Silva. Neto paterno de Lourenço Castanho Taques e
de Ana Arruda Coutinho. Neto materno do capitão José Martins Leme n. Curitiba e de Antônia
Ribeiro da Silva, n. Curitiba.
F 1 Ana Vitória59,
F 2 Balduino José Taques de Almeida (* 1786) em 8/II/189, c.c. Maria Antonia de
Macedo Silva (ou Borges de Macedo)
F 3 Maria (* 1789, † provavelmente na infância)

§6

Antonio Pereira de Quadros (* Castro, †1891 Passo Fundo), em 14/II/1795, c.c. 1.º Maria
Flavia da Rocha Carvalhais, f.ª de Bartolomeu da Rocha Carvalhais e Maria Domingues de
Araujo, n. p. de Manoel da Rocha Carvalhais (* Freg. Dantas, Bisp. do Porto, † 3/II/1757 Castro,
PR)
F 1 Gabriel de Quadros, († antes de 1815 "nas guerrilhas do Prata")
F 2 Ana Antonia,, c.c. Francisco de Paula Machado
F 3 Maria Eugenia de Quadros,, c.c. seu primo Miguel da Rocha Ferreira, f.º de Miguel da
Rocha Carvalhais e de Helena Ferreira
F 4 Antonio Pereira de Quadros (* 185 Castro † 1891), c.c. sua prima Fortunata Dina da
Rocha Carvalhais (* 1810 Castro † 1845 Castro), f.ª de Miguel da Rocha Carvalhais e de Helena
Ferreira; 2.ª vez com Maria Leduina do Nascimentos, sua parente
Da 1.ª:
N 1 Ana Antonia, casada com Antonio da Rocha Ribeiro.
Da 2.ª:
N 2 Amelia Quadros, c.c. Lázaro de Oliveira Vargas
N 3 Ernesto Pereira de Quadros
N 4 Severo Pereira de Quadros
N 5 Idalina de Quadros († antes de 1891), c.c. Miguel Antonio da Rocha.
F 5 Manoel Bernardo de Quadros (ou da Anunciação) (* 189 Castro † 13/IV/1857 Passo
Fundo), c.c. sua prima Eufrasia da Rocha Ferreira (* 1810), f.ª de Miguel da Rocha Carvalhais e
de Helena Ferreira

§7

Maria Joana (Joaquina) de Quadros,, c.c. Felipe Garcia de Lima, f.º de Felipe Leme de
Siqueira e de Sebastiana, de Curitiba, n. p. de Luiz Siqueira e Ana Leme, de São Paulo, e n. m.

59
Segundo Rosellys Roderjan, em 1796, c.c. Lucio Alvares Martins Gavião, filho de Rodrigo Felix Martins e Ana
Maria de Jesus; segundo Oney Borba, em Casos e Causos Paranaenses, V. I,, c.c. Francisco Xavier de Almeida
de Antonio Betim (ou Garcia) e Maria Nunes (* Curitiba), irmão de Antonio de Lima e Siqueira,
casado com Inacia n.º § 1.

§8

Francisco de Quadros († na infância)

§9

José Pereira de Quadros

INÁCIO DE SÁ ARRUDA

Roselys Roderjan

Casado com Antônia de Almeida. Inácio de Sá Arruda, assim como seu primo Inácio
Taques de Almeida, são netos de Maria de Quadros e de Francisco de Sá Arruda, este vindo para
São Paulo da ilha de São Miguel com seus irmãos Sebastião de Arruda Botelho e André
Sampaio de Arruda. Esses três irmãos casam com Maria, Isabel e Ana, filhas de Bartolomeu de
Quadros e Isabel Bicudo de Mendonça. Deste casal descende Inácio de Sá Arruda, Inácio Taques
de Almeida, Manoel de Melo Rego e Antônio de Quadros Bicudo, povoadores dos Campos
Gerais de Curitiba e moradores do povoado do Iapó em 1766. Aí criaram seus filhas, que
realizaram vários casamentos entre si.
Inácio de Sá Arruda é filho de José de Sá Arruda que casou com Maria de Araújo, filha de
Lourenço Castanho Taques e de outra Maria de Araújo. Natural de Parnaíba, Capitania de São
Paulo, casou com Antônia de Almeida Bueno, descendente dos Lara, Bueno, Moraes e Castanho
de Almeida que se transferiram de São Paulo para Parnaíba.
Silva Leme registrou-os na Genealogia Paulistana, quando ainda tinham somente quatro
filhos: Maria de Sá Araújo, Luiz Castanho de Araújo, Joana Bueno e Diogo Bueno.
Mas a lista de ordenanças de 1766, acusa a presença de Inácio de Sá Arruda nos Campos
Gerais, com 56 anos, casado com Antônia Almeida, e seus filhos: Luís Castanho, de 35 anos,
Diogo Bonette, de 29 anos, Inácio da Silva, de 21 anos, José da Silva, de 9 anos, Joaquim de
Almeida, de 6 anos, Antônio Bonette , de 5 anos e Manoel Castanho, de 3 anos. São todos
solteiros e as filhas não foram cadastradas.
Em 1780 Antônia Arruda (ou Almeida) já viúva, com 56 anos, mora com seus filhos
Joaquim (16 anos), Antônio (13 anos), Manoel (11 anos), Guilherme (9 anos), Isabel (28 anos) e
Ana (1A anos), no bairro de Santo Antônio, da freguesia do Iapó.
Em 1789 Antônia de Almeida tem 62 anos e vive com seus filhos Guilherme, de 23 anos e
Ana, de 21 anos.
Sem informações sobre os óbitos de Antônia de Almeida e Inácio de Sá Arruda, nem sabre
seus testamentos e inventario, reconstituímos a relação dos seus filhos, baseando-nos
principalmente em varias listas de ordenanças:
F 1 Luís Castanho de Araújo, casado com Rosa do Espírito Santo;
F 2 Diogo Bueno de Almeida, casado com Teresa Soares de Oliveira e em segundas
núpcias com Inácia Maria de Quadros.
F 3 Inácio da Silva;
F 4 José da Silva;
F 5 Joaquim de Almeida;
F 6 Antônio Bonette, Castanho ou Castanho de Sá, casado com Felizarda Soares;
F 7 Manoel Castanho;
F 8 Guilherme;
F 9 Maria de Sá Araújo, casada com José Alves;
F 10 Joana Buena de Almeida, casada com Antônio Pereira dos Santos;
F 11 Isabel;
F 12 Francisca de Sá, casada com Luciano Carneiro Lobo60;
F 13 Ana de Sá, casada com Francisco Carneiro Lobo Fº
Desses filhos, sete pudemos localizar com certeza como residentes em Castro, com sua
filiação.

FAZENDA DA CINZA

José Carlos Veiga Lopes

As terras desta fazenda, apesar de estarem dento da sesmaria requerida por Pedro Taques e
familiares, foram dadas novamente em sesmaria para outro.
José Martins Leme, morador na vila de Nossa Senhora da Luz dos Pinhais, sobre
necessitar de terras para currais, pediu ao governador da capitania lhe concedesse umas que
principiavam da paragem Restinga, indo do pouso chamado das Furnas até o capão da Cilada,
que fosse uma légua pouco mais ou menos. No dia 16 (em alguns documentos 6) de outubro de
1716, Dom Brás Baltasar da Silveira houve por bem de fazer mercê ao dito José Martins Leme
da dita légua de terras ou o que se achasse não sendo mais de légua e meia, na paragem nomeada
no mesmo pedido. José era filho do capitão Antônio Martins Leme, 1º escrivão de sesmarias de

60
Tropeiro - Luciano Carneiro Lobo Nasceu e residiu em Castro, sendo proprietário da grande FAZENDA DE
JAGUARIAÍVA. Quando da morte da sua primeira esposa, Francisca de Sá, declarou no inventário possuir éguas
para cria de burro, 44 mulas e 8 burros. Foi homem de grande fortuna e respeito, tendo sua reputação chegado até a
Corte. (Museu do Tropeiro, Castro).
Curitiba e de Margarida Fernandes e foi vereador várias vezes; casou-se com Antônia Ribeiro da
Silva, filha do capitão Antônio Ribeiro da Silva e Maria de Siqueira de Almeida.
No dia 18 de fevereiro de 1733 o capitão José Martins Leme dotou este sítio a seu genro
Lourenço Castanho de Araújo, casado com sua filha Maria de Almeida e Siqueira (batizada em
21-IV-1710), uma légua e meia de terras na paragem chamada Capão da Cinza, as quais terras
partiam de um ribeirão da testada do sargento-mor Manuel Gonçalves de Aguiar correndo para o
capão da Cilada que assim se intitulava, possuída por carta de sesmaria. Lourenço Castanho de
Araújo era filho de Lourenço Castanho Taques, este irmão de Maximiano de Góes e Siqueira e
Luís Pedroso de Barros, donos da fazenda de Morungava, e havia sido casado em primeiras
núpcias com Branca de Almeida. Logo depois da doação Lourenço vendeu a fazenda da Cinza a
João de Melo Rego.
No dia 8 de abril de 1733, o coronel João de Melo Rego, morador na vila de Itu, disse que
ele suplicante comprou umas terras e campos com gado e cavalgaduras no distrito de Curitiba a
Lourenço Castanho de Araújo, o qual os houve em dote que lhe deu seu sogro José Martins
Leme e este os houve por título de sesmaria e havido do governador capitão-mor general que foi
da capitania, o excelentíssimo Conde de Assumar, Dom Pedro de Almeida, e como essa se
remetendo a Portugal se desencaminhou e porque não e a novição, queria ele suplicante nova
carta de sesmaria das ditas terras de légua e meia de testada, começando do ribeirão da Cinza,
que partia com os campos do sargento-mor Manuel Gonçalves de Aguiar e légua e meia de
sertão para a parte do capão da Cilada. Obteve em 10 de abril de 1733, era a fazenda das Cinzas.
O capitão-mor João de Melo Rego, natural da ilha de São Miguel, era casado em 174 em
Itu com Bernarda de Arruda, natural da vila de Parnaíba, filha de Sebastião de Arruda Botelho
(da ilha de São Miguel) e de Isabel de Quadros. Exerceu em Itu cargos da república e foi coronel
do regimento de auxiliares dessa vila, provedor dos reais quintos e comissário dos direitos da
fazenda real a que estavam sujeitas as bestas saídas das campanhas do Rio Grande do Sul.
O casal teve os filhos: doutor Manuel de Melo Rego, nascido em Itu, mestre em artes pelos
pátios do colégio em São Paulo, que se casou com Ana Barbosa Leme, natural de Guaratinguetá
(Silva Leme dá Pindamonhangaba), filha de Antônio Raposo Leme e Luzia Machado Leme,
viúva de Antônio Correa Rangel, na fazenda do Pitangui a 15 de março de 1749; Miguel de
Melo Rego, casado em 1748 em Parnaíba com Escolástica de Arruda; Luzia de Melo, casada em
1749 em Itu com Estanislau de Campos Paes; Antônio de Melo Rego, casado em Araçariguama
com Gertrudes Pedroso Leme; Isabel de Melo Rego, casada em 1750 em Itu com Bento Leme
César; Maria de Melo, solteira; José de Melo, solteiro.
O coronel regente João de Melo Rego, morador na vila de Itu, disse que ele suplicante era
senhor e possuidor de umas terras ou campos com gados vacuns e cavalares no distrito do sertão
de Curitiba, por título de compra a Lourenço Castanho de Araújo, de cujas terras tirara ele
suplicante carta de sesmaria pelo Conde de Sarzedas, governador e capitão-general que foi da
capitania de São Paulo, a qual remetera a Portugal a confirmar e se desencaminhara, de sorte que
não houvera notícia dela, e queria o suplicante nova carta de sesmaria das ditas terras de légua e
meia de testada, começando do ribeirão da Cinza, que partia com os campos do sargento-mor
Manuel Gonçalves de Aguiar e légua e meia de sertão para a parte do capão da Cilada, e que
tudo havia de constar pela dita sesmaria que se achava registrada na secretaria do governo; foi-
lhe dada nova carta de sesmaria em 12 de março de 1739, confirmada em 19 de janeiro de 1742.
Antônio Paes, filho de Bartolomeu Paes de Abreu, este que foi proprietário da fazenda
vizinha dos Pinheiros, andou fabricando currais no capão da Cilada, o que ocasionou petição do
coronel João de Melo Rego; este, morador na vila de Itu, ao juízo ordinário da vila de Curitiba,
no dia 31 de julho de 1741, dizendo que ele era senhor e possuidor de uma fazenda de terras e
gado nos Campos Gerais de Curitiba, por título de compra que dela fizera a Lourenço Castanho
de Araújo, na paragem chamada Cinza, de que estava de posse pacífica e quieta havia mais de
dez, vinte, trinta anos, por si e seus antecessores, sem contradição de pessoas alguma, e por que
tendo em princípios do mês de abril desse ano Antônio Paes, filho de Bartolomeu Paes, que
Deus houvesse, levantara um curral para gado no capão chamado da Cilada, sito nas mesmas
terras da dita fazenda, onde então o suplicante tinha levantado curral, e seus antecessores, como
foi um José Martins, também na mesma paragem e haviam fabricado outros, de sorte que sempre
o suplicante, por si e seus antecessores, estiveram de posse pacífica e quieta no dito capão da
Cilada, e o suplicado lhe perturbou a dita posse, fabricando o dito curral, empossando-se do dito
capão por autoridade própria, sem ordem ou figura do juízo, no que tinha cometido força e
esbulho contra o suplicante, perturbando-o e inquietando-o em sua antiga posse, e estava incurso
no caso do interdito indibi, assim devia despejar e a desabrir mão da dita paragem e capão,
desfazendo o dito curral, de sorte que ficasse restituído o suplicante à sua antiga posse, pagando-
lhe todas as perdas e danos que pelo esbulho se lhe causou, e protestava dessa causa somente do
possessório e não da propriedade.
Para esclarecimento, foram ouvidas testemunhas no mesmo dia. Vitorino Teixeira de
Azevedo, Manuel dos Santos e João Batista Pereira disseram mais ou menos as mesmas coisas,
que sabiam por ver, que vindo de próximo das partes de São Paulo e passando pela fazenda da
Cinza acharam em um capão chamado capão da Cilada um curral que era novo e esse tinha feito
Antônio Paes, arrodeando outro curral que era do justificante, que era mais antigo, e tinha
também uma casinha nova, que também era do dito Antônio Paes, que estava junto a outra
casinha já antiga, que era do justificante, e na dita casinha nova estavam três negros do dito
Antônio Paes, e sabiam mais eles testemunhas, por ouvir aos vizinhos daquela paragem que o
dito Antônio Paes voluntariamente de seu próprio moto levantara aquele curral sem
consentimento do justificante; disseram mais que sabiam por ouvir vulgarmente que aquela dita
paragem da fazenda da Cinza era do capitão José Martins Leme e dera em dote a seu genro
Lourenço Castanho e esse vendera a dita fazenda ao justificante.
O capitão José Martins Leme disse que ele foi senhor e possuidor dos campos da Cinza e
neles teve suas criações e casando-se Lourenço Castanho com sua filha deu ele testemunha em
dote ao dito Lourenço Castanho a dita fazenda da Cinza e que também o capão da Cilada
compreendia a dita fazenda da Cinza e por tal teve ele testemunha criações na dita paragem com
curral feito, que sempre o conservou, e que depois ele testemunha deu a dita fazenda a seu genro
Lourenço Castanho em dote e esse vendeu ao suplicante justificante. O juiz ordinário Miguel
Ribeiro Ribas, tendo em vista os depoimentos, deu ganho de causa ao coronel João de Melo
Rego, dando um prazo de vinte e quatro horas para que Antônio Paes retirasse o curral e a casa
que tinha feito no capão da Cilada.
O filho de João, o doutor e licenciado Manuel de Melo Rego, veio morar na fazenda da
Cinza, provavelmente para cuidar da mesma. Anteriormente, Antônio Correia Rangel, casado
com Ana Barbosa Leme, esta natural de Guaratinguetá, havia vindo para a dita fazenda da Cinza,
onde faleceu. O doutor Manuel do Melo Rego, dizendo que com a graça de Deus queira casar
com a viúva, e que fora batizado na freguesia de Nossa Senhora da Candelária da vila de Itu, em
14 de outubro1748 entrou com o pedido de dispensa eclesiástica. Quando correram os banhos
em Curitiba, Francisco da Silva veio com o impedimento que ouviu de Matias de Freitas que o
contraente mandara matar o marido da contraente por um seu negro e que estava com ela de
porta adentro ainda em vida do dito seu marido e também Lourenço Ribeiro de Andrade disse
que ouvira de João Batista Diniz que o contraente mandara matar o marido da contraente por um
negro.
Manuel de Melo Rego defendeu-se dizendo que fizera correr um banho na vila de Curitiba
e tinha notícias de lhe porem impedimento a isso, aludindo falsamente haver matado ele
suplicante ao senhor Antônio Correia Rangel, sendo que era notório haver falecido na fazenda da
Cinza, distante da freguesia de Curitiba quinze dias, onde foi também sepultado de umas
perpétuas lepras ou mal de São Lázaro, que todo com semelhante achaque o desenganava que
morria, como, com efeito, faleceu da mesma moléstia, e como sem dúvida era falso o que se lhe
imputava, queria purgar o dito impedimento, mostrando por suas testemunhas a falsidade do
impedimento.
Depuseram a favor de Manuel, Sebastião Alves de Araújo, João de Mendonça Coelho e
Francisco Inácio Cardoso. Sebastião Alves de Araújo disse que sabia, por ser público e notório,
que vindo de Guaratinguetá Antônio Correia Rangel para essas partes de Curitiba e que na
fazenda chamada da Cinza enfermara, e a testemunha, vindo das partes de São Paulo, vira por
seus olhos, de cama, padecendo mortalmente suas feridas, que lhe chamavam mal de São
Lázaro, de que todos não lhe julgavam a vida, como, com efeito, morreu brevemente, que o
soube ele testemunha; disse que vindo com o justificante da vila de Itu para a dita fazenda da
Cinza, por ser fazenda de seus pais e nela existia então, porém quando chegou achou na dita
fazenda ao dito Rangel arriado por causa da doença a que faleceu. João de Mendonça Coelho,
natural da ilha de Faial, disse que por ver e ter conhecido e negócios com o defunto Antônio
Correia Rangel, a quem viu andar enfermo de suas feridas leprosas, que havia anos padecia, do
que veio a falecer na fazenda chamada da Cinza; que sabia de certo o não ter mandado matar o
justificante, que se originou por causa de uma inclinação haver dito semelhante palavra um
Matias de Freitas, homem de conhecida e notória circunstância de não falar verdade nunca em
sua vida.
Francisco Inácio Cardoso disse saber por pública voz de que Antônio Correia Rangel
andava enfermo de umas lepras ou mal de São Lázaro e que tendo vindo das partes de São Paulo
em companhia de sua mulher a fazer seus negócios enfermara mortalmente da mesma moléstia
na fazenda chamada da Cinza, onde morreu e, outrossim, sabia a testemunha ser falso dizerem
que o justificante o mandara matar, se não haver falecido da mesma moléstia e que saíra da
cabeça de Matias de Freitas. Antônio Pereira Gomes disse que quando chegou o justificante em
sua fazenda da Cinza, vindo da vila de Itu, achou o dito Rangel de cama para morrer e a razão do
seu dito era por assim ter ouvido ao dito seu cunhado.
Ana Barbosa Leme entrou com o pedido de dispensa em 14 de outubro de 1748, dizendo
que era natural da vila de Guaratinguetá e então assistente na vila de Curitiba, que vindo ela
suplicante para as ditas partes de Curitiba em companhia de seu marido Antônio Correia Rangel,
na fazenda chamada da Cinza, distrito da vila de Curitiba, enfermara mortalmente o dito seu
marido de umas feridas leprosas, que havia anos padeceu, de que sem remédio faleceu e foi
sepultado na dita fazenda, por ser mais distante de quinze dias de viagem para a vila de Curitiba
e porque estão estava em pobreza resolveu tornar-se a casar e porque tendo ela preciso mostrar
certidão de falecimento do dito seu marido e não podia fazer por ser sepultado naquele caminho
e apenas tinha na vila de Curitiba com quem justificar o haver falecido e sepultado na dita
fazenda da Cinza o dito seu marido. Apresentando as testemunhas Sebastião Alves de Araújo,
Manuel Alves de Siqueira, José de Mendonça Coelho e Francisco Inácio de Castro, que
confirmaram ela ser viúva, tendo o marido falecido de lepra.
Para esclarecimento das acusações, foram ouvidos vários depoimentos, havendo um jogo
de empurra, um lançando a culpa para outro, foi só um diz que- diz que.
No dia 21 de novembro depôs João Batista Diniz, dizendo que ouvira dizer a Matias de
Freitas que o licenciado Manuel de Melo Rego tramara matar Antônio Correia Rangel, marido
que foi de Ana Barbosa Leme e a razão do seu dito era só por ter ouvido o dito Matias de Freitas
e não ouvira de pessoa mais alguma. Matias de Freitas de Sampaio, morador e natural da vila de
Curitiba, homem solteiro que vivia das suas agências, de idade que disse ser de 32 anos pouco
mais ou menos, disse que ouvira dizer de João Rodrigues do Prado, e que também tinha dito José
Cavalheiro, que o licenciado Manuel de Melo Rego mandara matar Antônio Correia Rangel na
fazenda da Cinza e disse que tampouco havia presenciado, se não somente ouvira dessas
pessoas.
No dia 13 de dezembro de 1748, Manuel José Cavalheiro, natural da cidade de São Paulo e
morador na vila de Curitiba, que vivia das suas lavouras, disse que ouvira de João Rodrigues do
Prado. João Rodrigues do Prado, natural da cidade de São Paulo, morador na vila de Curitiba,
casado, que vivia das suas agências, 30 anos, disse (está um pouco difícil a leitura) que chegara o
licenciado Manuel de Melo Rego que ia chamar a Maria Rosa, sogra dele testemunha, por
mandado de Ana Barbosa, para ajudar na morte de seu marido, cujo lhe foi perguntado ao dito
escravo de que morrera, respondeu que da doença que padecia e, outrossim, que lançava sangue
pela boca na ocasião da morte, como também tempo bastante antes dela, e também disse ele
testemunha não sabia o nome do escravo nem tampouco podia ser certo o dito Melo matar a
Antônio Correia Rangel, por estar esse último por enfermo de um mal que sempre se lhe julgou a
morte e a razão do seu dito era presenciar o que o negro dissera como seu vizinho da fazenda da
Cinza e não sabia de mais nada nem certeza, sem embargo de que a ...zamente correu no ato
disso, mas ele testemunha e assim não jurava nem certificava.
O licenciado Manuel de Melo Rego ficou isento da culpa, mas o impasse surgido atrasou o
casamento, que somente realizou-se em 15 de março de 1749, na fazenda do Pitangui, um dia
após o batizado do filho mais velho.
Manuel do Melo Rego e Ana Barbosa Leme tiveram os filhos:
F 1 Luiz de Melo Rego (batizado em 14 de março de 1749 na fazenda do Pitangui), casado
com Ana de Quadros, filha de Antônio de Quadros e Antônia Pereira;
F 2 Francisco de Melo Rego (batizado em 19 de agosto de 1750 na fazenda de
Jaguariaíva), casado em Itu em 1776 com Ana de Melo Rego, filha de Miguel de Melo Rego
(irmão de Manuel) e Escolástica de Arruda;
F 3 Manuel de Melo Rego (batizado em 28 de abril de 1754 na fazenda da Cinza pelo
missionário frei Luís), casado com Isabel de Arruda César, filha de Bento Leme César e Isabel
de Melo Rego, foi capitão-mor da Faxina;
F 4 João de Melo;
F 5 José Antônio de Melo (batizado em 26 de julho de 1763 no Capão Alto), casado em
1788 com Gertrudes Maria, filha de João Rodrigues Pinto e Ana Conceição;
F 6 Antônio de Melo Rego, casado em primeiras núpcias com Ana Francisca de Camargo,
filha de Valentim Correia Leme e Antônia Pires de Camargo;
F 7 Joaquim de Melo Rego (batizado em 24 de abril de 1767 no Capão Alto), casado em
1781 em Parnaíba com Escolástica Maria Bueno Camargo, filha de Valentim Correa Leme e
Antônia Pires de Camargo;
F 8 Vicente (batizado em 9 de abril de 1769, alguns dão Joaquim Vicente);
F 9 Bernarda Arruda de Melo (batizada em 20 de setembro de 1752 na capela e Santa
Bárbara do Pitangui), casada em 20 de junho de 1767 com José Alexandre da Silveira, natural da
ilha do Pico, filho do capitão Antônio Francisco de Ávila e Helena Clara da Silveira;
F 10 Ana Maria de Melo, casada com Joaquim José; Mariana de Melo Rego, casada com
Pedro Pereira dos Santos (em 3 de março de 1772 na capela de Sant’Ana do Iapó), filho do
alferes João Batista de Oliveira e Catarina de Sene Dias; Ana Maria Barbosa.
Na relação de 1765, Manuel de Melo Rego, 58 anos, era casado com Ana Barbosa Leme e
tinha 6 filhos homens: Luís de Melo, Francisco de Melo, Manuel de Melo, João de Melo, José de
Melo e Francisco de Melo e 1 agregado Antônio Melo.
Bernarda de Arruda faleceu em 1767, com 91 anos, e o capitão João de Melo Rego em
1771, em Itu, com 94 anos.
Em 6 de setembro de 1771, quando das expedições ao sertão do Tibagi, na lista da gente
que trabalhou na colheita das roças do porto de São Bento por ordem do tenente-coronel Afonso
de Botelho de Sampaio, no qual havia pouca gente, e se alugaram várias pessoas, a um jornal de
80 réis, encontramos Francisco da fazenda de Cinza, que trabalhou 8 dias. Entre fevereiro e
março de 1772 foi apresentada uma lista de animais que ficaram no sertão de Guarapuava, os
quais foram usados por ordem do coronel Afonso Botelho no continente do Iapó e se entregaram
por ordem dele a João Lopes no Carrapato, sendo que os que morreram foram cinco; do doutor
Manuel de Melo Rego, foi um cavalo castanho colônia que poderia valer 5$000; de João Batista,
fazendeiro da Boa Vista, foi uma égua russa que poderia valer 4$000.
Na relação de 1772 a fazenda da Cinza pertencia a Manuel de Melo Rego, que nela vivia,
na estrada, distante da povoação do Iapó 9 léguas, na qual criava 100 vacas de ventre, 20
novilhas, 30 touros e bois capados, 100 éguas de ventre, 30 potrancas, 20 potros, 10 éguas
mansas, tinha 2 escravos machos e 1 fêmea, plantava 1 alqueire de milho e outro de feijão. Na
relação de 1776 aparece no bairro de Piraí até Morungava a casa de Manuel de Melo Rego, 68
anos, a mulher Ana Barbosa, os filhos José, Antônio, Joaquim, Vicente e Ana, possuía sua
fazenda chamada Cinza, tinha 4 escravos, 140 éguas, 120 vacas de crias, seus campos e terras
lavradias, plantava 1 alqueire de milho e meio de feijão, vivia de sua criações.
Para a expedição de 1777, no pouso da Cinza o feitor era o mesmo do pouso de
Jaguariaíva e deveriam ser entregues duzentos e cinqüenta alqueires de milho e setenta e cinco
de farinha.
Na relação de 1778 Manuel de Melo Rego estava com 72 anos, morava com a mulher Ana,
6 filhos e 3 escravos.
Na relação de 1780 encontramos no bairro do Piraí a casa de Manuel de Melo Rego, 70
anos, a mulher Ana Barbosa e os filhos Vicente, Joaquim, José e Ana e a casa de Bernarda de
Melo com o filho Jeremias; no bairro da Catanduba a casa de Luiz de Melo Rego, a mulher Ana
de Quadros, os filhos Luciano e Joaquim, a cunhada Luzia de Quadros e o cunhado José de
Quadros. Na relação de 1782 aparece a casa do doutor Manuel de Melo Rego, 77 anos, casado
com Ana Barbosa, 50 anos, e os filhos Vicente, Joaquim, Antônio, Jeremias e Bernarda; em
outra casa encontramos Luís de Melo Rego, 34 anos, com a mulher Ana Pereira, 3l anos, e os
filhos Luciano e Joaquim, e o agregado Bernardo. Na relação de 1783 encontramos Luís de
Melo, com a mulher Ana de Quadros, os filhos Luciano e Angélica, e 4 escravos.
Na relação de 1789 a fazenda das Cinzas tinha 6 escravos, o capataz era Luís de Melo, 42
anos, com a esposa Ana, os filhos Luciano, Joaquim, Francisco, Bernardo e Angélica e 2
agregados, Maria e Gabriel, ambos com 6 anos. Na relação de 1790 o capataz da fazenda da
Cinza era Antônio José Monteiro, que morava com a mulher Ana e 2 filhos, o capataz possuía 1
escravo e a fazenda 2. Na relação de 1791 morava na fazenda da Cinza o doutor Manuel de
Melo, 80 anos, a mulher Ana e a filha Bernarda, 28 anos, havia 9 escravos; era agregado Pedro
Pereira dos Santos (genro), que morava com a mulher Mariana e 8 filhos; no bairro do Porto de
Jaguariaíva está relacionada a casa de seu filho Luís de Melo, 42 anos, com a esposa Ana, 8
filhos e 4 escravos.
Manuel fez testamento em 10 de agosto de 1792, declarando possuir na fazenda 900
vacuns, 370 cavalares e 3 carneiros machos; tinha uma morada de casas na vila Nova de Castro e
dez escravos. Faleceu em 15 de janeiro de 1795 e eram seus herdeiros a mulher Ana Barbosa
Leme e os filhos: Luís; Francisco de Melo, casado, 44 anos; Manuel de Melo, casado, 41 anos;
João de Melo, casado em Viamão, 32 anos; José Antônio, casado, 31 anos; Antônio de Melo,
casado, 30 anos; Joaquim de Melo, casado, 28 anos; Vicente, solteiro, 26 anos; Bernarda, casada
com José Alexandre, 43 anos; Mariana, casada com Pedro Pereira, 34 anos; Ana Maria, casada
com Joaquim José, 33 anos. A fazenda das Cinzas, descrita como uma situação da fazenda com
curral, casas e campos, foi avaliada por 400$000; foi também avaliado um rincão chamado a
Enxovia e a Campina de Dentro, que se dizia anexo da mesma fazenda, por 30$000; uma morada
de casas na vila de Castro por 80$000. Foram avaliados os escravos: Francisco, 35 anos, do
gentio de Guiné, por 120$000; Domingos, 25 anos, do gentio de Guiné, por 120$000; Antônio,
21 anos, do gentio de Guiné, por 120$000; Francisco Congo, 50 anos, nação Congo, por 20$000;
Antônio Surdo, gentio de Guiné, por 120$000; Vicente, 18 anos, nação de Guiné, por 120$000;
João, 15 anos, gentio de Guiné, por 120$000; Inácio, 5 anos, crioulo, por 40$000; Maria, 26
anos, nação Congo, por 100$000; Josefa, 8 anos, crioula, por 76$800. Gado vacum: 488 vacas
soltas, 119 vacas com crias fêmeas, 74 vacas com crias machos, 100 ditos de ano, 88 bois de 3
bois para cima, 74 bois de sobreano, 1 junta de bois carreiros. Éguas: 233 éguas, 39 éguas com
crias fêmeas, 32 éguas com crias machos, 3 éguas mansas, 13 potros crioulos, 2 pastores
colônias, 17 potros de sobreano, 11 cavalos mansos crioulos, 5 cavalos, 2 cavalos mansos. Foi
avaliado um cachorro onceiro por 8$000. Foram avaliados: 5 foices, 5 machados velhos, 3
foices, 3 enxadas, 1 enxada velha, 2 armas de fogo, 1 tacho velho, 1 caldeirão, 1 par de canastras
velhas; 2 enxós (uma chata e outra goiva), 2 escápolos (um chato e outro goivo), 1 serra velha, 5
catres, 4 mochos, 1 bofete, 1 marca, 1 prato de meia cozinha, 3 cangalhas, 1 almofariz, 1 coco de
cobre, 1 capote velho, 1 casaca velha, 1 véstia velha, 1 véstia calção de congo. O monte mor
desse inventário atingiu o valor de 4:127$40. Na partilha a viúva ficou com metade da fazenda
das Cinzas e a outra metade ficou em dez partes iguais para os filhos João, Vicente, Joaquim,
Francisco, Antônio, José Antônio, Manuel, Ana, Bernarda e Pedro Pereira (genro); Luís de Melo
ficou com o rincão chamado Enxovia.
Dona Ana Barbosa Leme faleceu em 1796. Havia os filhos Luís de Melo, Francisco,
Manuel, José Antônio, Antônio, Joaquim, Vicente, Bernardo, Mariana (casada com Pedro
Pereira dos Santos) e Ana Maria (casada com Joaquim José). Tinha casa na vila de Castro mas
morava na fazenda das Cinzas; possuía 132 éguas, 390 vacas, 1 vaca colônia com cria, 59
novilhas, 5 bois de 2 anos, 30 boi de sobreano, 3 pastores crioulos, 1 pastor colônia, 1 pastor
colônia velho, 1 junta de bois carreiros, 2 éguas mansas, 6 escravos, uma casa coberta de telhas
(80$000), campos, casas e currais e situação (metade da fazenda das Cinzas) mais 8 cavalos
mansos.
Na relação de 1796 moravam na fazenda da Cinza Joaquim de Melo Rego, a mulher
Escolástica, 3 filhos, 2 agregadas e 7 escravos; no bairro de Porto de Jaguariaíva encontramos a
casa de Luís de Melo Rego com a mulher Ana, 8 filhos, 1 agregado e 9 escravos e a casa de
Bernarda de Melo, 41 anos, com 1 escravo.
Na relação de 1798, Luís de Melo Rego, 50 anos, morava na fazenda da Cinza. No dia 26
de maio de 1798, seu filho Luciano Antônio do Melo Rego casou-se com Ana de Melo, filha de
Pedro Pereira dos Santos e Mariana de Melo.
Na relação de 1818 a fazenda da Cinza pertencia a Francisco de Melo, morador em Itu,
media 4500x4500 braças, era de criação e tinha 1 escravo.
No dia 29 de julho de 1823 Luís de Melo Rego e sua mulher Ana de Quadros venderam
para João Carneiro Lobo um sítio com casas de dois lanços cobertas de telha e com seus
arvoredos, e bem assim uns campos denominados Enxovia sitos no bairro da Cinza, que se
dividiam por um lado com as divisas da fazenda da Cinza, por outro lado com as divisas da
fazenda da Tapera e por outro lado com as divisas do campo da Jararaca.
Na relação de 1825 aparece a fazenda da Cinza de Francisco de Melo Rego, com 400
vacuns, tendo marcado 80 e era capataz Vicente, 43 anos. José Antônio de Melo vivia de seus
negócios, morava em Jaguariaíva, casado com Ana Carneiro, os filhos Benedito, Ana, Balbina,
Iria e Jesuíno, tinha 80 vacuns e marcou 30. O ajudante Luciano de Melo, casado com Ana de
Melo, vivia de seus negócios e marcou 12 vacuns. Luís de Melo Rego, casado com Ana de
Quadros, marcou 6 vacuns. Francisco de Quadros, viúvo, miliciano, tinha 37 vacuns e marcou 4.
Antônio de Melo, viúvo, tinha 56 vacuns, marcou 8 e vivia de salário de seus escravos. Joaquim
Luís, casado com Felizarda, vivia dos seus negócios e marcou 8 vacuns. Mariana de Melo,
viúva, 67 anos, morava com as filhas Maria Joaquina e Maria Antônia, marcou 12 vacuns.
Joaquim José de Miranda, paradeiro, 54 anos, vivia de salários, morava com a mulher Isabel, 43
anos, marcou 6 vacuns e 4 cavalares. João dos Santos, 53 anos, também era paradeiro e vivia dos
seus salários, morava com a mulher Joaquina, 51 anos. José Maria, 21 anos, era bugreiro, vivia
de seus salários, morava com a mulher Delfina, 21anos.
Em 1845 Irineu Correia de Melo doou a Balbina de Melo uma parte de campos no bairro
da Cinza, que obtivera por herança de seu finado pai, no valor de 2$000.
Maria Luísa e Maria Angélica, irmãs gêmeas, filhas de Mariana de Melo Rego, faleceram
em 1851. Foram herdeiros seus irmãos: Maria Joaquina de Melo Rego; Maria Agostinha; Ana de
Melo, que foi casada com o capitão Luciano de Melo Rego, com os filhos Francisco das Chagas
Melo, José Albano, Flora de Melo (viúva) Ana Esméria (casada com João Rodrigues Biscaia),
Bento Antônio de Melo; Isabel Maria, falecida, que era casada com Francisco de Quadros, com
filhos Manuel, Caetano, Fermino de Quadros, Felisbina de Melo (viúva), Ana Emília, Francisco
de Quadros. Possuíam duas partes na fazenda das Cinzas.
Em 2 de agosto de 1851 Dona Maria Joaquina de Melo Rego doou a seu sobrinho José
Francisco Ribeiro parte de campo na fazenda das Cinzas.
Maria Joaquina de Melo Rego, filha de Pedro Pereira dos Santos e de Mariana de Melo
Rego, faleceu solteira em 1854. Legou a escravos e libertos uma sorte de campos de criar e
terras lavradias na fazenda das Cinzas.
A fazenda das Cinzas nos inventários de Manuel de Melo Rego e mulher foram muito
partilhadas, muitos herdeiro venderam partes e ficou em comum, sem divisão. No cadastro de
1855 vejamos como estava.
Francisco das Chagas Melo, Firmino Pereira de Quadros, José Francisco Ribeiro, João
Ferreira da Silva, Flora Maria de Melo, Manuel Rodrigues Borba, Belarmino Rodrigues Borba,
Joaquim Antônio de Quadros, Bento Antônio de Melo e Delfina Maria de Melo, além de outros
herdeiros, eram senhores e possuidores da FAZENDA DAS CINZAS, com parte de campo e
matos, pertencentes à mesma, que a eles tocara por herança de seus antepassados; as suas
confrontações eram as seguintes: pelo nascente dividia-se por um valo velho, que nascia da serra
e daí em diante até o capão da Cilada, dividindo-se por restinga e banhado, e desse capão, por
uma vertente abaixo, até fazer barra no rio de Capivari, dividindo com Antônio Joaquim de
Araújo, Barão de Antonina e Manuel Rodrigues Borba, e pelo poente com a fazenda da Tapera,
pelo um ribeirão denominado Aguiar, que desaguava no rio das Cinzas, e da cabeceira a rumo, a
cabeceira do rio Piraí, e pelo norte com a fazenda de Jaguariaíva, pelo rio denominado Capivari
e por ele abaixo até a vertente que lhe fazia barra do capão da Cilada e da cabeceira do Capivari
a rumo a cabeceira duma vertente que ia desaguar no rio da Cinza, denominada Fundão, pelo sul
pela serrinha das Furnas, até o referido Antônio Joaquim d’Araújo, cuja fazenda de sesmaria de
176 (parece 172), medida e confirmada, teria de comprimento 2 léguas mais ou menos e outro
tanto de largura.
Francisco de Paula d’Oliveira registrou uma parte de campo e matas lavradias no lugar
chamado Cinza, que possuía por compra que fez a Irineu de Tal.
Policena Emília da Conceição e Delfina Maria de Melo cadastraram uma parte de campo e
matos de lavrar no lugar denominado Cinza, residência de Delfina, no mesmo lugar denominado
Cinza e de Policena existia no Piraí-mirim, elas ambas irmãs eram possuidoras pelo falecimento
de sua mãe finada Maria Angélica de Melo, o qual fazia divisão no mesmo terreno com vários
herdeiros, com Francisco de Chagas Melo, Firmino de Quadros, Manuel Caetano de Quadros e
mais herdeiros e herdeiras.
Francisco Lourenço de Brito cadastrou uma parte de campo nos campos da Cinza, distrito
de Jaguariaíva, da qual não podia dar suas divisas por se achar pró indivisa com vários herdeiros;
essas partes e campo houve por compra que fez a Flora Maria de Melo, como constava do papel
de venda passado em 5 de fevereiro de 1855.
Delfino José Lopes cadastrou um sítio com terras lavradias, campos e faxinais no bairro da
Cinza e por outro com a fazenda da Tapera e de outro com o campo da Jararaca; esse sítio foi
por ele comprado de Dona Maria da Anunciação Melo em 1847 por escritura pública datada de
20 de abril.
Ana Carneiro possuía na fazenda da Cinza uma parte de campo e matos lavradios pró
indivisos com os mais herdeiros das ditas fazendas, que lhe tocou pelo falecimento de seu
marido José Antônio de Melo.
Camilo Rodrigues de Melo cadastrou duas partes de campo na fazenda das Cinzas, um
possuía por herança do seu finado sogro José Antônio de Melo e outro por compra que fez de
seu cunhado João Fabrício, ambas duas partes ainda indivisas.
Francisco Antônio da Silva cadastrou imóvel nas Cinzas.
Cândido Ferreira de Melo cadastrou uma sorte de terras lavradias e cerrado no lugar
denominado rio das Cinzas, os quais se dividiam para o poente com Dona Ana Estêvão Carneira,
para o norte com Joaquim Carneiro Lobo, para o sul com Dona Isabel, cujas terras possuía por
posse pessoal.
João Rodrigues Biscaia e mais herdeiros do finado capitão Luciano Antônio de Melo, que
eram Francisco das Chagas Melo, Bento Antônio de Melo, José Albano de Melo e filhos
menores Jordão de Melo e Flora Maria de Melo, declararam serem senhores e possuidores de um
rincão de campo chamado Cercado da Ronda Grande das Pedras, no bairro da Cinza, com as
divisas seguintes: pelo Itaimbé e pântano que corria para o rio da Cinza, cujo rincão de campo
lhe tocara e aos mais herdeiros por falecimento do seu sogro Luciano Antônio de Melo.
Bento d’Andrade Nogueira cadastrou uma parte de campo no distrito de Jaguariaíva no
bairro da Cinza, indiviso com todos os moradores do mesmo bairro, cuja parte obtivera por
compra de Antônio Joaquim d’Araújo havia pouco mais de três anos.
Antônio Joaquim de Carvalho cadastrou uma parte de campos e matos na fazenda da
Cinza, por compra que fizera a Carlos Antônio de Quadros, e bem assim uma parte na ronda da
mesma fazenda, por deixa que lhe fizera a finada Dona Maria Joaquina de Melo, cuja fazenda
dividia com a de Jaguariaíva, Tapera, Sertão da Marinha e com a de Pinheirinhos.
A localização da freguesia do Senhor Bom Jesus da Pedra Fria, como vimos, chegou a ser
cogitada para o local denominado Enxovia, bairro da Cinza, em terreno pertencente a Manuel
Caetano de Quadros, no lugar denominado Cemitério, o que não aconteceu por vontade de Dona
Isabel.

MANOEL JOSÉ DE ARAÚJO

Roselys Roderjan

Manoel José de Araújo e Ana Maria da Conceição, os fundadores da freguesia de


Palmeira, hoje cidade paranaense, tiveram os seguintes filhos:
F 1 Elias Inácio de Araújo, casado com Lucrécia Maria da Silva.
F 2 Ana Joaquina de Araújo, casada com Francisco de Oliveira Bueno.
F 3 José Caetano de Araújo, faleceu solteiro.
F 4 Manoel Mendes dos Santos, casado com Ana Joaquina dos Santos, filha da sua tia
Rufina Antônia de Sá.
F 5 Matilde Umbelina da Glória, casada com Antônio Joaquim de Camargo (S P), tronco
dos Camargo de Palmeira. Foram os pais de Antônio de Sá Camargo, o visconde de Guarapuava,
casado com Zeferina Marcondes de Sá, filha de seus tios, Barões de Tibagi. Ele reside em
Guarapuava em 1840.
F 6 Domingos Inácio de Araújo, casado com Josefa Joaquina Pinheiro de França, filha de
Veríssimo Carneiro dos Santos, este descendente do Capitão-mor João Rodrigues de França.
Francisco Inácio de Araújo Pimpão, filho de Domingos e Josefa casou com a irmã desta, Maria
Josefa de França. Ele acompanhou José Ferreira dos Santos na expedição que este comandou,
em 1839, para a conquista dos campos de Palmas, na qual seu pai também e citado. Francisco
Inácio e Maria Josefa tiveram 12 filhos e entre eles: Amazonas de Araújo Marcondes, residente
em União da Vitória (PR); Brasileiro Marcondes Pimpão, Manoel Inácio do Araújo Pimpão,
estes dois últimos residentes em Palmas.
F 7 Francisco José de Sá e Araújo, transferiu-se para o Rio Grande do Sul.
F 8 Maria Caetana de Sá, casada em 1820 com o seu primo Manoel Martins de Araújo.
F 9 Cândida Flora de Sá61.

JOSÉ CAETANO DE OLIVEIRA

Roselys Roderjan

61
Descendentes em Uruguaiana.
Alferes José Caetano de Oliveira, casou com Cherubina Rosa Marcondes de Sá, a
Viscondessa do Tibagy. Os filhos do casal são os seguintes:
F 1 Conselheiro Jesuíno Marcondes de Oliveira e Sá, c.c. Domitila Alves de Araújo;
F 2 Comendador Antônio Caetano de Oliveira, c.c Maria da Luz de Oliveira;
F 3 José Mathias de Oliveira e Sá, c.c. Luíza Marcondes de Oliveira e Sá;
F 4 Francisca Caetana Marcondes de Oliveira e Sá, c.c. Major Manoel da Cruz Carneiro
F 5 Maria das Dores Marcondes de Oliveira e Sá, falecida na infância;
F 6 Maria Clara Marcondes de Oliveira e Sá, c.c. Coronel Francisco Martins de Araújo;
F 7 Zeferina Marcondes de Oliveira e Sá, c.c. Coronel Antônio de Sá Camargo, Visconde
de Guarapuava.
F 8 Anna Marcondes de Oliveira Pacheco, c.c. Ten.Cel. Joaquim Pacheco da Silva
Rezende. Descendentes no Sul, onde foi proprietário da FAZENDA COQUEIROS, Passo
Fundo, atualmente cidade emancipada que leva o seu nome.
O alferes José Caetano de Oliveira, depois Barão do Tibagy, buscando os rendosos
negócios das tropas de muares, viajava constantemente ao Rio Grande do Sul, na fronteira com o
Uruguai, levando animais para engordar nos Campos Gerais do Paraná, vendendo-os, depois,
nos mercados de São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Bahia.
Os negócios prosperavam, pois, na fazenda, em Palmeira, Dona Cherubina mantinha firme
o leme das atividades domésticas e da produção, não descuidando o casal empreendedor de
encaminhar as filhas e os filhos aos estudos, pois, como diziam, se faziam necessários para o
progresso intelectual. Nessas viagens para o sul, José Caetano adquiriu terras para os seus filhos.
A esposa, Cherubina Rosa Marcondes de Sá, nasceu na Fazenda da Palmeira, nos Campos
Gerais, em 1794. Casou com José Caetano em 27 de novembro de 1814, na Capela de
Tamanduá. José nasceu em Sorocaba, em abril de 1794, e faleceu na Palmeira, Paraná, em 10 de
outubro de 1889.

ANTÔNIO DA ROCHA LOURES

Roselys Roderjan

Antônio da Rocha Loures nasceu a 3 de abril de 1781 em São José dos Pinhais (PR), filho
de João da Rocha Loures e de Ana Ferreira de Oliveira ou de Jesus, ambos nascidos em Curitiba.
Seu avô paterno, Antônio João da Costa (de Loures, Portugal), casou com Maria da Rocha de
Jesus, descendente de Mateus Martins Leme, capitão povoador de Curitiba em 1668 e de
Baltazar da Costa Veiga, dos Prado, Bueno da Ribeira, Pires e Mendonça de São Paulo.
Na lista de Ordenança de 1766 foram registrados na freguesia de São José, Maria Bueno
da Rocha, viúva e seus filhos João Matias de Carvalho e Bernardo, que eram irmãos de Maria da
Rocha de Jesus, esta avó de Antônio da Rocha Loures a qual foi cadastrada com seu marido
Antônio João da Costa, de 60 anos e mais seis filhos, entre eles João da Rocha (Loures) com 19
anos de idade. 0 irmão de Maria Bueno da Rocha, Amador Bueno da Rocha estava viúvo e
possuía 18 escravos e 3 mil cruzados, revelando posses acima da média. Ambos eram filhos dos
paulistas Antônio Bueno da Veiga e Isabel Fernandes da Rocha e netos de Baltazar da Costa
Veiga e Maria Buena de Mendonça.
Antônio da Rocha Loures casou com Joana Maria da Luz ou de Lima, filha de Manoel
José Barbosa (de Portugal) e de Ana Maria, descendente de Joana Gracia das Neves, esta neta de
Baltazar Carrasco dos Reis.
O Livro de Milícia da vila de Curitiba, registrou em 1810 Antônio da Rocha Loures com
29 anos, alferes por patente do governador, a 3 de julho de 186, tenente a 15 de março de 1810 e
capitão a 23 de outubro de 1822.
Antônio da Rocha Loures tomou parte na Real Expedição de Guarapuava, tendo fixado
residência em Belém (atual cidade paranaense de Guarapuava), depois da sua fundação. Em
1840 ele reside no 1º quarteirão do distrito da freguesia de Guarapuava, com sua esposa “dona
Joana Maria Lima” (54 anos), seu filho João (15 anos), e dois escravos, contando com 58 anos
de idade. No 2º quarteirão localiza-se sua estância, que tem nove escravos e cinco agregados.
Residem também em Guarapuava seus genros João Carvalho de Assunção, casado com Maria
Francisca da Rocha e Francisco Aires de Araújo, casado com Gertrudes Escolástica.
Seu testamento está registrado no Cartório Menarim da Comarca de Castro e nele constam
os seguintes filhos:
F 1 Francisco, casado;
F 2 João Cipriano. Vários descendentes no Rio Grande do Sul, região de Passo Fundo.
F 3 Maria Francisca, casada com o capitão João Carvalho de Assunção.
F 4 Gertrudes Escolástica, viúva de Francisco Aires de Araújo.
F 5 Rosa Delfina, viúva de Benedito Mendes de Sampaio.
F 6 Escolástica, casada com Joaquim Alves Ribeiro.
F 7 Joaquina, casada com Benjamim Simões de Oliveira.

Francisco da Rocha Loures e seu irmão João Cipriano saindo de Guarapuava em 1845,
alcançaram os Campos de Nonoai, atravessando o rio Uruguai pelo passo do Goio-En, abrindo
um novo caminho para as Missões. Francisco estabeleceu-se em Guarapuava e João Cipriano foi
residir no Rio Grande do Sul.

INÁCIO TAQUES DE ALMEIDA


José Carlos Veiga Lopes

Na lista de ordenanças de 1766 Inácio Taques de Almeida62 tem 80 anos e esta e moram
com eles os filhos: Inácia Taques Pires, com 31 anos, Manoel Ribeiro de Almeida, com 28 anos
e Eusébio Pedroso de Barros, com 18 anos. As filhas não foram cadastradas. Possuem dois
escravos. Da mesma lista constam sua filha, Antonia Ribeira, casada com José Correia de 43
anos (e o filho Manoel Correia, de 3 anos) e também Ana de Arruda, casada com “Antônio Roiz
Maciel”, de 42 anos e o filho 157
Inácio Taques de Almeida era filho de Lourenço Castanho Taques e Ana Arruda Coutinho;
foi casado em Curitiba com Margarida da Silva, batizada em Curitiba no dia 21 de setembro de
1712, filha de José Martins Leme e Antônia Ribeiro da Silva (havia outra Margarida, batizada
em 6 de janeiro de 179, que deve ter falecido criança); o pai de Inácio era filho de Lourenço
Castanho Taques, o moço e de dona Maria de Araújo, ele irmão de Pedro Taques de Almeida,
que requereu a sesmaria de 174. Inácio nasceu em Itu mais ou menos em 1691, e, como vimos,
não descendia em linha direta de Pedro Taques de Almeida, mas sim por uma linha lateral; ele
foi confundido com Inácio de Almeida Lara, este sim filho de Pedro Taques, que faleceu solteiro
antes do pai, que foi dono da fazenda dos Pinheiros, no atual município de Jaguariaíva. Inácio
Taques de Almeida faleceu em outubro do ano de 1769, com 78 anos de idade e foi inventariado
em 1770; Margarida da Silva faleceu no dia 25 de fevereiro de 1789.
Inácio Taques de Almeida e Margarida da Silva tiveram os filhos (davam aos filhos os
sobrenomes dos padrinhos)
F 1 José Pompeu (de Almeida) (14-VI-1731). Casou em 1760 com Maria de Godói ou
Góes Moreira, estava em São Paulo por ocasião do inventário de seu pai, moraram em São João
de Atibaia, posteriormente veio a falecer em Vacaria.
F 2 Ana de Arruda Coutinho (28-VI-1733, Campos Gerais), casou em 1752 com Antônio
Rodrigues Maciel, filho de Antônio Graces Barreto e Juliana Antunes (moradores no bairro de
Piraquara).
N 1 Margarida.
N 2 Josefa
N 3 Maria
F 3 Inácio Taques de Almeida (mais ou menos em 1735), também conhecido por Inácio
Taques Pires. Casou com Luísa Maria de Quadros, filha de Antônio de Quadros Bicudo e
Antônia Pereira.

62
Roselys Roderjan
N 1 Cel. Balduíno de Almeida Taques ou Balduíno José Taques de Almeida (29-I-
1786). Casou em 8 de fevereiro de 189 com Maria Antônia de Macedo e Silva63, filha de Cirino
Borges de Macedo e Rosa Maria da Silva. Tiveram 5 filhos.
BN 1 capitão José Borges de Almeida Taques, c.c. Manoela Ribas Taques,
filha do sargento-mor Benedito Mariano Ribas, natural de Tamanduá, Curitiba, falecidoem 1842
e de Maria da Luz Ferreira do Sacramento, natural do Rio Grande do Sul.
BN 2 cap. Ignácio Taques de Almeida, natural da Província do Paraná, falecido
em 1883 em Santa Tecla (distrito de Santo Ângelo, RS), casado com Gertrudes Domingues
Bueno, falecida em 1883 em Santa Tecla, filha de Pedro Domingues Garcia/ Bueno e Angélica
Maria Bueno. Sem filhos.
N 2 Ana Vitória de Almeida, casou em 1796 com Lúcio Álvares Martins Gavião,
filho de Rodrigo Félix Martins e Ana Maria de Jesus. Casou64 com Francisco Xavier de
Almeida.
N 3 Maria, morreu criança.
F 4 Manuel Ribeiro de Almeida (ou de Andrade) (mais ou menos em 1739), casou em
Sorocaba em 1781 com Ana Maria Bueno, filha de Pascoal Delgado de Moraes e Maria de
Almeida Bueno.
F 5 Antônia Ribeiro da Silva ou de Almeida (23-X-1741), casou em 1761 no Capão Alto
com José Correia de Moraes, nascido em Atibaia.
N 1 Manuel Correia
N 2 Antônio
N 3 Francisco
N 4 Inácio
N 5 Maria
N 6 Luzia. Casou com Rodrigo Félix Martins, filho de Rodrigo Félix Martinse Ana
Maria de Jesus. (verificar o casamento).
N 7 José
N 8 Branca Bueno de Almeida. Casou com Bernardo Pereira de Quadros, n. 1755 em
Castro, Paraná, filho de Antônio de Quadros Bicudo e de Antônia Pereira dos Santos.
F 6. Maria das Neves (mais ou menos em 1742), parece que morreu solteira.
F 7. Branca de Almeida (31-X-1745, fazenda do Pitangui), casou com Antônio Ferreira de
Andrade
N 1 Antônia
N 2 Francisca
N 3 Maria

63
Neta paterna de Bento Ribeiro Guimaães e Maria Correia de Almeida.
64
Oney Borba. Casos e Causos Paranaenses.
N 4 Bernarda
F 8 Eusébio Pedroso de Barros (3-XI-1747), casou em Rio Pardo
F 9 Escolástica Pedrosa (19-III-1752), ou Escolástica de Almeida, casou com Francisco
Ferreira de Andrade
N 1 Lúcio
N 2 Inácio
N 3 Joaquim
N 4 Eusébio
N 5 José
N 6 Genoveva
N 7 Esméria
F 10 Teresa Maria de Jesus (15-I-1755). Casou com Salvador Soares de Oliveira.
N 1 Bento
N 2 Inácio
N 3 José

FRANCISCO ANTÔNIO DE ARAÚJO

Roselys Roderjan

Francisco Antônio de Araújo e Ana Maria de Jesus Maciel. Pais de:


F 1 Major João Ferreira Maciel, casado com Maria Rosa do Bom Jesus, filha do coronel
Antônio Ferreira Maciel.
F 2 Coronel Manoel Lourenço de Araújo, casado com Maria dos Passos Carneiro.
F 3 Antônio Ferreira de Araújo, casado com Leocádia Emília Ferreira de Araújo e, em
segundas núpcias, com Maria da Conceição Fritz?
F 4 Francisca de Araújo, casada com Jesuíno de Siqueira Cortes.
F 5 Major Domingos Ferreira de Araújo, casado com Olímpia Ferreira Maciel e depois
com Eugenia Fonseca de Araújo.
F 6 Pedro Ferreira de Araújo, casado com Amália Maciel e depois com Balbina da
Siqueira.
F 7 Coronel Misael de Araújo, casado com Maria Cristina da Siqueira e depois com Flávia
Guimarães de Araújo.
F 8 Paulo Ferreira de Araújo, casado com Emília Pacheco de Araújo.
F 9 Ana Luísa de Araújo Maciel, casada com o coronel José Maciel de Sousa.
F 10 Maria Lourenço de Araújo, casada com o coronel Domingos Soares, nascido em
Guarapuava, filho do coronel Joaquim Mendes de Sousa, um dos descobridores dos campos de
Palmas.
F 11 Gertrudes de Araújo Maciel casada com Diogo Maciel.
F 12 Rosa de Araújo Bela, casada com o capitão Vicente Ferreira Belo.
Desses filhos, Negrão65 cita os sete últimos como naturais.

JOSÉ FERREIRA BUENO

Roselys Roderjan

Nascido em Curitiba, filho de João Ferreira de Oliveira Bueno, este casado em 1800 em
Curitiba com Maria Helena do Nascimento, filha de José dos Santos Lima, irmão do padre
Francisco das Chagas Santos, descendentes de Baltasar Carrasco dos Reis. José Ferreira Bueno
por sua avó paterna Rita Ferreira Bueno, descende dos Bueno da Ribeira de São Paulo. Ela era
esposa do sargento-mor Francisco Xavier Pinto nascido em Portugal.
José Ferreira Bueno casou em primeiras núpcias com Inácia Maria da Silva, bisneta de
João Pereira Braga e de Josefa Gonçalves da Silva, povoadores da Lapa. Desse casamento
nasceu Serafim Ferreira de Oliveira e Silva, nascido na Lapa em 1834, onde seu pai fixou
residência, dedicando-se ao tropeirismo. Serafim casou com Júlia Moreira do Amaral, nascida
em Cruz Alta em 1834, na FAZENDA SANTA BÁRBARA, neta do sargento-mór Atanagildo
Pinto Martins e de Ana Joaquina do Amaral. De Serafim e Júlia nasceram treze filhos, que
constituíram a família Ferreira Amaral de Curitiba. Eram todos nascidos na Lapa, com exceção
de Inácia do Amaral Marcondes, casada com Brasileiro Marcondes Pimpão, que passaram a
residir em Palmas (PR).
Do seu segundo casamento, com Maria Bernarda de Ramos, nasceram os seguintes filhos:
F 1 Maria de Jesus, casada em segundas núpcias com Joaquim Antônio Portes.
F 2 Joaquina Francisca, casada com Manoel Fidêncio Guimarães.
F 3 Joana Ferreira de Ramos, casada com Francisco Sampaio e Silva.
F 4 Ana Joaquina ou Ana Jacinta de Ramos, casada com Geniplo Pereira Ramos.
F 5 Manoela, casada com Joaquim Ferreira Bueno.
F 6 Rufino Ferreira Ramos, casado com Rita de Paula Ramos.
F 7 José Ferreira Ramos.

José Ferreira Bueno participou da Real Expedição de Guarapuava. Fidelis Dalci N


BARBOSA da José Ferreira Bueno como fundador da cidade gaúcha de Lagoa Vermelha.

65
Francisco Negrão. Genealogia Paranaense.
ANTÔNIO LOPES DE TOLEDO

Introdução a História de Tibagi. José Carlos Veiga Lopes

Natural de Mapendi (Baependi), bispado de Minas Gerais, filho de Francisco Rafael


Ribeiro e Maria Rosa de Toledo casou em 7-VII-1754 (Capão Alto, Tibagi, PR) com Inácia Dias
de Freitas, filha de Mathias de Freitas e de Teresa Pinta de Jesus. Pais de:
F 1 José Lopes de Toledo, bat. 19-VIII-1755 no Capão Alto. Casou com Maria da Paz.
Com quem teve:
N 1 José Lopes de Almeida, c.c. Antônia Dias de Freitas, filha de Francisco Pereira
(de Ó) e Angela de Freitas (ou Ribeira de Córdola), naturais da Vila de Castro, Bispado de São
Paulo, fregueses desta Capela de São Francisco de Assis.
F 2 Antônio Lopes de Toledo (ou Almeida de Toledo), bat. 16-I-1757. Casado com Tereza
de Toledo Jaques, n. Campos Gerais e filha de Caetano Alvares de Mello e Francisca de Toledo,
nat.s de São Paulo. Pais de:
N 2 Francisco, bat. 16/IX/181 em Santa Maria.
N 3 Irene, bat. Santa Maria em 184.
F 3 Francisco Lopes de Toledo, bat. 1-XI-1758.
Viúvo, casou em 2ªs núpcias com Catarina de Proença, com quem teve:
F 4 Salvador Lopes de Toledo (também assinava Lopes de Almeida), bat. 1-XI-1763.
Casado com Maria Pires, n. Castro. Pais de:
N 4 Josefa de Almeida Silva, Castro, SP, c.c. Américo de Oliveira Ribas, Curitiba,
SP filho de Joaquim Mariano (Ribeiro Ribas) e Maria Ritta (Ferreira Bueno). São fregueses da
Capela de São Francisco de Assis. Pais de:
BN 1 Jeremias Ramão de Oliveira Ribas, n. cerca de 1821. Casou com
Mariana Gavião, filha de Antônio Lopes Gavião e Mariana Francisca de Lima. Foi dos primeiros
fazendeiros do Cadeado, Cruz Alta. Pais de :
TN 1 Lídia;
TN 2 Rosalina;
TN 3 Jovino Eugênio Ribas, n. cerca de 1856.
BN 2 Maria, bat. 20-XI-1827 em São Francisco de Assis. Os pais eram
fregueses desta Capela.
N 3 Salvador do Espírito Santo e Sousa, casado 20-I-1828 com Claudiana Delfina de
Ataíde, filha de Zacarias Soares da Silva, n. 1780 Santo Amaro, c.c. Ana Delfina de Ataíde, n.
lajes.
N 4 Francisca Lopes de Almeida c.c., Januário Gomes de Quevedo, n. Sorocaba.
F 5 Bento Lopes de Toledo, nasc. em 1765.
ANTÔNIO BICUDO CAMACHO

Roselys Roderjan

Antonio Bicudo Camacho, filho de Antonio Bicudo Carneiro e Izabel Rodrigues, natural
de S. Paulo. Casado em cerca de 1635 em Santana do Parnaíba com Maria da Rocha, f.ª de
Diogo Pires e de Izabel de Brito, V. 2.° pág. 6. Faleceu em 1650 deixando 10 f.°s, dos quais:
§ 1 Luís Fernandes n. cerca de 1636 em São Francisco do Sul, Santa Catarina.
§ 2 Miguel Fernandes de Siqueira, n. cerca de 1682 no Rio de São Francisco das Chagas.
§ 3Izabel Bicudo de Brito;

§1

Luís Fernandes n. cerca de 1636 em São Francisco do Sul, Santa Catarina. Casou com
Suzana Siqueira em São Francisco do Sul, Santa Catarina, cerca de 1661 com Suzana de
Siqueira, pais de :
Luiz Fernandes de Siqueira, n. 1662 em São Francisco do Sul, Santa Catarina. Foi casado,
cerca de 1686, em Curitiba, Paraná, com Ana Leme. São os pais de:
F 1 Phelipe Leme de Siqueira, casado com Sebastiana Pedroso de Lima, filha de Antonio
(Garcia) Betim, natural de São Paulo e Maria Nunes, natural de Curitiba.. Os 4 primeiros irmãos
residem em Castro. Pais de:
N 1 Francisca Pedrosa casou em 11 de julho de 1746 com Domingos Antonio Duarte
(de Portugal), filho de Frutuoso Antônio e Maria Luiz Duarte. Pais de Bárbara Antonia Pedroso,
casada em 1765 com José Ferreira Pinto;
N 2 Manoel Rodrigues de Siqueira, c em 29/IX/1763 c/ Joana Esteves de Araújo,
filha de Francisco Xavier Esteves e Maria do Carmo, ambos de Curitiba.
N 3 Antonio de Lima Siqueira, casado em 19/V/1763 em Curitiba com Inácia Pereira
de Quadros, filha de Antonio de Quadros e Antonia Pereira.
N 4 Felipe Garcia de Lima66, casado com Maria Joana (Joaquina), irmã da
precedente.
N 5 Aniceto Rodrigues de Siqueira, c.c. em Curitiba a 15/II/1768 com Ana Mendes
dos Santos.
N 6 Felipe Leme de Siqueira;

66
Junto aos irmãos, residem em Castro (R. Roderjan).
F 2 Izabel Leme da Silva, c.c. Miguel Góis e Siqueira, filho de Luiz de Góis e Maria de
Siqueira, naturais de São Paulo.

§2

Miguel Fernandes de Siqueira, n. cerca de 1682 no Rio de São Francisco das Chagas.
Casou com Maria Luís em cerca de 177 em Curitiba, Paraná, com
Maria Luís Tigre de (Cortez) Lima.
Eles tiveram os seguintes filhos:
F 1 Antônio Fernandes de Lima (ou de Siqueira) casado com Maria Paes Domingues (ou
Domingues de Guadalupe) em 28/I/1751 em Curitiba, filha de João Paes Domingues e Maria do
Espírito Santo.
Antônio também se casou com (2º) Rita Maciel, filha de coronel Antônio Antunes Maciel
e Maria Paes Domingues, em 1749 em Sorocaba.
Antônio também se casou com (3º) Catarina de Siqueira Cortes, filha de Luís de Góes e
Maria de Siqueira Cortes.
Eles tiveram os seguintes filhos:
N 1 Maria da Conceição que casou-se com Francisco Dias Palhano, filho de Luís
Palhano de Azevedo e Maria Dias Domingues, em 16 setembro 1754 em Curitiba.
N 2 Maria Dias de Siqueira, que casou-se com Manuel Dias Colaço, filho de
Francisco de Souza Aguiar e Felícia Dias de Meira. Manuel nasceu c.1713 em Curitiba.
N 3 Maria Luís, que se casou com Antônio Rodrigues Lisboa em 23 fevereiro 1759
em Curitiba.
N 4 Ana Luís de Siqueira, casou-se com Manuel Rodrigues da Luz, filho de
sargento-mor Antônio Rodrigues de Lara e Maria Rodrigues Antunes, em 1738 em Curitiba.
F 2 Luzia Fernandes de Siqueira, c.c. Francisco da Silva Xavier, filho de João da Silva
Redondo e Clara Marinho. Residiram em Ponta Grossa.
F 3 Teresa de Jesus nasceu c.1729.
F 4 Agostinho Fernandes nasceu em 8 de setembro 1710 em Curitiba.
F 5 João nasceu em 8 de setembro de 1710 em Curitiba, c.c. em Curitiba com Joana
Barboza de Góis, desta, filha de Antônio Soares e Ana Barboza de Góis.
F 6 Mariana Pires Camacho, c 7/VII/1760 em Curitiba c. João Barboza Leme, filho de
João Barbosa Leme e Benta de Góis, ambos de Curitiba.
F 7 Maria Luiz, c.c. Felipe de Santiago, pais de:
N 1 Luiz Fernandes de Santiago, c.c. 1ª núpcias com Maria Rodrigues de Assumpção
e em 2ªs núpcias com Joana Esteves Nunes
N 2 Francisco Luiz de Oliveira, casado em 14/X/1750 em Curitiba com Tereza Dias
Palhano, filha de Luiz Palhano de Azevedo e sua mulher Maria Domingues.

§3

Izabel Bicudo de Brito, casou em 1634 em S. Paulo com Sebastião Fernandes Camacho f.
de Sebastião Fernandes Camacho e de Maria Affonso. Faleceu em 1667 em Guaratinguetá,
deixando 4 f. s, sendo 3 varões que em 1675 estavam em caminho do sertão. São pais de:
F 1 Sebastião Fernandes Camacho casado com Joanna Brandão de Vasconcellos. Teve q.
d.:
N 1 Antonio Bicudo Camacho, natural de Guaratinguetá falecido em 1744 (C. P. de
S. Paulo) que casou em 1688 na freguesia de Nazareth com Izabel da Cunha de Siqueira f. de
Lourenço de Lemos e de Maria de Freitas. Com 3 filhos, dos quais.
N 2 Manoel Fernandes Camacho, † solteiro em 1739 em Guaratinguetá.
F 2 Manoel Fernandes Camacho
F 3 Antonio Bicudo Camacho67.
F 4 Maria de Brito Bicudo

CAPITÃO MIGUEL RODRIGUES RIBAS

José Carlos Veiga Lopes

O capitão Miguel Rodrigues Ribas nasceu em Vila Franca de Viana, arcebispado de Braga,
em 1694, foi casado com Maria Rodrigues de Andrade, filha de Lourenço de Andrade e Isabel
Seixas, nascida em 15 de agosto de 176 em Curitiba. Em Curitiba exerceu os cargos de
Governança e juiz de órfãos. Foi dono da FAZENDA BOQUIERÃO (atualmente nos municípios
de Ponta Grossa e Carambeí) e Tucum (mun.de Castro). Faleceu em 15 de novembro de 1774 e a
fazenda do Boqueirão ficou para seu filho Miguel Ribeiro Ribas. A FAZENDA DO TUCUM
ficou para seu filho, doutor Lourenço Ribeiro de Andrade, e, pela morte deste para o capitão
Francisco de Paula Ribas.
Capitão Miguel Rodrigues Ribas, natural de Portugal, casado com Maria Rodrigues de
Andrade, que possuia terras nos campos gerais, bem como seus dois filhos homens.
Cap. 1 Isabel Ribeiro Ribas, faleceu solteira.
Cap. 2 Miguel Ribeiro Ribas casado com Clara Maria Domingues.
Cap. 3 Lourenço Ribeiro de Andrade68.

67
Deve ser o marido de Maria dos Passos Duarte.
68
ver capítulo 10 - Tucum, no livro de José Carlos Veiga Lopes sobre o povoamento de Castro.
Cap. 1
Isabel Ribeiro Ribas, faleceu solteira.

Cap. 2

Capitão Miguel Ribeiro Ribas, nascido a 25 de maio de 1722.


Casou com Clara Maria Domingues de Morais, natural de Curitiba PR, filha do Capitão
Amaro de Borba Pontes e de sua segunda esposa Izabel Cardoso de Morais. Tiveram 14 filhos:
F 1 Guarda-mór Victor Mariano Ribeiro Ribas, nascido a 3 de fevereiro de 1747, casou-se
com Mariana Ferreira Prestes (ou Bueno):
N 2 Sargento-mór Benedito Mariano Ribas697071, natural de Tamanduá, Paraná, e
falecido no ano de 1842. Casou-se com a viúva Maria da Luz Ferreira do Sacramento, natural do
Rio Grande do Sul, tiveram 13 filhos.
F 2 Antonia Maria Rodrigues Ribas, casada com Manoel José Ferreira.
F 3 Benedicta Maria Rodrigues, casada com Francisco Adão.

69
Benedito Mariano Ribas e Maria Ferreira do Sacramento tiveram os seguintes filhos: Benedito Mariano Ribas,
casado com Maria do Rosário Carneiro, filha de Leonardo de Souza Pereira e de Rufina Maurícia Carneira; João
Mariano Ferreira Ribas, casado com Maria Joana de França Ribas; Francisco de Assis Ribas, casado em primeiras
núpcias com Maria Balduína de Macedo Taques e em segundas com Damásia da Rocha Ribas; Manuel Ferreira
Ribas, casado com Francisca Leocádia Lustosa de Andrada, filha de Ricardo Lustosa de Andrada e Francisca das
Chagas Silva Carrão; Vitor Mariano Ribas, faleceu solteiro com 18 anos; Mariana Ribas, casada com Manuel
Antônio dos Santos; Maria Joaquina Ribas, casada com Paulino Aires de Aguirre, filho de Salvador de Oliveira
Aires; Clementina Ribas, casado com José do Amaral Gurgel; Manuela Ribas Taques, casada com José Borges de
Almeida Taques, filho de Balduíno de Almeida Taques e Maria Antônia Borges de Macedo; Ana do Nascimento
Ribas, casada com Cândido Xavier de Almeida e Souza; Luísa Ribas, casada com Joaquim José Correia, filho do
José Francisco Correia e Maria Conceição Coelho; Delfina Ribas, casada com Manuel Pinto (ou de Pinho) Soares
Mourão; Bárbara, casada com Joaquim Procópio de Souza e Castro; Mécias Ribas, desapareceu em Pitangui aos 8
anos de idade, apesar de procura de mais de um mês por cerca de 200 pessoas.
O sargento-mor Benedito Mariano Ribas faleceu na fazenda de Ponta Grossa (Pitangui) às duas horas mais ou
menos da tarde do dia 23 de outubro de 1839. Seu inventário foi realizado em 1840 e havia de bens de raiz: uma
morada de casas na freguesia de Ponta Grossa de 92 palmos de frente, construída em círculo (?) de paredes de pedra
e cal e repartimentos de paredes de mão, com as salas e alcovas forradas e aparelhadas, janelas envidraçadas, com
varandas, cozinha e quintal; uma morada de casas sitas nos campos de Pitangui, com uma capela, os ornamentos da
mesma velhos e algumas imagens e mais duas moradas de casas paredes de mão, mangueiras, quintal e mais
benfeitorias pertencentes à mesma fazenda; os campos pertencentes à fazenda de Pitangui, que suas confrontações
constavam da sesmaria e várias campinas, e um rincão denominado São Miguel; as terras lavradias com sesmaria de
meia légua em quadra constantes do auto de posse e medição das mesmas; o potreiro das Uvaranas, anexos ou perto
da freguesia da Ponta Grossa; os campos e matas da sesmaria de Itaiacoca, inclusive um pedaço de campos que eram
pertencentes ao potreiro das Uvaranas, cujas eram emendadas na mesma sesmaria de Itaiacoca, com uma porção de
mourões de cerne no pasto denominado Inácio Dias. Não apareceu o imóvel Cachoeira.
Maria Ferreira do Sacramento foi inventariada em 1847, nos seus bens de raiz não constavam os imóveis Cachoeira
e São Miguel. Anos mais tarde, um viajante vindo da Ponta Grossa, atravessou o rio Pitangui por uma ponte de
madeira de 166 palmos de comprimento, seguindo-se a ele o campo chamado Cachoeira e a 1300 braças chegou à
fazenda de criação chamada Boqueirão, que contava com alguns pequenos recursos (J. Carlos Veiga Lopes).
70
Benedito Mariano Ribas casou com Maria da Luz Ferreira do Sacramento. Ela era viúva do furriel (em alguns
documentos tenente) Joaquim Antônio de Oliveira, falecido no dia 1º de abril de 189 de febre podre, de repente e por
isso sem sacramentos tendo eles um filho, Antônio, nascido no dia 6 de fevereiro de 189 e batizado na matriz de
Castro no dia 4 de março; o filho Antônio Joaquim de Oliveira, veio a casar-se e divorciou-se depois, com Isabel
Caetana de França, filha de Domingos Inácio de Araújo e de Josefa Joaquina Pinheiro de França (J. C. Veiga Lopes).
71
Tropeiro - Benedito Mariano Ribas Foi proprietário de terras na região do Pitangui e por ocasião da morte de sua
mulher, declarou no inventário ser possuidor de uma tropa com doze bestas mansas.Um jornal sorocabano de 1877
registra a presença do tropeiro Benedito Mariano Ribas na Feira daquele ano (Museu do tropeiro, Castro)..
F 4 Gertrudes Maria Rodrigues, casada com Alferes Manoel Alves Gusmão, natural de São
Sebastião SP.
F 5 Guarda-Mór Joaquim Mariano Ribeiro Ribas, falecido a 13 de maio de 1836 em
Curitiba PR, casado com Maria Rita Ferreira Bueno, falecida em 27 de julho de 1850, filha do
Sargento-mór Francisco Xavier Pinto e Rita Ferreira Bueno (Gen. Paulistana vol. 4º, pg. 455).
Pais de, qd:
N 1 Ana Maria de Oliveira, c.c. Antônio Antunes da Costa. . O testamento da esposa
foi autuado em Cruz Alta a 4/IV/198. Na época do testamento, afirmava que tinha bens, além de
em Cruz Alta, nos municípios de Santo Ângelo e São Miguel. Foram pais de:
BN 1 Dr. Antônio Antunes Ribas, nat. Santo Ângelo, a 8/VIII/1844. Juiz de
Direito. Ocupou o cargo de Procurador Geral do Rio Grande do Sul durante o período de 31 de
dezembro de 1892 a 28 de setembro de 1898. Faleceu em 21 de junho de 194.
BN 2 Salvador Antunes Ribas.
BN 3 João Antunes Ribas.
BN 4 José Antunes Ribas.
BN 5 Bárbara Antunes Ribas. Casou com Joaquim Gomes Pinheiro Machado.
F 6 José Maria Ribeiro Ribas, falecido solteiro em 1796 com 30 anos de idade.
F 7 Maria Clara Ribas, nascida em 1768, casada com Thomé José Monteiro Braga.
F 8 Gabriel Ribeiro Ribas, solteiro com 26 anos em 1770.
F 9 Raphael Ribeiro Ribas, nascido em 1796.
F 10 Serafim Ribeiro Ribas72, solteiro com 24 anos em 1796.
F 11 Clara Maria Rodrigues, casada com Francisco José de Almeida, falecido a 29 de maio
de 1796.
F 12 Córdula Maria Rodrigues Ribas, faleceu solteira com 61 anos, a 17 de junho de 1826
em Curitiba PR com testamento.
F 13 Victorina, nascida a 26 de novembro de 1748 e falecida a 25 de maio de 1768 .
F 14 Maria, falecida aos 19 anos solteiros a 29 de maio de 1769.

Cap. 3

Lourenço Ribeiro de Andrade73 nasceu em Curitiba a 24/IX/1724, casou com Isabel de


Borba Pontes, filha do capitão Amaro de Borba Pontes e de sua segunda mulher Isabel Cardosa
de Moraes, natural de Guarulhos, falecida em 13/X/1771. Que se descobriu:

72
Pode tratar-se do seguinte: Serafim Ribeiro Ribas,, c.c. Auta Alexandrina de Bittencourt, filha de Manoel Antonio
de Bittencourt ( inv foi autuado em 1815, era natural de Santo Antonio da Patrulha, filho de Antonio de Bitancourt
(SIC) e de Mariana de Bitancourt) e de Alexandrina Maria Pereira, falecidaen 13.11.1831 natural de N. S. do
Rosário de Rio Pardo, filha do Tenente Salvador Martins Pereira e Lourensa Maria. Foi fazendeiro no Rio Grande do
Sul, nas Missões.
73
ver cap 10 - Tucum, do livro sobre sobre o povaomento de Castro.
F 1 Ana Maria do Espírito Santo Ribas (13/II/1760), casada com José Antônio Pinto.
N 1 Lourenço Pinto de Sá Ribas, casou em 16 de junho de 1816 com Joaquina
Francisca da Purificação (temos a relação dos seus filhos).
F 2 José Antônio Ribeiro de Andrade, casado com Joana Maria de Jesus.
F 3 Tenente-coronel Francisco de Paula Ribas (4/X/1764), casado com a Maria Joaquina
Marcondes de Sá, natural de Pindamonhangaba, filha de Antônio Marcondes e Maria Joaquina
de Sá. Ele faleceu em 23 de dezembro de 1820 e ela em 1863.
N 1 Alferes Lourenço Marcondes Ribas (24/IV/1796), casou com Querubina da
Silva Leiria, filha de Antônio da Silva Leiria e Isabel dos Santos Martins.
N 2 Cândido Marcondes Ribas (11/VI/1797), cremos que era solteiro.
N 3 Serafim Marcondes Ribas faleceu solteiro, tinha filho natural João Marcondes
com Clara Gomes.
N 4 Ana Maria, casada em 1820 com José Marcelino Carneiro, filho de Veríssimo
Carneiro dos Santos e Rita Maria do Nascimento.
N 5 Maria Caetana Marcondes (24/I/182), casada em 3 de marõ de 1835 com
Modesto Antônio de Oliveira, natural da vila de São Carlos, filho de Manuel Fernandes e
Custódia Mariana.
N 6 Francisca de Paula, casou com Antônio Gomes de Araújo.
BN 1 a BN 7 Francisco, João, Fortunato, Benedito, Cândida , Ana e Maria.
F 4 Maria Ângela Eufrosina Ribas (5/IV/1766), casada com o capitão José Antônio
Mendes Vieira.
F 5 Francisca de Paula Ribas ( (15/VII/1768), casada em 19/XI/185 com o comendador
Manuel Mendes Leitão, filho de Bernardo Mendes e de Maria Joaquina.
N 1 Padre Matias Carneiro Mendes de Sá.
N 2 Francisco das Chagas Mendes de Sá.
N 3 Manuel Antônio Mendes de Mesquita.
N 4 João Antônio Mendes de Sá.
N 5 Olinto Mendes de Sá.
N 6 Cândido Mendes de Sá.
N 7 Ildefonso Mnedes de Sá.
N 8 Luísa de Oliveira Mendes de Sá, casada com João de Deus Oliveira
N 9 Francisca de Paula Mendes, faleceu solteira.
N 10 Maria Ursulina Mendes, faleceu solteira.
N 11 Maria da Glória Mendes, faleceu solteira em 24 de agosto de 1893.
N 12 Libânia Mendes de Sá, faleceu solteira.
N 13 Joaquim Antônio Mendes.
F 6 capitão Manuel José de Borba Ribas (17/I/1770), casado com Maria Rita de Lima.
F7 capitão-mor Antônio Ribeiro de Andrade (13/VI/1762) , casado com Francisca de Paula
Carneiro, filha de Francisco Carneiro Lobo e de dona Maria de Jesus Vasconcelos. Ele faleceu
em 27 de julho de 1829.

LUÍS DE GÓIS

Roselys Roderjan, José Carlos Veiga Lopes

a) Antonia de Góis, casada com Matheus Martins Leme, povoador de Curitiba.


b) Luis de Góis74, que assinou a ata do levantamento do Pelourinho em Curitiba, em
novembro de 1668, conseguiu nesse mesmo ano uma sesmaria de terras, passada em Curitiba
pelo capitão-mor de Paranaguá, Gabriel de Lara. Luis de Góis casou com Maria de Siqueira
Cortes, filha de Inocêncio Fernandes Preto (o moço) e de sua primeira mulher, Maria de
Siqueira, naturais de São Paulo e aí residentes. Inocêncio é filho de Inocêncio Fernandes Preto (o
velho), casado com Catarina Cortes, que residiam em São Paulo em 1634 e neto de Domingas
Antunes, a sexta filha de Antonio Preto, o qual veio de Portugal com sua mulher e seus filhos,
para povoar São Paulo de Piratininga, em 1562. Domingas Antunes, casada com Gaspar
Fernandes, teve também Maria Lucas, de quem descende Isabel Antunes casada com Baltasar
Carrasco dos Reis.
Luis de Góis e Maria de Siqueira Cortes tiveram, naturais de Curitiba, os seguintes filhos:
F 1 Catarina de Siqueira Cortes, casada com Antonio Fernandes de Siqueira, que tiveram
quinze filhos.
F 2 Miguel de Góis de Siqueira, casado com Isabel Leme da Silva. que tiveram doze
filhos.
N 1 Luís de Góes de Siqueira era filho de Miguel de Góes de Siqueira e de Maria de
Siqueira (Isabel Leme da Silva, conforme Negrão) nasceu em 1719, casou no Tamanduá em 22
de novembro de 1760 com Maria de Pina, filha de Pedro da Maia e de Josefa de Melo. Tiveram
os filhos:
BN 1 Manuel (19-IX-1761)
BN 2 Maria (4-IV-1763)
BN 3 Miguel (1-XI-1764)
BN 4 Josefa (11-I-1767)
BN 5 José (15-XI-1768), batizados no Tamanduá pelo padre João da Silva
Reis (BN 1/5)
BN 6 Inácia (9-VII-1771)

74
Irmão de Antônio de Góes. Antônio de Góis, filho de Miguel de Góis e Isabel Martins e Siqueira, era casado com
Ana Rodrigues de Oliveira, filha de José da Veiga de Godói e Ana Cardosa. Tiveram os filhos Gertrudes
(27.1.1770), Júlia (26.7.1771), José (30.12.1773), Felisberto (21.5.1779), Evaristo (3.11.1783).
BN 7 Antônio (23-VIII-1773)
BN 8 Luís (12-IX-1775)
BN 9 João (17-VIII-1778)
BN 10 Joana (30-X-1780)
BN 11 Antônia (19-VI-1783)
BN 12 Gertrudes (4-IX-1785), na freguesia de Santo Antônio da Lapa.
Na relação de 1765 encontramos Luís de Góes de Siqueira, 40 anos, uma arma, casado
com Maria E. Pina, os filhos Manuel de Siqueira, 2 anos e Miguel de Góes, 1 ano.
Na relação de 1772, Luís de Góes tinha um sítio distante da estrada meia légua onde havia
20 vacas de ventre, 8 novilhas, 2 touros, 2 éguas mansas, 1 porca, 1 marrão, 3 leitões, semeava
de milho meio alqueire e colheria 50 mãos, quarta e meia de feijão e colheria 8 alqueires.
Na lista de 1775, Luís de Góes, 48 anos, casado, morava no Rio dos Patos.
Na lista de 1776 encontramos: Luís de Góes, auxiliar, 44 anos, a mulher Maria de Pina, 25,
os filhos Manuel, 8, Miguel, 3, Luís, 1, Maria, 6, Josefa, 2 e Inácia, 4. Tinha 20 reses, 5 éguas e
vivia das suas lavouras.
Luís de Góes faleceu em 29 de outubro de 1796 com mais ou menos setenta anos.
N 2 Antônio de Góis, filho de Miguel de Góis e Isabel Martins e Siqueira, era casado
com Ana Rodrigues de Oliveira, filha de José da Veiga de Godói e Ana Cardosa. Tiveram os
filhos:
BN 1/5 Gertrudes (27-I-1770), Júlia (26-VII-1771), José (30-XII-1773),
Felisberto (21-V-1779), Evaristo (3-XI-1783). Moradores na Lapa.
F 3 Francisco de Siqueira Cortes, em cujo testamento revelou que era casado com Catarina
Mendes Barbudo, filha do português Gregório Mendes Barbudo, que depois ordenou-se e de sua
mulher Francisca Maciel Sampaio, vindos da Cananéia para Paranaguá.
F 4 Antonio de Siqueira Cortes, casado com Maria das Neves, teve Pedro de Siqueira
Cortes, que se uniu pelo primeiro casamento com Ana Gonçalves Coutinho, aos Rodrigues de
França e com seu segundo casamento, com Maria Dias Palhano, aos Palhano de Azevedo de
Paranaguá e aos Pais Domingues. De Pedro de Siqueira Cortes e Ana Gonçalves Coutinho
descendem os Siqueira Cortes e os Araújo, povoadores da cidade paranaense de Palmas.
Segundo José Carlos da Veiga Lopes.
Baltazar de Góes.
Na relação de 1 765 encontramos Baltasar de Góes, 40 anos, 1 arma, casado com Antônia
Alves, os filhos Jerônimo de Góes, 12, Manuel de Góes, 10, Francisco de Góes, 8, Gregório de
Góes, 6, , Manuel Alves, 4 e Salvador de Góes, 2. Na relação de 1776 encontramos a casa de
Baltasar de Góes, 56 anos, a mulher Antônia Álvares, os filhos Jerônimo, Manuel, Francisco,
Gregório, Manuel, Salvador, Antônio, Baltasar, Maria e Inácia.
Na lista de 1775 encontramos no Campo do Tenente a casa de Baltazar, 50 anos, casado,
com os filhos Jerônimo de Góes, 25 anos e Manuel, 20 anos, solteiros
No dia 16 de maio de 1778 Jerônimo Alves do Rosário, filho de Baltasar e Góes e Antônia
Alves Bicuda, casou-se com Vitoriana Nunes de Siqueira, filha de José de Siqueira e Inácia
Nunes de Jesus.

MIGUEL FERNANDES DE SIQUEIRA

Roselys Roderjan, Antônio Roberto Nascimento, João Simões Lopes Fo

Miguel Fernandes de Siqueira75, filho do capitão-mor Sebastião Fernandes Camacho e de


Margarida de Siqueira. Neto paterno de Capitão Antônio Bicudo Camacho Sênior, natural de
São Paulo, morto antes de 1712, e de Maria dos Passos Duarte, natural de Curitiba. Miguel
casou-se com Maria Luís Tigre de (Cortez) Lima. (Antônio Roberto do Nascimento, São
Francisco do Sul. Já Ermelino Agostinho de Leão aponta como os pais dele o Luiz Fernandes e a
Suzana de Sequeira, moradores em Paranaguá. O Miguel Fernandes de Siqueira faleceu com
noventa anos em 1751 (Dicionário do Paraná: 1929, 133).
Eles tiveram os seguintes filhos:
F 1 Ten. Antônio Fernandes de Lima, nasceu em Curitiba- PR. Casou-se com (1ª núpcias)
Maria Domingues de Guadalupe, filha de João Pais Domingues e Maria do Espírito Santo. Maria
nasceu em Curitiba- PR. Eles tiveram os seguintes filhos:
N 1 Eulália da Gama Pais, c. em Rio Pardo a 1773 com Manuel Teixeira de
Azevedo;
N 2 João Batista Fernandes, bat. Rio Pardo a 25/XII/1759, c. Rio Pardo com
Gertrudes Teresa de Menezes,
N 3 Manuel Fernandes de Lima, bat. Rio Pardo a 29/VII/1762. Casou-se com
Bárbara Maria da Silva, filha de Marcos Gomes e Maria Gonçalves Braga, em 29 maio 1794 em
Alegrete- RS. Bárbara nasceu em Laguna- SC. Eles tiveram os seguintes filhos:
BN 1 Alexandrina Fernandes de Lima. Casou-se com Inácio Rodrigues dos
Santos, filho de alferes Joaquim Rodrigues dos Santos e Teresa Maria de Jesus. Pais de:
TN 1 Victalina Fernandes. Foi casada com o ten. Leandro Rodrigues
76
Fortes .
N 4 Luzia Francisca, n. Rio Pardo, cerca de 1764, onde casou em 1777 com João

75
No dia 20 de julho de 1795 Silvestre Preto de Oliveira vendeu para Antônio Gonçalves Padilha uma sorte de terras
e campos que tinham princípio na barra do Tubaúna correndo rio Grande acima até a divisa com Joaquim Cardoso
correndo ao rumo do sul até entestar com terras que foram de Josefa da Silva, pela composição que o vendedor fizera
com a dita e constava dos autos de apelação e um termo que neles se achava, cujas terras houve ele vendedor por
compra que fizera a Bernardo José e sua mulher por escritura passada na vila de Curitiba (J. C. Veiga Lopes).
76
Descendentes nas Missões, Rio Grande do Sul, São Borja e São Francisco de Assis.
Manuel Cardoso,
N 5 Francisco Fernandes de Lima, n. Curitiba e c. Rio Pardo em 1790 com Isabel
Francisca do Amor Divino, filha de Francisco Xavier de Godói e Rita Maria, nats de São Paulo.
Pais de, qd:
BN 1 Fortunato Fernandes de Lima, c.c. Joaquina Andreza do Nascimento.
Esses dois, em 12 de dezembro de 1826, batizam Josefina, filha dos índios João da Cruz, do
Povo de São Miguel e Maria Justa, da Capela de Santa Maria da Boca do Monte. Já teriam vindo
de Alegrete, porque naquela Capela Curada batizaram, em 14-VI-1825, o filho Guilhermino,
servindo de padrinhos os avós paternos, Francisco Fernandes Lima e Izabel Francisca Fernandes
Lima.
N 7 Guiomar de Lima Cortes, n. Castro e c. Cachoeira em 1784 com José Cabral da Silva e
a 2ª vez, a 1/VII/1796 com Agapito da Silva e Sousa, nat. Curitiba. Pais de:
BN 2 Guiomar, bat. 181 em Santa Maria.
BN 3 José, bat. 184 em Santa Maria.
BN 4 Maria, bat. 188 em Santa Maria.

Antônio (F 1) também se casou com (2ª núpcias) Rita Maciel, filha de coronel Antônio
Antunes Maciel e Maria Paes Domingues, em 1749 em Sorocaba.
Antônio também se casou com (3ª núpcias) Catarina de Siqueira Cortes, filha de Luís de
Góes e Maria de Siqueira Cortes. Eles tiveram os seguintes filhos:
N 1 Maria da Conceição. Casou-se com Francisco Dias Palhano, filho de Luís Palhano
de Azevedo e Maria Dias Domingues, em 16 de setembro de 1754, em Curitiba.
N 2 Maria Dias de Siqueira. Casou-se com Manuel Dias Colaço, filho de Francisco de
Souza Aguiar e Felícia Dias de Meira. Manuel nasceu c.1713 em Curitiba.
N 3 Maria Luís. Casou-se com Antônio Rodrigues Lisboa em 23 fevereiro 1759 em
Curitiba;
N 4 Ana Luísa de Siqueira. Casou-se com Manuel Rodrigues da Luz777879, nascido
mais ou menos em 1717, era filho do sargento-mor Antônio Rodrigues de Lara e de Maria
Rodrigues Antunes; casou-se com Ana Luísa de Siqueira, filha de Antônio Fernandes de
77
Na relação de 1772 a fazenda ou sítio de Manuel Rodrigues da Luz, distante da estrada duas léguas e meia, tinha 8
vacas, 3 novilhas, 1 touro, 3 éguas mansas, 1 pastor, 2 ovelhas, 5 capados, 2 porcas, 5 leitões, 1 marrão, semeava de
milho meio alqueire que dariam 30 mãos e meio alqueire de feijão, que colheria 10 alqueires.
Na lista de 1775 encontramos no Capivari casa de Manuel da Luz, 57 a nos, casado, os filhos solteiros Joaquim, 38
anos, Antônio, 34 anos, Julião, 36 anos, Silvestre, 30 anos, José, 32 anos e Francisco, 10 anos, sendo que Joaquim,
José e Francisco estavam ausentes para Viamão.
Na lista de 1776, Manuel da Luz, auxiliar, tinha 50 anos, a mulher Ana Luísa, 40, os filhos João, auxiliar, 16 anos,
Manuel , auxiliar, 14 anos, Silvestre Luís, auxiliar, 23 anos, Gertrudes 12 anos e Quitéria. Tinha 20 reses, 7 éguas e
vivia de suas lavouras (J. C. Veiga Lopes).
78
Quitéria Souza de Siqueira, filha de Manuel Rodrigues da Luz e de Ana Luísa de Siqueira, naturais de Curitiba,
casou-se no dia 8 de janeiro de 1784 (Lapa) com Miguel Dias Fernandes, natural de Santo Amaro, filho de João Dias
Leme e Maria Pires Rocha (J. C. Veiga Lopes).
79
Joana de Siqueira Cortes, filha de Manuel da Luz, casou-se em 7 de agosto de 1761 em Curitiba com Manuel
Batista de Castilho, filho de João Batista Castilho e Ana Maria de Góes.
Siqueira e Catarina de Siqueira Cortes. Tiveram os filhos:
BN 1 Joana (2-VII-1739)
BN 2 João (16-V-1741)
BN 3 Julião (30-V-1744)
BN 4 Silvestre (7-I-1747)
BN 5 Antônio (7-VI-1750)
BN 6 Quitéria (10-VI-1753, Tamanduá)
BN 7 José, (mais ou menos em 1756)
BN 8 Francisco (6-III-1757, Tamanduá)
BN 9 Gertrudes (25-IV-1759)
BN 10 Manuel (mais ou menos em 1762)
BN 11 Quitéria (8-VII-1764)
N 12 Isabel, c.c. Diogo Gonçalves Ribeiro80. Pais de:
BN 1 Antônio Gonçalves Ribeiro;
BN 2 Antônia de Siqueira Cortes, casada com João Machado;
BN 3 Ana de Siqueira Cortes, casada com Manuel Ferreira Funchal;
BN 4 Maria de Siqueira Cortes, casada com José Antônio;
BN 5 Francisco;
BN 6 Beatriz de Siqueira Cortes, casada com Salvador Ferreira de Castilho.
Inúmeros descendentes em Lages.
BN 7 Francisca;
BN 8 Manuel;
BN 9 Joana de Siqueira Cortes, casada com Manuel Lourenço.

Antônio Fernandes de Siqueira (4ª núpcias) casou, viúvo de Rita Antunes, a 30/I/1780 em
Cachoeira com Joana, fleg. de Francisco Lopes e Maria Francisca, da mesma freguesia. Pais de:

80
Diogo Gonçalves Ribeiro, natural de Itanhaém, era filho de Domingos Gonçalves Ribeiro e de Isabel Cardoso,
casou-se em 19 de setembro de 1758 com Isabel Siqueira Cortes, filha do capitão Antônio Fernandes de Siqueira e
de Catarina de Siqueira Cortes. Era concunhado de Manuel Rodrigues da Luz.
Na lista de 1765 encontramos Diogo Gonçalves Ribeiro, 27 anos, uma arma, um escravo, casado com Isabel de
Siqueira, o filho Antônio Gonçalves Ribeiro, 5 anos.
Na relação de 1772 encontramos o sítio de Diogo Gonçalves Ribeiro, ao pé da freguesia, distante da estrada uma
légua, tinha 7 vacas, 3 novilhas, 2 touros, 3 éguas mansas, 2 porcas, 5 leitões, 1 marrão, 1 escrava, semeava meio
alqueire de milho e colheria 80 mãos e quarta e meia de feijão e colheria 10 alqueires.
Na lista de 1775 encontramos a casa de Diogo Gonçalves, 40 anos, casado.
No dia 31 de outubro de 1775 Antônia de Siqueira Cortes, filha de Diogo Gonçalves Ribeiro e Isabel de Siqueira
Cortes, casou-se com José Joaquim de Figueiredo, filho de José Correia de Oliveira e Maria de Figueiredo.
Na lista de 1776 encontramos Diogo Gonçalves, auxiliar, 43 anos, a mulher Isabel de Siqueira, 28 anos, os filhos
Francisco, 7, Manuel, 4, Ana, 11, Maria, 9, Beatriz, 6, Francisca, 5 e Joana, 2. Tinha 1 escravo, 14 reses, 11 éguas e
vivia de sus lavouras
Diogo e Isabel tiveram os filhos: Antônio Gonçalves Ribeiro; Antônia de Siqueira Cortes, casada com João
Machado; Ana de Siqueira Cortes, casada com Manuel Ferreira Funchal; Maria de Siqueira Cortes, casada com José
Antônio; Francisco; Beatriz de Siqueira Cortes, casada com Salvador Ferreira de Castilho; Francisca; Manuel; Joana
de Siqueira Cortes, casada com Manuel Lourenço.
N 13 Evaristo Fernandes de Siqueira, nat. de Cachoeira do Sul e casado com Maria
Silvana do Espírito Santo, n. Rio Pardo e filha de Antônio? Pereira Simões. Pais de:
BN 5 Helena, bat. Uruguaiana a 1/II/1825.
Antônio Fernandes de Lima, n. Freguesia de Nossa Senhora da Luz de Curitiba e falecido
no campo dos Tapes, em cuja passagem os mataram os índios a 17 de novembro de 1772.
O inventário do Ten. Antônio Fernandes de Lima foi autuado em Rio Pardo a 9/XII/1772,
sendo inventariante a viúva (1º C, Órfãos e Ausentes, nº 7 maço 1).

JOÃO ANTUNES MACIEL

Adaptado de Roselys Roderjan

João Antunes Maciel, alistado em 1-XI-52 que identificamos como filho do Miguel
Antunes Maciel e de Maria Pais Domingues (Silva Leme, I, 135). Miguel Antunes Pereira, filho
do anterior, alistado na mesma data. Francisco Soares Antunes, alistado em Curitiba, a 28-VI-
52. Manoel Soares Pais, alistado em 14-V-52 em Itú, ambos irmãos do João Antunes Maciel
acima referido, sendo portanto sobrinhos do Cel. Antonio Antunes Maciel (nosso ascendente)
que com seus irmãos (João a Gabriel) integravam a bandeira do Pascoal Moreira Cabral Leme,
que descobriu em 1718 o ouro de Cuiabá (Paulo Xavier, I N Paulsitas Precursores de Porto
Alegre).
João Antunes Maciel, casado com Joana Garcia Carrasco, filha de Miguel Garcia Carrasco
e Ana Barbosa, pais de:
F 1 Cel. João Antunes Maciel81, c.c. Luiza Leme, filha do Cap-mor Thomé de Lara e
Maria de Almeida Pimentel, pais de:
N 1 Joana Garcia Maciel;
N 2 Miguel Antunes Carrasco.
Em segundas núpcias, casou com Maria Paes de Jesus, filha do Cap. Domingos Soares
Paes, n. Paranaguá, filho de Manoel Soares e Maria Paes. São pais de:
N 3 Domingos Soares Maciel;
N 4 Luiz Soares Maciel;
N 5 Jerônimo Antunes Maciel, c.c. Teresa Leite de Barros, filha de André Rocha do
Canto e Maria Leite de Barros, pais de, entre outros: Maria Custódia de Barros, c/ 1ª núpcias em
1773, em Sorocaba, com Caetano José Prestes, tronco dos Prestes Guimarães de Passo Fundo e,
em 2ªs núpcias com o Cap. Manuel de Andrade Pereira Telles82.

81
Pode ser aquele que foi fazendeiro e deixou descendência em Cima da Serra do Rio Grande.
82
Negrão- Vol. 1º, 310. Este é o sogro do Cap. Antônio Ferreira Amado, n. Sorocaba, tronco dos Amado de Cruz
Alta e Palmeira das Missões.
F 2 Cap-mor de Sorocaba, Gabriel Antunes Maciel, casado em 1697 em Sorocaba com
Jerônima de Almeida;
F 3 Cel. Antônio Antunes Maciel, c. em Sorocaba a 1711 com Maria Paes Domingues,
filha do Cap. Braz Mendes Paes e de Maria Moreira Cabral, neta paterna de Diogo Fernandes de
Faria e Maria Pais. Bisneta paterna de Amaro Domingues e Catarina Ribeiro. Neta materna de
Pascoal Moreira Cabral e Maria Leme. Foram pais de, entre outros:
N 6 Antônio Antunes Paes,, c.c./ Josefa Quitéria de Oliveira Leite, filha de João
Lourenço Corim e Maria de Jesus (SL 1º, pg 67)*. São os pais de:
BN 1 Salvador Antunes Paes, n. Sorocaba, casado em Lages (1º, pg. 29),
casado com Quitéria Maria de Souza, n. Laguna. Estes os ascendentes de Anita Garibaldi,
N 7 Joana Garcia Maciel, casada em 2ªas núpcias com João de Magalhães, o moço n.
Laguna, filho de outro de mesmo nome e Ana de Brito, descendente de Domingos de Brito
Peixoto;
N 8 Maria Moreira Maciel, casada a 1727 em Sorocaba com o Cap. Manoel dos
Santos Robalo, falecido em 1745 em Sorocaba. Teve um filho de mesmo nome que veio para o
sul (Viamão) e deixou descendência. Casada em 2ªs núpcias com João de Magalhães, o velho.
Desse ramo descendem os Maciéis de Santo Antônio de Patrulha.
N 9 Ana Barbosa Maciel, casada em 1726 em Sorocaba com o Cap. Francisco
Rodrigues Machado n. Santo Amaro, filho de Domingos Rodrigues Machado e de Maria
Domingues de Lima. Estes foram os pais de:
BN 1 Tereza Antunes Maciel, casada com Manoel Gomes Porto. Manoel
faleceu em Cachoeira do Sul a 30/III/182, aos 65 anos. Deixou 3 filhos menores e 7 maiores.
Pais de, entre outros:
TN 1 José Gomes Porto, b. a 19/VI/1791 em Cachoeira do Sul. Foi
casado com Luzia Francisca de Almeida, filha de Gabriel Ribeiro de Almeida e de D. Florinda
Rodrigues de Aguiar. Avós do Brig. José Gomes Portinho.
BN 2 Bernardo Antunes Maciel (I), n. 1748 em São Paulo, SP, falec. 1815.
Casou com Maria Francisca. Foram pais de:
TN 2 Cap. Francisco Antunes Maciel n. 1790 Porto Alegre, RS e falec.
1832 Porto Alegre, RS
F4?
F 5 Miguel Antunes Maciel83, n. Sorocaba, casado em Sorocaba com Maria Paes
Domingues, n. Curitiba, Revista do Instituto Genealógico de São Paulo, pg. 313. Devem ser os
pais de (Confirmar):

83
Outro grupo de parentes incorporados para os serviços da demarcação era constituído por João Antunes Maciel,
alistado em 1-XI-52 que identificamos como filho do Miguel Antunes Maciel e de Maria Pais Domingues (Silva
Leme, I, 135). Miguel Antunes Pereira, filho do anterior, alistado na mesma data. Francisco Soares Antunes,
N 1 Cel. Miguel Antunes Pereira. Fazendeiro na Palmeira das Missões, distrito
de Cruz Alta.

ANTÔNIO ALVES MARTINS

José Carlos Veiga Lopes, João Simões Lopes

João Álvares Martins, nascido por volta de 1658 na ilha de São Sebastião, na costa
paulista, filho de Manuel de Faria e Ana Martins, casou-se com Maria do Souto, nascida em
Curitiba84. Pais de:
F 1 Antônio Álvares Martins, n. Curitiba, casou-se com Luzia Gonçalves de Aguiar (ou de
Moura), filha de Diogo Dias de Moura e Leonor Gonçalves.
No dia 20 de julho de 1743, Antônio Alves Martins85 e sua mulher Luzia Gomes Alves
(adiante também estava dito Luzia Gonçalves de Aguiar) venderam a seu genro Manuel dos
Santos (natural da vila de Setúbal, casado em 25 de novembro de 1734 com Maria Lopes), uns
campos na paragem chamada Tibagi nos Campos Gerais de Curitiba, que teriam légua e meia, os
quais campos tinham eles comprado do Dr. Antônio dos Santos Soares pelos títulos de uma
sesmaria que dele tinha os tais campos e tinham eles ditos vendedores comprado por preço de
quarenta mil réis, os quais estavam devendo, correndo juros até a sua real satisfação, ficando
para Manuel a obrigação de pagar. Tiveram 9 filhos:
N 1 Sebastião, b. Curitiba em 13-IV-1716
N 2 Maria Lopes de Aguiar, b. Curitiba em 2-II-1718
N 3 Leonor Gonçalves de Oliveira, b. 10-X-1719
N 4 Inácio, b.27-XII-1720
N 5 Antônio Álvares de Aguiar, b.15-VI-1722
N 6 Luzia Gonçalves de Aguiar, 8-VII-1725
N 7 Francisco Álvares de Oliveira, b.2-VIII-1728
N 8 José, b. 5-XI-1729
N 9 Bernarda Gonçalves de Aguiar, b. Curitiba a 26-IV-1732.86, casou-se com José
Pinto Ramires87 (=José Ramires Pinto Bandeira, José Pinto Bandeira) *Laguna-SC, filho de José
Pinto Bandeira *Valongo, Porto (PT) e sua segunda esposa Inocência Ramires, "índia"

alistado em Curitiba, a 28-VI-52. Manoel Soares Pais, alistado em 14-V-52 em Itú, ambos irmãos do João Antunes
Maciel acima referido. Paulo Xavier.
84
Genealogia Paranaense, vol VI, pg 299
85
Irmão de João Alves de Castro e de Miguel Alves de Faria, casado com Luzia de Moura (conhecida também como
Luzia Gomes Alves ou Luzia Gonçalves de Aguiar).
86
Padrinhos: Manuel dos Santos e Isabel de Lima
87
José Pinto Ramires raptou Bernarda Gonçalves de Aguiar e fugiu para São Paulo onde se casou na Sé em 14-V-
1750 (João Simões Lopes).
*Paranaguá-PR; neto paterno de Salvador Pinto Bandeira. Inúmeros descendentes no Rio Grande
do Sul.
F 2 Catarina Martins do Souto, casou-se com o capitão Gabriel Álvares de Araújo, n.
Ponte de Lima, Portugal.Pais de:
N 1 Sebastião Alves de Araújo, n. Curitiba a 20-XI-1725, casou-se em Curitiba-PR
(13-IX-1757) com Quitéria da Silva Pinheiro, filha de João da Silva Pinheiro e Inácia Gonçalves
de Aguiar. Pais de:
BN 1 Antônio Alves de Araújo, casado com Francisca Clara das Chagas. C.g.
F 3 João Alves de Crasto, + em 1730, casou-se com Luzia Fernandes de Siqueira88, filha
de Miguel Fernandes de Siqueira e Maria de Lima (= Maria Luís Tigre, Maria de Lima Cortes).
Pais de:
N 1 Laureano, b. 5-IX-1729
N 2 João, b. 26-XII-1726
N 3 Francisco, b. 2-VIII-1728
N 4 Miguel Alves de Faria89, n. Curitiba, onde se casou em 1729 com Maria de
Oliveira Rosa, filha de Diogo da Costa Rosa e Paula Fernandes de Oliveira; neta paterna de
Mateus da Costa Rosa e Viviana Gonçalves; neta materna de João Rodrigues Side e Isabel de
Oliveira.
N 5 Isabel Alves de Faria, n. Curitiba-PR, casou-se antes de fevereiro de 1732 com
Vitorino Teixeira.

Casou com Luzia Gonçalves de Aguiar (ou de Moura), filha de Diogo Dias de Moura e
Leonor Gonçalves.

SALVADOR DE OLIVEIRA AIRES

José Carlos Veiga Lopes

No dia 29 de março de 1817 foi vendida para o capitão Salvador de Oliveira Aires a
fazenda de Itaiacoca, com os campos e matos a ela pertencentes, e constavam da carta de
confirmação régia passada em 11 de junho de 1746 a requerimento de dona Ana de Siqueira e
outra carta de confirmação régia passada a 5 de novembro de 1816 a requerimento da mesma
88
Após enviuvar, Luzia Fernandes de Siqueira casou-se a 2a.vez em Curitiba-PR (14-I-1732) com Francisco da Silva
Xavier, filho de João da Silva Redondo e Clara Marinha.
89
Não descobrimos filhos de Miguel e Maria, mas no dia 4 de fevereiro de 1732 foi batizado o inocente Francisco,
de pais incógnitos, enjeitado à porta de Miguel Alves de Faria, sendo padrinhos o próprio e sua irma Isabel Alves de
Faria (casada com Vitorino Teixeira), de idade de cinco dias pouco mais ou menos; no dia 15 de junho de 1737 foi
batizado o inocente Antônio, enjeitado (J. C. Veiga Lopes).
dona vendedora. Entraram na venda os móveis e ferramentas da fazenda, os escravos João,
Paulina (mulher dele), Leandro e Caetano, 7 bois carreiros, 93 touros de 3 anos, 156 touros de 2
anos, 92 terneiros de ano, 545 vacas, 198 vitelas de 2 anos, 300 terneiras de ano, 46 ovelhas, 97
éguas, 6 potrancas, 6 potrilhos de ano, 6 pastores, 28 potros de 2 anos, 66 cavalos e éguas de
costeio, 74 terneiros de ano.
No dia 1º de abril de 1817 foram vendidos para Domingos Ferreira Pinto os campos e
matos do Cambiju, constantes das sesmarias que se achavam em poder do capitão-mór Salvador
de Oliveira Aires, comprador de Itaiacoca, pela divisa o ribeirão chamado Natureza até contestar
a rumo sueste com o mato grosso. Entraram na venda móveis e ferramentas, os escravos
Francisco, Maria (mulher dele), Onofre, Josefa, Domingas, Antônio, Daniel, Grácia, Maria,
Venâncio, Joaquim e Joana, 7 bois carreiros, 113 bois de 3 anos, 288 bois de 2 anos, 157
terneiros de ano, 116 vacas, 36 carneiros, 382 éguas, 20 potrancas, 40 potrilhos, 10 potros, 35
cavalos mansos.
Em 1817 o Cambiju pertencia a Domingos Ferreira Pinto e Itaiacoca ao capitão-mor
Salvador de Oliveira Aires, morador no Registro de Curitiba. No cadastro de 1818 o Cambiju
media 7500 x 6000 braças e Itaiacoca 6000 x 6000 braças. Salvador de Oliveira Aires era filho
de Manuel Afonso Gaia e de Maria Pinto da Rocha, casado em 1793 com Isabel Nunes Vieira,
filha capitão Domingos Nunes Vieira e de Maria Nunes de Siqueira

Salvador de Oliveira Aires era filho de Manuel Afonso Gaia e de Maria Pinto da Rocha,
casado em 1793 com Isabel Nunes Vieira, filha capitão Domingos Nunes Vieira e de Maria
Nunes de Siqueira
Gabriel Aires de Aguirre, morador na vila de Itapetininga, vendeu em 20 de dezembro de
1828 a Bento Aires de Aguiar uma parte de campos na fazenda de Taiacoca, que lhe tocara por
legítima de seu falecido pai o capitão-mor Salvador de Oliveira Aires, à vista da folha de partilha
que apresentou, extraída do inventário do dito falecido. Em 17 de outubro de 1829, Paulino
Aires de Aguirre e sua mulher Maria Joaquina do Sacramento (filha de Benedito Mariano
Ribas), senhores de um rincão de campos na fazenda de Taiacoca, que possuíam livre e
desembaraçado por herança e compra que fizeram aos mais herdeiros do falecido capitão-mor
Salvador Aires, venderam os mesmos também para Bento Aires de Aguiar.

Gabriel Ayres de Aguirre, c. 1ªs núpcias c. Anna Pires da Motta. Filhos:


N 1 Ten.Cel. Paulino Ayres de Aguirre, nasc. São Sebastião, São Paulo. Casou em
1765 em Sorocaba c. Anna Maria de Oliveira Leme, filha do capitão Salvador de Oliveira Leme,
Sarutaya, e Maria Leme do Rosário. Falecido em 1798, em Sorocaba.. Pais de:
BN 1 major Américo Antonio Ayres.
BN 2 Capitão-mor de Itapetininga Salvador de Oliveira Ayres. Casou com
Isabel Nunes Vieira, filha do capitão Domingos José Vieira e de Maria Nunes de Siqueira. Neto
paterno de Manoel Vieira e de Esperança Vieira, moradores do Mosteiro de Vieira, Arcebispo de
Braga, Portugal. Neto materno de Manoel Nunes Pereira da Vila Real, Bispado de Lamego,
Portugal e de Anna Rodrigues Siqueira. Pais de 10 filhos:
TN 1 ajud. Manuel Paulino Ayres.
TN 2 Cel. Paulino Ayres de Aguirre.
TN 3 Ten.Cel. Salvador Oliveira Ayres90. Casou com a tia Ana Vieira
Ayres91, filha do capitão Domingos José Vieira e de Maria Nunes de Siqueira. Pais de 5 filhos,
entre eles:
QN 1 Dr. Venâncio de Oliveira Ayres.
QN 2 Maria Manoela Machado, natural de Sorocaba, c.c. Dr. José
Gomes Pinheiro Machado
TN 4 Cap. José de Oliveira Ayres. Casou com Gertrudes Vieira, filha do
capitão Domingos José Vieira e de Maria Nunes de Siqueira.
TN 5 Maria do Carmo Ayres
TN 6 Ana Maria Vieira Ayres
TN 7 Maria do Monte Ayres
TN 8 Perpétua Leocádia Ayres
TN 9 Maria do Rosário Ayres
TN 10 Gabriel de Oliveira Ayres92
BN 3 Maria Manoela de Oliveira Ayres
BN 4 Gertrudes Eufrosina Ayres
BN 5 Anna Eufrosina Ayres
BN 6 Escholastica Maria de Oliveira
BN 7 Maria Perpétua Ayres
BN 8 padre Manoel Paulino Ayres
BN 9 Licenciado Pedro de Oliveira Leme
2ª vez, c.c. Maria de Nazareth. Pais de:
BN 10 Paulino Lourenço Ayres
BN 11 Maria de Monte Carmello

90
Se fixou em Santo Ângelo, Rio Grande do Sul, com José de Oliveira Ayres, seu irmão.
91
Maria Vieira, última filha do capitão Domingos José Vieira, casou em Itapetininga em 1816 com Manoel de
Albuquerque Rolim de Moura
92
Gabriel Aires de Aguirre, morador na vila de Itapetininga, vendeu em 20 de dezembro de 1828 a Bento Aires de
Aguiar uma parte de campos na fazenda de Taiacoca, que lhe tocara por legítima de seu falecido pai o capitão-mor
Salvador de Oliveira Aires, à vista da folha de partilha que apresentou, extraída do inventário do dito falecido. Em
17 de outubro de 1829, Paulino Aires de Aguirre e sua mulher Maria Joaquina do Sacramento (filha de Benedito
Mariano Ribas), senhores de um rincão de campos na fazenda de Taiacoca, que possuíam livre e desembaraçado por
herança e compra que fizeram aos mais herdeiros do falecido capitão-mor Salvador Aires, venderam os mesmos
também para Bento Aires de Aguiar (José Carlos Veiga Lopes).
BN 12 Antonia Carlota Ayres de Lima
N 2 Maria
N 3 Anna Josepha
N 4 Catharina Ignez
N 5 Gaspar Ayres
N 6 Manoel
2ª vez c.c. Francisca Maria Bueno. Pais de:
N 7 Maria Francisca.

SALVADOR DE OLIVEIRA AIRES

José Carlos Veiga Lopes

No dia 29 de março de 1817 foi vendida para o capitão Salvador de Oliveira Aires a
fazenda de Itaiacoca, com os campos e matos a ela pertencentes, e constavam da carta de
confirmação régia passada em 11 de junho de 1746 a requerimento de dona Ana de Siqueira e
outra carta de confirmação régia passada a 5 de novembro de 1816 a requerimento da mesma
dona vendedora. Entraram na venda os móveis e ferramentas da fazenda, os escravos João,
Paulina (mulher dele), Leandro e Caetano, 7 bois carreiros, 93 touros de 3 anos, 156 touros de 2
anos, 92 terneiros de ano, 545 vacas, 198 vitelas de 2 anos, 300 terneiras de ano, 46 ovelhas, 97
éguas, 6 potrancas, 6 potrilhos de ano, 6 pastores, 28 potros de 2 anos, 66 cavalos e éguas de
costeio, 74 terneiros de ano.
No dia 1º de abril de 1817 foram vendidos para Domingos Ferreira Pinto os campos e
matos do Cambiju, constantes das sesmarias que se achavam em poder do capitão-mór Salvador
de Oliveira Aires, comprador de Itaiacoca, pela divisa o ribeirão chamado Natureza até contestar
a rumo sueste com o mato grosso. Entraram na venda móveis e ferramentas, os escravos
Francisco, Maria (mulher dele), Onofre, Josefa, Domingas, Antônio, Daniel, Grácia, Maria,
Venâncio, Joaquim e Joana, 7 bois carreiros, 113 bois de 3 anos, 288 bois de 2 anos, 157
terneiros de ano, 116 vacas, 36 carneiros, 382 éguas, 20 potrancas, 40 potrilhos, 10 potros, 35
cavalos mansos.
Em 1817 o Cambiju pertencia a Domingos Ferreira Pinto e Itaiacoca ao capitão-mor
Salvador de Oliveira Aires, morador no Registro de Curitiba. No cadastro de 1818 o Cambiju
media 7500 x 6000 braças e Itaiacoca 6000 x 6000 braças.
Gabriel Aires de Aguirre, morador na vila de Itapetininga, vendeu em 20 de dezembro de
1828 a Bento Aires de Aguiar uma parte de campos na fazenda de Taiacoca, que lhe tocara por
legítima de seu falecido pai o capitão-mor Salvador de Oliveira Aires, à vista da folha de partilha
que apresentou, extraída do inventário do dito falecido. Em 17 de outubro de 1829, Paulino
Aires de Aguirre e sua mulher Maria Joaquina do Sacramento (filha de Benedito Mariano
Ribas), senhores de um rincão de campos na fazenda de Taiacoca, que possuíam livre e
desembaraçado por herança e compra que fizeram aos mais herdeiros do falecido capitão-mor
Salvador Aires, venderam os mesmos também para Bento Aires de Aguiar.
Dona Maria Fausta Miquelina de Araújo Azambuja resolveu vender as fazendas e passou
procuração ao reverendo Joaquim Manuel de Oliveira e Castro. Não sabemos por que as
escrituras de venda foram lavradas na Vila Nova do Príncipe.

Gabriel Ayres de Aguirre, c. 1ªs núpcias c. Anna Pires da Motta. Filhos:


N 1 Ten.Cel. Paulino Ayres de Aguirre, nasc. São Sebastião, São Paulo. Casou em
1765 em Sorocaba c.c. Anna Maria de Oliveira Leme, filha do capitão Salvador de Oliveira
Leme, Sarutaya, e Maria Leme do Rosário. Falecido em 1798, em Sorocaba. Pais de:
BN 1 major Américo Antonio Ayres.
BN 2 Capitão-mor de Itapetininga Salvador de Oliveira Ayres. Casou com
Isabel Nunes Vieira, filha do capitão Domingos José Vieira e de Maria Nunes de Siqueira. Neto
paterno de de Manoel Vieira e de Esperança Vieira, moradores do Mosteiro de Vieira, Arcebispo
de Braga, Portugal. Neto materno de Manoel Nunes Pereira da Vila Real, Bispado de Lamego,
Portugal e de Anna Rodrigues Siqueira. Pais de 10 filhos:
TN 1 ajud. Manuel Paulino Ayres. Casou93 com Maria Francisca de Vaz
de Carvalho94, filha de Marim Vaz de Carvalho e de Rosa Martins do Prado.
TN 2 Cel. Paulino Ayres de Aguirre.
TN 3 Ten.Cel. Salvador Oliveira Ayres95. Casou com a tia Ana Vieira
Ayres96, filha do capitão Domingos José Vieira e de Maria Nunes de Siqueira. Pais de 5 filhos,
entre eles:
QN 1 Dr. Venâncio de Oliveira Ayres.
QN 2 Maria Manoela Machado, natural de Sorocaba, c.c. Dr. José
Gomes Pinheiro Machado
TN 4 Cap. José de Oliveira Ayres. Casou com Gertrudes Vieira, filha do
capitão Domingos José Vieira e de Maria Nunes de Siqueira.
TN 5 Maria do Carmo Ayres
TN 6 Ana Maria Vieira Ayres
TN 7 Maria do Monte Ayres
TN 8 Perpétua Leocádia Ayres

93
Adenda Geral dos Vol. 1 e 2. Genealogia Paulistana. Buena de Ribeiras (Herculano Neto).
94
Era irmã de Ana Theodora que casou em Itapetinga em 1834 com Francisco Alves Monteiro, natural de Taubaté,
filho de Bento José Monteiro e de Maria Jesuína do Amaral (Adena Geral, informação de Herculano Neto).
95
Fixou-se em Santo Ângelo, Rio Grande do Sul, com José de Oliveira Ayres, seu irmão.
96
Maria Vieira, última filha do capitão Domingos José Vieira, casou em Itapetininga em 1816 com Manoel de
Albuquerque Rolim de Moura
TN 9 Maria do Rosário Ayres
TN 10 Gabriel de Oliveira Ayres97
BN 3 Maria Manoela de Oliveira Ayres
BN 4 Gertrudes Eufrosina Ayres
BN 5 Anna Eufrosina Ayres
BN 6 Escholastica Maria de Oliveira
BN 7 Maria Perpétua Ayres.
BN 8 padre Manoel Paulino Ayres
BN 9 Licenciado Pedro de Oliveira Leme
2ª vez, c.c. Maria de Nazareth. Pais de:
BN 10 Paulino Lourenço Ayres
BN 11 Maria de Monte Carmello
BN 12 Antonia Carlota Ayres de Lima
N 2 Maria
N 3 Anna Josepha
N 4 Catharina Ignez
N 5 Gaspar Ayres
N 6 Manoel
2ª vez c.c. Francisca Maria Bueno. Pais de:
N 7 Maria Francisca.

DOMINGOS ANTÔNIO

José Carlos Veiga Lopes

Domingos Antônio (Duarte), natural de Santiago de Lustosa, arcebispado de Braga, filho


de Frutuoso Antônio e de Maria Luiz Duarte, casou-se em Curitiba no dia 11 de julho de 1746
com Francisca Pedrosa, filha de Felipe Leme de Siqueira e de Sebastiana Pedroso de Lima. Pais
de:
§ 1 Tenente Antônio Luís Duarte, nascido em 14 de maio de 1747
§ 2 Quitéria Luís Duarte (16-III-1749),

97
Gabriel Aires de Aguirre, morador na vila de Itapetininga, vendeu em 20 de dezembro de 1828 a Bento Aires de
Aguiar uma parte de campos na fazenda de Taiacoca, que lhe tocara por legítima de seu falecido pai o capitão-mor
Salvador de Oliveira Aires, à vista da folha de partilha que apresentou, extraída do inventário do dito falecido. Em
17 de outubro de 1829, Paulino Aires de Aguirre e sua mulher Maria Joaquina do Sacramento (filha de Benedito
Mariano Ribas), senhores de um rincão de campos na fazenda de Taiacoca, que possuíam livre e desembaraçado por
herança e compra que fizeram aos mais herdeiros do falecido capitão-mor Salvador Aires, venderam os mesmos
também para Bento Aires de Aguiar (José Carlos Veiga Lopes).
§ 3 Bárbara Pedrosa;
§ 4 Maria Luís Duarte, batizada na capela de Santa Bárbara do Pitangui em 4 de março de
1753;
§ 5 Ana Luís Ferreira, batizada na capela de Santa Bárbara do Pitangui em 3 de outubro de
1754;
§ 6 Teresa Luís, batizada na capela de Santa Bárbara do Pitangui em 24 de fevereiro de
1757

§1
Tenente Antônio Luís Duarte, nascido em 14 de maio de 1747 e batizado na matriz de
Nossa Senhora da Luz da vila de Curitiba no dia 13 de agosto do mesmo ano, estando dito que
todos, pais e padrinhos, eram moradores nos Campos Gerais. Casou-se em Curitiba no dia 25 de
fevereiro de 1772 com Paula Leite, filha de Matias Leite Soares e Francisca Velosa da Silva.
F 1 Domingos Luís Duarte (24-II-1773) N.S.da Luz.
F 2 Teresa, casada com José Martins Cardoso.
F 3 Antônio Luís (16-XI-1782)
F 4 Francisca, casada com João Antônio de Oliveira.
F 5 Frutuoso Leite, casou-se no dia 16 de junho de 186 com Ana do Espírito Santo, filha
de Francisco Domingos de Matos e de Maria Luísa da Silva.
N 1 Alda Brandina
F 6 Manoela (2-III-1788), casada com Antônio Francisco de Matos.
F 7 Ana (6-X-1790), casada com Aurélio da Costa Portela.
F 8 Matias.
F 9 Ângela (10-I-1780).

§2

Quitéria Luís Duarte (16-III-1749), casou-se com Antônio Gonçalves Xavier, filho de
Francisco Gonçalves Xavier e de Ana Pedrosa, no dia 7 de janeiro de 1765, na capela de Santa
Bárbara do Pitangui.
F 1 Januário (1-XI-1768) Santa Bárbara do Pitangui
F 2 Antônia (25-VI-1770) Santa Bárbara do Pitangui.
F 3 Francisca.
F 4 Ana.

§3
Bárbara Pedrosa, batizada na capela de Santa Bárbara do Pitangui em 13 de junho de 1750;
casou-se em 7 de janeiro de 1765 com José Ferreira Pinto (batizado em 10 de janeiro de 1745),
filho de Manuel Ferreira de Souza e Maria Rodrigues Pinta.
F 1 Domingos Ferreira Pinto
F 2 Antônio Ferreira da Luz, casado com Margarida da Luz
F 3 Manuel
F 4 Francisca (casada com Joaquim Paes)
F 5 Joaquim
F 6 Francisco
F 7 Maria
F 8 Teodora
F 9 Helena, casada com Miguel da Rocha Carvalhaes
F 10 Matilde
F 11 José, que não apareceu no testamento, deve ter morrido antes

§4

Maria Luís Duarte, batizada na capela de Santa Bárbara do Pitangui em 4 de março de


1753; casou-se com Francisco Pedroso da Costa, filho de Brás Domingues Veloso e Catarina
Gonçalves Coutinha, em Curitiba, no dia 7 de fevereiro de 1769.
F 1 Inácio
F 2 Francisca
F 3 Brás
F 4 Catarina
F 5 Maria
F 6 Ana
F 7 Gertrudes
F 8 Josefa
F 9 Joaquim
F 10 Miguel

§5

Ana Luís Ferreira, batizada na capela de Santa Bárbara do Pitangui em 3 de outubro de


1754; casou-se com Joaquim José de Ávila, batizado na cidade de São Paulo, filho de José Pires
de Ávila e Catarina das Neves de Siqueira, o pedido de dispensa foi entrado em 23 de maio de
1773. Joaquim faleceu em 1818
F 1 Maria do Espírito Santo, casada com Gabriel de Oliveira Rosa.
F 2 Alferes Vicente Ferreira de Ávila, casado para o continente do sul.
F 3 Ana Joaquina de Ávila, casada com Salvador Teixeira98, ausente para o sul.
F 4 Joaquim Pires de Ávila, ausente para o sul.
F 5 Esméria Antônia de Ávila (20-IV-1783), viúva.
F 6 Lino José de Ávila (14-V-1785), casado.
F 7 Bento José Labre99, ausente para o sul, casado com Maria da Silva e Souza.
F 8 Josefa (11-X-1789), casada com Lourenço Justiniano.
N 1 Manuel Justiniano de Ávila (viúvo de Marquesa Ferreira, falecida em 5 de julho
de 1851).
N 2 Joaquim de Ávila.
N 3 João Justiniano de Ávila.
N 4 Antônio dos Santos de Ávila.
N 5 Leduína de Ávila, casada com Cândido Carneiro Lobo.
N 6 Ana, casada com José Borges de Oliveira.
N 7 Gertrudes, casada com Ricardo Ferreira Nunes.
N 8 Maria Rita, casada com Francisco José Antunes.
N 9 Maria, casada com Fermiano Antônio de Matos.
N 10 Maria da Conceição, casada com Joaquim Antônio de Matos.
F 9 Floriana, casada com João Lourenço.
F 10 José Joaquim de Ávila, ausente para o sul.
F 11 Teve também uma filha chamada Rosa que não apareceu no inventário.

§6
Teresa Luís, batizada na capela de Santa Bárbara do Pitangui em 24 de fevereiro de 1757;
casou-se com Domingos Leite Soares, irmão de Paula Leite. Todas as filhas de Domingos foram
batizadas na capela de Santa Bárbara do Pitangui.

F 1Bárbara
F 2 Maria
F 3 Teresa
F 4 Escolástica (4-III-1790)
F 5 Angélica
F 6 Domingos

98
Proprietário em Cruz Alta, Rio Grande do Sul. Com descendência.
99
Proprietário em Cruz Alta. Com descendência.
FRANCISCO ARAÚJO MONTEIRO

José Carlos Veiga Lopes

Francisco Araújo Monteiro era natural de Ponte de Lima, freguesia de Santiago de


Vimieiro, filho de Amaro de Siqueiros (natural de Ponte de Lima) e de Domingas de Araújo
Monteira (natural de Refojos de Lima) e casou-se em Santos com Isabel Barbosa de Castro, filha
de Bartolomeu Barbosa de Castro e de Isabel Mendes Bicuda (natural da cidade de São Paulo).
Já em 9 de abril de 1732 estava morando na região dos Campos Gerais, como vemos no batizado
do seu filho homônimo Francisco de Araújo Monteiro. Francisco Araújo Monteiro faleceu em 6
de dezembro de 1781 com oitenta e tantos anos e Isabel Barbosa faleceu no dia 1º de outubro de
1780, com a idade de oitenta e tantos anos, ambos recomendados e sepultados na capela de
Nossa Senhora do Terço, filial da igreja matriz de Nossa Senhora da Luz da vila de Curitiba
onde eram moradores.

§ 1 Luísa de Araújo
§ 2 Francisco de Araújo Monteiro;
§ 3 Maria de Araújo, batizada no dia 29 de novembro de 1733;
§ 4 Gertrudes, batizada no dia 3 de abril de 1735;
§ 5 Inácio, batizado no dia 11 de novembro de 1737;
§ 6 Ana Barbosa, batizada no dia 26 de maio de 1740;

§1

Luísa de Araújo, provavelmente nascida em Santos; casou-se com João Batista Diniz, filho
de Francisco Diniz Pinheiro e de Clara Pereira Teles no dia 14 de janeiro de 1743 na matriz de
Nossa Senhora da Luz.. Luíza de Araújo faleceu em 20 de dezembro de 183, com setenta anos
pouco mais ou menos, foi sepultada em Curitiba
F 1 Ana Gertrudes do Espírito Santo, casou em 9 de maio de 1780 com Antônio José de
Andrade, filho de Antônio Rodrigues de Andrade e de Maria do Vale.
N 1 Francisca Paula Andrade, casada em 20 de janeiro de 181 com Manuel Caetano
Prestes, filho de José Caetano Prestes e Maria Custódia de Barros.
N 2 João de Andrade, nasceu em 1794 e faleceu em 26 de maio de 186.
N 3Maria Angélica da Trindade, casada com Lourenço de Oliveira, filho de João de
Oliveira e Apolônia do Vale.
N 4 José Manuel de Andrade, casado em 31 de janeiro de 189 com Ana Maria de
Jesus, filha de Bento Diniz e Ana Maria de Jesus.
N 5 Antônio Ricardo de Andrade, casada em 28 de fevereiro de 1832 com sua
sobrinha Jesuína Maria de Jesus Andrade, filha de José Manuel de Andrade e Ana Maria.
Faleceu em 26 de março de 1881.
F 2 Maria do Terço, casou com Sebastião Marques dos Santos em 11 de novembro de
1780.
F 3 Salvador Batista Diniz, casou com 21 de outubro de 1765 com Escolástica Soares,
filha de Manuel Rodrigues Seixas e Isabel Martins Valença.
N 1 Maria Batista Diniz, casou em 9 de setembro de 1788 com Bernardo da Silva
Abreu, filho de João da Silva Abreu e Maria Ribeiro.
N 2 Gertrudes Batista Diniz, casou em 13 de setembro de 1790 com Floriano
Esmério Guimarães, filho de Antônio Francisco Guimarães e Margarida Coréia de Jesus
F 4 Francisco Batista Diniz, casou em 181 com Ana Marques da Silva, filha de Francisco
Marques Lameira e Josefa dos Santos.
N 1 João Batista Diniz, nascido em 1785
N 2 Ana, nascida em 1790.
N 3 Joaquim, nascido em 1793.
F 5 Gertrudes Maria Batista, casou com Antônio José da Silva
N 1 Teresa Maria de Jesus, casou em 12 de julho de 1791 com Manuel Soares do
Vale, filho do tenente Manuel Soares do Vale e de Maria Pires de Camargo.
F 6 Maria Peregrina da Conceição, casou com Luís Gomes de Medeiros em 7 de janeiro de
1765
N 1 Capitão Luís Gomes da Silva, casou em 1785 com Maria Joaquina de Jesus,
filha de Manuel Joaquim de Jesus e Gertrudes Maria Marques

§2

Francisco de Araújo Monteiro, nascido no dia 27 de março, batizado em 9 de abril de


1732, realizado na matriz de Curitiba, onde está dito que os pais eram moradores nos Campos
Gerais; casou-se em Curitiba no dia 22 de setembro de 1753, com Maria Soares Paes, filha do
tenente Manuel Rodrigues Seixas e de Isabel Martins Valença. Maria Soares Paes fez testamento
em 1812 e Francisco de Araújo Monteiro faleceu em 18l6.

F 1 Elias Manuel de Araújo (12-I-1759), casado na matriz de Curitiba em 12-X-1783 com


Clara Madalena, filha de Antônio dos Santos Belém e Francisca Diniz Pinheira, não tiveram
filhos.
F 2 Ana Maria da Conceição (5-IV-1756), casada no Tamanduá em 21-I-1773 com
Manuel José de Araújo, natural de Campanha do Rio Verde, bispado de Mariana, filho de
Domingos de Araújo e de Maria Catarina de Sá.
N 1 Elias Inácio de Araújo (1-XI-1773), que se casou com Lucrécia da Silva.
N 2 Ana Joaquina de Araújo (13-III-1778), que se casou com Francisco de Oliveira
Bueno.
N 3 José Caetano de Araújo (22-IX-1779), solteiro.
N 4 Manuel Mendes de Araújo (1-VII-1781), que se casou com Ana Joaquina dos
Santos, filha de José dos Santos e Rosefina Antônia, em 22 de julho de 1832.
N 5 Matilde Umbelina da Glória (4-V-1783), que se casou com o tenente Antônio
Joaquim de Camargo, natural de Sorocaba.
N 6 Domingos Inácio de Araújo (4-VI-1786), que se casou com Josefa Joaquina
Pinheiro de França, filha de Veríssimo Carneiro dos Santos e Rita Maria do Nascimento.
N 7 Francisco José de Sá e Araújo (8-IX-1787).
N 8 Maria Caetana de Sá (6-VIII-1789), que se casou com seu primo Manuel
Martins de Araújo (filho do irmão de Manuel, Domingos Inácio de Araújo, homônimo do
sobrinho) em 31 de dezembro de 1819, tendo ela falecido em 26 de dezembro de 1826.
N 9 Cândida Flora de Sá ou Cândida Flora Marcondes (21-IV-1794), que se casou
com Joaquim Rodrigues Jaques, natural de Rio Pardo, filho de Jacinto Rodrigues Jaques 100 e
Ana Maria da Conceição, em 16 de novembro de 1813.
N 10 Querubina Rosa Marcondes de Sá (24-I-1796), que se casou com o alferes José
Caetano de Oliveira, futuro Barão de Tibagi, natural de Sorocaba, filho de Casemiro Gonçalves
e Ana Maria, em 27 de novembro de 1814.
N 11 Rufina Antônia de Sá, que se casou com José Joaquim dos Santos, filho de
Manuel dos Santos e Oliveira e Maria dos Passos, em 20 de maio de 1817.
N 12 Delfina Rosa, casada com Antônio José.
F 3 Michaela Arcângela da Anunciação (24-IX-1759), casada no Tamanduá em 13-IV-
1779 com Francisco dos Santos Belém, filho de Antônio dos Santos Belém e Francisca Diniz
Pinheiro.
N 1 João Mendes de Araújo (6-III-1781), casado com Maria Rodrigues da Mota,
filha de Aleixo Rodrigues da Mota, em 16 de outubro de 181.
N 2 Maria Madalena dos Santos (26-VIII-1872), casou com Joaquim Rodrigues
Lanhoso, filho de José Rodrigues Lanhoso e Bernarda de Almeida, em 23 de junho de 181.
N 3 Benedito dos Santos Belém (7.l2.1783), casado com Joaquina Maria de Jesus,
filha de João Gonçalves Pais e Maria Lourença de Jesus, em 22 de novembro de 184.

100
Descendentes em Uruguaiana.
N 4 José dos Santos Belém (1-XI-1790), casado com Carlinda Maria da Conceição
em 8 de janeiro de 1822.
N 5 Joaquim dos Santos Belém (10-VIII-1785), casado com Ana Iria, filha de José
Rodrigues Antunes e Francisca Antônia, em 6 de junho de 181.
N 6 Ana da Conceição (19-XI-1786), casada com José de Siqueira.
N 7 Rita Maria das Neves (5-VIII-1788) casada com José Joaquim de Almeida, filho
de Inácio Pires de Siqueira e Isabel Tavares de Miranda em 17 de outubro de 183.
F 4 Manuel (11-V-1759), morreu solteiro em 21-X-1792.
F 5 Benedito Aires de Araújo (8-X-1760), casado no Tamanduá em 9 de julho de 1795
com Maria Rita de Jesus, filha de Marcelino Gomes da Costa e Joana Francisca de Abreu.
N 1 Veríssimo Aires de Araújo (14-II-182), casado com Querubina Rosa do Carmo,
filha de Luciano José de Andrade e Francisca Clara da Conceição, em 21 de agosto de 1821.
N 2 Francisco Aires de Araújo, casado com Gertrudes Escolástica Ferreira.
N 3 João Aires de Araújo, casou-se com sua sobrinha Iria Maria de Araújo, filha de
Francisco Aires de Araújo e Gertrudes Escolástica Ferreira em 13 de junho de 1843.
N 4 Senhorinha.
F 6 Lourenço Justiniano Aires de Araújo (15-I-1769), casado com Maria Perpétua de
Siqueira, filha de Bento de Siqueira Cortes, no dia 12 de maio de 1812 na capela de Santa Cruz.
N 1 Maria Aura de Araújo (5-VI-1814), casou com Antônio de Siqueira Lima, filho
de Bento de Siqueira Cortes e Ana Maria de Jesus, em 15 de setembro de 1838.
N 2 Ana Maria de Araújo (1-V-1817).
N 3 Francisco Antônio de Araújo (7-VI-1820), que se casou com Ana Maria de
Jesus, filha de Teodoro Ferreira Maciel e Rosa Maria de Jesus, em 18 de outubro de 1842.
N 4 Bento de Araújo (6-II-1823).
N 5 José Joaquim de Araújo Perpétuo (6-III-1825), casou com Rosa Ferreira de
Araújo, filha de Pedro Ferreira Maciel e Margarida Ferreira Maciel.
N 6 Lourenço faleceu em 22 de fevereiro de 1838.

§3

Maria de Araújo, batizada no dia 29 de novembro de 1733, nascida em 9 de novembro;


casou-se em 22 de setembro de 1749 com Manuel Martins Valença, batizado em Curitiba em 29
de agosto de 1729, filho de Manuel Martins Valença, natural da Ilha Terceira, bispado de Angra,
e de Joana Maciel de Sampaio, natural de Paranaguá. Manuel Martins Valença faleceu em 26 de
junho de 1794 e foi sepultado na capela do Tamanduá. Maria de Araújo faleceu em 4 de janeiro
de 1815, foi sepultada na matriz do Tamanduá.
F 1 Benedito Mendes Sampaio (8-XII-1755), casado em 8 de maio de 1781 com Ana Justa
de Souza, filha de Jorge Soares e Antônia de Souza Neves. Faleceu em 10 de setembro de 1817.
N 1 Ana Flora de Siqueira, batizada em 19 de maio de 1782, casou com Inácio dos
Santos Belém em 23 de novembro de 182.
N 2 Florinda, batizada em 7 de dezembro de 1783.
N 3 João, batizado em 5 de janeiro de 1786.
N 4 Maria Clemência de Souza, batizada em agosto de 1783 (?) na matriz da vila de
Castro, casou em 18 de junho de 1816 com Joaquim Antunes Teixeira, filho de Manuel José
Teixeira e Francisca Batista.
N 5 José Honório de Souza, batizado em 11 de abril de 1789, casou em 3 de outubro
de 1820 com Maria Rita Blandina, filha de José Gonçalves de Almeida e Maria Joaquina dos
Santos.
N 6 Manuel Mendes de Sampaio, batizado em 16 de julho de 1792, casou em 23 de
novembro de 1814 com Domitila Maria das Neves.
N 7 Emetildes Maria de Souza, batizada em 1º de março de 1795, casou em 9 de
junho de 1818 com Lucas dos Santos Cordeiro, filho de Salvador dos Santos Ribeiro e Romana
Cordeiro Matoso.
N 8 Gertrudes, casou com José Antônio.
N 9 Bárbara Maria de Souza, batizada em 6 de janeiro de 1798, casada em 5 de julho
de 1820 com Francisco das Chagas, filho de João Machado de Albuquerque e Rosa Maria de
Souza.
N 10 Joaquim Gabriel de Souza, batizado em 29 de março de 181, casou com
Joaquina Ferreira Santos em 15 de junho de 1823.
N 11 Norberto, batizado em 4 de março de 184.
F 2 Joana Maciel Sampaio (28-III-1758), casada em 25 de fevereiro de 1772 com João
Batista dos Santos, filho de Manuel dos Santos Cordeiro e Gertrudes Maria.
N 1 Francisca Batista, casada com Manuel José Teixeira, filho de Antônio José
Teixeira e Maria Rodrigues Moreira em 4 de novembro de 1788.
N 2 Manuel Batista dos Santos (4-VIII-1775), casou com Maria Narcisa Bela, filha
de Gabriel Narciso Belo e Maria do Nascimento em 14 de fevereiro de 184.
N 3 Maria (17-VII-1777).
N 4 Serafim.
N 5 Antônio (8-XII-1782). Prudente José dos Santos (15-VII-1785), casou com sua
sobrinha Delfina Maria, filha de Francisca.
N 6 João (10-VIII-1787).
N 7 Mariana Batista dos Santos (8-VIII-1790), casou com José Maria de Andrade,
filho de Miguel de Andrade e Inácia Martins, em 24 de maio de 1814.
N 8 José (15-IX-1792).
N 9 Joaquim Batista dos Santos (30-XII-1794), casou com Maria Antônia de Jesus,
filha de Antônio José de Góis e Maria Inácia de Andrade em 11 de maio de 1823.
N 10 Maria (10-V-1800).
F 3 Antônio (1-XII-1760).
F 4 Maria Mendes dos Passos (4-III-1763) casada no Tamanduá em 11 de outubro de 1779
com Manuel dos Santos de Oliveira, natural de Curitiba, filho de Manuel dos Santos Cardoso e
Gertrudes Maria do Prado.
N 1 Felisberto dos Santos (15-VIII-1780), casado com Maria Joana, filha de pai
incógnito e Josefa Maria do Rosário em 3 de agosto de 1814.
N 2 Manuel dos Santos (7-IV-1782), faleceu solteiro em 3 de maio de 1835.
N 3 Maria Rosa dos Santos (15-VIII-1784) casou com Joaquim Ferreira Pinto em
1798.
N 4 Mariano, gêmeo da anterior.
N 5 Ana dos Santos (7-III-1789), casou com o tenente Antônio de Andrade Pereira
Teles, filho de Agostinho de Andrade e Gertrudes Pereira em 1º de outubro de 1813.
N 6 José Joaquim dos Santos (22-VIII-1795) casou com Rufina Antonina, filha de
Manuel Araújo, em 20 de maio de 1817.
N 7 Maria do Carmo (13-III-1792), casou com Antônio José Teixeira, filho de
Miguel Domingos Teixeira e Francisca Ribeiro da Silva em 21 de janeiro de 1819.
F 5 Inácia Martins (24-I-1765), casada no Tamanduá em 8 de maio de 1781 com Miguel
de Andrade, filho de Agostinho Rodrigues de Andrade e Gertrudes Pereira.
N 1 Luciano José de Andrade (10-III-1782), casado com Francisca Clara da
Conceição.
N 2 Maria Joaquina do Espírito Santo (2-V-1784), casada com Joaquim Pinto de
Magalhães em 2 de junho de 183.
N 3 José Maria de Andrade (26-VII-1788), casado com Mariana Batista dos Santos,
filha de João Batista dos Santos e Joana Maciel de Sampaio, em 24 de maio de 1814.
N 4 Maria (1-XI-1791).
N 5 Ana Joaquina (19-I-1794), casada com Antônio Teixeira de Freitas, viúvo de
Maria Teresa, em 15 de junho de 1819
N 6 Manuel Inácio de Andrade (26-IV-181), casado com Libina Maria dos Santos,
filha de Manuel Batista e Maria Narcisa, em 27 de fevereiro de 1821.
F 6 Manuel Mendes Xavier (9-VII-1768), casado com Ana Flora dos Santos, filha de
Salvador dos Santos Ribeiro e Romana Cordeiro Matoso em 20 de janeiro de 1800. Manuel
Mendes Xavier faleceu entre 1817 e 1818.
N 1 Cândida Flora, casou com Francisco de Paula Marques, filho de pai incógnito e
Ana Gertrudes, em 15 de outubro de 1816.
N 2 Maria Joana de Araújo (3-I-182), casou com Manuel de Souza Lima, filho de
Francisco de Souza Neto e Luzia de Lima, em 20 de março de 1820.
N 3 Alexandrina (8-XII-183).
N 4 Manuel Eugênio de Araújo (5-X-187).
N 5 Ludubina (13-XI-188).
N 6 Ana (8-XII-1812).
N 7 José Manuel dos Santos (7-VIII-1814).
N 8 Matildes (3-VI-1816).
N 9 Lúcio Iria de Araújo, casou com Maria Isabel de Andrade, filha do tenente
Antônio de Andrade e Ana Vitória em 5 de fevereiro de 1833.
F 7 Francisca Mendes de Siqueira (5-V-1771), também conhecida por Francisca Maciel de
Sampaio, casada no Tamanduá em 18 de setembro de 1787 com José Pires de Lima, filho de
João Pires de Santiago e Ana Maria do Prado. José Pires faleceu em 27 de agosto de 1838.
N 1 Ana Maria do Prado (13-VII-1788), casou com Rafael Soares da Silva, filho de
Manuel Soares da Silva e Catarina de Melo, em 6 de fevereiro de 1815
N 2 João (5-IX-1790).
N 3 Úrsula Maria (18-XI-1792), casada com Benedito Gonçalves, filho de Francisco
Nunes e Ana Maria em 11 de junho de 1822.
N 4 Clara Maria da Anunciação, casou com Pedro José Leite, filho de José Leite e
Bernardina Colaça em 18 de fevereiro de 1828.
N 5 Atanagildo José Mendes (2-XI-1798), casou com Maria Francisca de Andrade,
filha de Luciano José de Andrade e Francisca Clara da Conceição em 16 de maio de 1820.
N 6 Maria Francisca Pires (4-VIII-183), casou com Francisco José dos Santos em 14
de fevereiro de 1820. Antônio Rodrigues Seixas e Genoveva Soares, esta filha de Manuel Manso
de Avelar, também vieram a morar nos Papagaios Novos. Tiveram os filhos:
BN 1/2 João Rodrigues (16-VII-1788), que segundo Negrão estava com
morféia em 184, e Ricardo Rodrigues Seixas (25-V-1791), que casou com Maria Ferreira, filha
de Manuel Ferreira e Luíza Antônia de Jesus, em 16 de fevereiro de 188.
Antônio Rodrigues Seixas faleceu em 13 de janeiro de 1795
F 8 Bento (23-I-1774).
F 9 José Gonçalves de Almeida (17-XI-1776), casado no Tamanduá em 19 de abril de
1795 com Maria Joaquina, filha de Salvador dos Santos Ribeiro e Romana Cordeiro Matoso.
N 1 Atanagildo (31-VII-96).
N 2 Estanislau; Ana (2-X-181).
N 3 Maria Rita Blandina (23-I-183), casada com José Honório de Souza, filho de
Benedito Mendes Sampaio e ana Justa.
N 4 Cândido José dos Santos.
N 5 José Joaquim de Almeida (21-XII-186) casou em 12 de maio de 1852 com
Maria Isabel do Belém, filha de Teodoro Ferreira Maciel e Rosa Maria de Jesus.
N 6 Domitila Maria das Neves, casada com Manuel Mendes Sampaio, filho de
Benedito Mendes Sampaio e Ana Justa em 23 de novembro de 1814.
N 7 Catarina Angélica da Assunção, casada em 8 de setembro de 1822 com
Domingos José de Abreu, filho de Francisco Manuel de Abreu e Rosa Maria da Conceição.
N 8 Manuel (2-IX-1810), talvez seja Manuel Leiria de Almeida.
N 9 Zeferina Núncia de Almeida (nascida aproximadamente em 1812).
N 10 Leopoldina (31-VII-1814), casou com Francisco Antônio Silvério.
N 11 Gertrudes Umbelina de Almeida (1-VI-1816), casou com João Simão
Gonçalves, filho do capitão Simão Gonçalves de Andrade e Rosa Alexandrina em 14 de
dezembro de 184l.
N 12 Balbina (14-III-1818).
N 13 Joaquim (2-XI-1819).

§4

Gertrudes, batizada no dia 3 de abril de 1735, nascida no dia 15 de março.

§5

Inácio, batizado no dia 11 de novembro de 1737 foi batizado Inácio, nascido em 2 de


novembro.

§6

Ana Barbosa, batizada no dia 26 de maio de 1740;casou-se no Tamanduá em 22 de


fevereiro de 1757 com Manuel Manso de Avelar, natural da ilha de Santa Catarina, filho de
Baltazar Soares Louzado e de Isabel Rodrigues de Meira. Ana Barbosa faleceu em 6 de junho de
1793 e sepultada na capela do Tamanduá. Manuel Manso de Avelar faleceu em 12 de agosto de
1815 e foi sepultado dentro da matriz do Tamanduá, tinha 70 anos.
F 1 Antônio Monteiro Manso (29-VI-1761), foi para o Continente do Sul onde casou com
Ana Maria Martins, filha de Domingos Martins e Clara Domingues, neta paterna de Domingos
Martins Fraga e de Isabel da Costa Rosa (moradores na Ponta Grossa), possuíram a estância do
Cambuí em Caçapava.
N 1 Maria Manso da Conceição, casada com o mal. Bento Manuel Ribeiro, filho de
Manuel Ribeiro de Almeida e Ana Maria Bueno.
F 2 Isabel (6-X-1764).
F 3 Maria da Conceição (10-II-1766), casada em 11 de janeiro de 1781 com José Xavier
Pires, filho de André Gonçalves Barbosa e Isabel Pires Ribeiro. José Xavier Pires faleceu em 30
de janeiro de 1820.
N 1 Maria (3-X-1782).
N 2 Ana (25-II-1784).
N 3 Florinda.
N 4 Genoveva Umbelina da Glória (6-VIII-1789), casou com Manuel Narciso Belo,
filho de Gabriel Narciso Belo e Rosa Maria do Nascimento, em 3 de fevereiro de 1820.
N 5 Maria (2-VI-1793).
N 6 Rosa Camélia de Candelária (12-III-1796), casou com José Manuel Teixeira,
filho de Manuel José Teixeira e Francisca Batista, em 21 de janeiro de 1817.
N 7 Esméria (8-X-1798).
N 8 Maria Francisca Pires (3-X-182), casou com Francisco José dos Santos, filho de
Antônio dos Santos Valério e Custódia Maria de Jesus, em 14 de fevereiro de 1820.
N 9 Joaquim (21-VII-1819).
N 10 Senhorinha Luiza, casou com José Carneiro Marcondes, filho do capitão
Domingos Inácio de Araújo e Josefa Joaquina de França em 8 de dezembro de 1841.
F 4 Genoveva Soares (12-V-1768), casada no Tamanduá em 11 de junho de 1787 com
Antônio Rodrigues Seixas, filho de Manuel Rodrigues Seixas e Isabel Martins Valença. Antônio
Rodrigues Seixas faleceu em 13 de janeiro de 1795
N 1 João Rodrigues (16-VII-1788).
N 2 Ricardo Rodrigues Seixas (25-V-1791), que casou com Maria Ferreira, filha de
Manuel Ferreira e Luíza Antônia de Jesus, em 16 de fevereiro de 188.
F 5 Joana Maria de Jesus (12-VIII-1770), casada em 21 de outubro de 1793 com Inácio de
Lima Pereira, filho de Inácio Pires de Lima e Clara Pereira Teles.
F 6 Baltazar (3-XI-1770).
F 7 Rosaura Soares (3-XI-1777), casada em 9 de janeiro de 1795 com João Pires de Lima,
filho de João Pires de Santiago e Ana Maria do Prado.
N 1 Joaquina (Registro posterior em 1818), casou com Manuel Soares, filho de
Paulo de Armeiro e Maria Joaquina em 13 de janeiro de 1818.
N 2 Maria (10-III-1796).
N 3 Camilo José Caetano (16-IX-1798), casou com Gertrudes Fernandes, filha de
Sebastião Fernandes e Genoveva Soares em 13 de dezembro de 1815.
N 4 Manuel (3-VI-1800).
N 5 Ana Soares de Araújo, casou com Salvador Afonso Moreira, filho de José
Afonso Moreira e Ana Nunes de Siqueira em 26 de fevereiro de 1821.
N 6 Porfíria (12-III-189).
N 7 Perpétua (26-III-1814).
N 8 Maria (18-III-1820).
F 8 Ana (5-III-1780).
F 9 Máxima Soares (16-VII-1782), casada em 20 de setembro de 1798 com Antônio dos
Santos Belém, filho de Antônio dos Santos Belém e de Francisca Diniz Pinheiro. Antônio
faleceu em 18 de julho de 1815 e Máxima em 21 de junho de 1825.
N 1 Francisca Antônia dos Santos (aproximadamente em 184), casada com João José
de Oliveira, filho de Antônio José e Maria Alves de Oliveira, em 23 de outubro de 1819.
N 2 Prudência Rosa de Deus, casada com Felisberto José dos Santos, filho de
Manuel Pinto e Antônia Maria.
N 3 Constantina (15-X-1814).
F 10 Maria da Conceição (26-II-1785), casada com Manuel de Abreu Pereira, filho de
Francisco Manuel de Abreu e Rosa Maria, em 4 de junho de 184.
F 11 João.

Nos casamentos acima aparecem vários filhos de Antônio dos Santos Belém e de Francisca
Diniz Pinheiro; ele era natural de Lisboa, filho de Domingos Francisco e de Madalena dos
Santos e ela natural de Curitiba, filha de Francisco Diniz Pinheiro e Clara Pereira; casaram-se
em Curitiba no dia 7 de janeiro de 1751. Na lista de 1776 moravam no Passaúna, ele com 68
anos e vivia de suas lavouras. Tiveram os filhos Francisco dos Santos Belém (27-IV-1756); Rosa
Maria da Conceição, casada em 28 de outubro de 1782 com Francisco Manuel de Abreu, natural
da ilha de Santa Catarina, filho de Manuel de Abreu Pereira e Bernardina de Lima; Genoveva
(22-X-1762); Clara Madalena (30-XI-1768); José (19-XII-1768); Maria (15-III-1770); Inácio
dos Santos Belém (20-IX-1770), casado em primeiras núpcias com Maria Antônia de Moura e
em segundas com Ana Flora; Antônio dos Santos Belém (20-VII-1774), casou com Máxima
Soares. Antônio faleceu em 20 de outubro de 1778 e Francisca em 11 de outubro de 1791.
FRANCISCO ANTUNES MACIEL

José Carlos Veiga Lopes

Filho de Miguel Antunes Maciel, falecido em 1726 em Sorocaba, e de Maria Paes


Domingues. Morador antigo na região. Casou-se, usando o nome de Francisco Soares Cardoso,
em 24 de dezembro de 1749 com Teresa de Jesus, batizada em 8 de dezembro de 1734 pelos
religiosos de São Bento em suas fazendas dos Campos Gerais, filha de Miguel Fernandes e de
Maria de Lima; na lista de 1765 era Francisco Antunes Cardoso. Francisco Antunes Maciel
faleceu no dia 9 de novembro de 1795, morador na Ponta Grossa, 84 anos, foi confessado e
ungido, sepultado na capela de Santa Bárbara do Pitangui, não fez testamento por ser pobre.

F 1 José Antunes Maciel, batizado na capela de Santa Bárbara do Pitangui no dia 11 de


abril de 1751, como filho de Francisco Soares. Casou-se em Curitiba no dia 7 de outubro de
1774 com Maria de Nazaré, filha de João da Silva Furtado e de Aniceta Martins.
N 1 Daniel (3-III-1779)
N 2 Ana (28-IV-1783).
N 3 Angélica (7-III-1785).
N 4 Manuel (15-III-1789)
N 5 Jônatas (25-VII-179
F 2 Joaquim Antunes Maciel, nascido mais ou menos em 1755 e foi casado com Arcângela
Dias Ribeiro.
N 1 José (25-V-1779)
N 2 Escolástica (5-VI-1781)
F 3 Inácio Antunes Maciel, nascido mais ou menos em 1758 e foi casado com Meralda
Martins.
N 1 Maria (31-III-1782)
N 2 Blanca (27-VII-1786)
N 3 Teresa (26-VII-1790)
F 4 Marcelo Antunes Maciel, batizado no Capão Alto em 20 de janeiro de 1763 e foi
casado com Bernardina Pereira de Jesus, filha de Lourenço Álvares de Sá e Maria Rodrigues
Ferreira.
N 1 Rita (25-VII-1781)
N 2 Marco (3-XI-1785)
N 3 Teodoro (4-II-1788)
N 4 Florinda (6-I-1794)
N 5 Gregório
F 5 Antônio Antunes, batizado na capela de Santa Bárbara do Pitangui em 25 de dezembro
de 1765. Foi casado com Isabel Maria, filha de Domingos Ribeiro e de Marcela da Costa Rosa.
N 1 Vitoriana (3-IV-1790)
F 6 Miguel Antunes, batizado no dia 7 de setembro de 1778, casado com Joaquina da Silva
de Moraes, neta de Pantaleão.
F 7 Francisco
F 8 Paula
F 9 Maria.
F 10 Bárbara,
F 11 Gertrudes.
F 12 Teresa (27-XII-1774).

PANTALEÃO PEDROSO DE MORAIS

José Carlos Veiga Lopes

Pantaleão Pedroso de Morais era filho de Inácio Pedroso (em alguns documentos está
escrito Inocêncio Pedroso Lima) e Ana da Silva (e Moraes), casou-se em Curitiba no dia 2 de
agosto de 1741 com Teresa Paes de Almeida, também conhecida por Teresa de Jesus, filha de
Sebastião Paes de Almeida e Leonor de Escudero. Faleceu em 9 de setembro de 1790
Cap. 1 Pedro da Silva Morais, foi batizado no dia 7 de julho de 1742, na matriz de Nossa
Senhora da Luz de Curitiba.
Cap. 2 Julião Paes Pedroso (10-XI-1743), na fazenda do Pitangui.
Cap. 3 Ana da Silva Morais (dos Santos Martins) (31-X-1745), na fazenda do Pitangui.
Cap. 4 José Pedroso de Morais (30-V-1746), na fazenda do Pitangui.
Cap. 5 Miguel (30-V-1746), batizado na fazenda do Pitangui.
Cap. 6 Inocêncio José Pedroso (20-I-1752), batizado na capela de Santa Bárbara do
Pitangui.
Cap. 7 Madalena Esméria da Silva (8-IX-1762), batizada na capela de Santa Bárbara do
Pitangui.
Cap. 8 Luzia Machado (20-IX-1764), na capela de Santa Bárbara do Pitangui.
Cap. 9 Luzia Machado (20-IX-1764), na capela de Santa Bárbara do Pitangui.
Cap. 10 Antônio Pedroso, filho natural.

Cap. 1
Pedro da Silva Morais, foi batizado no dia 7 de julho de 1742, na matriz de Nossa Senhora
da Luz de Curitiba.

Cap. 2

Julião Paes Pedroso (10-XI-1743), na fazenda do Pitangui. Faleceu solteiro (Julião Paes
Domingues)

Cap. 3

Ana da Silva Morais (dos Santos Martins) (31-X-1745), na fazenda do Pitangui. Casou-se
no dia 24 de junho de 1771, na capela de Santa Bárbara do Pitangui, com João Martins dos
Santos; casou-se em segundas núpcias com Manuel Nunes de Siqueira (ou Carvalho).
Teve do primeiro casamento
F 1 Teresa dos Santos Martins, batizada em 7 de março de 1772 na capela de Sant’Ana do
Iapó; casou com João Marcos da Silva. Teresa faleceu em 22 de março de 1837 e João Marcos
em 6 de agosto de 1840
N 1 João da Silva Leiria, casado, ausente para o sul
N 2 Manuel Marques da Silva, casado com Umbelina Maria da Silva, ausente para o
sul.
N 3 Francisco Marques (Marcos da Silva), casado, presente.
N 4 Luciano Marques (ou Marcos da Silva), casado, presente.
N 5 José Marques (ou José Antunes), solteiro, ausente para o sul.
N 6 Ana Joaquina, casada com o capitão Domingos da Silva Leiria, presente.
N 7 Maria Marques, casou com José Antônio de Matos em 1820.
N 8 José Antônio de Matos, presente.
N 9 Guiomar Balbina da Silva, casada com Inácio Correia Pacheco
BN 1 José de Chaves
BN 2 Antônio
N 10 Honória Balbina da Silva, 33 anos, solteira.
F 2 Ana da Silva de Moraes (ou dos Santos Martins), casada com José Manuel de
Almeida. Ana faleceu em 19 de julho de 1847.
N 1 Maria (aprox. 1790), casou com Venâncio José Gomes.
N 2 Joaquim José de Almeida (aprox. 1791), casado no dia 25 de agosto de 1820
com Gertrudes Maria do Espírito Santo, filha de Bento Ribeiro do Amaral e de Gabriela Maria
da Trindade. Faleceu em 21 de fevereiro de 1853.
BN 1 Francisco
BN 2 Maria Leduína, casou com Luciano Marques Leiria.
BN 3 José.
BN 4 Ana Catarina de Almeida (19-II-1826), casou com Antônio José de
Siqueira.
BN 5 Delfina Maria de Almeida (8-V-1828).
BN 6 Generoso José de Almeida (25-XII-1829)
BN 7 Pacífica Maria (2-IX-1831).
BN 8 Anacleto (13-IX-1833),
BN 9 Atanagildo José de Almeida (13-IV-1835).
BN 10 Virgínia Maria (22-V-1837).
BN 11 Gabriela Maria (14-XII-1839).
BN 12 Balduíno (4-III-1841).
BN 13 Iria (aprox. 1843)
BN 14 Balbina (aprox. 1845)
BN 15 Maria das Dores (aprox.1848).
N 3 Delfina dos Santos (aprox. 1796) {casou com Cristóvão da Rocha em 1817 (ver
a seguir)}.
N 4 Inácia (aprox. 1798), casou-se com Cristóvão da Rocha em 1817
N 5 Eduardo José de Almeida (aprox. 1799), casou com Rita Borges.
BN 1 José de Almeida Borges.
BN 2 Joaquim de Almeida Borges.
BN 3 Generoso de Almeida Borges.
BN 4 Maria do Carmo.
N 6 Ana d’Almeida (aprox. 181), casou-se com José Francisco Rodrigues
N 7 Atanagildo José de Almeida (aprox. em 182), casou-se com Francisca da Silva
Leiria (3-IV-11), filha de Antônio da Silva Leiria e Isabel dos Santos Martins.
N 8 Antônio José de Almeida (aprox. 183)
N 9 Angélica d’Almeirda (aprox. 186), casou-se com Manuel da Silva Leiria
N 10 Francisco José Martins de Almeida (aprox. 187)
N 11 Gertrudes d’Almeida (aprox. 189), casou-se com João José Rodrigues
N 12 Rosaura (aprox. 1810)
N 13 Marinha d’Almeida, casou-se com João José de Oliveira
N 14 Umbelina d’Almeida
F 3 João dos Santos Martins, casado com Maria Nunes de Siqueira. Maria Nunes de
Siqueira faleceu em 21 de janeiro de 1852. João dos Santos Martins faleceu em 10 de dezembro
de 1855.
N 1 Antônio dos Santos Martins (casado, ausente para o sul).
N 2 Américo.
N 3 Francisco dos Santos Martins, viúvo em 1852
N 4 Gabriel dos Santos Martins (ausente para o sul há muitos anos).
N 5 Ana dos Santos Martins, casada com Bento Luís
BN 1Salvador
BN 2 Manuel
BN 3 Guiomar
BN 4 Firmino (a)
BN 5 Isabel
BN 6 Cândido José dos Santos, casado, ausente para o sul.
BN 7 Maria dos Santos Martins,casada com João Floriano da Silva.
BN 8 Maria Angélica dos Santos (solteira em 1852, 40 anos).
BN 9 João dos Santos Martins (solteiro em 1852, 38 anos).
F 4 Isabel dos Santos Martins, casada com Antônio da Silva Leiria, filho de Manuel da
Silva Leiria e Maria de Nunes. Isabel faleceu em 17 de junho de 1850 (ou 1851) Antônio da
Silva Leiria faleceu em 24 de dezembro de 1851.
N 1 Manuel da Silva Leiria, casado com Angélica Maria.
N 2 Antônio da Silva Leiria Júnior, viúvo, ausente.
N 3 Francisco da Silva Leiria, casado, ausente, Batizado na fazenda do Barreiro em
29 de novembro de 1815.
N 4 Maria da Silva Leiria, casada com João Marques da Silva, ausente.
N 5 Libânia da Silva Leiria, viúva, presente
N 6 Querubina da Silva Leiria, casada com o major Lourenço Marcondes Ribas,
presente.
N 7 Escolástica da Silva Leiria, falecida, tendo sido casada com Domingos Joaquim
de Araújo.
José Joaquim de Araújo e Silva, de idade de 31 anos, presente.
N 8 Joaquina da Silva Leiria, solteira, 40 anos, presente.
N 9 Ana da Silva Leiria, solteira, 40 anos, presente, gêmea.
N 10 Balbina da Silva Leiria, casada com Procópio do Carmo Ribas, presente.
N 11 Francisca da Silva Leiria, casada com Atanagildo José de Almeida, presente.
F 5 Manuel dos Santos Martins, casou com Maria Joaquina
N 1 Manuel
N 2 Francisco dos Santos Martins.
N 3 Joaquim
N 4 Luís.
N 5 José dos Santos Martins
N 6 José Manuel.
N 7 Miguel
N 8 Maria.
N 9 Felicidade
N 10 Maria da Luz
N 11 Felicidade
F 6 Francisco de Paula Martins (talvez).
F 7 José.
Teve do segundo casamento
F 8 Inocêncio
F 9 Maria
F 10 Joaquina
F 11 Gabriel (talvez)

Cap. 5

José Pedroso de Morais (30-V-1746), na fazenda do Pitangui. Casou com Maria Teresa
dos Santos, filha do João dos Santos Martins. Faleceu em 25 de abril de 1796 e Maria Teresa
faleceu em 5 de agosto de 1824
F 1 João José Pedroso (aprox. 1787).
F 2 Miguel José Pedroso (aprox. 1789); casou-se no dia 12 de setembro de 183 com Maria
Teresa de Jesus, filha de José Antunes Maciel e Maria de Nazaré.
F 3 Antônio José Pedroso (aprox. 1800).
F 4 Ana Maria de Jesus (aprox. 1791); casou com Joaquim Bicudo de Siqueira.
F 5 Maria Teresa de Jesus (aprox. 1793).
F 6 Inácio (1796).
Teve uma filha natural
F 7 Margarida da Luz, casada com Antônio Ferreira Pinto (ou Antônio Ferreira da Luz).

Cap. 6

Miguel (30-V-1746), batizado na fazenda do Pitangui.

Cap. 7

Inocêncio José Pedroso (20-I-1752), batizado na capela de Santa Bárbara do Pitangui.


Cap. 8

Madalena Esméria da Silva (8-IX-1762), batizada na capela de Santa Bárbara do Pitangui;


casou com André Domingues Vidigal..
F 1 Teresa
F 2 Pantaleão

Cap. 9

Luzia Machado (20-IX-1764), na capela de Santa Bárbara do Pitangui; casou com Tomé
Vieira Colaço.
F 1 Maria.

Cap. 10

Antônio Pedroso, filho natural

MATEUS DA COSTA ROSA

José Carlos Veiga Lopes

Mateus da Costa Rosa era natural da freguesia de Santa Maria do Vilar, bispado da cidade
do Porto, filho de Mateus João e de sua mulher Catarina da Costa; veio para o Brasil e casou-se
na vila de Santos com Margarida de Oliveira, filha de Antônio de Oliveira, mudando-se depois
para Paranaguá. Teve com a esposa os filhos 7 filhos seguintes:
Cap. 1 Antônio.
Cap. 2 Padre Cristóvão da Costa Rosa (ou da Costa e Oliveira).
Cap. 3 Padre Estêvão de Oliveira Rosa.
Cap. 4 Páscoa da Ressurreição que se casou com Antônio Rodrigues Domingues.
Cap. 5 Maria de Oliveira que se casou com André Machado Pereira.
Cap. 6 Beatriz
Cap. 7 Catarina.
Tinha dois filhos naturais com Viviana Gonçalves
Cap. 8 Diogo da Costa Rosa.
Cap. 9. Maria Dina de Oliveira

Cap. 1
Antônio.
Cap. 2

Padre Cristóvão da Costa Rosa (ou da Costa e Oliveira).

Cap. 3

Padre Estêvão de Oliveira Rosa.


Cap. 4

Páscoa da Ressurreição que se casou com Antônio Rodrigues Domingues (tiveram os


filhos:
F 1 Ana de Oliveira Rosa
F 2 Dr. Mateus da Costa Rosa, (muitas vezes confundido com o avô homônimo).

Cap. 5

Maria de Oliveira que se casou com André Machado Pereira.

Cap. 6

Beatriz

Cap. 7

Catarina.

Tinha dois filhos naturais com Viviana Gonçalves

Cap. 8

Diogo da Costa Rosa. Casou-se em Curitiba no dia 18 de abril de 176 com Paula
Fernandes de Oliveira, filha de João Rodrigues Side e Isabel de Oliveira. Faleceu em Curitiba no
dia 22 de julho de 1747. Paula faleceu em 18 de abril de 1758.
F 1 Maria de Oliveira Rosa, batizada no dia 4 de setembro de 177 na igreja matriz de
Curitiba. Casou em 1729 com Miguel Alves de Faria, filho de João Alves Martins e Maria do
Souto, não tiveram descendência .
F 2 Isabel da Costa Rosa, batizada no dia 6 de setembro de 179 na igreja matriz de
Curitiba. Casou-se no dia 6 de outubro de 1733 com Domingos Martins Fraga, filho de
Domingos Martins e Maria Francisca, natural de São Pedro do Monte, Termo de Barcelos,
Arcebispado de Braga. Faleceu no dia 6 de agosto de 1786.
N 1 Rita, nascida em Curitiba no dia 28 de janeiro de 1735, onde foi batizada em 3
de fevereiro na igreja matriz.
N 2 Aniceta Costa ou Aniceta Martins, nascida em 12 de março de 1737, e foi
batizada na igreja matriz de Curitiba no dia 18 de julho de l737. Casou com João da Silva
Furtado (batizado em 30 de outubro de 1733), natural da freguesia do Juqueri, filho de Antônio
Furtado de Souza e Maria de Freitas, no dia 10 de julho de 1758, na capela de Santa Bárbara do
Pitangui. Faleceu no dia 14 de junho de 1811.
BN 1 João da Silva Furtado, batizado em 7 de abril de 1759 na capela de Santa
Bárbara do Pitangui.
BN 2 Maria de Nazaré, batizada em 28 de dezembro de 1760 na capela de
Santa Bárbara do Pitangui. Casou em Curitiba no dia 7 de outubro de 1774 com José Antunes
Maciel (11-IV-1751), filho de Francisco Soares (ou Francisco Antunes Maciel) e Teresa de
Jesus.
TN 1 Daniel (3-III-1779)
TN 2 Ana (28-IV-1783)
TN 3 Angélica (7-III-1785).
TN 4 Manuel (15-III-1789)
TN 5 Jônatas (25-VII-179
BN 3 Agapito, batizado em 24 de setembro de 1762 na capela de Santa
Bárbara do Pitangui.
BN 4 Felícia, batizada em 7 de fevereiro de 1765 na capela do Tamanduá.
BN 5 Rafael, batizado em 10 de maio de 1767 na capela de Santa Bárbara do
Pitangui.
BN 6 Exposita
N 3 Domingos Martins de Oliveira, nascido em 11 de janeiro de 1739, e batizado na
fazenda do Pitangui, dos reverendos padres da Companhia, em 25 de janeiro de 1739. Casou
com Clara Rodrigues de Oliveira (também conhecida como Clara Fernandes), filha de Miguel
Fernandes de Siqueira e de Maria de Lima, em Curitiba, no dia 20 de maio de 1756. Faleceu no
dia 4 de agosto de 1775.
BN 1 Hipólito, nascido no Rio Grande do Sul.
BN 2 Salvador, nascido no Rio Grande do Sul.
BN 3 Ana Maria Martins, nascida no Rio Grande do Sul, casada com Antônio
Monteiro Manso (29-VI-1761), filho de Manuel Manso de Avelar e Ana Barbosa.
TN 1 Maria Manso da Conceição, casada com o mal. Bento
Manuel Ribeiro, filho de Manuel Ribeiro de Almeida e Ana Maria Bueno.
BN 4 Inácio, nascido no Rio Grande do Sul.
N 4 Maria, nascida no dia 26 de janeiro de 1743 e batizada na igreja matriz de Curitiba
em 24 de junho de 1743.
N 5 José Martins de Oliveira, batizado na fazenda do Pitangui, em 23 de outubro de
1745. Faleceu solteiro.
N 6 Quitéria Ângela Maria, nascida em 20 de maio de 1747 e batizada na igreja matriz
de Curitiba em 10 de agosto de 1747. Casou em 31 de agosto de 1772 na capela de Santa
Bárbara do Pitangui com José Antônio de Oliveira, natural de Rio Grande de São Pedro do Sul,
filho de João Inácio e Helena Maria.
BN 1 José Manuel de Oliveira101. Casou na região de Cruz Alta com
Emerenciana Inácia da Conceição.
BN 2 João Antônio de Oliveira, batizado na capela de Santa Bárbara do
Pitangui em 20 de outubro de 1775. Casou em Castro com Francisca Leite, filha de Antônio Luís
Duarte e Paula Leite, no dia 1º de julho de 1795.
BN 3 Carlos José de Oliveira, batizado na capela de Santa Bárbara do Pitangui
em 17 de fevereiro de 1778. Casou em Castro com Clara Maria de Jesus, filha de Antônio José
Maciel e Bernardina Ferreira de Jesus em 23 de junho de 183.
TN 1 Maria da Assunção, casada com Isaias Pinheiro da Silva.
TN 2 Maria Joaquina d’Oliveira, casada com Antônio Alves de
Carvalho.
QN 1 Francisco.
QN 2 José.
QN 3 Joaquim.
QN 4 Maria
TN 3 Generoso José d’Oliveira.
TN 4 Florisbela Maria d’Oliveira, casada com Antônio de Andrade
Camargo.
TN 5 Ana Maria d’Oliveira, casada com João Antônio Antunes.
TN 6 Manuel José de Oliveira.
TN 7 Felicidade Maria de Oliveira.

101
Capitão. Descendentes em Júlio de Castilhos.
BN 4 Maria Salomé, batizada na capela de Santa Bárbara do
Pitangui em 5 de junho de 1781. Casou no dia 30 de outubro de 1797 com Francisco José Dias
de Almeida102, natural de Cotia, filho de Joaquim Dias Vieira e Inácia Paes de Almeida.
TN 1 Manuel Antônio de Oliveira (Neco) (21-IX-1798) casado com
Ninica.
TN 2 Ana de Oliveira ou Ana Alda Blandina de Oliveira (mais ou menos
em 1800), casada em 21 de março de 1818 com Antônio Novaes Coutinho103, natural da
freguesia de São Tomé de Torrens, arcebispado de Braga, filho de Antônio José de Castro e
Perpétua Maria Novaes.
TN 3 Francisco José de Oliveira (mais ou menos 181 a 182), casado em
24 de dezembro de 1822 com Ana Benedita de Jesus (Aninha), filha do alferes José Manuel
Batista (era o alferes José Manuel Ferreira casado com Iria Balbina da Piedade).
TN 4 Maria, nasceu em 184 e morreu com 5 dias.
TN 5 João Antônio de Oliveira (Cravo) (3-IV-185, oratório da fazenda
Santa Cruz, casado com Felicidade Maria Ferreira, viúva de Jerônimo José Vieira104, filha de
Francisco Ferreira Prestes e de Ana Joaquina de Oliveira.
TN 6 Ildefonso José de Oliveira (9-IX-186, bairro da Ponta Grossa),
casou no dia 23 de fevereiro de 1838 em Castro com Maria Germana Penteado, filha de João
Batista Penteado105 e Maria Floriana de Almeida.
TN 7 Fidêncio José de Oliveira (mais ou menos em 187), casado em 7 de
julho de 1841 em Ponta Grossa com Ubaldina de Souza (Dias de Almeida).
TN 8 Gertrudes Maria de Oliveira (13-VII-189), casada em 14 de
fevereiro de 1826 com o capitão Teodoro da Rocha Ribeiro106, filho de Manuel da Rocha e
Souza e de Maria da Encarnação.

102
Inúmeros descendentes em Cima da Serra e Passo Fundo.
103
Um dos primeiros habitantes e chefe político em Palmeira das Missões- RS.
104
Devem ser ascendentes do Gen. Prestes Guimarães, com descendentes em Passo Fundo.
105
Tronco dos Penteado no Rio Grande, região de Passo Fundo.
106
No inventário de Teodoro da Rocha Ribeiro, datado de 1859, consta que é casado com Gertrudes Maria de
Oliveira e são seus filhos herdeiros:
F 1 Manoel da Rocha Ribeiro
F 2 Maria Ambrósia da Rocha Ferreira, casada com Domingos Ferreira Pinto.
F 3 Nuncia Maria da Rocha Ferreira, casada com José Ferreira dos Santos.
F 4 Eufrasina Isabel da Rocha, casada com Francisco Antônio Batista (Rosas).
Seus três genros são paranaenses muito ligados à história do Paraná.
Domingos Ferreira Pinto descende de João Rodrigues de França, a capitão-mor de Paranaguá, por José Ferreira
Pinto, morador da vila de Castro, no bairro de Ponta Grossa (inicia de 1800). Foi agraciado com a titulo de barão de
Guaraúna. Não teve descendência.
José Ferreira dos Santos foi um dos primeiros povoadores de Palmas (PR), chefe de uma das expedições que ocupou
em 1839 os Campos de Palmas.
José Ferreira Pinto casou em 1765 com Bárbara Antonia Pedroso, filha de Domingos Antônio Duarte (de Portugal) e
de Francisca Pedrosa de Siqueira (ou da Costa, de Curitiba). Seus avós matemos são Felipe Leme de Siqueira (São
Paulo) e Sebastiana Pedroso de Lima (Curitiba). Os irmãos de Francisca Pedrosa, ou seja, Manoel Rodrigues de
Siqueira, Antônio de Lima Siqueira e Felipe Garcia de Lima, residem em Castro. Estes dois últimos casam
respectivamente com Inácia e Ana Joaquina, filhas de Antônio de Quadros (Itu) e Antonia Pereira (Curitiba) (R.
Roderjan).
QN 1 Manuel Teodoro da Rocha Ribeiro, batizado em Ponta
Grossa no dia 28 de outubro de 1827. Casou em Ponta Grossa, então freguês do Passo Fundo,
distrito de Cruz Alta, no dia 17 de setembro de 1853, com Ana Joaquina de Oliveira, filha de
Ildefonso José de Oliveira).
QN 2 Maria Ambrósia da Rocha Ferreira, não encontramos nem
em Ponta Grossa nem em Castro, quando em 4 de agosto de 196, no registro do seu óbito está
dito que era natural da cidade de Passo Fundo e que estava com 75 anos, então deve ter nascido
em 1831. Casou com Domingos Ferreira Pinto mais ou menos em 1852.
QN 3 Núncia Maria Ferreira (ou de Oliveira) foi batizada em Ponta
Grossa no dia 16 de novembro de 1832. Casou com José Ferreira dos Santos, natural de
Palmeira, filho de Joaquim Ferreira Pinto e Maria Rosa dos Santos.
QN 4 Eufrosina de Oliveira Rocha (ou da Rocha Batista), nasceu
em Passo Fundo. Casou em Ponta Grossa em 19 de setembro de 1857 com Francisco Dias
Batista Rosas, filho de Antônio Dias Batista e Maria do Nascimento de Azevedo.
TN 9 Diogo José de Oliveira (20-V-1811, bairro das Conchas), casado
em 27 de fevereiro de 1838 em Ponta Grossa com Maria Joana Ferreira ou Vieira,
provavelmente filha de Jerônimo José Vieira e Felicidade Maria Ferreira.
TN 10 José Francisco de Oliveira (Jeca) (19-III-1813), casado com
Maria Filomena Xavier, filha de Francisco Xavier de Castro e Ana Joaquina Ferreira.
TN 11 Maria Perpétua de Oliveira (mais ou menos 1814), casada em 25
de agosto de 1818 com Francisco Lemos de Oliveira, filho de Antônio Lemos Cavalheiro e Rosa
Maria de Oliveira, naturais de Parnaíba, (Maria e Francisco moradores em Palmeira das
Missões).
TN 12 Francisca Maria de Oliveira (Chica) (mais ou menos em 1815),
casada em Ponta Grossa no dia 25 de fevereiro de 1838 com João da Silva Rocha (Jango).
TN 13 Fidélis José de Oliveira (mais ou menos 1820), casado no dia 1º
de maio de 1844 com Oristela de Gamarras de Oliveira, filha de José de Oliveira Prestes e de
Ana Rosa do Nascimento Belo. 8.2-VI-4.14 Joaquim Teodoro de Oliveira, faleceu no dia 11 de
julho de 1838 com 18 anos no bairro de Catanduva.
BN 5 Ana Joaquina de Oliveira, batizada na capela de santa Bárbara do
Pitangui em 25 de outubro de 1784. Casou em primeiras núpcias no dia 27 de agosto de 1800
com Francisco Ferreira Prestes (falecido em 29 de abril de 1813), natural e morador na capela do
Tamanduá, filho de Antônio Ferreira de Farias e Maria Prestes de Aguiar, e em segundas
núpcias com Domingos Ferreira Pinto, filho de José Ferreira Pinto e Bárbara Antônia Pedrosa.
Inventariada em 1865
Teve do primeiro casamento
TN 1 Florisbela, 11 anos em 1813
TN 2 Felicidade Maria Ferreira, 9 anos em 1813. Casou em primeiras
núpcias com Jerônimo José de Oliveira e em segundas com João Antônio de Oliveira (8.2-VI-
4.5)
TN 3 Rita Maria, 7 anos em 1813
TN 4 Alexandrina, 6 anos em 1813
TN 5 Lúcio, 5 anos em 1813
TN 6 Rita Margarida, 3 anos em 1813
TN 7 Policárpio, 2 anos em 1813
Teve do segundo casamento
TN 8 Maria, batizada em 9 de abril de 1815
TN 9 Ana Maria Ferreira, casada com Antônio Bueno.
TN 10 Domingos Ferreira Pinto, batizado em 5 de outubro de 1820.
Casado com sua prima Maria Ambrósia da Rocha Ferreira (8.2-VI-IV-VIII-2), com quem não
teve filhos. Teve com Ana Flora de Araújo, moradora em Palmeira, duas filhas naturais
reconhecidas
QN 1 Nardina Ferreira, batizada em Palmeira no dia 28 de agosto
de 1845, casou no dia 16 de agosto de 1857, na igreja de Nossa Senhora Sant’Ana da Ponta
Grossa, com Francisco Teixeira Alves, natural de Passo Fundo, filho de Manuel Teixeira Alves e
de Francisca Alves. Faleceu em 28 de agosto de 1890.
PN 1 Procópio Teixeira Alves, nascido em Passo Fundo
aproximadamente em 1858, que casou com Maria Alves do Belém.
PN 2 Manuel Teixeira Diniz, nascido em Passo Fundo
aproximadamente em 1860, casou com Zelinda Teixeira d’Almeida.
PN 3 Filomena Teixeira (ou Ferreira d’Almeida), nascida
aproximadamente em 1863, que casou em Ponta Grossa em 26 de julho de 1879 com Bonifácio
d’Almeida e Silva (25-XII-1854, Ponta Grossa, com 9 meses), filho de Atanagildo José de
Almeida e de Francisca da Silva Leiria, estando dito que os nubentes eram naturais da paróquia
de Ponta Grossa;
PN 4 Bernardina de Paula Teixeira, nascida
aproximadamente em 1865, natural de Passo Fundo, casou em Ponta Grossa no dia 25 de julho
de 1880 com Ricardo Dias Batista, natural de Ponta Grossa, filho natural de Maria da Glória.
PN 5 Pedro Teixeira Alves (ou de Paula Teixeira), nascido
aproximadamente em 1867, natural de Passo Fundo, casou em Ponta Grossa no dia 14 de abril
de 1889 com Maria de Jesus Ribas, viúva do finado Augusto de Almeida Taques, filha do major
Dúlcio Mariano Ribas e de dona Francisca de Macedo Ribas.
PN 6 Domingos de Paula Teixeira, nascido aproximadamente
em 1869;
PN 7 Cândida de Paula Teixeira, nascida aproximadamente
em 1871, casou em Ponta Grossa no dia 25 de março de 1891, freguesa da Palmeira, com
Laurindo Dias Batista (ou Ribeiro), filho natural de Maria da Glória.
PN 8 José, nascido em Ponta Grossa no dia 18 de setembro
de 1874, batizado em 8 de dezembro de 1874, que faleceu antes da mãe.
PN 9 Hortêncio Teixeira Alves, nascido em Ponta Grossa no
dia 1º de março de 1877 e batizado em 2 de abril de 1877, casou com Bernardina Teixeira
Bueno.
QN 2 Sinhorinha Ferreira, casada com Jesuíno Pereira de
Camargo.
PN 1 Esídio, batizado em 7 de janeiro de 1865 com 4 meses.
PN 2 Pedro, batizado em 30 de dezembro de 1865 com 15
dias.
PN 3 Laurindo, batizado em 6 de janeiro de 1868 com um
mês.
PN 4 Anardina, batizada em 21 de janeiro de 1870 e nascida
em 5 de dezembro de 1869.
TN 11 José Ferreira Pinto.
TN 12 Manuel Ferreira Pinto
TN 13 Joaquim Ferreira Pinto
TN 14 Antônio Ferreira Pinto
BN 6 Jacinto José de Oliveira. Casou com Isabel Maria do Espírito Santo, filha
de Inácio dos Santos Palhano.
N 7 Marcela da Costa Rosa, nascida em 12 de agosto de 1749 e batizada na fazenda
do Pitangui em 24 de agosto de 1749. Casou com Domingos Ribeiro de Lima, batizado em 17 de
outubro de 1744 em Curitiba, filho de Francisco Ribeiro da Silva e de Teresa de Jesus, no dia 17
de agosto de 1768 na capela de Santa Bárbara do Pitangui. Marcela faleceu em 1817 e
Domingos no dia 6 de novembro de 1814.
BN 1 Isabel Maria, batizada em 28 de junho de 1769. Casou com Antônio
Antunes (25-XII-1765), filho de Francisco Antunes Maciel e de Teresa de Jesus.
BN 2 Belquior (ou Mechior) Ribeiro Lima, batizado em 1º de janeiro de 1771.
Casou com Ana Bárbara. Faleceu em 27 de junho de 1854, sem filhos.
BN 3 Francisco , batizado em 2 de dezembro de 1773.
BN 4 Baltazar.
BN 5 Gregório, batizado em 1º de novembro de 1778.
BN 6 Maria da Encarnação, batizada em 25 de julho de 1780. Casou-se com
Manuel Rocha de Souza em 28 de junho de 1794.
TN 1 Bento da Rocha Ribeiro. Casou com Alda Delfina, filha de Aurélio
da Costa Portela e Ana Maria Duarte.
TN 2 Teodoro da Rocha Ribeiro. Casou com Gertrudes Maria de
Oliveira.
BN 7 Maria Angélica, batizada em 7 de maio de 1782. Casou em Castro no dia
17 de janeiro de 183 com Carlos José de Santa Ana, natural de Itapeva, filho de Joaquim José de
Santa Ana e de Isabel Maria da Conceição.
BN 8 Manuel, batizado em 26 de fevereiro de 1786. Faleceu criança
BN 9 Gaspar.
BN 10 Cecília Ribeiro Martins. Casou no dia 8 de setembro de 184 com
Manuel José de Santa Ana, natural de Itapeva, filho de Joaquim José de Santa Ana e de Isabel
Maria da Conceição
TN 1 Maria Fortunata de Sant’Ana, casou com Leduíno (ou Felisbino)
José da Rosa.
TN 2Ana Perpétua de Sant’Ana, casou-se com Reginaldo Ferreira da
Silva.
PN 1 Maria Joaquina (filha natural), casou Bento José.
PN 2 Ladislau.
PN 3 Balbina.
PN 4 Rosa.
PN 5 Claudina.
PN 6 Brás
TN 3 Felisbina Rosas, casada Antônio José da Rocha, filho de Matilde da Rocha
Carvalhais).
PN 1 Matildes, casada com João Carneiro.
PN 2 Honorata.
PN 3 Amália.
PN 4 Vergínia.
PN 5 Emília.
PN 6 Emiliana.
TN 4 Manuela Antônia de Sant’Ana, casou-se com Domingos José Palhano
Após enviuvar teve
TN 5 Cláudio Pinto de Sampaio
Com Inácio Saraiva Lopes, com quem casou em segundas núpcias, teve
TN 6 Claudiana
TN 7 Mariana
N 8 Manuel, foi batizado no dia 20 de abril de 1752, na capela de Santa Bárbara do
Pitangui. Faleceu solteiro antes de sua mãe.
F 3 Maria da Costa Rosa, batizada no dia 15 de janeiro de 17l3. Casou-se no dia 18 de
novembro de 1733 com Francisco da Silva, filho de João da Silva e de Dionézia Francisca,
natural da freguesia de Santa Olaya de Arnozelo, Concelho de Basto, Arcebispado de Braga.
Falecida em Curitiba no dia 6 de março de 1747; Francisco faleceu em 7 de março de 1776.
N 1 Cristóvão da Silva Rosa, nascido em 26 de setembro de 1734 e batizado em 3 de
outubro em Curitiba. Casou-se mais ou menos entre 1776 e 1777 com Teodora Pinheiro, filha de
Patrício Pinheiro Novilher e Maria Paes. Teodora faleceu em 6 de agosto de 1815
BN 1 Joaquim Pinheiro da Silva, batizado em 8 de julho de 1778.Casou em
Castro em 1798 com Rita Joaquina de Jesus, filha de Marcelo Antunes Maciel e Bernardina
Ferreira. Faleceu em 185.
TN 1 Izaias Pinheiro da Silva, casou com Maria da Assunção em 11 de
abril de 1826
QN 1Ana (20-IX-1829).
QN 2 Maria (13-IX-1829). Faleceu em 3 de setembro de 1831
QN 3 José (16-XII-1832).
QN 4 Clara (8-IX-1835).
QN 5Generosa (2-XI-1841).
N 2 Paula da Silva, nascida em 1º de março de 1737 e batizada em 20 de abril em
Curitiba. Casou no dia 21 de outubro de 1759 com José Alvres (batizado em Curitiba em 5 de
novembro de 1729), filho de Antônio Alvres Martins e de Luzia Gonçalves de Aguiar, na capela
de Santa Bárbara do Pitangui. José Alves faleceu no dia 1º de abril de 1816. Paula faleceu perto
de 11 de julho de 1820, quando foi aberto seu testamento.
BN 1 Ana Michaela de Oliveira, batizada em 31 de outubro de 1760. Teve dois
filhos naturais com José da Rocha Carvalhais (Reconhecidos por ele em seu testamento), casou-
se em primeiras núpcias com Francisco Xavier e depois casou-se com Francisco José de
Macedo. Faleceu em 28 de dezembro de 1834.
TN 1 Cristóvão da Rocha Carvalhais, casou-se com Inácia d’Almeida,
filha de José Manuel de Almeida e Ana Maria Martins
TN 2 José Bernardino da Rocha
TN 3 Antônio
BN 2 José Marcelo de Oliveira, batizado em 1º de dezembro de 1765.
BN 3 Joaquina, batizada em 10 de fevereiro de 1769.
BN 4 Maria Clara de Oliveira, batizada em 16 de janeiro de 1770. Casou com
Lázaro da Silva, natural de Minas Gerais. Faleceu em 31 de março de 1838 e Lázaro em 12 de
abril de 1851.
TN 1 Antônio
TN 2 Emídio José da Silva, casado com Margarida.
TN 3 José Joaquim da Silva Cardoso, casado.
TN 4 Joaquim Paulo da Silva, falecido, deixou uma filha de nome Maria,
de 8 meses, ausente na freguesia de Vacaria.
TN 5 Ana Bárbara (Barbosa) Garcia, batizada em 8 de dezembro de
1795, casada.
TN 6 Rita de Cássia Lima, viúva.
TN 7 Maria José de Jesus.
TN 8 Maria (5-IV-1812)
BN 5 Maria da Conceição, batizada em 20 de maio de 1771.
BN 6 Ricardo José da Silva, batizado em 7 de novembro de 1778.
N 3 Maria da Silva Rosa, nascida em 13 de junho de 1739 e batizada em 25 de
novembro em Curitiba. Casou com Antônio Pereira dos Santos, filho de João Batista Pereira e
Catarina Dias, no dia 16 de novembro de 1766 (no 17 de outubro de 1769, na capela de Santa
Ana do Iapó, Antônio casou-se com Joana Bueno; na dispensa do casamento constou que
Antônio era viúvo, tendo Maria morrido no dia 25 de janeiro de 1766, deve ter havido algum
engano do vigário na declaração, somente com o sacramento da penitência, por não chamarem
quem administrasse, e foi enterrada na capela de Santa Bárbara do Pitangui).
N 4 Escolástica Rosa da Silva, nascida em 20 de setembro de 1742 e batizada em 8 de
outubro. Casou-se ma matriz de Curitiba no dia 26 de novembro de 1766 com José Joaquim
Galvão, natural da cidade de São Paulo, militar, filho de Rosa Maria de Jesus e pai incógnito.
BN 1 Rosa (27-IV-1772), N.S. da Luz
BN 2 Joaquim (21-III-1774), Santa Bárbara do Pitangui.
BN 3 Rita (15-XI-1777), N.S. da Luz
BN 4 Francisca (2-I-1780)
N 5 Potenciana, nascida em 1 de janeiro de 1747 e batizada em 8 de janeiro.
F 4 Maria, batizada no dia l4 de novembro de 1714 e que morreu no dia 20 de outubro de
1732, com os sacramentos da penitência e da extrema-unção somente, por não haver dado a
doença para mais.
F 5 João da Costa Rosa, batizado no dia 8 de julho de 1717. Casou-se com Maria Cardosa
de Assunção, filha de João Paes de Almeida e de Maria dos Passos. Como não encontramos o
registro do casamento, cremos que foi realizado fora da freguesia de Nossa Senhora da Luz dos
Pinhais. Faleceu em 27 de março de 1788.
N 1 Beatriz Ana de Oliveira Rosa, nascida em Curitiba em 16 de janeiro de 1747,
casada em Curitiba em 9 de fevereiro de 1766 com Antônio José Ferreira, natural de Braga, filho
de José Fernandes e de Teresa de Araújo Ferreira.
BN 1 Ana Joaquina Ferreira (28-I-1768) N.S. da Luz. Casou em 25 de maio de
1785 com José de Freitas Saldanha, filho de Domingos de Freitas Saldanha e Custódia de Souza
Alvin. Faleceu em 20 de dezembro de 1790.
BN 2 Alferes José Manuel Ferreira (27-I-1771). N.S. da Luz. Casou em 5 de
fevereiro de 1795 com Iria Balbina da Piedade, filha de Rodrigo Félix Martins e Ana Maria de
Jesus.
BN 3 Antônio (1-VII-1774) N.S. da Luz. Deve ter falecido criança.
BN 4 João Antônio (24-XI-1775) N.S. da Luz. Deve ter falecido criança
BN 5 Padre Joaquim José Ferreira (7-II-1778) N S. da Luz.
BN 6 Padre Cândido José Ferreira (15-XII-1779) N.S. da Luz.
BN 7 Antônio José Ferreira Filho (2-VIII-1783).
BN 8 Benedito (19-II-1785)
BN 9 Ana Maria Ferreira (3-II-1793), casou em 1º de agosto de 1820 com o dr.
Johann Rennow
N 2 Maria, nascida em Curitiba em 17 de outubro de 1748.
F 6 Paula de Oliveira Rosa, da qual não encontramos o registro de batizado. Casou em
primeiras núpcias com Antônio da Costa Coelho, natural da freguesia de Santa Cristina de
Figueiras, Arcebispado de Braga, filho de Antônio Coelho da Costa e Bernarda Teixeira, no dia
30 de maio de 1740; e em segundas núpcias com Salvador Cubas de Morais, natural da vila de
Iguape, filho de Bento Cubas e Maria Monteira da Rosa, no dia 26 de novembro de 1748.
Diogo teve ainda Diogo teve ainda uma filha natural.
F 7 Catarina da Costa Rosa, que faleceu solteira, com a idade aproximada de cinqüenta
anos, no dia 2 de novembro de l766.

Cap. 9

Maria Dina de Oliveira, que casou com Antônio de Faria. Maria Digna Rosa faleceu em 21
de julho de 1747.
F 1 Margarida de Oliveira
F 2 Maria

JOÃO PIRES SANTIAGO

José Carlos Veiga Lopes

João Pires de Santiago foi batizado na igreja de Nossa Senhora da Luz de Curitiba em 5 de
janeiro de 1717, filho de Manuel de Lima Pereira e Luzia Martins das Neves, esta filha de
Guilherme Dias Cortes e Maria das Neves, esta filha de Baltazar Carrasco dos Reis; casou-se em
Curitiba no dia 28 de março de 1744 com Ana Maria do Prado, filha de João do Prado Leme e
Méssia Nunes de Siqueira. Na lista de 1765 morava no Barigüí. Tiveram os filhos:
F 1 Inácio Pires de Lima (26-VIII-1745 e morava no Barigüí em 1765), casado com Clara
Pinheira ou Clara Pereira Teles, filha de Agostinho Andrade (pai de José de Andrade) e
Gertrudes Pereira, no dia 17 de junho de 1765.
N 1José (18-VIII-1766).
N 2 Maria Leme de Jesus (14-I-1769 ou 14-IX-1769), casou com Francisco Tomás
Cardoso, filho do capitão José Gabriel e Teresa Álvares de Jesus em 13 de agosto de 1800.
N 3 Inácio de Lima Pereira (mais ou menos em 1771), casou com Joana Maria, filha
de Manuel Manso de Avelar e Ana Barbosa, em 24 de outubro de 1793.
N 4 Ana Maria de Jesus (8-IV-1773), casou em 19 de abril de 1793 com Bento de
Siqueira Cortes107, filho de Pedro de Siqueira Cortes e Ana Gonçalves Coutinho; Ana Gonçalves
Coutinho era filha de Manuel Gonçalves Coutinho e Paula Rodrigues França.
BN 1 Francisco (24-I-1795).
BN 2 Maria Perpétua de Siqueira, casou-se com Lourenço Justiniano de
Araújo, filho de Francisco de Araújo Monteiro e Maria Soares Paes, em 12 de maio de 1812.
BN 3 Rosa Maria de Jesus (16-IX-1798) casada com Teodoro Ferreira Maciel,
filho de Marcelo Antunes Maciel e Bernardina Ferreira, em 25 de maio de 1814.
BN 4 Margarida de Siqueira da Conceição (23-VII-1800) casada com Gregório
Ferreira Maciel, filho de Marcelo Antunes Maciel e Bernardina Ferreira, em 22 de junho de
1818.
BN 5 José de Siqueira (15-II-184), casou Maximiliana Ferreira de Sá, filha de
Joaquim Ferreira Pinto e Maria Rosa dos Santos em 24 de junho de 1833.
BN 6 Balbina Maria de Siqueira (12-II-186) casada com Manuel Ferreira dos
Santos, filho de Joaquim Ferreira Pinto e Maria Rosa dos Santos.

107
Filhos de Bento de Siqueira Cortes são Pedro de Siqueira Cortes, que comandou uma das expedições na
Conquista dos Campos de Palmas e Domingos e Antônio de Siqueira Cortes, que também participaram dessa
expedição. Bento de Siqueira Cortes é filho de outro Pedro de Siqueira Cortes, descendente de Luís de Gois, este
irmão de Antônia de Gois, casada com Mateus Martins Leme, povoadores de Curitiba no século XVII. Luís de Góis
era casado com Maria de Siqueira Cortes, dos Preto paulistas Por sua mãe Ana Gonçalves Coutinho, Bento de
Siqueira Cortes é bisneto do capitão-mor João Rodrigues de França. Na lista da Ordenança de 1766 residem em
Campo Largo, distrito da vila de Curitiba, Pedro de Siqueira Cortes, com 57 anos e seus filhos, entre os quais Bento
de Siqueira Cortes, com 20 anos de idade. A maioria dos moradores de Campo Largo em 1766 são netos e bisnetos
de Paula Rodrigues de França e possivelmente residem nas terras que ela herdou de seu pai, o capitão-mor de
Paranaguá, João Rodrigues de França.
Bento de Siqueira Cortes casou com Ana Maria de Jesus, descendente de Baltazar Carrasco dos Reis e dos Preto e
Prado paulistas. A filha, Rosa Maria de Jesus, casou com Teodoro Antunes Ferreira Maciel, filho de Marcelo
Antunes Maciel e Benedita Ferreira Prestes, moradores da Lapa e que foram os geradores dos Maciel de Palmas.
Outra filha, Maria Perpétua de Siqueira, casou com Lourenço Justiniano de Araújo, que foram os pais de Francisco
Antônio de Araújo, tronco da maioria dos Araújo de Palmeira, Paraná (R. Roderjan).
BN 7 Antônio de Siqueira Lima (7-XII-187), casou com sua sobrinha Maria
Aura, filha de Lourenço Justiniano de Araújo e Maria Perpétua, em 15 de setembro de 1838.
BN 8 Gertrudes Maria de Siqueira casada com João Lustosa Meneses, filho de
Luís de Souza e Ana dos Santos, em 28 de janeiro de 1827.
BN 9 Domingos de Siqueira Cortes (7-III-1810), casou com sua sobrinha
Francisca Maria de Jesus.
BN 10 Pedro de Siqueira Cortes (8-II-1811), casou com sua sobrinha
Gertrudes Maria, filha de Teodoro Ferreira Maciel e Rosa Maria, em 27 de setembro de 1842.
BN 11 Bárbara de Siqueira, casou com Pedro Ribeiro de Almeida.
N 5 Ângela (8-XI-1775).
F 2 Manuel de Lima Pereira (8-X-1752), casado com Ana Maria de Jesus, filha de Miguel
Alves Pedroso e Marcelina Luz de Siqueira no dia 8 de dezembro de 1776 em Curitiba.
N 1 Manuel.
N 2 Senhorinha (14-XI-1779), casou com Francisco José de Castro em 11 de janeiro
184.
N 3 Antônia Maria de Jesus (21-X-1781), casou com Silvério Andrade de Oliveira,
filho de Marco Antônio de Moura e Margarida Rodrigues de Oliveira.
N 4 Inácio.
N 5 Maria.
N 6 Isabel (25-VII-1790).
N 7 Rita.
N 8 Josefa (21-IV-1794).
N 9 Francisca Maria (21-III-1796), casada com Florentino Fernandes França, filho
de Manuel Fernandes França e Francisca Maria, em 2 de janeiro de 1821.
N 10 Maria (7-VI-1800).
N 11 Brígida.

F 3 Méssia Maria Angélica, casada com Salvador Nunes de Aguiar, filho de Miguel Góis
de Siqueira e Domingas Dias de Meira em 30 de agosto de 1774.
N 1Manuel.
N 2 Ana.
N 3 Antônio.
N 4 João.
N 5 Maria. (19-X-1788
N 6 Maria. (9-XII-1792)
F 4 Antônia (19-IX-1756).
F 5 Luzia Pires do Prado (17-II-1758), casada com Manuel Ferreira de Souza.
F 6 Francisco.
F 7 José Pires de Lima (28-XII-1760), casado com Francisca Mendes de Siqueira, filha de
Manuel Martins Valença em 18 de setembro de 1787.
F 8 João Pires de Lima, seu irmão gêmeo, casado com Rosaura Soares, filha de Manuel
Manso de Avelar em 9 de janeiro de 1795.
F 9 Maria (19-X-1788).
F 10 Antônio (20-IX-1763).
F 11 Maria (9-XII-1792).

José Maria de Azevedo, natural de Castro, 47 anos, os filhos Salvador, Brás, Manuel e
Joaquim, vivia de salário, morreu sua mulher Ana Maria, 38 anos, casou sua filha Maria com
Manuel Joaquim Rodrigues; Manuel Joaquim Rodrigues, 18 anos, a mulher Maria, casado de
novo.

FRANCISCO DE PAULA TEIXEIRA

José Carlos Veiga Lopes

Francisco de Paula Teixeira era natural do Porto, Portugal, filho de Luís Teixeira
Guimarães, natural do Porto e de Escolástica Angélica Bernardes, natural da freguesia de
Mancelo, vila de Amarante. Na vila do Pilar, no dia 5 de junho de 1797, o sargento-mor Simeão
Cardoso Pazes e sua esposa Dona Ana de Souza e Silva ajustaram com o capitão Francisco de
Paula Teixeira, solteiro, o trato de consórcio ou casamento com sua filha Dona Rita Maria de
Jesus Cardosa, destinando o sargento-mor para dote a quantia de 1.600$000; no dia 22 de
novembro de 1797 Simeão declarou que tinha dado ao Sr. Capitão Francisco de Paula Teixeira a
conta de seu dote a quantia de 400$000 em dinheiro corrente com mais 3 escravos no valor de
668$800, passados por mão do dito genro e ficavam restando 531$200 que lhe iria pagar
passando dos réditos do seu sítio, segurado o ajuste por verdade de tudo. Rita Maria de Jesus
Cardosa faleceu com todos os sacramentos em 14 de março de 1834, com 60 e tantos anos e seu
corpo foi sepultado na capela mor da matriz de Palmeira. O sargento Francisco de Paula Teixeira
faleceu com todos os sacramentos, em 9 de agosto de 1835, com 77 anos mais ou menos, seu
corpo foi sepultado no cemitério de Palmeira. Um dos filhos foi batizado entre 10 e 18 de
outubro de 1812, está apagada parte do livro.

F 1 Cândido de Paula Teixeira (21-XII-1798). Morreu solteiro no dia 15 de junho de 1859,


mas teve com Maria Domingues um filho.
N 1 Guilherme de Paula Teixeira, casado em 28 de janeiro de 186l com Francisca
Bueno de Andrade, natural de São José dos Pinhais, filha de Pedro Bueno de Andrade e Ana da
Rocha (no casamento Guilherme consta como sendo de pai incógnito).
F 2 Antonina Rita Maria (0l-VI-1800). Antonina Rita Maria casou na capela do Tamanduá
com seu primo Patrício Teixeira de Oliveira Cardoso, natural de Lajes, filho do tenente Manuel
Teixeira de Oliveira Cardoso (irmão de Francisco de Paula Teixeira) e de sua primeira esposa
Ana Maria do Sacramento, no dia 4 de maio de 1818. Mudaram-se para Ponta Grossa. Não
encontramos filhos. Antonina Rita de Paula faleceu em 13 de fevereiro de 1886.
F 3 Francisco (1-I-182), falecido em 2 de março de 183.
F 4 Miquelina Ubaldina da Silva ou Rosa (12-II-184). Casou em primeiras núpcias com
Luiz Gonzaga da Silva, filho de Antônio Valente Figueira e Josefa Gonçalves da Silva, no dia 23
de novembro de 1825. No dia 7 de fevereiro casaram-se Miquelina Ubaldina da Silva, em
segundas núpcias, com Clementino dos Santos Pacheco, filho do capitão Manuel dos Santos
Pacheco e Maria Coleta. Não encontramos filhos:
F 5 Francisco de Paula Teixeira, solteiro.
F 6 Cesarina Francisca de Assis e Oliveira (29-X-186). No dia 7 de fevereiro casaram-se
Cesarina Francisca de Assis com seu primo José Teixeira de Oliveira, natural de Guarapuava.
filho de Manuel Teixeira de Oliveira Cardoso e de sua segunda esposa Ana Joaquina da Paixão.
N 1 Rita de Assis de Oliveira (5-VII-1838), casada em 7 de janeiro de 1865 com
Alfredo Caetano Munhoz, natural de Curitiba, filho do tenente-coronel Caetano José Munhoz e
Francisca Cândida de Assis Munhoz.
N 2 Lídio Teixeira de Oliveira (nascido mais ou menos em 1840), casado em 10 de
novembro de 1867 com sua prima Ana Rita de Jesus, filha de João de Paula Teixeira e Maria
Possidônia de Jesus.
N 3 Manuel Teixeira de Oliveira (20-VI-1846), casado com sua prima Antônia (em
alguns documentos Antonina) Rita de Paula, filha de Manuel de Paula Teixeira e Ana Maria
Carneiro.
N 4 José, falecido em 27 de novembro de 1847.
F 7 Manuel de Paula Teixeira. Casou em 1º de maio de 1837 com Ana Maria Carneiro,
filha de Possidônio Antônio Cardoso (irmão da mãe Dona Rita Maria de Jesus Cardoso) e de
Ana Maria Carneiro. Ana Paula Carneiro faleceu em 3 de junho de 1881 e Manuel em 25 de
setembro de 1887.
N 1 Aborozena (7-V-1838).
N 2 Maria, falecida em 30 de junho de 1839.
N 3 Abdormiro (19-X-1840), falecido em 12 de junho de 1843).
N 4 Armêndia (1-XI-1841).
N 5 Ana Rita de Paula (18-VI-1843), casada em 18 de fevereiro de 1865 com
Alexandre Machado Lima, natural de Paranaguá, filho de Ângelo Machado Lima e Inácia Ana e
Souza.
N 6 Abdormiro de Paula Teixeira (15-VIII-1845), casado em 11 de maio de 1882
com sua prima Presciliana Maria da Conceição, filha de João de Paula Teixeira e Maria
Possidônia de Jesus.
N 7 Antônia Rita de Paula (23-III-1848), casada com seu primo Manuel Teixeira de
Oliveira, filho de José Teixeira de Oliveira e Cesarina Francisca de Assis.
N 8 Arminda Rita de Paula (30-XII-1849), casada em 20 de novembro de 1879 com
João da Cruz Bastos, filho de Joaquim Antônio da Cruz Bastos e Maria Joana de Jesus. Faleceu
em 9 de fevereiro de 1882, sem filhos.
N 9 Randolfo de Paula Teixeira (15-II-52), casado em 21 de fevereiro de 1882 com
sua prima Maria Rita de Paula, filha de João de Paula Teixeira e Maria Possidônia de Jesus.
N 10 José Carneiro de Paula (2-VII-1854), casado na Lapa com sua prima Sebastiana
Eulália Carneiro, filha de Francisco Antônio Carneiro e Maria Rita Carneiro.
N 11 Abraão Manuel de Paula (8-XII-1856), casado com sua prima Deolinda da
Anunciação Carneiro, filha de Francisco Antônio Carneiro e Maria Rita Carneiro.
F 8 João de Paula Teixeira (14-VIII-1814). Casou em 1º de maio de 1837 com Maria
Possidônia Carneiro, filha de Possidônio Antônio Cardoso (irmão da mãe Dona Rita Maria de
Jesus Cardoso) e de Ana Maria Carneiro. Maria Possidônia faleceu em 21 de fevereiro de 1878.
N 1 Terêncio de Paula Teixeira (22-III-1838) casado em 23 de abril de 1884
com Mabela Rodbard, natural do reino da Inglaterra, filha de Guilherme (William) Rodbard e
Helena Maria (Helen Mary) Rodbard.
N 2 Ermelina de Paula Carneiro (1-I-1840), casada em 5 de julho de 1859 com José
Clímaco de Oliveira, natural de Ponta Grossa, filho de Antônio Rufino Nunes e Ana Maria do
Sacramento Nunes.
N 3 Celestina (9-VI-1842).
N 4 Job de Paula Teixeira (9-II-1845), casado com Antônia de Oliveira Franco, filha
de Francisco Rufino de Oliveira Franco e Maria Rita.
N 5 Presciliana Maria da Conceição (8-XII-1846), casada em 11 de maio de 1882
com seu primo Abdormiro de Paula Teixeira, filho de Manuel de Paula Teixeira e Ana Maria
Carneiro.
N 6 Ana Rita de Jesus (8-XII-1849), casada em 10 de novembro de 1867 com seu
primo Lídio Teixeira de Oliveira, filho de José Teixeira de Oliveira e de Cesarina Francisca de
Assis.
N 7 João de Paula Teixeira (28-VII-1850), casado com sua sobrinha Maria Lídia de
Oliveira, filha de Lídio Teixeira de Oliveira e Ana Rita de Jesus.
N 8 Maria Rita de Paula, casada com seu primo Randolfo de Paula Teixeira, filho de
Manuel de Paula Teixeira e Ana Maria Carneiro.
F 9 Ana Rita. Ana Rita Cristina casou em 1º de maio de 1837 com Simeão Antônio
Cardoso, filha de Possidônio Antônio Cardoso (irmão da mãe Dona Rita Maria de Jesus
Cardoso) e de Ana Maria Carneiro. Ana Rita Cristina faleceu sem sacramentos no dia 11 de
janeiro de 1843,
N 1 Possidônio de Paula Carneiro (22-VIII-1841), casado em 19 de fevereiro de
1871 com sua prima Elvira Maria da Conceição, natural da freguesia de Palmeira, filha de José
Cardoso Pazes Carneiro e de sua segunda mulher Maria Ferreira dos Passos, sendo os noivos
ambos fregueses de Palmas
F 10 Umbelina de Paula. Casou em 1º de maio de 1837 com José Antônio Cardoso, filho
de Possidônio Antônio Cardoso (irmão da mãe Dona Rita Maria de Jesus Cardoso) e de Ana
Maria Carneiro. Umbelina Paula Teixeira faleceu no dia 20 de fevereiro de 1844.
N 1 Maria (25-VIII-1837), falecida em 10 de setembro de 1841.
N 2 Elvira (24-V-1840), falecida em 28 de abril de 1841).
N 3 Francisco de Paula Carneiro (9-IX-1842), casado com sua prima Maria Clara
dos Santos, filha de Simeão Cardoso Pazes e de sua segunda mulher Maria Clara dos Santos.
N 4 Maria Rita Carneiro (ou da Conceição), casada com seu tio Francisco Antônio
Carneiro, filho de Possidônio Antônio Carneiro e Ana Maria Carneiro.

O inventário de Ana Rita de Jesus Oliveira foi aberto em 9 de setembro de 1886. Os


herdeiros eram Terêncio de Paula Teixeira e Maria Lídia de Oliveira.
Manuel de Paula Teixeira faleceu no dia 25 de setembro de 1887
No dia 21 de janeiro de 1890, Manuel Teixeira e Oliveira com seu genro José Antônio
Carneiro e filha Casemira de Oliveira Carneiro, venderam o imóvel Macacos, na fazenda do
Portão, para Randolfo de Paula Teixeira, José Carneiro de Paula e Abrão Manuel de Paula.

Abdolmiro de Paula Teixeira, Randolfo de Paula Teixeira, José Carneiro de Paula,


Deolinda da Anunciação, os órfãos filhos de Manuel Teixeira de Oliveira e João da Cruz Bastos,
registraram o Campo da Porta,
Terêncio de Paula Xavier, João Clímaco de Oliveira Nunes, Job de Paula Teixeira,
Randolfo de Paula Teixeira e João de Paula Teixeira cadastraram o imóvel Rio da Areia do
Fundo, quarteirão do Portão, herança em comum no inventário de João de Paula Teixeira e
Maria Possidônia de Jesus, de Maria da Conceição e de Ana Rita de Jesus Oliveira.

O imóvel dos Macacos havia sido adquirido por Manuel de Paula Teixeira, que deve ter
vendido ao genro Manuel Teixeira de Oliveira, ou talvez herdado.
Francisco Antônio Carneiro e sua mulher Maria Rita Carneiro
João de Paula Teixeira, casado com Maria Lídia, filha de Ana Rita de Jesus, cadastrou o
imóvel Boqueirão, quarteirão do Portão, obtido por herança de Lídio Teixeira de Oliveira e de D.
Ana Rita de Jesus Oliveira. As divisas principiavam no ribeirão do Portão e por esse acima até a
barra de uma vertente dividindo com João Conrado Bührer, e por essa vertente acima até a
cabeceira, daí por um valo até uma porteira e seguia pelo valo abaixo a rumo do Sul até a
cabeceira de uma vertente e por essa abaixo até fazer barra no Iguaçu, dividindo com o campo,
passando pelo meio do campo do Governo (antiga colônia Kitto), e pelo Iguaçu acima até
cabeceira e daí por um valo até a cabeceira de outra vertente e por essa acima até fazer barra no
ribeirão do Portão, onde fizera princípio, dividindo com o campo do Fundo pertencente ao
Governo (antiga colônia Kitto). Extensão de 8 milhões de metros quadrados, sendo 4 milhões
incultos. Agrícola e pastoril, tinha uma casa de madeira coberta de telhas e uma casinha de
agregado e benfeitorias próprias de cultura do terreno; os rios e mananciais além dos descritos
nas divisas tinha o ribeirão da Cutia. Era atravessado por uma estrada que vinha do Porto do
Amazonas para a colônia do Campo do Fundo.
Arlindo Pereira de Oliveira, Pedro Alexandre Carneiro e sua mulher, e os órfãos Laudelina
Rita de Oliveira, José Pereira de Oliveira, Alfredo Teixeira de Oliveira e Messias Teixeira de
Oliveira, cadastraram a propriedade Palmital, quarteirão de Porto Amazonas, herança de Dona
Antonina (ou Antônia) Rita de Paula, viúva de Manuel Teixeira de Oliveira.

FRANCISCO RIBEIRO DA SILVA

José Carlos Veiga Lopes

Francisco Ribeiro da Silva, filho de Antônio Ribeiro da Silva e Maria de Siqueira de


Almeida, casou-se em 6 de abril de 1739 com Teresa de Jesus, batizada em 10 de março de
1720, filha de Manuel de Lima Pereira e Luzia Martins das Neves
§ 1 Luzia de Almeida Lima, batizada em 17 de julho de 1740;
§ 2 Maria, batizada em 15 de dezembro de 1742;
§ 3 Domingos Ribeiro Lima, batizado na matriz de Nossa Senhora da Luz em 17 de
outubro de 1744;
§ 4 Ana, batizada em 21 de janeiro de 1747;
§ 5 Escolástica, batizada em Curitiba no dia 2 de março de 1749;
§ 6 Sebastião, enjeitado em casa de Francisco Ribeiro, batizado em Curitiba no dia 30 de
maio de 1750.
§ 7 Antônia, batizada no Capão Alto em 30 de março de 1754.
§ 8 João Ribeiro Lima, batizado no Capão Alto em 8 de julho de 1755.
§ 9 Pedro de Lima, batizado no Capão Alto em 29 de junho de 1757.
§ 10 Paulo, batizado no Capão Alto em 22 de abril de 1759.
§ 11 Damiana, batizada no Capão Alto em 7 de abril de 1761, solteira.
§ 12 Gertrudes, pai incógnito, enjeitada, batizada no Capão Alto em 3 de fevereiro de
1760.

§1

Luzia de Almeida Lima, batizada em 17 de julho de 1740 com 9 dias. Casou-se no dia 15
de julho de 1775 no Capão Alto com José Sutil de Oliveira, filho de Sebastião Sutil de Oliveira e
Catarina Soares. Faleceu em 27 de abril de 189.
F 1 Miguel Sutil de Oliveira, batizado no Capão Alto em 7 de outubro de 1756. Casou-se
em primeiras núpcias com Isabel de Sá, filha de Inácio de Sá Arruda e Antônia de Almeida,
falecida em 19 de março de 1813 e em segundas em 27 de junho de 1814 com Maria das Dores,
viúva de José Antônio de Jesus, filha de Manuel Ferreira Dias e Ana Buena do Pilar. Miguel
faleceu em 24 de janeiro de 1830
N 1 Ana Sutil, casada com Manuel José de Toledo.
BN 1Balbina
N 2 Joaquina Sutil, casou com Dionísio Praxedes dos Santos, filho de Luís Tomás
dos Santos e Liberata Teresa de Jesus. Joaquina faleceu em 1843 e Dionísio Praxedes em 17 de
janeiro de 1849.
BN 1 Liberata Teresa de Jesus, casada em 7 de outubro de 1822 com Policarpo
José Francisco ou Policarpo José Teixeira, falecido em 5 de setembro de 1853.
TN 1 Leduína Sutil
TN 2 Joaquina Sutil, casada com Fortunato Pedroso.
TN 3 Luís Pedroso da Silva ou Luís Pedroso Teixeira.
TN 4 Eugênio Policarpo da Silveira.
TN 5 Hipólita, casada com Joaquim Policarpo
TN 6 Clara, casada com João Lemes
BN 2 Manuel Joaquim dos Santos
BN 3 Antônia Buena, casada com Prudente Alves
BN 4 Francisco de Paula Oliveira Ribas
BN 5 Ana Silvéria, casada com Joaquim Fernandes
N 3 Maria Bueno, casada com José Bento
Do segundo casamento
N 4 João Sutil, batizado em 18 de julho de 1817
N 5 Inácio
N 6 Ana Blandina
N 7 Núncia
N 8 Maria do Carmo.
F 2 Cirino Sutil, batizado no Capão Alto em 20 de julho de 1762.
F 3Ana.
F 4 Francisco.
F 5 Antônio.
F 6 Maria.
F 7 José.
F 8 Sebastião Sutil.
F 9 Claro Sutil.
F 10 Joaquim Sutil de Oliveira
F 11 Feliciana Sutil, casada com Pedro da Silva Moreira
F 12 Inácia Maria
F 13 Claudiana Sutil, casada com José da Silva Moreira

§2

Maria, batizada em 15 de dezembro de 1742 com 7 dias, casou-se com Ângelo da Silva em
18 de julho de 1768, filho de Francisco da Silva Xavier e de Luzia Fernandes de Siqueira.
F 1 Francisco
F 2 José
F 3 Maria
F 4 Antônio

§3

Domingos Ribeiro Lima, batizado na matriz de Nossa Senhora da Luz em 17 de outubro


de 1744 com 12 dias; casou em 1768 com Marcela da Costa Rosa, filha de Domingos Martins
Fraga e Isabel da Costa Rosa.

§4

Ana, batizada em 21 de janeiro de 1747 com 8 dias; solteira.

§5
Escolástica, batizada em Curitiba no dia 2 de março de 1749; casou-se em 18 de julho de
1768 com Francisco de Faria. Faleceu em 15 de janeiro de 1784.

§6

Sebastião, enjeitado em casa de Francisco Ribeiro, batizado em Curitiba no dia 30 de maio


de 1750.

§7

Antônia, batizada no Capão Alto em 30 de março de 1754.

§8

João Ribeiro Lima, batizado no Capão Alto em 8 de julho de 1755.

§9

Pedro de Lima, batizado no Capão Alto em 29 de junho de 1757.

§ 10

Paulo, batizado no Capão Alto em 22 de abril de 1759.

§ 11

Damiana, batizada no Capão Alto em 7 de abril de 1761, solteira.

§ 12

Gertrudes, pai incógnito, enjeitada, batizada no Capão Alto em 3 de fevereiro de 1760.

JOÃO ÁLVARES MARTINS

José Carlos Veiga Lopes

João Álvares (ou Alvres) Martins, nascido mais ou menos em 1658, falecido em 1732,
filho de Manuel de Faria e Ana Martins, naturais da ilha de São Sebastião, casado com Maria de
Souto, filha do padre João Souto e Generosa Rodrigues. Segundo Ermelino, João Álvares
Martins faleceu em 1730 na freguesia de São José dos Pinhais e Maria de Souto em 1739, com
80 anos de idade. Pais de 9 filhos:
§ 1 Miguel Alves de Faria;
§ 2 João Alves de Crasto;
§ 3 Antônio Alves Martins;
§ 4 Manuel Martins de Faria, batizado em 15 de maio de 1695;
§ 5 Catarina Martins de Souto, nascida em 1694;
§ 6 Maria, batizada em 1º de março de 175;
§ 7 Isabel Alves de Faria, batizada em 8 de dezembro de 176;
§ 8 João Alvres de Faria, batizado em 4 de fevereiro de 1711;
§ 9 Pedro Alves Martins;

§1

Miguel Alves de Faria, casado em 1729 com Maria de Oliveira Rosa, batizada em Curitiba
a 4 de setembro de 177, filha de Diogo da Costa Rosa, natural de Paranaguá e de Paula
Fernandes de Oliveira, neta paterna de Mateus da Costa Rosa e de Viviana Gonçalves, neta
materna de João Rodrigues Side e de Isabel de Oliveira. Faleceu em 20 de julho de 1747 sem
descendência.

§2

João Alves de Crasto casado com Luzia Fernandes de Siqueira, filha de Miguel Fernandes
de Siqueira e de Maria Luís Tigre. Faleceu em 1730. Luzia casou em segundas núpcias com
Francisco da Silva Xavier.
F 1 Laureano Alves de Siqueira, batizado em 5 de setembro de 1721.
F 2 João, batizado em 26 de dezembro de 1726.
F 3 Francisco Alves Xavier, batizado em 2 de agosto de 1728, casado em 8 de julho de
1748 com Joana Gonçalves Leme, filha de Manuel Lopes e Antônia Lemes.

§3

Antônio Alves Martins, casado com Luzia Gomes Alves (ou Gonçalves de Aguiar ou de
Moura), filha de Diogo Dias de Moura, natural de São Paulo e de Leonor Gonçalves, natural da
capitania do Espírito Santo. Luzia Gonçalves de Aguiar aparece na lista de 1765 (ou 1766) como
viúva e tendo 2 escravos.
F 1 Sebastião, batizado em Curitiba a 13 de abril de 1716.
F 2 Maria Lopes, batizada em Curitiba a 2 de fevereiro de 1718, sendo padrinhos João
Álvares Martins e Catarina Gonçalves Coutinho; casada em Curitiba a 25 de novembro de 1734
com Manuel dos Santos, natural da vila de Setúbal.
F 3 Leonor Gonçalves de Aguiar, batizada em Curitiba a 10 de outubro de 1719, casada
em Curitiba a 3 de novembro de 1743 com João Aires da Silva, natural de Taubaté, filho de pais
incógnitos.
N 1 José Aires, batizado na fazenda do Pitangui em 30 de abril de 1746, foram
padrinhos Antônio Alves e Luzia Gonçalves, todos moradores nos Campos Gerais.
N 2 João de Aguiar ou João Alves de Crasto, batizado em Curitiba a 11 de setembro
de 1747, casado em Triunfo em 30 de junho de 1773 com Maria Ribeiro do Espírito Santo,
natural de Pindamonhangaba, filha de Manuel Ribeiro Baião e Joana Pedrosa.
N 3 Ana Maria da Conceição, batizada na capela de Santa Bárbara do Pitangui em 15
de agosto de 1750, casada com Sebastião da Costa, filho de Salvador de Gama e Maria
Rodrigues da Cunha.
N 4 Gabriel Aires, batizado em 21 de maio de 1752 na capela de Santa Bárbara do
Pitangui.
N 5 José Elói, batizado na capela de Santa Bárbara do Pitangui em 25 de dezembro
de 1756, casado com Maria Ferreira. Faleceu no dia 30 de maio de 1819.
N 6 Custódio Aires, batizado na capela de Santa Bárbara do Pitangui em 11 de
fevereiro de 1759.
N 7 Córdula Maria, batizada na capela de Santa Bárbara do Pitangui em 15 de julho
de 1762, sendo padrinhos Antônio Alves Martins e Luzia Gonçalves de Aguiar; casada com
Salvador Gomes Ferreira.
F 4 Inácio, batizado em Curitiba a 27 de dezembro de 1720.
F 5 Antônio Alvres de Aguiar, batizado em Curitiba a 15 de junho de 1722, casado em
Curitiba a 8 de outubro de 1749 com Joana Domingues de Faria, natural de Parnaíba, filha de
João Paes Domingues e Maria do Espírito Santo. Casou-se em segundas núpcias em Paranaíba
em 1757 com Maria Bueno, nascida em 20 de outubro de 1737, irmã de seu genro, filha de
Guilherme Pompeu de Brito e Joana de Mariz.
N 1 Brígida Gonçalves, nascida em Paranaíba, casada em Paranaíba com Domingos
da Silva Bueno Ramos, filho de Guilherme Pompeu de Brito e Joana de Mariz, neto paterno de
Pedro Frazão de Brito e Isabel Bueno da Silva e materno de Paulo de Aguiar Lara e Maria de
Brito e Silva.
N 2 Jacinta, batizada em Paranaíba em 11 de abril de 1758
F 6 Luzia Gonçalves, batizada em Curitiba a 8 de julho de 1725, casada em Curitiba a 5 de
novembro de 1743 com Nicolau Paes da Silva, natural de Itu, filho de João Saraiva da Gama e
Páscoa de Barros Paes. Faleceu em 27 de outubro de 1813.
N 1 Ana Maria Gonçalves, batizada em 21 de maio de 1745 na capela de Nossa da
Conceição do Tamanduá, casada em Curitiba a 8 de setembro de 1770 com Manuel José Pereira,
natural de Lisboa, filho de Sebastião Alves e de Inês Maria.
N 2 Joaquim Alves de Crasto, batizado na capela de Nossa Senhora da Conceição do
Tamanduá em 27 de dezembro de 1746, casou em 1773 em Sorocaba com Ana da Fonseca, filha
de Pedro da Fonseca Ribeiro e Antônia Moreira, neta materna de João de Oliveira Falcão e
Maria Valente.
N 3 Miguel Paes, nascido mais ou menos em 1761.
F 7 Francisco Alvres de Aguiar (também Francisco Álvares de Oliveira), batizado em
Curitiba a 2 de agosto de 1728, casado em Curitiba a 17 de junho de 1750 com Maria da Silva,
filha de Antônio Furtado de Souza e Maria Dias de Freitas; neta paterna de Simão Furtado da
Silva e de Catarina de Souza e neta materna de Matias de Freitas e de Teresa Pinta de Jesus,
naturais da vila de Santos e moradores nos Campos Gerais da freguesia de Nossa Senhora da
Luz de Curitiba. Casou-se em segundas núpcias com Josefa de Lima, natural do Rio das Mortes,
MG.
N 1 Antônio Alves de Oliveira, batizado na capela de Santa Bárbara do Pitangui em
3 de maio de 1752, casado com Ana Torres de Quintanilha, filha de Anastácio da Fonseca
Quintanilha e Teresa Maria de Jesus, ambos do Rio de Janeiro, neta paterna de Inácio da
Fonseca de Oliveira e Jacinta dos Prazeres.
N 2 Rafael Alves de Oliveira, nascido em Castro em 1758, casado com Reginalda
Maria de Jesus, filha de José Pedro de Morais e Francisca Lourença.
N 3 Maria Alves de Oliveira, natural de Vacaria, casada com Alexandre Luís Pinto.
Descendentes em Cima da Serra e Missões, Uruguaiana.
N 4 Daniel, batizado em Viamão em 26 de julho de 1760.
N 5 Gertrudes Maria, batizada em Viamão em 21 de setembro de 1762, casada com
Domingos Leite de Oliveira, natural de Triunfo, 3 de janeiro de 1761, filho de José Leite de
Oliveira e Fabiana Dornelas, neto paterno de João Leite e Maria de Oliveira; neto materno de
Jerônimo d’Ornelas de Meneses e Vasconcelos108 e Lucrecia Leme Barbosa.
N 6 Ricardo, batizado em Viamão em 13 de novembro de 1765 (Aldeia dos Anjos)
Teve do segundo matrimônio
N 7 Salvador Alves de Oliveira, natural de Triunfo, casado em Triunfo com sua
prima irmã Inocência Josefa de Aguiar, viúva de Francisco Antônio da Borja Albuquerque e
filha de José Pinto Ramires e Bernarda Gonçalves de Aguiar.

108
Doador das terras para a cidade de Porto Alegre.
F 8 José Alvres de Oliveira, batizado em Curitiba a 5 de novembro de 1729, casado em 21
de outubro de 1759 na capela de Santa Bárbara do Pitangui com Paula da Silva, batizada em
Curitiba a 1º de março de 1737, filha de Francisco da Silva, natural de Santa Olaya de Arnozelo,
concelho de Basto, arcebispado de Braga e de Maria da Costa Rosa, natural de Curitiba onde foi
batizada em 15 de janeiro de 1713, neta paterna de João da Silva e Dionézia Francisca e neta
materna de Diogo da Costa Rosa e Paula Fernandes de Oliveira. José Alves faleceu no dia 1º de
abril de 1816
N 1 Ana Micaela, batizada na capela de Santa Bárbara do Pitangui em 31 de
outubro de 1760, sendo padrinhos Antônio Alves de Aguiar e Luzia Gonçalves de Aguiar, viúva
de Antônio Alves Martins. Nas listas de ordenanças do fim do século XVIII e início do XIX
aparece uma Ana Micaela, viúva. Casou-se, talvez em segundas núpcias, com Francisco José de
Macedo. Faleceu em 28 de dezembro de 1834.
N 2 José Marcelo de Oliveira, batizado na capela do Capão Alto em 1º de dezembro
de 1765.
N 3 Joaquina, batizada na capela de Nossa Senhora da Conceição do Tamanduá em
10 de fevereiro de 1769. Não apareceu no testamento da mãe.
N 4 Maria Clara de Oliveira, batizada em 16 de janeiro de 1770.Casou-se com
Lázaro da Silva.
N 5 Maria da Conceição, batizada na capela de Santa Bárbara do Pitangui em 20 de
maio de 1771. Casada, para o continente do sul.
N 6 Ricardo José da Silva, batizado em 7 de novembro de 1778. Foi para o
continente do sul
F 9 Bernarda Gonçalves de Aguiar, batizada a 26 de abril de 1732, nasceu aos 18 dias e
por ter sido batizada nos Campos Gerais o vigário de Curitiba não sabia os padrinhos; casada
com José Pinto Ramires, natural de Laguna, filho de José Pinto Bandeira, natural de Valongo,
Porto, e Inocência Ramires, índia, natural de Paranaguá; neto paterno de Salvador Pinto
Bandeira.
N 1 Ana Joaquina Bonifácia, batizada na Sé em São Paulo, casada em Triunfo com
em 4 de outubro de 1764 com Manuel Nunes Cardoso, natural de Piedade, Ilha do Pico, filho de
Manuel Gonçalves Cardoso e Luzia dos Anjos.
N 2 Francisco Pinto Ramires, batizado em Viamão em 5 de abril de 1752.
N 3 Margarida Gonçalves de Aguiar,batizada em Viamão no dia 28 de dezembro de
1753, casou-se em primeiras núpcias no dia 17 de novembro de 1771 em Rio Pardo com Manuel
Muniz Fagundes, natural de Marapicu, RJ, filho de Antônio Moniz Leite Francisca Fagundes de
Oliveira; neto paterno de Antônio Leite Vieira e Anastácia de Medeiros Moniz; neto materno de
Sebastião Fagundes Varela e Clara dos Anjos. Casou-se em segundas núpcias no dia 16 de
novembro de 1826 em Maldonado com José Urbiola, natural de Cuzco, Peru.
N 4 Ricarda Maria de Jesus, batizada em Viamão no dia 23 de setembro de 1755.
Casada em Pio Pardo no dia 28 de outubro de 1770 com Domingos de Bettencourt Ribeiras,
natural da Ilha do Pico, 20 de janeiro de 1741, filho do capitão João de Bettencourt e Maria da
Silveira d’Ávila; neto paterno do capitão Francisco Vieira Fagundes e Ágada de Brum e
Bettencourt; neto materno do capitão Manuel d’Ávila de Melo e Maria Alvernaz. Descendentes
em Uruguaiana.
N 5 Inocência Josefa de Aguiar, batizada em Triunfo, casada em primeiras núpcias
em Pio Pardo no dia 5 de agosto de 1774 com Francisco Antônio de Borja e Albuquerque,
natural de São Paulo, filho de Manuel Jacinto Machado, natural da ilha de Faial e Custódia
Maria de Albuquerque, natural de Cotia; neto paterno de André Machado Pereira e Maria de
Quadros; neto materno de Duarte Pacheco de Albuquerque. Casou-s em segundas núpcias com
seu primo irmão Salvado Alves de Oliveira, natural de Triunfo, filho de Francisco Alves de
Oliveira e de sua segunda esposa Josefa de Lima.
N 6 Reginaldo Pinto Ramires, natural de Triunfo, casou-se em Rio Pardo em 12 de
janeiro de 1795 com Maria Josefa, natural de Rio Pardo, filha de Antônio Ferreira Lemes,
natural de Santos e Antônia Maria da Silva, natural do Rio de Janeiro.
N 7 Venância de Aguiar, natural de Rio Pardo.

§4

Manuel Martins de Faria, batizado em 15 de maio de 1695,casado com Apolônia Ribeira


em 20 de janeiro de 1743, filha de Plácido de Goes de Castanheda e Maria Ribeira.

§5

Catarina Martins de Souto, nascida em 1694 (Negrão), falecida em 14 de abril de 1764 (N)
casada com Gabriel Alves de Araújo, natural de Ponte de Lima.

F 1 Natharia Álvares de Araújo, batizada em Curitiba em 24 de abril de 175, casada com o


alferes Manuel Pereira do Vale, natural de Valongo, filho de Manuel Pereira e Maria do Vale,
falecido em 4 de dezembro de 1775.
N 1 Manuel Pereira do Vale, nascido em 7 de agosto de 1733.
N 2 Teresa Alves do Vale, falecida aos 13 anos.
N 3 Jerônimo Alves Pereira, casado com Mariana da Luz, filha de Inocêncio de
Ramos.
N 4 Antônio Pereira do Vale, batizado em São José a 22 de maio de 1746.
N 5 Josefa Alves Pereira, nascida em São José a 16 de março de 1738, casada em
Paranaguá a 29 de maio de 1756 com Nazário de Teixeira da Cruz, nascido a 26 de julho de 17,
filho de Antônio Correia da Cruz e Isabel Teixeira, naturais de Paranaguá.
N 6 Maria Pereira do Carmo,casada com Antônio José Pinto.
N 7 Isabel Pereira do Vale, casada em Curitiba a27 de novembro de 1748 com
Antônio Gonçalves da Cruz, filho de Frâncico Gonçalves da Cruz e Felipa Pereira de Castro,
natural de Pernambuco.
F 2 Antônio Álvares de Araújo, batizado em Curitiba em 16 de abril de 177, faleceu
solteiro com 60 anos de idade, mas teve com Verônica da Costa, filha de Maurício da Costa e
Silvana da Silva.
N 1 Apolônia Alves de Araújo, falecida em 1796, casada com Manuel Vaz Torres,
filho natural de Manuel Vaz Torres e Ângela Gonçalves.
F 3 Luzia Álvares de Araújo, batizada em Curitiba em 24 de dezembro de 179..
F 4 Leonor Álvares de Araújo, faleceu aos 15 anos de idade em 1720..
F 5 Joana Álvares de Araújo, batizada em Curitiba a 1º de julho de 1713, casada em
Curitiba em 16 de junho de 179 com Antônio Pereira Gomes, filho de Jerônimo Gomes e Maria
Pereira.
N 1 Manuel, falecido em 5 de outubro de 1740.
F 6 João Álvares de Araújo, nasceu em 1715 e faleceu solteiro com 30 anos de idade.
F 7 Josefa Álvares de Araújo, nascida em 1717 e falecida em 1755; foi casada em Curitiba
a 6 de novembro de 1741 com Manuel Vaz Torres, o velho, falecido em 1794, filho de Duarte
Vaz Torres e Luísa Esteves,naturais de São João Batista de Romanões, Melgaço, Braga.
N 1 Luísa Vaz Torres, casada com Pedro Ribeiro de Andrade, filho de Antônio
Rodrigues de Andrade e Maria do Vale.
N 2 José Vaz Torres, casado em Curitiba a 1º de julho de 1766 com Joana Maria de
Jesus, filha de João Rodrigues Machado e Maria Pedroso de Lima, de Sorocaba, neta paterna de
Sebastião Paes de Almeida e Leonor de Escudeiro; neta materna de Pedro Simões de Souza e
Francisca Leme da Silva. Ele falecido em 20 de setembro de 1818e ela a 30 de outubro de 1813.
N 3 Maria Vaz Torres de Araújo, batizada a 5 de dezembro de 1749, casada em 22
de setembro de 1768 com Tomás João Ferreira,da ilha Terceira de Santa Bárbara, do Espírito
Santo, bispado de Angra e de sua mulher Margarida de Oliveira Lobo, de Curitiba; neto paterno
de Amaro Ferreira e de Bárbara do Espírito Santo e materno de João Cardoso de Leão, de São
Paulo e de sua mulher Teresa Correia, de Taubaté.
N 4 Isabel Vaz Torres, nascida em 1754, casada com Antônio Ribeiro Batista, filho
de Miguel Ribeiro Batista e de Margarida Teixeira de Oliveira, neto paterno de Antônio Martins
Pereira e Maria Ribeiro Batista e materno do capitão José Teixeira de Azevedo e Maria
Rodrigues Antunes ou Maria Rodrigues da Santa Fé Side.
F 8 Alexandre Álvares de Araújo, nascido em 1719 e falecido em 14 de janeiro de
1751,casado em Curitiba a 1º de outubro de 1742 com Francisca Paes de Almeida, filha de
Sebastião Paes de Almeida e Leonor de Escudeiro.
N 1 Custódia Paes, nascida em 1745.
N 2 Teotônio Alves de Araújo, nascido em 1747;
N 3 Feliciana Alves de Araújo, nascida em 1749, casada em primeiras núpcias com
Antônio José Rodrigues e em segundas núpcias 13 de outubro de 1770com Salvador de Barros
Carneiro.
N 4 Alexandre Alves de Araújo, nascido após a morte do pai.
F 9 Inácio Álvares de Araújo, nascida em 1721.Seguira para Minas Gerais, donde nunca
dera notícias.
F 10 Jerônimo Álvares de Araújo, nascido em 1723, já em 1764 se tinha mudado para São
Paulo, sendo solteiro.
F 11 Sebastião Álvares de Araújo, nascido em Curitiba em 20 de novembro de 1725,
casado em primeiras núpcias com Inácia Martins Diniz, falecida em Curitiba a 16 de outubro de
1756. Casado em segundas núpcias com Quitéria da Silva Pinheiro, filha de João d Silva
Pinheiro e Inácia Gonçalves de Aguiar. Faleceu Sebastião em 25 de setembro de 1796
N 1 Manuel Alves de Araújo, nascido em 1752, falecido antes do pai.
N 2 Francisco Alves Pinheiro.
N 3 Maria Clara da Silva, casada em Curitiba a 19 de novembro de 181 com Manuel
Guedes e Carvalho, filho de Antônio Guedes de Carvalho e Isabel Rodrigues e Andrade.
N 4 Antônio Alves de Araújo, falecido em 3 de janeiro de 1833, casado com
Francisca Clara das Chagas.
N 5 Joaquim Alves de Araújo, faleceu em 2 de abril de 1831; casado em primeiras
núpcias Maria Rosa de Viterbo, filha de Manuel Vaz Torres e Catarina Borges. Casado em
segundas núpcias com Ana Joaquina de Jesus, filha de Manuel Joaquim de Jesus e Gertrudes
Maria Marques.
N 6 José Alves Pinheiro, solteiro, com 56 anos, achava-se em lugar incerto.
N 7 Ana Alves de Araújo, falecida a 28 de abril de 1863, foi casada em Curitiba a 26
de julho ed 1796 com Gonçalo José Francisco Guimarães, natural da vila de Guimarães, filho de
Antônio Francisco Guimarães, natural do arcebispado de Braga e Margarida Correia, natural de
Santos; neto pela parte paterna de André Francisco, natural de Atahens e de sua mulher Catarina
Oliveira.
N 8 Gertrudes Maria de Assunção Araújo, casada em Curitiba a 28 de janeiro
de1818 com Antônio dos Santos Cortes, falecido a 2 de outubro de 1826, filho de Roque de
Siqueira Cotes e Rosa dos Santos Pereira.
N 9 Isabel Maria Alves, casada com Manuel Borges de Sampaio.
§6

Maria, batizada em 1º de março de 175, casada com Sebastião Gonçalves Lopes


F 1 Margarida Gonçalves de Farias, casada em 3 de outubro de 1740 com Manuel Borges
de Sampaio, natural de São João de Chavam, termo de Barcelos, arcebispado de Braga, filho de
Manuel Borges de Sampaio e Maria Francisca da Costa.
F 2 Leonor Gonçalves, casada em 15 de outubro de 1742 com Francisco da Cunha Braga,
natural de São Miguel da Cunha, termo de Guimarães, filho de Antônio Martins e Maria
Rodrigues da Cunha.

§7

Isabel Alves de Faria, batizada em 8 de dezembro de 176 e falecida em 23 de janeiro de


1746, casada com Vitorino Teixeira de Azevedo, nascido em 176, filho do capitão José Teixeira
de Azevedo e de Maria Rodrigues Antunes (ou Maria Rodrigues de Santa Fé Antunes), neto
paterno de Luís Palhano e Maria Sevena, neto materno do capitão Antônio Rodrigues Side e
Isabel Garcia Antunes.
F 1 José Teixeira de Azevedo, batizado em 26 de setembro de 1730, casado em 3 de
novembro de 1754 na capela de Santa Bárbara do Pitangui com Teresa da Silva de Jesus, filha de
Antônio Furtado e Maria Dias de Freitas. José Teixeira faleceu no dia 4 de julho de 1795.
N 1 Isabel
N 2 Maria
N 3 Francisca
N 4 Ana
N 5 Vitorino Teixeira, nascido mais ou menos em 1761.
N 6 José Teixeira, nascido mais ou menos em 1763
N 7 Antônio Teixeira, nascido mais ou menos em 1765.
N 8 João.
N 9 Salvador.
N 10 Francisco.
N 11 Manuel.
N 12 Teresa.
N 13 Clara
N 14 Maria.
F 2 Antônio Teixeira de Azevedo, batizado em 8 de abril de 1734
F 3 João Teixeira de Azevedo (na lista de 1776 existe um João Alves Teixeira, 40 anos,
casado com Teresa Dias, filhos Francisco e Ângela; verificar se é este).
F 4 Maria Alves Teixeira, batizada em 20 de fevereiro de 1738 (de outubro de 1762 na
capela do capão Alto
F 5 Luzia Maria de Jesus Teixeira, batizada em Curitiba a 26 de agosto de 1742.

§8

João Alvres de Faria, batizado em 4 de fevereiro de 1711, casado com Joana Pereira de
Almeida em 29 de outubro de 1738, filha de João Paes de Almeida, de São Paulo e de sua
mulher Maria dos Passos, de Santos..
F 1 Isabel Alves de Almeida, batizada em 19 de outubro de 1755, casada em 3 de setembro
de 1771 em Curitiba com João Rodrigues Antunes, filho de Manuel Nunes de Santiago e
Margarida Rodrigues Antunes, neto paterno de Miguel de Goes de Siqueira e Isabel da Silva,
naturais de Curitiba e neto materno do sargento-mor Antônio Rodrigues de Lara e Maria
Rodrigues Antunes.
N 1 Bento José de Lara, casado com Clara Maria de Jesus.
N 2 João de Lara, casado com Maria Vaz.
N 3 Joaquim de Lara.
N 4 Ana Iria de Lara, casada com Joaquim dos Santos Belém.
N 5 Isabel de Lara, casada com Anastácio Ferreira.
N 6 Arcângela de Lara, viúva em 1839.
N 7 Maria Francisca de Lara, casada com Francisco José de Siqueira.
N 8 Rita de Lara,casada com Antônio Teixeira.
F 2 Ana Maria Pereira, batizada em 19 de outubro de 1755, casada em 2 de fevereiro de
1772 com Manuel Rodrigues da Luz, filho de Manuel Nunes de Santiago e Margarida Rodrigues
Antunes.
F 3 José de Santos Faria.
F 4 Amaro Alves de Faria.
F 5 Salvador José.

§9

Pedro Alves Martins, casado com Maria da Costa.


F 1 Simão, filho natural deles.
FRANCISCO CARNEIRO LOBO

José Carlos Veiga Lopes

Francisco Carneiro Lobo era filho do capitão Gabriel Carneiro Lobo e de sua mulher Ana
Pires, naturais de Santa Maria do Douro-Viana-Braga. Casou em primeiras núpcias no dia 2 de
novembro de 1752 com Quitéria Rodrigues da Rocha, filha de Manuel da Rocha Carvalhais,
natural da freguesia de Dantas, bispado da cidade do Porto e Josefa Rodrigues Coutinho; neta
paterna de Antônio da Rocha e de Maria João e neta materna de Manuel Gonçalves de Siqueira e
Paula Rodrigues França, esta filha do capitão-mor João Rodrigues França e de Maria da
Conceição. Quitéria Rodrigues da Rocha faleceu em 16 de setembro de 1762;
Francisco Carneiro Lobo casou-se em segundas núpcias em Curitiba, em 12 de dezembro
de 1767, com Maria de Jesus Vasconcelos, filha do capitão-mor Leão de Melo e Vasconcelos,
natural de Elvas, Portugal e de sua mulher Rosa Jesus, de Taubaté.
Filho Natural
§ 1 Gabriel, batizado em 23 de outubro de 1753 no Capão Alto, falecido criança.
Filhos do primeiro casamento:
§ 2 Luciano Carneiro Lobo, batizado em 27 de outubro de 1757 no Capão Alto.
§ 3 Francisco Carneiro Lobo Filho, batizado em 25 de dezembro de 1759 no Capão Alto.
§ 4 Mariana Vilinda Carneiro, batizada em 3 de fevereiro de 1762 no Capão Alto.
Filhos do segundo casamento:
§ 5 Francisca de Paula Carneiro, batizada em 7 de junho de 1773. Casou no dia 21 de
setembro de 1795 na igreja matriz de Castro;
§ 6 Ana do Rosário Carneiro, batizada em 19 de outubro de 1774
§ 7 Joaquim Carneiro Lobo, natural de Guaratinguetá
§ 8 Quitéria Carneiro.
§ 9 Domingas (adulterina).

O capitão Francisco Carneiro Lobo faleceu em 9 de abril de 1795 na vila de Castro

Filhos do primeiro casamento

§1
Gabriel, batizado em 23 de outubro de 1753 no Capão Alto, falecido criança.

§2

Cel. Luciano Carneiro Lobo, capitão-mor de Jaguaraíva. Batizado em 27 de outubro de


1757 no Capão Alto.

Tinha um filho natural com Maria Bueno: João Carneiro Lobo. Luciano casou-se em 1777
com Francisca de Sá, filha de Inácio de Sá Arruda e Antônia de Almeida, batizada na fazenda de
Morungava em 22 de abril de 1754; Francisca de Sá faleceu no dia 10 de abril de 186 na vila de
Castro. Luciano Carneiro Lobo, após a morte da primeira esposa, passou a residir
definitivamente na fazenda de Jaguariaíva. Em 8 de dezembro de 1810 casou-se no oratório do
Bom Jesus da fazenda do Limoeiro, com Isabel Branco e Silva, nascida mais ou menos em 1793
em Paranaguá, filha do Dr. Manuel Lopes Branco e Silva e de Bibiana Perpétua.
Filho natural
F 1 João Carneiro Lobo, Casou com sua sobrinha Ana Estevão Carneiro, filha de seu irmão
José. Foi assassinado no dia 18 de dezembro de 1843.
N 1 Antônio José Carneiro. Casou com Vitalina Xavier da Silva, filha de Firmino
José Xavier da Silva109.
N 2 Maria Clara Carneiro. Casou com Francisco Rodrigues de Macedo.
N 3 Francisco Estevão Carneiro.
N 4 Teodora Carneiro Lobo. Casou com Irineu Gonçalves Guimarães.
N 5 Cândida Carneiro de Macedo (ou Cândido Carneiro Lobo?). Casou com
Teotônio Marcondes de Albuquerque.
N 6 Joaquim Carneiro Lobo (ou Joaquim José Carneiro). Casou em primeiras
núpcias com Perciliana Macedo e me segundas com Fortunata Carneiro.
Filhos do primeiro casamento
F 2 José Carneiro Lobo, batizado em 20 de junho de 1777. Casou no dia 20 de setembro de
1798 com Gertrudes Maria do Espírito Santo.
N 1 José (10-III-181).
N 2 Maria Exarta (Izalta) Carneiro (9-X-183). Casou com Joaquim da Cunha Lobo.
N 3 Ana Estevão Carneiro (27-IX-184). Casou com seu tio João Carneiro Lobo em
14 de outubro de 1828

109
Tropeiro - Firmino Xavier da Silva Era filho de Francisco Xavier da Silva, proprietário da grande Fazenda
Caxambu. O nome desta fazenda foi mais tarde incorporado ao sobrenome da família. Firmino foi tropeiro de
grandes posses, pois por ocasião do inventário de sua mulher, declarou possuir uma tropa de 354 mulas chucras,
além de 58 mansas, mais cangalhas e seus utensílios (Pesquisa do Museu do Tropeiro, Castro).
N 4 Joaquim Carneiro Lobo (12-IV-186). Casou em 14 de fevereiro de 1836 com sua
tia Bibiana Perpétua Carneiro.
N 5 Silvério (3-VII-188).
N 6 João Batista Carneiro Lobo (5-VII-1818). Casou com Maria da Anunciação
Carneiro.
N 7 Emília da Assunção Carneiro casou com seu primo Joaquim da Silva Lobo ou
Joaquim Carneiro do Amaral.
N 8 Carlota Carolina Carneiro. Casou no dia 15 de abril de 1833 com seu tio
Francisco Carneiro da Silva Lobo.
N 9 Francisca Leopoldina Carneiro. Casou no dia 30 de abril de 1835 com seu primo
Tristão Rodrigues Carneiro.
F 3 Manuel Caetano Lobo, batizado em 5 de julho de 1778. Casado na Lapa com Ana
Perpétua Teixeira Coelho, filha de Francisco Teixeira Coelho e Gertrudes Maria dos Santos.
Manuel faleceu logo, sem descendência.
F 4 Maria Francisca do Monte ou Maria Francisca Carneira. Casou no dia 29 de julho de
1794 com Manuel Pinto dos Santos, natural de Mogi das Cruzes, filho de Antônio Vaz Pinto e
Maria da Pena de Godói. Manuel faleceu 13 de dezembro de 1819
N 1 Mateus Pinto de Abreu (14-X-1798).
N 2 Escolástica de Jesus, casou com Joaquim José de Andrade
N 3 Luciano
N 4 Manuel
N 5 Maria Joaquina
N 6 Ângelo Pinto Carneiro. Casou em 9 de outubro de 1830 com sua prima Maria do
Rosário Carneira
N 7 Tibúrcio Pinto Carneiro. Casou no dia 12 de outubro de 1830 com sua prima
Ana Rodrigues Carneiro
N 8 Cândido
N 9 Francisca
N 10 José
N 11 Luís
F 5 Escolástica Carneira, batizada em 22 de setembro de 1782. Casou em 9 de outubro de
1800 com Miguel Rodrigues de Araújo, natural de São Salvador de Femenha, filho de Manuel
Rodrigues de Oliveira e Joana Teresa da Silva. Faleceu em 4 de maio de 1818
N 1 Francisco Rodrigues Carneiro.
N 2 João Rodrigues Carneiro.
N 3 Tristão Rodrigues Carneiro. Casou com sua prima Francisca Leopoldina
Carneiro
N 4 Francisca Rodrigues Carneiro
N 5 Maria do Rosário Carneira. Casou com seu primo Ângelo (ou Agnelo) Pinto
Carneiro.
N 6 Fabiano Rodrigues Carneiro.
N 7 Ana Rodrigues Carneiro. Casou com seu primo Tibúrcio Pinto Carneiro.
F 6 Delfina Carneira, batizada em 16 de julho de 1784. Casou no dia 6 de junho de 185
com João Alves Pereira, filho de Manuel Antônio Pereira e Rita de Pinto, naturais da freguesia
de Santo Ildefonso, cidade do Porto. Delfina faleceu em 30 de agosto de 1828
N 1 João Alves Carneiro.
N 2 Prudente Alves Carneiro
N 3 Francisca Alves Carneiro. Casou com Joaquim Rodrigues Castanho.
N 4 Bernarda (ou Bernardina) Alves Carneiro. Casou com Francisco de Melo Rego.
N 5 José Alves Carneiro.
N 6 Luís Gonzaga Alves Carneiro.
F 7 Ana Carneira, registro de batismo feito em 23 de julho de 186, dizendo que o batizado
fora havia 19 anos mais ou menos. Casada com José Antônio de Melo.
F 8 Luciano Carneiro.
F 9 Francisco Inácio Carneiro Lobo. Casou mais ou menos em 1817 com Inocência do
Amaral Cavalheiro, filha de Manuel Cavalheiro Leitão e Matilde do Amaral.
N 1 Joaquim Carneiro do Amaral. Casou com Emília de Assunção Carneiro.
Filhos do segundo matrimônio
F 10 Francisco Carneiro da Silva Lobo (5-IX-1814). Casado em primeiras núpcias com sua
sobrinha Carlota Carolina Carneiro e em segundas núpcias com Maria da Conceição Almeida
Faria.
F 11 Luís Carneiro da Silva Lobo (21-IX-1815). Casado com Fortunata (Sinhazinha)
Maria de Camargo, filha natural de José Custódio de Camargo110111 (Penteado) e de Ana do
Melo Rego.
N 1 Honorato Carneiro de Camargo. Casou com Fortunata Carneiro Lobo.
N 2 Martinho Carneiro de Camargo. Casou com Ana de Camargo Melo.
N 3 Maria Carneiro de Camargo. Casou com Donato de Camargo Melo.
N 4 Isabel Carneiro de Camargo. Casou com José Teixeira Pinto.

110
Vigário de Faxina, atual Itapeva. Legitimou os filhos por Restricto Imperial de D. Pedro I.
111
José Custódio de Camargo natural de Itapeva da Faxina São Paulo, casado com Maria Joaquina de Almeida
Mello faleceram na fazenda denominada "São Pedro", em Itapeva SP. Em 7/VIII/189 vendem a José Joaquim Ferreira
no Socorro, Vacaria, uma invernada de campos e matos que haviam comprado de José Martins Pedroso de São Pedro e
sua mulher Matildes Cândida do Amaral, em 19/V/1864 permutam por procuração passada a João Soares de Barros
uns campos requeridos em 18/III/1861 por outros em Santa Cruz dos Quatis de António Pereira Fernandes que
este havia comprado de Francisco Boeira da Fonseca. Eram proprietários da Fazenda São Paulino, (Pinto Carneiro),
Vacaria (Sebastião Oliveira).
F 12 Maria Jesuína Carneiro (22-VI-1818). Casou com Fortunato José de Camargo, filho
natural de José Custódio de Camardo e Ana de Melo Rego.
N 1 Fortunato Carneiro de Camargo.
N 2 Licínio Carneiro de Camargo.
N 3 Rodrigo Carneiro de Camargo.
F 13 José Carneiro da Silva Lobo (26-III-1820). Casou com Maria Benedita de Oliveira.
F 14 Joaquim Carneiro e Silva Lobo (26-VIII-1822). Casou com Antônia Benigna da
Cunha e Silva.
N 1 Maria Filomena Carneiro. Casou com Virgílio Xavier da Silva.
N 2 Isabel Branco e Silva. Casou com David Xavier da Silva
N 3 Maria da Glória Carneiro. Casou com José Anacleto da Fonseca.
N 4 Fortunata Carneiro Lobo. Casou com Joaquim José Carneiro.
N 5 Antonina Carneiro Lobo. Casou com Eduardo da Silva Ribas.
N 6 Antônio Carneiro da Silva Lobo.
N 7 Maria Ribas Carneiro da Silva Lobo. Casou com Cândido Ferreira de Melo.
F 15 Bibiana Perpétua Carneiro e Silva (21-II-1824). Casou com seu sobrinho Joaquim
Carneiro Lobo.
N 1 Maria da Conceição. Casada com Francisco Carneiro do Amaral.
N 2 Maria do Nascimento Carneiro.
N 3 Tristão Carneiro da Silva Lobo. Casou com Atanásia Mascarenhas.
N 4 Fortunata Carneiro Lobo. Casou com Honorato Carneiro.
N 5 Maria dos Prazeres Carneiro Lobo. Casou com José Bernardes Mascarenhas.
N 6 Aureliano Carneiro Lobo. Casou com Carolina de Almeida.
N 7 Aurélio Carneiro Lobo. Casou com Severina de Camargo.
N 8 Gabriel Carneiro Lobo.
F 16 Maria Rita Carneiro Silva Lobo (19-III-1826). Casou com Cândido Ferreira de Melo.
N 1 Maria das Dores Carneiro de Melo. Casou com João Batista Estevam de
Siqueira.
N 2 Maria da Piedade Carneiro de Melo. Casou com Silvério Batista Carneiro.
N 3 Maria de Jesus Carneiro de Melo. Casou com Gaudêncio Cristóvão Machado.
N 4 Maria Fausta Carneiro de Melo. Casou com João Elói Ferreira.
N 5 Mécia Carneiro de Melo. Casou com Antônio Ferreira de Melo.
N 6 Isabel Carneiro de Melo. Casou com Joaquim Ferreira Lobo.
N 7 Maria Auta Carneiro de Melo. Casou com Olímpio Ferreira Lobo.
N 8 Luís Ferreira de Melo. Casou com Gertrudes Duarte de Camargo.
N 9 Pedro Carneiro de Melo. Casou com Inocência Maciel de Melo.
F 17 Maria Eufrásia Carneiro (28-XI-1829). Casou com Joaquim Almeida Faria.
N 1 Maria da Conceição Carneiro de Faria. Casou com José Ribeiro Leme.
N 2 Maria das Dores Carneiro de Faria. Casou com Antônio Moreira de Almeida.
N 3 Maria Joana Carneiro de Faria. Casou com Deocleciano de Sá Ribas.
N 4 Maria da Glória Carneiro de Faria. Casou com José de Barros Camargo.
N 5 Maria Jesuína Carneiro de Faria. Casou com Fortunato Pedroso de Almeida.
N 6 Ana Carneiro de Almeida Faria. Casou com Agnelo Marques de Souza.
N 7 Marcolina Carneiro de Faria. Casou com Leandro Machado.
N 8 Isabel Carneiro de Faria – Casou com Ponciano Ferreira de Melo.
N 9 Sebastião Carneiro Faria. Casou com Maria Posmel.
N 10 Porcina Carneiro de Faria. Casou com Leopoldino de Oliveira.
N 11 Constantino de Almeida Faria. Casou com Geslina de Almeida Faria.
N 12 Emiliano de Almeida Faria. Casou com Roberta Xavier da Silva.
N 13 Fortunata de Faria Lobo. Casou com João Paulo Fereira Lobo.
N 14 Marcolino de Almeida Faria. Casou com Francisca Xavier da Silva.
N 15 Avelino de Almeida Faria.

§3

Francisco Carneiro Lobo Filho, batizado em 25 de dezembro de 1759 no Capão Alto.


Casou em 3 de maio de 1797 com Ana de Sá, filha de Inácio de Sá Arruda e Antônia de
Almeida. Francisco faleceu em 1º de março de 1797 e o casal não teve filhos. Ana de Sá Buena
faleceu no dia 16 de agosto de 1836.

§4

Mariana Vilinda Carneiro, batizada em 3 de fevereiro de 1762 no Capão Alto. Casou com
Francisco Antônio de Meneses, de quem divorciou-se, não tendo filhos.
Filhos do segundo casamento:

§5

Francisca de Paula Carneiro, batizada em 7 de junho de 1773. Casou no dia 21 de


setembro de 1795 na igreja matriz de Castro com o ajudante Antônio Ribeiro de Andrade,
batizado em 13 de julho de 1762, filho do capitão-mor Lourenço Ribeiro de Andrade e de Isabel
de Borba Pontes; o casamento foi anulado e casaram novamente, em Curitiba, no dia 19 de julho
de 1797.
Quando solteira teve um filho do padre José Joaquim Monteiro de Matos, filho de
Francisco Pinto do Rego e de Escolástica Jacinta da Ribeira Góis e Moraes, esta filha de José de
Góes e Moraes e Ana Ribeiro Leite e neta de Pedro Taques de Almeida e Ângela de Siqueira.
F 1 Francisco Pinto de Morais Leme, nascido em 4 de agosto de 1792. Em 7 de julho de
1795 o padre legitimou o filho, mas não citou o nome da mãe. Foi para Vacaria.

§6

Ana do Rosário Carneiro, batizada em 19 de outubro de 1774, casada com Joaquim


Ferreira de Oliveira (Bueno), filho do sargento-mor Francisco Xavier Pinto e Rita Ferreira
Bueno. Joaquim fugiu para Minas Gerais e Ana teve três filhos, não sabemos de quem. Como
achou que o marido estava morto, casou com Cirino Borges de Macedo em 26 de junho de 1814,
com quem teve um filho.
Filhos naturais
F 1 Manuel Antônio Carneiro
F 2 Rufina Maurícia Carneiro. Casou com Leonardo de Souza Pereira
F 3 Maria da Trindade Carneiro. Casou Antônio Ribeiro de Araújo.
N 1 Luís Rodrigues de Araújo.
N 2 Fortunato de Paula Carneiro
N 3 Bento Antônio de Araújo
N 4 Benedito de Paula Carneiro
N 5 Manuel Rodrigues da Rocha
N 6 Francisco de Paula Carneiro.
Filho de Cirino:
F 4 Francisco Borges Carneiro, conhecido por Chico Taquara, batizado em 5 de março de
1816. Casou com Maria Balduina Camargo.

Francisco Carneiro Lobo teve os filhos naturais

§7

Joaquim Carneiro Lobo, natural de Guaratinguetá, casou mais ou menos em 1792 com Ana
Rodrigues Ferreira, filha de Jeremias de Lemos Conde e Ana Maria Rodrigues, neta paterna de
Manuel de Lemos Bicudo e de Maria de Lemos
F 1 Hermógenes Carneiro Lobo (23-IV-1793). Casou com Joaquina da Silva Leiria
N 1 Manuel Joaquim Carneiro Nhozinho. Casou com Gertrudes da Silva Ribas.
F 2 Antônio (13-VI-1797)
F 3 Jeremias Alves Carneiro (2-IX-1798). Teve um filho natural com Maria de Almeida,.
N 1 Henrique Pedroso de Almeida
F 4 Francisco (24-XI-1799)
F 5 Guiomar

§8
Quitéria Carneiro. Casou com José Raimundo Serrano112, castelhano.
F 1 Gabriel.
F 2 Lourenço Carneiro Lobo
F 3 Francisco
F 4 Maria
F 5 Ana (25-X-1785)
F 6 Esméria
F 7 Duarte (6-XI-1796)
F 8 José (25-XI-1797)
§ 9.
Domingas (adulterina).

112
Descendentes em Cruz Alta.
ÍNDICE REMISSIVO
Antônio Adolfo Charão, 8 João Pereira Braga, 43, 54, 61, 90, 151
Antonio Bicudo Camacho, 29 João Rodrigues de França, 52, 145
Antônio da Rocha Loures, 147 João Rodrigues França, 19, 61
Antônio de Quadros Bicudo, 114, 133 João Tavares de Miranda, 25
Antônio Fernandes de Lima, 161 Joaquim Carneiro Lobo, 38, 114
Antônio Ferreira Amado, 165 José Antunes Ribas, 157
Antonio Gonçalves Padilha, 31, 38 José Caetano de Souza, 38
Antônio José Pereira, 47 José Ferreira Bueno, 151, 152
Antônio José Pereira Branco, 47 José Goes e Moraes, 39
Antônio Lopes de Toledo, 152 José Palhano de Azevedo, 20, 39
Antonio Luiz Tigre, 19, 20, 22, 31, 43, 54, 61 José Pinto Bandeira, 31
Antônio Pereira dos Santos, 134 José Raposo Pires, 38, 39
Antonio Raposo Tavares, 28 Luciano Carneiro Lobo, 48, 114, 134
Antonio Rodrigues Cid, 20 Luís Castanho de Araújo, 114, 134
Antonio Rodrigues Seixas, 20, 22, 61 Luis de Góis, 159
Atanagildo Pinto Martins, 130, 131, 151 Luiz Castanho de Araújo, 134
Baltazar Carrasco dos Reis, 16, 17, 18, 19, 20, 21, Luiz de Góes, 16, 17, 22
23, 25, 26, 147 Manoel Barros, 42
Balthazar Carrasco dos Reis, 52 Manoel de Melo Rego, 127, 128, 133
Bartholomeu Paes de Abreu, 32, 39 Manoel dos Santos Robalo, 165
Benedicto Marianno Ribas, 32 Manoel Gomes Porto, 165
Bento de Siqueira Cortes, 24 Manoel Gonçalves de Aguiar, 33, 37, 38, 43, 47
Bento do Amaral Gurgel, 36 Manoel Gonçalves Guimarães, 34, 43, 44
Bernardino da Costa Filgueiras, 33 Manoel José de Araújo, 90, 145
David dos Santos Pacheco, 89 Manoel Teixeira Oliveira Cardoso, 45
Diogo Bueno de Almeida, 114, 134 Mateus da Costa Rosa, 20
Diogo Pinto de Azevedo, 33 Matheus José de Souza, 39, 40
Diogo Pinto de Azevedo Portugal, 33 Miguel Antunes Pereira, 6, 164, 166
Domingos Gonçalves Padilha, 21 Miguel Fernandes de Siqueira, 161
Francisco de Paula Teixeira Coelho, 35, 39 Miguel Ribeiro Ribas, 156
Francisco Munhoz de Camargo, 6, 10 Miguel Rodrigues Ribas, 53, 54, 55
Francisco Pinto Bandeira, 13, 14 Pedro da Silva Ribeiro, 36
Francisco Teixeira Coelho, 47, 48 Rodrigo Felix Martins, 38, 128, 129, 130, 131,
Francisco Teixeira de Azevedo, 35 132
Gabriel de Lara, 16, 17, 18, 20, 21, 22, 24, 159 Sebastião de Arruda Botelho, 133
Gonçalo Pires Bicudo, 17, 21, 27, 28 Sebastião Fernandes Camacho, 29, 161
Ignacio Taques, 36 Serafim Ferreira de Oliveira e Silva, 151
Inácio Rodrigues dos Santos, 162 Teodoro da Rocha Ribeiro, 196
Inácio Taques de Almeida, 128, 132, 133, 148 Thomaz Fernandes de Oliveira, 18
João Antunes Maciel, 6, 164, 166 Victor Mariano Ribeiro Ribas, 156
João Costa Moreira, 36 Zacarias Dias Côrtes, 53, 54, 55
João Mello Rego, 37
Bibliografia

Listas de ordenanças da vila de Castro


Listas de ordenanças da vila de Curitiba
Lopes, José Carlos Veiga – Origens do Povoamento de Ponta Grossa.
Negrão, Francisco – Boletim do Arquivo Municipal de Curitiba, volume VII, 1924
Negrão Francisco – Genealogia Paranaense
Registros da paróquia de Nossa Senhora da Luz de Curitiba
Registros da paróquia de Sant’Ana de Castro.

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