Eletrodinâmica
Eletrodinâmica
Eletrodinâmica
1 – Corrente Elétrica
Quando uma torneira é aberta, a água escorre para a pia. O movimento da água através
do cano é devido à diferença de altura entre a caixa d′água e a torneira.
Óbvio, não acha? Isto é assunto para a hidrodinâmica, porém, algo parecido ocorre
na eletricidade.
Como todos sabem, existem três estados da matéria: o sólido, o líquido e o gasoso.
Aliás, existe um quarto estado, o plasma, que é raro, somente encontrado em altas temperatu-
ras e só foi descoberto há pouco tempo.
Embora existam substâncias condutoras de eletricidade nestes três estados mais co-
muns o interesse maior deste estudo recai sobre os condutores sólidos metálicos.
Nos materiais sólidos metálicos existem muitos elétrons fracamente ligados ao
núcleo que se libertam de suas órbitas apenas pela ação da energia térmica a temperatura
ambiente, tornando-se elétrons livres, e que movimentam-se aleatoriamente pelo condutor,
como mostra a figura 4.1.
Átomos do Condutor
Elétrons Livres
Exemplo:
24
Em um centímetro cúbico de cobre, existem aproximadamente 10 átomos. Se
apenas um de cada cem átomos liberar um elétron a temperatura ambiente, neste centí-
22
metro cúbico existirão 10 elétrons livres, ou seja, 10.000.000.000.000.000.000.000
elétrons livres movimentando-se aleatoriamente pelo cobre.
Aplicando-se uma diferença de potencial ou tensão entre dois pontos deste condutor,
surge dentro dele um campo elétrico.
Corrente de Elétrons
VA > VB
VA VB
ddp = VA - VB
Figura 4.2 – Corrente Elétrica num Condutor Sólido Metálico
A corrente elétrica nos condutores sólidos metálicos, devido ao movimento dos elétrons
livres num único sentido, é chamada de corrente de condução.
Nas substâncias condutoras líqüidas (eletrólitos) e gasosas, as cargas elétricas são íons.
Assim aplicando-se uma diferença de potencial entre dois pontos destes condutores, os íons po-
sitivos movimentam-se ordenadamente no sentido do campo elétrico e os íons negativos no
sentido oposto.
OBSERVAÇÃO:
• Como nosso interesse maior está nos condutores sólidos metálicos, os mesmos serão
denominados, daqui em diante, apenas por condutores, salvo observação em contrário.
Mas, como se aplica uma diferença de potencial num condutor e para onde vão os
elétrons quando o condutor acaba?
Pólo
Positivo ddp
ou
Pilha
Pólo tensão
Negativo
Portanto, só existe corrente elétrica se houver uma diferença de potencial (tensão) entre
dois pontos do condutor e um caminho fechado para ela circular. Este caminho fechado é
chamado de circuito elétrico.
Como nos condutores gasosos e líqüidos o movimento de cargas elétricas livres ocorre
nos dois sentidos, por convenção, adotou-se que o sentido da corrente elétrica deve ser o mes-
mo do deslocamento das cargas positivas, ou seja, o mesmo sentido do campo elétrico que deu
origem e mantém este movimento.
Porém, nos condutores sólidos metálicos, só existe movimento de cargas negativas num
único sentido. Assim, adaptando-se a convenção, tem-se:
Portanto, pode-se entender que, ao invés de elétrons se moverem num determinado sen-
tido, é como se cargas positivas imaginárias se movessem no sentido oposto.
VA > VB
VA VB
ddp = VA - VB
O movimento ordenado das cargas elétricas pode ser mais rápido ou mais lento em re-
lação a um determinado intervalo de tempo, isto é, mais intenso ou menos intenso.
Seção Transversal
VA > VB
VA VB
ddp = VA - VB
b) Num condutor, a corrente elétrica é de 500µA. Qual o tempo necessário para que uma car-
ga de 5mC atravesse sua seção transversal?
Tem-se:
–6 3
I = 500µA = 500x10 A e ∆Q = 5mC = 5x10 – C
Portanto:
–3
∆t = ∆Q ⇒ ∆t = 5x10 = 10s
-6
I 500x10
Tem-se:
–3 –3
I = 50ma = 50x10 A e ∆t = 3ms = 3x10 s
Portanto:
–3 –3 –6
∆Q = I . ∆t ⇒ ∆Q = 50x10 x 3x10 ⇒ ∆Q = 150x10 C = 150µC
Como ∆Q é a carga total que atravessa o condutor, e cada elétron tem uma carga ( em
-19
módulo) de 1,6x10 C, dividindo-se a carga total pela carga de cada elétron, tem-se o número
(n) de elétrons:
∆Q 150 × 10 −6
n= = −19
= 9,375 × 1014
q e 1,6 × 10
Elétrons................................................................... Água
A corrente contínua caracteriza-se pelo fato de fluir sempre num único sentido, em
função da tensão aplicada ao condutor ter sempre a mesma polaridade. Se esta tensão for cons-
tante, a corrente gerada também será, como mostra o gráfico da figura 4.6.
I(A)
Exemplo:
Corrente fornecida por uma bateria de automóvel, cuja intensidade depende de quantos
e quais circuitos a bateria está alimentando.
Corrente Alternada – CA
A corrente alternada caracteriza-se pelo fato de fluir ora num sentido, ora no sentido
inverso, em função da tensão aplicada ao condutor inverter sua polaridade periodicamente.
A corrente alternada mais importante é a senoidal, como mostra o gráfico da figura 4.7.
i(A)
Imáx
Imin
Exemplo:
A corrente fornecida pela rede elétrica é alternada, com forma senoidal e tem uma fre-
quência de oscilação de 60 ciclos por segundo (60 Hertz). Isto significa que um condutor ligado
nos pólos da rede faz com que a corrente elétrica circule alternadamente 60 vezes em cada senti-
do e a cada segundo.
Amperímetro ( CC ) Amperímetro ( CA )
200µA =
2mA =
20mA =
200mA =
2A =
Como a corrente elétrica passa através dos condutores ou dos dispositivos ligados a
eles, para a sua medida é preciso fazer a corrente passar também através do amperímetro.
Assim, é necessário abrir o circuito no local da medida e ligar o amperímetro em série.
• Na medição de corrente contínua, deve-se ligar o amperímetro com seu pólo positivo
(+) no ponto de entrada da corrente convencional, para que a deflexão do ponteiro seja
para a direita, como mostrou a figura 4.10.
Exemplo:
Amperímetros Analógicos
(a) (b)
-
Figura 4.12 – (a) Amperímetro Bobina Móvel (b) Amperímetro Ferro Móvel
Características:
-Leve, Compacto, Funcional;
- Display LCD de 3 ½ Dígitos com indicação máxima de 1999;
- Símbolo de Bateria Fraca;
Escalas:
- DC : 200mV, 2V, 20V, 200V, 1000V;
- AC : 200V, 750V;
- ACV : 200A, 750A;
- ACA : 200A, 750A;
- Ohms : 10, 200, 1000Ω
- Teste de isolação : 100k Ω à 2000MΩ;
- Teste de continuidade: 50+-25Ω;
- Teste de Medição: 0ºC à 750ºC.
Modelo:
ET-3367
Descrição:
Instrumento digital portátil com mudança de faixa automático e leitura True RMS, de
acordo com a categoria III 600V de segurança, LCD de 3 5/6 dígitos, congelamento
de leitura e desligamento automático. Realiza medidas de tensão DC e AC, corrente
DC e AC, resistência, temperatura, freqüência, capacitância e testes de diodo e conti-
nuidade.
Ligando-se uma mangueira numa torneira, uma certa quantidade de água escorre pelo
seu interior. Substituindo-se esta mangueira por outra de diâmetro bem menor, a água continua
escorrendo , porém, com maior dificuldade.
Resistência Elétrica
A resistência elétrica é a medida da oposição que os átomos de um material oferecem
à passagem da corrente elétrica. Ela depende da natureza do material, de suas dimensões e da
sua temperatura.
Efeito Joule
Efeito Joule é o nome dado ao fenômeno do aquecimento de um material devido à pas-
sagem de uma corrente elétrica.
Para se transportar a corrente elétrica de um lugar para outro, devem-se utilizar conduto-
res que oferecem o mínimo de resistência, para que não haja perdas de energia por efeito Joule.
Por isso os fios condutores são feitos principalmente de cobre ou alumínio.
Mas existem situações nas quais a resistência à passagem da corrente elétrica é uma ne-
cessidade, tanto pelo aquecimento que gera (chuveiros, ferros de passar roupas, aquecedores etc)
como pela capacidade de limitar a corrente elétrica em dispositivos elétricos e eletrônicos.
Leis de Ohm
Um cientista chamado George Ohm, através de diversas experiências conseguiu relacio-
nar entre si as seguintes grandezas em um mesmo material: tensão – corrente – resistência –
dimensões.
Resistivo
Material
V
Tensão Corrente
V(V) I(A)
V1 I1
V2 I2
V3 I3
.... ....
Vn In
George Ohm notou, então, que a razão entre as tensões e correntes correspondentes re-
sultava num valor constante, ou seja:
V1 = V2 = V3 = ... = Vn = constante
I1 I2 I3 In
Em seguida, ele repetiu várias vezes esta experiência, mudando tanto o material utiliza-
do como suas dimensões, chegando aos seguintes resultados:
Com estas conclusões, George Ohm enunciou duas leis fundamentais para a eletricidade
denominadas Primeira e Segunda Leis de Ohm.
V=R.I
V
R=
I
V(V)
Vn
V3
V2
V1
I(A)
I1 I2 I3 In
ou
Obs.: Devido a sua importância, o resistor será abordado com profundidade mais adian-
te.
Com a resistência elétrica, é possível, então, controlar a intensidade da corrente elétrica
fornecida por uma fonte de alimentação, isto é, quanto maior a resistência, menor a corrente, e
vice-versa.
V
V
R R
1.
Figura 4.16– Representação Esquemática da Primeira Lei de Ohm
Resumindo, a Primeira Lei de Ohm pode ser escrita matematicamente das três formas a
seguir:
V V
V = R⋅ I ou I= ou R=
R I
Para resistência elétrica, é também muito comum o uso dos seguintes submúltiplos e
múltiplos de sua unidade de medida:
a) Numa resistência elétrica, aplica-se uma tensão de 90V. Qual o seu valor, sabendo-
se que a corrente que passa por ela é de 30 mA?
V 90
R= ⇒R= ⇒ R = 3kΩ
I 30 × 10 − 3
b) Por uma resistência de1,5MΩ, passa uma corrente de 350nA. Qual o valor da tensão
aplicada?
V = R ⋅ I ⇒ V = 1,5 × 106 ×350 × 10−9 ⇒ V = 525mV
V 1,5
I= ⇒I= ⇒ I = 15mA
R 100
d) Num laboratório, foi realizada uma experiência semelhante à de George Ohm, para
Se determinar o valor de um resistor desconhecido, cujos resultados aparecem na tabela a seguir.
levando-se em consideração as especificações do voltímetro e do amperímetro utilizados, deter-
minou-se o valor experimental do resistor.
Resultados Experimentais
V(V) I(mA)
2,00 1,69
4.00 3,28
6.00 5,52
8,00 6,58
10,00 8.42
10
V28
V2
7
2
V1
1
I(mA)
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
I1 I2
Pelo gráfico, percebe-se que as medidas (6V↔5,52mA) estão um pouco fora da curva
média, correspondendo, provavelmente, a erros de leitura. Porém, o traçado correto da curva mé-
dia fez com que essas medidas fossem desconsideradas.
Pela curva média, foram escolhidos os seguintes dados para o cálculo da resistência ex-
perimental:
V1 = 3V ⇒ I1 = 2,5ma e V2 = 9V ⇒ I2 = 7,5ma
∆V 6
R exp = ⇒ R exp = ⇒ Rexp = 1200Ω
∆I 5 × 10 − 3
Como cada instrumento de medida tem um erro previsto de (± 2%), um erro aceitável
para os resultados experimentais é de (± 4%).
O único resultado ruim ( -9,42%) foi exatamente o do ponto rejeitado pela curva média,
enquanto que os demais estão dentro da margem total de erro previsto (± 4%). Portanto, o resul-
tado experimental obtido pôde ser considerado válido.
Usando materiais de mesma natureza, George Ohm analisou a relação entre a resistên-
cia R, o comprimento L e a área A da seção transversal, e chegou às seguintes conclusões:
1º) Cada tipo de material tem uma característica própria que determina sua resistência,
independente de sua geometria.
2º) Esta característica dos materiais é a resistividade elétrica, representada pela letra
grega ρ (rô), cuja unidade de medida é ρ(Ω . m) .
Assim George Ohm enunciou a sua segunda lei:
fio 1:
L1 30
R1 = ρ ⋅ ⇒ R1= 1,7 ⋅ 10 − 8 ⋅ ⇒
π ⋅r 2
π ⋅ (2.10− 3 2) 2
R 1 = 0,16234Ω = 162,34mΩ
fio 2:
L2 15
R2 = ρ ⋅ ⇒ R 2 = 1,7 ⋅ 10 − 8 ⋅ ⇒
π ⋅r 2
π ⋅ (2.10 − 3 2) 2
R2 = 0,08117Ω = 81,17mΩ
Portanto, o fio 1 apresenta o dobro da resistência elétrica do fio 2, pois seu comprimento
é duas vezes maior.
R2 = 0,04058Ω = 40,58mΩ
100 ⋅ π ⋅ ( 2 ⋅ 10−3 / 2 )
2
L R ⋅ A
R = ρ ⋅ ⇒L = ⇒L = ⇒ L = 285,6m
A ρ 110 × 10− 8
ρ = ρ 0 ⋅ (1 + α ⋅ ∆T )
onde:
OBSERVAÇÕES:
Exemplo:
ρ0 = 1,7 . 10– 8 Ω . m
ρ = 3,264 × 10 −8 Ω ⋅m
L 2
R = ρ ⋅ ⇒ R = 3, 264 × 10 − 8 ⋅ ⇒ R = 0 ,332 Ω
A π ⋅ ( 0 ,5 ⋅ 10 − 3 2 ) 2
1
G=
R
1
σ=
ρ
Curiosidade: Supercondutividade
Trata-se de um fio condutor de alta resistividade enrolado numa base cilíndrica de porce
lana. O comprimento e o diâmetro do fio determinam sua resistência elétrica. Nas extremidades
do fio, são soldados os dois terminais. Em seguida, é aplicada uma camada de material isolante
para evitar a entrada de umidade e poeira.
Estes condutores, devido a sua construção robusta e ao fato de suportarem maiores tem-
peraturas, são empregados onde estas características são exigidas.
Normalmente, tais resistores são fabricados com resistências baixas, da ordem de unida-
des de Ohm, e possuem alta tolerância, de 10 a 20%.
Tem a mesma estrutura do resistor de carbono, só que a película é uma liga metálica ní-
quel-cromo. Através desta, obtêm-se valores mais precisos de resistência, ou seja, tolerâncias
menores, da ordem de 1 a 2%. Esses resistores são fabricados para uma faixa ampla de resistên-
cias, de dezenas de Ohm a dezenas de Megaohm.
Potenciômetro
O potenciômetro é um resistor variável de três terminais, sendo dois ligados às extremi-
dades da resistência, e um ligado a um cursor móvel, que pode deslocar-se sobre um material
resistivo. A resistência entre as suas extremidades é fixa, porém, entre qualquer extremidade e
o terminal ligado ao cursor, a resistência é variável (de zero até o valor máximo especificado),
pois depende da posição em que o cursor se encontra (distância entre a extremidade e o termi-
nal do cursor).
Trimpot
Exemplos:
Observação:
• Em circuitos eletrônicos, é comum representar o valor de resistores como 4k7Ω, ao
invés de 4,7kΩ.
Código de Cores para Resistores
Alguns tipos de resistores de dimensões grandes têm o valor de suas resistências e tole-
râncias escritos diretamente no corpo. Porém, como muitos resistores tem dimensões muito pe-
quenas, seus valores foram codificados através de anéis coloridos.
Exemplos:
Outro dado importante a respeito do resistor, é a potência que ele pode dissipar sem se
danificar.
A potência está relacionada com o produto da tensão x corrente ( cuja unidade é o
Watt), e que esta especificação é padronizada em função do tamanho do resistor, ou seja, quanto
menor o tamanho do dispositivo, menor a sua potência máxima de dissipação. Em muitos resis-
tores de tamanho grande, a potência pode estar escrita no próprio dispositivo.
Comercialmente, existem resistores desde 1/8 de Watt até centenas de Watt.
Sempre que uma força produz movimento, diz-se que ela realizou um trabalho, ou que
ela transformou sua energia acumulada em energia cinética (relacionada ao movimento).
Portanto, pode-se dizer que o trabalho realizado é igual à energia transformada ou, ain-
da, que energia é a capacidade de realizar trabalho.
Já foi visto anteriormente, que uma ddp aplicada entre dois pontos num condutor, cria
um campo elétrico que faz com que os elétrons livres se movimentem ordenadamente na forma
de corrente elétrica.
Como ddp é força-eletromotriz (f.e.m. – força que move elétrons), é claro que ela tam-
bém realiza trabalho, ou seja, transforma a energia potencial elétrica em energia cinética.
Também já foi visto que, quando um condutor resiste à passagem da corrente elétrica,
ele se aquece. Isto significa que a energia cinética dos elétrons, devido aos choques como os á-
tomos do condutor, transforma-se em energia térmica ou calor.
Como o calor gerado pelo condutor ou pela resistência nem sempre é aproveitado, é
muito comum dizer que eles gastam a energia recebida ou, simplesmente, a dissipam.
Energia Térmica
Resistor
Energia
Cinética
Pilha
Energia Potencial
A rapidez com que a tensão realiza trabalho ao deslocar elétros de um ponto para ou-
tro é denominada potência elétrica, representada por P.
τ E
P= =
∆t ∆t
Potência Elétrica
P = V ⋅I
Circuito
Elétrico
Se o circuito for uma simples resistência elétrica, a potência fornecida pela fonte será
totalmente dissipada por ela (transformando-a em calor), isto é:
Exemplos:
V2 V2 110 2
P = ⇒ R = ⇒ R = ⇒ R = 121Ω
R P 100
P 100
P = V ⋅I ⇒ I = ⇒ I = ⇒ I = 0,91A
V 110
Contatos Metálicos
Invólucro de Vidro
Condutor de Estanho
Fusível
Símbolo
Figura 4.36 – Fusível de Vidro e Símbolo Elétrico
Exemplo:
Um equipamento eletrônico consome, em condições normais, uma potência de 15W
quando alimentado com 10V. Especificar o valor do fusível de proteção, sabendo-se que o fa-
bricante do equipamento garante que o mesmo não se danifica, caso a sobrecarga não ultra-
passe 50% de sua corrente normal de consumo.
P 15
I= = = 1,5 A
V 10
Uma sobrecarga de 50% significa:
I sobr = 0,5. I cons = 0,5 × 15 = 0,75 A
Portanto, a corrente máxima que o equipamento suporta é de:
I máx = I cons + I sobr = 1,5 + 0,75 = 2,25 A
Assim, um fusível adequado para proteger o equipamento é o de 2A, como mostra a
figura 4.37.
2A
E Equipamento
Como foi visto anteriormente, potência dissipada é energia consumida num intervalo
de tempo (P = E / ∆t).
Mas toda energia tem um preço, portanto, nunca é demais aprender a quantificá-lo.
Da equação acima, tem-se que a energia elétrica consumida por um circuito elétrico
qualquer num determinado intervalo de tempo é:
E = P ⋅ Αt [ J ] ou [W.s)
Exemplo:
Uma pilha comum pode fornecer uma energia de aproximadamente 10Wh. Sabendo-
se que um aparelho Walkman consome 2W em média, por quanto tempo você poderá ouvir
suas músicas prediletas com uma única pilha?
E 10
E = P ⋅ ∆t ⇒ ∆t = ⇒ ∆t = ⇒ ∆t = 5h
P 2
Desta forma, é possível calcularmos o quanto gastamos diariamente com energia elé-
trica, para desfrutarmos dos bens que a eletricidade nos oferece, e o quanto desperdiçamos com
luzes acesas indevidamente, com novelas assistidas por paredes e sofás vazios etc.
Os 576 kWh gastos no mês serão, para efeito de cálculo de custo, divididos em 4 par-
tes, preenchendo as 4 faixas de consumo:
Que tal gastar quase U$60,00 por mês somente para os seus banhos? Adicione os
banhos do resto de sua família, um pouco de TV, geladeira, forno de microondas etc. e veja
quantas horas de trabalho são necessárias para...
Corrente Elétrica
4.1 Por que é preciso uma ddp para haver corrente elétrica num condutor?
R= ___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
4.2 Qual a relação entre o movimento dos elétrons livres, o sentido do campo elétrico e a
ddp em um condutor sólido metálico?
R= ___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
4.3 Qual é o sentido convencional da corrente elétrica nos condutores sólidos metálicos?
R= ___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
4.4 Qual a intensidade da corrente elétrica num condutor, se em 3 minutos passam por ele
10C?
R=
4.5 Sabendo-se que por um condutor passam 22x1027 elétrons por minuto, qual o valor da
corrente correspondente?
R=
R=
R= ___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
R= ___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
4.11 Num circuito, um resistor de 75kΩ é submetido a uma tensão de 15V. Qual a corrente
que passa por este resistor?
R=
4.12 Qual o valor da resistência de um resistor que, quando submetido a uma tensão de 7V,
deixa passar uma corrente de 12,5mA?
10C?
R=
4.13 Qual o valor da tensão que, aplicada em um resistor de 820Ω, faz passar por ele uma
corrente de 40mA?
R=
Pela curva média, foram escolhidos os seguintes dados para o cálculo da resistência
experimental:
∆V
Rexp =
∆I
∆V
Rexp =
∆I
V R − Rexp
Rmed = e o o = med × 100
I Rexp
Tabela com os erros percentuais ( e% )
R=
4.16 Qual deve ser o comprimento de um fio de cobre com 2mm de diâmetro, para que sua
resistência seja de 200Ω?
R=
4.17 Qual a relação entre as resistências de dois fios de cobre de mesmo comprimento, sendo
que um tem o dobro do diâmetro do outro?
R=
R=
R=
4.23 Qual a faixa de valores em Ohm, garantida pelo fabricante, dos resistores: 150Ω ± 20% e
150Ω ± 1% ?
R=
4.24 Num resistor de 39kΩ ± 5%, aplicou-se uma tensão de 78V e mediu-se uma corrente de
1,94mA. Sabendo-se que os instrumentos utilizados eram de grande precisão e que não
houve erros de leitura nas medidas, explique o resultado obtido.
R=
R=
a) _________________________________
b) _________________________________
c) _________________________________
d) _________________________________
e) _________________________________
f) _________________________________
g) _________________________________
h) _________________________________
i) _________________________________
j) _________________________________
k) _________________________________
l) _________________________________
a) 12kΩ ± 1% f) 2,37Ω ± 1%
b 470kΩ ± 10% g) 3,57kΩ ± 2%
c) 1800Ω ± 2% h) 10,7Ω ± 1%
d) 3M9Ω ± 10% i) 5620Ω ± 1%
e) 3K3Ω ± 20% j) 86,6kΩ ± 2%
R=
a) ___________________________________________________________________
b) ___________________________________________________________________
c) ___________________________________________________________________
d) ___________________________________________________________________
e) ___________________________________________________________________
f) ___________________________________________________________________
g) ___________________________________________________________________
h) ___________________________________________________________________
i) ___________________________________________________________________
j) ___________________________________________________________________
R=
4.30 Uma fonte alimenta uma carga resistiva de 27kΩ. Qual a potência que a fonte fornece à
carga, sabendo-se que a corrente que a atravessa é de 400µA?
R=
R=
4.32 Um resistor dissipa 2W. Dobrando-se a tensão sobre ele, qual potência ele dissipará?
R=
4.34 Um aquecedor industrial, para cozimento de material cerâmico, trabalha com potência de
7,7kW quando alimentado em 220V. Sabendo-se que a resistência de aquecimento é um
fio de níquel-cromo de 1mm de diâmetro fixado em seu compartimento interno, determi
ne: